O documento discute as ideias de Max Weber sobre sociologia. Weber defendia que a ciência social não poderia reduzir a realidade a leis devido aos valores e fatores contextuais do pesquisador. Ele propôs o uso do "tipo ideal" como modelo de interpretação para analisar as sociedades e ações humanas. Weber também construiu quatro tipos ideais de ação social.
2. Weber é o principal representante da Sociologia alemã e
questionador dos modos positivistas de formulação de leis sociais,
tema que rendeu acirrados debates à sua época.
Defendia a idéia de que uma Ciência Social não poderia reduzir a
realidade empírica à leis, pois tanto na escolha do tema a ser
trabalhado quanto na explicação do acontecimento concreto, o
cientista se vale de diversos fatores ligados à realidade dos fatos
assim como a seus próprios valores, para dar sentido à realidade
particular.
3. Entretanto, se faz necessário o uso de uma
metodologia de estudo, e o método proposto por
weber baseia-se no estado de desenvolvimento dos
conhecimentos, nas estruturas conceituais de que se
dispõe e nas normas de pensamentos vigentes, o
que irá permitir a obtenção de resultados válidos
não apenas para si próprio.
4. O sociólogo trabalha apenas com a realidade
e busca características em comum na
sociedade, sendo assim, a elaboração de um
instrumento que auxilie na busca da
compreensão dos comportamentos sociais, é
fundamental. O tipo ideal é um modelo de
interpretação-investigação, e é a partir dele
que o cientista social irá analisar as
sociedades e as formas de ação.
5. Para Weber, a ação é toda conduta humana
dotada de um significado subjetivo dado por
quem a executa e ação social é toda conduta
dotada de sentido para quem a efetua, a ação
social deve ser praticada com intenção. A
partir disso, Weber constrói quatro tipos
ideais de ação social que podem se
enquadrar na sociedade.
6. Um dos sociólogos mais estudados, apresentou
entre seus trabalhos uma classificação dos tipos
de ação social, de acordo com os motivos que a
geram. São eles:
1) ação tradicional, cuja realização se deve a um
costume ou um hábito enraizado;
2) ação afetiva ou emocional, motivada por
sentimentos do agente pelo seu(s)
interlocutor(es);
3) ação racional com relação a valores, atitudes
que envolvem um planejamento orientado pelos
princípios do agente;
4) ação racional com relação a fins, atitudes cujo
planejamento é orientado pelos resultados que
serão alcançados com sua realização.
7. Weber define a Sociologia como a ciência que
pretende entender, interpretando-a, a ação
social, para explicá-la causalmente em seus
desenvolvimentos e efeitos, ou seja, pretende
explicar que tipo de mentalidade leva à
realização das ações.
8. Partindo do conceito de sociologia e das ações sociais
podemos então compreender o que seja relação
social, definida por Weber como uma conduta plural,
reciprocamente orientada, dotada de conteúdos
significativos que descansam na probabilidade de que
se agirá socialmente de um certo modo, porém o
caráter recíproco da relação social não obriga os
agentes envolvidos a atuarem da mesma forma,
entendemos que na relação social todos os envolvidos
compreendem o sentido das ações, todos sabem do
que se trata ainda que não haja correspondência.
9. Quanto mais racionais forem as relações
sociais maior será a probabilidade de que
se tornem normas de conduta.
10. O caso de um professor é bem ilustrativo
dessa complexidade: sua atitude de dar
aula pode ser determinada pelo seu desejo
receber o salário (ação com relação a fins),
como também pela importância que ele
atribui a educação (ação com relação a
valores) ou ainda pelo prazer que ele sente
ao ver seus alunos aprenderem (ação
afetiva), ou ainda porque toda a sua família
é composta de professores e ele sempre
viveu no meio educacional (ação
tradicional).
11. • 1818 – Em Treves, província alemã do Reno,
nasce, Karl Marx
• 1831 – Morre Hegel
• 1836 – Marx fica noivo de Jenny von Westphalen.
No mesmo ano matricula-se na Universidade de
Berlim.
• 1840 – Surge O que É a propriedade, de
Proudhon.
• 1841 – Publicação de A Essência do Cristianismo,
de Feuerbach.
• 1844 – Publicação do Esboço de uma Crítica da
Economia Politica, de Friedrich Engels.
• 1846-1847 – Marx escreve A Miséria da Filosofia.
12. • 1848 – Publica, juntamente com Engels, o Manifesto
Comunista. Em Paris com a eclosão da revolução, Luís
Felipe abdica e proclama-se a República.
• 1852 – Publicação de O 18 Brumário de Luís
Bonaparte, de Marx.
1859 – Marx publica Para a Critica da Economia
Política.
1867 – Publicação do primeiro volume de O Capital,
de Marx.
1872 – Morre Ludwig Feuerbach.
1883 – Em 14 de março, em Londres, morre Marx.
1885 – Publica-se o segundo volume de O capital.
1894 – Ainda editado por Engels, publica-se o
terceiro volume de O Capital.
