SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 13
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
Kleber Couto Pinto
CAPÍTULO I
SERIAA REFORMA POLÍTICA NECESSÁRIA E
OPORTUNA?
Os movimentos populares que marcaram o ano
de 2014, deixaram agudas lições para nós
brasileiros. A eclosão inicial foi em São
Paulo em razão de um aumento de
passagem. Rapidamente se espalhou para o
Brasil inteiro com emocionantes cenas
cívicas, mas também com lamentáveis cenas
de violência. As reivindicações eram
múltiplas, por vezes até mesmo
contraditórias, entretanto, uma emergiu
soberana como o poder do povo: é preciso
modificar a realidade política do Brasil!
Haveria alguma dúvida sobre a necessidade e
oportunidade de uma extensa e profunda
reforma política?
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestad
o
CAPÍTULO II
QUAL A EXTENSÃO DESTA REFORMA?
Quando falamos em “reforma política” excluímos as simples
alterações. A reforma possui um espectro profundo e extenso,
possibilitando a modificação radical da realidade até então
existente. Todo poder político, vale dizer, todo o exercício deste
poder maior tem que ser repensado, sofrer uma reengenharia. Da
forma como vem sendo exercido até a forma como vem sendo
escolhidos os nossos representantes para exercê-lo, passando é
lógico, pelos instrumentos de controle deste exercício, tudo deve
ser objeto de discussão e estudo.
Por outro lado, por ser a constituição brasileira -como as demais- a
sede do tratamento do nosso poder político e por ser ela
(Constituição) um todo orgânico a sua modificação deve ser
cuidadosa, bem estudada, discutida e de larga escala, pois, a
alteração de um artigo traz uma série de modificações em artigos
correlatos.
Você não acha?
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
CAPITULO III
QUAL A MANEIRA MAIS APROPRIADA EM UM REFERENDO, OU EM
UM PLEBISCITO, OU MESMO EM UMA CONSTITUINTE?
Como se sabe, há defensores para as três
hipóteses, mas não temos aqui espaço para
discutirmos os aspectos positivos e negativos
de cada uma delas, entretanto, uma rápida
reflexão pode nos levar a solução ideal. Se
pensarmos na extensão da reforma que
esperamos e na matéria a ser tratada, por si só
já responde a pergunta formulada. Não há
qualquer possibilidade de se fazer uma
reforma política sem poderes de uma ANC
exercendo o poder constituinte originário,
mesmo que tenha este algumas limitações.
Caso contrário as limitações das cláusulas
pétreas não permitiriam uma reforma e sim
pequenas alterações. Seria mais um engodo.
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
CAPÍTULO IV
UMA CONSTITUINTE EXERCENDO O PODER CONSTITUINTE
ORIGINÁRIO PODE SER LIMITADA?
Ora, o titular do poder soberano é o povo, ele constitui uma
assembleia nacional constituinte quando e como desejar,
para exercer o poder com ou sem limitação. Não há fórmula
impeditiva que tal fato ocorra. A afirmação no sentido de
que o poder constituinte originário é ilimitado e
incondicionado é um simples conceito. Não pode um mero
conceito técnico, existente nos manuais de Direito
Constitucional ou Teoria da Constituição, ser obstáculo
lógico e formal ao exercício por parte do titular do poder
soberano. Há, sim, limites expressos e implícitos ao
exercício do poder constituinte originário. No Brasil tal fato
já ocorreu na Constituição de 1891. A ANC não poderia
optar de novo pela monarquia. Tal fato já ocorreu na Itália,
onde uma consulta popular decidiu pela forma republicana
de governo, também limitando a ANC da época.
Feita esta introdução, o problema está em pauta.
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestad
o
CAPÍTULO V
EM UMA EVENTUAL REFORMA POLÍTICA O TÍTULO I MERECE
ALGUM ESTUDO OU ALTERAÇÃO
No Título I, cuida o texto constitucional dos princípios fundamentais. Portanto,
lembrando aqui a primazia dos princípios em relação as normas, não
vislumbramos grandes alterações. Entretanto, um ponto chama a atenção no
artigo 2º, que prevê: “são poderes da união, independentes e harmônicos
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. E o Ministério Público,
poderia ou deveria em uma reforma política ser alçado à condição de 4º
poder?
Os embates doutrinários são grandes. Em primeiro lugar, devemos lembrar que
a teoria da tripartição de poderes de inspiração aristotélica/ montesquiana
nem sempre é aceita, principalmente em Estados que adotam o sistema
parlamentarista de governo. São quatro os poderes: o legislativo, o
executivo, o judiciário e o moderador. Já o adotamos por duas vezes. Em
segundo lugar, hoje é a instituição que possui a maior credibilidade do país.
Em terceiro, possui todas as garantias da magistratura, inclusive, autonomia
