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INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS É 
A SEGUNDA CAUSA DE INTERNAÇÃO DE 
IDOSOS 
Os idosos podem se intoxicar com os medicamentos 
de uso diário e por vários motivos que vão desde o 
esquecimento a problemas de visão. 
Uma das principais causas de internação hospitalar em idosos, depois 
das quedas, é a intoxicação por medicamentos (hiperlink). Segundo dados do 
DataSus até 10% dos atendimentos médicos se deve aos efeitos tóxicos de 
medicações, com grande parte evoluindo para morte. Os idosos estão 
predispostos a se intoxicarem com medicamentos por várias razões: uso de 
várias medicações para diferentes patologias, problemas de memória, 
problemas de visão, automedicação e disfunção metabólica. 
Devido ao fato de alguns idosos fazerem uso de medicações para 
diferentes doenças, o risco de interações entre os remédios e efeitos colaterais 
aumenta. Por isso é necessário que os médicos que atendem o idoso seja 
informado e tomem cuidado na hora de prescrever a medicação. O cuidador ou 
acompanhante do idoso também deve tomar cuidado na hora de auxiliar ou 
administrar os remédios para o idoso. 
Outra razão que pode levar um idoso à intoxicação por medicamentos é 
a memória. Pessoas que tenham alteração de memória podem fazer uso da 
segunda dose do mesmo medicamento. Segundo o neurologista Dr. Dangelo 
Ivo Campos, “esquecer que tomou o remédio é mais comum do que se 
imagina. Quando a dose prescrita é a metade do máximo recomendada, 
normalmente nem a família ou a paciente se da conta que foi ingerida uma 
segunda dose do mesmo remédio”. 
Foi o que aconteceu com Vicentina Luiza Martins. Aos 79 anos de 
idade, diabética (hiperlink) e hipertensa, dona Vicentina esqueceu que já havia 
tomado a primeira dose de insulina da manhã. Preocupada em manter o nível 
de glicose controlado repetiu a aplicação do remédio e teve uma crise grave 
de hipoglicemia. Sozinha em casa começou a sentir tontura e sudorese mas já 
não tinha mais forças para chegar ao telefone ou mesmo gritar por socorro. Foi 
encontrada caída no chão, com hipotermia e sem reflexo. "Demorei para voltar 
mesmo depois de ser atendida pelo médico. Agora deixo um bloquinho de 
anotações ao lado da caixa de medicamentos e anoto sempre que tomo meus 
remédios para não acontecer outra vez", diz Vicentina. 
A outra razão que também leva o idoso a tomar uma segunda dose do 
mesmo remédio, são os problemas de visão. As patologias oftalmológicos que 
afetam os idosos são mais graves e diminuem muito a capacidade de distinguir 
cores e tamanhos. O oftalmologista Dr. Renato Tolazzi explica que “os médicos 
devem sempre ser alertados sobre os problemas oftalmológicos dos pacientes 
idosos, assim fica mais fácil prescrever e orientar sobre o uso da medicação”. 
Ainda segundo o Dr. Tolazzi, “é sempre útil separar os remédios em recipientes 
de cores contrastantes para não confundir os pacientes”. 
Joaquim Ribeiro de 72 anos, é hipertenso, sofre de glaucoma crônico e 
já perdeu mais de 90% da visão. Em sua farmacinha pessoal não falta aspirina,
que tem a mesma cor e formato do remédio para a pressão. Por quatro dias 
tomou o analgésico no lugar do remédio para controlar a hipertensão. Na 
manhã do quinto dia sofreu um AVC (hiperlink), mais conhecido como o 
derrame. A pressão arterial altíssima não permitiu nem mesmo que ele se 
levantasse da cama. Por sorte a filha percebeu a demora do pai em se levantar 
e ao chegar no quarto reconheceu a boca torta e a falta de resposta como 
sintomas do AVC e socorreu o pai imediatamente. Joaquim passou 7 dias na 
UTI e 4 dias no quarto do hospital antes de voltar para casa. Ficou com a fala e 
a locomoção comprometidas, e faz sessões de fisioterapia e fonoaudiologia 
para minimizar as sequelas. 
Também é muito comum automedicação, com analgésicos e 
antiinflamatórios. Existe a ideia de que não causam efeitos colaterais, já que 
são vendidos livremente. E esse é um dos motivos que cada vez mais levam 
idosos à intoxicação. Pois além de uma superdosagem, os idosos normalmente 
tem o metabolismo mais lento, fazendo com que as medicações fiquem 
circulando no organismo por mais tempo antes de serem eliminadas. 
O cardiologista e médico intensivista Dr. Ali Barizi aconselha que a 
atenção do próprio idoso, dos familiares ou cuidadores seja redobrada quando 
se trata da administração dos remédios. Pois em alguns casos os efeitos 
colaterais ou as interações entre os medicamentos podem levar a quadros de 
intoxicação extremamente graves ou até a morte. E nessa fase da vida, com a 
fragilidade natural do organismo em conjunto com outras doenças a 
desintoxicação pode ser demorada e dolorosa”.
Namoro na terceira idade ou namoro na 
maturidade? 
Vovó fazendo tricô e vovô lendo jornal é coisa do passado. 
Os idosos estão aí para comprovar o que diz a sabedoria 
popular: para o amor não existe idade. 
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a 
expectativa de vida (hiperlink) dos brasileiros em 2000 era de pouco mais de 70 
anos de vida. Em 2013 esse número subiu para 74 anos em média. E nada 
mais natural que os idosos queiram viver esse tempo a mais com qualidade, o 
que pode incluir as relações sociais. Afinal sentir-se sozinho não faz bem a 
ninguém, e o ser humano como um ser social busca encontrar na companhia 
de outro motivação e prazer para viver . Essa motivação e o prazer para viver 
muitas vezes é encontrado na relação amorosa com outra pessoa. 
Mas é comum que a felicidade amorosa dos idosos esbarre em 
problemas, como o preconceito e resistência familiar. Existe o mito de que 
pessoas mais velhas não amam da mesma forma que os mais jovens e lhes é 
reservado, de forma compulsória o amor pelos filhos, netos e família. Aos mais 
velhos é permitido um amor assexuado. Muitas famílias não aceitam a idéia de 
que o idoso quer ter uma companhia. Por isso a vergonha de se confessar 
apaixonado ou atraído por outra pessoa. 
Os filhos podem sentir a presença do pai ou mãe que morreu ameaçada 
por um estranho ou sentir que estão sendo preteridos pelo novo companheiro, 
além da questão financeira. A família questiona sobre a herança, bens e 
rendimentos financeiros. Como será e se haverá divisão do patrimônio 
amealhado com o antigo companheiro. A advogada Alana Barros explica que 
"os parentes ficam inseguros e têm dúvidas sobre a nova união de idosos. Os 
direitos e deveres da cada família e quais consequências em caso de morte". 
Viver um amor em qualquer fase da vida faz bem e na terceira idade é 
igual ou tão intenso quanto na juventude. Para os idosos, o tempo de namoro é 
vivido com mais maturidade e qualidade, é um tempo de cuidado, lazer e 
dedicação ao outro. Demonstram a afetividade por meio de pequenos gestos, e 
a sexualidade é vivida mais pela ternura e amor do que pelas relações sexuais. 
Alimentando assim a saúde emocional e física e minimiza problemas de saúde. 
Foi o que aconteceu com Ernesto Kumpel, 82 anos. Há doze anos ficou 
viúvo e depois de um ano de luto e períodos de depressão foi encorajado pela 
família a encontrar uma nova companheira. Em uma viagem de férias ao Rio 
Grande do Sul conheceu a atual companheira Lenir, que também era viúva. A 
viagem durou o dobro do tempo previsto e depois de seis meses de namoro à 
distância finalmente casaram. "Foi uma cerimônia bem pequena e discreta mas 
o que queríamos era ficar juntos", conta Lenir. 
Mas infelizmente nem todos têm a mesma sorte. A ingenuidade, falta de 
experiência ou apoio da família podem levar o idoso a cair em perigosas 
armadilhas. Como ser vítima de pessoas de má fé que têm apenas interesse 
financeiro, serem contaminados por doenças sexualmente transmissíveis e 
recorrer à automedicação. A presença do HIV na terceira idade (hiperlink)
cresceu mais de 80% nos últimos 12 anos, segundo o Ministério de Saúde. O 
uso de remédios para impotência sexual pode causar doenças 
cardiovasculares e a morte. 
