2. Antecedentes...
No século XIX, a China sofria com a exploração e a
dominação das grandes nações europeias.
O Reino Unido, por exemplo, se destacava por
interferir diretamente tanto nos assuntos políticos
quanto nos culturais: os imperadores da Dinastia
Manchu haviam perdido sua autonomia e
resignavam-se às vontades europeias.
3. Causas da Revolução...
Além da situação de dominação estrangeira, outro fator
causava insatisfação e dificultava o desenvolvimento do
país: alguns poucos proprietários rurais detinham a
posse das terras produtivas chinesas, a agricultura vivia
num regime quase que feudal.
O crescente descontentamento com tal condição acabou
deflagrando um movimento popular conhecido
como Guerra dos Boxers entre os anos de 1898 e 1900.
Por seu cunho nacionalista, a revolta foi duramente
coibida pela ação de tropas estrangeiras. Os rebeldes
defendiam a necessidade de se resistir aos
condicionamentos ocidentais e cristãos que, segundo
eles, eram responsáveis pela situação de miséria em que
se encontrava boa parte da população chinesa.
4. A revolução...
Sun Yat-sen, médico, político e estadista chinês, foi o responsável
pela fundação do Kuomintang (Partido Nacionalista), facção que
tinha como objetivo maior combater o domínio europeu e a
monarquia. Em 1911, ele assumiu o posto de primeiro presidente
da República Chinesa. Apesar de ter contado com o apoio da
maioria dos militares do país, sua administração teve que enfrentar
a oposição de diversas regiões que, comandadas por grandes
proprietários rurais, recusavam-se a aceitar o novo governo. Tal
recusa fez com que a China enfrentasse uma longa e inquietante
guerra civil por vários anos.
Com a morte de Sun Yat-sen no ano de 1925, uma disputa política
foi travada até que o Kuomintang se uniu ao Partido Comunista
Chinês. Posteriormente, em 1927, o general Chiang Kai-shek tomou
o poder e liderou as tropas chinesas, combatendo opositores da
República como os grandes proprietários de terras e os dissidentes
comunistas.
5. A longa marcha...
A longa Marcha foi uma retirada das tropas do Partido Comunista
Chinês, Exército de Libertação Popular, para fugir à perseguição do
exército do Kuomintang. O exército comunista, liderado por Mao
Zedong e Zhou Enlai, composto por 100 mil homens (30 mil
soldados, dos quais 20 mil feridos, e 70 mil camponeses) percorreu,
entre 16 de outubro de 1934 e 20 de outubro de 1935, 9.650 km em
condições extremamente duras. A marcha prolongou-se até que as
tropas comunistas estabeleceram-se na região de Shensi, extremo
norte da China.
Em face das severas condições, muitos integrantes da marcha,
incluindo o irmão de Mao Zedong, Mao Zedan (Mao Tsé-Tung, em
transliteração Wade-Giles), morreram. Mas a Grande Marcha o
consagrou como principal líder da Revolução Chines
a.
7. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) o conflito entre
comunistas e nacionalistas ficou suspenso, pois as duas partes
precisaram se aliar no combate ao Japão, que almejava dominar
a China. Logo que terminou a Grande Guerra, os nacionalistas
reiniciaram a perseguição aos comunistas liderados por Mao Tse-
tung, voltando à disputa bélica.
Posteriormente, em 1949, o país viveu um grande processo de
transformação social e política – a chamada Revolução Comunista
alterou significativamente a sociedade chinesa. Quando os
comunistas finalmente tomaram o poder e instituíram Mao Tse-
tung como chefe supremo, diversas medidas foram adotadas a
partir do projeto político-social denominado Grande Salto para
Frente. Pouco tempo depois, em 1966, o governo chinês criou um
programa de controle cultural, político e ideológico chamado de
Revolução Cultural Chinesa, este buscava neutralizar a
oposição crescente que havia ganhado força com o eminente
fracasso do Grande Salto para Frente.