administrativa e financeira. Em quarto cumpre um valioso papel de
contenção do poder e de intensa fiscalização do seu exercício. Em quinto,
porque não?
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
CAPITULO VI
O TÍTULO II MERECE ALGUMAALTERAÇÃO?
No artigo 5º. deveria a ANC estar limitada. Não poderia em tese excluir algum
direito fundamental, até mesmo pelo princípio da proibição do retrocesso.
Entretanto, pode alterar a redação para adicionar algum outro direito assim
considerado e que não esteja elencado.
Quanto aos parágrafos, o 2º é mais abrangente que o 3º, o qual, poderia ser
deslocado para o capítulo referente ao processo legislativo. Mas, esta
alteração seria mais técnica, escapando aos limites desejados de uma
reforma política. Assim, não vislumbramos qualquer necessidade urgente
de alterações.
No que se refere aos artigos 7º, 8º, 9º, 10º e 11º, embora entendamos que
mereçam um estudo mais reflexivo até mesmo pela própria sobrevivência
da economia, não achamos que a sede desta discussão deve ser a ANC
convocada para a reforma política. Esta discussão deve ter outra
oportunidade com um maior amadurecimento, pois, são direitos
fundamentais a serem discutidos e eventualmente suprimidos.
Mas, realmente seria mais sensato não aproveitar a ANC para se discutir
também este tema?
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
CAPITULO VII
QUANtO AOS DISPOSITIVOS RELATIVOS A NACIONALIDADE E
CIDADANIA?
O estabelecimento da qualidade de nacionais e
nacionalizados e o tratamento do estrangeiro
no Brasil é ato de soberania, portanto, se
insere dentro da reforma política. Contudo,
não vislumbramos neste contexto qualquer
necessidade de alteração, embora haja
algumas imperfeições técnicas como a
confusão entre os conceitos de
nacionalidade, naturalidade e cidadania.
Alguma sugestão?
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
CAPÍTULO VIII
O CAPÍTULO IV SOBRE OS DIREITOS POLÍTICOS MERECE
ALGUMAS ALTERAÇÕES?
Sim e são muitas, a começar pela péssima técnica
redacional apresentada. O artigo 14 cuida de
assuntos diversos em um mesmo contexto. Na
parte inicial poderia se adicionar, quem sabe, o
recall para decisões do Supremo Tribunal
Federal, assim como, destituições populares de
mandatos. A ação popular teria uma boa
colocação neste contexto.
O § 1º. e 2º. Deveria ser um artigo à parte. Seria
útil a discussão sobre a natureza do voto direto,
faculdade, obrigação, dever cívico?
O § 3º. deveria ser um artigo à parte e ser mais claro
em relação ao requisito da nacionalidade.
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
Continuação cap VIII
O CAPÍTULO IV SOBRE OS DIREITOS POLÍTICOS MERECE
ALGUMAS ALTERAÇÕES
Os §§ 4º, 5º, 6º, 7º e 8º. Fazem confusão entre
os alistáveis e os elegíveis e carecem de
melhor técnica de exposição. Em relação ao
conteúdo nada contra.
Os §§ 10º e 11º Cuidam da ação de
impugnação de mandato que, se o
constituinte desejasse -equivocadamente,
entendemos- inseri-la neste contexto
deveria fazê-lo em artigo próprio ou prever
os dispositivos em conjunto com o artigo
15º.
O art. 167º prevê o princípio da aplicabilidade
imediata da lei respeitado o princípio da
anualidade, muito discutido nos casos da
ficha limpa. (A decisão do TSE sobre
Maluf vale uma passada de olhos .... não
mais do que isto !!!)
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
CAPÍTULO IX
O CAPÍTULO QUE VERSA SOBRE PARTIDOS POLÍTICOS MERECE
ALTERAÇÕES?
Neste capítulo temos algumas discussões de
grande relevância. Como evitar os
chamados partidos nanicos de aluguel em
razão do pluripartidarismo? Males
naturais da Democracia?
Como evitar a corrupção de grandes blocos
empresariais que fornecem subsídio
financeiro aos partidos?
Qual o instrumento de controle efetivo que
poderia ser criado para facilitar a
fiscalização das fontes financeiras, os
gastos e, principalmente o caixa dois?
A discussão está em aberto.
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
CAPÍTULO X
VOCE ACHA QUE DEVERIA SER INSERIDAALGUMA MATÉRIA NO
TÍTULO II?
A fidelidade
partidária e a perda
do mandato do
eleito para o
partido (como
ocorre no sistema
proporcional)
poderiam ser
cuidados neste
capítulo?
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
Vamos conversar!
A exposição sobre o tema reforma política,
exibida em 10 capítulos, tem entre muitos
objetivos, fomentar a reflexão e o debate.
Para mais informações envie mensagem para:
cursodeteoriageraldoestado@gmail.com ou
acesse:
www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O que esperar de um Governo Bolsonaro?
O que esperar de um Governo Bolsonaro?O que esperar de um Governo Bolsonaro?
O que esperar de um Governo Bolsonaro?Marcos Mamute
 
