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O SISTEMA NERVOSO DOS ANIMAIS 
“O sistema nervoso é o mais complexo e diferenciado do organismo, sendo o primeiro a se diferenciar embriologicamente e o último a completar o seu desenvolvimento” João Manoel Chapon Cordeiro – 1996. 
I – INTRODUÇÃO 
FUNÇÕES BÁSICAS 
Função Integradora => Coordenação das funções do vários órgãos (↑Pressão arterial→↑Filtração Renal e ↓Freq. Respirat.) 
Função Sensorial => Sensações gerais e especiais. 
Função Motora => Contrações musculares voluntárias ou involuntárias 
Função Adaptativa => Adaptação do animal ao meio ambiente (sudorese, calafrio) 
II - CARACTERÍSTICAS GERAIS 
A - DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO 
SOB O PONTO DE VISTA ANATÔMICO 
CÉREBRO 
ENCÉFALO ...... CEREBELO PONTE 
TRONCO ENCEFÁLICO MEDULA OBLONGA 
MESENCÉFALO 
S.N.C. 
MEDULA ESPINHAL 
NERVOS ...... ESPINHAIS 
CRANIANOS 
S.N.P GÂNGLIOS 
TERMINAÇÕES NERVOSAS 
SOB O PONTO DE VISTA FISIOLÓGICO 
SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO AFERENTE (SENSITIVO) 
EFERENTE (MOTOR) 
SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE (SENSITIVO) 
EFERENTE ( MOTOR) ===> S.N.A 
SOB O PONTO DE VISTA EMBRIOLÓGICO 
TELENCÉFALO 
PROSENCÉFALO ....... CÉREBRO (Córtex cerebral, núcleos basais, sistema límbico e Rinencéfalo) 
DIENCÉFALO...tálamo e hipotálamo 
MESENCÉFALO .............MESENCÉFALO (Tectum, tegumentum e pedúnculos cerebrais) 
METENCÉFALO ...................... CEREBELO e PONTE 
ROBENCÉFALO 
MIELENCÉFALO ..................... BULBO 
1
CONSIDERAÇÕES SOBRE A DIVISÃO NO ASPECTO FISIOLÓGICO 
O sistema nervoso somático é chamado de SISTEMA NERVOSO DE VIDA DE RELAÇÃO, pois, permite que o animal se relacione com o meio ambiente com atitudes voluntárias ⇒ Musculatura esquelética. Ele relaciona o organismo com o ambiente através dos receptores que informam as condições externas e o sistema eferente que envia mensagens para os músculos esqueléticos determinando movimentos voluntários. 
O sistema nervoso visceral é chamado de SISTEMA NERVOSO DE VIDA VEGETATIVA, pois está relacionado com a constância do meio interno e corresponde a atitudes involuntárias ⇒ musculatura lisa, cardíaca e glândulas. Ele corresponde a inervação e controle das estruturas viscerais e garante a constância do meio interno. O seu componente aferente conduz impulsos nervosos originários dos receptores (visceroceptores) para áreas específicas do sistema nervoso de onde partem respostas motoras para as vísceras (glândulas, músculo liso e cardíaco) 
B - TIPOS CELULARES 
1 - NEURÔNIO - é a unidade anatômica ou estrutural 
do sistema nervoso 
Consiste de quatro regiões distintas: 
corpo celular ( núcleo + citoplasma + organelas) 
dendritos 
axônio 
terminal pré-sináptico (telodendro) 
MIELINA 
Os axônios dos neurônios podem ou não conter uma substância branca a ele aderida que é chamada de mielina. 
No encéfalo e na medula encontramos: 
Área Acizentada ( Substância Cinzenta ) - Contem agregados de corpos celulares 
Área Clara ( Substância Branca) - Contem fibras nervosas mielinizadas 
NÓDULOS DE RANVIER 
São intervalos circunferenciais que ocorrem intermitentemente na bainha de mielina que garantem a Condução Saltatória do impulso nervoso. 
TIPOS DE NEURÔNIOS Quanto à morfologia: 
• BIPOLAR 
• MULTIPOLAR 
• PSEUDO-UNIPOLAR 
2
Quanto à posição 
• NEURÔNIO AFERENTE: Responsável por levar informações da superfície do corpo para o interior. Relaciona o meio interno com o meio externo. 
• NEURÔNIO EFERENTE: Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula). 
• NEURÔNIO INTERNUNCIAL OU DE ASSOCIAÇÃO: Faz a união entre os dois tipos anteriores. O corpo celular destes está sempre dentro do SNC. Quanto à velocidade de condução 
• TIPO A => Grande calibre mielinizadas. 
Alfa => proprioceptores dos músculos esqueléticos 
Beta => mecanorreceptores da pele (Tato) Gama => dor e frio 
• TIPO B => Médio calibre - pré-ganglionares do SNA. 
• TIPO C => Pequeno calibre - pós-ganglionares do SNA. 
¾ Os receptores alfa são estimulatórios (exceção para o músculo liso do intestino) 
¾ Os receptores Beta são inibidores (exceção para o músculo cardíaco) 
¾ A epinefrina e nor-epinefrina agem em ambos os receptores ( alfa e beta), mas os efeitos da Epinefrina são mais potentes são sobre os Alfas e da nor-epinefrina sobre os Betas. 
Alfa 1 
Beta 1 
Gama 
Diâmetro (mm) 
13-20 
6-12 
1-5 
Velocidade (m/s) 
80-120 
35-75 
5-30 
DEGENERAÇÃO WALLERIANA - Quando um neurônio é lesado ocorre degeneração da extremidade distal da lesão e da extremidade proximal até o nível do primeiro nódulo de Ranvier. 
Degeneração de Gudder ou Retrógrada e Degeneração Walleriana (Waller, 1852) ou secundária. Retração do axônio no 1° dia até o desaparecimento completo do axônio no 10° dia e da mielina no 30° dia. 
GÂNGLIO NERVOSO = São agrupamentos de corpos celulares localizados fora do SNC. 
2 - CÉLULAS DA GLIA 
São células lábeis capazes de exercer uma importância vital aos neurônios, sendo a principal função a Nutrição. 
Não produzem potencial de ação. 
CLASSIFICAÇÃO 
ASTRÓCITOS ....................... Nutrição e metabolismo 
MACRÓGLIA 
CÉLULAS EPENDIMÁRIAS ........Revestimento dos 
Ventrículos e canal espinhal 
OLIGODENDRÓLIA .................. Síntese de mielina 
MICRÓGLIA 
HORTEGÁGLIA .................. Células de limpeza 
3
Klemm, 1996 (Swenson e Reece, 1996) => Admite a existência de 3 tipos: 
• Oligodendrócitos => Cel. De Schwann que sintetiza a mielina 
• Astrócitos => apresentam processos citoplasmáticos que ligam aos vasos sangüíneos 
• Microglia => São células fagocíticas, e não um tipo GLIAL, pois são leucócitos que invadem o tecido nervoso cumprindo seu papel de defesa. 
¾ Segundo o autor, na Epilepsia, observa-se proliferação de astrócitos com formação de cicatrizes gliais como responsáveis pelo aumento da liberação de K+. 
C - NERVOS 
São cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos (Machado, 1974) 
São três as bainhas de tecido conjuntivo: 
EPINEURO - Envolve todo o nervo e envia septos para o interior 
PERINEURO - Envolve feixes de fibras nervosas dentro do nervo 
ENDONEURO - É uma trama de tecido conjuntivo frouxo delicado que envolve cada 
fibra nervosa. 
D - SINAPSES 
1 - DEFINIÇÃO 
São pontos de união entre as células nervosas e entre as células efetoras (Músculo ou Glândula). 
2 - CLASSIFICAÇÃO 
DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO......... CENTRAIS => Localizadas no cérebro e medula espinhal 
PERIFÉRICAS => Gânglios e placas motoras 
DE ACORDO COM A FUNÇÃO......................EXCITATÓRIAS 
INIBITÓRIAS 
DE ACORDO COM AS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS.........AXO-SOMÁTICA 
AXO-DENDRÍTICA 
AXO-AXÔNICA 
DENDRO-DENDRÍTICAS 
AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA 
3 - NEUROTRANSMISSORES 
3.1 - DEFINIÇÃO => São substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses, de natureza química variada, que ao serem liberadas pela fibra pré-sináptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra pós-sináptica. 
3.2 - CLASSIFICAÇÃO 
CLASSE I .......... Acetil colina 
Noradrenalina (neurônios pós-ganglionares) 
CLASSE II .....................................Adrenalina (medula da adrenal e cérebro) 
Dopamina 
Serotonina 
(TIROSINA →DOPA→ DOPAMINA →NORADRENALINA→ ADRENALINA) 
4
GABA 
CLASSE III ...............AMINOÁCIDOS Glicina 
Glutamato 
CLASSE IV ............................ PEPTÍDEOS 
HIPOTALÂMICOS => GnRH, TRH, ADH, Ocitocina 
HIPOFISÁRIOS => ACTH, B-endorfina, MSH 
DE AÇÃO INTESTINAL E CEREBRAL => Encefalina, substância P, PIV, Colecistoquinina, insulina, glucagon. 
OUTROS PEPTÍDEOS => Angiotensina II, Bradicinina, Carnosina, Bombesina. 
• Os mais importantes são a Acetilcolina e adrenalina e podemos classificar as fibras como Colinérgicas ou adrenérgicas em função do neurotransmissor liberado. 
• O L-glutamato é um Aminoácido excitatório que atua na metade das sinapses do SNC 
• O GABA é o principal inibitório do SNC 
• O aumento do L-glutamato e a baixa do GABA tem sido observados nos líquido cérebro espinhal de cães com eplepsia. 
3.3 - MECANISMO DE AÇÃO E LIBERAÇÃO 
• A chegada do sinal elétrico na terminação nervosa pré-sináptica leva a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica pelo mecanismo de EXOCITOSE. 
• É um mecanismo Ca++ dependente altera a permeabilidade da membrana 
• O neurotransmissor atinge os receptores da membrana pós-sináptica ou da membrana da célula efetora despolarizando-a e alterando a permeabilidade aos diferentes íons. Com isto ocorre a passagem do impulso entre as fibras nervosas ou entre estas e as células efetoras. 
3.4 - DESTINO DO NEUROTRANSMISSOR 
• Recaptação - processo ativo 
• Difusão para o líquido circundante 
• Destruição enzimática 
Acetilcolinesterase = quebra a acetil-colina 
Monoaminoxidase = quebra as aminas por desaminação 
Catecol-O-metil-transferase = quebra aminas por metilação 
3.5 - RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS 
São proteínas existentes na membrana pós-sináptica responsáveis pela sensibilidade da fibra aos neurotransmissores. 
TIPOS 
• RECEPTORES DE FIXAÇÃO 
• RECEPTORES IONOFÓRICOS 
E - EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA 
POTENCIAL DE REPOUSO 
=> é o potencial de membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa. 
=> é o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro contra os seus gradientes de concentração, pela permeabilidade seletiva da membrana ao K+ e não ao Na+ e pelos ânions com carga negativa retidos no interior da célula pela membrana celular. 