A idade não pode determinar quem irá ou não se apaixonar, viver um 
novo relacionamento e se permitir ser feliz novamente. O amor na terceira 
(hiperlink) idade é um amor mais maduro, mais sólido, que pode e deve ser 
vivido sem estigmas e preconceitos. A solidão nesta fase da vida adoece o 
físico e o espírito. O idoso deve ser respeitado em suas necessidades e 
carências. Jovem ou idoso, amar deve fazer parte da vida do ser humano.
Queda na 3ª. idade: o inimigo pode 
estar dentro de casa 
A queda é um evento bastante comum e perigoso 
para os idosos, mas adaptações simples podem 
ajudar a garantir uma velhice saudável e segura. 
O segredo da juventude eterna não é fingir que a velhice nunca chega. 
Chega para todos que tiverem a sorte de passar pelo ciclo natural da vida e 
negligenciar a última e cada vez mais longa fase da vida, pode fazer com que 
ela não seja aproveitada como se deve. Perceber a necessidade de 
adaptações simples é o primeiro e um importante passo para evitar acidentes e 
promover qualidade de vida. 
Segundo dados do DataSUS, órgão ligado ao Ministério da Saúde, cerca 
de 30 % dos idosos sofrem quedas dentro de casa pelo menos uma vez ao 
ano. Se o idoso tem 85 anos ou mais esse número pode aumentar, chegando a 
51%. Os traumas mais comuns nestes casos são fraturas no fêmur, punho, 
tórax e traumatismo craniano. Além das lesões e traumas, as quedas triplicam 
o risco de desencadear outras doenças e complicações que levam à morte, 
principalmente as respiratórias, como pneumonia e embolia pulmonar, pelo fato 
do idoso ter que ficar imobilizado, sem poder se movimentar. Por isso a 
prevenção de quedas (hiperlink) pode ser decisiva para a saúde do idoso. 
Mesmo as quedas mais leves podem ter consequências.Segundo o 
fisioterapeuta Fábio Perpetuo, "quem sofre uma queda fica com medo e 
vergonha de cair de novo. Isso leva a um círculo vicioso pois a pessoa começa 
a restringir suas atividades. A inatividade gera imobilidade que diminui a força, 
a massa e o tônus muscular, e uma nova queda pode ser inevitável". Com a 
recorrência das quedas, a família passa a superproteger o idoso. Só permite 
que saia de casa acompanhado, restringe os locais que podem ser 
frequentados e muitas vezes passam a tratar o idoso como doente. Além das 
consequências físicas, surgem as alterações de comportamento que levam ao 
isolamento social e depressão. 
A melhor maneira para evitar o trauma psicológico pode ser diferenciar a 
autonomia e independência, como explica a psicóloga Elaine Vendrusculo. 
"Depender de apoio para fazer a própria higiene e se vestir tira um pouco da 
independência, mas não tira a autonomia de decidir sobre a própria vida. Não 
conseguir fazer as atividades da vida diária não significa que a pessoa está 
doente, significa uma fragilidade". 
Simples cuidados e adaptações (hiperlink) poderão diminuir o risco de 
quedas dentro de casa. Modificar os comportamentos e situações de risco, 
podem garantir uma vida ativa sem restrições. A adoção de alguns cuidados 
para a prevenção de queda pode, de maneira que, mesmo ocorrendo, esta 
queda não resulte em consequências mais graves. 
Formas de prevenção de quedas mais utilizadas e atitudes para evitá-las: 
• Retirar móveis que atrapalhem a passagem para atender ao telefone, chegar 
à porta, e ao banheiro;
• Colocar corrimão nas escadas, deixar sempre as luzes acesas e colocar fita 
adesiva colorida e antiderrapante nos degraus. 
• Retirar todos os tapetes ou colocar fita adesiva antiderrapante para evitar que 
escorreguem; 
• Manter os objetos e utensílios mais utilizados entre a altura dos ombros e da 
cintura, evitando subir em banquinhos e cadeiras ou abaixar-se demais; 
• Quando for brincar com o animal de estimação, faça-o sentado;Quando 
estiver fazendo atividades que exijam deslocamento constante,como cozinhar, 
estender roupas, etc, deixar o animal de estimação em outro cômodo, evitando 
tropeçar nele; 
• Usar chinelos e sapatos bem ajustados aos pés para evitar que se soltem ao 
andar; 
• Manter os fios presos ou embaixo de móveis; 
• Instalar barras de apoio no banheiro e usar tapete antiderrapante no box;
Convivência com animais de estimação traz 
benefícios à saúde de idosos 
Pesquisas internacionais comprovam que o contato com 
cães, gatos e outros animais de estimação beneficia a 
saúde de idosos. 
Estima-se que no Brasil existem aproximadamente 37,1 milhões de cães 
e 21,3 milhões de gatos. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria 
de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), e engana-se quem imagina 
que os cachorros são os preferidos. Outros animais, como gatos, aves e peixes 
têm conquistado cada vez mais espaço nas residências, principalmente em 
lares de idosos. E a razão para este número tão elevado é simples, além de 
serem excelentes companheiros trazem benefícios à saúde física e mental. 
De acordo com estudos recentes do Observatório Internacional de Bem- 
Estar (International Observatory Welfare) da Universidade de Cambridge 
(Inglaterra) e do Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica (Institut 
National de la Santé et de la Recherche Médicale) da França, realizado em 
sete países (França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália, Estados Unidos, 
Japão), foi provado que possuir animais de estimação (hiperlink) é bom para a 
saúde. Cerca 68% das pessoas entrevistadas, acreditam que o animal de 
estimação é uma fonte de felicidade e possibilita ter uma vida mais feliz e 
saudável. 
O veterinário Jorge Martins Cardoso, do Prontodog Animal Center, 
explica que ao acariciar e manter contato durante as brincadeiras com o bicho, 
o dono libera endorfina neurotransmissor responsável pela sensação de prazer 
e bem-estar e ajuda a aliviar o estresse. A fisioterapeuta Liliane Dal Pont 
aponta os benefícios que os passeios e caminhadas podem trazer à saúde do 
idoso saudável ou em recuperação. "Ao caminhar ou passear com o bichinho 
de estimação o idoso está exercitando e estimulando vários músculos e 
tendões, além dos reflexos de equilíbrio", explica Liliane. 
Therezinha Maria de 76 anos confirma os resultados dessas pesquisas. 
Viúva, mora com duas filhas e uma neta que têm uma rotina estabelecida de 
trabalho e estudos. Passava muitas horas do dia sozinha fazendo sempre as 
mesmas atividades. Ganhou de presente das filhas uma fêmea da raça 
Yorkshire Terrier. "Quando ganhei a Luna sabia que teria uma companheira 
para todas as horas", diz enquanto acaricia a amiga fiel. Um ano depois vendo 
o resultado positivo que a convivência trouxe para a vida da mãe, as filhas de 
Therezinha resolveram presenteá-la com mais um bichinho. Dessa vez foi a 
Chihuahua Mel que veio completar a felicidade de Therezinha que sorrindo diz. 
"É impossível não amar esses bichinhos que não têm maldade e só trazem 
alegria". 
Para o idoso a presença de um animalzinho de estimação pode significar 
o fim da solidão, do isolamento social e de quadros depressivos (hiperlink). A 
responsabilidade de cuidar, limpar e alimentar o bichinho traz de volta a 
sensação de ser útil, e de ainda estar vivo. Alguns benefícios que a convivência 
com um animalzinho de estimação pode trazer para o idoso: 
- Estimula a interação social: os animais precisam de passeios diariamente e 
nessas caminhadas em parques ou pela vizinhança é possível interagir com 
outras pessoas, conhecer novos lugares e estimular a comunicação;
- Aumenta a disposição: normalmente, o ideal é caminhar ao menos uma hora 
com o bicho. Essa atividade promove sensação de bem estar e contribui para a 
saúde mental, já que os estímulos recebidos ao caminhar aumentam a 
coordenação motora e fazem com que o cérebro responda a estímulos visuais, 
sonoros, táteis e olfativos; 
- Melhora o humor: ao brincar com o cachorro, gato ou outro pet, as taxas de 
serotonina – neurotransmissor que atua regulando o bom humor, sono, apetite 
e alivia a dor – são elevados. Diante disso, diminuem os níveis de ansiedade, 
proporcionando sensação de conforto, calmaria e melhora do ânimo no idoso; 
- Previne doenças: estudos realizados apontam que pessoas que convivem 
com um bichinho de estimação nessa etapa da vida, sofrem menos de 
depressão; 
- Aumento da expectativa de vida: pesquisas realizadas em pacientes que 
receberam alta de uma unidade coronariana apontaram que quem possuía 
animais em suas residências viviam mais. Isto porque a convivência com os 
bichos aumentava a sensação de bem estar e, por consequência, elevava a 
expectativa de vida.