Seminário A Reforma Política Brasileira, 04/06/2009 - Apresentação de Marco M...
Seminário A Reforma Política Brasileira, 04/06/2009 - Apresentação de Marco M...Seminário A Reforma Política Brasileira, 04/06/2009 - Apresentação de Marco M...
Seminário A Reforma Política Brasileira, 04/06/2009 - Apresentação de Marco M...FecomercioSP
 
Programa De Governo Alckmin Presidente 2006
Programa De Governo Alckmin Presidente 2006Programa De Governo Alckmin Presidente 2006
Programa De Governo Alckmin Presidente 2006Guilherme Moreira
 
BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?
BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?
BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?Fernando Zornitta
 
Proposta 41238-130000055073-5026603
Proposta 41238-130000055073-5026603Proposta 41238-130000055073-5026603
Proposta 41238-130000055073-5026603Ludmila Moreira
 
Reforma da constituição ou retrocesso político no brasil
Reforma da constituição ou retrocesso político no brasilReforma da constituição ou retrocesso político no brasil
Reforma da constituição ou retrocesso político no brasilFernando Alcoforado
 
Atualidade sobre política brasileira
Atualidade sobre política brasileiraAtualidade sobre política brasileira
Atualidade sobre política brasileiraBruna Azevedo
 
Como evitar o arruinamento político e administrativo do brasil
Como evitar o arruinamento político e administrativo do brasilComo evitar o arruinamento político e administrativo do brasil
Como evitar o arruinamento político e administrativo do brasilFernando Alcoforado
 
Coalizão ou cooptação entre os Poderes?
Coalizão ou cooptação entre os Poderes?Coalizão ou cooptação entre os Poderes?
Coalizão ou cooptação entre os Poderes?ABRADEP
 
Sócrates foi contra a lei do enriquecimento ilícito
Sócrates foi contra a lei do enriquecimento ilícitoSócrates foi contra a lei do enriquecimento ilícito
Sócrates foi contra a lei do enriquecimento ilícitoPaulo Matos
 
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a ConstituiçãoNota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a ConstituiçãoPalácio do Planalto
 
Reflexões sobre a política
Reflexões sobre a políticaReflexões sobre a política
Reflexões sobre a políticaCIRINEU COSTA
 

Mais procurados (18)

O que esperar de um Governo Bolsonaro?
O que esperar de um Governo Bolsonaro?O que esperar de um Governo Bolsonaro?
O que esperar de um Governo Bolsonaro?
 
Seminário A Reforma Política Brasileira, 04/06/2009 - Apresentação de Marco M...
Seminário A Reforma Política Brasileira, 04/06/2009 - Apresentação de Marco M...Seminário A Reforma Política Brasileira, 04/06/2009 - Apresentação de Marco M...
Seminário A Reforma Política Brasileira, 04/06/2009 - Apresentação de Marco M...
 