=> -75 mV 5
POTENCIAL DE AÇÃO 
ETAPA DE DESPOLARIZAÇÃO 
=> é a etapa em que a membrana torna-se extremamente permeável aos íons Na+, ocorre portanto influxo de Na+ e conseqüente aumento de carga positiva no interior da célula. 
=> -75mV até +35 mV 
Ö A etapa de despolarização só ocorre se atingir o limiar de excitabilidade da célula 
( - 65mV) .... “TUDO OU NADA” 
ETAPA DE REPOLARIZAÇÃO 
=> é a etapa em que ocorre fechamento dos canais de Na+ e abertura dos canais de K+. 
=> +35 mV até -75 mV 
ETAPA DE HIPERPOLARIZAÇÃO 
=> é um período de alguns milissegundos em que a célula não reage aos neurotransmissores pois estão com excesso de negatividade em seu interior o que impede a ocorrência de um novo potencial de ação. 
=> -75mv até -90 mV 
OBSERVAÇÕES 
• SINAPSE EXCITATÓRIA => Abertura dos canais de Na+ 
SINAPSE INIBITÓRIA => Abertura dos canais de K+ e Cl- 
• A natureza excitatória ou inibitória está na dependência do neurotransmissor liberado e na natureza do receptor estimulado 
EX: um neurônio é excitado pela Acetilcolina e inibido pelo GABA ou Glicina. 
• INTENSIDADE DO ESTÍMULO => quanto maior for o estímulo maior será a freqüência dos Potenciais de ação. Não ocorre aumento de intensidade do potencial pois ele é sempre “tudo ou nada”. 
III - SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO 
• Constituído por nervos cranianos e espinhais com seus gânglios associados e as terminações nervosas 
NERVOS ESPINHAIS 
• São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, membros e parte da cabeça. 
• Saem aos pares da medula, a cada espaço intervertebral. Homem = 8C, 12T, 5L, 5S, (2 Coc) 
Bovinos = C7, T13, L6, S5, Co 18-20 
Equino = C7, T18, L6, S5, Co 15-21 
Cães = C7, T13, L7, S3, Co 20-23 
• São formados pela união das raízes dorsais e ventrais, formam o tronco, saem pelo forame intervertebral e logo em seguida formam os ramos anteriores e posteriores. 
6
COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NERVOS ESPINHAIS 
EXTEROCEPTIVAS => T°, dor, pres. tato 
FIBRAS AFERENTE SOMÁTICAS 
PROPRIOCEPTIVAS => Conscientes (sensação de posição e movimento de uma parte do corpo) 
Inconscientes (regulação reflexa da atividade do cerebelo, reflexo miotático). 
VISCERAIS => Impulsos sensitivos das vísceras 
SOMÁTICAS => Para musc. Estriado esquelético 
FIBRAS EFERENTES 
VISCERAIS => Fibras autônomas para Musc. Card, Liso e Glând. 
2 - NERVOS CRANIANOS 
• São os que fazem conexão com o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) sendo que a maioria faz conexão com o tronco encefálico (Exceção - Olfatório com telencéfalo e o Óptico com o diencéfalo 
• Estes nervos sensoriais ou motores servem à pele, músculos da cabeça e órgãos especiais dos sentidos tais como gustação, audição, etc... 
• São 12 pares. 
COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NERVOS CRANIANOS 
GERAIS - Fibras p/ dor, pres, frio 
FIBRAS AFERENTES SOMATICAS 
ESPECIAIS - p/ visão e audição 
GERAIS - p/ sensibilidade visceral 
VISCERAIS 
ESPECIAIS - p/ gustação e olfação 
SOMATICAS - p/ fibras musculares em geral 
FIBRAS EFERENTES 
VISCERAIS GERAIS - p/ o SNA (músculo liso e glândulas) 
ESPECIAIS - p/ musc.da laringe e faringe 
7
OS PARES DE NERVOS CRANIANOS 
( S = Sensitivo Mo = Motor Mi = Misto) 
I – OLFATORIO (S) = Olfação = Fibras aferentes viscerais especiais 
II – OPTICO (S) = Visão = Fibras aferentes somáticas especiais 
III - OCULOMOTOR (Mo) = Músculos Extrínsecos do olho (Elevador da pálpebra, reto superior, inferior e medial, obliquo inferior). = Fibras eferentes somáticas 
IV - TROCLEAR (Mo) = Músculo obliquo dorsal do olho 
V – TRIGEMEO (Mi) = Ramos oftálmico, mandibular e maxilar = Responsável pela sensibilidade geral de grande parte da cabeça. 
VI - ABDUCENTE (Mo) = Músculo Reto lateral do olho = Fibras eferentes somáticas 
VII - FACIAL (Mi) = Masseter, Pterigóide, milo-hióide - Ë responsável pela sensibilidade da pele da face e fronte, conjuntiva ocular, dentes e por 2/3 da língua. 
VIII - VESTÍBULO-COCLEAR (S) = Equilíbrio e audição. 
IX – GLOSSOFARÍNGEO (Mi) = Músculo constritor superior da faringe. É responsável pela inervação sensitiva da faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva, seios e corpos carotídeos, parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo, glândula parótida e gustação do 1/3 posterior da língua. 
X - VAGO (Mi) = Músculos da faringe e laringe. Sensibilidade de parte da faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras torácicas e abdominais, parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo e gustação pela epiglote. 
XI - ACESSÓRIO (Mo) = Músculo trapézio e esternocleidomastoideo 
XII – HIPOGLOSSO (Mo) = Músculo motor da língua 
SENSIBILIDADE DA LINGUA 
TRIGÊMEO => Sensibilidade Geral (Tº, dor, pressão, tato) de 2/3 anterior 
FACIAL => Sensibilidade Gustativa de 2/3 anterior 
GLOSSOFARINGEO => Sensibilidade Gustativa de 1/3 posterior e geral 
3 - TERMINACÕES NERVOSAS 8
Quando aferentes ...... Sensitivas ....... Receptores 
Quando eferentes .......Motoras ..........Placas Motoras 
3.1 - TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS Î RECEPTORES 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MORFOLOGIA ----- GERAIS 
----- ESPECIAIS 
GERAIS => Estruturas morfologicamente mais simples e localizadas em todo o corpo podendo ser classificadas como LIVRES ou ENCAPSULADAS (cápsula de tecido conjuntivo). 
As terminações nervosas com capacidade de percepção e sensação da dor são do tipo LIVRE e como ENCAPSULADOS temos como exemplos: 
ƒ CORPUSCULO DE MEISSNER => pele das mãos e pés. Tato e pressão. 
ƒ CORP. DE VATER PACCINI => tecido celular subcutâneo das mãos e pés, peritônio, cápsulas viscerais, etc - Sensibilidade vibratória 
ƒ CORPUSCULO DE KRAUSE => derme, conjuntiva, mucosa da língua e genitais externos - FRIO 
ƒ CORPUSCULO DE RUFINI => mesma localização – CALOR (???) 
ESPECIAIS - estruturas de morfologia mais complexa e que fazem parte dos órgãos especiais dos sentidos localizados na cabeça. 
Ex: botões gustativos (gustação), órgão de Corti (audição), mácula estática e crista ampular (equilíbrio), cones e bastonetes (visão), receptores olfativos (olfação). 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A LOCALIZAÇÃO 
3 tipos - exteroceptores - sensíveis a variação do meio externo 
interoceptores - sensíveis a variação do meio interno 
proprioceptores 
EXTEROCEPTORES => localizados na superfície externa e ativados pelo frio, calor, e pressão. Além desses, incluem-se receptores responsáveis pelos sentidos especiais de Visão, Audição, Olfação (incluindo o vomeronasal) e Gustação. 
• Estão ligados às fibras aferentes somáticas e viscerais dos nervos cranianos e espinhais, tanto Gerais quanto Especiais. 
INTEROCEPTORES => localizados nas vísceras e vasos. São também chamados VISCEROCEPTORES e responsabilizados pelas sensações de fome, sede, prazer sexual. Dor visceral, além de informar quanto as pressões de O2 e CO2, a osmolaridade do plasma e a pressão arterial. São também considerados interoceptores os sensores do ouvido interno para a sensação especial de Equilíbrio. 
• Estão ligados às fibras aferentes viscerais 
PROPRIOCEPTORES => localizados profundamente nos músculos esqueléticos, tendões, fáscias, ligamentos e capsulas articulares. Dão origem a impulsos proprioceptivos conscientes e inconscientes. 
• CONSCIENTES - atingem o córtex cerebral permitindo perceber a posição do corpo e suas partes, bem como da atividade muscular e dos movimentos articulares, são, portanto responsáveis pelos sentidos de posição e movimento (CINESTESIA) 
9
• INCONSCIENTES - não despertam nenhuma sensação, sendo utilizados para a regulação reflexa da atividade muscular através do reflexo miotático, ou da atividade do cerebelo. 
Estão ligados às fibras aferentes viscerais 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A REAÇÃO 
- Mecanorreceptores => sensações táteis da pele, receptores profundos do tato, receptores de som, do equilíbrio e da pressão arterial. 
- Fonorreceptores => SOM 
- Fotorreceptores ou eletromagnéticos => Visão 
- Termorreceptores => Frio e calor 
- Osmorreceptores => sensíveis a osmolaridade plasmática 
- Quimiorreceptores => Olfato, paladar, sensações do vomeronasal, PaO2, PaCo2, osmolaridade e receptores hormonais. 
- Nociceptores => Sensações dolorosas 
Obs* A maioria dos receptores pode responder à estímulos para os quais não são especializados, porém os limiares são muito altos. 
3.2 - TERMINAÇÖES NERVOSAS MOTORAS 
PODEM SER ---- SOMATICAS - terminam em músculo estriado esquelético (Movim. Voluntário). 
VISCERAIS - terminam e músculo liso, cardíaco e glândulas (SNA) 
SOMATICA 
VISCERAL 
Forma a placa motora 
Não existe placa motora ( varicosidades) 
Fibra é sempre colinérgica 
Fibra é colinérgica ou adrenérgica 
Músculo esquelético 
Músculo liso 
IV - A R C O S R E F L E X O S 
DEFINIÇäO - é uma resposta do Sistema Nervoso a um estímulo, qualitativamente invariável, involuntária, de importância fundamental para a postura e locomoção do animal e para examinar clinicamente o Sistema Nervoso. 
- É a unidade Fisiológica do Sistema Nervoso 
COMPONENTES BASICOS - Todos os arcos reflexos contem 5 componentes básicos necessários para sua função normal. 
1 - RECEPTOR - captam alguma energia ambiental e a transformam em Potencial de Ação (EX: luz na retina, calor, frio e pressão na pele; estiramento pelos receptores do fuso muscular) 
2 - NERVO SENSORIAL - Conduz o P.A. do receptor até a sinápse no SNC entrando na medula pela raiz dorsal. 
3 - SINAPSE - podendo ser monossinaptica ou polissinaptica 
4 - NERVO MOTOR - conduz o P.A. do SNC para o órgão efetuador saindo da medula pela raiz ventral. Transforma um impulso elétrico em ação mecânica. 
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5 - ORGAO ALVO OU EFETUADOR - normalmente é um músculo 
CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS 
REFLEXO SEGMENTAR, MONOSINÁPTICO OU SIMPLES 
=> Percorre um único segmento do S.N.C. 
