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INTRODUÇÃO


               O tema a ser apresentado nesta monografia, diz respeito ao

assédio moral no ambiente de trabalho, como bem sabemos, este é um tema

pouco abordado entre os acadêmicos, apesar de ocorrer, rotineiramente, os atos

de constrangimentos na jornada laboral dos trabalhadores.


               O assédio moral é espécie de uma medida de constrangimento

que tem por finalidade: denegrir, causar dano à moral e à dignidade do

trabalhador, deixando-o em péssimo estado emocional, chegando ao grau da

demissão.


               Tal conduta compromete a identidade do trabalhador, suas

relações afetivas e sociais, afetando sua saúde física e mental.


               Portanto, esse é um assunto de suma importância não só aos

acadêmicos de direito como para a sociedade dos trabalhadores.


               No presente trabalho será demonstrada a forma de assédio moral,

quando se caracteriza, qual as medidas para prevenção e repressão, apontando as

leis, doutrinas e jurisprudências que tratam e explanam sobre o assunto.
12




               Como o sábio Mohandas Karamchand Gandhi expressou-se: “O

que mais me impressiona nos fracos, é que eles precisam de humilhar os outros,

para se sentirem fortes”.
13




1     ASSÉDIO MORAL

1.1   Conceito doutrinário


             Definiremos o assédio moral em todos seus aspectos e formas

valendo-se dos conceitos doutrinários brasileiros e estrangeiros. Vejamos:


1.2 No ordenamento Jurídico brasileiro


               O assédio moral nas relações de trabalho consiste na prática de

atos humilhantes e constrangedores desferida contra o trabalhador nos exercícios

de suas funções de forma repetida e prolongada, de maneira que o deixe em

péssimo estado emocional, até mesmo físico.


               Para dar ênfase ao conceito aqui explanado, mister se faz as

palavras de Hádassa Dolores Bonilha Ferreira:


                               “Pode-se afirmar, sem medo errar, que o

                   assédio moral nas relações de trabalho é dos problemas

                   mais sérios enfrentados pela sociedade atual. Ele é fruto de

                   um conjunto de fatores, tais como a globalização econômica

                   predatória, vislumbradora somente da produção de lucro, e

                   a atual organização do trabalho, marcada pela competição

                   agressiva e pela opressão dos trabalhadores através do

                   medo e da ameaça. Esse constante clima de terror
14




                            psicológico gera, na vítima assediada moralmente, um

                            sofrimento capaz de atingir diretamente sua saúde física e

                            psicológica, criando uma predisposição ao desenvolvimento

                            de doenças crônicas, cujos resultados a acompanharão por

                            toda vida”.1


                      Portanto, vemos que são condutas abusivas, que atingi a

integridade psíquica da vítima, capazes de causar ofensa à dignidade, à

integridade do assediado.


                      Vale ressaltar, que o agressor possui condutas autoritárias, é

soberbo, ignora o assediado para que o mesmo sinta-se isolado, desqualificado e

a maioria das vezes induzindo ao erro de forma rotineira e duradoura.


                      Nessa esteira, os atos mais comuns do assédio moral consistem

em:


                      a) reprovação constante de qualquer ato ou comportamento

praticado pela vítima;


                      b) insultos e críticas de forma repetitivas e reiteradas a seus

atributos e capacidade profissional;




1
    Hádassa Dolores Bonilha Ferreira, Assédio moral nas relações de trabalho, Campinas: Russel, 2004, p.37
15




                  c) comunicações de forma incompleta ou errônea na imposição

de tarefas, metas ou reuniões, para que leve a vítima a erro;


                  d) plágio das ideias da vítima a serem apresentadas como se do

agressor fosse;


                  e) marginalizar o ofendido dos almoços, confraternizações

eventos da empresa;


                  f) expor a vítima ao ridículo, lhe trazendo constrangimento,

vergonha e humilhação; e


                  g) apontar a vítima como fonte geradora das discórdias dentro do

ambiente laboral


                  Entre outros atos que adiante no curso do trabalho constataremos.


2 MODALIDADES DE ASSÉDIO MORAL

2.1 Assédio descendente


                  É o tipo mais comum de assédio, se dá de forma vertical, de cima

(chefia) para baixo (subordinados). Principais causas são desestabilizar o

trabalhador de forma que produza mais por menos, sempre com a impressão que

não esta atingindo os objetivos da empresa, o que na maioria das vezes já foi

ultrapassado e a meta revista por seus superiores.
16




2.2 Assédio ascendente


               Tipo mais raro de assédio ocorre de forma vertical, mas de baixo

(subordinados) para cima (chefia). É mais difícil de acontecer, pois, geralmente

é praticado por um grupo contra a chefia, já que dificilmente um subordinado

isoladamente conseguiria desestabilizar um superior. As principais causas são

subordinadas com ambições excessivas, onde geralmente, existe um ou dois que

influenciam os demais, objetivando alcançar o lugar do superior e já tendo os

subordinados como aliados, uma vez que estes o ajudaram a "derrubar" a antiga

chefia, e, sentem que faz parte do grupo que toma de decisão.