O impeachment
O impeachmentO impeachment
O impeachment
 
Programa De Governo Alckmin Presidente 2006
Programa De Governo Alckmin Presidente 2006Programa De Governo Alckmin Presidente 2006
Programa De Governo Alckmin Presidente 2006
 
BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?
BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?
BRASIL: O PARLAMENTARISMO PODE SER UM NOVO CAMINHO ?
 
A reforma política que queremos
A reforma política que queremosA reforma política que queremos
A reforma política que queremos
 
Proposta 41238-130000055073-5026603
Proposta 41238-130000055073-5026603Proposta 41238-130000055073-5026603
Proposta 41238-130000055073-5026603
 
dfasdfw
dfasdfwdfasdfw
dfasdfw
 
Reforma da constituição ou retrocesso político no brasil
Reforma da constituição ou retrocesso político no brasilReforma da constituição ou retrocesso político no brasil
Reforma da constituição ou retrocesso político no brasil
 
Resolução política-cen-26-02-15
Resolução política-cen-26-02-15Resolução política-cen-26-02-15
Resolução política-cen-26-02-15
 
Cinara verbos
Cinara verbosCinara verbos
Cinara verbos
 
Reformas de que o Brasil precisa: as três fronteiras da democracia
Reformas de que o Brasil precisa: as três fronteiras da democraciaReformas de que o Brasil precisa: as três fronteiras da democracia
Reformas de que o Brasil precisa: as três fronteiras da democracia
 
Atualidade sobre política brasileira
Atualidade sobre política brasileiraAtualidade sobre política brasileira
Atualidade sobre política brasileira
 
Como evitar o arruinamento político e administrativo do brasil
Como evitar o arruinamento político e administrativo do brasilComo evitar o arruinamento político e administrativo do brasil
Como evitar o arruinamento político e administrativo do brasil
 
Coalizão ou cooptação entre os Poderes?
Coalizão ou cooptação entre os Poderes?Coalizão ou cooptação entre os Poderes?
Coalizão ou cooptação entre os Poderes?
 
Sócrates foi contra a lei do enriquecimento ilícito
Sócrates foi contra a lei do enriquecimento ilícitoSócrates foi contra a lei do enriquecimento ilícito
Sócrates foi contra a lei do enriquecimento ilícito
 
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a ConstituiçãoNota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
Nota Pública: Não se combate corrupção corrompendo a Constituição
 
Reflexões sobre a política
Reflexões sobre a políticaReflexões sobre a política
Reflexões sobre a política
 

Semelhante a Reforma política: análise dos principais tópicos a serem discutidos em uma Assembleia Nacional Constituinte

Os Principios Constitucionais Da Administracao Publica E O Projeto De
Os Principios Constitucionais Da Administracao Publica E O Projeto DeOs Principios Constitucionais Da Administracao Publica E O Projeto De
Os Principios Constitucionais Da Administracao Publica E O Projeto Demarcosurl
 
Hierarquia das leis
Hierarquia das leisHierarquia das leis
Hierarquia das leisNancy Binda
 
1001 questões comentadas direito constitucional - fgv - ano 2010
1001 questões comentadas   direito constitucional - fgv - ano 20101001 questões comentadas   direito constitucional - fgv - ano 2010
1001 questões comentadas direito constitucional - fgv - ano 2010Renan Oliveira
 
Aula 02 direito constitucional
Aula 02   direito constitucionalAula 02   direito constitucional
Aula 02 direito constitucionalcra3689
 
Pós graduação – universidade salgado de oliveira
Pós graduação – universidade salgado de oliveiraPós graduação – universidade salgado de oliveira
Pós graduação – universidade salgado de oliveiraAndrey Brugger
 
Direito Constitucional
Direito ConstitucionalDireito Constitucional
Direito ConstitucionalJuniorMarinho7
 
Constituicao 1988 esperança
Constituicao 1988 esperançaConstituicao 1988 esperança
Constituicao 1988 esperançaRosane Domingues
 
Introdução ao direito constitucional módulo III
Introdução ao direito constitucional   módulo IIIIntrodução ao direito constitucional   módulo III
Introdução ao direito constitucional módulo IIIRosane Domingues
 
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo III
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo IIIIntrodução ao Direito Constitucional - Módulo III
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo IIIRosane Domingues
 
As alterações na LINDB e o controle externo
As alterações na LINDB e o controle externoAs alterações na LINDB e o controle externo
As alterações na LINDB e o controle externoTiagoCarneiro45
 
