1. Eleger um Presidente da República é um acto de responsabilidade.
Ser eleito Presidente da República pressupõe uma entrega
incondicional em favor de um povo.
Candidato-me para continuar a servir Cabo Verde.
Cabo Verde precisa de um Presidente que represente o Povo, sem estar
comprometido com o poder executivo nem refém de interesses
económicos.
Serei um Presidente:
JUNTO DAS PESSOAS
ATENTO AO PAÍS REAL
COMPROMETIDO COM AS CAUSAS DA NAÇÃO
PARA A JUVENTUDE CABO-VERDIANA
PARA A ESTABILIDADE INSTITUCIONAL
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2. UM PRESIDENTE JUNTO DAS PESSOAS
O maior compromisso que um homem pode ter é com a verdade.
E a verdade só tem valor se estiver ao serviço de todos os que nas ilhas
e na diáspora, com sofrimento, amor, trabalho e energia constroem a
nação cabo-verdiana.
Escutar anseios, entender angústias, ajudar a concretizar sonhos,
ultrapassando dificuldades que sempre surgem são compromissos que
assumo como Presidente.
O Presidente é o árbitro e este não pode ser tutelado pelo partido que
governa, sob pena de não ser independente.
A minha especial preocupação vai ser a de proteger os mais fracos,
aqueles que o poder executivo não ouve, como os jovens, as mulheres e
os trabalhadores.
Como Presidente dedicarei o meu tempo a ouvir organizações de
cidadãos, visitar bairros, povoados, locais de trabalho colaborando com
os municípios, pois são eles quem mais próximo está dos cidadãos.
UM PRESIDENTE ATENTO AO PAÍS REAL
O Presidente deve dizer a verdade. As famílias mais pobres já sentem o
endurecer da vida. E quando um Governo congela salários, aumenta
preços dos bens essenciais, não toma medidas para combater o
desemprego, nomeadamente entre os jovens, não assegura o
fornecimento regular de água e energia a todo o país, nem, tão pouco,
garante a segurança dos cidadãos, cabe ao Presidente agir no âmbito
dos seus poderes constitucionais.
O Presidente é a voz dos mais fracos e só o pode ser se não estiver
comprometido com o partido do Governo.
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3. UM PRESIDENTE COMPROMETIDO COM AS CAUSAS DA NAÇÃO
Um Presidente tem que ter história, um Presidente tem que ser
respeitado no país mas também tem que ser reconhecido e respeitado
no exterior
Lutei pela Independência, pela Democracia e pela Liberdade e a visão
global que tenho de Cabo Verde permite-me acreditar num país livre,
solidário e sustentavelmente desenvolvido.
Um país em que o mérito seja o principal critério de ascensão
profissional e em que a igualdade de oportunidades assente num
sistema de ensino que nos orgulhe e numa formação profissional de
qualidade.
Independentemente das origens sociais ou domiciliações geográficas,
somos todos cabo-verdianos, qualquer que seja o nosso partido
político.
O Estado tem que servir as famílias e as empresas. Estes devem ser o
motor do desenvolvimento, assente na cultura que tanto nos orgulha,
na décima primeira ilha que é a diáspora e na juventude que
soubermos educar.
Serei um Presidente da República atento, exigente e colaborante com
todos os órgãos de soberania. Vigiarei a qualidade do nosso sistema
judicial e zelarei pelo respeito constitucional da actuação do Governo.
UM PRESIDENTE PARA A JUVENTUDE CABO-VERDIANA
Não posso esquecer a juventude. Metade da população cabo-verdiana
tem menos de 22 anos de idade, um terço tem menos de 15 anos e dois
terços dos cidadãos menos de trinta anos.
O mundo está à distância de um clique. Os avanços tecnológicos
permitem que os nossos jovens tenham acesso a toda e qualquer
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4. informação, conhecendo o que de melhor e pior há no mundo. Serei um
Presidente atento, preocupado com a educação e a formação, com a
habitação e o emprego, com a segurança e igualdade de oportunidades
mas serei, sobretudo, um defensor dos mais elevados valores morais.
Vida humana, tolerância, paz social, honestidade, liberdade, aceitação e
respeito pela diferença devem reger a nossa vida. Bater-me-ei por esses
valores e sei que os jovens do meu país estarão com um Presidente que
pugna pela verdade.
UM PRESIDENTE PARA A ESTABILIDADE INSTITUCIONAL
A constituição é o meu “caderno de encargos”. Não apenas porque a
ajudar a criar, mas porque serei o seu principal guardião e porque toda
a vida assim a entendi.
A estabilidade institucional é o meu objectivo, mas estarei sempre
atento a excessos governativos ou partidários que tendam a manipular
as regras e favorecer alguns em desfavor do povo cabo-verdiano em
geral.
A Presidência da República não pode ser uma extensão do Governo ou
do partido do Governo. Cooperarei com o Governo, mas farei sentir a
minha voz sempre que se mostrar necessário.
Conto convosco, contem comigo.
JORGE CARLOS DE ALMEIDA FONSECA
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