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HISTÓRIA DA MÍDIA NO
BRASIL

DISCIPLINA: SISTEMA DE COMUNICAÇÃO BRASILEIRA
P R O F. : L A É R C I O T O R R E S D E G Ó E S
Imprensa Pré-independência
Entraves à circulação e alcance da imprensa:
analfabetismo e desigualdade econômica.
Correio Brasiliense: o primeiro jornal brasileiro,
publicado entre 1808 – 1822, em Londres.
Hipólito da Costa (nascido no Brasil, preso em
Lisboa pelo Santo Ofício e exilado em Londres.
Forma e tamanho de um livro. Apresentava
documentos e relatos sobre grandes eventos e guerras
em outras regiões e países, além do ponto de vista do
autor sobre assuntos brasileiros.

Defendia o liberalismo econômico e criticava a
administração portuguesa.
Imprensa Pré-independência
Início da impressão – chegada da família real
portuguesa em 1808.
Antes era uma atividade proibida e reprimida pelos
colonizadores.
Gazeta do Rio de Janeiro – 10/09/1808: jornal
oficial onde se publicavam os decretos e fatos
relacionados com a família real.
Produzido na Imprensa Régia.
Circulava duas vezes por semana.
Serviço de assinatura e publicava anúncios grátis..
Imprensa Pré-independência
Primeiros jornais independentes: em 1820,
beneficiando-se das bases da Constituição
portuguesa que asseguravam a liberdade do
prelo.
Uns escreviam contra a liberdade de imprensa
e a favor do rei e da ordem. Outros defendiam
a liberdade de imprensa e ideais de igualdade.
Surgem os primeiros panfletos defendendo os
interesses brasileiros frente a Portugal.
Importante participação nos eventos de 18211822, que contribuíram com a declaração de
independência do Brasil e com o debate sobre
uma Constituição para o Brasil.
Imprensa Pós-independência
Intensa circulação de panfletos, jornais, manifestos e folhetos entre
Portugal e Brasil.
Uso político: chantagear, obter vantagens pessoais ou ganhar o próprio
sustento “alugando a pena”.
Amplo uso de ofensas e baixarias, frequentemente de cunho pessoal
contra adversários. Havia ainda o humor e o deboche.
Pasquins: maior circulação entre as décadas de 1820 e 1840. Traziam
apenas um texto, tratando de um único assunto.
Imprensa Pós-independência

Uso de pseudônimo para preservar o anonimato.
Não tinha regularidade e periodicidade certas.
A maior parte não passou do primeiro número.
Inovação política: alguns escritos pelas classes populares,
defendendo seus interesses e injuriando os poderosos.
Discussão travada nas ruas por pessoas que os liam ou ouviam sua
leitura em voz alta.
Imprensa Pós-independência
Período de maior e menor tolerância e liberdade, repressão e censura,
ao longo do século XIX e durante a maior parte do século XX.
Dúvidas com relação à autoria e ao financiamento dos impressos – era
comum não saber quem escrevia e/ou bancava um determinado jornal.
Meios encontrados por seus proprietários para defender seus pontos de
vistas e para alcançar objetivos (políticos, econômicos, pessoais,
profissionais, etc.).
Imprensa Pós-independência
Segunda metade do século XIX:
Imprensa e literatura: Gonçalves Dias, Joaquim
Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida,
Machado de Assis, José de Alencar, entre outros.
Funções variadas: autores de folhetim, redatores,
cronistas, redatores-chefe.
Diversos romances famosos e clássicos da
literatura vieram a público através dos jornais, em
forma de folhetim em jornais revistas: O guarani e
Memórias de um sargento de milícias.
Uso de caricaturas cresce desde os anos de 1850.
Nos anos 1860, surgem as revistas ilustradas.
Imprensa Pós-independência
Na última década do século XIX se publicavam quadrinhos.
Jornalismo especializado – segmentação: a partir de
1860, surgem periódicos especializados, muitos deles de
caráter científico (medicina, teatro, música, economia,
religião, direito, moda, amor, casamento, etc.).
Debate político: fim do império (República) e da
escravidão (abolição).
Surgimento de jornais abolicionistas e republicanos em todo
o Brasil.
Apesar da vitória dos movimentos, algumas reivindicações
não foram contempladas: aceso a terra, trabalho e moradia
para a população liberta da escravidão.
Imprensa operária (1890 – 1930)
Início da industrialização do país e urbanização
Visão de uma sociedade organizada em classes
com interesses antagônicos.
Disputa da hegemonia com a imprensa
burguesa.
Tripé de suporte da luta da classe trabalhadora:
o jornal, o partido e o sindicato.
Importância do jornal na luta por melhores
condições de vida e pela transformação da
sociedade.
Imprensa operária (1890 – 1930)
Principais líderes e responsáveis: imigrantes, principalmente
italianos, e trabalhadores brasileiros que buscavam melhores condições
de vida.
Objetivos: politizar e unir os trabalhadores, divulgar questões de
interesse de uma determinada fábrica ou categoria profissional e
discutir temas mais amplos.
Problemas enfrentados:
Financeiro – praticamente não havia publicidade e o público leitor
era formado por trabalhadores pobres. Ficava por conta de entidades
operárias.
Perseguição do Estado – o fato de os trabalhadores se organizarem
era considerado caso de polícia, o que acarretava prisões e destruição
do material.
Imprensa operária (1890 – 1930)
Características:
2 a 16 páginas, dependendo do conteúdo a divulgar e da condição
financeira;
Não havia repórteres, eram escritos a partir das informações que
chegavam ao conhecimento dos operários que os produziam;
A periodicidade se intensificavam em épocas de luta, como as greves.