Desbravadores de uma vida 
Filhos de pais Italianos Maria Ema Zilli e Líbero Dal Pont casaram-se 
quando ainda eram muito jovens. Os dois moravam na cidade de Criciúma em 
Santa Catarina e vieram para o Paraná em busca de uma melhor qualidade de 
vida. Quando chegaram a Santa Terezinha de Itaipu a cidade ainda não tinha 
nome,só existiam algumas casas, poucos moradores e muitas árvores. 
Ema e Líbero então, começaram a trabalhar em busca dos seus sonhos, 
abriram uma estrada para facilitar a passagem entre o sítio da família e ao 
pequeno povoado que começava a se formar. Construíram uma casinha de 
madeira, com o telhado de folhas de bananeiras, que quando chovia é claro 
inundava tudo dentro.Na década de 50 a cidadezinha foi aumentando então 
colocaram o nome dela de Criciúma, pois havia muito moradores de SC, que 
vieram pela plantação de erva mate que existia nessa aqui. Essas famílias 
almejavam transformar essas regiões em grandes lavouras e cafezais. A vila 
era um distrito de Foz do Iguaçu, e somente na década de 80 conseguiu ser 
emancipada. 
Ema e Líbero trabalharam junto com outros morados para o crescimento 
da cidade. Eles tiveram sete filhos, quatro mulheres e três homens,Zulma, 
Zuleide, Zilma, Fernando, Paulo, Fátima e João. Um dia o filho mais velho 
Fernando ficou muito doente e com muita febre e começou a ter convulsões e 
engolir sua própria língua, Ema desesperada ao ver o filho naquela situação e 
sabia que não tinha outro recurso imediatamente colocou o dedo na garganta 
do filho e puxou a língua dele para fora, e pra a sorte de todos, Fernando voltou 
a si. 
Líbero sempre esteve ao lado de Ema para tudo. Seus olhos azuis cor 
do céu transmitiam paz e tranquilidade, e suas mãos calejadas demostravam 
seu trabalho e sua força.Ema desde muito nova já tinhas manchas na sua pele, 
devido ao trabalho ardo no sol. O jeito que as pessoas tratavam Líbero e Ema 
dava para perceber que eram um casal exemplar e de um carinho enorme. 
As mulheres sempre tiveram que aprender a cuidar da casa muito cedo, 
pois os pais iam para a roça e elas ficavam fazendo almoço, naquelas panelas 
enormes de ferro. Polenta, frango ao molho, sopa de feijão, muita salada de 
alface, e a casa sempre cheias de pessoas e risadas. As filhas acordavam 6 
horas da manhã para ir à barranca do rio com fardos e mais fardos de roupas 
para lavar, passavam a manhã toda lavando pra quando fosse meio dia e o sol 
estivesse a pino no céu as roupas já estivessem esticadas na cerca de arame 
farpado secando. 
A primeira vez que eles compram uma panela de pressão sentaram 
todos em volta do fogão à lenha e ficaram olhando para a panela para ver que 
resultado ela daria. Quando ela pegou pressão eles ficaram tão assustados 
que Líbero pegou um pedaço de madeira engatou na tampa da panela jogaram 
ela pela janela. A primeira vez que uma geladeira chegou dentro de casa eles 
ficaram impressionados, Zuleide conta com um grande sorriso no rosto que 
todos sentaram-se a frente da geladeira com a porta aberta e ficaram parados
olhando para a luz que tinha dentro dela. A geladeira não gelava nada por 
causa da porta aberta, mas mesmo assim a felicidade tomou conta de todos 
eles. 
O filho mais novo, João, conta que eles dormiam em colchões de palha, 
e queàs vezes dentro deles havia pulgas e formigas. Pela manhã eles 
acordavam com varias bolinhas vermelha nas costas e nos braços, mas isso 
nunca foi motivo para reclamar. Como eles dormiam todos no mesmo quarto 
isso os deixava mais unidos, pois sempre conversavam e planejavam como 
seria o dia de amanhã. 
O tempo passou, e os filhos foram se casando. O nome pai e mãe, não 
era mais dito com tanta frequência, agora é Nono e Nona, que significa Vô e Vó 
em italiano, a casa deles estava cada vez mais cheia, agora já não eram mais 
em nove pessoas, eram em muitos. 
Hoje, Líbero já não esta mais entre eles, faleceu em 2002 aos 86 anos. 
Ema esá com 88 anos e fala com todas as letras que se orgulha do marido, e 
da grande família que constituiu com ele. Líbero deixou um enorme patrimônio 
para sua família, ele e Ema conquistaram muito alqueires de terra que 
deixaram de herança para seus filhos e netos, o bairro onde a família mora 
hoje leva o nome de Líbero, “Área Industrial Líbero Dal Pont”, os filhos me 
contam com lágrimas nos olhos que sentem muita saudade, mas que eles se 
orgulham muito de poder ter ele como Pai. 
Ema tem atrás de casa uma plantação verduras e temperos, que ela 
mesma cuida, e também tem um galinheiro aonde ela vai todos os dias pegar o 
ovos. Os olhos azuis cor do mar ainda expressam doçura, as mãos enrugadas 
não tem mais a mesma força de antes, mas o sorriso no seu rosto mostra que 
a alegria nunca deixou de estar junto com ela.
Resumo: 
O presente trabalho discorre sobre a temática “60+ O idoso de hoje”. Quando 
tratamos sobre o idoso ouvimos muitas definições de caráter eufemista como 
amadurecer, entrar na melhor idade, tornar-se mais experiente, jovem senhor 
ou senhora. Tais definições deixam claro que há algumas décadas, o idoso não 
era membro integrante em nenhum âmbito da sociedade. 
A relevante capacidade para envolver-se e contribuir não era considerada nem 
pelo próprio idoso, que vinha formatado com um pensamento depreciativo de 
sua condição. A falta de inclusão para o idoso abarcava os aspectos social, 
emocional, econômico, cultural, esportivo e da saúde. Porém o idoso de hoje 
embora carregue essa bagagem passada por gerações anteriores se distingue 
muito daquele idoso de outrora. 
Palavras-chave: Idoso, Sociedade, Qualidade de vida e Hoje. 
Introdução: 
Hoje o idoso é visto, tratado, sentido e pensado de formas diferentes o que não 
significa que o seja de modo adequado. O mundo, o país e a sociedade não se 
rendeu ao idoso diante de sua bagagem de conhecimentos, sabedoria e 
competência. Tampouco por tudo que contribuiu e ainda pode contribuir. O que 
se avista no horizonte é um país menos jovem, mais maduro. Um país de 
idosos. 
Nos últimos 60 anos a população de idosos cresceu o correspondente a 11 
vezes e continua crescendo. O número de pessoas acima dos 60 anos 
representa 12,6% da população ou 24,85 milhões de indivíduos. Em 2011 esse 
percentual era de 12,1% e em 2002 representava 9,3%. Estimativas apontam 
que em 2025, ou seja, em pouco mais de dez anos serão 64 milhões, 
aumentando em 2050 quando um em cada três brasileiros será idoso.
Os motivos para esse crescimento da população idosa no Brasil se devem 
fundamentalmente ao aumento da longevidade e a diminuição da taxa de
mortalidade. Os avanços no campo da medicina, a preocupação em buscar 
uma melhor qualidade e o aumento da expectativa de vida provocaram uma 
transformação no perfil do idoso de hoje. De acordo com Carvalho e Almeida 
(1998, p.14): 
Os avanços da medicina, o diagnóstico precoce e a prevenção de 
determinadas doenças, a ampliação das possibilidades de acesso aos 
serviços de saúde, a generalização dos serviços de saneamento básico, a 
alteração nos hábitos alimentares e de higiene, a prática de exercícios 
físicos, dentre outros fatores, contribuíram decisivamente para o “aumento da 
esperança de vida”. 
