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HIDROSTÁTICA                 HIDROSTÁTICA


                                                         1° Semestre 2003




                              Prof. Henrique Mariano Costa do Amaral
                              Universidade Estadual do Maranhão             1
               Prof. Henrique Mariano
HIDROSTÁTICA                             Tópicos
               •Pressão Hidrostática
               •Pressão em um Ponto
               •Manômetros
               •Força Hidrostática em Superfícies Submersas
               •Flutuação



                                                              2
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HIDROSTÁTICA




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HIDROSTÁTICA




               HIDROSTÁTICA


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               Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
               Devemos investigar a relação entre a
HIDROSTÁTICA

               tensão em qualquer interface em um
               ponto com as tensões sobre um
               conjunto de interfaces ortogonais
               nesse mesmo ponto.
               Pela 2ª lei de Newton, tem-se

                           ∑F     z   =0
                           ∑F     y   =0
               Levando a essas expressões os valores indicados na figura ao lado:
                                                           δ xδ yδ z
                     ∑F y  = p yδ xδ z − psδ xδ s sin θ = ρ .
                                                                2
                                                                     ay
                                                          δ xδ yδ z     δ xδ yδ z
                     ∑ Fz = pzδ xδ y − psδ xδ s cos θ − γ
                                                              2
                                                                    =ρ
                                                                            2
                                                                                  az
                                                                                                  δy
                                                                               p y − ps = ρ a y
                                                                                                   2
               SIMPLIFICANDO essas expressões, tem-se                                                    δz
                                                                              p z − ps = ( ρ a z + γ )        5
                                                                                                         2
                    Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
               Como estar-se interessado num ponto, pode-se fazer δ x → 0; δ y → 0; δ z → 0
               logo:
                                               py = p s = pz
HIDROSTÁTICA


               Como a escolha de θ foi arbitrária, pode-se dizer que as tensões ou pressões em
               um ponto de um fluido em repouso é independente da direção. Este resultado é
               chamado de Lei de Pascal:
                         ps = pz = p y ⇒ σ nn = σ zz = σ yy
               A lei de Pascal não se aplica quando o fluido não é
               contínuo, conforme mostrado na figura a seguir:




                                                                                              6
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PRESSÃO EM UM PONTO
               Ver-se-á agora como varia a pressão, ponto-a-ponto, numa quantidade de fluido
               que não apresenta tensões de cisalhamento.
HIDROSTÁTICA

               Seja o elemento de fluido em repouso mostrado na figura ao lado, onde atua
               forças superficiais, devido a pressão, e forças de campo como o peso W do
               elemento.
               As arestas do cubo elementar são respectivamente δ x; δ y; δ z nas direções x, y,
               z. A força resultante na direção y é dada por:


                           ∂p δ y                ∂p δ y 
               δ Fy =  p −         δ xδ z −  p +         δ xδ z
                           ∂y 2                  ∂y 2 
                            ∂p
               ⇒ δ Fy = − δ xδ yδ z
                            ∂y




                                                                                             7
                     Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
               Similarmente tem-se
HIDROSTÁTICA

                        ∂p
               δ Fz = −    δ xδ yδ z
                        ∂z
                        ∂p
               δ Fx = −    δ xδ yδ z
                        ∂x




                                             8
                    Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
               Como a força superficial é um campo vetorial, a força
               resultante é:
HIDROSTÁTICA

                             δ Fs = δ Fx i + δ Fy j + δ Fk k
                                    ∂p  ∂p     ∂p 
                          δ Fs = −  i +    j + k  δ xδ yδ z
                                    ∂x  ∂y     ∂z 
                            ∂        ∂     ∂
               O operador ∂ x i + ∂ y j + ∂ z k      é um
               operador vetorial chamado gradiente e é
               representado pelo símbolo ∇ (nabla) ou pela
               abreviatura grad. Assim tem-se:
                                            δ Fs = −∇pδ xδ yδ z
                                                                       9
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PRESSÃO EM UM PONTO
                     δ Fs = −∇pδ xδ yδ z
HIDROSTÁTICA


               ou ainda                       δ Fs
                                                     = −∇p
                                           δ xδ yδ z
               Considerando que o peso do elemento de fluido é

                                  −δ Wk = −γ (δ xδ yδ z ) k
               dado por:


               onde o sinal negativo (-) indica que a força aponta
               para baixo, no sentido contrário ao do eixo z.
                                                                10
                  Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
                Aplicando-se a 2ª lei de Newton no elemento de fluido
HIDROSTÁTICA

                mostrado anteriormente, tem-se:

                  ∑ δ F = δ m.a → ∑ δ F = δ F − δ Wk = δ ma
                                                         s

                  → −∇pδ xδ yδ z − γ .δ xδ yδ zk = ρ .δ xδ yδ za
               ou ainda
                                            −∇p − γ k = ρ a
                que é a equação geral do movimento para o caso de
                fluidos que não apresentam tensões de cisalhamento.
                                                                        11
                   Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
               Em um fluido em repouso, temos que a
HIDROSTÁTICA

               aceleração é nula, isto é, a=0. Então a equação do
               movimento se transforma em:

                                −∇p − γ k = 0
                                              ∂p      ∂p      ∂p
               Pela lei de Pascal, tem-se que ∂x = 0; ∂y = 0; ∂z = −γ
               que levando à equação acima tem-se:
                                           dp
                                              = −γ
                  Prof. Henrique Mariano
                                           dz                      12
PRESSÃO EM UM PONTO
                                           dp
                                              = −γ
HIDROSTÁTICA



                                           dz
               Esta equação indica que o gradiente de pressão na
               direção vertical é negativo, ou seja, a pressão
               diminui quando o ponto é considerado mais acima,
               num fluido em repouso. Esta equação é válida
               qualquer que seja a expressão para γ.


                                                             13
                  Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
               No caso de fluido
               incompressíveis sabe-se
HIDROSTÁTICA


               que o peso específico γ de
               um fluido varia conforme
               a variação de sua massa
               específica, ρ, e da
               aceleração da gravidade g.
               Como g não tem grandes
               variações nas aplicações
               corriqueiras de
               engenharia, resta a análise
               de p.                         14
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PRESSÃO EM UM PONTO
               Assim, se na equação
HIDROSTÁTICA

               fizermos a integração com p
               variando de p1 ate p2 quando
               z varia de z1 até z2, tem-se
               p2          z2

               ∫ dp =−γ ∫ dz ⇒( p − p ) =−γ ( z − z )
               p1          z1
                                             2   1   2   1



               como h=z2-z1 tem-se:

                      p1 − p2 = γ h
                                                             15
                    Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
                         p1 − p2 = γ h
HIDROSTÁTICA


               A equação acima mostra que a pressão num fluido
               incompressível em repouso varia linearmente com a
               profundidade; esse tipo de distribuição de pressão é
               chamado de hidrostática. Reescrevendo da seguinte
               forma                    p − p
                                            h=   1       2
                                                     γ
               verifica-se que h (denominada de carga) é interpretado
               como a altura da coluna de fluido de peso específico γ
               necessário para provocar a diferença de pressão p1- p2.
                                                                         16
                   Prof. Henrique Mariano
HIDROSTÁTICA     PRESSÃO EM UM PONTO


               Exemplo: a diferença de pressão de
               69kPa pode ser especificada como
               uma carga de 7,04 m de coluna d´água
               (γ = 9,8 kN/m3) ou 519 mm de Hg
               (mercúrio = γ = 133 kN/m3)

                                                      17
                 Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
               Note-se que com isso a uma mesma
HIDROSTÁTICA


               profundidade a pressão é a mesma, qualquer
               que seja a posição no plano x-y. Assim é
               conveniente, quando trabalha-se com
               fluidos, utilizar como pressão de referência
               a pressão na superfície livre p0, assim a
               pressão a qualquer profundidade é:
                                           p = γ h + p0
                                                          18
                  Prof. Henrique Mariano
PRESSÃO EM UM PONTO
                                           p = γ h + p0
HIDROSTÁTICA



               Exemplo: A manometria é uma técnica de medição de
               pressão. O tipo mais simples de manômetro é o tubo em
               U. Aplicando a equação, usando o esquema ao lado
               como orientação tem-se:
                pB = pA +γ Ad1 = pC = patm +γHgd2
                                                              A    C
               como queremos medir a pressão
               interna ao bulbo pA, então tem-se:         B

                      p A = patm + γ Hg d 2 − γ A d1
                                                                   19
                  Prof. Henrique Mariano
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                  p A = patm + γ Hg d 2 − γ A d1
HIDROSTÁTICA

                                                   A
                                                           C
                Se a pressão que queremos
               medir é a pressão relativa,         B


               fazemos na expressão
               acima patm = 0 e escreve-se:

                                p A = γ Hg d 2 − γ A d1
                                                          20
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               No caso de fluido compressível – os gases
HIDROSTÁTICA

               em geral – é necessário considerar na
               integração da equação de pressão, a variação
               do peso específico do fluido. No entanto, o
               γar ao nível do mar e a 15ºC é de 12 N/m3,
               enquanto o peso especifico da água nas
               mesmas condições é de γágua=9,8 kN/m3.
               Vê-se assim, que o gradiente de pressão na
               direção vertical é pequeno devido ao peso
               específico (γ) dos gases serem baixos.    21
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                                           caso de fluido compressível
HIDROSTÁTICA




               Nos casos onde a variação da altura é muito
               grande, da ordem de milhares de metros,
               deve-se levar em consideração a variação do
               peso especifico dos gases.


                                                                         22
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                                                  caso de fluido compressível
               Como a equação de estado para um gás perfeito é:
HIDROSTÁTICA


                                            p = ρ RT ∴γ = ρg
                                                              dp
                e a equação da pressão é dada pela expressão      = −γ
                tem-se:                                        dz
                                dp     pg    dp     g dz
                                   =−     → =−
                                dz    RT      p     RT
               onde R é a constante universal dos gases, T é a
               temperatura do gás em Kelvin (K) . Podemos analisar
               dois caso; no primeiro T é constante, independe da
               altura onde se encontra o ponto de análise; o segundo
               caso é quando T varia linearmente com a altitude.
                                                                                23
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               Sendo T=T0 = constante no intervalo de z1 a z2, tem-se:
HIDROSTÁTICA


                                            dp 
                                       p2          z2                   z2
                                                        g dz     g
                                        ∫  p  = − ∫  R T  = − RT0
                                        p1        z1       
                                                                        ∫ dz
                                                                        z1

                                          p2     g
                                       ln    =−     ( z2 − z1 )
                                          p1    RT0
               que produz a equação que relaciona a pressão e altura
               numa camada isotérmica (temperatura constante e
               igual a T0) de um gás perfeito:
                                             g                                     
                     p   2    = p1 e x p  −                      (z2        − z 1 )
                                            R T0                                   
                                                                                        24
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               Agora, se a temperatura na camada de gás variar
               linearmente com a altitude, segunda a equação do tipo:
HIDROSTÁTICA

                   T = T0 + cz ∴c = constante
                                         dp  2  g dz  g 2 dz
                                     p2        z              z
                                                                                    dT
                                     ∫  p  = −z∫  R T  = − R ∫ T ∴dT = cdz →dz = c
                                     p1      1               z1

                  então
                                         dp                       g  T2 
                                     p2            T2
                                                 g dT        p2
                                     ∫  p  = − Rc T∫ T →ln p1 = − Rc ln T1 
                                     p1                                 
                                                     1

               donde se conclui que a relação entre pressão e altura no
               caso da temperatura variar com a altitude é:          −g
                                                             T2  Rc
               onde T1=T0+cz1 e T2=T0+cz2, e T deve p2 = p1  
               ser usada em graus absolutos (Kelvin).        T1 
                                                                                         25
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               Exemplo:
HIDROSTÁTICA

               Num tanque de gasolina de um posto, há
               infiltração de água. Sabendo-se que a densidade
               da gasolina é de 0,68, determine a pressão na
               interface gasolina-água e no fundo do tanque. O
               tanque tem o esquema mostrado na figura.




                                                                 26
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                Exemplo:
HIDROSTÁTICA

               Solução: Vamos usar a expressão,
               isto é,
                                            γ gasolina
                p1 = p0 + γ z ∴ d =                      = 0, 68 ⇒ γ gasolina = 0, 68γ agua
                                             γ agua
                p1 = patm + d γ agua h = patm + 0, 68*9800*5 = patm + 33320 Pa
               onde p1 é a pressão na interface gasolina-água. Se
               considerar patm a pressão p1 é dita pressão absoluta, se patm
               = 0 a pressão é dita relativa. A pressão p2 no fundo do
               tanque será então igual a pressão da interface gasolina-
               água acrescida da carga devido a altura da água, assim:
                  p2 = p1 + γ agua h2 = 33320 + 9800*1 = 43120 Pa                             27
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               Exemplo:
HIDROSTÁTICA

               O Empire State Building de Nova York, com seus
               381 m é um dos edifícios mais alto do ocidente.
               Estime a relação entre as pressões no topo e na
               base do edifício, admitindo o ar incompressível e
               γ=12,01 N/m3, a uma temperatura a 15ºC.
               Solução: Considerando o ar incompressível,
               tem-se      p = γ h + p0
               sendo h = h2-h1 e p1 = patm = 101,3 kPa, logo
                     p2      γ ( h2 − h1 )      12, 01( 381 − 0 )
                        = 1−               = 1−                   = 0,955
                     p1           p1              1, 013 ×10 5
                                                                            28
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               Agora vamos considerar o ar
HIDROSTÁTICA


               compressível, então devemos aplicar a
               expressão :
                           g                             g                                            
                          −    ( z2 − z1 )      p1      −    ( z2 − z1 )           −
                                                                                          9,8
                                                                                      286,9×288 ( 381− 0 )
               p2 = p1e    RT0             
                                                →    =e    RT0             
                                                                                =e                        
                                                                                                               = 0, 956
                                                  p2

               Como se vê, a variação é muito
               pequena, da ordem de 0,1%


                                                                                                                     29
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               Atmosfera padrão é a atmosfera ideal
HIDROSTÁTICA

               terrestre e foi avaliada numa latitude média
               com uma condição ambiental média anual de
               modo que se pudesse ter um padrão em todo o
               globo terrestre, para facilitar o projeto de
               aviões, foguetes, mísseis, e outros artefatos
               espaciais. Uma das organizações responsável
               por essa medição, a American National
               Standard Institute – ANSI, estabeleceu o
               quadro publicado à pagina 42 do livro do
               Bruce Munson.
                                                          30
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               Dessa maneira é possível integrar a
HIDROSTÁTICA


               equação           pg       dp     g dz
                         dp = −     dz →     =−
                                RT         p     R T
               no intervalo de 0 até 11 km de altura,
               onde a distribuição de temperatura é dado
               por T = T0 - βz onde T0 é a temperatura
               média ao nível do mar (z=0) e β é a taxa
               de decaimento da temperatura, que na
               média é 6,5x10-3 K/m.
                                                      31
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               Levando esses
                                      pg      dp    g dz
               dados à equação dp = −    dz →    =−
HIDROSTÁTICA


                                      RT       p    RT
               e integrando
               obtém-se:                    g
                                             β z  Rβ
                                     p = p0  1 −     1 atm = 101,33 kPa
                                                 T0        = 14,696 psi
                                                             = 29,92 in Hg
                                                                = 33,94 ft H2O

               onde p0 é a pressão absoluta em z=0, e R =
               286,9 J/kg.K.
                                                                             32
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               As propriedades da atmosfera padrão
HIDROSTÁTICA

               americana (válida em todo seu território
               americano, em média) são:
               •Temperatura média = 288,15K = 15ºC
               •Pressão ao nível do mar = 101,33 kPa(abs)
               •Massa específica do ar = 1,225 kg/m3
               •Peso específico do ar =12,014 N/m3
               •Viscosidade =              1 atm = 101,33 kPa
                              -5 N.s/m2          = 14,696 psi
                     1,789x10                    = 29,92 in Hg
                                                = 33,94 ft H2O
                                                                 33
                 Prof. Henrique Mariano
MEDIÇÕES DE PRESSÃO
               A pressão é uma característica importante do campo de escoamento;
               ela é designada em termos absolutos e relativos. As primeiras são
HIDROSTÁTICA

               relativas ao vácuo perfeito, enquanto as segundas são medidas em
               relação a pressão atmosférica local. No gráfico ao lado vê-se um
               esquema sobre o assunto. Note que as diferenças de pressões são
               independentes do referencial.