As alterações na LINDB e o controle externo
As alterações na LINDB e o controle externoAs alterações na LINDB e o controle externo
As alterações na LINDB e o controle externoTiagoCarneiro45
 
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...Amanda Lima
 
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...Ivanildo Silva
 
Revista IOB de Direito Público | IOB e-Store
Revista IOB de Direito Público | IOB e-StoreRevista IOB de Direito Público | IOB e-Store
Revista IOB de Direito Público | IOB e-StoreIOB News
 
Globalização e a Normatividade Jurídica
Globalização e a Normatividade JurídicaGlobalização e a Normatividade Jurídica
Globalização e a Normatividade JurídicaRafael
 

Semelhante a Reforma política: análise dos principais tópicos a serem discutidos em uma Assembleia Nacional Constituinte (20)

Os Principios Constitucionais Da Administracao Publica E O Projeto De
Os Principios Constitucionais Da Administracao Publica E O Projeto DeOs Principios Constitucionais Da Administracao Publica E O Projeto De
Os Principios Constitucionais Da Administracao Publica E O Projeto De
 
Hierarquia das leis
Hierarquia das leisHierarquia das leis
Hierarquia das leis
 
1001 questões comentadas direito constitucional - fgv - ano 2010
1001 questões comentadas   direito constitucional - fgv - ano 20101001 questões comentadas   direito constitucional - fgv - ano 2010
1001 questões comentadas direito constitucional - fgv - ano 2010
 
Aula 02 direito constitucional
Aula 02   direito constitucionalAula 02   direito constitucional
Aula 02 direito constitucional
 
hidrografia
hidrografiahidrografia
hidrografia
 
Pós graduação – universidade salgado de oliveira
Pós graduação – universidade salgado de oliveiraPós graduação – universidade salgado de oliveira
Pós graduação – universidade salgado de oliveira
 
Ficha limpa comentada
Ficha limpa comentadaFicha limpa comentada
Ficha limpa comentada
 
Direito Constitucional
Direito ConstitucionalDireito Constitucional
Direito Constitucional
 
Constituicao 1988 esperança
Constituicao 1988 esperançaConstituicao 1988 esperança
Constituicao 1988 esperança
 
Introdução ao direito constitucional módulo III
Introdução ao direito constitucional   módulo IIIIntrodução ao direito constitucional   módulo III
Introdução ao direito constitucional módulo III
 
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo III
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo IIIIntrodução ao Direito Constitucional - Módulo III
Introdução ao Direito Constitucional - Módulo III
 
As alterações na LINDB e o controle externo
As alterações na LINDB e o controle externoAs alterações na LINDB e o controle externo
As alterações na LINDB e o controle externo
 
As alterações na LINDB e o controle externo
As alterações na LINDB e o controle externoAs alterações na LINDB e o controle externo
As alterações na LINDB e o controle externo
 
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
 
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
Alfacon tecnico do_inss_fcc_direito_constitucional_daniel_sena_1o_enc_2013101...
 
constitucional 1enc
constitucional 1encconstitucional 1enc
constitucional 1enc
 
9487 d
9487 d9487 d
9487 d
 
Revista IOB de Direito Público | IOB e-Store
Revista IOB de Direito Público | IOB e-StoreRevista IOB de Direito Público | IOB e-Store
Revista IOB de Direito Público | IOB e-Store
 
Globalização e a Normatividade Jurídica
Globalização e a Normatividade JurídicaGlobalização e a Normatividade Jurídica
Globalização e a Normatividade Jurídica
 
Aula 07
Aula 07Aula 07
Aula 07
 

Reforma política: análise dos principais tópicos a serem discutidos em uma Assembleia Nacional Constituinte