Gráficos: categoria com papel fundamental – sabiam ler, escrever,
compor e imprimir
Profissionalização da Imprensa
No século XIX, fundação de alguns dos jornais mais
duradouros no país: Jornal do Commercio (1827),
Correio Paulistano (1854), A Província de São
Paulo (1875) e Jornal do Brasil (1891).
Acentua-se o caráter de empresa capitalista dos
periódicos.
Novas tecnologias: entre 1857 e 1872, foram
instalados telégrafo, cabo submarino e telefone,
facilitando a circulação e aumentando a velocidade de
transmissão.
A precariedade dos transportes e dos correios
dificultava a distribuição dos periódicos de São Paulo ao
Rio de Janeiro.
Profissionalização da Imprensa
Em 1874, a primeira agência de notícias no Brasil – sucursal da
Reuters-Havas. Os jornais criaram uma página internacional.
Na primeira década do século XX, amplia a capacidade de impressão
com o uso de linotipos e rotativas.
Avanços nos transportes permitiram o aumento da distribuição.
Conversão dos jornais em empresas: mais investimento,
renovação do parque gráfico e maior consumo de papel.
Os veículos industrializam-se, organizam-se, racionalizam custos e
produção em busca de lucro.
Profissionalização da Imprensa
Última década do século XIX, a distribuição
torna-se complexa, reunindo assinantes e
venda avulsa, leitores locais, nacionais e do
exterior.
Aquisição de equipamentos modernos e
acesso a avanços tecnológicos.
Dificuldade de sobrevivências dos jornais que
não têm recursos para competir.
Crescem os anúncios de serviços e produtos,
tornando-se fonte de renda para os veículos.
Profissionalização da Imprensa
Na década de 1910, surgem as primeiras
agências de publicidade do país, em São
Paulo – A Eclética (1913).
Contribui para a profissionalização, ao
estabelecer padrões de preços e de
centimetragem para a publicidade.
Instalação da agência multinacional
americana Thompson, que além da
corretagem, produzia anúncios.
Profissionalização da Imprensa
Censura: primeiros governos
republicanos fecham vários jornais
em todo o país, embora a liberdade
de imprensa fosse garantida pela
Constituição de 1891.
No final do século XIX, a
introdução da fotografia.
O desenho mantém o caráter de
ilustração e tem o uso humorístico.
Atuação de caricaturistas e
ilustradores estrangeiros.
Imprensa no Brasil: 1945 aos nossos dias
Transformações no mercado de imprensa no Brasil nas
últimas décadas:
Tendência à concentração da propriedade jornalística;
Crises macro-econômicas e transformações tecnológicas;
Surgimento de novas mídias;
Questão política: papel importante na determinação
da dinâmica de funcionamento das empresas de
comunicação.
Expansão e modernização – 1945/1960
O fim do Estado Novo e a extinção do DIP (Departamento de Imprensa
e Propaganda), em 1945;
Desaparecimento da censura e do controle dos órgãos da imprensa, o
que facilitou o surgimento de novos impressos em todo o país;
Rio de Janeiro: Tribuna Popular, A Classe Operária, O Popular,
Vanguarda Socialista, Resistência (todas em 1945), Diário
Trabalhista, O Mundo (ambas em 1947) e Tribuna da Imprensa (em
1949).
Desenvolvimento da imprensa de esquerda, apesar da repressão do
governo Eurico Gaspar Dutra ao Partido Comunista e seus militantes;
Expansão e modernização – 1945/1960
Desenvolvimento de um tipo de jornalismo
popular que abusava do noticiário policial e da
exploração do sensacional como forma de
aproximar determinadas lideranças populistas
de seu eleitorado.
Última Hora (1950), criado por Samuel Wainer
para representar os interesses de Getúlio
Vargas;
O Dia (1951), ligado a Ademar de Barros e a
Chagas Freitas;
Luta Democrática (1954), de Tenório
Cavalcanti .
Expansão e modernização – 1945/1960
Jornalismo popular – uso político
Importância política de se ter uma máquina jornalística voltada
para um vasto segmento do público urbano ainda não alcançado
pela grande imprensa.
As camadas populares apresentavam maiores índices de
alfabetização e uma melhoria significativa no seu poder
aquisitivo.
Com o crescimento do noticiário político, jornais como Correio
da Manhã, O Globo, o Jornal do Commercio e o Jornal do Brasil
apresentaram significativos aumentos de tiragem.
Expansão e modernização – 1945/1960
Conjuntura do Pós-guerra:
Período marcado por grandes mudanças de cunho macro-sociais, como
industrialização e crescimento econômico e demográfico;
Desenvolvimento do mercado interno e da indústria brasileira permitiu
o fortalecimento da publicidade e, em consequência, todos os órgãos
de comunicação aumentaram seus faturamentos.
Mesmo com o desenvolvimento do rádio e com o aparecimento da
televisão, a imprensa continuou a ser, até pelo menos o final dos anos
1960, o veículo preferido dos anunciantes.
Expansão e modernização – 1945/1960
Conjuntura do Pós-guerra:
A política cambial dos anos 1950 garantia custo
privilegiado do dólar para a importação de papel
e de outros materiais de impressão;
Expansão do sistema bancário que permitiu o
financiamento dos pequenos jornais, mas os
maiores financiadores do jornalismo ainda eram
os bancos estatais.;
Década de 1950 foi também uma época de
efervescência cultural: música (bossa nova),
cinema (cinema novo, chanchada), literatura e
artes plásticas;
Padrão de consumo e estilo da sociedade norteamericana.