               A medição da pressão atmosférica é normalmente realizada com um
               barômetro de mercúrio; assim:       patm = γHgh + pvapor      34
                    Prof. Henrique Mariano
MEDIÇÕES DE PRESSÃO
               Exemplo:
HIDROSTÁTICA

               A água de um certo lago está a 10ºC e sua profundidade
               máxima é de 40 m . Se a pressão barométrica no local é
               598 mm Hg, qual a pressão absoluta no fundo do lago.
               Solução: Este é um exemplo de aplicação direta da
               equação patm = γHgh + pvapor :
                                                        kN                   kN
                                       p0 = γ Hg h = 133 3  ( 0,598m ) = 79,5 2
                                                        m                    m

                como γágua,10ºC=9,804 kN/m3 tem-se:
                                           p = p0 + γ agua ,10º C h = 472kPa(abs )

                                                                                     35
                  Prof. Henrique Mariano
MANOMETRIA
               Como já foi visto, a monometria é uma
HIDROSTÁTICA


               aplicação direta da teoria já exposta. Será
               visto e estudado diversos tipos – os mais
               comuns e básicos – de manômetros.




                                                             36
                  Prof. Henrique Mariano
MANOMETRIA
               Tubos Piezométrico
HIDROSTÁTICA

               Conforme esquematizado ao lado é um tubo em L
               invertido ligado a um recipiente fechado, no qual
               queremos medir a pressão; no tubo, evidentemente, tem
               um fluido manométrico, em geral o mercúrio (Hg), cuja
               densidade é bastante elevada, comparativamente com os
               demais fluidos usados corriqueiramente. Assim a equação
               que devemos usar para efetuar a medida é:

                     p = p0 + γ h
                onde γ é o peso específico
                do fluido no tubo.                                  37
                  Prof. Henrique Mariano
MANOMETRIA
               Tubos em U
               Este tipo de manômetro e aquele esquematizado ao lado.
HIDROSTÁTICA


               Neste tipo o peso do liquido na perna mais longa do U
               (medido a partir do nível do mesmo fluido na perna mais
               curta do U) deve ser igual a pressão no recipiente
               acrescido da pressão devido a altura D1 do fluido (igual
               ao contido no recipiente). Dessa forma a equação que rege
               este tipo de manômetro é:


               p A = γ 2 D2 − γ 1 D1
                                                                     38
                  Prof. Henrique Mariano
MANOMETRIA
               Tubos Inclinados
HIDROSTÁTICA


               Se γA e γB forem gases e γm,
               o fluido manométrico, for o
               mercúrio, então os dois
               primeiros têm pesos
               específicos desprezíveis em
               relação ao último; nesse caso
               tem-se: pA + γ A D1 − γ m D2 sinθ − γ B D3 = pB
                              pA − pB = −γ A D1 + γ m D2 sin θ + γ B D3
               ou seja, a leitura da carga D2 será:
                                               pA − pB = γ m D2 sinθ      39
                    Prof. Henrique Mariano
MANOMETRIA
               Tubos Inclinados
HIDROSTÁTICA

               Este tipo de manômetro são destinados a medição
               de pequenas variações de pressão em sistemas com
               gases. Eles têm o esquema apresentado ao lado.
               Onde o fluido manométrico fica entre dois outros
               fluidos A e B contidos em dois recipientes
               diferentes, entre os quais deseja-se medir a
               diferença de pressão. Para determinar a equação
               que rege este tipo de manômetro, fazemos o
               balanço de pressão da seguinte forma:
                                                   p A − pB
                pA − pB = γ m D2 sinθ        D2 =
                                                γ m sin θ      40
                  Prof. Henrique Mariano
MANOMETRIA
                Exemplos:
HIDROSTÁTICA

                1-Qual é a pressão indicada no manômetro C se as pressões
                indicadas são pA = 45 psi e pB = 20 psi ? A pressão barométrica é
                30,55” no Hg.

                 Em MathCad a
                 solução é dada por:
               Dados as pressoes manométricas pa, pb e patm, calcular pc para o device mostrado na figura:


                       pa := 45 ⋅ psi            pb := 20 ⋅ psi         patm := 30.55⋅ in_Hg
                     pA := pa + patm
                     pB := pA           pBv := pB − pb      pC := pBv        pc := pC − patm
                                        5    -1 -2
                     pc = 1.724× 10 kg m s



                                                                                                             41
                       Prof. Henrique Mariano
2 – Um tanque nas dimensões indicadas
               contém fluido cuja densidade é 2,96.
               Pergunta-se:
HIDROSTÁTICA




               a – com a disposição indicada na figura,
               determine as pressões manométricas em A e
               B.
               b – qual o peso do fluido contido no tanque?
               c – se a pressão barométrica for 14,6 psia, a
               válvula do tanque está aberta ou fechada?  42
                  Prof. Henrique Mariano
Solução
               Lembramos que densidade é
                             γ
               dado por S =
                            γH 0
HIDROSTÁTICA

                                             2
               desprezando a carga de
               pressão do vapor, tem-se:
                  p A + γ H 2O  ( 2 '+ 3 ' ) 2, 69 + 2 '.13, 6 + 1'.1 + 3 '.13, 6  = 0
                                                                                  
                  ⇒ p A = 22, 5 psi
                logo pB = p A + γ H O .S .2 ' ∴ 2' = altura do fluido no tanque
                                                 2




               pB = 22,5 +
                             62,4
                             144
                                                           lbf 62, 4 lbf
                                  .2,69.2 ' ∴γ H 2O = 62, 4 2 =
                                                           in   144 ft 2
                                                                         →   pB = 25, 2 psi
               b – W = γ.V = γH2o.S.V = (62,4).(2,69).(2.4.4) = 5,92 lbf
               c – Se a válvula estivesse aberta, o manômetro em A marcaria 0
               (zero). Logo o registro está fechado.                                          43
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MANOMETRIA
               Na figura ao lado vê-se um esquema de um dispositivo usado para medir vasão
               em volume. O bocal convergente serve para criar um diferença de pressão pA – pB
HIDROSTÁTICA

               no escoamento, que permite avaliar a vazão pela expressão
                                                                         Q = k ( p A − pB )
                                                                                         1
                                                                                              2
               onde k é uma constante que depende das
               dimensões do bocal e do tubo. Assim a pressão
               será:
p5 = p4        p1 = pA - γ1h1
               p2 = p1
               p3 = p2
               p4 = p3 - γ2h2
               pB=p5 + γ1(h1+h2)
               somando tudo , tem-se
               pA – pB = h2 (γ2 - γ1)
               Vê-se com isso que nesse dispositivo, a diferença de pressão
               depende apenas da altura do líquido manométrico (h2)
                                                                                              44
                    Prof. Henrique Mariano
FORÇA
HIDROSTÁTICA



               HIDROSTÁTICA
                   NUMA
                 SUPERFÍCIE
                   PLANA
                                        45
               Prof. Henrique Mariano
FORÇA HIDROSTÁTICA
                 NUMA SUPERFÍCIE PLANA
HIDROSTÁTICA

               Neste tópico estar-se
               interessado em
               determinar a força
               hidrostática resultante
               FR sobre o plano
               inclinado representado
               ao lado. Para se
               estudar esse problema
               consideremos o fluido
               incompressível e que a
               superfície submersa
               está em equilíbrio
               estático.                   46
                  Prof. Henrique Mariano
FORÇA HIDROSTÁTICA
                 NUMA SUPERFÍCIE PLANA
HIDROSTÁTICA

               Para simplificar o
               entendimento, vamos
               fazer o plano y-z
               coincidir com o plano da
               superfície submersa e o
               eixo x perpendicular a
               esse plano. Além disso a
               superfície do líquido está
               em contato com a
               atmosfera. Se o plano      dF = pdA ∴ p = γ h
               submerso fizer um
               ângulo θ com o plano da → dF = γ hdA ∴ h = y sin θ
               superfície livre, tem-se: → dF = γ y sin θ dA        47
                  Prof. Henrique Mariano
FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA
                        SUPERFÍCIE PLANA
               integrando a
                                          FR = γ sin θ ∫ ydA
HIDROSTÁTICA


               última
                                                      A
               expressão
               acima tem-se:              FR = γ sin θ yA

               onde y é a coordenada do centróide e y sinθ
               é a profundidade h do centróide em
               relação a superfície submersa.

                                                               48
                 Prof. Henrique Mariano
FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA
                        SUPERFÍCIE PLANA
                FR = γ sin θ ∫ ydA
HIDROSTÁTICA


                                          A

                FR = γ sin θ yA


               Pela expressão anterior vê-se que a
               resultante FR depende de γ, A e h . Se γ   é
               a pressão pc no centróide, então

                 Prof. Henrique Mariano
                                              FR = pc A       49
FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA
                            SUPERFÍCIE PLANA
               Analisando a equação FR = pc A pode-se imaginar que FR passa pelo
HIDROSTÁTICA


               centróide. Isso seria verdadeiro se a superfície não estivesse
               inclinada em relação a superfície do fluido.
               Porém, no caso mais geral, a superfície submersa forma
               um ângulo θ com a superfície do fluido, onde o “prisma
               de pressão” é linearmente variável, e a resultante desse
               prisma passa, obrigatoriamente, pelo seu centro de
               gravidade e é perpendicular à superfície submersa, uma
               vez que não há nenhuma força de cisalhamento
               presente.
               Nesse caso, o centróide do plano inclinado está deslocado da posição do
               centróide do plano horizontal devido a variação da pressão com a profundidade.
               Assim, o ponto de aplicação da força resultante será o seu centro de pressão, que
               indicamos na figura por CP. Para determina-la, faz-se:
                                                                       M FR = M p             50
                     Prof. Henrique Mariano
FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA
                              SUPERFÍCIE PLANA
               isto é, o momento de FR em relação ao CP (centro de pressão) será igual ao
HIDROSTÁTICA

               momento das forças distribuídas em torno do eixo dos x. Logo
                            FR . ycp = ∫ p. ydA = ∫ γ y 2 sin θ dA
                                          A           A

               mas            FR = pc A = γ hA = γ y sin θ . A

               assim          γ y sin θ . A. ycp = γ sin θ ∫ y 2 dA
                                                          A

                              ∫ y dA
                                  2
               onde
                              A
                é o momento de inércia em torno do eixo dos x, da
               superfície submersa, ou seja Ixx; dessa forma tem-se:
                                                                I xx
                     yAy p = I xx                         ycp =
                                                                yA

                                                                                            51
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                            SUPERFÍCIE PLANA
               Se fizermos uma transformação, como uma translação de eixo, (do
HIDROSTÁTICA

               eixo x) de modo que ele passe pelo centróide da superfície
               submersa, pode-se utilizar o “teorema dos eixos paralelos”
               (aprendido lá na mecânica), de modo que se tenha:          I xx = I ε ,ε                    + Ay 2
                                                                             I ε ,ε
               Levando essa expressão em tem-se:                 ycp = y +
                                                                             yA
               Fazendo agora o momento em relação ao eixo
               dos y, tem-se:
                         FR .xcp = ∫ x. p.dA = γ sin θ ∫ xydA
                                     A                       A




               onde A
                     ∫ xydA  é o momento de inércia Ixy . Procedendo de maneira similar
               como fizemos acima, tem-se
                                  I xy                                                            I ε .η
                          xcp =          ∴ I xy = I ε ,η + x . y . A                  xcp = x +
                                   yA                                                             yA           52
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                                                                                                                         Xc – distância do CF a
                                        Xo - distância do CG a      Ia – momento de inércia    K2 – quadrado do raio
                    Figura                                                                                              borda superior da figura,
HIDROSTÁTICA
                                        borda superior da Figura       em relação ao eixo      de giração relativo ao
                                                                                                                         quando a superfície da
                                                                     horizontal Baricêntrico      eixo horizontal
                                                                                                                          água coincide com o
                                                                                                    baricêntrico
                                                                                                                                 mesmo




                                                   a                        ba 3                     a2                         2
                                                                                                                                  a
                                                   2                        12                       12                         3
                                    a æ b + 2B ö
                                               ÷                   a 3 éê ( B + b) + 2 Bb ùú a éê         2 Bb ùú        a æ 3B + b ö
                                                                                  2

                                      ç
                                      ç        ÷                                                  ê1 +                     ç
                                                                                                                           ç        ÷
                                                                                                                                    ÷
                                               ÷                   36 êê                   ú                   2ú
                                                                                                                                    ÷
                                    3ç b+ B ø
                                      è                                 ë
                                                                               B+b         úû 18 êë    ( B + b) úû       2 ç 2B + b ø
                                                                                                                           è
                                              2                          ba 3                       a2                         3
                                                a                                                                                a
                                              3                          36                         18                         4
                                                                         pr 4                    pr 2
                                               r                          4                       4
                                                                                                                               5
                                                                                                                               4
                                                                                                                                 r

                                         0,4244r                     0,10978r 4 0, 06987r 2                             0,5891r
                    Note que quando um dos eixo do centróide for um eixo de simetria da                                                             53
                                 superfície submersa, Ie,h se anula e xcp = x
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                           SUPERFÍCIE PLANA
               1.Uma comporta retangular de dreno se abre por pressão hidrostática. Se a
HIDROSTÁTICA

               comporta pesa W toneladas por pé de profundidade, qual a carga H necessária
               para abri-la. Resolver analiticamente, depois numericamente.