O idoso de ontem e hoje: 
Para entender melhor o contraste entre o idoso de ontem e o idoso de hoje é 
imprescindível entender que hoje o idoso encontra-se em uma posição de 
maior destaque que o idoso de ontem. O indivíduo maior de 60 anos hoje é 
fruto de pesquisas científicas, produtos e drogas específicos e planos 
elaborados para atender melhor suas necessidades. 
A expressão qualidade de vida tornou-se vulgarmente associada aos idosos, e 
abrange todas as esferas da vivência. Não é suficiente gozar de boa saúde 
física sendo recluso. Não é aceitável que o corpo carregue as linhas, marcas, 
expressões, tamanhos e formatos característicos da idade, quando 
psicologicamente se sente alguns anos mais jovem. 
É importante destacar a mudança no modo de pensar e agir do próprio idoso 
que parou de sentir-se desafortunado, inútil e que descansava 
confortavelmente o corpo em uma poltrona à espera do fim da vida. O idoso de 
hoje tem a convicção do seu valor para a família e a sociedade em geral. Não é 
raro ver idosos com uma intensa vida social e afetiva. Obvio que trata-se dos 
idosos com a saúde física íntegra e não foram acometidos por enfermidades 
limitantes da autonomia. 
Além da mudança na aparência e no modo de se ver, o idoso de hoje convive 
com uma sociedade, em sua grande maioria que aceita, deseja e recebe a 
contribuição que esse idoso pode dar. Não é raro encontrar idosos com uma 
vida social, afetiva, cultural e econômica ativa. Atuando com o apoio da família 
e da comunidade à quem pertencem, enriquecendo não apenas a si ou aos 
que se encontram em seu círculo de convivência, mas a sociedade em um 
contexto geral. 
No tangente à vida social do idoso é comum a existência de atividades 
relacionadas a trabalhos artesanais, bingos, eventos religiosos, de voluntariado 
acadêmico e programas governamentais de caráter ultrapassado. Muitas
dessas atividades ditas sociais voltadas ao idoso, sugerem que essa fase da 
vida deve ser encarada como uma etapa incrustada de deficiências. 
Fato é porém que o idoso de hoje não mais aceita apenas atividades sociais 
compulsórias. É recorrente a presença de grupos de idosos que buscam 
frequentar bons restaurantes e de culinária étnica, organizam viagens a outros 
países, participam de eventos esportivos e buscam interagir via internet. A 
demanda por cursos na área da informática cresceu consideravelmente e a 
busca por essa interação virtual propiciou até mesmo o surgimento de websites 
de relacionamento voltados exclusivamente para o público idoso. 
O endereço www.namorosenior.com.br é um exemplo: 
Namoro Senior 
Encontre Amizades ou uma Grande Paixão 
porque o amor não tem idade 
Amor ou Amizade com apenas alguns 
cliques 
Com o acesso autorizado apenas para membros com mais de 50 anos possuímos mais 
membros da melhor idade que qualquer outro site no Brasil. Conheça gente interessante para 
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Aqui você pode: 
 Procurar companhia para diferentes atividades 
 Construir uma amizade real e virtual 
 Encontrar um grande amor 
Onde conhecer companhia para relacionamentos entre 
aposentados
Enquanto os sites de namoro e encontros tradicionais constatam dia após dia uma perda 
significante de membros, os sites ditos de nicho voltados para segmentados específicos da 
população crescem mais a cada dia. Leia mais → 
Porque os site de encontros para aposentados são 
perfeitos para relacionamentos online 
Quem já passou dos 50 já sabe : Os joguinhos amorosos que precedem um relacionamento 
são uma coisa pra quem tem tempo. E só você sabe o quanto o seu tempo é precioso. Leia 
mais → 
Depoimentos 
Tanto eu como o Cláudio saíamos de relações longas e nunca tínhamos usado um site de 
relacionamento. Namoro sênior foi uma benção para nós dois. Nos conhecemos e em apenas 
alguns dias já tínhamos nos encontrado aqui no bairro. 
Teresa Olveira - São Paulo 
Mais depoimentos → 
Faça novos amigos 
Você melhor do que ninguém sabe o valor de uma boa amizade. Faça novos amigos e 
encontre companhia para momentos especiais e também para o dia-a-dia. Saiba mais →
Namoro na terceira idade 
Com diferentes horizontes nossos membros procuram companhia especiais para dividir as 
alegrias e todos os preciosos instantes do dia-a-dia de quem tem experiência de vida. Se você 
procura um amor na sua idade, entre já. Leia mais → 
Isso demonstra como o idoso de hoje anseia por diferentes experiência sociais, 
não permitindo se satisfazer com atividades até então corriqueiras para a faixa 
etária. Existe a forte tendência de oferecer eventos e produtos ligados às 
atividades que valorizem a vivencia do idoso, como exposições de artes 
plásticas, concertos músicas, sarais para apreciação literária, peças teatrais, 
produções cinematográficas e até mesmo publicidade. 
O idoso de hoje também se relaciona afetivamente. Vovó tecendo com suas 
agulhas de tricô e vovô acomodado no sofá às voltas com jornais e palavras 
cruzadas é uma cena ultrapassada e pouco vista. Em uma pesquisa realizada 
no primeiro semestre de 2013 pelo Instituto Data Popular o resultado revela 
que 1,1 milhão de brasileiros acima de 60 anos estão namorando. A dimensão 
desse número corrobora com o provérbio popular que afirma que para o amor 
não existe idade. 
Lamentavelmente em alguns casos ainda predomina o preconceito do próprio 
idoso, da família e sociedade, e a falta do suporte necessário na seara afetiva 
pode levar a um estado de vulnerabilidade. Temendo ser rotulado o idoso 
mantém em segredo o desejo de se relacionar e passa a ser vítima potencial 
de pessoas que agem de má fé e têm apenas interesse financeiro. Importante 
ainda são as considerações relacionadas à pratica sexual desprotegida e o uso 
sem prescrição de fármacos para disfunção erétil. 
Dados do Ministério da Saúde apontam que a contaminação pelo vírus HIV 
cresceu 80% entre os idosos nos últimos doze anos. O uso da substância 
citrato de sildenafila (VIAGRA®) , segundo a bula do fabricante, indicado para 
o tratamento da disfunção erétil pode causar doenças como cefaleia, 
taquicardia, hipotensão, sangramento nasal, convulsão, síncope, fechamento 
da garganta, priapismo (ereção persistente e dolorosa do pênis) e levar a 
morte. Em função disso a promoção e o incentivo para que o idoso exerça as 
atividades que lhe conferem bem-estar e qualidade de vida são fundamentais.
A convivência com o ambiente acadêmico é outra esfera da temática que 
cresce. Os números de idosos acadêmicos é cada vez mais maior, em 
universidades voltadas especialmente para as pessoas maiores de 60 anos ou 
em universidades regulares. Em ambas as situações esse idoso é recebido e 
acolhido com admiração e respeito, tendo sua experiência valorizada. É fato 
que há muito para melhorar, e a esse respeito Medeiros (2001) afirma que: 
Os mitos que foram construídos sobre os velhos: que eles não aprendem, 
que não mudam, que são conservadores, estão caindo por terra. Portanto, os 
que envelhecem não podem e nem querem ser excluídos da luta pela 
construção de uma nova sociedade, uma vez que os sistemas que 
conhecemos não respondem adequadamente às exigências de um novo 
tempo. 
Em busca e comprovando o advento de um novo tempo o idoso de hoje se 
mantém economicamente ativo. Dados do IBGE mostram que no Brasil a 
participação do idoso na renda familiar se revela cada vez mais expressiva. No 
início da década de 1980, a contribuição dos idosos era de 37,0%; já na 
década de 1990 passou a ser de 47,2% e, em 2007, em 53,0% dos domicílios 
do país, mais da metade da renda familiar era fornecida por pessoas com idade 
igual ou superior a 60 anos (IBGE, 2010). Percebe-se que o perfil do idoso 
vem apresentando mudanças significativas e conjuntamente as famílias exibem 
configurações reformadas em que o idoso deixa de ser o recebedor de e passa 
a ser provedor. 