1895 – Morre Engels
13. A teoria marxista expõe e analisa a
estrutura econômica da sociedade
capitalista, seu funcionamento e
consequencias no plano social, político,
ético, religiosos, jurídico, apontando seu
teor de injustiça e a fórmula para
erradicação desta (centrada no econômico,
revela a desigualdade que o regime da
livre iniciativa encerra com a má
distribuição das riquezas).
14. A teoria Marxista apresenta uma tríplice
dimensão:
Expositiva: radiografa a sociedade capitalista e
revela sua forma de funcionamento,
notadamente pelo seu lado econômico;
Crítica: Valora a realidade, indicando falhas e
injustiças;
Operacional: apresenta a fórmula prática para a
reversão do quadro de miséria e opressão.
15. A teoria é relevante na medida em que se
propõe a equacionar politicamente a
sociedade segundo um modelo justo de
distribuição de riquezas.
Enquanto que o desafio capitalista na
correção das desigualdades mediante a
compatibilização da economia de mercado
com a justiça social, a filosofia comunista,
conduzida pelo marxismo, se oriente justa
distribuição das riquezas.
16. Alguns postulados fundamentais caracterizam a
filosofia marxista: o primado do real sobre o
ideal, a admissão da teoria evolucionista de
Darwin, a concepção materialista da história, a
dialética hegeliana revisada.
A verdade deveria ser captada na experiência, nos fatos.
Rejeitava o pensamento metafísico. A ciência deveria formar-se
com os elementos hauridos na realidade concreta. A postura de
Marx foi materialista e professava o ateísmo. Como Darwin,
admitia a transformação dos seres evolutivamente. Mediante um
processo complexo de mutação interna, o ser mineral se
transmudava em vegetal e animal, sucessivamente. A progressão
seria quantitativa e apresentava saltos de qualidade, razão pela
qual surgiria o homem, ser dotado de razão.
17. Constitui uma das teses fundamentais do marxismo e
consiste no entendimento de que a estrutura da
sociedade é composta pelo fator econômico, pelo
conjunto das relações de produção.
A superestrutura seria formada pelas criações do
intelecto: Direito, Moral, Política, Estado, Religião,
Artes. A premissa de raciocínio é a de que a
personalidade humana é ditada pelas relações de
trabalho, assim cada componente da superestrutura
seria uma emanação do processo econômico
existente.
18. Hegel havia declarado que a consciência do
homem determinava o seu modo de ser; para
Marx, o fenômeno seria inverso: o ser social
do homem é quem definia a sua consciência.
A tese é de que o fator econômico é
preponderante na formação da
superestrutura.
Tal inversão foi cogitada por Marx, pois não haveria na realidade
uma reação à estrutura; os homens atuariam sobre os meios de
produção visando o seu reordenamento, todas as transformações
fundamentais da sociedade, embora possam transparecer outras
motivações, decorrem sempre de mudanças nas formas de
produção. A revolução protestante seria um exemplo.
19. • A evolução social não deveria desenrolar-
se sob a influência de fatos pretéritos, mas
fazer-se mediante a ruptura com o
passado.
• Do historicismo , porém, assimilou a tese
da relatividade do Direito, não o
concebendo senão permanente mutação
sob o influxo do fator econômico.
20. Compreende-se aí a importância que Marx
deu a análise do trabalho. Ele reconhece o
trabalho como atividade fundamental do ser
humano e analisa os fatores que o tornaram
uma atividade massacrante e alienada no
capitalismo.
O livro O Capital, expõe a lógica do modo de
produção capitalista, no qual a força de
trabalho é transformada em mercadoria com
dupla face: por um lado, é mercadoria como
qualquer outra, paga pelo salário; por outro, é
a única mercadoria que produz valor, ou seja,
que reproduz o capital.
21. Em sintonia com a tese materialista do primado
do real sobre o ideal, exclui a possibilidade de
um Direito emanado da razão ou de origem
metafísica. A sede do Direito seria o campo dos
fatos, das relações da vida social. O Direito
deriva, enfim, do real; a sua fórmula se faz a
posteriori, nunca a priori.
22. A concepção marxista parte de um diagnóstico: a
sociedade se acha estruturada economicamente de uma
forma injusta, com a preponderância do capital sobre o
trabalho, quando na realidade é este quem forma as
riquezas. Na sociedade capitalista há uma generalizada
relação de domínio e de exploração por parte dos que
detém os meios de produção em relação aos operários.
O Direito desempenha um papel ideológico, pois sob o
pretexto de instrumentalizar a justiça é meio utilizado
para conservar a exploração da classe dominante.
Como elemento integrante da superestrutura, é
condicionado pelo fator econômico.
23. O Estado se origina exatamente das
insuficiências de uma sociedade realizando
em si mesma, de forma concreta, os ideais
universalistas, ou seja, em garantir em sua
dinâmica a igualdade de condições sociais.
Portanto, o Estado nasce da
desigualdade para manter a
desigualdade.