(Receptor + neurônio aferente + sinapse+ neurônio eferente + órgão efetuador) 
Exemplos: 
1 - Reflexo patelar 
2 – Reflexo miotático 
REFLEXO INTERSEGMENTAR OU POLISINÁPTICO 
=> Percorre múltiplos segmentos do SNC. 
(Receptor + neurônio aferente + sinapse+ neurônio internuncial + sinapse + neurônio eferente + órgão efetuador) 
Exemplos 
1 - Propriocepçäo consciente (receptor => medula lombar=> medula torácica=> córtex) 
2 - Reflexo de coçar do cão. Estão envolvidos o neurônio sensitivo da pele, neurônio internuncial que liga este segmento da medula aos nervos da pata posterior, e um neurônio motor para a musculatura da pata posterior 
3 – Reflexo de Retirada 
SIMPLES 
2 neurônios + 1 sinapse 
INTERSEGMENTAR 
3 neurônios + 2 sinapses 
REFLEXO BULBAR 
EXEMPLOS - Reflexos respiratórios 
1 - Reflexos Vasomotores 
2 - Reflexos Cardiomotores 
REFLEXOS MEDULARES 
Podem ser : Proprioceptivos - originam de receptores nos musc e tendões 
Exteroceptivos - originam de receptores cutâneos geralmente derivados da pressão e dor 
EXEMPLOS DE REFLEXOS MEDULARES PROPRIOCEPTIVOS 
1 - R.PATELAR - percussão do tendão medial reto da patela leva a contração do quadríceps femural 
2 - R. SUPRACARPIANO - percussão do tendão do músculo extensor carpo-radial leva a extensão da articulação carpiana 
3 - REFLEXO SUPRA TARSAL - percussão do tendão do músculo tibial cranial leva a flexão da articulação tarsal 
**** Estes reflexos são mais visíveis em pequenos animais 
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EXEMPLOS DE REFLEXOS MEDULARES EXTEROCEPTIVOS 
1 - R. DA CRUZ - Contrações da musculatura cutânea muito evidente nos eqüinos e menos em bovinos 
2 - R. ·COSTAL - Flexão da coluna torácica ao beliscar o lombo dos eqüinos e bovinos 
3 - R. DE COÇAR - quando se estimula regiões do tórax e abdome do cão 
4 - R. DA CAUDA - a cauda curva-se ventralmente quando a parte ventral desta é estimulada 
5 - R. ESCROTAL - contração da bolsa escrotal por frio ou toque 
**** Os reflexos podem ser usados para avaliar clinicamente o Sistema Nervoso, pois quando se testa um reflexo, em verdade se está testando seus componentes básicos. 
Reflexos mais usados = pupilar, propriocepçäo, patelar, flexor 
V - S I S T E M A N E R V O S O C E N T R A L 
O SNC pode ser dividido em 6 regiões 
1- MEDULA ESPINHAL 
• Conduz os potenciais de ação dos estímulos motores do encéfalo para as porções distais 
• Conduz estímulos sensitivos das partes distais para o encéfalo. 
• Recebe potenciais de ação oriundos de receptores da pele, músculos, tendões, articulações e órgãos viscerais. 
• Emite axônios dos nervos motores inferiores que saem pela raiz ventral e atingem o músculo esquelético. 
• Contém axônios que conduzem informações sensoriais para o cérebro e do cérebro para os neurônios motores inferiores, integrando as partes mais distantes do corpo ao Centro Nervoso 
2 - BULBO ou MEDULA OBLONGA 
• Contém vários núcleos motores de nervos cranianos e centros autônomos que controlam o coração, a respiração, pressão sanguínea, reflexo da tosse, da deglutição e do vômito. 
3 – PONTE 
• Contém grande quantidade de neurônios que retransmite informações dos hemisférios cerebrais para o cerebelo garantindo assim a coordenação dos movimentos e a aprendizagem motora, OU SEJA, serve de elo entre as informações do córtex que vão para o cerebelo para que este coordene os movimentos pretendidos e reais. 
• Participa da regulação da respiração 
4 – MESENCEFALO 
• Importante para o movimento ocular e o controle postural subconsciente e contem a FORMAÇÃO RETICULAR que regula a consciência. 
• Dispõe de um sistema de conexão dos sistemas auditivos e visual 
5 - DIENCEFALO 
• Tálamo - estação de relé que processa os estímulos sensoriais que se projetam para o córtex cerebral e estímulos motores provenientes do córtex cerebral para o tronco encefálico e a medula espinhal. 
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• Hipotálamo - Regula o S.N.A., hipófise, a temperatura corporal, a ingestão de alimentos e o equilíbrio hídrico. 
6 - HEMISFERIOS CEREBRAIS 
• Formados pelo Córtex cerebral, Substância branca subjacente e Gânglios da base 
• Contém estruturas associadas as funções sensoriais e motoras superiores e à consciência 
V I - O S I S T E M A N E R V O S O M O T O R 
“Neurologicamente, a marcha se inicia por impulsos do córtex cerebral para o controle voluntário e coordenação fina. A estes estímulos, somam-se as influências do cerebelo (que torna a marcha coordenada), do sistema vestibular (que faz a manutenção do equilíbrio) e, por certo, da medula espinhal que transmite os impulsos aos órgãos efetores, através do SNP, além da manutenção da postura e estação”.( João Manoel Chapon Cordeiro, 1996) 
A - N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R 
• São todos aqueles neurônios do SNC que influenciam no funcionamento do neurônio motor inferior 
Eles se dividem em 3 subgrupos = PIRAMIDAL 
EXTRAPIRAMIDAL 
CEREBELO 
O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite axônio longo que percorre a medula espinhal para fazer sinapse com o neurônio motor inferior. 
1 - S I S T E M A P I R A M I D A L 
• Desencadeamento do movimento voluntário, hábil, aprendido 
• O sistema piramidal (passa pela pirâmide do bulbo) é constituído por 3 grandes vias axônicas originárias do córtex cerebral unindo-se a medula, tronco encefálico e cerebelo. 
- TRATO CORTICO-ESPINHAL - As fibras partem do córtex e vão até a medula espinhal contralateral influenciando os neurônios motores inferiores espinhais. 
- TRATO CORTICO-BULBAR - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo influenciando os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os músculos da cabeça. 
- TRATO CORTICOPONTINOCEREBELAR - As fibras partem do córtex cerebral e fazem sinapse na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex cerebelar informar o cerebelo do movimento pretendido pelo córtex cerebral para que este faça os ajustes necessários. 
L E M B R A R:***lesão do sistema piramidal causa fraqueza muscular contralateral a área lesada (Hemiparesia) 
2 - S I S T E M A E X T R A P I R A M I D A L 13
• Sua maior importância é Iniciar o tônus muscular extensor postural, antigravitacional subconsciente. Também importante na coordenação dos movimentos da cabeça e olhos na observação do movimento de um objeto. O sistema extrapiramidal apresenta tratos que começam no tronco cerebral e terminam na medula espinhal. 
- TRATO RETICULO ESPINHAL - inicia na FORMAÇäO reticular localizada na medula oblonga medial, na ponte e mesencéfalo. 
- TRATO VESTIBULO-ESPINHAL - começa no núcleo vestibular do Bulbo. 
OBS* Estes dois estão ligados principalmente aos músculos próximos da coluna vertebral responsabilizados pelo tônus postural antigravitacional. 
-TRATO TECTO-ESPINHAL - começa no tecto visual do mesencéfalo (colículo superior) e termina na medula cervical. 
É importante na coordenação reflexa dos movimentos da cabeça e dos olhos durante a observação de um objeto em movimento. 
- TRATO RUBRO ESPINHAL - começa no núcleo rubro do mesencéfalo, não tem sua função bem estabelecida mas influencia neurônios motores inferiores para os músculos mais distais. 
OBS* O Núcleo Rubro tem sido responsabilizado pelos movimentos voluntários instintivos nos animais irracionais. Sendo muito desenvolvido na cabra e nas ovelhas. 
3 - C E R E B E L O 
• Coordena os movimentos iniciados pelos dois subgrupos anteriores. Ele compara o movimento pretendido com o movimento real e os ajusta. 
•Permite o planejamento e a execução dos movimentos 
• È responsável pela manutenção da postura, coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos 
Pode ser dividido em 3 Partes: 
VESTIBULOCEREBELO OU ARQUICEREBELO - ajuda a coordenar o equilíbrio e os movimentos oculares 
ESPINOCEREBELO OU PALEOCEREBELO - ajuda a coordenar o movimento estereotipado (locomoção e reações posturais) e o tonus muscular. 
CEREBROCEREBELO OU NEOCEREBELO - ajuda a coordenar a programação de movimentos dos membros, estando relacionado com os movimentos não estereotipados como aqueles resultantes de ensinamentos e treinamentos. 
B - N E U R O N I O M O T O R I N F E R I O R 
É o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no SNC e cujo axônio se estende através dos nervos periféricos para fazer sinapse com as fibras musculares esqueléticas. 
VII – SINTOMATOLOGIA DAS DISFUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO MOTOR 
14
A - PATOLOGIAS DO NEURONIO MOTOR SUPERIOR 
1- MOVIMENTO INADEQUADO - Convulsão. rigidez, marcha em circulo, déficit proprioceptivo (incapacidade do animal de saber a posição de um membro) 
... Paralisia espástica 
... Hipertonicidade 
... Hipereflexia 
2 - NENHUMA ATROFIA 
3 - REFLEXOS SEGMENTARES MANTIDOS 
4 – TREMOR NÃO INTENCIONAL (aumenta com o repouso) 
obs* O Mal de Parkinson e a Sindrome do envenenamento pelo Cardo Estrelado nos eqüinos são disfunções do Sistema Extrapiramidal 
B - PATOLOGIAS COM SEDE NO CEREBELO 
- DISTURBIOS DOS MOVIMENTOS (ATAXIA) 
Caracteriza-se por afastamento dos membros (marcha em base ampla ou cavalete) ou cruzamento destes durante a marcha, enfim, por toda alteração capaz de determinar uma quebra da marcha normal. Deve-se a dificuldade do espinocerebelo e vestibulocerebelo em coordenar o equilíbrio do esqueleto axial) 
- DISMETRIA Passo de Ganso e Dificuldade de por o focinho em ponto especifico devido a incapacidade de coordenar o movimento pretendido com o real.) Consideram-se as hipermetrias ( levantar demasiadamente os membros para a marcha, subir escada, etc) ou hipometrias ( movimento diminuído, insuficiente). Normalmente estas dismetrias estão associadas com lesões do pedúnculo cerebelar caudal ipsilateral. 
- NISTAGMO 
- TREMOR INTENCIONAL ( Tremor que agrava com o movimento). 
C - PATOLOGIAS DO NEURONIO MOTOR INFERIOR 
1- PARALISIA FLACIDA 
2 - ATROFIA 
3 - PERDA DA CAPACIDADE DE REFLEXO MIOTATICO 
4 - HIPOREFLEXIA 
Tais sintomas ocorrem pois a mensagem não atinge o órgão efetuador ou seja o músculo 
Não funcionam o reflexo de estiramento muscular e o reflexo de retraimento ao beliscão. 