Metodologia: 
A metodologia adotada neste trabalho consistiu em uma pesquisa bibliográfica 
e virtual por meio dos websites de órgãos governamentais e privado. 
Conclusão: 
Deve-se valorizar o idoso, sua história de vida, experiências e contribuições 
uma vez que hoje é um ator social imprescindível. É necessário enxergar a 
temática do idoso com um novo olhar e projetar uma meta de ideal a ser 
ofertado para o idoso de hoje. 
"O passado serve para evidenciar as nossas falhas e dar-nos indicações para o 
progresso do futuro". 
Henry Ford
Referências bibliográficas: 
CARVALHO, M. C. B ; ALMEIDA, V L. V. Programas e serviços de proteção 
e inclusão social dos idosos.Brasília: MPAS,1998. 
MEDEIROS, S. Aprendizagem continuada ao longo da vida: o exemplo da 
terceira idade. In: Longevidade: um novo desafio para a educação. São Paulo: 
Cortez, 2001. 
Websites: 
IBGE - www.ibge.gov.br 
Ministério da Saúde - www.saude.gov.br 
Laboratórios Pfizer - www.pfizer.com.br 
Namoro Senior - www.namorosenior.com

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  • 1. INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS É A SEGUNDA CAUSA DE INTERNAÇÃO DE IDOSOS Os idosos podem se intoxicar com os medicamentos de uso diário e por vários motivos que vão desde o esquecimento a problemas de visão. Uma das principais causas de internação hospitalar em idosos, depois das quedas, é a intoxicação por medicamentos (hiperlink). Segundo dados do DataSus até 10% dos atendimentos médicos se deve aos efeitos tóxicos de medicações, com grande parte evoluindo para morte. Os idosos estão predispostos a se intoxicarem com medicamentos por várias razões: uso de várias medicações para diferentes patologias, problemas de memória, problemas de visão, automedicação e disfunção metabólica. Devido ao fato de alguns idosos fazerem uso de medicações para diferentes doenças, o risco de interações entre os remédios e efeitos colaterais aumenta. Por isso é necessário que os médicos que atendem o idoso seja informado e tomem cuidado na hora de prescrever a medicação. O cuidador ou acompanhante do idoso também deve tomar cuidado na hora de auxiliar ou administrar os remédios para o idoso. Outra razão que pode levar um idoso à intoxicação por medicamentos é a memória. Pessoas que tenham alteração de memória podem fazer uso da segunda dose do mesmo medicamento. Segundo o neurologista Dr. Dangelo Ivo Campos, “esquecer que tomou o remédio é mais comum do que se imagina. Quando a dose prescrita é a metade do máximo recomendada, normalmente nem a família ou a paciente se da conta que foi ingerida uma segunda dose do mesmo remédio”. Foi o que aconteceu com Vicentina Luiza Martins. Aos 79 anos de idade, diabética (hiperlink) e hipertensa, dona Vicentina esqueceu que já havia tomado a primeira dose de insulina da manhã. Preocupada em manter o nível de glicose controlado repetiu a aplicação do remédio e teve uma crise grave de hipoglicemia. Sozinha em casa começou a sentir tontura e sudorese mas já não tinha mais forças para chegar ao telefone ou mesmo gritar por socorro. Foi encontrada caída no chão, com hipotermia e sem reflexo. "Demorei para voltar mesmo depois de ser atendida pelo médico. Agora deixo um bloquinho de anotações ao lado da caixa de medicamentos e anoto sempre que tomo meus remédios para não acontecer outra vez", diz Vicentina. A outra razão que também leva o idoso a tomar uma segunda dose do mesmo remédio, são os problemas de visão. As patologias oftalmológicos que afetam os idosos são mais graves e diminuem muito a capacidade de distinguir cores e tamanhos. O oftalmologista Dr. Renato Tolazzi explica que “os médicos devem sempre ser alertados sobre os problemas oftalmológicos dos pacientes idosos, assim fica mais fácil prescrever e orientar sobre o uso da medicação”. Ainda segundo o Dr. Tolazzi, “é sempre útil separar os remédios em recipientes de cores contrastantes para não confundir os pacientes”. Joaquim Ribeiro de 72 anos, é hipertenso, sofre de glaucoma crônico e já perdeu mais de 90% da visão. Em sua farmacinha pessoal não falta aspirina,
  • 2. que tem a mesma cor e formato do remédio para a pressão. Por quatro dias tomou o analgésico no lugar do remédio para controlar a hipertensão. Na manhã do quinto dia sofreu um AVC (hiperlink), mais conhecido como o derrame. A pressão arterial altíssima não permitiu nem mesmo que ele se levantasse da cama. Por sorte a filha percebeu a demora do pai em se levantar e ao chegar no quarto reconheceu a boca torta e a falta de resposta como sintomas do AVC e socorreu o pai imediatamente. Joaquim passou 7 dias na UTI e 4 dias no quarto do hospital antes de voltar para casa. Ficou com a fala e a locomoção comprometidas, e faz sessões de fisioterapia e fonoaudiologia para minimizar as sequelas. Também é muito comum automedicação, com analgésicos e antiinflamatórios. Existe a ideia de que não causam efeitos colaterais, já que são vendidos livremente. E esse é um dos motivos que cada vez mais levam idosos à intoxicação. Pois além de uma superdosagem, os idosos normalmente tem o metabolismo mais lento, fazendo com que as medicações fiquem circulando no organismo por mais tempo antes de serem eliminadas. O cardiologista e médico intensivista Dr. Ali Barizi aconselha que a atenção do próprio idoso, dos familiares ou cuidadores seja redobrada quando se trata da administração dos remédios. Pois em alguns casos os efeitos colaterais ou as interações entre os medicamentos podem levar a quadros de intoxicação extremamente graves ou até a morte. E nessa fase da vida, com a fragilidade natural do organismo em conjunto com outras doenças a desintoxicação pode ser demorada e dolorosa”.
  • 3. Namoro na terceira idade ou namoro na maturidade? Vovó fazendo tricô e vovô lendo jornal é coisa do passado. Os idosos estão aí para comprovar o que diz a sabedoria popular: para o amor não existe idade. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida (hiperlink) dos brasileiros em 2000 era de pouco mais de 70 anos de vida. Em 2013 esse número subiu para 74 anos em média. E nada mais natural que os idosos queiram viver esse tempo a mais com qualidade, o que pode incluir as relações sociais. Afinal sentir-se sozinho não faz bem a ninguém, e o ser humano como um ser social busca encontrar na companhia de outro motivação e prazer para viver . Essa motivação e o prazer para viver muitas vezes é encontrado na relação amorosa com outra pessoa. Mas é comum que a felicidade amorosa dos idosos esbarre em problemas, como o preconceito e resistência familiar. Existe o mito de que pessoas mais velhas não amam da mesma forma que os mais jovens e lhes é reservado, de forma compulsória o amor pelos filhos, netos e família. Aos mais velhos é permitido um amor assexuado. Muitas famílias não aceitam a idéia de que o idoso quer ter uma companhia. Por isso a vergonha de se confessar apaixonado ou atraído por outra pessoa. Os filhos podem sentir a presença do pai ou mãe que morreu ameaçada por um estranho ou sentir que estão sendo preteridos pelo novo companheiro, além da questão financeira. A família questiona sobre a herança, bens e rendimentos financeiros. Como será e se haverá divisão do patrimônio amealhado com o antigo companheiro. A advogada Alana Barros explica que "os parentes ficam inseguros e têm dúvidas sobre a nova união de idosos. Os direitos e deveres da cada família e quais consequências em caso de morte". Viver um amor em qualquer fase da vida faz bem e na terceira idade é igual ou tão intenso quanto na juventude. Para os idosos, o tempo de namoro é vivido com mais maturidade e qualidade, é um tempo de cuidado, lazer e dedicação ao outro. Demonstram a afetividade por meio de pequenos gestos, e a sexualidade é vivida mais pela ternura e amor do que pelas relações sexuais. Alimentando assim a saúde emocional e física e minimiza problemas de saúde. Foi o que aconteceu com Ernesto Kumpel, 82 anos. Há doze anos ficou viúvo e depois de um ano de luto e períodos de depressão foi encorajado pela família a encontrar uma nova companheira. Em uma viagem de férias ao Rio Grande do Sul conheceu a atual companheira Lenir, que também era viúva. A viagem durou o dobro do tempo previsto e depois de seis meses de namoro à distância finalmente casaram. "Foi uma cerimônia bem pequena e discreta mas o que queríamos era ficar juntos", conta Lenir. Mas infelizmente nem todos têm a mesma sorte. A ingenuidade, falta de experiência ou apoio da família podem levar o idoso a cair em perigosas armadilhas. Como ser vítima de pessoas de má fé que têm apenas interesse financeiro, serem contaminados por doenças sexualmente transmissíveis e recorrer à automedicação. A presença do HIV na terceira idade (hiperlink)
  • 4. cresceu mais de 80% nos últimos 12 anos, segundo o Ministério de Saúde. O uso de remédios para impotência sexual pode causar doenças cardiovasculares e a morte. A idade não pode determinar quem irá ou não se apaixonar, viver um novo relacionamento e se permitir ser feliz novamente. O amor na terceira (hiperlink) idade é um amor mais maduro, mais sólido, que pode e deve ser vivido sem estigmas e preconceitos. A solidão nesta fase da vida adoece o físico e o espírito. O idoso deve ser respeitado em suas necessidades e carências. Jovem ou idoso, amar deve fazer parte da vida do ser humano.