Expansão e modernização – 1945/1960
Influência dos Estados Unidos
Na maneira de vestir, nas formas de
comportamento, nos padrões estéticos.
O cinema hollywodiano, o rock’n roll, a literatura
beatnick e a publicidade norteamericanos criavam
novos padrões de gosto e de qualidade.
Modelo dos jornais americanos:
Elaboração dos textos (lead, pirâmide invertida);
Paginação e na distribuição da matéria;
Administração e na gestão comercial das empresas.
Expansão e modernização – 1945/1960
Sob influência do modelo americano,
ocorreram as reformas redacionais,
gráficas e editoriais do Diário Carioca
em 1950 e do Jornal do Brasil em 1956;
Surgimento de jornais inovadores,
como a Tribuna da Imprensa em 1949 e
a Última Hora em 1951.
Modernização das empresas e dos
textos, mas também a profissionalização
dos jornalistas e a constituição de todo
um ideário sobre o que era o jornalismo
e qual era a sua função social.
Concentração e controle – 1960/1980
Do final dos anos 1950 até o final da década de 1970, o
número de periódicos foi reduzido a menos da metade.
Vários jornais tradicionais do Rio de Janeiro
desapareceram no período, como o Diário da Noite, o
Correio da Manhã, O Jornal, o Diário de Notícias, A
Notícia, a Luta Democrática, o Diário Carioca e a
Última Hora.
Revistas de circulação nacional, tais como O Cruzeiro,
Revista da Semana, Noite Ilustrada, Carioca e Vamos
Ler.
O declínio de cada uma dessas publicações está
associado a circunstâncias e conjunturas
próprias às instituições: descuido e à má
administração por parte dos seus diretores e
proprietários.
Concentração e controle – 1960/1980
O desaparecimento desses órgãos traduz também aspectos gerais e
estruturais: diferenciação entre os diários quanto à tiragem. Aumento
da tiragem e concentração do público nos grandes jornais.
No início da década de 1980, no Rio de Janeiro, apenas três jornais – O
Globo, o Jornal do Brasil e O Dia – possuíam tiragens altas e
monopolizavam quase 80% dos leitores. Em São Paulo, a situação era
similar. Três grupos – a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O
Diário Popular – controlavam quase 90% das vendas de jornais.
Conseqüências no aspecto financeiro e patrimonial das empresas
jornalísticas, além de também afetar o mercado de trabalho e o perfil
dos profissionais de imprensa.
Concentração e controle – 1960/1980
Queda do crescimento da publicidade no início da década 1960, reflexo
da crise política e econômica por que passou o país. Além disso, parcela da
antiga receita – sobretudo aquela destinada à promoção dos produtos de
grande consumo – começou a se transferir para a televisão.
Entre 1960 e 1973, a participação da televisão na distribuição dos recursos
globais de publicidade teve um crescimento bastante significativo: passou de
menos de 10% para quase 50%.
A redução dos valores da publicidade no período de 1960 a 1964 e o seu
progressivo deslocamento em direção à televisão levaram ao fechamento de
alguns jornais e ao agravamento da situação econômica de outros.
Os veículos populares e de classe média foram os mais atingidos. Os dirigidos a
um público com forte poder aquisitivo conseguiam atrair para si a maioria dos
investimentos publicitários.
Concentração e controle – 1960/1980
A modernização técnico-administrativa do jornalismo, ocorrida na
década anterior foi um elemento decisivo do êxito de algumas empresas. As
maiores, mais organizadas administrativamente e mais eficientes tiveram
melhores condições de atravessar a crise econômica.
A modernização exigia que as empresas jornalísticas investissem em
tecnologia (com renovação dos seus parques gráficos, no aperfeiçoamento das
matérias-primas) e em mão-de-obra qualificada, o que implicou no aumento
do custo de produção dos jornais. Com isso, só as empresas que foram
capazes de atrair anunciantes sobreviveram no competitivo mercado.
O Regime Militar interveio diretamente na atividade jornalística através da
censura aos jornais, da regulamentação da atividade jornalística (via leis de
imprensa e de profissionalização) e de impostos, subsídios e preços de
insumos e matérias primas. O Estado manipulava as verbas publicitárias dos
órgãos do governo e pressionava os anunciantes a recusarem determinados
veículos, não simpáticos ao regime.
Concentração e controle – 1960/1980
Nos anos 1950, havia jornais com posições editoriais as mais
diversas. O matiz político e ideológico era um fator
importante na construção da identidade dos diários e na
segmentação do público leitor.
Nos anos 1970, o desaparecimento do pluralismo de
opinião na imprensa diária foi resultado da chegada do
jornalismo informativo, baseado nas normas técnicas do modelo
norte-americano e centrado nos ideais da objetividade,
neutralidade e imparcialidade.
“Despolitização” da imprensa foi conseqüência também do
sistema autoritário que se impôs no país no pós-1964 (censura e
a pressão governamental sobre os jornais e os jornalistas).
Mudanças e continuidade – Década 1980
A redemocratização na década de 1980 trouxe algumas
mudanças no cenário da imprensa brasileira.
As empresas de comunicação passaram, cada vez mais, a
valorizar os aspectos técnicos e profissionais do
jornalismo, em detrimento de ideologias e de
posicionamentos políticos explícitos.
Hegemonia ocupada pelo Grupo Folha – que sozinho
passou a controlar 45% do mercado paulista de imprensa. A
reforma do jornal, implementada por Otávio Frias Filho em
1984, consolidou o jornal como um dos de maior circulação
do país.