VIII - SINAIS GERAIS DE LESÕES DO SISTEMA NERVOSO 
Perda da consciência: 
O estado de consciência é mantido pelo bom funcionamento do sistema ou formação reticular (córtex e tronco cerebral) que garante a regulação do ciclo sono/vigília. Lesões nestas estruturas podem induzir ao sono cada vez mais profundo que chega ao coma. 
15
Não pode ser esquecido que as alterações de consciência podem ocorrer em conseqüência de distúrbios metabólicos gerais (coma diabético, urêmico ou hepático), ou tóxico (envenenamentos). 
Sonolência : muito observado nas lesões mesencefálicas. 
Agressão/passividade : lesões do córtex temporal 
Demência e incapacidade de reconhecimento e aprendizado: lesão do lobo frontal. 
Mioclonias: São contrações repetitivas e rítmicas de parte de um músculo, todo o músculo ou um grupo muscular restritas a uma área do corpo. Diferencia do tremor pois nele ocorrem movimentos alternados de grupos musculares opostos. 
EX: Cinomose. 
Na fase aguda se deve às lesões nos núcleos da base e na fase crônica se devem a lesões do NMI ou interneurônios. 
A mioclonia da cinomose ocorre na musculatura temporal, massetérica e dos membros. 
IX - S I S T E M A N E R V O S O A U T O N O M O 
• É o componente eferente do sistema nervoso visceral, ou seja, é o sistema motor periférico destinado ao suprimento nervoso dos músculos cardíaco e liso e glândulas, estando sujeito a controle reflexo e cerebral. 
• O sistema nervoso autônomo regula funções ·subconscientes tais como: pressão arterial, frequência cardíaca, motilidade intestinal e o diâmetro pupilar. 
• Pode ser dividido em SIMPÁTICO e PARASSIMPÁTICO com base na origem anatômica de seus neurônios pré-ganglionares e nos neurotransmissores liberados no órgão alvo. 
A - DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO 
1 - DIFERENÇAS ANATÔMICAS 
1.1 - QUANTO A POSIÇÃO DO NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR 
SIMPÁTICO - Toraco-lombar - Os axônios pré-ganglionares deixam ·a coluna lateral da medula·entre T1 e L2 
PARASSIMPÁTICO - Cranio-sacral - Os axônios pré-ganglionares deixam o tronco encefálico pelos nervos cranianos III, VII, IX e X e através da medula sacral. 
1.2 - QUANTO A POSIÇÃO DO NEURONIO PÓS-GANGLIONAR 
SIMPÁTICO - em gânglios próximos da medula 
PARASSIMPÁTICO - em gânglios da parede visceral ou muito próximos a esta. 
1.3 - QUANTO AO COMPRIMENTO DAS FIBRAS 
16
SIMPÁTICO - Preganglionares curtas, posganglionares longas 
PARASSIMPÁTICO - Preganglionares longas, posganglionares curtas 
2 - DIFERENÇAS FUNCIONAIS 
SIMPÁTICO - Utilizados em estímulos de LUTA E FUGA, as respostas são massivas e em cadeia 
PARASSIMPÁTICO - produzem respostas viscerais localizadas importantes para a homeostase. 
IMPORTANTE => A maioria dos órgãos recebem inervação de ambos (SNS e SNP) com exceção da medula da supra-renal, músculos piloeretores, glândulas sudoríparas e a maioria dos vasos sanguíneos, nestes casos a inervação é somente simpática. E diferentemente das outras situações o neurotransmissor da fibra pós ganglionar (com exceção da medula da adrenal) é a Acetilcolina. 
B - PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE.OS SISTEMAS NERVOSOS EFERENTES SOMATICO E VISCERAL. 
Eferente Somático 
Eferente Visceral 
Órgão efetor: músculos esqueléticos 
Órgão efetor: músculo liso, cardíaco e gland. 
Corpos celulares em todos os níveis 
Corpos ausentes na cervical, lombar-caudal e 
17
da medula 
coccígea 
Regulação voluntária e reflexa 
Regulação só reflexa (involuntária) 
Órgão efetor recebe só um tipo de neurônio eferente 
Órgão efetor recebe neurônios simpáticos e parassimpáticos 
NMI entre o SNC e o órgão efetor 
Dois neurônios (mielinizado e desmielinizado entre o SNC e o órgão efetor 
O órgão efetor reage sempre com excitação 
O órgão efetor reage com excitação ou inibição 
Quando há denervação ocorre paralisia 
Quando há denervação ocorre o princípio miogênico 
Produz ajuste rápido em relação ao meio externo 
Controle lento da homeostasia 
C - MEDIADORES QUÍMICOS 
São importantes na transmissão do impulso nervoso nas junções sinápticas 
A Acetilcolina é o neurotransmissor de: 
Ö Todas os neurônios pre-ganglionares simpáticas ou parassimpáticas 
Ö Todos os neurônios pós-ganglionares do Parassimpatico. 
Ö neurônios pós-ganglionares simpáticos da maioria dos vasos , musc. piloeretores e glândulas sudoríparas dos coxins plantar e palmar 
A Noradrenalina é o neurotransmissor de: 
Ö Todos os neurônios pós-ganglionares simpáticos, com exceção dos neurônios pós-ganglionares simpáticos da maioria dos vasos, músculos piloeretores e glândulas sudoríparas 
MEDULA ADRENAL 
A medula adrenal recebe inervação direta pelos neurônios pré-ganglionares simpáticos colinérgicos que fazem sinapses com neurônios pós-ganglionares adrenergicos rudimentares que compõem as células secretoras medulares adrenais. Estes neurônios secretam sua substancia transmissora diretamente no sangue circulante, agindo em todo o organismo. 
RECEPTORES POS-GANGLIONARES 
RECEPTORES COLINERGICOS =>MUSCARINICOS E NICOTINICOS 
A ATROPINA bloqueia os receptores muscarinicos e o CURARE os receptores nicotínicos 
RECEPTORES ADRENERGICOS 
ALFA 
BETA - BETA 1 
BETA 2 
Órgão 
Efeito da estimulação simpática 
Efeito da estimulação parassimpática 
Olho 
Músculo da Íris => pupila 
Músculo ciliar 
Membrana nictitante 
Dilatada (Visão de longe) 
Relaxamento) 
Retração 
Contraída 
Constrição (Visão de perto) 
Nenhum 
18
Glândulas 
Sudoríparas 
Salivar 
Gastrointestinais 
Sudação 
Vasoconstrição e constrição mioepitelial 
vasoconstrição 
Nenhum 
Secreção e vasodilatação 
Estimulação de secreção 
Coração: músculo (miocárdio) 
Atividade aumentada 
Diminuição da atividade 
Vasos sanguíneos 
Abdominal 
Músculo esquelético 
Pele e mucosa 
Coronárias 
Constrição 
Dilatação 
Constrição 
Dilatação ou contração 
Nenhum 
Nenhum 
Nenhum 
Nenhum 
Pulmões: brônquios 
Dilatação 
Constrição 
Tubo digestivo 
Luz 
Esfíncteres 
Dimin. do tônus e da peristalse 
Aumento do tônus 
Aumento do tônus e do peristaltismo 
Diminuição do tônus 
Músculo piloeretor 
Contração 
Nenhum 
Fígado 
Liberação de glicose 
Nenhum 
Rim 
Diminuição da produção de urina 
Nenhum 
Bexiga 
corpo 
Esfíncter 
Relaxamento 
Contração 
Contração 
Relaxamento 
Ato sexual masculino 
Ejaculação 
Ereção 
Glicose sangüínea 
Aumento 
Nenhum 
Metabolismo basal 
Aumento em até 50% 
Nenhum 
Baço 
Contração 
Nenhum 
Secreção da medula supra- renal (adrenalina) 
Aumento 
Nenhum 
Velocidade de coagulação 
Aumentada 
Nenhum 
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O SONO 
DEMONSTRATIVO DE TEMPOS DE SONO E VIGÍLIA NAS DIVERSAS ESPÉCIES ANIMAIS 
EM VIGILIA 
DORMINDO 
SONO NÃO ATIVADO 
SONO ATIVADO 
RAPOSA 
9h 18min 
14h 42min 
12h 18min 
2h 24 min 
GATO 
10h 48min 
13h 12min 
10h 
3h 12min 
PORCO 
11h 6min 
12h 54min 
11h 6min 
1h 48min 
19
RATO 
11h 30min 
12h 30min 
10h 48min 
1h 42min 
VACA 
12h 36min 
11h 24min 
10h 42min 
42 min 
OVINO 
16h 
8h 
7h 30min 
30 min 
COELHO 
17h 6 min 
6h 54min 
6h 12min 
42 min 
COBAIO 
17h 12min 
6h 48min 
5h 54min 
54 min 
CAVALO 
19h 12min 
4h 48min 
4h 
48 min 
HOMEM 
16h 
8h 
6h 
2h 
Considerações Gerais 
Em Humanos: 
• O Sono não ativado é também chamado de sono de ECG ondas lentas ou de Sono não REM e o Sono ativado é também chamado de Sono Desincronizado ou paradoxal, e o ECG é igual aquele observado durante a vigília. 
• Durante o período de sono ocorrem várias fases REM de 30 minutos cada 
• Durante a fase REM há atonia de todos os músculos com exceção dos respiratórios, cardíaco, oculares e do ouvido médio. 
• Acredita-se que o sono Não REM descansa o cérebro e o sono REM descansa os músculos 
• Sem a fase REM, os ratos apresentam baixa imunológica e morrem. 
• A fase REM está relacionada com o aprendizado. Há avaliação e escolha do que será memorizado ou não. 
• O Sonho ocorre em ambas as fases, mas na fase Não REM o sonhador é sempre passivo e na fase REM é o protagonista. 
• Se acordar no meio da fase REM 100% dos indivíduos se lembra do sonho e 75% deles poderão se lembrar se acordar até 8 min após o REM. 
Em Golfinhos: 
¾ Existe desligamento de apenas um dos hemisférios durante o sono, sendo que o tempo de desligamento é variável entre as espécies. 
¾ Ocorre desligamento unilateral durante 1 hora e em seguida a sua ativação por 2 horas e assim sucessivamente. 
¾ Os golfinhos “nariz de garrafa” desligam os dois hemisférios por 4 a 6 segundos sucessivamente 
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
BEAR, M.F. Neuroscience – Exploring the Brain . Williams &Wilkins. Baltimore, Maryland, 1996. 666p. 
BERNE, R.M ET AL. Fisiologia. 5ª ed. Interamericana: Rio de Janeiro, 2004. 
BICHARD, S.J. e SHERDING, R.G.: Manual Saunders- Clínica de Pequenos Animais, 1a Edição, Editora Roca, 1998 
CHANDLER E.A. & THOMPSON D.J & SUTTON J.B.- Medicina e Terapeutica de Caninos, ed. 1o , Editora Manole, 610p 
20
CORDEIRO, J.M.C – Exame Neurológico de Pequenos Animais. Educat. Pelotas-RS, 1996. 270p. 
CUNNINGHAM, J.G.: Tratado de Fisiologia Veterinária, 1a Edição, Editora Guanabara koogan, 1993. 454p. 
JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, J.: Histologia Básica, 9a edicão, Editora Guanabara Koogan, 1999. 427p. 
MASSONE, F.- Anestesiologia Veterinária Farmacologia e Ténicas, ed 3a , Editora Guanabara/Koogan 
MORAES, I. A. - Sistema Nervoso. Apostila do curso de Fisiologia Veterinária do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal Fluminense Niterói- RJ. 2001. 18p. 
REECE, W.O: Fisiologia de Animais Domésticos, 1a edição, Editora Roca, 1996 
SWENSON &REECE - Dukes- Fisiologia dos Animais Domésticos. Parte VII- Sistema Nervoso, Sentidos Especiais, Músculo Esquelético e Regulação da Temperatura - 1la ed. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro-RJ, 1996. 856p 
THOMPSON D.J., SUTTON, J.B. e CHANDLER, E.A.: Medicina e Terapeutica de Caninos, 2a Edição, Editora Manole. 1989 
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  • 1. O SISTEMA NERVOSO DOS ANIMAIS “O sistema nervoso é o mais complexo e diferenciado do organismo, sendo o primeiro a se diferenciar embriologicamente e o último a completar o seu desenvolvimento” João Manoel Chapon Cordeiro – 1996. I – INTRODUÇÃO FUNÇÕES BÁSICAS Função Integradora => Coordenação das funções do vários órgãos (↑Pressão arterial→↑Filtração Renal e ↓Freq. Respirat.) Função Sensorial => Sensações gerais e especiais. Função Motora => Contrações musculares voluntárias ou involuntárias Função Adaptativa => Adaptação do animal ao meio ambiente (sudorese, calafrio) II - CARACTERÍSTICAS GERAIS A - DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO SOB O PONTO DE VISTA ANATÔMICO CÉREBRO ENCÉFALO ...... CEREBELO PONTE TRONCO ENCEFÁLICO MEDULA OBLONGA MESENCÉFALO S.N.C. MEDULA ESPINHAL NERVOS ...... ESPINHAIS CRANIANOS S.N.P GÂNGLIOS TERMINAÇÕES NERVOSAS SOB O PONTO DE VISTA FISIOLÓGICO SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO AFERENTE (SENSITIVO) EFERENTE (MOTOR) SISTEMA NERVOSO VISCERAL AFERENTE (SENSITIVO) EFERENTE ( MOTOR) ===> S.N.A SOB O PONTO DE VISTA EMBRIOLÓGICO TELENCÉFALO PROSENCÉFALO ....... CÉREBRO (Córtex cerebral, núcleos basais, sistema límbico e Rinencéfalo) DIENCÉFALO...tálamo e hipotálamo MESENCÉFALO .............MESENCÉFALO (Tectum, tegumentum e pedúnculos cerebrais) METENCÉFALO ...................... CEREBELO e PONTE ROBENCÉFALO MIELENCÉFALO ..................... BULBO 1
  • 2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A DIVISÃO NO ASPECTO FISIOLÓGICO O sistema nervoso somático é chamado de SISTEMA NERVOSO DE VIDA DE RELAÇÃO, pois, permite que o animal se relacione com o meio ambiente com atitudes voluntárias ⇒ Musculatura esquelética. Ele relaciona o organismo com o ambiente através dos receptores que informam as condições externas e o sistema eferente que envia mensagens para os músculos esqueléticos determinando movimentos voluntários. O sistema nervoso visceral é chamado de SISTEMA NERVOSO DE VIDA VEGETATIVA, pois está relacionado com a constância do meio interno e corresponde a atitudes involuntárias ⇒ musculatura lisa, cardíaca e glândulas. Ele corresponde a inervação e controle das estruturas viscerais e garante a constância do meio interno. O seu componente aferente conduz impulsos nervosos originários dos receptores (visceroceptores) para áreas específicas do sistema nervoso de onde partem respostas motoras para as vísceras (glândulas, músculo liso e cardíaco) B - TIPOS CELULARES 1 - NEURÔNIO - é a unidade anatômica ou estrutural do sistema nervoso Consiste de quatro regiões distintas: corpo celular ( núcleo + citoplasma + organelas) dendritos axônio terminal pré-sináptico (telodendro) MIELINA Os axônios dos neurônios podem ou não conter uma substância branca a ele aderida que é chamada de mielina. No encéfalo e na medula encontramos: Área Acizentada ( Substância Cinzenta ) - Contem agregados de corpos celulares Área Clara ( Substância Branca) - Contem fibras nervosas mielinizadas NÓDULOS DE RANVIER São intervalos circunferenciais que ocorrem intermitentemente na bainha de mielina que garantem a Condução Saltatória do impulso nervoso. TIPOS DE NEURÔNIOS Quanto à morfologia: • BIPOLAR • MULTIPOLAR • PSEUDO-UNIPOLAR 2
  • 3. Quanto à posição • NEURÔNIO AFERENTE: Responsável por levar informações da superfície do corpo para o interior. Relaciona o meio interno com o meio externo. • NEURÔNIO EFERENTE: Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula). • NEURÔNIO INTERNUNCIAL OU DE ASSOCIAÇÃO: Faz a união entre os dois tipos anteriores. O corpo celular destes está sempre dentro do SNC. Quanto à velocidade de condução • TIPO A => Grande calibre mielinizadas. Alfa => proprioceptores dos músculos esqueléticos Beta => mecanorreceptores da pele (Tato) Gama => dor e frio • TIPO B => Médio calibre - pré-ganglionares do SNA. • TIPO C => Pequeno calibre - pós-ganglionares do SNA. ¾ Os receptores alfa são estimulatórios (exceção para o músculo liso do intestino) ¾ Os receptores Beta são inibidores (exceção para o músculo cardíaco) ¾ A epinefrina e nor-epinefrina agem em ambos os receptores ( alfa e beta), mas os efeitos da Epinefrina são mais potentes são sobre os Alfas e da nor-epinefrina sobre os Betas. Alfa 1 Beta 1 Gama Diâmetro (mm) 13-20 6-12 1-5 Velocidade (m/s) 80-120 35-75 5-30 DEGENERAÇÃO WALLERIANA - Quando um neurônio é lesado ocorre degeneração da extremidade distal da lesão e da extremidade proximal até o nível do primeiro nódulo de Ranvier. Degeneração de Gudder ou Retrógrada e Degeneração Walleriana (Waller, 1852) ou secundária. Retração do axônio no 1° dia até o desaparecimento completo do axônio no 10° dia e da mielina no 30° dia. GÂNGLIO NERVOSO = São agrupamentos de corpos celulares localizados fora do SNC. 2 - CÉLULAS DA GLIA São células lábeis capazes de exercer uma importância vital aos neurônios, sendo a principal função a Nutrição. Não produzem potencial de ação. CLASSIFICAÇÃO ASTRÓCITOS ....................... Nutrição e metabolismo MACRÓGLIA CÉLULAS EPENDIMÁRIAS ........Revestimento dos Ventrículos e canal espinhal OLIGODENDRÓLIA .................. Síntese de mielina MICRÓGLIA HORTEGÁGLIA .................. Células de limpeza 3
  • 4. Klemm, 1996 (Swenson e Reece, 1996) => Admite a existência de 3 tipos: • Oligodendrócitos => Cel. De Schwann que sintetiza a mielina • Astrócitos => apresentam processos citoplasmáticos que ligam aos vasos sangüíneos • Microglia => São células fagocíticas, e não um tipo GLIAL, pois são leucócitos que invadem o tecido nervoso cumprindo seu papel de defesa. ¾ Segundo o autor, na Epilepsia, observa-se proliferação de astrócitos com formação de cicatrizes gliais como responsáveis pelo aumento da liberação de K+. C - NERVOS São cordões esbranquiçados constituídos por feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos (Machado, 1974) São três as bainhas de tecido conjuntivo: EPINEURO - Envolve todo o nervo e envia septos para o interior PERINEURO - Envolve feixes de fibras nervosas dentro do nervo ENDONEURO - É uma trama de tecido conjuntivo frouxo delicado que envolve cada fibra nervosa. D - SINAPSES 1 - DEFINIÇÃO São pontos de união entre as células nervosas e entre as células efetoras (Músculo ou Glândula). 2 - CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A LOCALIZAÇÃO......... CENTRAIS => Localizadas no cérebro e medula espinhal PERIFÉRICAS => Gânglios e placas motoras DE ACORDO COM A FUNÇÃO......................EXCITATÓRIAS INIBITÓRIAS DE ACORDO COM AS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS.........AXO-SOMÁTICA AXO-DENDRÍTICA AXO-AXÔNICA DENDRO-DENDRÍTICAS AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA 3 - NEUROTRANSMISSORES 3.1 - DEFINIÇÃO => São substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses, de natureza química variada, que ao serem liberadas pela fibra pré-sináptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra pós-sináptica. 3.2 - CLASSIFICAÇÃO CLASSE I .......... Acetil colina Noradrenalina (neurônios pós-ganglionares) CLASSE II .....................................Adrenalina (medula da adrenal e cérebro) Dopamina Serotonina (TIROSINA →DOPA→ DOPAMINA →NORADRENALINA→ ADRENALINA) 4
  • 5. GABA CLASSE III ...............AMINOÁCIDOS Glicina Glutamato CLASSE IV ............................ PEPTÍDEOS HIPOTALÂMICOS => GnRH, TRH, ADH, Ocitocina HIPOFISÁRIOS => ACTH, B-endorfina, MSH DE AÇÃO INTESTINAL E CEREBRAL => Encefalina, substância P, PIV, Colecistoquinina, insulina, glucagon. OUTROS PEPTÍDEOS => Angiotensina II, Bradicinina, Carnosina, Bombesina. • Os mais importantes são a Acetilcolina e adrenalina e podemos classificar as fibras como Colinérgicas ou adrenérgicas em função do neurotransmissor liberado. • O L-glutamato é um Aminoácido excitatório que atua na metade das sinapses do SNC • O GABA é o principal inibitório do SNC • O aumento do L-glutamato e a baixa do GABA tem sido observados nos líquido cérebro espinhal de cães com eplepsia. 3.3 - MECANISMO DE AÇÃO E LIBERAÇÃO • A chegada do sinal elétrico na terminação nervosa pré-sináptica leva a liberação do neurotransmissor na fenda sináptica pelo mecanismo de EXOCITOSE. • É um mecanismo Ca++ dependente altera a permeabilidade da membrana • O neurotransmissor atinge os receptores da membrana pós-sináptica ou da membrana da célula efetora despolarizando-a e alterando a permeabilidade aos diferentes íons. Com isto ocorre a passagem do impulso entre as fibras nervosas ou entre estas e as células efetoras. 3.4 - DESTINO DO NEUROTRANSMISSOR • Recaptação - processo ativo • Difusão para o líquido circundante • Destruição enzimática Acetilcolinesterase = quebra a acetil-colina Monoaminoxidase = quebra as aminas por desaminação Catecol-O-metil-transferase = quebra aminas por metilação 3.5 - RECEPTORES PÓS-SINÁPTICOS São proteínas existentes na membrana pós-sináptica responsáveis pela sensibilidade da fibra aos neurotransmissores. TIPOS • RECEPTORES DE FIXAÇÃO • RECEPTORES IONOFÓRICOS E - EVENTOS ELÉTRICOS NA CÉLULA NERVOSA POTENCIAL DE REPOUSO => é o potencial de membrana antes que ocorra a excitação da célula nervosa. => é o potencial gerado pela bomba de Na+ e K+ que joga 3 Na+ para fora e 2 K+ para dentro contra os seus gradientes de concentração, pela permeabilidade seletiva da membrana ao K+ e não ao Na+ e pelos ânions com carga negativa retidos no interior da célula pela membrana celular. => -75 mV 5