                                                                                             54
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               Solução   SUPERFÍCIE PLANA
               Seja uma profundidade unitária; a força resultante é
HIDROSTÁTICA

                            FR = γ hA = γ . y sin θ . A
               atuando no centro de pressão da
               comporta, que está localizado em:
                                                         I ε ,ε
                                    y   p   = y ´+
                                                         yA
               Para que haja equilíbrio é necessário que o momento
               provocado por W seja igual ao momento provocado por
               FR; assim
                  W . x = FR . ycp         W . x = γ .h. A. ycp = γ . y sinθ . A. ycp

                                             I ε ,ε                                           Iε ,ε 
               W . x = γ . y sin θ . A.  y´+                     W . x = γ .sin θ . A.  y´ y +
                                             yA                                               A      55
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                          SUPERFÍCIE PLANA
                                                                                  I 
               Desta última expressão              ( W . x = γ .sin θ . A.  y´ y + ε ,ε    ) pode-se tirar o
HIDROSTÁTICA

                                                                                   A 
               valor de y, isto é:
                         W .x             I ε ,ε
                                   = yy´+
                      γ .sin θ . A          A                                         1  W .x                
                                                                                  y=                − I ε ,ε 
                      →y=
                              W .x
                                         −
                                           I ε ,ε                                    y´ A  γ .sin θ          
                          y´.γ .sin θ . A y´ A
               Mas a carga ou altura H que estamos procurando é:
                                         l
                                  H = h + sin θ ∴ h = y sin θ
               logo pode-se escrever:    2
                                                      l
                                              H =  y +  sin θ
                                                      2                                                        56
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                             SUPERFÍCIE PLANA
               Agora, aplicando os valores numéricos indicados na figura acima,
               que são:
HIDROSTÁTICA

               l = 10 [ft] = 10 [ft] x 0,3048 [m/ft] = 3,048 [m];
               A = 3,048 [m] x 1 [m] = 3,048 [m2];                 y´= l/2 = 1,524 [m];
               W = 25 [ton] = 25[ton] x 1000[kgf/ton] x 9,8[N/kgf] = 245.000[N] ;
                X = y cos q = 1,524.cos 45° = 1,524.0, 707 = 1,0775[ m ]
                           bh = .1.(3,048) = 2,3597 éêë m 4 ùúû       g = 9800 éêë N m 3 ùúû
                         1 3    1
               I ee =
                                          3
                                                                  e
                        12     12
               Substituindo esses valores na expressão de y e H, tem-se:
                           1        245000 × 1,077468               
                y=                                     − 2,359737216  = 7,6941[ m ]
                     1,524 × 3,048  9800 × 0,707
                                                                    

                                              H = ( 7,6941+1,524 ) 0,707
                                              H = 6,5172 [ m ]                                 57
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HIDROSTÁTICA




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               2.Uma barragem, figura ao lado,
HIDROSTÁTICA

               mantém água por uma comporta em
               L. Desprezando o peso da comporta,
               determine o momento T0 sobre o eixo
               de apoio por unidade de
               comprimento.
               Solução
               O momento T0 no eixo de apoio da comporta será igual a soma dos
               momentos provocados pelas resultantes da pressão hidrostática na
               vertical e na horizontal. Na vertical a resultante é 1 γ R aplicada a 2/3
                                                                        2

                                                                    2
               do nível do reservatório; a pressão horizontal tem resultante igual a
               .γ R 2 e é aplicada no meio da largura R da comporta

                                                                                     59
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HIDROSTÁTICA




               Assim tem-se:
                                                     R       R
                                             T0 = F1. + F2 .
                                                     3       2
                                                  1 2 R        2 R
                                             T0 = γ R . + γ R .
                                                  2     3        2
                                                  1 3 1 3 2 3
                                             T0 = γ R + γ R = γ R     60
                                                  6       2       3
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                         SUPERFÍCIE CURVA
               3. No exemplo anterior, se substituirmos a
HIDROSTÁTICA


                 comporta em L por uma outra cilíndrica
                 de raio R, calcule o peso do cilindro por
                 unidade de comprimento, se o seu contato
                 com a parede não tiver contato.




                                                            61
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               Solução
                        SUPERFÍCIE CURVA
               Pode-se, esquematicamente, estabelecer
HIDROSTÁTICA

               que as forças que atuam no cilindro são: a
               força que atua acima do quadrante 2 (F3), a
               força lateral no quadrante 2 (F1) e a força
               sobre a superfície dos quadrantes 3 e 4.
               Assim, calculando F1 tem-se:
                                 1         1 2
                           F1 = g R.R = g R
                                 2         2
               F2 é a força resultante sobre a metade
               inferior da superfície cilíndrica, e é igual
               ao peso do fluido “imaginário” acima dela.
               Assim tem-se:
                                       pR2                  2æ      ö
                                                             ç2 + p ÷
                              F2 = g .     + g .2 R.R = g R ç       ÷
                                        2                    ç
                                                             è    2÷ø   62
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                          SUPERFÍCIE CURVA
               F3 é a força vertical sobre o quadrante
HIDROSTÁTICA

               2, que é devido ao peso da água acima
               dele:
                               pR2     2æ      ö
                                        ç1 + p ÷
                  F3 = g R - g
                          2
                                   = gR ç
                                        ç      ÷
                                               ÷
                                4       è    4ø
               Para que haja equilíbrio é
               necessário que
                                        æ 3p ÷
                                             ö
                                        ç1 + ÷
                      W = F2 - F3 = g R ç   2
                                        ç
                                        è   4÷
                                             ø


                                                         63
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                         SUPERFÍCIE PLANA
               4. Determinar o empuxo e o seu ponto de
HIDROSTÁTICA


               aplicação no triangulo da figura ao lado,
               estando o seu vértice a 0,30m abaixo da
               superfície da água e supondo desconhecidos
               todos os elementos necessários àquele
               cálculo.




                                                         64
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                            SUPERFÍCIE PLANA
               Solução
HIDROSTÁTICA

               A área da superfície é:
                    a              a           2 a
               A = ò ydz = ò
                                       bz bx           ab
                                         =           =
                    0              0
                                       a   a     0
                                                       2

               O momento da área em relação ao eixo que passa pelo
               vértice superior da superfície triangular é:
                                        a             a            3 a
                             M = ò ydz. z = ò
                                                            2
                                                          bz      bz         ba 2
                                                             dz =          =
                                        0             0
                                                           a      3a   0
                                                                              3
                A coordenada z0 do centro de
                                                                     M 2a
                gravidade é                                     z0 =   =
                                                                     A   3          65
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                         SUPERFÍCIE PLANA
               O momento de inércia em relação ao eixo que passa
HIDROSTÁTICA

               pelo vértice superior da superfície triangular é:
                                a            a

                            I = ò ydz. z 2 = ò
                                               bz 3      ba 3
                                                    dz =
                                 0           0
                                                a         4
               O momento de inércia em relação ao eixo baricêntrico é:
                                                  ba ç 2a ö
                                                     æ ÷
                                                3        2
                                              ba            ba 3
                                  = I - Az0 =
                                          2
                                                 - ç ÷ =
                                                     è ÷
                                                   2ç3ø
                           I CG
                                               4            36
               O quadrado do raio de giração é dado por:
                                                         2
                                               I CG a
                                           k =
                                            2
                                                   =
                                                 A   18              66
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                         SUPERFÍCIE PLANA
               A ordenada hCG que determina a profundidade do
HIDROSTÁTICA


               centro de gravidade é igual a ordenada z0
               adicionado a profundidade do topo da superfície

                                           hCG = e + z0
               submersa e, assim:


               A ordenada do centro de empuxo ou centróide é
               igual a:                              2
                                                       k
                                            hC = hCG +
                                                       hCG
                                                               67
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                         SUPERFÍCIE PLANA
               Então o empuxo sobre a superfície submersa é:
HIDROSTÁTICA



                                           E = g .hC . A
               A ordenada yC do centro de empuxo pode ser
               calculada pela proporcionalidade yC está para b   2
               assim como hC - e      está para a , logo:

                    hC - e       b æ hC - e ö
                                            ÷
                           Þ yC = ç
               yC
                  =
               b2     a          2èç a ÷
                                   ç        ÷
                                            ø
                                                                     68
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                          SUPERFÍCIE PLANA
               A solução numérica será feita no
HIDROSTÁTICA


               MathCad:
               a := 0.9         b := 0.6         e := 0.3         γ := 9800
                                                                                2
                       a⋅b                                                b⋅a
               A :=                    A = 0.27               M :=                           M = 0.162
                        2                                                  3
                                                                      3
                       M                                      b⋅a
               z0 :=                  z0 = 0.6         I :=                         I = 0.109
                        A                                         4
                                  2                                                         Ig
               Ig := I − A ⋅ z0                 Ig = 0.012                     k2 :=                  k2 = 0.045
                                                                                            A
                                                                                    k2
               hcg := e + z0             hcg = 0.9            hc := hcg +                            hc = 0.95
                                                                                    hcg

                                                              3                     b       ( hc − e )
               E := γ ⋅ hc ⋅ A            E = 2.514 × 10                  yc :=         ⋅                    yc = 0.217 69
                                                                                    2            a
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                          SUPERFÍCIE PLANA
               Por esses exemplos acima, vê-se que numa superfície
HIDROSTÁTICA

               curva submersa a força horizontal sobre ela é a soma
               vetorial das forças das duas áreas projetadas em planos
               ortogonais e que a força vertical sobre ela é igual ao peso
               do fluido, real ou imaginário, acima da superfície.

               Conseqüentemente, a força resultante FR é a soma
                                                            FR = ( FH ) + ( FV )
                                                                       2        2
               vetorial de FH e FV, cujo módulo é dado por
                e cuja linha de ação passa pelo centro de gravidade da
               massa de fluido contido no volume e seu ponto de
               aplicação pode ser achado somando os momentos em
               relação a um eixo apropriado.
                                                                             70
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               •A pressão numa superfície curva (já
HIDROSTÁTICA

               calculada no exercício 3 anterior)
               deve ser sempre calculada pela
               integração das equações gerais já
               deduzidas
               •Entretanto é fácil verificar (pela
               figura ao lado) que devido ao
               equilíbrio estático as componentes
               da resultante podem ser calculadas
               pelas projeções da superfície curva
               sobre superfícies planas nas direções
               das componentes.                        71
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               •A componente Horizontal da
HIDROSTÁTICA


               força na superfície curva é igual
               a força no plano formado pela
               projeção da superfície curva
               sobre o plano vertical normal à
               componente.
               •A componente Vertical da força
               de pressão é igual ao peso da
               coluna de fluido existente acima
               da superfície curva acrescida da
               pressão atmosférica.
                                                   72
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               Esse estudo baseia-se no Princípio de
HIDROSTÁTICA


               Arquimedes (físico e matemático grego, 287-
               212 A.C.) que diz o seguinte:
               “o empuxo sobre um corpo
               submerso é igual ao peso do líquido
               deslocado”.


                                                        74
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               Seja então um corpo de forma arbitrária de volume V
HIDROSTÁTICA

               (visto de frente na figura abaixo); para efeito de estudos
               vamos envolve-lo num paralelepípedo. As forças F1, F2,
               F3, e F4 são forças exercidas pelo fluido nas superfícies
               planas do paralelepípedo; W é o peso do fluido contido
               na paralelepípedo (área hachurada) e FB é a força de
               corpo ou seja a força que o corpo exerce sobre o fluido.
               Vê-se logo, pela figura, que F3 = F4 e que elas se anulam.
               As demais forças, para terem equilíbrio, estão sujeitas a

                  åF =0
               Assim
               FB = F2 - F1 -W
                                                                       75
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                                ESTABILIDADE
               Em geral se um corpo é abandonado num
               meio líquido, podem ocorrer três casos:
HIDROSTÁTICA

               1-se o peso do corpo é maior que o
               empuxo, o corpo afunda até encontrar um
               obstáculo;
               2-se o peso e o empuxo são iguais, o corpo
               fica em equilíbrio qualquer que seja a
               profundidade em que se encontra;
               3-se o peso for menor que o empuxo, o
               corpo é impelido até a superfície, da qual
               emerge, ficando mergulhada uma porção V
               do seu volume, chamado de volume de
               carena, tal que multiplicado pelo peso
               específico do líquido é igual ao peso do
               corpo, isto é, satisfaz a equação abaixo.    76
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                             ESTABILIDADE
               Considerando-se o fluido incompressível e de peso
HIDROSTÁTICA

               específico constante, tem-se:
                                     F2 - F1 = g (h2 - h1 ) A
               onde A é uma das faces horizontais do
               paralelepípedo. Logo:
                           FB = g (h2 - h1 ) A - g éë(h2 - h1 ) A-V ùû

                                            FB = gV                      Volume do
                                                                         corpo
               que é a expressão que rege o Princípio de Arquimedes.
                                                                                77
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                                ESTABILIDADE
               Para se achar a linha de ação do empuxo (lembre-se que o
HIDROSTÁTICA

               empuxo age de baixo para cima), acha-se a soma dos
               momentos em relação ao eixo vertical passando pela
               borda esquerda do paralelepípedo: FB . yc = F2 . y1 - F1 . y1 -W . y2
               Substituindo os valores conhecidos das forças que agem,
               tem-se:    V . y = V . y - (V -V ). y
                                        c   P   1   P            2

               donde VP é o volume do paralelepípedo, VP= (h2-h1)A. Da
               expressão acima, pode-se tirar o valor de yc, a coordenada
               y do centróide do volume V:       V y - (V -V ) y
                                                    yc =
                                                           p 1       p   2