Polêmica ao defender explicitamente os parâmetros de
mercado e as normas do jornalismo norte-americano como
os únicos critérios profissionais aceitáveis para aferição de
influência editorial e de credibilidade informativa.
Mudanças e continuidade – Década 1980
Fortalecimento de alguns grupos de comunicação:
Grupo Abril, fundada em 1950 por Victor Civita. Do ano da sua fundação
até 1959, a editora possuía apenas sete títulos. De 1960 a 1969, seriam 27,
até que, na década seguinte, chegaria a 121 títulos (Realidade e Veja).
Na década de 1980, os grupos que controlavam as principais empresas
jornalísticas do país eram os Bloch (Manchete), os Civita (Abril), os Frias
(Folha de S. Paulo), os Levy (Gazeta Mercantil), os Marinho (O Globo), os
Mesquita (O Estado de S. Paulo) e Nascimento Brito (Jornal do Brasil).
Os Associados já tinham entrado em decadência, depois da doença e morte
de Assis Chateubriand, mas ainda se mantinham como um dos principais
grupos do país (proprietários do Correio Brasiliense, Diário de
Pernambuco, Jornal do Commercio, entre outros).
Mudanças e continuidade – Década 1980
Desenvolvimento e profissionalização do jornalismo econômico no país
(período de inflação e planos econômicos).
Período da informatização das redações e a automação dos processos de
produção dos jornais.
A nova conjuntura exigiu investimentos tecnológicos altos e um
planejamento rigoroso e racional.
A importância de alguns órgãos de imprensa foi modificada, alterando-se
assim a correlação de força no interior do mercado.
Em termos editoriais não significou uma transformação radical em relação
ao período anterior, mas um aprofundamento de tendências que já vinham
sendo delineadas, a consolidação de transformações que já estavam em
curso.
Crise e novos caminhos – década de 1990
Os anos 1990, com o Plano Real, uma nova
conjuntura favorável à imprensa e aos meios de
comunicação como um todo.
Queda drástica da inflação e a estabilidade da
moeda aqueceu a economia, permitindo que o
mercado publicitário crescesse.
Câmbio estável permite oferta de crédito às
empresas de comunicação no mercado financeiro.
Vários grupos contraíram dívidas altas em dólares
para investimento em tecnologias e investimento
em outras áreas (TV por assinatura).
Maxi-desvalorização do real levou às empresas a
uma grave crise financeira.
Crise e novos caminhos – década de 1990
Além da Globo, no início do século XXI, três dos grupos que dominaram a
comunicação do país nas décadas anteriores entraram em processo de
falência.
O grupo Bloch não resistiu e fechou, enquanto o Jornal do Brasil e a
Gazeta Mercantil mudavam de mãos, passando ambos para o controle do
empresário Nelson Tanure.
A Folha de S. Paulo, que vendia em média 606 mil exemplares ao dia
em 1995, passou a vender a metade (308 mil) em 2004. O Estado de
S.Paulo caíam de 385 para 233 mil.
As perdas constantes de leitores eram atribuídas ao surgimento de novas
fontes de informação, sobretudo a Internet. Em 2002, o mercado de mídia
impressa encolheu 9% e, em 2003, mais de 7%.
Crise e novos caminhos – década de 1990
O mercado continua controlado por praticamente os
mesmos grupos, mas novos títulos foram lançados e a
correlação de forças entre as empresas se modificou
um pouco.
A Folha de S. Paulo ainda é o maior diário do país em
circulação, mas as Organizações Globo é o maior
editor de jornais.
Em 1998, a Globo lançou o jornal Extra e a revista
Época. Em 2001, o grupo comprou O Diário Popular,
centenário jornal da capital paulista, que após uma
reforma gráfica passou a se chamar Diário de S. Paulo.
Em 2000, os grupos Folha e Globo lançaram o jornal
Valor Econômico.
Crise e novos caminhos – década de 1990
Aparecimento de um tipo de imprensa popular,
marcada por novas formas de explorar o conteúdo
jornalístico e que buscava conquistar nichos do
mercado pouco explorados até então.
Em março de 2006, as Organizações Globo colocou
para circular o Expresso de Informação. Uma
estratégia de reação direta à reestruturação de O Dia,
que, seis meses antes, havia criado o Meia Hora de
Notícias, procurando atingir as classes C e D.
Meia Hora e Expresso são jornais em formato
tablóide, usam textos curtos e têm seus exemplares
vendidos por um preço bem baixo, quase simbólico.
Jornalismo “popular compacto”– é um fenômeno
novo, representa uma outra forma de fazer jornalismo
popular que tem se mostrado, do ponto de vista
mercadológico, bastante eficiente (Correio/Massa).
Questão política
Historicamente, os jornais no Brasil jamais conseguiram serem
autônomos totalmente em relação à política.
Nunca puderam assumir o papel de watchdogs, ou seja, ser o vigia da
ação do Estado ou determinados grupos políticos, no sentido clássico
do liberalismo.
Atualmente, tem sido cada vez mais difícil identificar as relações entre
imprensa e alguns grupos políticos.
Em áreas mais distantes dos principais centros urbanos, as relações
entre mídia e política são mais evidentes (“coronelismo eletrônico”).
Bibliografia
FORTES, Rafael. Os impressos brasileiros de 1808 a
1930. In: LAIGNIER, Pablo; FORTES, Rafael (org.).
Introdução à História da Comunicação. Rio de Janeiro:
E-papers, 2009.