  • 5. Queda na 3ª. idade: o inimigo pode estar dentro de casa A queda é um evento bastante comum e perigoso para os idosos, mas adaptações simples podem ajudar a garantir uma velhice saudável e segura. O segredo da juventude eterna não é fingir que a velhice nunca chega. Chega para todos que tiverem a sorte de passar pelo ciclo natural da vida e negligenciar a última e cada vez mais longa fase da vida, pode fazer com que ela não seja aproveitada como se deve. Perceber a necessidade de adaptações simples é o primeiro e um importante passo para evitar acidentes e promover qualidade de vida. Segundo dados do DataSUS, órgão ligado ao Ministério da Saúde, cerca de 30 % dos idosos sofrem quedas dentro de casa pelo menos uma vez ao ano. Se o idoso tem 85 anos ou mais esse número pode aumentar, chegando a 51%. Os traumas mais comuns nestes casos são fraturas no fêmur, punho, tórax e traumatismo craniano. Além das lesões e traumas, as quedas triplicam o risco de desencadear outras doenças e complicações que levam à morte, principalmente as respiratórias, como pneumonia e embolia pulmonar, pelo fato do idoso ter que ficar imobilizado, sem poder se movimentar. Por isso a prevenção de quedas (hiperlink) pode ser decisiva para a saúde do idoso. Mesmo as quedas mais leves podem ter consequências.Segundo o fisioterapeuta Fábio Perpetuo, "quem sofre uma queda fica com medo e vergonha de cair de novo. Isso leva a um círculo vicioso pois a pessoa começa a restringir suas atividades. A inatividade gera imobilidade que diminui a força, a massa e o tônus muscular, e uma nova queda pode ser inevitável". Com a recorrência das quedas, a família passa a superproteger o idoso. Só permite que saia de casa acompanhado, restringe os locais que podem ser frequentados e muitas vezes passam a tratar o idoso como doente. Além das consequências físicas, surgem as alterações de comportamento que levam ao isolamento social e depressão. A melhor maneira para evitar o trauma psicológico pode ser diferenciar a autonomia e independência, como explica a psicóloga Elaine Vendrusculo. "Depender de apoio para fazer a própria higiene e se vestir tira um pouco da independência, mas não tira a autonomia de decidir sobre a própria vida. Não conseguir fazer as atividades da vida diária não significa que a pessoa está doente, significa uma fragilidade". Simples cuidados e adaptações (hiperlink) poderão diminuir o risco de quedas dentro de casa. Modificar os comportamentos e situações de risco, podem garantir uma vida ativa sem restrições. A adoção de alguns cuidados para a prevenção de queda pode, de maneira que, mesmo ocorrendo, esta queda não resulte em consequências mais graves. Formas de prevenção de quedas mais utilizadas e atitudes para evitá-las: • Retirar móveis que atrapalhem a passagem para atender ao telefone, chegar à porta, e ao banheiro;
  • 6. • Colocar corrimão nas escadas, deixar sempre as luzes acesas e colocar fita adesiva colorida e antiderrapante nos degraus. • Retirar todos os tapetes ou colocar fita adesiva antiderrapante para evitar que escorreguem; • Manter os objetos e utensílios mais utilizados entre a altura dos ombros e da cintura, evitando subir em banquinhos e cadeiras ou abaixar-se demais; • Quando for brincar com o animal de estimação, faça-o sentado;Quando estiver fazendo atividades que exijam deslocamento constante,como cozinhar, estender roupas, etc, deixar o animal de estimação em outro cômodo, evitando tropeçar nele; • Usar chinelos e sapatos bem ajustados aos pés para evitar que se soltem ao andar; • Manter os fios presos ou embaixo de móveis; • Instalar barras de apoio no banheiro e usar tapete antiderrapante no box;
  • 7. Convivência com animais de estimação traz benefícios à saúde de idosos Pesquisas internacionais comprovam que o contato com cães, gatos e outros animais de estimação beneficia a saúde de idosos. Estima-se que no Brasil existem aproximadamente 37,1 milhões de cães e 21,3 milhões de gatos. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), e engana-se quem imagina que os cachorros são os preferidos. Outros animais, como gatos, aves e peixes têm conquistado cada vez mais espaço nas residências, principalmente em lares de idosos. E a razão para este número tão elevado é simples, além de serem excelentes companheiros trazem benefícios à saúde física e mental. De acordo com estudos recentes do Observatório Internacional de Bem- Estar (International Observatory Welfare) da Universidade de Cambridge (Inglaterra) e do Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica (Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale) da França, realizado em sete países (França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Itália, Estados Unidos, Japão), foi provado que possuir animais de estimação (hiperlink) é bom para a saúde. Cerca 68% das pessoas entrevistadas, acreditam que o animal de estimação é uma fonte de felicidade e possibilita ter uma vida mais feliz e saudável. O veterinário Jorge Martins Cardoso, do Prontodog Animal Center, explica que ao acariciar e manter contato durante as brincadeiras com o bicho, o dono libera endorfina neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar e ajuda a aliviar o estresse. A fisioterapeuta Liliane Dal Pont aponta os benefícios que os passeios e caminhadas podem trazer à saúde do idoso saudável ou em recuperação. "Ao caminhar ou passear com o bichinho de estimação o idoso está exercitando e estimulando vários músculos e tendões, além dos reflexos de equilíbrio", explica Liliane. Therezinha Maria de 76 anos confirma os resultados dessas pesquisas. Viúva, mora com duas filhas e uma neta que têm uma rotina estabelecida de trabalho e estudos. Passava muitas horas do dia sozinha fazendo sempre as mesmas atividades. Ganhou de presente das filhas uma fêmea da raça Yorkshire Terrier. "Quando ganhei a Luna sabia que teria uma companheira para todas as horas", diz enquanto acaricia a amiga fiel. Um ano depois vendo o resultado positivo que a convivência trouxe para a vida da mãe, as filhas de Therezinha resolveram presenteá-la com mais um bichinho. Dessa vez foi a Chihuahua Mel que veio completar a felicidade de Therezinha que sorrindo diz. "É impossível não amar esses bichinhos que não têm maldade e só trazem alegria". Para o idoso a presença de um animalzinho de estimação pode significar o fim da solidão, do isolamento social e de quadros depressivos (hiperlink). A responsabilidade de cuidar, limpar e alimentar o bichinho traz de volta a sensação de ser útil, e de ainda estar vivo. Alguns benefícios que a convivência com um animalzinho de estimação pode trazer para o idoso: - Estimula a interação social: os animais precisam de passeios diariamente e nessas caminhadas em parques ou pela vizinhança é possível interagir com outras pessoas, conhecer novos lugares e estimular a comunicação;
  • 8. - Aumenta a disposição: normalmente, o ideal é caminhar ao menos uma hora com o bicho. Essa atividade promove sensação de bem estar e contribui para a saúde mental, já que os estímulos recebidos ao caminhar aumentam a coordenação motora e fazem com que o cérebro responda a estímulos visuais, sonoros, táteis e olfativos; - Melhora o humor: ao brincar com o cachorro, gato ou outro pet, as taxas de serotonina – neurotransmissor que atua regulando o bom humor, sono, apetite e alivia a dor – são elevados. Diante disso, diminuem os níveis de ansiedade, proporcionando sensação de conforto, calmaria e melhora do ânimo no idoso; - Previne doenças: estudos realizados apontam que pessoas que convivem com um bichinho de estimação nessa etapa da vida, sofrem menos de depressão; - Aumento da expectativa de vida: pesquisas realizadas em pacientes que receberam alta de uma unidade coronariana apontaram que quem possuía animais em suas residências viviam mais. Isto porque a convivência com os bichos aumentava a sensação de bem estar e, por consequência, elevava a expectativa de vida.