  • 6. POTENCIAL DE AÇÃO ETAPA DE DESPOLARIZAÇÃO => é a etapa em que a membrana torna-se extremamente permeável aos íons Na+, ocorre portanto influxo de Na+ e conseqüente aumento de carga positiva no interior da célula. => -75mV até +35 mV Ö A etapa de despolarização só ocorre se atingir o limiar de excitabilidade da célula ( - 65mV) .... “TUDO OU NADA” ETAPA DE REPOLARIZAÇÃO => é a etapa em que ocorre fechamento dos canais de Na+ e abertura dos canais de K+. => +35 mV até -75 mV ETAPA DE HIPERPOLARIZAÇÃO => é um período de alguns milissegundos em que a célula não reage aos neurotransmissores pois estão com excesso de negatividade em seu interior o que impede a ocorrência de um novo potencial de ação. => -75mv até -90 mV OBSERVAÇÕES • SINAPSE EXCITATÓRIA => Abertura dos canais de Na+ SINAPSE INIBITÓRIA => Abertura dos canais de K+ e Cl- • A natureza excitatória ou inibitória está na dependência do neurotransmissor liberado e na natureza do receptor estimulado EX: um neurônio é excitado pela Acetilcolina e inibido pelo GABA ou Glicina. • INTENSIDADE DO ESTÍMULO => quanto maior for o estímulo maior será a freqüência dos Potenciais de ação. Não ocorre aumento de intensidade do potencial pois ele é sempre “tudo ou nada”. III - SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO • Constituído por nervos cranianos e espinhais com seus gânglios associados e as terminações nervosas NERVOS ESPINHAIS • São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, membros e parte da cabeça. • Saem aos pares da medula, a cada espaço intervertebral. Homem = 8C, 12T, 5L, 5S, (2 Coc) Bovinos = C7, T13, L6, S5, Co 18-20 Equino = C7, T18, L6, S5, Co 15-21 Cães = C7, T13, L7, S3, Co 20-23 • São formados pela união das raízes dorsais e ventrais, formam o tronco, saem pelo forame intervertebral e logo em seguida formam os ramos anteriores e posteriores. 6
  • 7. COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NERVOS ESPINHAIS EXTEROCEPTIVAS => T°, dor, pres. tato FIBRAS AFERENTE SOMÁTICAS PROPRIOCEPTIVAS => Conscientes (sensação de posição e movimento de uma parte do corpo) Inconscientes (regulação reflexa da atividade do cerebelo, reflexo miotático). VISCERAIS => Impulsos sensitivos das vísceras SOMÁTICAS => Para musc. Estriado esquelético FIBRAS EFERENTES VISCERAIS => Fibras autônomas para Musc. Card, Liso e Glând. 2 - NERVOS CRANIANOS • São os que fazem conexão com o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) sendo que a maioria faz conexão com o tronco encefálico (Exceção - Olfatório com telencéfalo e o Óptico com o diencéfalo • Estes nervos sensoriais ou motores servem à pele, músculos da cabeça e órgãos especiais dos sentidos tais como gustação, audição, etc... • São 12 pares. COMPONENTES FUNCIONAIS DOS NERVOS CRANIANOS GERAIS - Fibras p/ dor, pres, frio FIBRAS AFERENTES SOMATICAS ESPECIAIS - p/ visão e audição GERAIS - p/ sensibilidade visceral VISCERAIS ESPECIAIS - p/ gustação e olfação SOMATICAS - p/ fibras musculares em geral FIBRAS EFERENTES VISCERAIS GERAIS - p/ o SNA (músculo liso e glândulas) ESPECIAIS - p/ musc.da laringe e faringe 7
  • 8. OS PARES DE NERVOS CRANIANOS ( S = Sensitivo Mo = Motor Mi = Misto) I – OLFATORIO (S) = Olfação = Fibras aferentes viscerais especiais II – OPTICO (S) = Visão = Fibras aferentes somáticas especiais III - OCULOMOTOR (Mo) = Músculos Extrínsecos do olho (Elevador da pálpebra, reto superior, inferior e medial, obliquo inferior). = Fibras eferentes somáticas IV - TROCLEAR (Mo) = Músculo obliquo dorsal do olho V – TRIGEMEO (Mi) = Ramos oftálmico, mandibular e maxilar = Responsável pela sensibilidade geral de grande parte da cabeça. VI - ABDUCENTE (Mo) = Músculo Reto lateral do olho = Fibras eferentes somáticas VII - FACIAL (Mi) = Masseter, Pterigóide, milo-hióide - Ë responsável pela sensibilidade da pele da face e fronte, conjuntiva ocular, dentes e por 2/3 da língua. VIII - VESTÍBULO-COCLEAR (S) = Equilíbrio e audição. IX – GLOSSOFARÍNGEO (Mi) = Músculo constritor superior da faringe. É responsável pela inervação sensitiva da faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva, seios e corpos carotídeos, parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo, glândula parótida e gustação do 1/3 posterior da língua. X - VAGO (Mi) = Músculos da faringe e laringe. Sensibilidade de parte da faringe, laringe, traquéia, esôfago, vísceras torácicas e abdominais, parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo e gustação pela epiglote. XI - ACESSÓRIO (Mo) = Músculo trapézio e esternocleidomastoideo XII – HIPOGLOSSO (Mo) = Músculo motor da língua SENSIBILIDADE DA LINGUA TRIGÊMEO => Sensibilidade Geral (Tº, dor, pressão, tato) de 2/3 anterior FACIAL => Sensibilidade Gustativa de 2/3 anterior GLOSSOFARINGEO => Sensibilidade Gustativa de 1/3 posterior e geral 3 - TERMINACÕES NERVOSAS 8
  • 9. Quando aferentes ...... Sensitivas ....... Receptores Quando eferentes .......Motoras ..........Placas Motoras 3.1 - TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS Î RECEPTORES CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MORFOLOGIA ----- GERAIS ----- ESPECIAIS GERAIS => Estruturas morfologicamente mais simples e localizadas em todo o corpo podendo ser classificadas como LIVRES ou ENCAPSULADAS (cápsula de tecido conjuntivo). As terminações nervosas com capacidade de percepção e sensação da dor são do tipo LIVRE e como ENCAPSULADOS temos como exemplos: ƒ CORPUSCULO DE MEISSNER => pele das mãos e pés. Tato e pressão. ƒ CORP. DE VATER PACCINI => tecido celular subcutâneo das mãos e pés, peritônio, cápsulas viscerais, etc - Sensibilidade vibratória ƒ CORPUSCULO DE KRAUSE => derme, conjuntiva, mucosa da língua e genitais externos - FRIO ƒ CORPUSCULO DE RUFINI => mesma localização – CALOR (???) ESPECIAIS - estruturas de morfologia mais complexa e que fazem parte dos órgãos especiais dos sentidos localizados na cabeça. Ex: botões gustativos (gustação), órgão de Corti (audição), mácula estática e crista ampular (equilíbrio), cones e bastonetes (visão), receptores olfativos (olfação). CLASSIFICAÇÃO QUANTO A LOCALIZAÇÃO 3 tipos - exteroceptores - sensíveis a variação do meio externo interoceptores - sensíveis a variação do meio interno proprioceptores EXTEROCEPTORES => localizados na superfície externa e ativados pelo frio, calor, e pressão. Além desses, incluem-se receptores responsáveis pelos sentidos especiais de Visão, Audição, Olfação (incluindo o vomeronasal) e Gustação. • Estão ligados às fibras aferentes somáticas e viscerais dos nervos cranianos e espinhais, tanto Gerais quanto Especiais. INTEROCEPTORES => localizados nas vísceras e vasos. São também chamados VISCEROCEPTORES e responsabilizados pelas sensações de fome, sede, prazer sexual. Dor visceral, além de informar quanto as pressões de O2 e CO2, a osmolaridade do plasma e a pressão arterial. São também considerados interoceptores os sensores do ouvido interno para a sensação especial de Equilíbrio. • Estão ligados às fibras aferentes viscerais PROPRIOCEPTORES => localizados profundamente nos músculos esqueléticos, tendões, fáscias, ligamentos e capsulas articulares. Dão origem a impulsos proprioceptivos conscientes e inconscientes. • CONSCIENTES - atingem o córtex cerebral permitindo perceber a posição do corpo e suas partes, bem como da atividade muscular e dos movimentos articulares, são, portanto responsáveis pelos sentidos de posição e movimento (CINESTESIA) 9
  • 10. • INCONSCIENTES - não despertam nenhuma sensação, sendo utilizados para a regulação reflexa da atividade muscular através do reflexo miotático, ou da atividade do cerebelo. Estão ligados às fibras aferentes viscerais CLASSIFICAÇÃO QUANTO A REAÇÃO - Mecanorreceptores => sensações táteis da pele, receptores profundos do tato, receptores de som, do equilíbrio e da pressão arterial. - Fonorreceptores => SOM - Fotorreceptores ou eletromagnéticos => Visão - Termorreceptores => Frio e calor - Osmorreceptores => sensíveis a osmolaridade plasmática - Quimiorreceptores => Olfato, paladar, sensações do vomeronasal, PaO2, PaCo2, osmolaridade e receptores hormonais. - Nociceptores => Sensações dolorosas Obs* A maioria dos receptores pode responder à estímulos para os quais não são especializados, porém os limiares são muito altos. 3.2 - TERMINAÇÖES NERVOSAS MOTORAS PODEM SER ---- SOMATICAS - terminam em músculo estriado esquelético (Movim. Voluntário). VISCERAIS - terminam e músculo liso, cardíaco e glândulas (SNA) SOMATICA VISCERAL Forma a placa motora Não existe placa motora ( varicosidades) Fibra é sempre colinérgica Fibra é colinérgica ou adrenérgica Músculo esquelético Músculo liso IV - A R C O S R E F L E X O S DEFINIÇäO - é uma resposta do Sistema Nervoso a um estímulo, qualitativamente invariável, involuntária, de importância fundamental para a postura e locomoção do animal e para examinar clinicamente o Sistema Nervoso. - É a unidade Fisiológica do Sistema Nervoso COMPONENTES BASICOS - Todos os arcos reflexos contem 5 componentes básicos necessários para sua função normal. 1 - RECEPTOR - captam alguma energia ambiental e a transformam em Potencial de Ação (EX: luz na retina, calor, frio e pressão na pele; estiramento pelos receptores do fuso muscular) 2 - NERVO SENSORIAL - Conduz o P.A. do receptor até a sinápse no SNC entrando na medula pela raiz dorsal. 3 - SINAPSE - podendo ser monossinaptica ou polissinaptica 4 - NERVO MOTOR - conduz o P.A. do SNC para o órgão efetuador saindo da medula pela raiz ventral. Transforma um impulso elétrico em ação mecânica. 10
