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Campanha “anti-drogas”
Consumo de Drogas e Medicalização
(Drogadição) da vida
CRAS - Centro de Referência de Assistência Social
Nova Santa Helena - MT
O que é Droga?
Droga, segundo a definição da Organização Mundial
de Saúde (OMS) é qualquer substância não
produzida pelo organismo que tem a propriedade de
atuar sobre um ou mais de seus sistemas, causando
alterações em seu funcionamento.
Drogas: Aspectos conceituais
Em uma definição mais simples pode-se dizer que as
drogas são substâncias consumidas em sua forma
natural ou não, cujo efeito consiste na mudança do
funcionamento do organismo e, na maioria dos
casos, altamente prejudiciais.
Com relação aos tipos de drogas existentes, estas podem ser
subdividas em:
Drogas Lícitas
As drogas lícitas são aquelas legalizadas, produzidas e
comercializadas livremente e que são aceitas pela
sociedade. Os dois principais exemplos de drogas lícitas
na nossa sociedade são o cigarro e o álcool.
Drogas Ilícitas
Ao contrário das drogas lícitas, as ilícitas são aquelas
que não são legalizadas, ou seja, sua produção e
consumo são proibidos.
Drogas - Classificação
As drogas podem ser classificadas de
acordo com a ação que exercem sobre o
sistema nervoso central. Elas podem ser:


Drogas Depressoras



Drogas Estimulantes



Drogas Perturbadoras



Drogas com Efeito Misto
A medicalização (Drogadição) da vida.
Observa-se na sociedade contemporânea uma busca
desenfreada por explicações biológicas e fisiológicas que
possam dar conta de diversos tipos de sofrimentos psíquicos,
dentre estes, os mais frequentes são a ansiedade, estresse,
depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar,fobias.
Buscam-se “soluções medicamentosas” para determinados
fenômenos psicossossiais. Ex: ônibus Brasília
Nesta busca por um alívio imediato dos sintomas, constata-se
que cada vez mais pessoas depositam sua confiança em
receitas rápidas que possam diminuir o mal estar sem se
preocupar em buscar um sentido alternativo para este
sofrimento. Ex:TDAH - Ritalina
A medicalização da vida e do sofrimento tornou-se uma
prática comum e na atualidade tornou-se corriqueiro ir a
uma consulta e sair com uma receita em mãos.
Cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a
uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos
são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitada à
mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma.
O grande perigo da situação descrita anteriormente é que se
cria uma perspectiva totalizadora do ser humano, na qual se
pretende atribuir todos os problemas vivenciais, emocionais a
uma explicação orgânica e, especialmente, genética.
“Mas, ah!, uma seta mais fatal que as minhas
atravessou-me o coração! Sou o deus da medicina e
conheço a virtude de todas as plantas medicinais. Ah!
Sofro de uma enfermidade que bálsamo algum pode
curar!”
Nome popular: BÁLSAMO
Nome científico Cotyledon orbiculata L; Família
Crassulaceae
Propriedades terapêuticas: Digestivo, cicatrizante, emoliente.
Indicações terapêuticas Inflamações gastroentestinais e de
pele, úlcera, erisipela, afecções do aparelho respiratório e
urinário.
O óleo é usado ainda contra diabetes, bronquite crônica,
queimaduras, frieiras.
Ypióca é a marca de uma aguardente de cana, produzida
no estado brasileiro do Ceará desde 1846 pela família
Telles na cidade de Maranguape. A sede da
empresa atualmente encontra-se em Fortaleza. É a marca
mais antiga ainda em funcionamento no Brasil.
Ex:“Tudo é motivo para beber”
Assim, difunde-se a idéia de que existe um gene que
poderia explicar o alcoolismo, as doenças mentais e a
infelicidade, fazendo com que hipóteses duvidosas sejam
divulgadas pela mídia como fatos comprovados
(Leite,2011).
Ex.: Epidemia de Crack no Brasil.
Notícia publicada em 29/09/13 - 0h00 Atualizada em
27/09/13 - 19h18 Impressa em 30/09/13 - 19h42
A hora de se avançar na questão
das drogas
Os números levantados pela Fiocruz na pesquisa
derrubam a errônea tese de que o Brasil vive uma
epidemia de crack.
A pesquisa com o perfil dos usuários de crack (e similares) no Brasil,
divulgada recentemente pela Fundação Oswaldo Cruz, é um
documento essencial. Ele contribui para corrigir o rumo de uma
discussão viciada por conceitos equivocados e proposições
ultrapassadas, que desservem aos esforços para conter o avanço da
circulação (uso e comércio) de entorpecentes no país.
Sua importância pode ser dimensionada pela abrangência do
universo pesquisado (segundo a Fiocruz, trata-se do maior
levantamento do gênero no mundo) e pelos caminhos que aponta
para isolar o oportunismo, político ou ideológico, a má-fé e mesmo a
ignorância que ameaçam colocar as ações de combate às drogas no
Brasil no sentido oposto ao que determinam bom senso e resultados
obtidos em países mais avançados nessa luta.
Um dos grandes méritos da pesquisa é ter juntado dados levantados em
visitas domiciliares e em locais utilizados por usuários de crack e similares
em distintas regiões do país. Chegou-se a uma estimativa de que há no país
370 mil consumidores dessa droga, 0,8% da população das capitais
brasileiras. Junte-se a isso o dado, comprovado, de que a grande maioria
dos usuários faz uso recreacional das drogas, sem dependência — logo, sem
necessidade de choques terapêuticos.
Os números levantados pela Fiocruz derrubam a tese de que o Brasil vive
uma epidemia de crack. “O que se tem é uma epidemia de abandono”,
interpreta a socióloga Julita Lemgruber, em artigo publicado no GLOBO,
diante da constatação de que 40% dos usuários de crack vivem em situação
de rua. Isso não implica abrir a guarda e
deixar de tratar as drogas como algo grave. O perfil do consumo de
entorpecentes sugere que o país está longe de ter equacionado o problema,
mas, igualmente — e esta é uma grande contribuição da pesquisa —, não
vive, ainda, no pior dos mundos, como querem fazer crer os apóstolos do
apocalipse que pregam a adoção de políticas retrógradas no combate ao
vício.
Disponível em:
http://oglobo.globo.com/opiniao/a-hora-de-se-avancar-na-questao-das-drogas10185591 ?service
=print
Explicar e reduzir a experiência humana através de um saber
totalitário, de categorias fechadas e limitadas, CID- 10 e
DSM-IV, que oferecem explicações prontas para
determinados comportamentos diminui o real do sofrimento e
a angústia por não saber a razão deste sofrimento.
Assim, percebe-se atualmente uma grande adesão a estas
formas de explicação que reduzem e até mesmo impedem o
homem de construir através de uma experiência particular e
subjetiva um significado para seu sofrimento. (Leite, 2011).
A prática de uma religião, espiritualidade transcendental ou
mística são formas de dar sentido à vida.