  • 9. Desbravadores de uma vida Filhos de pais Italianos Maria Ema Zilli e Líbero Dal Pont casaram-se quando ainda eram muito jovens. Os dois moravam na cidade de Criciúma em Santa Catarina e vieram para o Paraná em busca de uma melhor qualidade de vida. Quando chegaram a Santa Terezinha de Itaipu a cidade ainda não tinha nome,só existiam algumas casas, poucos moradores e muitas árvores. Ema e Líbero então, começaram a trabalhar em busca dos seus sonhos, abriram uma estrada para facilitar a passagem entre o sítio da família e ao pequeno povoado que começava a se formar. Construíram uma casinha de madeira, com o telhado de folhas de bananeiras, que quando chovia é claro inundava tudo dentro.Na década de 50 a cidadezinha foi aumentando então colocaram o nome dela de Criciúma, pois havia muito moradores de SC, que vieram pela plantação de erva mate que existia nessa aqui. Essas famílias almejavam transformar essas regiões em grandes lavouras e cafezais. A vila era um distrito de Foz do Iguaçu, e somente na década de 80 conseguiu ser emancipada. Ema e Líbero trabalharam junto com outros morados para o crescimento da cidade. Eles tiveram sete filhos, quatro mulheres e três homens,Zulma, Zuleide, Zilma, Fernando, Paulo, Fátima e João. Um dia o filho mais velho Fernando ficou muito doente e com muita febre e começou a ter convulsões e engolir sua própria língua, Ema desesperada ao ver o filho naquela situação e sabia que não tinha outro recurso imediatamente colocou o dedo na garganta do filho e puxou a língua dele para fora, e pra a sorte de todos, Fernando voltou a si. Líbero sempre esteve ao lado de Ema para tudo. Seus olhos azuis cor do céu transmitiam paz e tranquilidade, e suas mãos calejadas demostravam seu trabalho e sua força.Ema desde muito nova já tinhas manchas na sua pele, devido ao trabalho ardo no sol. O jeito que as pessoas tratavam Líbero e Ema dava para perceber que eram um casal exemplar e de um carinho enorme. As mulheres sempre tiveram que aprender a cuidar da casa muito cedo, pois os pais iam para a roça e elas ficavam fazendo almoço, naquelas panelas enormes de ferro. Polenta, frango ao molho, sopa de feijão, muita salada de alface, e a casa sempre cheias de pessoas e risadas. As filhas acordavam 6 horas da manhã para ir à barranca do rio com fardos e mais fardos de roupas para lavar, passavam a manhã toda lavando pra quando fosse meio dia e o sol estivesse a pino no céu as roupas já estivessem esticadas na cerca de arame farpado secando. A primeira vez que eles compram uma panela de pressão sentaram todos em volta do fogão à lenha e ficaram olhando para a panela para ver que resultado ela daria. Quando ela pegou pressão eles ficaram tão assustados que Líbero pegou um pedaço de madeira engatou na tampa da panela jogaram ela pela janela. A primeira vez que uma geladeira chegou dentro de casa eles ficaram impressionados, Zuleide conta com um grande sorriso no rosto que todos sentaram-se a frente da geladeira com a porta aberta e ficaram parados
  • 10. olhando para a luz que tinha dentro dela. A geladeira não gelava nada por causa da porta aberta, mas mesmo assim a felicidade tomou conta de todos eles. O filho mais novo, João, conta que eles dormiam em colchões de palha, e queàs vezes dentro deles havia pulgas e formigas. Pela manhã eles acordavam com varias bolinhas vermelha nas costas e nos braços, mas isso nunca foi motivo para reclamar. Como eles dormiam todos no mesmo quarto isso os deixava mais unidos, pois sempre conversavam e planejavam como seria o dia de amanhã. O tempo passou, e os filhos foram se casando. O nome pai e mãe, não era mais dito com tanta frequência, agora é Nono e Nona, que significa Vô e Vó em italiano, a casa deles estava cada vez mais cheia, agora já não eram mais em nove pessoas, eram em muitos. Hoje, Líbero já não esta mais entre eles, faleceu em 2002 aos 86 anos. Ema esá com 88 anos e fala com todas as letras que se orgulha do marido, e da grande família que constituiu com ele. Líbero deixou um enorme patrimônio para sua família, ele e Ema conquistaram muito alqueires de terra que deixaram de herança para seus filhos e netos, o bairro onde a família mora hoje leva o nome de Líbero, “Área Industrial Líbero Dal Pont”, os filhos me contam com lágrimas nos olhos que sentem muita saudade, mas que eles se orgulham muito de poder ter ele como Pai. Ema tem atrás de casa uma plantação verduras e temperos, que ela mesma cuida, e também tem um galinheiro aonde ela vai todos os dias pegar o ovos. Os olhos azuis cor do mar ainda expressam doçura, as mãos enrugadas não tem mais a mesma força de antes, mas o sorriso no seu rosto mostra que a alegria nunca deixou de estar junto com ela.
  • 11. Resumo: O presente trabalho discorre sobre a temática “60+ O idoso de hoje”. Quando tratamos sobre o idoso ouvimos muitas definições de caráter eufemista como amadurecer, entrar na melhor idade, tornar-se mais experiente, jovem senhor ou senhora. Tais definições deixam claro que há algumas décadas, o idoso não era membro integrante em nenhum âmbito da sociedade. A relevante capacidade para envolver-se e contribuir não era considerada nem pelo próprio idoso, que vinha formatado com um pensamento depreciativo de sua condição. A falta de inclusão para o idoso abarcava os aspectos social, emocional, econômico, cultural, esportivo e da saúde. Porém o idoso de hoje embora carregue essa bagagem passada por gerações anteriores se distingue muito daquele idoso de outrora. Palavras-chave: Idoso, Sociedade, Qualidade de vida e Hoje. Introdução: Hoje o idoso é visto, tratado, sentido e pensado de formas diferentes o que não significa que o seja de modo adequado. O mundo, o país e a sociedade não se rendeu ao idoso diante de sua bagagem de conhecimentos, sabedoria e competência. Tampouco por tudo que contribuiu e ainda pode contribuir. O que se avista no horizonte é um país menos jovem, mais maduro. Um país de idosos. Nos últimos 60 anos a população de idosos cresceu o correspondente a 11 vezes e continua crescendo. O número de pessoas acima dos 60 anos representa 12,6% da população ou 24,85 milhões de indivíduos. Em 2011 esse percentual era de 12,1% e em 2002 representava 9,3%. Estimativas apontam que em 2025, ou seja, em pouco mais de dez anos serão 64 milhões, aumentando em 2050 quando um em cada três brasileiros será idoso.