  • 11. 5 - ORGAO ALVO OU EFETUADOR - normalmente é um músculo CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS REFLEXO SEGMENTAR, MONOSINÁPTICO OU SIMPLES => Percorre um único segmento do S.N.C. (Receptor + neurônio aferente + sinapse+ neurônio eferente + órgão efetuador) Exemplos: 1 - Reflexo patelar 2 – Reflexo miotático REFLEXO INTERSEGMENTAR OU POLISINÁPTICO => Percorre múltiplos segmentos do SNC. (Receptor + neurônio aferente + sinapse+ neurônio internuncial + sinapse + neurônio eferente + órgão efetuador) Exemplos 1 - Propriocepçäo consciente (receptor => medula lombar=> medula torácica=> córtex) 2 - Reflexo de coçar do cão. Estão envolvidos o neurônio sensitivo da pele, neurônio internuncial que liga este segmento da medula aos nervos da pata posterior, e um neurônio motor para a musculatura da pata posterior 3 – Reflexo de Retirada SIMPLES 2 neurônios + 1 sinapse INTERSEGMENTAR 3 neurônios + 2 sinapses REFLEXO BULBAR EXEMPLOS - Reflexos respiratórios 1 - Reflexos Vasomotores 2 - Reflexos Cardiomotores REFLEXOS MEDULARES Podem ser : Proprioceptivos - originam de receptores nos musc e tendões Exteroceptivos - originam de receptores cutâneos geralmente derivados da pressão e dor EXEMPLOS DE REFLEXOS MEDULARES PROPRIOCEPTIVOS 1 - R.PATELAR - percussão do tendão medial reto da patela leva a contração do quadríceps femural 2 - R. SUPRACARPIANO - percussão do tendão do músculo extensor carpo-radial leva a extensão da articulação carpiana 3 - REFLEXO SUPRA TARSAL - percussão do tendão do músculo tibial cranial leva a flexão da articulação tarsal **** Estes reflexos são mais visíveis em pequenos animais 11
  • 12. EXEMPLOS DE REFLEXOS MEDULARES EXTEROCEPTIVOS 1 - R. DA CRUZ - Contrações da musculatura cutânea muito evidente nos eqüinos e menos em bovinos 2 - R. ·COSTAL - Flexão da coluna torácica ao beliscar o lombo dos eqüinos e bovinos 3 - R. DE COÇAR - quando se estimula regiões do tórax e abdome do cão 4 - R. DA CAUDA - a cauda curva-se ventralmente quando a parte ventral desta é estimulada 5 - R. ESCROTAL - contração da bolsa escrotal por frio ou toque **** Os reflexos podem ser usados para avaliar clinicamente o Sistema Nervoso, pois quando se testa um reflexo, em verdade se está testando seus componentes básicos. Reflexos mais usados = pupilar, propriocepçäo, patelar, flexor V - S I S T E M A N E R V O S O C E N T R A L O SNC pode ser dividido em 6 regiões 1- MEDULA ESPINHAL • Conduz os potenciais de ação dos estímulos motores do encéfalo para as porções distais • Conduz estímulos sensitivos das partes distais para o encéfalo. • Recebe potenciais de ação oriundos de receptores da pele, músculos, tendões, articulações e órgãos viscerais. • Emite axônios dos nervos motores inferiores que saem pela raiz ventral e atingem o músculo esquelético. • Contém axônios que conduzem informações sensoriais para o cérebro e do cérebro para os neurônios motores inferiores, integrando as partes mais distantes do corpo ao Centro Nervoso 2 - BULBO ou MEDULA OBLONGA • Contém vários núcleos motores de nervos cranianos e centros autônomos que controlam o coração, a respiração, pressão sanguínea, reflexo da tosse, da deglutição e do vômito. 3 – PONTE • Contém grande quantidade de neurônios que retransmite informações dos hemisférios cerebrais para o cerebelo garantindo assim a coordenação dos movimentos e a aprendizagem motora, OU SEJA, serve de elo entre as informações do córtex que vão para o cerebelo para que este coordene os movimentos pretendidos e reais. • Participa da regulação da respiração 4 – MESENCEFALO • Importante para o movimento ocular e o controle postural subconsciente e contem a FORMAÇÃO RETICULAR que regula a consciência. • Dispõe de um sistema de conexão dos sistemas auditivos e visual 5 - DIENCEFALO • Tálamo - estação de relé que processa os estímulos sensoriais que se projetam para o córtex cerebral e estímulos motores provenientes do córtex cerebral para o tronco encefálico e a medula espinhal. 12
  • 13. • Hipotálamo - Regula o S.N.A., hipófise, a temperatura corporal, a ingestão de alimentos e o equilíbrio hídrico. 6 - HEMISFERIOS CEREBRAIS • Formados pelo Córtex cerebral, Substância branca subjacente e Gânglios da base • Contém estruturas associadas as funções sensoriais e motoras superiores e à consciência V I - O S I S T E M A N E R V O S O M O T O R “Neurologicamente, a marcha se inicia por impulsos do córtex cerebral para o controle voluntário e coordenação fina. A estes estímulos, somam-se as influências do cerebelo (que torna a marcha coordenada), do sistema vestibular (que faz a manutenção do equilíbrio) e, por certo, da medula espinhal que transmite os impulsos aos órgãos efetores, através do SNP, além da manutenção da postura e estação”.( João Manoel Chapon Cordeiro, 1996) A - N E U R O N I O M O T O R S U P E R I O R • São todos aqueles neurônios do SNC que influenciam no funcionamento do neurônio motor inferior Eles se dividem em 3 subgrupos = PIRAMIDAL EXTRAPIRAMIDAL CEREBELO O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite axônio longo que percorre a medula espinhal para fazer sinapse com o neurônio motor inferior. 1 - S I S T E M A P I R A M I D A L • Desencadeamento do movimento voluntário, hábil, aprendido • O sistema piramidal (passa pela pirâmide do bulbo) é constituído por 3 grandes vias axônicas originárias do córtex cerebral unindo-se a medula, tronco encefálico e cerebelo. - TRATO CORTICO-ESPINHAL - As fibras partem do córtex e vão até a medula espinhal contralateral influenciando os neurônios motores inferiores espinhais. - TRATO CORTICO-BULBAR - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo influenciando os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os músculos da cabeça. - TRATO CORTICOPONTINOCEREBELAR - As fibras partem do córtex cerebral e fazem sinapse na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex cerebelar informar o cerebelo do movimento pretendido pelo córtex cerebral para que este faça os ajustes necessários. L E M B R A R:***lesão do sistema piramidal causa fraqueza muscular contralateral a área lesada (Hemiparesia) 2 - S I S T E M A E X T R A P I R A M I D A L 13
  • 14. • Sua maior importância é Iniciar o tônus muscular extensor postural, antigravitacional subconsciente. Também importante na coordenação dos movimentos da cabeça e olhos na observação do movimento de um objeto. O sistema extrapiramidal apresenta tratos que começam no tronco cerebral e terminam na medula espinhal. - TRATO RETICULO ESPINHAL - inicia na FORMAÇäO reticular localizada na medula oblonga medial, na ponte e mesencéfalo. - TRATO VESTIBULO-ESPINHAL - começa no núcleo vestibular do Bulbo. OBS* Estes dois estão ligados principalmente aos músculos próximos da coluna vertebral responsabilizados pelo tônus postural antigravitacional. -TRATO TECTO-ESPINHAL - começa no tecto visual do mesencéfalo (colículo superior) e termina na medula cervical. É importante na coordenação reflexa dos movimentos da cabeça e dos olhos durante a observação de um objeto em movimento. - TRATO RUBRO ESPINHAL - começa no núcleo rubro do mesencéfalo, não tem sua função bem estabelecida mas influencia neurônios motores inferiores para os músculos mais distais. OBS* O Núcleo Rubro tem sido responsabilizado pelos movimentos voluntários instintivos nos animais irracionais. Sendo muito desenvolvido na cabra e nas ovelhas. 3 - C E R E B E L O • Coordena os movimentos iniciados pelos dois subgrupos anteriores. Ele compara o movimento pretendido com o movimento real e os ajusta. •Permite o planejamento e a execução dos movimentos • È responsável pela manutenção da postura, coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos Pode ser dividido em 3 Partes: VESTIBULOCEREBELO OU ARQUICEREBELO - ajuda a coordenar o equilíbrio e os movimentos oculares ESPINOCEREBELO OU PALEOCEREBELO - ajuda a coordenar o movimento estereotipado (locomoção e reações posturais) e o tonus muscular. CEREBROCEREBELO OU NEOCEREBELO - ajuda a coordenar a programação de movimentos dos membros, estando relacionado com os movimentos não estereotipados como aqueles resultantes de ensinamentos e treinamentos. B - N E U R O N I O M O T O R I N F E R I O R É o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no SNC e cujo axônio se estende através dos nervos periféricos para fazer sinapse com as fibras musculares esqueléticas. VII – SINTOMATOLOGIA DAS DISFUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO MOTOR 14
  • 15. A - PATOLOGIAS DO NEURONIO MOTOR SUPERIOR 1- MOVIMENTO INADEQUADO - Convulsão. rigidez, marcha em circulo, déficit proprioceptivo (incapacidade do animal de saber a posição de um membro) ... Paralisia espástica ... Hipertonicidade ... Hipereflexia 2 - NENHUMA ATROFIA 3 - REFLEXOS SEGMENTARES MANTIDOS 4 – TREMOR NÃO INTENCIONAL (aumenta com o repouso) obs* O Mal de Parkinson e a Sindrome do envenenamento pelo Cardo Estrelado nos eqüinos são disfunções do Sistema Extrapiramidal B - PATOLOGIAS COM SEDE NO CEREBELO - DISTURBIOS DOS MOVIMENTOS (ATAXIA) Caracteriza-se por afastamento dos membros (marcha em base ampla ou cavalete) ou cruzamento destes durante a marcha, enfim, por toda alteração capaz de determinar uma quebra da marcha normal. Deve-se a dificuldade do espinocerebelo e vestibulocerebelo em coordenar o equilíbrio do esqueleto axial) - DISMETRIA Passo de Ganso e Dificuldade de por o focinho em ponto especifico devido a incapacidade de coordenar o movimento pretendido com o real.) Consideram-se as hipermetrias ( levantar demasiadamente os membros para a marcha, subir escada, etc) ou hipometrias ( movimento diminuído, insuficiente). Normalmente estas dismetrias estão associadas com lesões do pedúnculo cerebelar caudal ipsilateral. - NISTAGMO - TREMOR INTENCIONAL ( Tremor que agrava com o movimento). C - PATOLOGIAS DO NEURONIO MOTOR INFERIOR 1- PARALISIA FLACIDA 2 - ATROFIA 3 - PERDA DA CAPACIDADE DE REFLEXO MIOTATICO 4 - HIPOREFLEXIA Tais sintomas ocorrem pois a mensagem não atinge o órgão efetuador ou seja o músculo Não funcionam o reflexo de estiramento muscular e o reflexo de retraimento ao beliscão. VIII - SINAIS GERAIS DE LESÕES DO SISTEMA NERVOSO Perda da consciência: O estado de consciência é mantido pelo bom funcionamento do sistema ou formação reticular (córtex e tronco cerebral) que garante a regulação do ciclo sono/vigília. Lesões nestas estruturas podem induzir ao sono cada vez mais profundo que chega ao coma. 15