                                                                V
               Os resultados acima são válidos para os corpos que flutuam se o
               peso específico do fluido acima da superfície do líquido é muito
               pequeno comparado com o do líquido onde o corpo flutua.            78
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                                ESTABILIDADE
               Uma outra forma de determinar yc é tomarmos elementos
HIDROSTÁTICA

               de volume dV, então:      gVyc = g ò ydV
                                               ò
                                                                      vol
                                                   ydV
                ou ainda          yc = vol
                                           V
               Para um corpo flutuando em dois ou mais fluidos
               imiscíveis, a força de empuxo é a soma dos pesos parciais
               deslocados          FB = g1V1 + g 2V2 +K
                e nesse caso a linha de ação não passa pelo centróide do
                volume deslocado pelo corpo, mas deve ser determinado
                considerando cada segmento de volume deslocado
                                            g1 ò ydV1 + g 2 ò ydV2 + K
                                    yc =
                                                   g1V1 + g 2V2 + K         79
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               Exemplos:
HIDROSTÁTICA

               1 - O uso de hidrômetro para
               medir o γ de líquidos. Se o
               hidrômetro desloca um volume V
               quando flutuando na água e a
               seção transversal da haste é “a”,
               tem-se:
                                              V d -1
                  gV = d .g (V - a.Vz ) ®Vz =
                                              a d
               onde d = densidade do líquido onde o hidrômetro está
               mergulhado.
                                                                      80
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               2. Um balde vazio, cuja espessura das
HIDROSTÁTICA

               paredes e peso podem ser considerados
               desprezíveis, é forçado para dentro da
               água inicialmente com a extremidade
               aberta, até uma profundidade H. Qual a
               força necessária para mantê-lo nessa
               posição, admitindo que o ar no interior
               do balde permanece com a temperatura
               constante?
               Solução:
               É obvio que a força de flutuação é igual ao peso do
                                                           pd
               líquido deslocado.                           2
                                             FB = gV = g .    h1
                                                            4
                                                                     81
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               Para determinar h1, sabe-se que o processo é isotérmico,
HIDROSTÁTICA

               logo pV = p V onde V é o volume de ar no balde:
                            1 1
                                           pd 2      pd 2
                                    patm .      h= p      h1 (1)
                                                          4            4
               onde p é a pressão no ar dentro do balde submerso. Como
               o ar dentro do balde está em equilíbrio com a água na
               superfície interna do balde, tem-se:
                                  p = patm + g é H - (h - h1 )ù (2)
                                                                ë                     û
               Agora tem-se 3 equações e três incógnitas: FB , h1 e p.
               Levando (2) em (1) obtém-se:
                               p h = { p + g éë H - (h - h )ùû} h
                                             atm        atm                 1     1

                                            patmh = patmh1 + g Hh1 - g (h - h1 ) h1
                                            g h12 + ( patm + g H - g H ) h1 - patm h = 0
                                                                                           82
                   Prof. Henrique Mariano
Resolvendo esta última equação, através do MathCad,
               obtém-se:
                                                                                                                                                                                                    1  
                                                                                                                                                                                                       
                                                                             1                                                                                                             2 2  2 
                                                                                         ⋅  −patm− γ ⋅ H + γ ⋅ h + ( patm + 2 ⋅ patm⋅ γ ⋅ H + 2 ⋅ γ ⋅ patm⋅ h + γ ⋅ H − 2 ⋅ γ ⋅ H ⋅ h + γ ⋅ h )
                                                                                                                                                                   2 2           2
                                                                                                                                                                                                         
                                                                                                                          2
                                                                              ( 2 ⋅ γ)
               γ ⋅ h1 + ( patm+ γ ⋅ H − γ ⋅ h) ⋅ h1 − patm⋅ h 0 solve, h1 →                                                                                                                                
HIDROSTÁTICA
                     2
                                                                                                                                                                                                    1  
                                                                             1                                                                                                                       
                                                                            
                                                                                           
                                                                                         ⋅  −patm− γ ⋅ H + γ ⋅ h − ( patm2 + 2 ⋅ patm⋅ γ ⋅ H + 2 ⋅ γ ⋅ patm⋅ h + γ2 ⋅ H2 − 2 ⋅ γ2 ⋅ H⋅ h + γ2 ⋅ h2)  2  
                                                                                                                                                                                                           
                                                                             ( 2 ⋅ γ)                                                                                                                      
               Como se vê, é possível duas soluções. Veja a seguir um exemplo numérico:
                 Dando alguns valores numéricos para as variáveis. Sejam
                               N                            N
                   γ := 9800 ⋅            patm := 101.33 ⋅             H := 1 ⋅ m                                                  h := 0.4 ⋅ m                    d := 0.3 ⋅ m
                                3                            2
                               m                            m

                                                                                                                                                 1
                                                                                                                                                  
                                                                                                                                         2 2  2
                                     ⋅  − patm − γ ⋅ H + γ ⋅ h + ( patm + 2 ⋅ patm ⋅ γ ⋅ H + 2 ⋅ γ ⋅ patm ⋅ h + γ ⋅ H − 2 ⋅ γ ⋅ H ⋅ h + γ ⋅ h )
                              1                                         2                                         2   2       2
                 x1 :=                                                                                                                               
                           (2 ⋅ γ)


                                                                                                                                                 1
                                                                                                                                                  
                                                                                                                                         2 2  2
                                     ⋅  − patm − γ ⋅ H + γ ⋅ h − ( patm + 2 ⋅ patm ⋅ γ ⋅ H + 2 ⋅ γ ⋅ patm ⋅ h + γ ⋅ H − 2 ⋅ γ ⋅ H ⋅ h + γ ⋅ h )
                              1                                         2                                         2   2       2
                 x2 :=                                                                                                                               
                           (2 ⋅ γ)


                                         −3
                 x1 = 6.703 × 10              m                          x2 = − 0.617 m

                 portanto o valor de h1 é igual ao valor de x1                                                                                                                                    83
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               Para que um corpo, total ou
HIDROSTÁTICA

               parcialmente imerso, esteja
               em equilíbrio, além da
               condição de igualdade do
               peso e do empuxo, é
               necessário que o seu centro
               de gravidade e o centro de
               gravidade (CG) do líquido
               deslocado (centro de carena -
               CF) estejam sobre a mesma
               vertical. Em qualquer caso,
               o equilíbrio é estável se o
               centro de gravidade do corpo
               está abaixo do centro de
               carena.
                                               85
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               Na figura ao lado,
HIDROSTÁTICA

               MR = momento de
               restauração;
               MI = momento de
               instabilidade;
               W = peso;
               E = empuxo;
               CG = centro de
               gravidade;
               CF = centro de carena
               ou centro de flutuação.     86
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               No caso de corpos flutuantes, as
               condições de equilíbrio são mais
               complicadas. O equilíbrio é estável
               sempre sempre que CG estivar abaixo do
               centro de carena – CF. Entretanto, pode
               ocorrer também o inverso, isto é, o
               centro de gravidade do corpo estar
               acima do centro de carena, e o equilíbrio
               ser estável.
               Vamos agora ao problema da estabilidade de
               navios.
                                                            87
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                                        M




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               Dando-se um pequeno deslocamento dq em torno
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               de sua linha de centro y. Como mostrado na figura
               ao lado o CF passa do ponto B para B´. O centro
               de gravidade CG permanece, pois com dq uma
               quantidade de água foi deslocado no lado direito e
               outra é deixada no lado esquerdo. Essas
               quantidades de fluidos geram uma dF de cada lado,
               provocando um momento de restauração m. Assim
               a força total de flutuação para a configuração
               inclinada é FB´ em B´ que é estaticamente
               equivalente a FB em B mais o momento m.
                                                              89
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               Logo a distancia entre as linhas de atuação
               de FB e FB´ , d, pode ser determinada
               igualando os momentos dos dois membros
               dos dois sistemas em relação a um eixo
               paralelo a y e passando por B´:
                                   m   m
               -d.FB + m = 0 ® d =   =
                                   FB W
               onde W é o peso do
               navio.
                                                             90
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ESTABILIDADE DE CORPOS
                     FLUTUANTES
HIDROSTÁTICA

               A linha de ação de FB´ intercepta a linha de centro da
               seção transversal em M, sendo que a distancia MB=l1
               pode ser calculada como            d
                                            l1 =
                                                   sin d.q
               Se M estiver acima do centro de gravidade CG, a força de
               flutuação FB´ e o peso W formam um momento
               “dextrógiro” e o navio é estável.
               Para achar l1 e d precisamos de m. Para isso sejam os
               elementos de volume dV do fluido recém-deslocado; para
               um dq pequeno tem-se:
                                           dV = x.dq.dA
                                                                        91
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HIDROSTÁTICA

               A cada dV pode-se associar um df de valor
                                               g xdq.dA
               O momento m desse conjugado (df a
               esquerda ¯, e a direita -) pode ser calculado
               tomando o momento em relação a y:
                 m = ò g . x .dq.dA = g .dq ò x dA =g .dq. I yy
                                           2              2



               onde Iyy é o momento de inércia de área A
               em relação ao eixo y.                              92
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ESTABILIDADE DE CORPOS
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               Levando esse resultado na expressão de d,
HIDROSTÁTICA


               tem-se:
                 m g .dq. I yy          d     g .dq. I yy       dq
               d= =            ® l1 =       =              lim    =1
                 W     W              sin dq W .sin dq dq®0 sin dq
                                       g . I yy
               logo       l1 =
                                           W
               mas l1 = MB = l + MG => MG = MB – l = l1
               – l onde MG = l1 – l é chamada de altura
               metacêntrica. Logo se MG > 0 → navio é
               estável.                                            93
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               EXEMPLO
HIDROSTÁTICA


               Uma barcaça tem forma de um
               paralelepípedo retangular com dimensões
               10m x 25m x 3m. Ele pesa 25MN quando
               carregada e tem o centro de gravidade a 3,5m
               do fundo. Achar a altura metacêntrica para
               uma rotação em torno do centro longitudinal
               e determinar quando é estável. Se a barcaça
               inclina-se 5º em relação ao eixo dos y, qual o
               momento restaurador?
                                                          94
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ESTABILIDADE DE CORPOS
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               Solução:
HIDROSTÁTICA


               Primeiro deve-se achar o CF
               da barcaça. Ela desloca um
               volume de fluido de 10m x
               25m x d, onde d = calado =
               parte submersa da barcaça:
               gV = 2,5MN = 9.8 x10 x80 x 25 xd ® d = 1, 27m
                                                3

               Como a área submersa é retangular o centro de flutuação é
               igual ao centróide da área, e está no centro geométrico da
               figura, logo está a d/2 do fundo. Logo l, a distância entre o
                                       d
               CG e o CF é: l = 3,5 - = 3,5 - 0,64 = 2,86m                95
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ESTABILIDADE DE CORPOS
                     FLUTUANTES
HIDROSTÁTICA

               A altura metacêntrica é
                                                1
                       g . I yy          9800 x   25 x103
               MG =               -l =        12
                                                    6
                                                          - 2,86 » 0,82 - 2,86 = -2,04 m
                         W                   25 x10
               Como MG < 0 → barcaça é instável.
               O momento restaurador para uma
               rotação de 5º em torno de seu eixo
               longitudinal, é dado por:
                                              5° x 2p 25 x103
                 m = g .dq. I yy = 9,8 x103 x        x        = 1,78 x106 N .m
                                               360°     12
                                                                                           96
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VARIAÇÃO DA
HIDROSTÁTICA



                 PRESSÃO NUM
                  FLUIDO EM
                 MOVIMENTO DE
                 CORPO RÍGIDO
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VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM
                     MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO
               A equação do movimento (para as condições indicadas) é
                                -Ñp - g k = ra
HIDROSTÁTICA


                                           %     %
               para fluidos que estão em repouso ou
               movimento sem apresentar tensões de
               cisalhamento[1]. Se o centro de rotação é o
               eixo O e sua velocidade de translação á V0 a   w
               velocidade de um ponto arbitrário P sobre o
               corpo é dado por: V = V0 + ? × r0
               Derivando, obtém-se a forma mais geral da aceleração
               de um corpo rígido:      dV0               d?
                                                   a=          + ? × ( ? × r0 ) +           × r0
                                                          dt                           dt
               [1] Um movimento de fluido que não apresenta tensão de cisalhamento é aquele em que a massa do
               fluido é submetida a um movimento de corpo rígido.                                           98
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VARIAÇÃO DA PRESSÃO EM MOVIMENTO
                         DE CORPO RÍGIDO
                                       dV0                    d?
                                    a=     + ? × ( ? × r0 ) +    × r0
HIDROSTÁTICA

                                        dt                    dt

               O primeiro termo do 2° membro
               representa a aceleração de translação; o
               segundo termo é a aceleração
               centrípeta, cuja direção é de P para o                   w
               eixo de rotação, perpendicularmente; e
               o terceiro termo é a aceleração linear,
               devido às variações da velocidade
               angular.
                                     é dV0                          ù
                                           + ? ´(? ´ r0 ) +
                                                            d?
                 -Ñp - g k = r a = r ê                         ´ r0 ú
                         %     %     êë dt                  dt      úû
                                                                            99
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VARIAÇÃO DA PRESSÃO EM MOVIMENTO
                               DE CORPO RÍGIDO
               Como visto anteriormente, a equação do movimento é
HIDROSTÁTICA


                               -Ñp - g k = ra
                                             %      %
               para fluidos que estão em repouso ou movimento sem
               apresentar tensões de cisalhamento. Considerando um
               sistema de coordenadas cartesianas retangulares, então o
               desmembramento da equação acima é:
                                              ¶p
                                            -    = rax
                                              ¶x
                                              ¶p
                                            -    = ra y
                                              ¶y
                                              ¶p
                                            -    = g + raz
                                              ¶z                     100
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VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM
                   MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO
               MOVIMENTO LINEAR
HIDROSTÁTICA