RIBEIRO, Ana Paula Goulart Ribeiro. Imprensa e
mercado no Brasil: de 1945 aos nossos dias. VI Encontro
Nacional da SBPJor, UMESP (Universidade Metodista de
São Paulo), nov/2008.
ROMANCINI, Richard; LAGO, Cláudia. História do
Jornalismo no Brasil. Florianópolis: Insular, 2007.

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História da Mídia no Brasil

  • 1. HISTÓRIA DA MÍDIA NO BRASIL DISCIPLINA: SISTEMA DE COMUNICAÇÃO BRASILEIRA P R O F. : L A É R C I O T O R R E S D E G Ó E S
  • 2. Imprensa Pré-independência Entraves à circulação e alcance da imprensa: analfabetismo e desigualdade econômica. Correio Brasiliense: o primeiro jornal brasileiro, publicado entre 1808 – 1822, em Londres. Hipólito da Costa (nascido no Brasil, preso em Lisboa pelo Santo Ofício e exilado em Londres. Forma e tamanho de um livro. Apresentava documentos e relatos sobre grandes eventos e guerras em outras regiões e países, além do ponto de vista do autor sobre assuntos brasileiros. Defendia o liberalismo econômico e criticava a administração portuguesa.
  • 3. Imprensa Pré-independência Início da impressão – chegada da família real portuguesa em 1808. Antes era uma atividade proibida e reprimida pelos colonizadores. Gazeta do Rio de Janeiro – 10/09/1808: jornal oficial onde se publicavam os decretos e fatos relacionados com a família real. Produzido na Imprensa Régia. Circulava duas vezes por semana. Serviço de assinatura e publicava anúncios grátis..
  • 4. Imprensa Pré-independência Primeiros jornais independentes: em 1820, beneficiando-se das bases da Constituição portuguesa que asseguravam a liberdade do prelo. Uns escreviam contra a liberdade de imprensa e a favor do rei e da ordem. Outros defendiam a liberdade de imprensa e ideais de igualdade. Surgem os primeiros panfletos defendendo os interesses brasileiros frente a Portugal. Importante participação nos eventos de 18211822, que contribuíram com a declaração de independência do Brasil e com o debate sobre uma Constituição para o Brasil.
  • 5. Imprensa Pós-independência Intensa circulação de panfletos, jornais, manifestos e folhetos entre Portugal e Brasil. Uso político: chantagear, obter vantagens pessoais ou ganhar o próprio sustento “alugando a pena”. Amplo uso de ofensas e baixarias, frequentemente de cunho pessoal contra adversários. Havia ainda o humor e o deboche. Pasquins: maior circulação entre as décadas de 1820 e 1840. Traziam apenas um texto, tratando de um único assunto.
  • 6. Imprensa Pós-independência Uso de pseudônimo para preservar o anonimato. Não tinha regularidade e periodicidade certas. A maior parte não passou do primeiro número. Inovação política: alguns escritos pelas classes populares, defendendo seus interesses e injuriando os poderosos. Discussão travada nas ruas por pessoas que os liam ou ouviam sua leitura em voz alta.
  • 7. Imprensa Pós-independência Período de maior e menor tolerância e liberdade, repressão e censura, ao longo do século XIX e durante a maior parte do século XX. Dúvidas com relação à autoria e ao financiamento dos impressos – era comum não saber quem escrevia e/ou bancava um determinado jornal. Meios encontrados por seus proprietários para defender seus pontos de vistas e para alcançar objetivos (políticos, econômicos, pessoais, profissionais, etc.).
  • 8. Imprensa Pós-independência Segunda metade do século XIX: Imprensa e literatura: Gonçalves Dias, Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida, Machado de Assis, José de Alencar, entre outros. Funções variadas: autores de folhetim, redatores, cronistas, redatores-chefe. Diversos romances famosos e clássicos da literatura vieram a público através dos jornais, em forma de folhetim em jornais revistas: O guarani e Memórias de um sargento de milícias. Uso de caricaturas cresce desde os anos de 1850. Nos anos 1860, surgem as revistas ilustradas.
  • 9. Imprensa Pós-independência Na última década do século XIX se publicavam quadrinhos. Jornalismo especializado – segmentação: a partir de 1860, surgem periódicos especializados, muitos deles de caráter científico (medicina, teatro, música, economia, religião, direito, moda, amor, casamento, etc.). Debate político: fim do império (República) e da escravidão (abolição). Surgimento de jornais abolicionistas e republicanos em todo o Brasil. Apesar da vitória dos movimentos, algumas reivindicações não foram contempladas: aceso a terra, trabalho e moradia para a população liberta da escravidão.
  • 10. Imprensa operária (1890 – 1930) Início da industrialização do país e urbanização Visão de uma sociedade organizada em classes com interesses antagônicos. Disputa da hegemonia com a imprensa burguesa. Tripé de suporte da luta da classe trabalhadora: o jornal, o partido e o sindicato. Importância do jornal na luta por melhores condições de vida e pela transformação da sociedade.
  • 11. Imprensa operária (1890 – 1930) Principais líderes e responsáveis: imigrantes, principalmente italianos, e trabalhadores brasileiros que buscavam melhores condições de vida. Objetivos: politizar e unir os trabalhadores, divulgar questões de interesse de uma determinada fábrica ou categoria profissional e discutir temas mais amplos. Problemas enfrentados: Financeiro – praticamente não havia publicidade e o público leitor era formado por trabalhadores pobres. Ficava por conta de entidades operárias. Perseguição do Estado – o fato de os trabalhadores se organizarem era considerado caso de polícia, o que acarretava prisões e destruição do material.