  • 16. Não pode ser esquecido que as alterações de consciência podem ocorrer em conseqüência de distúrbios metabólicos gerais (coma diabético, urêmico ou hepático), ou tóxico (envenenamentos). Sonolência : muito observado nas lesões mesencefálicas. Agressão/passividade : lesões do córtex temporal Demência e incapacidade de reconhecimento e aprendizado: lesão do lobo frontal. Mioclonias: São contrações repetitivas e rítmicas de parte de um músculo, todo o músculo ou um grupo muscular restritas a uma área do corpo. Diferencia do tremor pois nele ocorrem movimentos alternados de grupos musculares opostos. EX: Cinomose. Na fase aguda se deve às lesões nos núcleos da base e na fase crônica se devem a lesões do NMI ou interneurônios. A mioclonia da cinomose ocorre na musculatura temporal, massetérica e dos membros. IX - S I S T E M A N E R V O S O A U T O N O M O • É o componente eferente do sistema nervoso visceral, ou seja, é o sistema motor periférico destinado ao suprimento nervoso dos músculos cardíaco e liso e glândulas, estando sujeito a controle reflexo e cerebral. • O sistema nervoso autônomo regula funções ·subconscientes tais como: pressão arterial, frequência cardíaca, motilidade intestinal e o diâmetro pupilar. • Pode ser dividido em SIMPÁTICO e PARASSIMPÁTICO com base na origem anatômica de seus neurônios pré-ganglionares e nos neurotransmissores liberados no órgão alvo. A - DIFERENÇAS ENTRE OS SISTEMAS SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO 1 - DIFERENÇAS ANATÔMICAS 1.1 - QUANTO A POSIÇÃO DO NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR SIMPÁTICO - Toraco-lombar - Os axônios pré-ganglionares deixam ·a coluna lateral da medula·entre T1 e L2 PARASSIMPÁTICO - Cranio-sacral - Os axônios pré-ganglionares deixam o tronco encefálico pelos nervos cranianos III, VII, IX e X e através da medula sacral. 1.2 - QUANTO A POSIÇÃO DO NEURONIO PÓS-GANGLIONAR SIMPÁTICO - em gânglios próximos da medula PARASSIMPÁTICO - em gânglios da parede visceral ou muito próximos a esta. 1.3 - QUANTO AO COMPRIMENTO DAS FIBRAS 16
  • 17. SIMPÁTICO - Preganglionares curtas, posganglionares longas PARASSIMPÁTICO - Preganglionares longas, posganglionares curtas 2 - DIFERENÇAS FUNCIONAIS SIMPÁTICO - Utilizados em estímulos de LUTA E FUGA, as respostas são massivas e em cadeia PARASSIMPÁTICO - produzem respostas viscerais localizadas importantes para a homeostase. IMPORTANTE => A maioria dos órgãos recebem inervação de ambos (SNS e SNP) com exceção da medula da supra-renal, músculos piloeretores, glândulas sudoríparas e a maioria dos vasos sanguíneos, nestes casos a inervação é somente simpática. E diferentemente das outras situações o neurotransmissor da fibra pós ganglionar (com exceção da medula da adrenal) é a Acetilcolina. B - PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE.OS SISTEMAS NERVOSOS EFERENTES SOMATICO E VISCERAL. Eferente Somático Eferente Visceral Órgão efetor: músculos esqueléticos Órgão efetor: músculo liso, cardíaco e gland. Corpos celulares em todos os níveis Corpos ausentes na cervical, lombar-caudal e 17
  • 18. da medula coccígea Regulação voluntária e reflexa Regulação só reflexa (involuntária) Órgão efetor recebe só um tipo de neurônio eferente Órgão efetor recebe neurônios simpáticos e parassimpáticos NMI entre o SNC e o órgão efetor Dois neurônios (mielinizado e desmielinizado entre o SNC e o órgão efetor O órgão efetor reage sempre com excitação O órgão efetor reage com excitação ou inibição Quando há denervação ocorre paralisia Quando há denervação ocorre o princípio miogênico Produz ajuste rápido em relação ao meio externo Controle lento da homeostasia C - MEDIADORES QUÍMICOS São importantes na transmissão do impulso nervoso nas junções sinápticas A Acetilcolina é o neurotransmissor de: Ö Todas os neurônios pre-ganglionares simpáticas ou parassimpáticas Ö Todos os neurônios pós-ganglionares do Parassimpatico. Ö neurônios pós-ganglionares simpáticos da maioria dos vasos , musc. piloeretores e glândulas sudoríparas dos coxins plantar e palmar A Noradrenalina é o neurotransmissor de: Ö Todos os neurônios pós-ganglionares simpáticos, com exceção dos neurônios pós-ganglionares simpáticos da maioria dos vasos, músculos piloeretores e glândulas sudoríparas MEDULA ADRENAL A medula adrenal recebe inervação direta pelos neurônios pré-ganglionares simpáticos colinérgicos que fazem sinapses com neurônios pós-ganglionares adrenergicos rudimentares que compõem as células secretoras medulares adrenais. Estes neurônios secretam sua substancia transmissora diretamente no sangue circulante, agindo em todo o organismo. RECEPTORES POS-GANGLIONARES RECEPTORES COLINERGICOS =>MUSCARINICOS E NICOTINICOS A ATROPINA bloqueia os receptores muscarinicos e o CURARE os receptores nicotínicos RECEPTORES ADRENERGICOS ALFA BETA - BETA 1 BETA 2 Órgão Efeito da estimulação simpática Efeito da estimulação parassimpática Olho Músculo da Íris => pupila Músculo ciliar Membrana nictitante Dilatada (Visão de longe) Relaxamento) Retração Contraída Constrição (Visão de perto) Nenhum 18
  • 19. Glândulas Sudoríparas Salivar Gastrointestinais Sudação Vasoconstrição e constrição mioepitelial vasoconstrição Nenhum Secreção e vasodilatação Estimulação de secreção Coração: músculo (miocárdio) Atividade aumentada Diminuição da atividade Vasos sanguíneos Abdominal Músculo esquelético Pele e mucosa Coronárias Constrição Dilatação Constrição Dilatação ou contração Nenhum Nenhum Nenhum Nenhum Pulmões: brônquios Dilatação Constrição Tubo digestivo Luz Esfíncteres Dimin. do tônus e da peristalse Aumento do tônus Aumento do tônus e do peristaltismo Diminuição do tônus Músculo piloeretor Contração Nenhum Fígado Liberação de glicose Nenhum Rim Diminuição da produção de urina Nenhum Bexiga corpo Esfíncter Relaxamento Contração Contração Relaxamento Ato sexual masculino Ejaculação Ereção Glicose sangüínea Aumento Nenhum Metabolismo basal Aumento em até 50% Nenhum Baço Contração Nenhum Secreção da medula supra- renal (adrenalina) Aumento Nenhum Velocidade de coagulação Aumentada Nenhum CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O SONO DEMONSTRATIVO DE TEMPOS DE SONO E VIGÍLIA NAS DIVERSAS ESPÉCIES ANIMAIS EM VIGILIA DORMINDO SONO NÃO ATIVADO SONO ATIVADO RAPOSA 9h 18min 14h 42min 12h 18min 2h 24 min GATO 10h 48min 13h 12min 10h 3h 12min PORCO 11h 6min 12h 54min 11h 6min 1h 48min 19
  • 20. RATO 11h 30min 12h 30min 10h 48min 1h 42min VACA 12h 36min 11h 24min 10h 42min 42 min OVINO 16h 8h 7h 30min 30 min COELHO 17h 6 min 6h 54min 6h 12min 42 min COBAIO 17h 12min 6h 48min 5h 54min 54 min CAVALO 19h 12min 4h 48min 4h 48 min HOMEM 16h 8h 6h 2h Considerações Gerais Em Humanos: • O Sono não ativado é também chamado de sono de ECG ondas lentas ou de Sono não REM e o Sono ativado é também chamado de Sono Desincronizado ou paradoxal, e o ECG é igual aquele observado durante a vigília. • Durante o período de sono ocorrem várias fases REM de 30 minutos cada • Durante a fase REM há atonia de todos os músculos com exceção dos respiratórios, cardíaco, oculares e do ouvido médio. • Acredita-se que o sono Não REM descansa o cérebro e o sono REM descansa os músculos • Sem a fase REM, os ratos apresentam baixa imunológica e morrem. • A fase REM está relacionada com o aprendizado. Há avaliação e escolha do que será memorizado ou não. • O Sonho ocorre em ambas as fases, mas na fase Não REM o sonhador é sempre passivo e na fase REM é o protagonista. • Se acordar no meio da fase REM 100% dos indivíduos se lembra do sonho e 75% deles poderão se lembrar se acordar até 8 min após o REM. Em Golfinhos: ¾ Existe desligamento de apenas um dos hemisférios durante o sono, sendo que o tempo de desligamento é variável entre as espécies. ¾ Ocorre desligamento unilateral durante 1 hora e em seguida a sua ativação por 2 horas e assim sucessivamente. ¾ Os golfinhos “nariz de garrafa” desligam os dois hemisférios por 4 a 6 segundos sucessivamente BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BEAR, M.F. Neuroscience – Exploring the Brain . Williams &Wilkins. Baltimore, Maryland, 1996. 666p. BERNE, R.M ET AL. Fisiologia. 5ª ed. Interamericana: Rio de Janeiro, 2004. BICHARD, S.J. e SHERDING, R.G.: Manual Saunders- Clínica de Pequenos Animais, 1a Edição, Editora Roca, 1998 CHANDLER E.A. & THOMPSON D.J & SUTTON J.B.- Medicina e Terapeutica de Caninos, ed. 1o , Editora Manole, 610p 20
  • 21. CORDEIRO, J.M.C – Exame Neurológico de Pequenos Animais. Educat. Pelotas-RS, 1996. 270p. CUNNINGHAM, J.G.: Tratado de Fisiologia Veterinária, 1a Edição, Editora Guanabara koogan, 1993. 454p. JUNQUEIRA, L. C. e CARNEIRO, J.: Histologia Básica, 9a edicão, Editora Guanabara Koogan, 1999. 427p. MASSONE, F.- Anestesiologia Veterinária Farmacologia e Ténicas, ed 3a , Editora Guanabara/Koogan MORAES, I. A. - Sistema Nervoso. Apostila do curso de Fisiologia Veterinária do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal Fluminense Niterói- RJ. 2001. 18p. REECE, W.O: Fisiologia de Animais Domésticos, 1a edição, Editora Roca, 1996 SWENSON &REECE - Dukes- Fisiologia dos Animais Domésticos. Parte VII- Sistema Nervoso, Sentidos Especiais, Músculo Esquelético e Regulação da Temperatura - 1la ed. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro-RJ, 1996. 856p THOMPSON D.J., SUTTON, J.B. e CHANDLER, E.A.: Medicina e Terapeutica de Caninos, 2a Edição, Editora Manole. 1989 21