               Seja um movimento retilíneo e uniformemente acelerado de um
               recipiente aberto que contem líquido. Como ax = 0, segue que o
               gradiente de pressão na direção x é nulo. Logo
                                            ¶p                           ¶p
                                       -       = ra y ;e na direçao z: -    = r ( g + az )
                                            ¶y                           ¶z
               diferença de pressão entre dois
               pontos próximos, localizados em (y,
               z) e em (y+dy z+dz) pode ser
                                  ¶p        ¶p
               expresso por:
                            dp =      dy +     ¶z
                                   ¶y       ¶z
               substituindo os valores das derivadas parciais, tem-se:
                                              dp = -ra y dy - r ( g + a z ) dz               101
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VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM
                   MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO
HIDROSTÁTICA

               Ao longo das linhas isóbaras, dp = 0, logo:
                                            dz      ay
                                               =-
                                            dy    g + az
               isto é, a superfície livre do liquido faz um ângulo a+q com
               o plano do fundo do recipiente.
                                     dy                a y cos a
                                        = tan q = -
                                     dx             a y sin a + g
               Se o recipiente em questão estiver subindo um plano
               inclinado de um ângulo a, a expressão torna-se (provar
               como exercício).
                                                                        102
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VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM
                   MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO
               EXEMPLOS
HIDROSTÁTICA

               1. Calcule a quantidade de água derramada de um tanque com as
               dimensões 1,20x3,60x1,80 m que está inicialmente cheio, quando
               sofre uma aceleração de 3 m/s2
               Solução: dz           ay      3
                                 = tan q = -            =-         » 0,306
                            dy                 g + az        9,8

               mas geometricamente a tangente do
               angulo é igual a z dividido pelo
               comprimento do recipiente, logo:
                  z
                      = 0,306 Þ z = 3, 60 * 0, 306 @ 1,10m
                3, 60
                                                                1
               logo o volume de líquido        Vderramado = Vd = z.bl
               derramado pode ser calculado da                  2
                                                      1
               seguinte forma:                 Vd = x1,10 x 3,60 x1,80 = 0, 3564m 3
                                                                             2    103
                    Prof. Henrique Mariano
VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM
                   MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO
               2. Um tubo em
HIDROSTÁTICA


               U fechado em
               uma de suas
               extremidades
               (veja figura)
               contém água.
               Ao ser
               acelerado a 9,8
               m/s2 , quais as
               pressões em A e
               B?                                   104
                  Prof. Henrique Mariano
VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM
                   MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO
               Solução:
HIDROSTÁTICA

                                   dz       ay
               Sabe-se que tan q = dy = - g + a,
                                                 z
               mas como az = 0 e ay = g = 9,8
               m/s2 implica que
                tan q = -1 Þ q = 45º
               Como o espaço livre na extremidade fechada é 0,30m (1,20m -
               0,90m) este é totalmente preenchido. A altura que o líquido subiria
               se houvesse um tubo virtual prolongado na extremidade fechada
               seria: z = 1, 20 x tan q = 1, 20 x1 = 1, 20m , tomando como linha base
               o ponto para onde baixou o liquido na extremidade aberta. Isto nos
               diz que se houvesse tubo prolongando-se do lado fechado, o
               liquido subiria até uma altura de 1,80m. Assim a pressão em B é:
                                                kN
               pB = g hB = 9800 x 0,30 = 2,94         A pressão em A, será:
                                                m2
                                                                                               kN
                                                     p A = g hA = 9800 x(1,80 - 0,30) = 14,7        105
                    Prof. Henrique Mariano                                                     m2
Pressão hidrostática em um ponto
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Pressão hidrostática em um ponto