  • 2. CAPÍTULO I SERIAA REFORMA POLÍTICA NECESSÁRIA E OPORTUNA? Os movimentos populares que marcaram o ano de 2014, deixaram agudas lições para nós brasileiros. A eclosão inicial foi em São Paulo em razão de um aumento de passagem. Rapidamente se espalhou para o Brasil inteiro com emocionantes cenas cívicas, mas também com lamentáveis cenas de violência. As reivindicações eram múltiplas, por vezes até mesmo contraditórias, entretanto, uma emergiu soberana como o poder do povo: é preciso modificar a realidade política do Brasil! Haveria alguma dúvida sobre a necessidade e oportunidade de uma extensa e profunda reforma política? www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestad o
  • 3. CAPÍTULO II QUAL A EXTENSÃO DESTA REFORMA? Quando falamos em “reforma política” excluímos as simples alterações. A reforma possui um espectro profundo e extenso, possibilitando a modificação radical da realidade até então existente. Todo poder político, vale dizer, todo o exercício deste poder maior tem que ser repensado, sofrer uma reengenharia. Da forma como vem sendo exercido até a forma como vem sendo escolhidos os nossos representantes para exercê-lo, passando é lógico, pelos instrumentos de controle deste exercício, tudo deve ser objeto de discussão e estudo. Por outro lado, por ser a constituição brasileira -como as demais- a sede do tratamento do nosso poder político e por ser ela (Constituição) um todo orgânico a sua modificação deve ser cuidadosa, bem estudada, discutida e de larga escala, pois, a alteração de um artigo traz uma série de modificações em artigos correlatos. Você não acha? www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 4. CAPITULO III QUAL A MANEIRA MAIS APROPRIADA EM UM REFERENDO, OU EM UM PLEBISCITO, OU MESMO EM UMA CONSTITUINTE? Como se sabe, há defensores para as três hipóteses, mas não temos aqui espaço para discutirmos os aspectos positivos e negativos de cada uma delas, entretanto, uma rápida reflexão pode nos levar a solução ideal. Se pensarmos na extensão da reforma que esperamos e na matéria a ser tratada, por si só já responde a pergunta formulada. Não há qualquer possibilidade de se fazer uma reforma política sem poderes de uma ANC exercendo o poder constituinte originário, mesmo que tenha este algumas limitações. Caso contrário as limitações das cláusulas pétreas não permitiriam uma reforma e sim pequenas alterações. Seria mais um engodo. www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 5. CAPÍTULO IV UMA CONSTITUINTE EXERCENDO O PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO PODE SER LIMITADA? Ora, o titular do poder soberano é o povo, ele constitui uma assembleia nacional constituinte quando e como desejar, para exercer o poder com ou sem limitação. Não há fórmula impeditiva que tal fato ocorra. A afirmação no sentido de que o poder constituinte originário é ilimitado e incondicionado é um simples conceito. Não pode um mero conceito técnico, existente nos manuais de Direito Constitucional ou Teoria da Constituição, ser obstáculo lógico e formal ao exercício por parte do titular do poder soberano. Há, sim, limites expressos e implícitos ao exercício do poder constituinte originário. No Brasil tal fato já ocorreu na Constituição de 1891. A ANC não poderia optar de novo pela monarquia. Tal fato já ocorreu na Itália, onde uma consulta popular decidiu pela forma republicana de governo, também limitando a ANC da época. Feita esta introdução, o problema está em pauta. www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestad o
  • 6. CAPÍTULO V EM UMA EVENTUAL REFORMA POLÍTICA O TÍTULO I MERECE ALGUM ESTUDO OU ALTERAÇÃO No Título I, cuida o texto constitucional dos princípios fundamentais. Portanto, lembrando aqui a primazia dos princípios em relação as normas, não vislumbramos grandes alterações. Entretanto, um ponto chama a atenção no artigo 2º, que prevê: “são poderes da união, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. E o Ministério Público, poderia ou deveria em uma reforma política ser alçado à condição de 4º poder? Os embates doutrinários são grandes. Em primeiro lugar, devemos lembrar que a teoria da tripartição de poderes de inspiração aristotélica/ montesquiana nem sempre é aceita, principalmente em Estados que adotam o sistema parlamentarista de governo. São quatro os poderes: o legislativo, o executivo, o judiciário e o moderador. Já o adotamos por duas vezes. Em segundo lugar, hoje é a instituição que possui a maior credibilidade do país. Em terceiro, possui todas as garantias da magistratura, inclusive, autonomia