Ayahuasca (Hoasca)

Ayahuasca é uma bebida produzida a partir de duas
plantas amazônicas: Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis.
O uso da Hoasca está associado a práticas religiosas e é
utilizada por indígenas da Amazônia e por curandeiros ou
vegetalistas em toda Amazônia, especialmente Peru,
Colômbia, na região conhecida como Alto Amazonas, vizinha
à província peruana com esse nome (Alto Amazonas
(província) e Equador.
No Brasil, as religiões Santo Daime, Barquinha e União do
Vegetal originaram-se no consumo da ayahuasca, o que as
inclui entre as muitas religiões que ainda fazem uso de cascas,
folhas, sementes e raízes em seus cultos ou as prescrevem
para o combate a males do corpo ou da alma em contexto
ritual
Consumidor de Psicotrópicos, consumidor de Ypióca,
consumidor de Crack, consumidor de Owasca...
Todos são CONSUMIDORES!
CULTURA CONSUMISTA: IMEDIATISMO, SOCIEDADE
DO BEM ESTAR
Ex:música capital inicial
A psicanálise propõe uma experiência subjetiva na qual o
sujeito construirá um significado para seu sofrimento, seu
sintoma.
Através deste método de investigação busca-se essencialmente
evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das
produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios, atos falhos) de
um sujeito. Desta forma, o sujeito poderá elaborar situações
traumáticas, e ressignificar questões dolorosas.
Ex:explicar um pouco sobre visão psicanálitica
-Adeus, disse a raposa. Eis o
meu segredo. É muito simples:
só se vê bem com o coração.
O essencial é invisível para
os olhos.
Ex: pacientes oncológicos
Obrigado!