  • 1. HIDROSTÁTICA HIDROSTÁTICA 1° Semestre 2003 Prof. Henrique Mariano Costa do Amaral Universidade Estadual do Maranhão 1 Prof. Henrique Mariano
  • 2. HIDROSTÁTICA Tópicos •Pressão Hidrostática •Pressão em um Ponto •Manômetros •Força Hidrostática em Superfícies Submersas •Flutuação 2 Prof. Henrique Mariano
  • 3. HIDROSTÁTICA 3 Prof. Henrique Mariano
  • 4. HIDROSTÁTICA HIDROSTÁTICA 4 Prof. Henrique Mariano
  • 5. PRESSÃO EM UM PONTO Devemos investigar a relação entre a HIDROSTÁTICA tensão em qualquer interface em um ponto com as tensões sobre um conjunto de interfaces ortogonais nesse mesmo ponto. Pela 2ª lei de Newton, tem-se ∑F z =0 ∑F y =0 Levando a essas expressões os valores indicados na figura ao lado: δ xδ yδ z ∑F y = p yδ xδ z − psδ xδ s sin θ = ρ . 2 ay δ xδ yδ z δ xδ yδ z ∑ Fz = pzδ xδ y − psδ xδ s cos θ − γ 2 =ρ 2 az δy p y − ps = ρ a y 2 SIMPLIFICANDO essas expressões, tem-se δz p z − ps = ( ρ a z + γ ) 5 2 Prof. Henrique Mariano
  • 6. PRESSÃO EM UM PONTO Como estar-se interessado num ponto, pode-se fazer δ x → 0; δ y → 0; δ z → 0 logo: py = p s = pz HIDROSTÁTICA Como a escolha de θ foi arbitrária, pode-se dizer que as tensões ou pressões em um ponto de um fluido em repouso é independente da direção. Este resultado é chamado de Lei de Pascal: ps = pz = p y ⇒ σ nn = σ zz = σ yy A lei de Pascal não se aplica quando o fluido não é contínuo, conforme mostrado na figura a seguir: 6 Prof. Henrique Mariano
  • 7. PRESSÃO EM UM PONTO Ver-se-á agora como varia a pressão, ponto-a-ponto, numa quantidade de fluido que não apresenta tensões de cisalhamento. HIDROSTÁTICA Seja o elemento de fluido em repouso mostrado na figura ao lado, onde atua forças superficiais, devido a pressão, e forças de campo como o peso W do elemento. As arestas do cubo elementar são respectivamente δ x; δ y; δ z nas direções x, y, z. A força resultante na direção y é dada por:  ∂p δ y   ∂p δ y  δ Fy =  p −  δ xδ z −  p +  δ xδ z  ∂y 2   ∂y 2  ∂p ⇒ δ Fy = − δ xδ yδ z ∂y 7 Prof. Henrique Mariano
  • 8. PRESSÃO EM UM PONTO Similarmente tem-se HIDROSTÁTICA ∂p δ Fz = − δ xδ yδ z ∂z ∂p δ Fx = − δ xδ yδ z ∂x 8 Prof. Henrique Mariano
  • 9. PRESSÃO EM UM PONTO Como a força superficial é um campo vetorial, a força resultante é: HIDROSTÁTICA δ Fs = δ Fx i + δ Fy j + δ Fk k  ∂p ∂p ∂p  δ Fs = −  i + j + k  δ xδ yδ z  ∂x ∂y ∂z  ∂ ∂ ∂ O operador ∂ x i + ∂ y j + ∂ z k é um operador vetorial chamado gradiente e é representado pelo símbolo ∇ (nabla) ou pela abreviatura grad. Assim tem-se: δ Fs = −∇pδ xδ yδ z 9 Prof. Henrique Mariano
  • 10. PRESSÃO EM UM PONTO δ Fs = −∇pδ xδ yδ z HIDROSTÁTICA ou ainda δ Fs = −∇p δ xδ yδ z Considerando que o peso do elemento de fluido é −δ Wk = −γ (δ xδ yδ z ) k dado por: onde o sinal negativo (-) indica que a força aponta para baixo, no sentido contrário ao do eixo z. 10 Prof. Henrique Mariano
  • 11. PRESSÃO EM UM PONTO Aplicando-se a 2ª lei de Newton no elemento de fluido HIDROSTÁTICA mostrado anteriormente, tem-se: ∑ δ F = δ m.a → ∑ δ F = δ F − δ Wk = δ ma s → −∇pδ xδ yδ z − γ .δ xδ yδ zk = ρ .δ xδ yδ za ou ainda −∇p − γ k = ρ a que é a equação geral do movimento para o caso de fluidos que não apresentam tensões de cisalhamento. 11 Prof. Henrique Mariano
  • 12. PRESSÃO EM UM PONTO Em um fluido em repouso, temos que a HIDROSTÁTICA aceleração é nula, isto é, a=0. Então a equação do movimento se transforma em: −∇p − γ k = 0 ∂p ∂p ∂p Pela lei de Pascal, tem-se que ∂x = 0; ∂y = 0; ∂z = −γ que levando à equação acima tem-se: dp = −γ Prof. Henrique Mariano dz 12
  • 13. PRESSÃO EM UM PONTO dp = −γ HIDROSTÁTICA dz Esta equação indica que o gradiente de pressão na direção vertical é negativo, ou seja, a pressão diminui quando o ponto é considerado mais acima, num fluido em repouso. Esta equação é válida qualquer que seja a expressão para γ. 13 Prof. Henrique Mariano
  • 14. PRESSÃO EM UM PONTO No caso de fluido incompressíveis sabe-se HIDROSTÁTICA que o peso específico γ de um fluido varia conforme a variação de sua massa específica, ρ, e da aceleração da gravidade g. Como g não tem grandes variações nas aplicações corriqueiras de engenharia, resta a análise de p. 14 Prof. Henrique Mariano
  • 15. PRESSÃO EM UM PONTO Assim, se na equação HIDROSTÁTICA fizermos a integração com p variando de p1 ate p2 quando z varia de z1 até z2, tem-se p2 z2 ∫ dp =−γ ∫ dz ⇒( p − p ) =−γ ( z − z ) p1 z1 2 1 2 1 como h=z2-z1 tem-se: p1 − p2 = γ h 15 Prof. Henrique Mariano
  • 16. PRESSÃO EM UM PONTO p1 − p2 = γ h HIDROSTÁTICA A equação acima mostra que a pressão num fluido incompressível em repouso varia linearmente com a profundidade; esse tipo de distribuição de pressão é chamado de hidrostática. Reescrevendo da seguinte forma p − p h= 1 2 γ verifica-se que h (denominada de carga) é interpretado como a altura da coluna de fluido de peso específico γ necessário para provocar a diferença de pressão p1- p2. 16 Prof. Henrique Mariano
  • 17. HIDROSTÁTICA PRESSÃO EM UM PONTO Exemplo: a diferença de pressão de 69kPa pode ser especificada como uma carga de 7,04 m de coluna d´água (γ = 9,8 kN/m3) ou 519 mm de Hg (mercúrio = γ = 133 kN/m3) 17 Prof. Henrique Mariano
  • 18. PRESSÃO EM UM PONTO Note-se que com isso a uma mesma HIDROSTÁTICA profundidade a pressão é a mesma, qualquer que seja a posição no plano x-y. Assim é conveniente, quando trabalha-se com fluidos, utilizar como pressão de referência a pressão na superfície livre p0, assim a pressão a qualquer profundidade é: p = γ h + p0 18 Prof. Henrique Mariano
  • 19. PRESSÃO EM UM PONTO p = γ h + p0 HIDROSTÁTICA Exemplo: A manometria é uma técnica de medição de pressão. O tipo mais simples de manômetro é o tubo em U. Aplicando a equação, usando o esquema ao lado como orientação tem-se: pB = pA +γ Ad1 = pC = patm +γHgd2 A C como queremos medir a pressão interna ao bulbo pA, então tem-se: B p A = patm + γ Hg d 2 − γ A d1 19 Prof. Henrique Mariano
  • 20. PRESSÃO EM UM PONTO p A = patm + γ Hg d 2 − γ A d1 HIDROSTÁTICA A C Se a pressão que queremos medir é a pressão relativa, B fazemos na expressão acima patm = 0 e escreve-se: p A = γ Hg d 2 − γ A d1 20 Prof. Henrique Mariano
  • 21. PRESSÃO EM UM PONTO No caso de fluido compressível – os gases HIDROSTÁTICA em geral – é necessário considerar na integração da equação de pressão, a variação do peso específico do fluido. No entanto, o γar ao nível do mar e a 15ºC é de 12 N/m3, enquanto o peso especifico da água nas mesmas condições é de γágua=9,8 kN/m3. Vê-se assim, que o gradiente de pressão na direção vertical é pequeno devido ao peso específico (γ) dos gases serem baixos. 21 Prof. Henrique Mariano
  • 22. PRESSÃO EM UM PONTO caso de fluido compressível HIDROSTÁTICA Nos casos onde a variação da altura é muito grande, da ordem de milhares de metros, deve-se levar em consideração a variação do peso especifico dos gases. 22 Prof. Henrique Mariano
  • 23. PRESSÃO EM UM PONTO caso de fluido compressível Como a equação de estado para um gás perfeito é: HIDROSTÁTICA p = ρ RT ∴γ = ρg dp e a equação da pressão é dada pela expressão = −γ tem-se: dz dp pg dp g dz =− → =− dz RT p RT onde R é a constante universal dos gases, T é a temperatura do gás em Kelvin (K) . Podemos analisar dois caso; no primeiro T é constante, independe da altura onde se encontra o ponto de análise; o segundo caso é quando T varia linearmente com a altitude. 23 Prof. Henrique Mariano
  • 24. PRESSÃO EM UM PONTO Sendo T=T0 = constante no intervalo de z1 a z2, tem-se: HIDROSTÁTICA  dp  p2 z2 z2  g dz  g ∫  p  = − ∫  R T  = − RT0 p1   z1   ∫ dz z1 p2 g ln =− ( z2 − z1 ) p1 RT0 que produz a equação que relaciona a pressão e altura numa camada isotérmica (temperatura constante e igual a T0) de um gás perfeito:  g  p 2 = p1 e x p  − (z2 − z 1 )  R T0  24 Prof. Henrique Mariano
  • 25. PRESSÃO EM UM PONTO Agora, se a temperatura na camada de gás variar linearmente com a altitude, segunda a equação do tipo: HIDROSTÁTICA T = T0 + cz ∴c = constante  dp  2  g dz  g 2 dz p2 z z dT ∫  p  = −z∫  R T  = − R ∫ T ∴dT = cdz →dz = c p1   1  z1 então  dp  g  T2  p2 T2 g dT p2 ∫  p  = − Rc T∫ T →ln p1 = − Rc ln T1  p1     1 donde se conclui que a relação entre pressão e altura no caso da temperatura variar com a altitude é: −g  T2  Rc onde T1=T0+cz1 e T2=T0+cz2, e T deve p2 = p1   ser usada em graus absolutos (Kelvin).  T1  25 Prof. Henrique Mariano
  • 26. PRESSÃO EM UM PONTO Exemplo: HIDROSTÁTICA Num tanque de gasolina de um posto, há infiltração de água. Sabendo-se que a densidade da gasolina é de 0,68, determine a pressão na interface gasolina-água e no fundo do tanque. O tanque tem o esquema mostrado na figura. 26 Prof. Henrique Mariano
  • 27. PRESSÃO EM UM PONTO Exemplo: HIDROSTÁTICA Solução: Vamos usar a expressão, isto é, γ gasolina p1 = p0 + γ z ∴ d = = 0, 68 ⇒ γ gasolina = 0, 68γ agua γ agua p1 = patm + d γ agua h = patm + 0, 68*9800*5 = patm + 33320 Pa onde p1 é a pressão na interface gasolina-água. Se considerar patm a pressão p1 é dita pressão absoluta, se patm = 0 a pressão é dita relativa. A pressão p2 no fundo do tanque será então igual a pressão da interface gasolina- água acrescida da carga devido a altura da água, assim: p2 = p1 + γ agua h2 = 33320 + 9800*1 = 43120 Pa 27 Prof. Henrique Mariano
  • 28. PRESSÃO EM UM PONTO Exemplo: HIDROSTÁTICA O Empire State Building de Nova York, com seus 381 m é um dos edifícios mais alto do ocidente. Estime a relação entre as pressões no topo e na base do edifício, admitindo o ar incompressível e γ=12,01 N/m3, a uma temperatura a 15ºC. Solução: Considerando o ar incompressível, tem-se p = γ h + p0 sendo h = h2-h1 e p1 = patm = 101,3 kPa, logo p2 γ ( h2 − h1 ) 12, 01( 381 − 0 ) = 1− = 1− = 0,955 p1 p1 1, 013 ×10 5 28 Prof. Henrique Mariano
  • 29. PRESSÃO EM UM PONTO Agora vamos considerar o ar HIDROSTÁTICA compressível, então devemos aplicar a expressão :  g   g    − ( z2 − z1 )  p1 − ( z2 − z1 )  − 9,8  286,9×288 ( 381− 0 ) p2 = p1e  RT0  → =e  RT0  =e   = 0, 956 p2 Como se vê, a variação é muito pequena, da ordem de 0,1% 29 Prof. Henrique Mariano
  • 30. ATMOSFERA PADRÃO Atmosfera padrão é a atmosfera ideal HIDROSTÁTICA terrestre e foi avaliada numa latitude média com uma condição ambiental média anual de modo que se pudesse ter um padrão em todo o globo terrestre, para facilitar o projeto de aviões, foguetes, mísseis, e outros artefatos espaciais. Uma das organizações responsável por essa medição, a American National Standard Institute – ANSI, estabeleceu o quadro publicado à pagina 42 do livro do Bruce Munson. 30 Prof. Henrique Mariano
  • 31. ATMOSFERA PADRÃO Dessa maneira é possível integrar a HIDROSTÁTICA equação pg dp g dz dp = − dz → =− RT p R T no intervalo de 0 até 11 km de altura, onde a distribuição de temperatura é dado por T = T0 - βz onde T0 é a temperatura média ao nível do mar (z=0) e β é a taxa de decaimento da temperatura, que na média é 6,5x10-3 K/m. 31 Prof. Henrique Mariano
  • 32. ATMOSFERA PADRÃO Levando esses pg dp g dz dados à equação dp = − dz → =− HIDROSTÁTICA RT p RT e integrando obtém-se: g  β z  Rβ p = p0  1 −  1 atm = 101,33 kPa  T0  = 14,696 psi = 29,92 in Hg = 33,94 ft H2O onde p0 é a pressão absoluta em z=0, e R = 286,9 J/kg.K. 32 Prof. Henrique Mariano
  • 33. ATMOSFERA PADRÃO As propriedades da atmosfera padrão HIDROSTÁTICA americana (válida em todo seu território americano, em média) são: •Temperatura média = 288,15K = 15ºC •Pressão ao nível do mar = 101,33 kPa(abs) •Massa específica do ar = 1,225 kg/m3 •Peso específico do ar =12,014 N/m3 •Viscosidade = 1 atm = 101,33 kPa -5 N.s/m2 = 14,696 psi 1,789x10 = 29,92 in Hg = 33,94 ft H2O 33 Prof. Henrique Mariano
  • 34. MEDIÇÕES DE PRESSÃO A pressão é uma característica importante do campo de escoamento; ela é designada em termos absolutos e relativos. As primeiras são HIDROSTÁTICA relativas ao vácuo perfeito, enquanto as segundas são medidas em relação a pressão atmosférica local. No gráfico ao lado vê-se um esquema sobre o assunto. Note que as diferenças de pressões são independentes do referencial. A medição da pressão atmosférica é normalmente realizada com um barômetro de mercúrio; assim: patm = γHgh + pvapor 34 Prof. Henrique Mariano
  • 35. MEDIÇÕES DE PRESSÃO Exemplo: HIDROSTÁTICA A água de um certo lago está a 10ºC e sua profundidade máxima é de 40 m . Se a pressão barométrica no local é 598 mm Hg, qual a pressão absoluta no fundo do lago. Solução: Este é um exemplo de aplicação direta da equação patm = γHgh + pvapor :  kN  kN p0 = γ Hg h = 133 3  ( 0,598m ) = 79,5 2  m  m como γágua,10ºC=9,804 kN/m3 tem-se: p = p0 + γ agua ,10º C h = 472kPa(abs ) 35 Prof. Henrique Mariano
  • 36. MANOMETRIA Como já foi visto, a monometria é uma HIDROSTÁTICA aplicação direta da teoria já exposta. Será visto e estudado diversos tipos – os mais comuns e básicos – de manômetros. 36 Prof. Henrique Mariano
  • 37. MANOMETRIA Tubos Piezométrico HIDROSTÁTICA Conforme esquematizado ao lado é um tubo em L invertido ligado a um recipiente fechado, no qual queremos medir a pressão; no tubo, evidentemente, tem um fluido manométrico, em geral o mercúrio (Hg), cuja densidade é bastante elevada, comparativamente com os demais fluidos usados corriqueiramente. Assim a equação que devemos usar para efetuar a medida é: p = p0 + γ h onde γ é o peso específico do fluido no tubo. 37 Prof. Henrique Mariano
  • 38. MANOMETRIA Tubos em U Este tipo de manômetro e aquele esquematizado ao lado. HIDROSTÁTICA Neste tipo o peso do liquido na perna mais longa do U (medido a partir do nível do mesmo fluido na perna mais curta do U) deve ser igual a pressão no recipiente acrescido da pressão devido a altura D1 do fluido (igual ao contido no recipiente). Dessa forma a equação que rege este tipo de manômetro é: p A = γ 2 D2 − γ 1 D1 38 Prof. Henrique Mariano
  • 39. MANOMETRIA Tubos Inclinados HIDROSTÁTICA Se γA e γB forem gases e γm, o fluido manométrico, for o mercúrio, então os dois primeiros têm pesos específicos desprezíveis em relação ao último; nesse caso tem-se: pA + γ A D1 − γ m D2 sinθ − γ B D3 = pB pA − pB = −γ A D1 + γ m D2 sin θ + γ B D3 ou seja, a leitura da carga D2 será: pA − pB = γ m D2 sinθ 39 Prof. Henrique Mariano
  • 40. MANOMETRIA Tubos Inclinados HIDROSTÁTICA Este tipo de manômetro são destinados a medição de pequenas variações de pressão em sistemas com gases. Eles têm o esquema apresentado ao lado. Onde o fluido manométrico fica entre dois outros fluidos A e B contidos em dois recipientes diferentes, entre os quais deseja-se medir a diferença de pressão. Para determinar a equação que rege este tipo de manômetro, fazemos o balanço de pressão da seguinte forma: p A − pB pA − pB = γ m D2 sinθ D2 = γ m sin θ 40 Prof. Henrique Mariano