  • 12. Imprensa operária (1890 – 1930) Características: 2 a 16 páginas, dependendo do conteúdo a divulgar e da condição financeira; Não havia repórteres, eram escritos a partir das informações que chegavam ao conhecimento dos operários que os produziam; A periodicidade se intensificavam em épocas de luta, como as greves. Gráficos: categoria com papel fundamental – sabiam ler, escrever, compor e imprimir
  • 13. Profissionalização da Imprensa No século XIX, fundação de alguns dos jornais mais duradouros no país: Jornal do Commercio (1827), Correio Paulistano (1854), A Província de São Paulo (1875) e Jornal do Brasil (1891). Acentua-se o caráter de empresa capitalista dos periódicos. Novas tecnologias: entre 1857 e 1872, foram instalados telégrafo, cabo submarino e telefone, facilitando a circulação e aumentando a velocidade de transmissão. A precariedade dos transportes e dos correios dificultava a distribuição dos periódicos de São Paulo ao Rio de Janeiro.
  • 14. Profissionalização da Imprensa Em 1874, a primeira agência de notícias no Brasil – sucursal da Reuters-Havas. Os jornais criaram uma página internacional. Na primeira década do século XX, amplia a capacidade de impressão com o uso de linotipos e rotativas. Avanços nos transportes permitiram o aumento da distribuição. Conversão dos jornais em empresas: mais investimento, renovação do parque gráfico e maior consumo de papel. Os veículos industrializam-se, organizam-se, racionalizam custos e produção em busca de lucro.
  • 15. Profissionalização da Imprensa Última década do século XIX, a distribuição torna-se complexa, reunindo assinantes e venda avulsa, leitores locais, nacionais e do exterior. Aquisição de equipamentos modernos e acesso a avanços tecnológicos. Dificuldade de sobrevivências dos jornais que não têm recursos para competir. Crescem os anúncios de serviços e produtos, tornando-se fonte de renda para os veículos.
  • 16. Profissionalização da Imprensa Na década de 1910, surgem as primeiras agências de publicidade do país, em São Paulo – A Eclética (1913). Contribui para a profissionalização, ao estabelecer padrões de preços e de centimetragem para a publicidade. Instalação da agência multinacional americana Thompson, que além da corretagem, produzia anúncios.
  • 17. Profissionalização da Imprensa Censura: primeiros governos republicanos fecham vários jornais em todo o país, embora a liberdade de imprensa fosse garantida pela Constituição de 1891. No final do século XIX, a introdução da fotografia. O desenho mantém o caráter de ilustração e tem o uso humorístico. Atuação de caricaturistas e ilustradores estrangeiros.
  • 18. Imprensa no Brasil: 1945 aos nossos dias Transformações no mercado de imprensa no Brasil nas últimas décadas: Tendência à concentração da propriedade jornalística; Crises macro-econômicas e transformações tecnológicas; Surgimento de novas mídias; Questão política: papel importante na determinação da dinâmica de funcionamento das empresas de comunicação.
  • 19. Expansão e modernização – 1945/1960 O fim do Estado Novo e a extinção do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), em 1945; Desaparecimento da censura e do controle dos órgãos da imprensa, o que facilitou o surgimento de novos impressos em todo o país; Rio de Janeiro: Tribuna Popular, A Classe Operária, O Popular, Vanguarda Socialista, Resistência (todas em 1945), Diário Trabalhista, O Mundo (ambas em 1947) e Tribuna da Imprensa (em 1949). Desenvolvimento da imprensa de esquerda, apesar da repressão do governo Eurico Gaspar Dutra ao Partido Comunista e seus militantes;
  • 20. Expansão e modernização – 1945/1960 Desenvolvimento de um tipo de jornalismo popular que abusava do noticiário policial e da exploração do sensacional como forma de aproximar determinadas lideranças populistas de seu eleitorado. Última Hora (1950), criado por Samuel Wainer para representar os interesses de Getúlio Vargas; O Dia (1951), ligado a Ademar de Barros e a Chagas Freitas; Luta Democrática (1954), de Tenório Cavalcanti .
  • 21. Expansão e modernização – 1945/1960 Jornalismo popular – uso político Importância política de se ter uma máquina jornalística voltada para um vasto segmento do público urbano ainda não alcançado pela grande imprensa. As camadas populares apresentavam maiores índices de alfabetização e uma melhoria significativa no seu poder aquisitivo. Com o crescimento do noticiário político, jornais como Correio da Manhã, O Globo, o Jornal do Commercio e o Jornal do Brasil apresentaram significativos aumentos de tiragem.
  • 22. Expansão e modernização – 1945/1960 Conjuntura do Pós-guerra: Período marcado por grandes mudanças de cunho macro-sociais, como industrialização e crescimento econômico e demográfico; Desenvolvimento do mercado interno e da indústria brasileira permitiu o fortalecimento da publicidade e, em consequência, todos os órgãos de comunicação aumentaram seus faturamentos. Mesmo com o desenvolvimento do rádio e com o aparecimento da televisão, a imprensa continuou a ser, até pelo menos o final dos anos 1960, o veículo preferido dos anunciantes.
  • 23. Expansão e modernização – 1945/1960 Conjuntura do Pós-guerra: A política cambial dos anos 1950 garantia custo privilegiado do dólar para a importação de papel e de outros materiais de impressão; Expansão do sistema bancário que permitiu o financiamento dos pequenos jornais, mas os maiores financiadores do jornalismo ainda eram os bancos estatais.; Década de 1950 foi também uma época de efervescência cultural: música (bossa nova), cinema (cinema novo, chanchada), literatura e artes plásticas; Padrão de consumo e estilo da sociedade norteamericana.