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Campanha anti drogas

  • 1. Campanha “anti-drogas” Consumo de Drogas e Medicalização (Drogadição) da vida CRAS - Centro de Referência de Assistência Social Nova Santa Helena - MT
  • 2. O que é Droga? Droga, segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) é qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, causando alterações em seu funcionamento.
  • 3. Drogas: Aspectos conceituais Em uma definição mais simples pode-se dizer que as drogas são substâncias consumidas em sua forma natural ou não, cujo efeito consiste na mudança do funcionamento do organismo e, na maioria dos casos, altamente prejudiciais.
  • 4. Com relação aos tipos de drogas existentes, estas podem ser subdividas em: Drogas Lícitas As drogas lícitas são aquelas legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e que são aceitas pela sociedade. Os dois principais exemplos de drogas lícitas na nossa sociedade são o cigarro e o álcool. Drogas Ilícitas Ao contrário das drogas lícitas, as ilícitas são aquelas que não são legalizadas, ou seja, sua produção e consumo são proibidos.
  • 5. Drogas - Classificação As drogas podem ser classificadas de acordo com a ação que exercem sobre o sistema nervoso central. Elas podem ser:  Drogas Depressoras  Drogas Estimulantes  Drogas Perturbadoras  Drogas com Efeito Misto
  • 6. A medicalização (Drogadição) da vida. Observa-se na sociedade contemporânea uma busca desenfreada por explicações biológicas e fisiológicas que possam dar conta de diversos tipos de sofrimentos psíquicos, dentre estes, os mais frequentes são a ansiedade, estresse, depressão, síndrome do pânico, transtorno bipolar,fobias. Buscam-se “soluções medicamentosas” para determinados fenômenos psicossossiais. Ex: ônibus Brasília
  • 7. Nesta busca por um alívio imediato dos sintomas, constata-se que cada vez mais pessoas depositam sua confiança em receitas rápidas que possam diminuir o mal estar sem se preocupar em buscar um sentido alternativo para este sofrimento. Ex:TDAH - Ritalina
  • 8. A medicalização da vida e do sofrimento tornou-se uma prática comum e na atualidade tornou-se corriqueiro ir a uma consulta e sair com uma receita em mãos.
  • 9. Cada paciente é tratado como um ser anônimo, pertencente a uma totalidade orgânica. Imerso numa massa em que todos são criados à imagem de um clone, ele vê ser-lhe receitada à mesma gama de medicamentos, seja qual for o seu sintoma.
  • 10. O grande perigo da situação descrita anteriormente é que se cria uma perspectiva totalizadora do ser humano, na qual se pretende atribuir todos os problemas vivenciais, emocionais a uma explicação orgânica e, especialmente, genética.
  • 11. “Mas, ah!, uma seta mais fatal que as minhas atravessou-me o coração! Sou o deus da medicina e conheço a virtude de todas as plantas medicinais. Ah! Sofro de uma enfermidade que bálsamo algum pode curar!”
  • 12. Nome popular: BÁLSAMO Nome científico Cotyledon orbiculata L; Família Crassulaceae Propriedades terapêuticas: Digestivo, cicatrizante, emoliente. Indicações terapêuticas Inflamações gastroentestinais e de pele, úlcera, erisipela, afecções do aparelho respiratório e urinário. O óleo é usado ainda contra diabetes, bronquite crônica, queimaduras, frieiras.
  • 13. Ypióca é a marca de uma aguardente de cana, produzida no estado brasileiro do Ceará desde 1846 pela família Telles na cidade de Maranguape. A sede da empresa atualmente encontra-se em Fortaleza. É a marca mais antiga ainda em funcionamento no Brasil. Ex:“Tudo é motivo para beber”
  • 14. Assim, difunde-se a idéia de que existe um gene que poderia explicar o alcoolismo, as doenças mentais e a infelicidade, fazendo com que hipóteses duvidosas sejam divulgadas pela mídia como fatos comprovados (Leite,2011). Ex.: Epidemia de Crack no Brasil.
  • 15. Notícia publicada em 29/09/13 - 0h00 Atualizada em 27/09/13 - 19h18 Impressa em 30/09/13 - 19h42 A hora de se avançar na questão das drogas Os números levantados pela Fiocruz na pesquisa derrubam a errônea tese de que o Brasil vive uma epidemia de crack.