  • 12. Os motivos para esse crescimento da população idosa no Brasil se devem fundamentalmente ao aumento da longevidade e a diminuição da taxa de
  • 13. mortalidade. Os avanços no campo da medicina, a preocupação em buscar uma melhor qualidade e o aumento da expectativa de vida provocaram uma transformação no perfil do idoso de hoje. De acordo com Carvalho e Almeida (1998, p.14): Os avanços da medicina, o diagnóstico precoce e a prevenção de determinadas doenças, a ampliação das possibilidades de acesso aos serviços de saúde, a generalização dos serviços de saneamento básico, a alteração nos hábitos alimentares e de higiene, a prática de exercícios físicos, dentre outros fatores, contribuíram decisivamente para o “aumento da esperança de vida”. O idoso de ontem e hoje: Para entender melhor o contraste entre o idoso de ontem e o idoso de hoje é imprescindível entender que hoje o idoso encontra-se em uma posição de maior destaque que o idoso de ontem. O indivíduo maior de 60 anos hoje é fruto de pesquisas científicas, produtos e drogas específicos e planos elaborados para atender melhor suas necessidades. A expressão qualidade de vida tornou-se vulgarmente associada aos idosos, e abrange todas as esferas da vivência. Não é suficiente gozar de boa saúde física sendo recluso. Não é aceitável que o corpo carregue as linhas, marcas, expressões, tamanhos e formatos característicos da idade, quando psicologicamente se sente alguns anos mais jovem. É importante destacar a mudança no modo de pensar e agir do próprio idoso que parou de sentir-se desafortunado, inútil e que descansava confortavelmente o corpo em uma poltrona à espera do fim da vida. O idoso de hoje tem a convicção do seu valor para a família e a sociedade em geral. Não é raro ver idosos com uma intensa vida social e afetiva. Obvio que trata-se dos idosos com a saúde física íntegra e não foram acometidos por enfermidades limitantes da autonomia. Além da mudança na aparência e no modo de se ver, o idoso de hoje convive com uma sociedade, em sua grande maioria que aceita, deseja e recebe a contribuição que esse idoso pode dar. Não é raro encontrar idosos com uma vida social, afetiva, cultural e econômica ativa. Atuando com o apoio da família e da comunidade à quem pertencem, enriquecendo não apenas a si ou aos que se encontram em seu círculo de convivência, mas a sociedade em um contexto geral. No tangente à vida social do idoso é comum a existência de atividades relacionadas a trabalhos artesanais, bingos, eventos religiosos, de voluntariado acadêmico e programas governamentais de caráter ultrapassado. Muitas
  • 14. dessas atividades ditas sociais voltadas ao idoso, sugerem que essa fase da vida deve ser encarada como uma etapa incrustada de deficiências. Fato é porém que o idoso de hoje não mais aceita apenas atividades sociais compulsórias. É recorrente a presença de grupos de idosos que buscam frequentar bons restaurantes e de culinária étnica, organizam viagens a outros países, participam de eventos esportivos e buscam interagir via internet. A demanda por cursos na área da informática cresceu consideravelmente e a busca por essa interação virtual propiciou até mesmo o surgimento de websites de relacionamento voltados exclusivamente para o público idoso. O endereço www.namorosenior.com.br é um exemplo: Namoro Senior Encontre Amizades ou uma Grande Paixão porque o amor não tem idade Amor ou Amizade com apenas alguns cliques Com o acesso autorizado apenas para membros com mais de 50 anos possuímos mais membros da melhor idade que qualquer outro site no Brasil. Conheça gente interessante para amizade ou algo mais sério que vivem pertinho de você. Aqui você pode:  Procurar companhia para diferentes atividades  Construir uma amizade real e virtual  Encontrar um grande amor Onde conhecer companhia para relacionamentos entre aposentados
  • 15. Enquanto os sites de namoro e encontros tradicionais constatam dia após dia uma perda significante de membros, os sites ditos de nicho voltados para segmentados específicos da população crescem mais a cada dia. Leia mais → Porque os site de encontros para aposentados são perfeitos para relacionamentos online Quem já passou dos 50 já sabe : Os joguinhos amorosos que precedem um relacionamento são uma coisa pra quem tem tempo. E só você sabe o quanto o seu tempo é precioso. Leia mais → Depoimentos Tanto eu como o Cláudio saíamos de relações longas e nunca tínhamos usado um site de relacionamento. Namoro sênior foi uma benção para nós dois. Nos conhecemos e em apenas alguns dias já tínhamos nos encontrado aqui no bairro. Teresa Olveira - São Paulo Mais depoimentos → Faça novos amigos Você melhor do que ninguém sabe o valor de uma boa amizade. Faça novos amigos e encontre companhia para momentos especiais e também para o dia-a-dia. Saiba mais →
  • 16. Namoro na terceira idade Com diferentes horizontes nossos membros procuram companhia especiais para dividir as alegrias e todos os preciosos instantes do dia-a-dia de quem tem experiência de vida. Se você procura um amor na sua idade, entre já. Leia mais → Isso demonstra como o idoso de hoje anseia por diferentes experiência sociais, não permitindo se satisfazer com atividades até então corriqueiras para a faixa etária. Existe a forte tendência de oferecer eventos e produtos ligados às atividades que valorizem a vivencia do idoso, como exposições de artes plásticas, concertos músicas, sarais para apreciação literária, peças teatrais, produções cinematográficas e até mesmo publicidade. O idoso de hoje também se relaciona afetivamente. Vovó tecendo com suas agulhas de tricô e vovô acomodado no sofá às voltas com jornais e palavras cruzadas é uma cena ultrapassada e pouco vista. Em uma pesquisa realizada no primeiro semestre de 2013 pelo Instituto Data Popular o resultado revela que 1,1 milhão de brasileiros acima de 60 anos estão namorando. A dimensão desse número corrobora com o provérbio popular que afirma que para o amor não existe idade. Lamentavelmente em alguns casos ainda predomina o preconceito do próprio idoso, da família e sociedade, e a falta do suporte necessário na seara afetiva pode levar a um estado de vulnerabilidade. Temendo ser rotulado o idoso mantém em segredo o desejo de se relacionar e passa a ser vítima potencial de pessoas que agem de má fé e têm apenas interesse financeiro. Importante ainda são as considerações relacionadas à pratica sexual desprotegida e o uso sem prescrição de fármacos para disfunção erétil. Dados do Ministério da Saúde apontam que a contaminação pelo vírus HIV cresceu 80% entre os idosos nos últimos doze anos. O uso da substância citrato de sildenafila (VIAGRA®) , segundo a bula do fabricante, indicado para o tratamento da disfunção erétil pode causar doenças como cefaleia, taquicardia, hipotensão, sangramento nasal, convulsão, síncope, fechamento da garganta, priapismo (ereção persistente e dolorosa do pênis) e levar a morte. Em função disso a promoção e o incentivo para que o idoso exerça as atividades que lhe conferem bem-estar e qualidade de vida são fundamentais.
  • 17. A convivência com o ambiente acadêmico é outra esfera da temática que cresce. Os números de idosos acadêmicos é cada vez mais maior, em universidades voltadas especialmente para as pessoas maiores de 60 anos ou em universidades regulares. Em ambas as situações esse idoso é recebido e acolhido com admiração e respeito, tendo sua experiência valorizada. É fato que há muito para melhorar, e a esse respeito Medeiros (2001) afirma que: Os mitos que foram construídos sobre os velhos: que eles não aprendem, que não mudam, que são conservadores, estão caindo por terra. Portanto, os que envelhecem não podem e nem querem ser excluídos da luta pela construção de uma nova sociedade, uma vez que os sistemas que conhecemos não respondem adequadamente às exigências de um novo tempo. Em busca e comprovando o advento de um novo tempo o idoso de hoje se mantém economicamente ativo. Dados do IBGE mostram que no Brasil a participação do idoso na renda familiar se revela cada vez mais expressiva. No início da década de 1980, a contribuição dos idosos era de 37,0%; já na década de 1990 passou a ser de 47,2% e, em 2007, em 53,0% dos domicílios do país, mais da metade da renda familiar era fornecida por pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (IBGE, 2010). Percebe-se que o perfil do idoso vem apresentando mudanças significativas e conjuntamente as famílias exibem configurações reformadas em que o idoso deixa de ser o recebedor de e passa a ser provedor. Metodologia: A metodologia adotada neste trabalho consistiu em uma pesquisa bibliográfica e virtual por meio dos websites de órgãos governamentais e privado. Conclusão: Deve-se valorizar o idoso, sua história de vida, experiências e contribuições uma vez que hoje é um ator social imprescindível. É necessário enxergar a temática do idoso com um novo olhar e projetar uma meta de ideal a ser ofertado para o idoso de hoje. "O passado serve para evidenciar as nossas falhas e dar-nos indicações para o progresso do futuro". Henry Ford
  • 18. Referências bibliográficas: CARVALHO, M. C. B ; ALMEIDA, V L. V. Programas e serviços de proteção e inclusão social dos idosos.Brasília: MPAS,1998. MEDEIROS, S. Aprendizagem continuada ao longo da vida: o exemplo da terceira idade. In: Longevidade: um novo desafio para a educação. São Paulo: Cortez, 2001. Websites: IBGE - www.ibge.gov.br Ministério da Saúde - www.saude.gov.br Laboratórios Pfizer - www.pfizer.com.br Namoro Senior - www.namorosenior.com