  • 24. Expansão e modernização – 1945/1960 Influência dos Estados Unidos Na maneira de vestir, nas formas de comportamento, nos padrões estéticos. O cinema hollywodiano, o rock’n roll, a literatura beatnick e a publicidade norteamericanos criavam novos padrões de gosto e de qualidade. Modelo dos jornais americanos: Elaboração dos textos (lead, pirâmide invertida); Paginação e na distribuição da matéria; Administração e na gestão comercial das empresas.
  • 25. Expansão e modernização – 1945/1960 Sob influência do modelo americano, ocorreram as reformas redacionais, gráficas e editoriais do Diário Carioca em 1950 e do Jornal do Brasil em 1956; Surgimento de jornais inovadores, como a Tribuna da Imprensa em 1949 e a Última Hora em 1951. Modernização das empresas e dos textos, mas também a profissionalização dos jornalistas e a constituição de todo um ideário sobre o que era o jornalismo e qual era a sua função social.
  • 26. Concentração e controle – 1960/1980 Do final dos anos 1950 até o final da década de 1970, o número de periódicos foi reduzido a menos da metade. Vários jornais tradicionais do Rio de Janeiro desapareceram no período, como o Diário da Noite, o Correio da Manhã, O Jornal, o Diário de Notícias, A Notícia, a Luta Democrática, o Diário Carioca e a Última Hora. Revistas de circulação nacional, tais como O Cruzeiro, Revista da Semana, Noite Ilustrada, Carioca e Vamos Ler. O declínio de cada uma dessas publicações está associado a circunstâncias e conjunturas próprias às instituições: descuido e à má administração por parte dos seus diretores e proprietários.
  • 27. Concentração e controle – 1960/1980 O desaparecimento desses órgãos traduz também aspectos gerais e estruturais: diferenciação entre os diários quanto à tiragem. Aumento da tiragem e concentração do público nos grandes jornais. No início da década de 1980, no Rio de Janeiro, apenas três jornais – O Globo, o Jornal do Brasil e O Dia – possuíam tiragens altas e monopolizavam quase 80% dos leitores. Em São Paulo, a situação era similar. Três grupos – a Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e O Diário Popular – controlavam quase 90% das vendas de jornais. Conseqüências no aspecto financeiro e patrimonial das empresas jornalísticas, além de também afetar o mercado de trabalho e o perfil dos profissionais de imprensa.
  • 28. Concentração e controle – 1960/1980 Queda do crescimento da publicidade no início da década 1960, reflexo da crise política e econômica por que passou o país. Além disso, parcela da antiga receita – sobretudo aquela destinada à promoção dos produtos de grande consumo – começou a se transferir para a televisão. Entre 1960 e 1973, a participação da televisão na distribuição dos recursos globais de publicidade teve um crescimento bastante significativo: passou de menos de 10% para quase 50%. A redução dos valores da publicidade no período de 1960 a 1964 e o seu progressivo deslocamento em direção à televisão levaram ao fechamento de alguns jornais e ao agravamento da situação econômica de outros. Os veículos populares e de classe média foram os mais atingidos. Os dirigidos a um público com forte poder aquisitivo conseguiam atrair para si a maioria dos investimentos publicitários.
  • 29. Concentração e controle – 1960/1980 A modernização técnico-administrativa do jornalismo, ocorrida na década anterior foi um elemento decisivo do êxito de algumas empresas. As maiores, mais organizadas administrativamente e mais eficientes tiveram melhores condições de atravessar a crise econômica. A modernização exigia que as empresas jornalísticas investissem em tecnologia (com renovação dos seus parques gráficos, no aperfeiçoamento das matérias-primas) e em mão-de-obra qualificada, o que implicou no aumento do custo de produção dos jornais. Com isso, só as empresas que foram capazes de atrair anunciantes sobreviveram no competitivo mercado. O Regime Militar interveio diretamente na atividade jornalística através da censura aos jornais, da regulamentação da atividade jornalística (via leis de imprensa e de profissionalização) e de impostos, subsídios e preços de insumos e matérias primas. O Estado manipulava as verbas publicitárias dos órgãos do governo e pressionava os anunciantes a recusarem determinados veículos, não simpáticos ao regime.
  • 30. Concentração e controle – 1960/1980 Nos anos 1950, havia jornais com posições editoriais as mais diversas. O matiz político e ideológico era um fator importante na construção da identidade dos diários e na segmentação do público leitor. Nos anos 1970, o desaparecimento do pluralismo de opinião na imprensa diária foi resultado da chegada do jornalismo informativo, baseado nas normas técnicas do modelo norte-americano e centrado nos ideais da objetividade, neutralidade e imparcialidade. “Despolitização” da imprensa foi conseqüência também do sistema autoritário que se impôs no país no pós-1964 (censura e a pressão governamental sobre os jornais e os jornalistas).
  • 31. Mudanças e continuidade – Década 1980 A redemocratização na década de 1980 trouxe algumas mudanças no cenário da imprensa brasileira. As empresas de comunicação passaram, cada vez mais, a valorizar os aspectos técnicos e profissionais do jornalismo, em detrimento de ideologias e de posicionamentos políticos explícitos. Hegemonia ocupada pelo Grupo Folha – que sozinho passou a controlar 45% do mercado paulista de imprensa. A reforma do jornal, implementada por Otávio Frias Filho em 1984, consolidou o jornal como um dos de maior circulação do país. Polêmica ao defender explicitamente os parâmetros de mercado e as normas do jornalismo norte-americano como os únicos critérios profissionais aceitáveis para aferição de influência editorial e de credibilidade informativa.