2.3 Assédio paritário


               Ocorre de forma horizontal, quando um grupo isola e assedia um

membro - parceiro. Principais causas são eliminar concorrentes, principalmente

quando este indivíduo vem se destacando com frequência perante os superiores.




3 ETAPAS DAS CONDUTAS ABUSIVAS

3.1 Primeira etapa


               É algo normal que nas empresas surjam conflitos devido à

diferença de interesses. Devido a isto surgem problemas que podem solucionar-
17




se de forma positiva através do diálogo ou que, pelo contrário, constituam o

início de um problema mais profundo, dando-se isto na seguinte fase.


3.2 Segunda etapa


               Na segunda fase de assédio ou fase de estigmatização, o agressor

põe em prática toda estratégia de humilhação de sua vítima, utilizando uma série

de comportamentos perversos cuja finalidade é ridicularizar e isolar socialmente

a vítima.


               Nesta fase, a vítima não é capaz de crer no que está passando, e é

freqüente que negue a evidência ante o resto do grupo a que pertence.




3.3 Terceira etapa


               Esta é a fase de intervenção da empresa, onde o que em princípio

gera um conflito transcende à direção da empresa.


               Solução positiva: Quando a direção da empresa realiza uma

investigação exaustiva do conflito e se decide trocar o trabalhador ou o agressor

de posto e se articulam mecanismos necessários para que não voltem a produzir

o conflito.
18




              Solução negativa: Que a direção veja o trabalhador como o

problema a combater, reparando em suas características pessoais distorcidas e

manipuladas, tornando-se cúmplice do conflito.


3.4 Quarta etapa


              A quarta fase é chamada à fase de marginalização ou exclusão da

vida laboral, e pode desembocar no abandono do trabalho por parte da vítima.

Em casos mais extremos os trabalhadores acuados podem chegar ao suicídio.




                   REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


NASCIMENTO, Sônia Mascaro. Assédio moral, - 2 ed., São Paulo: Saraiva,

2011.
19




FERREIRA, Hádassa Dolores Bonilha. Assédio moralnas relações de trabalho.

Campinas: Russel, 2004.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ass%C3%A9dio_moral, Acessado em: 15 de

setembro de 2012.


http://www.assediomoral.org/spip.php?article1, Acessado em: 18 de setembro

de 2012.