  • 41. MANOMETRIA Exemplos: HIDROSTÁTICA 1-Qual é a pressão indicada no manômetro C se as pressões indicadas são pA = 45 psi e pB = 20 psi ? A pressão barométrica é 30,55” no Hg. Em MathCad a solução é dada por: Dados as pressoes manométricas pa, pb e patm, calcular pc para o device mostrado na figura: pa := 45 ⋅ psi pb := 20 ⋅ psi patm := 30.55⋅ in_Hg pA := pa + patm pB := pA pBv := pB − pb pC := pBv pc := pC − patm 5 -1 -2 pc = 1.724× 10 kg m s 41 Prof. Henrique Mariano
  • 42. 2 – Um tanque nas dimensões indicadas contém fluido cuja densidade é 2,96. Pergunta-se: HIDROSTÁTICA a – com a disposição indicada na figura, determine as pressões manométricas em A e B. b – qual o peso do fluido contido no tanque? c – se a pressão barométrica for 14,6 psia, a válvula do tanque está aberta ou fechada? 42 Prof. Henrique Mariano
  • 43. Solução Lembramos que densidade é γ dado por S = γH 0 HIDROSTÁTICA 2 desprezando a carga de pressão do vapor, tem-se: p A + γ H 2O  ( 2 '+ 3 ' ) 2, 69 + 2 '.13, 6 + 1'.1 + 3 '.13, 6  = 0   ⇒ p A = 22, 5 psi logo pB = p A + γ H O .S .2 ' ∴ 2' = altura do fluido no tanque 2 pB = 22,5 + 62,4 144 lbf 62, 4 lbf .2,69.2 ' ∴γ H 2O = 62, 4 2 = in 144 ft 2 → pB = 25, 2 psi b – W = γ.V = γH2o.S.V = (62,4).(2,69).(2.4.4) = 5,92 lbf c – Se a válvula estivesse aberta, o manômetro em A marcaria 0 (zero). Logo o registro está fechado. 43 Prof. Henrique Mariano
  • 44. MANOMETRIA Na figura ao lado vê-se um esquema de um dispositivo usado para medir vasão em volume. O bocal convergente serve para criar um diferença de pressão pA – pB HIDROSTÁTICA no escoamento, que permite avaliar a vazão pela expressão Q = k ( p A − pB ) 1 2 onde k é uma constante que depende das dimensões do bocal e do tubo. Assim a pressão será: p5 = p4 p1 = pA - γ1h1 p2 = p1 p3 = p2 p4 = p3 - γ2h2 pB=p5 + γ1(h1+h2) somando tudo , tem-se pA – pB = h2 (γ2 - γ1) Vê-se com isso que nesse dispositivo, a diferença de pressão depende apenas da altura do líquido manométrico (h2) 44 Prof. Henrique Mariano
  • 45. FORÇA HIDROSTÁTICA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA 45 Prof. Henrique Mariano
  • 46. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA HIDROSTÁTICA Neste tópico estar-se interessado em determinar a força hidrostática resultante FR sobre o plano inclinado representado ao lado. Para se estudar esse problema consideremos o fluido incompressível e que a superfície submersa está em equilíbrio estático. 46 Prof. Henrique Mariano
  • 47. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA HIDROSTÁTICA Para simplificar o entendimento, vamos fazer o plano y-z coincidir com o plano da superfície submersa e o eixo x perpendicular a esse plano. Além disso a superfície do líquido está em contato com a atmosfera. Se o plano dF = pdA ∴ p = γ h submerso fizer um ângulo θ com o plano da → dF = γ hdA ∴ h = y sin θ superfície livre, tem-se: → dF = γ y sin θ dA 47 Prof. Henrique Mariano
  • 48. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA integrando a FR = γ sin θ ∫ ydA HIDROSTÁTICA última A expressão acima tem-se: FR = γ sin θ yA onde y é a coordenada do centróide e y sinθ é a profundidade h do centróide em relação a superfície submersa. 48 Prof. Henrique Mariano
  • 49. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA FR = γ sin θ ∫ ydA HIDROSTÁTICA A FR = γ sin θ yA Pela expressão anterior vê-se que a resultante FR depende de γ, A e h . Se γ é a pressão pc no centróide, então Prof. Henrique Mariano FR = pc A 49
  • 50. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA Analisando a equação FR = pc A pode-se imaginar que FR passa pelo HIDROSTÁTICA centróide. Isso seria verdadeiro se a superfície não estivesse inclinada em relação a superfície do fluido. Porém, no caso mais geral, a superfície submersa forma um ângulo θ com a superfície do fluido, onde o “prisma de pressão” é linearmente variável, e a resultante desse prisma passa, obrigatoriamente, pelo seu centro de gravidade e é perpendicular à superfície submersa, uma vez que não há nenhuma força de cisalhamento presente. Nesse caso, o centróide do plano inclinado está deslocado da posição do centróide do plano horizontal devido a variação da pressão com a profundidade. Assim, o ponto de aplicação da força resultante será o seu centro de pressão, que indicamos na figura por CP. Para determina-la, faz-se: M FR = M p 50 Prof. Henrique Mariano
  • 51. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA isto é, o momento de FR em relação ao CP (centro de pressão) será igual ao HIDROSTÁTICA momento das forças distribuídas em torno do eixo dos x. Logo FR . ycp = ∫ p. ydA = ∫ γ y 2 sin θ dA A A mas FR = pc A = γ hA = γ y sin θ . A assim γ y sin θ . A. ycp = γ sin θ ∫ y 2 dA A ∫ y dA 2 onde A é o momento de inércia em torno do eixo dos x, da superfície submersa, ou seja Ixx; dessa forma tem-se: I xx yAy p = I xx ycp = yA 51 Prof. Henrique Mariano
  • 52. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA Se fizermos uma transformação, como uma translação de eixo, (do HIDROSTÁTICA eixo x) de modo que ele passe pelo centróide da superfície submersa, pode-se utilizar o “teorema dos eixos paralelos” (aprendido lá na mecânica), de modo que se tenha: I xx = I ε ,ε + Ay 2 I ε ,ε Levando essa expressão em tem-se: ycp = y + yA Fazendo agora o momento em relação ao eixo dos y, tem-se: FR .xcp = ∫ x. p.dA = γ sin θ ∫ xydA A A onde A ∫ xydA é o momento de inércia Ixy . Procedendo de maneira similar como fizemos acima, tem-se I xy I ε .η xcp = ∴ I xy = I ε ,η + x . y . A xcp = x + yA yA 52 Prof. Henrique Mariano
  • 53. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA Xc – distância do CF a Xo - distância do CG a Ia – momento de inércia K2 – quadrado do raio Figura borda superior da figura, HIDROSTÁTICA borda superior da Figura em relação ao eixo de giração relativo ao quando a superfície da horizontal Baricêntrico eixo horizontal água coincide com o baricêntrico mesmo a ba 3 a2 2 a 2 12 12 3 a æ b + 2B ö ÷ a 3 éê ( B + b) + 2 Bb ùú a éê 2 Bb ùú a æ 3B + b ö 2 ç ç ÷ ê1 + ç ç ÷ ÷ ÷ 36 êê ú 2ú ÷ 3ç b+ B ø è ë B+b úû 18 êë ( B + b) úû 2 ç 2B + b ø è 2 ba 3 a2 3 a a 3 36 18 4 pr 4 pr 2 r 4 4 5 4 r 0,4244r 0,10978r 4 0, 06987r 2 0,5891r Note que quando um dos eixo do centróide for um eixo de simetria da 53 superfície submersa, Ie,h se anula e xcp = x Prof. Henrique Mariano
  • 54. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA 1.Uma comporta retangular de dreno se abre por pressão hidrostática. Se a HIDROSTÁTICA comporta pesa W toneladas por pé de profundidade, qual a carga H necessária para abri-la. Resolver analiticamente, depois numericamente. 54 Prof. Henrique Mariano
  • 55. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA Solução SUPERFÍCIE PLANA Seja uma profundidade unitária; a força resultante é HIDROSTÁTICA FR = γ hA = γ . y sin θ . A atuando no centro de pressão da comporta, que está localizado em: I ε ,ε y p = y ´+ yA Para que haja equilíbrio é necessário que o momento provocado por W seja igual ao momento provocado por FR; assim W . x = FR . ycp W . x = γ .h. A. ycp = γ . y sinθ . A. ycp  I ε ,ε   Iε ,ε  W . x = γ . y sin θ . A.  y´+ W . x = γ .sin θ . A.  y´ y +  yA    A   55 Prof. Henrique Mariano
  • 56. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA  I  Desta última expressão ( W . x = γ .sin θ . A.  y´ y + ε ,ε  ) pode-se tirar o HIDROSTÁTICA  A  valor de y, isto é: W .x I ε ,ε = yy´+ γ .sin θ . A A 1  W .x  y=  − I ε ,ε  →y= W .x − I ε ,ε y´ A  γ .sin θ  y´.γ .sin θ . A y´ A Mas a carga ou altura H que estamos procurando é: l H = h + sin θ ∴ h = y sin θ logo pode-se escrever: 2  l H =  y +  sin θ  2 56 Prof. Henrique Mariano
  • 57. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA Agora, aplicando os valores numéricos indicados na figura acima, que são: HIDROSTÁTICA l = 10 [ft] = 10 [ft] x 0,3048 [m/ft] = 3,048 [m]; A = 3,048 [m] x 1 [m] = 3,048 [m2]; y´= l/2 = 1,524 [m]; W = 25 [ton] = 25[ton] x 1000[kgf/ton] x 9,8[N/kgf] = 245.000[N] ; X = y cos q = 1,524.cos 45° = 1,524.0, 707 = 1,0775[ m ] bh = .1.(3,048) = 2,3597 éêë m 4 ùúû g = 9800 éêë N m 3 ùúû 1 3 1 I ee = 3 e 12 12 Substituindo esses valores na expressão de y e H, tem-se: 1  245000 × 1,077468  y= − 2,359737216  = 7,6941[ m ] 1,524 × 3,048  9800 × 0,707   H = ( 7,6941+1,524 ) 0,707 H = 6,5172 [ m ] 57 Prof. Henrique Mariano
  • 58. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA HIDROSTÁTICA 58 Prof. Henrique Mariano
  • 59. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA 2.Uma barragem, figura ao lado, HIDROSTÁTICA mantém água por uma comporta em L. Desprezando o peso da comporta, determine o momento T0 sobre o eixo de apoio por unidade de comprimento. Solução O momento T0 no eixo de apoio da comporta será igual a soma dos momentos provocados pelas resultantes da pressão hidrostática na vertical e na horizontal. Na vertical a resultante é 1 γ R aplicada a 2/3 2 2 do nível do reservatório; a pressão horizontal tem resultante igual a .γ R 2 e é aplicada no meio da largura R da comporta 59 Prof. Henrique Mariano
  • 60. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA HIDROSTÁTICA Assim tem-se: R R T0 = F1. + F2 . 3 2 1 2 R 2 R T0 = γ R . + γ R . 2 3 2 1 3 1 3 2 3 T0 = γ R + γ R = γ R 60 6 2 3 Prof. Henrique Mariano
  • 61. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE CURVA 3. No exemplo anterior, se substituirmos a HIDROSTÁTICA comporta em L por uma outra cilíndrica de raio R, calcule o peso do cilindro por unidade de comprimento, se o seu contato com a parede não tiver contato. 61 Prof. Henrique Mariano
  • 62. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA Solução SUPERFÍCIE CURVA Pode-se, esquematicamente, estabelecer HIDROSTÁTICA que as forças que atuam no cilindro são: a força que atua acima do quadrante 2 (F3), a força lateral no quadrante 2 (F1) e a força sobre a superfície dos quadrantes 3 e 4. Assim, calculando F1 tem-se: 1 1 2 F1 = g R.R = g R 2 2 F2 é a força resultante sobre a metade inferior da superfície cilíndrica, e é igual ao peso do fluido “imaginário” acima dela. Assim tem-se: pR2 2æ ö ç2 + p ÷ F2 = g . + g .2 R.R = g R ç ÷ 2 ç è 2÷ø 62 Prof. Henrique Mariano
  • 63. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE CURVA F3 é a força vertical sobre o quadrante HIDROSTÁTICA 2, que é devido ao peso da água acima dele: pR2 2æ ö ç1 + p ÷ F3 = g R - g 2 = gR ç ç ÷ ÷ 4 è 4ø Para que haja equilíbrio é necessário que æ 3p ÷ ö ç1 + ÷ W = F2 - F3 = g R ç 2 ç è 4÷ ø 63 Prof. Henrique Mariano
  • 64. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA 4. Determinar o empuxo e o seu ponto de HIDROSTÁTICA aplicação no triangulo da figura ao lado, estando o seu vértice a 0,30m abaixo da superfície da água e supondo desconhecidos todos os elementos necessários àquele cálculo. 64 Prof. Henrique Mariano
  • 65. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA Solução HIDROSTÁTICA A área da superfície é: a a 2 a A = ò ydz = ò bz bx ab = = 0 0 a a 0 2 O momento da área em relação ao eixo que passa pelo vértice superior da superfície triangular é: a a 3 a M = ò ydz. z = ò 2 bz bz ba 2 dz = = 0 0 a 3a 0 3 A coordenada z0 do centro de M 2a gravidade é z0 = = A 3 65 Prof. Henrique Mariano
  • 66. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA O momento de inércia em relação ao eixo que passa HIDROSTÁTICA pelo vértice superior da superfície triangular é: a a I = ò ydz. z 2 = ò bz 3 ba 3 dz = 0 0 a 4 O momento de inércia em relação ao eixo baricêntrico é: ba ç 2a ö æ ÷ 3 2 ba ba 3 = I - Az0 = 2 - ç ÷ = è ÷ 2ç3ø I CG 4 36 O quadrado do raio de giração é dado por: 2 I CG a k = 2 = A 18 66 Prof. Henrique Mariano
  • 67. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA A ordenada hCG que determina a profundidade do HIDROSTÁTICA centro de gravidade é igual a ordenada z0 adicionado a profundidade do topo da superfície hCG = e + z0 submersa e, assim: A ordenada do centro de empuxo ou centróide é igual a: 2 k hC = hCG + hCG 67 Prof. Henrique Mariano
  • 68. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA Então o empuxo sobre a superfície submersa é: HIDROSTÁTICA E = g .hC . A A ordenada yC do centro de empuxo pode ser calculada pela proporcionalidade yC está para b 2 assim como hC - e está para a , logo: hC - e b æ hC - e ö ÷ Þ yC = ç yC = b2 a 2èç a ÷ ç ÷ ø 68 Prof. Henrique Mariano
  • 69. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA A solução numérica será feita no HIDROSTÁTICA MathCad: a := 0.9 b := 0.6 e := 0.3 γ := 9800 2 a⋅b b⋅a A := A = 0.27 M := M = 0.162 2 3 3 M b⋅a z0 := z0 = 0.6 I := I = 0.109 A 4 2 Ig Ig := I − A ⋅ z0 Ig = 0.012 k2 := k2 = 0.045 A k2 hcg := e + z0 hcg = 0.9 hc := hcg + hc = 0.95 hcg 3 b ( hc − e ) E := γ ⋅ hc ⋅ A E = 2.514 × 10 yc := ⋅ yc = 0.217 69 2 a Prof. Henrique Mariano
  • 70. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE PLANA Por esses exemplos acima, vê-se que numa superfície HIDROSTÁTICA curva submersa a força horizontal sobre ela é a soma vetorial das forças das duas áreas projetadas em planos ortogonais e que a força vertical sobre ela é igual ao peso do fluido, real ou imaginário, acima da superfície. Conseqüentemente, a força resultante FR é a soma FR = ( FH ) + ( FV ) 2 2 vetorial de FH e FV, cujo módulo é dado por e cuja linha de ação passa pelo centro de gravidade da massa de fluido contido no volume e seu ponto de aplicação pode ser achado somando os momentos em relação a um eixo apropriado. 70 Prof. Henrique Mariano
  • 71. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE CURVA •A pressão numa superfície curva (já HIDROSTÁTICA calculada no exercício 3 anterior) deve ser sempre calculada pela integração das equações gerais já deduzidas •Entretanto é fácil verificar (pela figura ao lado) que devido ao equilíbrio estático as componentes da resultante podem ser calculadas pelas projeções da superfície curva sobre superfícies planas nas direções das componentes. 71 Prof. Henrique Mariano
  • 72. FORÇA HIDROSTÁTICA NUMA SUPERFÍCIE CURVA •A componente Horizontal da HIDROSTÁTICA força na superfície curva é igual a força no plano formado pela projeção da superfície curva sobre o plano vertical normal à componente. •A componente Vertical da força de pressão é igual ao peso da coluna de fluido existente acima da superfície curva acrescida da pressão atmosférica. 72 Prof. Henrique Mariano
  • 73. HIDROSTÁTICA EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE 73 Prof. Henrique Mariano
  • 74. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE Esse estudo baseia-se no Princípio de HIDROSTÁTICA Arquimedes (físico e matemático grego, 287- 212 A.C.) que diz o seguinte: “o empuxo sobre um corpo submerso é igual ao peso do líquido deslocado”. 74 Prof. Henrique Mariano