administrativa e financeira. Em quarto cumpre um valioso papel de contenção do poder e de intensa fiscalização do seu exercício. Em quinto, porque não? www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 7. CAPITULO VI O TÍTULO II MERECE ALGUMAALTERAÇÃO? No artigo 5º. deveria a ANC estar limitada. Não poderia em tese excluir algum direito fundamental, até mesmo pelo princípio da proibição do retrocesso. Entretanto, pode alterar a redação para adicionar algum outro direito assim considerado e que não esteja elencado. Quanto aos parágrafos, o 2º é mais abrangente que o 3º, o qual, poderia ser deslocado para o capítulo referente ao processo legislativo. Mas, esta alteração seria mais técnica, escapando aos limites desejados de uma reforma política. Assim, não vislumbramos qualquer necessidade urgente de alterações. No que se refere aos artigos 7º, 8º, 9º, 10º e 11º, embora entendamos que mereçam um estudo mais reflexivo até mesmo pela própria sobrevivência da economia, não achamos que a sede desta discussão deve ser a ANC convocada para a reforma política. Esta discussão deve ter outra oportunidade com um maior amadurecimento, pois, são direitos fundamentais a serem discutidos e eventualmente suprimidos. Mas, realmente seria mais sensato não aproveitar a ANC para se discutir também este tema? www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 8. CAPITULO VII QUANtO AOS DISPOSITIVOS RELATIVOS A NACIONALIDADE E CIDADANIA? O estabelecimento da qualidade de nacionais e nacionalizados e o tratamento do estrangeiro no Brasil é ato de soberania, portanto, se insere dentro da reforma política. Contudo, não vislumbramos neste contexto qualquer necessidade de alteração, embora haja algumas imperfeições técnicas como a confusão entre os conceitos de nacionalidade, naturalidade e cidadania. Alguma sugestão? www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 9. CAPÍTULO VIII O CAPÍTULO IV SOBRE OS DIREITOS POLÍTICOS MERECE ALGUMAS ALTERAÇÕES? Sim e são muitas, a começar pela péssima técnica redacional apresentada. O artigo 14 cuida de assuntos diversos em um mesmo contexto. Na parte inicial poderia se adicionar, quem sabe, o recall para decisões do Supremo Tribunal Federal, assim como, destituições populares de mandatos. A ação popular teria uma boa colocação neste contexto. O § 1º. e 2º. Deveria ser um artigo à parte. Seria útil a discussão sobre a natureza do voto direto, faculdade, obrigação, dever cívico? O § 3º. deveria ser um artigo à parte e ser mais claro em relação ao requisito da nacionalidade. www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 10. Continuação cap VIII O CAPÍTULO IV SOBRE OS DIREITOS POLÍTICOS MERECE ALGUMAS ALTERAÇÕES Os §§ 4º, 5º, 6º, 7º e 8º. Fazem confusão entre os alistáveis e os elegíveis e carecem de melhor técnica de exposição. Em relação ao conteúdo nada contra. Os §§ 10º e 11º Cuidam da ação de impugnação de mandato que, se o constituinte desejasse -equivocadamente, entendemos- inseri-la neste contexto deveria fazê-lo em artigo próprio ou prever os dispositivos em conjunto com o artigo 15º. O art. 167º prevê o princípio da aplicabilidade imediata da lei respeitado o princípio da anualidade, muito discutido nos casos da ficha limpa. (A decisão do TSE sobre Maluf vale uma passada de olhos .... não mais do que isto !!!) www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 11. CAPÍTULO IX O CAPÍTULO QUE VERSA SOBRE PARTIDOS POLÍTICOS MERECE ALTERAÇÕES? Neste capítulo temos algumas discussões de grande relevância. Como evitar os chamados partidos nanicos de aluguel em razão do pluripartidarismo? Males naturais da Democracia? Como evitar a corrupção de grandes blocos empresariais que fornecem subsídio financeiro aos partidos? Qual o instrumento de controle efetivo que poderia ser criado para facilitar a fiscalização das fontes financeiras, os gastos e, principalmente o caixa dois? A discussão está em aberto. www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 12. CAPÍTULO X VOCE ACHA QUE DEVERIA SER INSERIDAALGUMA MATÉRIA NO TÍTULO II? A fidelidade partidária e a perda do mandato do eleito para o partido (como ocorre no sistema proporcional) poderiam ser cuidados neste capítulo? www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado
  • 13. Vamos conversar! A exposição sobre o tema reforma política, exibida em 10 capítulos, tem entre muitos objetivos, fomentar a reflexão e o debate. Para mais informações envie mensagem para: cursodeteoriageraldoestado@gmail.com ou acesse: www.facebook.com/cursodeteoriageraldoestado