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Assédio Moral no Trablho

  • 1. 11 INTRODUÇÃO O tema a ser apresentado nesta monografia, diz respeito ao assédio moral no ambiente de trabalho, como bem sabemos, este é um tema pouco abordado entre os acadêmicos, apesar de ocorrer, rotineiramente, os atos de constrangimentos na jornada laboral dos trabalhadores. O assédio moral é espécie de uma medida de constrangimento que tem por finalidade: denegrir, causar dano à moral e à dignidade do trabalhador, deixando-o em péssimo estado emocional, chegando ao grau da demissão. Tal conduta compromete a identidade do trabalhador, suas relações afetivas e sociais, afetando sua saúde física e mental. Portanto, esse é um assunto de suma importância não só aos acadêmicos de direito como para a sociedade dos trabalhadores. No presente trabalho será demonstrada a forma de assédio moral, quando se caracteriza, qual as medidas para prevenção e repressão, apontando as leis, doutrinas e jurisprudências que tratam e explanam sobre o assunto.
  • 2. 12 Como o sábio Mohandas Karamchand Gandhi expressou-se: “O que mais me impressiona nos fracos, é que eles precisam de humilhar os outros, para se sentirem fortes”.
  • 3. 13 1 ASSÉDIO MORAL 1.1 Conceito doutrinário Definiremos o assédio moral em todos seus aspectos e formas valendo-se dos conceitos doutrinários brasileiros e estrangeiros. Vejamos: 1.2 No ordenamento Jurídico brasileiro O assédio moral nas relações de trabalho consiste na prática de atos humilhantes e constrangedores desferida contra o trabalhador nos exercícios de suas funções de forma repetida e prolongada, de maneira que o deixe em péssimo estado emocional, até mesmo físico. Para dar ênfase ao conceito aqui explanado, mister se faz as palavras de Hádassa Dolores Bonilha Ferreira: “Pode-se afirmar, sem medo errar, que o assédio moral nas relações de trabalho é dos problemas mais sérios enfrentados pela sociedade atual. Ele é fruto de um conjunto de fatores, tais como a globalização econômica predatória, vislumbradora somente da produção de lucro, e a atual organização do trabalho, marcada pela competição agressiva e pela opressão dos trabalhadores através do medo e da ameaça. Esse constante clima de terror
  • 4. 14 psicológico gera, na vítima assediada moralmente, um sofrimento capaz de atingir diretamente sua saúde física e psicológica, criando uma predisposição ao desenvolvimento de doenças crônicas, cujos resultados a acompanharão por toda vida”.1 Portanto, vemos que são condutas abusivas, que atingi a integridade psíquica da vítima, capazes de causar ofensa à dignidade, à integridade do assediado. Vale ressaltar, que o agressor possui condutas autoritárias, é soberbo, ignora o assediado para que o mesmo sinta-se isolado, desqualificado e a maioria das vezes induzindo ao erro de forma rotineira e duradoura. Nessa esteira, os atos mais comuns do assédio moral consistem em: a) reprovação constante de qualquer ato ou comportamento praticado pela vítima; b) insultos e críticas de forma repetitivas e reiteradas a seus atributos e capacidade profissional; 1 Hádassa Dolores Bonilha Ferreira, Assédio moral nas relações de trabalho, Campinas: Russel, 2004, p.37
  • 5. 15 c) comunicações de forma incompleta ou errônea na imposição de tarefas, metas ou reuniões, para que leve a vítima a erro; d) plágio das ideias da vítima a serem apresentadas como se do agressor fosse; e) marginalizar o ofendido dos almoços, confraternizações eventos da empresa; f) expor a vítima ao ridículo, lhe trazendo constrangimento, vergonha e humilhação; e g) apontar a vítima como fonte geradora das discórdias dentro do ambiente laboral Entre outros atos que adiante no curso do trabalho constataremos. 2 MODALIDADES DE ASSÉDIO MORAL 2.1 Assédio descendente É o tipo mais comum de assédio, se dá de forma vertical, de cima (chefia) para baixo (subordinados). Principais causas são desestabilizar o trabalhador de forma que produza mais por menos, sempre com a impressão que não esta atingindo os objetivos da empresa, o que na maioria das vezes já foi ultrapassado e a meta revista por seus superiores.
  • 6. 16 2.2 Assédio ascendente Tipo mais raro de assédio ocorre de forma vertical, mas de baixo (subordinados) para cima (chefia). É mais difícil de acontecer, pois, geralmente é praticado por um grupo contra a chefia, já que dificilmente um subordinado isoladamente conseguiria desestabilizar um superior. As principais causas são subordinadas com ambições excessivas, onde geralmente, existe um ou dois que influenciam os demais, objetivando alcançar o lugar do superior e já tendo os subordinados como aliados, uma vez que estes o ajudaram a "derrubar" a antiga chefia, e, sentem que faz parte do grupo que toma de decisão. 2.3 Assédio paritário Ocorre de forma horizontal, quando um grupo isola e assedia um membro - parceiro. Principais causas são eliminar concorrentes, principalmente quando este indivíduo vem se destacando com frequência perante os superiores. 3 ETAPAS DAS CONDUTAS ABUSIVAS 3.1 Primeira etapa É algo normal que nas empresas surjam conflitos devido à diferença de interesses. Devido a isto surgem problemas que podem solucionar-
  • 7. 17 se de forma positiva através do diálogo ou que, pelo contrário, constituam o início de um problema mais profundo, dando-se isto na seguinte fase. 3.2 Segunda etapa Na segunda fase de assédio ou fase de estigmatização, o agressor põe em prática toda estratégia de humilhação de sua vítima, utilizando uma série de comportamentos perversos cuja finalidade é ridicularizar e isolar socialmente a vítima. Nesta fase, a vítima não é capaz de crer no que está passando, e é freqüente que negue a evidência ante o resto do grupo a que pertence. 3.3 Terceira etapa Esta é a fase de intervenção da empresa, onde o que em princípio gera um conflito transcende à direção da empresa. Solução positiva: Quando a direção da empresa realiza uma investigação exaustiva do conflito e se decide trocar o trabalhador ou o agressor de posto e se articulam mecanismos necessários para que não voltem a produzir o conflito.
  • 8. 18 Solução negativa: Que a direção veja o trabalhador como o problema a combater, reparando em suas características pessoais distorcidas e manipuladas, tornando-se cúmplice do conflito. 3.4 Quarta etapa A quarta fase é chamada à fase de marginalização ou exclusão da vida laboral, e pode desembocar no abandono do trabalho por parte da vítima. Em casos mais extremos os trabalhadores acuados podem chegar ao suicídio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NASCIMENTO, Sônia Mascaro. Assédio moral, - 2 ed., São Paulo: Saraiva, 2011.
  • 9. 19 FERREIRA, Hádassa Dolores Bonilha. Assédio moralnas relações de trabalho. Campinas: Russel, 2004. http://pt.wikipedia.org/wiki/Ass%C3%A9dio_moral, Acessado em: 15 de setembro de 2012. http://www.assediomoral.org/spip.php?article1, Acessado em: 18 de setembro de 2012.