  • 75. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE Seja então um corpo de forma arbitrária de volume V HIDROSTÁTICA (visto de frente na figura abaixo); para efeito de estudos vamos envolve-lo num paralelepípedo. As forças F1, F2, F3, e F4 são forças exercidas pelo fluido nas superfícies planas do paralelepípedo; W é o peso do fluido contido na paralelepípedo (área hachurada) e FB é a força de corpo ou seja a força que o corpo exerce sobre o fluido. Vê-se logo, pela figura, que F3 = F4 e que elas se anulam. As demais forças, para terem equilíbrio, estão sujeitas a åF =0 Assim FB = F2 - F1 -W 75 Prof. Henrique Mariano
  • 76. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE Em geral se um corpo é abandonado num meio líquido, podem ocorrer três casos: HIDROSTÁTICA 1-se o peso do corpo é maior que o empuxo, o corpo afunda até encontrar um obstáculo; 2-se o peso e o empuxo são iguais, o corpo fica em equilíbrio qualquer que seja a profundidade em que se encontra; 3-se o peso for menor que o empuxo, o corpo é impelido até a superfície, da qual emerge, ficando mergulhada uma porção V do seu volume, chamado de volume de carena, tal que multiplicado pelo peso específico do líquido é igual ao peso do corpo, isto é, satisfaz a equação abaixo. 76 Prof. Henrique Mariano
  • 77. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE Considerando-se o fluido incompressível e de peso HIDROSTÁTICA específico constante, tem-se: F2 - F1 = g (h2 - h1 ) A onde A é uma das faces horizontais do paralelepípedo. Logo: FB = g (h2 - h1 ) A - g éë(h2 - h1 ) A-V ùû FB = gV Volume do corpo que é a expressão que rege o Princípio de Arquimedes. 77 Prof. Henrique Mariano
  • 78. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE Para se achar a linha de ação do empuxo (lembre-se que o HIDROSTÁTICA empuxo age de baixo para cima), acha-se a soma dos momentos em relação ao eixo vertical passando pela borda esquerda do paralelepípedo: FB . yc = F2 . y1 - F1 . y1 -W . y2 Substituindo os valores conhecidos das forças que agem, tem-se: V . y = V . y - (V -V ). y c P 1 P 2 donde VP é o volume do paralelepípedo, VP= (h2-h1)A. Da expressão acima, pode-se tirar o valor de yc, a coordenada y do centróide do volume V: V y - (V -V ) y yc = p 1 p 2 V Os resultados acima são válidos para os corpos que flutuam se o peso específico do fluido acima da superfície do líquido é muito pequeno comparado com o do líquido onde o corpo flutua. 78 Prof. Henrique Mariano
  • 79. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE Uma outra forma de determinar yc é tomarmos elementos HIDROSTÁTICA de volume dV, então: gVyc = g ò ydV ò vol ydV ou ainda yc = vol V Para um corpo flutuando em dois ou mais fluidos imiscíveis, a força de empuxo é a soma dos pesos parciais deslocados FB = g1V1 + g 2V2 +K e nesse caso a linha de ação não passa pelo centróide do volume deslocado pelo corpo, mas deve ser determinado considerando cada segmento de volume deslocado g1 ò ydV1 + g 2 ò ydV2 + K yc = g1V1 + g 2V2 + K 79 Prof. Henrique Mariano
  • 80. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE Exemplos: HIDROSTÁTICA 1 - O uso de hidrômetro para medir o γ de líquidos. Se o hidrômetro desloca um volume V quando flutuando na água e a seção transversal da haste é “a”, tem-se: V d -1 gV = d .g (V - a.Vz ) ®Vz = a d onde d = densidade do líquido onde o hidrômetro está mergulhado. 80 Prof. Henrique Mariano
  • 81. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE 2. Um balde vazio, cuja espessura das HIDROSTÁTICA paredes e peso podem ser considerados desprezíveis, é forçado para dentro da água inicialmente com a extremidade aberta, até uma profundidade H. Qual a força necessária para mantê-lo nessa posição, admitindo que o ar no interior do balde permanece com a temperatura constante? Solução: É obvio que a força de flutuação é igual ao peso do pd líquido deslocado. 2 FB = gV = g . h1 4 81 Prof. Henrique Mariano
  • 82. EMPUXO, FLUTUAÇÃO E ESTABILIDADE Para determinar h1, sabe-se que o processo é isotérmico, HIDROSTÁTICA logo pV = p V onde V é o volume de ar no balde: 1 1 pd 2 pd 2 patm . h= p h1 (1) 4 4 onde p é a pressão no ar dentro do balde submerso. Como o ar dentro do balde está em equilíbrio com a água na superfície interna do balde, tem-se: p = patm + g é H - (h - h1 )ù (2) ë û Agora tem-se 3 equações e três incógnitas: FB , h1 e p. Levando (2) em (1) obtém-se: p h = { p + g éë H - (h - h )ùû} h atm atm 1 1 patmh = patmh1 + g Hh1 - g (h - h1 ) h1 g h12 + ( patm + g H - g H ) h1 - patm h = 0 82 Prof. Henrique Mariano
  • 83. Resolvendo esta última equação, através do MathCad, obtém-se:    1       1  2 2  2  ⋅  −patm− γ ⋅ H + γ ⋅ h + ( patm + 2 ⋅ patm⋅ γ ⋅ H + 2 ⋅ γ ⋅ patm⋅ h + γ ⋅ H − 2 ⋅ γ ⋅ H ⋅ h + γ ⋅ h ) 2 2 2   2 ( 2 ⋅ γ) γ ⋅ h1 + ( patm+ γ ⋅ H − γ ⋅ h) ⋅ h1 − patm⋅ h 0 solve, h1 →   HIDROSTÁTICA 2    1    1     ⋅  −patm− γ ⋅ H + γ ⋅ h − ( patm2 + 2 ⋅ patm⋅ γ ⋅ H + 2 ⋅ γ ⋅ patm⋅ h + γ2 ⋅ H2 − 2 ⋅ γ2 ⋅ H⋅ h + γ2 ⋅ h2)  2      ( 2 ⋅ γ)  Como se vê, é possível duas soluções. Veja a seguir um exemplo numérico: Dando alguns valores numéricos para as variáveis. Sejam N N γ := 9800 ⋅ patm := 101.33 ⋅ H := 1 ⋅ m h := 0.4 ⋅ m d := 0.3 ⋅ m 3 2 m m   1    2 2  2 ⋅  − patm − γ ⋅ H + γ ⋅ h + ( patm + 2 ⋅ patm ⋅ γ ⋅ H + 2 ⋅ γ ⋅ patm ⋅ h + γ ⋅ H − 2 ⋅ γ ⋅ H ⋅ h + γ ⋅ h ) 1 2 2 2 2 x1 :=  (2 ⋅ γ)   1    2 2  2 ⋅  − patm − γ ⋅ H + γ ⋅ h − ( patm + 2 ⋅ patm ⋅ γ ⋅ H + 2 ⋅ γ ⋅ patm ⋅ h + γ ⋅ H − 2 ⋅ γ ⋅ H ⋅ h + γ ⋅ h ) 1 2 2 2 2 x2 :=  (2 ⋅ γ) −3 x1 = 6.703 × 10 m x2 = − 0.617 m portanto o valor de h1 é igual ao valor de x1 83 Prof. Henrique Mariano
  • 84. HIDROSTÁTICA ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES 84 Prof. Henrique Mariano
  • 85. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES Para que um corpo, total ou HIDROSTÁTICA parcialmente imerso, esteja em equilíbrio, além da condição de igualdade do peso e do empuxo, é necessário que o seu centro de gravidade e o centro de gravidade (CG) do líquido deslocado (centro de carena - CF) estejam sobre a mesma vertical. Em qualquer caso, o equilíbrio é estável se o centro de gravidade do corpo está abaixo do centro de carena. 85 Prof. Henrique Mariano
  • 86. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES Na figura ao lado, HIDROSTÁTICA MR = momento de restauração; MI = momento de instabilidade; W = peso; E = empuxo; CG = centro de gravidade; CF = centro de carena ou centro de flutuação. 86 Prof. Henrique Mariano
  • 87. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES HIDROSTÁTICA No caso de corpos flutuantes, as condições de equilíbrio são mais complicadas. O equilíbrio é estável sempre sempre que CG estivar abaixo do centro de carena – CF. Entretanto, pode ocorrer também o inverso, isto é, o centro de gravidade do corpo estar acima do centro de carena, e o equilíbrio ser estável. Vamos agora ao problema da estabilidade de navios. 87 Prof. Henrique Mariano
  • 88. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES HIDROSTÁTICA M 88 Prof. Henrique Mariano
  • 89. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES Dando-se um pequeno deslocamento dq em torno HIDROSTÁTICA de sua linha de centro y. Como mostrado na figura ao lado o CF passa do ponto B para B´. O centro de gravidade CG permanece, pois com dq uma quantidade de água foi deslocado no lado direito e outra é deixada no lado esquerdo. Essas quantidades de fluidos geram uma dF de cada lado, provocando um momento de restauração m. Assim a força total de flutuação para a configuração inclinada é FB´ em B´ que é estaticamente equivalente a FB em B mais o momento m. 89 Prof. Henrique Mariano
  • 90. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES HIDROSTÁTICA Logo a distancia entre as linhas de atuação de FB e FB´ , d, pode ser determinada igualando os momentos dos dois membros dos dois sistemas em relação a um eixo paralelo a y e passando por B´: m m -d.FB + m = 0 ® d = = FB W onde W é o peso do navio. 90 Prof. Henrique Mariano
  • 91. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES HIDROSTÁTICA A linha de ação de FB´ intercepta a linha de centro da seção transversal em M, sendo que a distancia MB=l1 pode ser calculada como d l1 = sin d.q Se M estiver acima do centro de gravidade CG, a força de flutuação FB´ e o peso W formam um momento “dextrógiro” e o navio é estável. Para achar l1 e d precisamos de m. Para isso sejam os elementos de volume dV do fluido recém-deslocado; para um dq pequeno tem-se: dV = x.dq.dA 91 Prof. Henrique Mariano
  • 92. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES HIDROSTÁTICA A cada dV pode-se associar um df de valor g xdq.dA O momento m desse conjugado (df a esquerda ¯, e a direita -) pode ser calculado tomando o momento em relação a y: m = ò g . x .dq.dA = g .dq ò x dA =g .dq. I yy 2 2 onde Iyy é o momento de inércia de área A em relação ao eixo y. 92 Prof. Henrique Mariano
  • 93. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES Levando esse resultado na expressão de d, HIDROSTÁTICA tem-se: m g .dq. I yy d g .dq. I yy dq d= = ® l1 = = lim =1 W W sin dq W .sin dq dq®0 sin dq g . I yy logo l1 = W mas l1 = MB = l + MG => MG = MB – l = l1 – l onde MG = l1 – l é chamada de altura metacêntrica. Logo se MG > 0 → navio é estável. 93 Prof. Henrique Mariano
  • 94. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES EXEMPLO HIDROSTÁTICA Uma barcaça tem forma de um paralelepípedo retangular com dimensões 10m x 25m x 3m. Ele pesa 25MN quando carregada e tem o centro de gravidade a 3,5m do fundo. Achar a altura metacêntrica para uma rotação em torno do centro longitudinal e determinar quando é estável. Se a barcaça inclina-se 5º em relação ao eixo dos y, qual o momento restaurador? 94 Prof. Henrique Mariano
  • 95. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES Solução: HIDROSTÁTICA Primeiro deve-se achar o CF da barcaça. Ela desloca um volume de fluido de 10m x 25m x d, onde d = calado = parte submersa da barcaça: gV = 2,5MN = 9.8 x10 x80 x 25 xd ® d = 1, 27m 3 Como a área submersa é retangular o centro de flutuação é igual ao centróide da área, e está no centro geométrico da figura, logo está a d/2 do fundo. Logo l, a distância entre o d CG e o CF é: l = 3,5 - = 3,5 - 0,64 = 2,86m 95 Prof. Henrique Mariano 2
  • 96. ESTABILIDADE DE CORPOS FLUTUANTES HIDROSTÁTICA A altura metacêntrica é 1 g . I yy 9800 x 25 x103 MG = -l = 12 6 - 2,86 » 0,82 - 2,86 = -2,04 m W 25 x10 Como MG < 0 → barcaça é instável. O momento restaurador para uma rotação de 5º em torno de seu eixo longitudinal, é dado por: 5° x 2p 25 x103 m = g .dq. I yy = 9,8 x103 x x = 1,78 x106 N .m 360° 12 96 Prof. Henrique Mariano
  • 97. VARIAÇÃO DA HIDROSTÁTICA PRESSÃO NUM FLUIDO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO 97 Prof. Henrique Mariano
  • 98. VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO A equação do movimento (para as condições indicadas) é -Ñp - g k = ra HIDROSTÁTICA % % para fluidos que estão em repouso ou movimento sem apresentar tensões de cisalhamento[1]. Se o centro de rotação é o eixo O e sua velocidade de translação á V0 a w velocidade de um ponto arbitrário P sobre o corpo é dado por: V = V0 + ? × r0 Derivando, obtém-se a forma mais geral da aceleração de um corpo rígido: dV0 d? a= + ? × ( ? × r0 ) + × r0 dt dt [1] Um movimento de fluido que não apresenta tensão de cisalhamento é aquele em que a massa do fluido é submetida a um movimento de corpo rígido. 98 Prof. Henrique Mariano
  • 99. VARIAÇÃO DA PRESSÃO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO dV0 d? a= + ? × ( ? × r0 ) + × r0 HIDROSTÁTICA dt dt O primeiro termo do 2° membro representa a aceleração de translação; o segundo termo é a aceleração centrípeta, cuja direção é de P para o w eixo de rotação, perpendicularmente; e o terceiro termo é a aceleração linear, devido às variações da velocidade angular. é dV0 ù + ? ´(? ´ r0 ) + d? -Ñp - g k = r a = r ê ´ r0 ú % % êë dt dt úû 99 Prof. Henrique Mariano
  • 100. VARIAÇÃO DA PRESSÃO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO Como visto anteriormente, a equação do movimento é HIDROSTÁTICA -Ñp - g k = ra % % para fluidos que estão em repouso ou movimento sem apresentar tensões de cisalhamento. Considerando um sistema de coordenadas cartesianas retangulares, então o desmembramento da equação acima é: ¶p - = rax ¶x ¶p - = ra y ¶y ¶p - = g + raz ¶z 100 Prof. Henrique Mariano
  • 101. VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO MOVIMENTO LINEAR HIDROSTÁTICA Seja um movimento retilíneo e uniformemente acelerado de um recipiente aberto que contem líquido. Como ax = 0, segue que o gradiente de pressão na direção x é nulo. Logo ¶p ¶p - = ra y ;e na direçao z: - = r ( g + az ) ¶y ¶z diferença de pressão entre dois pontos próximos, localizados em (y, z) e em (y+dy z+dz) pode ser ¶p ¶p expresso por: dp = dy + ¶z ¶y ¶z substituindo os valores das derivadas parciais, tem-se: dp = -ra y dy - r ( g + a z ) dz 101 Prof. Henrique Mariano
  • 102. VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO HIDROSTÁTICA Ao longo das linhas isóbaras, dp = 0, logo: dz ay =- dy g + az isto é, a superfície livre do liquido faz um ângulo a+q com o plano do fundo do recipiente. dy a y cos a = tan q = - dx a y sin a + g Se o recipiente em questão estiver subindo um plano inclinado de um ângulo a, a expressão torna-se (provar como exercício). 102 Prof. Henrique Mariano
  • 103. VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO EXEMPLOS HIDROSTÁTICA 1. Calcule a quantidade de água derramada de um tanque com as dimensões 1,20x3,60x1,80 m que está inicialmente cheio, quando sofre uma aceleração de 3 m/s2 Solução: dz ay 3 = tan q = - =- » 0,306 dy g + az 9,8 mas geometricamente a tangente do angulo é igual a z dividido pelo comprimento do recipiente, logo: z = 0,306 Þ z = 3, 60 * 0, 306 @ 1,10m 3, 60 1 logo o volume de líquido Vderramado = Vd = z.bl derramado pode ser calculado da 2 1 seguinte forma: Vd = x1,10 x 3,60 x1,80 = 0, 3564m 3 2 103 Prof. Henrique Mariano
  • 104. VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO 2. Um tubo em HIDROSTÁTICA U fechado em uma de suas extremidades (veja figura) contém água. Ao ser acelerado a 9,8 m/s2 , quais as pressões em A e B? 104 Prof. Henrique Mariano
  • 105. VARIAÇÃO DA PRESSÃO NUM FLUIDO EM MOVIMENTO DE CORPO RÍGIDO Solução: HIDROSTÁTICA dz ay Sabe-se que tan q = dy = - g + a, z mas como az = 0 e ay = g = 9,8 m/s2 implica que tan q = -1 Þ q = 45º Como o espaço livre na extremidade fechada é 0,30m (1,20m - 0,90m) este é totalmente preenchido. A altura que o líquido subiria se houvesse um tubo virtual prolongado na extremidade fechada seria: z = 1, 20 x tan q = 1, 20 x1 = 1, 20m , tomando como linha base o ponto para onde baixou o liquido na extremidade aberta. Isto nos diz que se houvesse tubo prolongando-se do lado fechado, o liquido subiria até uma altura de 1,80m. Assim a pressão em B é: kN pB = g hB = 9800 x 0,30 = 2,94 A pressão em A, será: m2 kN p A = g hA = 9800 x(1,80 - 0,30) = 14,7 105 Prof. Henrique Mariano m2