O documento discute as principais cardiopatias congênitas, incluindo sua embriologia, causas, tipos (como comunicação interatrial, comunicação interventricular e tetralogia de Fallot) e exames/tratamentos. Aborda detalhadamente a formação do coração no embrião e as anormalidades que podem ocorrer, levando a defeitos cardíacos.
3. Inicia-se por volta da 3º semana de vida IU, os batimentos iniciam-se a partir da 4º semana e o fluxo sanguíneo apenas na 5º.
4. Oriundos do folheto mesodérmico embrionário: - o coração da região mesenquimal cardiogênica. - os vasos primordiais do mesoderma das membranas extra-embrionárias.
5. Angiogênese Formados inicialmente nas paredes mesodérmicas do saco vitelino, da alantóide e no córion. (3º semana) Agregação de angioblastos (cel. mesenquimais) formando grupos de células angiogênicas ilhotas sanguíneas Aparecimento de fendas intercelulares no interior das ilhotas Confluência das fendas formando pequenas cavidades Angioblastos se achatam, transformando-se em células endoteliais. Cavidades revestidas por células endoteliais se fundem formando as primeiras redes capilares Vasos avançam para áreas adjacentes (brotamento e fusão) comunicando-se com todo pólo fetal e confluindo na área cardiogênica.
7. Veias embrionárias O coração de um embrião de 4 semanas de idade recebe sangue de 3 pares de veias. Veias vitelinas - veias hepáticas; - veia porta; Veias umbilicais - veia umbilical esquerda (ligamento redondo); - ducto venoso (ligamento venoso) shunt da veia umbilical com a veia cava inferior. Veias cardinais comuns - anteriores: * veia cava superior; * veias braquiocefálicas; - posteriores: * veia cava inferior; * veias ázigos e hemiázigos; * veias ilíacas comuns;
8. Artérias embrionárias Todos os ramos arteriais embrionários se originam da aorta dorsal esquerda e direita. Seus principais ramos são: - artérias intersegmentares dorsais superiores artérias vertebrais. - artérias intersegmentares dorsais torácicas artérias intercostais. - artérias intersegmentares dorsais abdominais artérias lombares e artérias ilíacas comuns. - artérias intersegmentares ventrais abdominais tronco celíaco, mesentérica superior e inferior. Hipogástricas(ilíacas internas) Ramos das artérias ilíacas comuns, formam as 2 artérias umbilicais. Ducto arterial Shunt entre o tronco pulmonar e aorta descendente. - formado pela porção distal do 6º arco aórtico.
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11. Cardiogênese 1 - Na área cardiogênica, células mesenquimais esplâncnicas se agregam formando os cordões angioblásticos.
12. - Os cordões se canalizam e se fundem formando o tubo endocárdico (futuro endocárdio).
13. - Uma segunda camada mais externa (futuro miocárdio) também é formada do mesoderma esplâncnico e circunda o já formado tubo endocárdico. - Separando estas duas camadas existe um tecido conjuntivo muito frouxo, a geléia cardíaca.
14. - A camada externa do seio venoso libera células mesoteliais, que formarão o epicárdio.
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20. ETIOLOGIA: Não é definida. Interação entre sistemas multifatorial genético e ambiental (alterações cromossômicas, rubéola materna, drogas teratogênicas e etilismo).(BRAUNWALD,1999)
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22. Existem cerca de 40 tipos de defeitos anatômicos, porém mais de 90% dos pacientes apresentam uma das seguintes anomalias:COMUNICAÇÃO INTERATRIAL COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL TETRALOGIA DE FALLOT
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24. Para o médico geral é mais conveniente basear-se, em primeiro lugar, na presença ou não de cianose . - cianose central (periorbital e periorbicular) - cianose de extremidades; - respiração rápida e curta que piora com a sucção alimentar; - sudorese excessiva; sopro cardíaco; - anormalidades nos pulsos periféricos; - prostração, apatia, palidez cutânea - sinais e sintomas de Insuficiência Cardíaca; (PORTO, 2005) - alterações do tamanho do coração ao Rx.
27. Pode ter diferentes formas anatômicas: defeitos do seio venoso, defeitos arterial do tipo ostium primum.
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35. A cirurgia é uma excelente opção, abrange todas as variedades anatômicas, oferece baixo índice de complicações e a mortalidade é próxima de 0%.Fontes & Pedra. ArqBrasCardiol, volume 79 (nº 3), 319-22, 2002
41. 2 – Orifício mediano: - Criança apresenta dispnéia ao mamar (aumentando o tempo para fazê-la) - Ganha peso vagarosamente - Propensa a contrair infecções respiratórias 3 – Grandes comunicações: - A criança apresenta-se gravemente enferma logo após o nascimento e com desenvolvimento precoce de insuficiência cardíaca.
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46. Mal formação cardíaca cianótica mais comum em infantos.
47. Mortalidade sem tratamento de 50% na primeira década de vida
48. Seus quatro componentes são: 1) Obstrução da via de saída do ventrículo direito. 2) Comunicação interventricular. 3) Cavalgamento aórtico. 4) Hipertrofia ventricular direita.
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51. O grau de obstrução pulmonar é o principal determinante do quadro clínico.
52. Tem importante papel na determinação da magnitude dos sinais clínicos e hemodinâmicos a mensuração da relação: resistência ao fluxo para a aorta resistência ao fluxo para os vasos pulmonares
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54. Devido a dextroposição arterial, a aorta descendente, seu arco e seu botão podem ser direitos em 25% dos pacientes.
55. Várias anormalidades coronarianas estão presentes e são de grande relevância quando intervenções cirúrgicas forem realizadas.
56. Risco trombótico aumentado devido policitemia.
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58. Baqueteamento dos dedos;
59. Policitemia;
60. Posição de cócoras no repouso pós-exercício físico;
61. Crises cianóticas podem se iniciar entre 2 e 9 meses. - cianose progressiva e intensa - taquipnéia - desfalecimento - síncope - convulsões - AVE - morte
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72. Influxo de sangue aórtico no tronco pulmonar hipertensão pulmonar congestiva
73. Aumento da pré-carga em átrio e ventrículo esquerdo dilatação câmaras cardíacas
74. Insuficiência cardíaca
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76. Pressão pulmonar > pressão aórtica.
77. Fluxo do ducto arterial retorna aos padrões embriológicos.
78. Hipoxemia leve de MMII e raramente do membro superior esquerdo.
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80. Palpitações;
81. Pulsos periféricos amplos;
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83. Intolerância ao exercício físico;
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87. Tratamento cirúrgico (curativo): - Ligadura do canal (clipagem); - Secção do canal; - Fechamento através de cateterismo;
93. RIVERA I.R et al. Comunicação interventricular: pequenos defeitos, grandes complicações. RevBrasEcocardiogr 21 (3): 41 - 45, 2008.
94. CROTI, U.A etal - Fechamento de comunicação interventricular muscular de via de entrada do ventrículo direito. RevBrasCirCardiovasc 2008; 3(4): 589-590