8. Grande salto adiante...
O Grande Salto para Frente foi um programa econômico e
sóciopolítico lançado pelo Presidente Mao Zedong, do Partido
Comunista Chinês, entre 1958 e 1960, para transformar a China de
um país agrário e atrasado em um país industrial, avançado e
verdadeiramente socialista. Por falta de planejamento e
coordenação, por causa da resistência dos camponeses e de uma
série de erros políticos, este programa radical e altamente utópico
acabou sendo um grande salto para trás.O colapso do Grande Salto
para Frente e a conseqüente fome e depressão na China tiveram um
grande impacto sobre a política partidária do país.Desde 1962, o
partido e o seu presidente começaram a se distanciar, o que
conduziu à formação de duas facções dentro do Partido Comunista
Chinês: a facção radical maoísta, que se encontrava isolada, e a
facção moderada e “revisionista”, que estava no comando efetivo. O
conflito aberto entre as duas facções aconteceria a partir de
1966, quando Mao lançou a Revolução Cultural.
9. Revolução Cultural...
Foi um período de transformações políticas e sociais que agitaram a China entre 1966 e 1976.
Quem a desencadeou foi Mao Tsé-tung, que liderava o país desde 1949, quando os comunistas
chegaram ao poder. Insatisfeito com os rumos do sistema que ele mesmo havia implantado,
Mao queria que a China fugisse do modelo soviético de comunismo, por considerá-lo falido e
onde os burocratas do governo viviam num mundo irreal, com mordomias que o resto da
população não tinha. Assim, numa reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês
(PCC), em agosto de 1966, ele lançou formalmente a Revolução Cultural. "Mao tinha quatro
objetivos: corrigir o rumo das políticas do PCC; substituir seus sucessores por líderes mais
afinados com o que pensava; assegurar uma experiência revolucionária à juventude chinesa; e
tornar menos elitistas os sistemas educacional, cultural e de saúde", diz o cientista político
Kenneth Lieberthal, do Centro de Estudos Chineses da Universidade de Michigan, nos Estados
Unidos.
Para atingir esses objetivos, Mao se apoiou numa enorme mobilização da juventude urbana da
China, organizando grupos conhecidos como Guardas Vermelhos (leia no quadro abaixo). Além
de questionar os rumos do comunismo chinês, a Revolução Cultural combateu o confucionismo,
idéias baseadas no pensamento do filósofo Confúcio, que durante milênios influenciaram a
sociedade chinesa. Pelo valor que davam à hierarquia e ao culto do passado, tais idéias
passaram a ser encaradas como reacionárias. "A Revolução Cultural foi a luta contra uma classe
intelectual separada da massa", diz o historiador Mário Bruno Sproviero, da USP. O problema é
que, na prática, ela resultou em escolas fechadas, no ataque (não só verbal) a intelectuais e no
culto exagerado à personalidade de Mao. A morte do líder, em 1976, abriu caminho para a
ascensão do político Deng Xiaoping. Com a mudança no poder, em 1977, a Revolução Cultural
foi oficialmente encerrada.
10. Deng Xiaoping assumiu
o poder em 1976, após a
morte de Mao Tse-tung.
Criticou publicamente a
Revolução Cultural e
promoveu uma série de
reformas econômicas
que permitiram à China
transformar-se numa
das maiores economias
do mundo.
Dentre essas reformas,
destacam-se as Quatro
Modernizações, nos
setores de indústria,
agricultura, comércio e
ciência e tecnologia.
Promoveu a abertura
diplomática da China,
aproximando-se dos
Estados Unidos. Foi
também o responsável
pela criação das Zonas
Econômicas Especiais,
as ZEEs, áreas onde era
permitida a instalação
de empresas
estrangeiras desde que
em parceria com
empresas chinesas.
Tradução dos nomes: A Bíblia Sagrada, O Livro Vermelho, Harry
Potter, O Senhor dos Anéis, O Alquimista,O Código Da Vinci, a
saga Crepúsculo, …E o vento levou, Quem pensa enriquece e O
diário de Anne Frank.