Este documento discute as limitações de ensinar apenas como uma transmissão de informações e defende uma abordagem mais emancipatória baseada na pesquisa. Argumenta-se que os professores precisam se tornar pesquisadores para criar seu próprio conteúdo e engajar os alunos em exercícios de pesquisa, em vez de apenas repetir informações de segunda mão.
1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
AVA (Ambiente virtual de aprendizagem)
Limitações do apenas ensinar
Mediador: Gislaine Sartório
Cursista: Juliana Flois Martins da Cunha
2. No “ensinar” cabe menos o desafio da emancipação
com base em pesquisa do que a imposição
domesticadora que leva a reproduzir discípulos.
A sala de aula, lugar em si, privilegiado para
processos emancipatórios através da formação
educativa, torna-se prisão da criatividade cerceada, à
medida que se instala um ambiente meramente
transmissivo e imitativo de informações de segunda
mão.
Vale afirmar que o problema mais agudo da escola
não é o aluno, por ser pobre, inculto, mas o professor,
que ainda é apenas “aluno”.
Para se falar da importância da educação é mister
saber dos seus limites. Seria “pedagogismo” inventar
impactos facilmente transformadores, em ambiente tão
precário na maioria das vezes.
3. Para além da crítica, é fundamental perguntar por pistas de
atuação alternativa.
A primeira preocupação é repensar o “professor” e na verdade
recriá-lo.
A amplitude da aplicação do conceito de pesquisa deve ser
modificada de acordo com as funções na escola, levando-se em
conta a sua desmistificação, mas sem jamais afastar-se do
compromisso de elaboração própria, de questionamento criativo, de
desdobramento do senso pela descoberta e pela criação, chegando-
se ao seu núcleo político de atuação social consciente.
O “professor” (com aspas), para tornar-se PROFESSOR (sem
aspas e com maiúsculas), carece de investir-se da atitude do
pesquisador e, para tanto, perseguir estratégias adequadas.
… é preciso reconhecer que a dignidade do professor só pode ser
elaboração própria, conquista própria.
4. Desafio concreto será que o professor passe a “elaborar”
suas aulas, com mão própria,...
Um dia, será possível apresentar aos alunos texto próprio de
geografia, interpretação própria de obra literária, exercício
próprio de matemática
… o professor não sai da condição de intermediário parasita:
destituído de conteúdo próprio, sobrevive de empréstimo.
Torna-se mal a aula que só é aula, principalmente quando se
torna o único instrumento didático.
É essencial impregnar a convivência com os alunos com
estratégias de pesquisa, através das quais são motivados a
toda hora e pelo menos digerir o que escutam através de
exercícios pessoais.