  • 32. Mudanças e continuidade – Década 1980 Fortalecimento de alguns grupos de comunicação: Grupo Abril, fundada em 1950 por Victor Civita. Do ano da sua fundação até 1959, a editora possuía apenas sete títulos. De 1960 a 1969, seriam 27, até que, na década seguinte, chegaria a 121 títulos (Realidade e Veja). Na década de 1980, os grupos que controlavam as principais empresas jornalísticas do país eram os Bloch (Manchete), os Civita (Abril), os Frias (Folha de S. Paulo), os Levy (Gazeta Mercantil), os Marinho (O Globo), os Mesquita (O Estado de S. Paulo) e Nascimento Brito (Jornal do Brasil). Os Associados já tinham entrado em decadência, depois da doença e morte de Assis Chateubriand, mas ainda se mantinham como um dos principais grupos do país (proprietários do Correio Brasiliense, Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio, entre outros).
  • 33. Mudanças e continuidade – Década 1980 Desenvolvimento e profissionalização do jornalismo econômico no país (período de inflação e planos econômicos). Período da informatização das redações e a automação dos processos de produção dos jornais. A nova conjuntura exigiu investimentos tecnológicos altos e um planejamento rigoroso e racional. A importância de alguns órgãos de imprensa foi modificada, alterando-se assim a correlação de força no interior do mercado. Em termos editoriais não significou uma transformação radical em relação ao período anterior, mas um aprofundamento de tendências que já vinham sendo delineadas, a consolidação de transformações que já estavam em curso.
  • 34. Crise e novos caminhos – década de 1990 Os anos 1990, com o Plano Real, uma nova conjuntura favorável à imprensa e aos meios de comunicação como um todo. Queda drástica da inflação e a estabilidade da moeda aqueceu a economia, permitindo que o mercado publicitário crescesse. Câmbio estável permite oferta de crédito às empresas de comunicação no mercado financeiro. Vários grupos contraíram dívidas altas em dólares para investimento em tecnologias e investimento em outras áreas (TV por assinatura). Maxi-desvalorização do real levou às empresas a uma grave crise financeira.
  • 35. Crise e novos caminhos – década de 1990 Além da Globo, no início do século XXI, três dos grupos que dominaram a comunicação do país nas décadas anteriores entraram em processo de falência. O grupo Bloch não resistiu e fechou, enquanto o Jornal do Brasil e a Gazeta Mercantil mudavam de mãos, passando ambos para o controle do empresário Nelson Tanure. A Folha de S. Paulo, que vendia em média 606 mil exemplares ao dia em 1995, passou a vender a metade (308 mil) em 2004. O Estado de S.Paulo caíam de 385 para 233 mil. As perdas constantes de leitores eram atribuídas ao surgimento de novas fontes de informação, sobretudo a Internet. Em 2002, o mercado de mídia impressa encolheu 9% e, em 2003, mais de 7%.
  • 36. Crise e novos caminhos – década de 1990 O mercado continua controlado por praticamente os mesmos grupos, mas novos títulos foram lançados e a correlação de forças entre as empresas se modificou um pouco. A Folha de S. Paulo ainda é o maior diário do país em circulação, mas as Organizações Globo é o maior editor de jornais. Em 1998, a Globo lançou o jornal Extra e a revista Época. Em 2001, o grupo comprou O Diário Popular, centenário jornal da capital paulista, que após uma reforma gráfica passou a se chamar Diário de S. Paulo. Em 2000, os grupos Folha e Globo lançaram o jornal Valor Econômico.
  • 37. Crise e novos caminhos – década de 1990 Aparecimento de um tipo de imprensa popular, marcada por novas formas de explorar o conteúdo jornalístico e que buscava conquistar nichos do mercado pouco explorados até então. Em março de 2006, as Organizações Globo colocou para circular o Expresso de Informação. Uma estratégia de reação direta à reestruturação de O Dia, que, seis meses antes, havia criado o Meia Hora de Notícias, procurando atingir as classes C e D. Meia Hora e Expresso são jornais em formato tablóide, usam textos curtos e têm seus exemplares vendidos por um preço bem baixo, quase simbólico. Jornalismo “popular compacto”– é um fenômeno novo, representa uma outra forma de fazer jornalismo popular que tem se mostrado, do ponto de vista mercadológico, bastante eficiente (Correio/Massa).
  • 38. Questão política Historicamente, os jornais no Brasil jamais conseguiram serem autônomos totalmente em relação à política. Nunca puderam assumir o papel de watchdogs, ou seja, ser o vigia da ação do Estado ou determinados grupos políticos, no sentido clássico do liberalismo. Atualmente, tem sido cada vez mais difícil identificar as relações entre imprensa e alguns grupos políticos. Em áreas mais distantes dos principais centros urbanos, as relações entre mídia e política são mais evidentes (“coronelismo eletrônico”).
  • 39. Bibliografia FORTES, Rafael. Os impressos brasileiros de 1808 a 1930. In: LAIGNIER, Pablo; FORTES, Rafael (org.). Introdução à História da Comunicação. Rio de Janeiro: E-papers, 2009. RIBEIRO, Ana Paula Goulart Ribeiro. Imprensa e mercado no Brasil: de 1945 aos nossos dias. VI Encontro Nacional da SBPJor, UMESP (Universidade Metodista de São Paulo), nov/2008. ROMANCINI, Richard; LAGO, Cláudia. História do Jornalismo no Brasil. Florianópolis: Insular, 2007.