  • 16. A pesquisa com o perfil dos usuários de crack (e similares) no Brasil, divulgada recentemente pela Fundação Oswaldo Cruz, é um documento essencial. Ele contribui para corrigir o rumo de uma discussão viciada por conceitos equivocados e proposições ultrapassadas, que desservem aos esforços para conter o avanço da circulação (uso e comércio) de entorpecentes no país. Sua importância pode ser dimensionada pela abrangência do universo pesquisado (segundo a Fiocruz, trata-se do maior levantamento do gênero no mundo) e pelos caminhos que aponta para isolar o oportunismo, político ou ideológico, a má-fé e mesmo a ignorância que ameaçam colocar as ações de combate às drogas no Brasil no sentido oposto ao que determinam bom senso e resultados obtidos em países mais avançados nessa luta.
  • 17. Um dos grandes méritos da pesquisa é ter juntado dados levantados em visitas domiciliares e em locais utilizados por usuários de crack e similares em distintas regiões do país. Chegou-se a uma estimativa de que há no país 370 mil consumidores dessa droga, 0,8% da população das capitais brasileiras. Junte-se a isso o dado, comprovado, de que a grande maioria dos usuários faz uso recreacional das drogas, sem dependência — logo, sem necessidade de choques terapêuticos. Os números levantados pela Fiocruz derrubam a tese de que o Brasil vive uma epidemia de crack. “O que se tem é uma epidemia de abandono”, interpreta a socióloga Julita Lemgruber, em artigo publicado no GLOBO, diante da constatação de que 40% dos usuários de crack vivem em situação de rua. Isso não implica abrir a guarda e deixar de tratar as drogas como algo grave. O perfil do consumo de entorpecentes sugere que o país está longe de ter equacionado o problema, mas, igualmente — e esta é uma grande contribuição da pesquisa —, não vive, ainda, no pior dos mundos, como querem fazer crer os apóstolos do apocalipse que pregam a adoção de políticas retrógradas no combate ao vício. Disponível em: http://oglobo.globo.com/opiniao/a-hora-de-se-avancar-na-questao-das-drogas10185591 ?service =print
  • 18. Explicar e reduzir a experiência humana através de um saber totalitário, de categorias fechadas e limitadas, CID- 10 e DSM-IV, que oferecem explicações prontas para determinados comportamentos diminui o real do sofrimento e a angústia por não saber a razão deste sofrimento. Assim, percebe-se atualmente uma grande adesão a estas formas de explicação que reduzem e até mesmo impedem o homem de construir através de uma experiência particular e subjetiva um significado para seu sofrimento. (Leite, 2011).
  • 19. A prática de uma religião, espiritualidade transcendental ou mística são formas de dar sentido à vida. Ayahuasca (Hoasca) Ayahuasca é uma bebida produzida a partir de duas plantas amazônicas: Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis.
  • 20. O uso da Hoasca está associado a práticas religiosas e é utilizada por indígenas da Amazônia e por curandeiros ou vegetalistas em toda Amazônia, especialmente Peru, Colômbia, na região conhecida como Alto Amazonas, vizinha à província peruana com esse nome (Alto Amazonas (província) e Equador. No Brasil, as religiões Santo Daime, Barquinha e União do Vegetal originaram-se no consumo da ayahuasca, o que as inclui entre as muitas religiões que ainda fazem uso de cascas, folhas, sementes e raízes em seus cultos ou as prescrevem para o combate a males do corpo ou da alma em contexto ritual
  • 21. Consumidor de Psicotrópicos, consumidor de Ypióca, consumidor de Crack, consumidor de Owasca... Todos são CONSUMIDORES! CULTURA CONSUMISTA: IMEDIATISMO, SOCIEDADE DO BEM ESTAR Ex:música capital inicial
  • 22. A psicanálise propõe uma experiência subjetiva na qual o sujeito construirá um significado para seu sofrimento, seu sintoma. Através deste método de investigação busca-se essencialmente evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios, atos falhos) de um sujeito. Desta forma, o sujeito poderá elaborar situações traumáticas, e ressignificar questões dolorosas. Ex:explicar um pouco sobre visão psicanálitica
  • 23. -Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos. Ex: pacientes oncológicos