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TEMPO EM
CURSO



                   Publicação eletrônica mensal sobre as desigualdades
 de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho metropolitano brasileiro
                                    Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010

                          (Indicadores de desemprego e de subocupação)

                                                          ISSN 2177–3955
TEMPO EM CURSO                             1. Apresentação                                                                                  2
Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010         2. Rendimento habitual médio do trabalho principal



Sumário                                                                         nas RMs
                                                                                lMês 3 – Evolução da ocupação e do desemprego
1. Apresentação
2. Rendimento habitual médio do trabalho principal                          Portanto, nesta presente edição da publicação “Tempo
3. Evolução da taxa de desemprego                                           em Curso”, o tema central será a evolução da ocupação
4. Composição do desemprego segundo tempo de                                e do desemprego, focando os indicadores de subocupa-
duração                                                                     ção. Vale salientar que os indicadores que serão comen-
5. Indicadores de subocupação                                               tados são referentes ao mês de junho de 2010.

1. Apresentação                                                             2. Rendimento habitual médio do
                                                                            trabalho principal (tabela 1)
Com o presente número, o LAESER dá continuidade ao
boletim eletrônico “Tempo em Curso”, já em sua oita-                        No mês de junho de 2010, o rendimento médio habitu-
va edição de seu segundo ano. Os indicadores desta                          almente recebido no trabalho principal pela População
publicação são os microdados da Pesquisa Mensal de                          Economicamente Ativa (PEA), residente nas seis maio-
Emprego (PME), divulgados, mensalmente, pelo Insti-                         res Regiões Metropolitanas (RMs) brasileiras, foi de R$
tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu                    1.423,01. Na comparação com o mês anterior, este valor
portal (www.ibge.gov.br), e tabulados pelo LAESER no                        foi 0,5% superior. Comparativamente ao mês de junho de
“Banco de dados Tempo em Curso”.                                            2009, ocorreu uma elevação em termos reais de 3,4%.

A PME coleta informações sobre o mercado de tra-                            O rendimento médio habitualmente recebido pelos tra-
balho nas seis maiores Regiões Metropolitanas (RMs)                         balhadores de cor ou raça branca, em junho de 2010,
brasileiras. Da mais ao Norte, para a mais ao Sul: Reci-                    foi de R$ 1.784,20. Já o rendimento médio auferido pela
fe, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e                   PEA preta & parda foi de R$ 971,87.
Porto Alegre.
                                                                            Comparativamente ao mês de maio de 2010, o ren-
Cada edição do “Tempo em Curso” apresenta a atua-                           dimento médio do primeiro grupo observou ligeira
lização dos indicadores de rendimento habitual médio                        redução de 1,4 ponto percentual. Já entre os pretos &
do trabalho principal e do desemprego. A publicação                         pardos ocorreu elevação no rendimento médio em 1,9
eletrônica também reflete sobre um tema diferenciado,                       pontos percentuais. Na comparação entre os meses
tal como segue abaixo:                                                      de junho de 2009 e junho de 2010, a PEA branca teve
                                                                            elevação de 2,1 pontos percentual em seu rendimento
    l Mês 1 – Posição na Ocupação e Ramo de                                 habitual médio, ao passo que a PEA preta & parda ob-
    Atividade Econômica                                                     servou elevação razoavelmente superior: 8,4 pontos
    l Mês 2 – Rendimentos do trabalho e desemprego                          percentuais.



 Tabela 1. Rendimento médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores
 RMs, Brasil, jun / 09 – jun / 10, (em R$ - jun / 10, INPC)
               2009                                                                   2010
                 Jun      Jul    Ago                Set     Out       Nov      Dez     Jan     Fev     Mar           Abr     Mai       Jun
Homens Brancos  2019,04 2032,86 2045,47            2055,15 2056,78    2067,59 2037,08 2075,56 2109,82 2109,54       2111,27 2068,87   2039,15
Mulheres
Brancas
                      1429,82 1424,38 1438,44      1439,75 1442,64 1462,80 1454,71       1471,66 1486,50   1497,90 1499,60 1465,33 1485,50
Brancos               1747,20 1753,39 1764,27 1771,38 1773,84 1787,89 1767,84 1798,26 1823,55 1828,55 1830,35 1791,44 1784,20
Homens Pretos &
Pardos
                      1012,10   1019,64 1032,65 1042,08 1062,63 1049,43 1053,25          1049,70 1072,88 1073,35 1073,57 1083,74 1097,29
Mulheres Pretas
& Pardas
                       744,90    769,24   772,41    785,12   764,54    759,79   768,03   778,26   783,74   783,18   773,29   787,20    811,58
Pretos & Pardos        896,57 910,09 918,82 928,95 931,29 921,40 926,36 929,48 945,47 945,82 942,11 953,68 971,87
PEA Total             1376,81 1384,07 1397,21 1405,39 1405,18 1404,00 1391,34 1405,99 1422,22 1427,27 1428,14 1415,39 1423,01
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
TEMPO EM CURSO                       2. Rendimento habitual médio do trabalho principal                                    3
Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010   3. Evolução da taxa de desemprego



Quando o indicador acima é decomposto pelos gru-                    entre as mulheres, ocorreu uma redução de 3,1 pontos
pos de sexo verifica-se que, na comparação entre os                 percentuais na diferença entre a remuneração das tra-
meses de maio e junho de 2010, somente os homens                    balhadoras brancas, de um lado, e das trabalhadoras
brancos tiveram redução no rendimento habitual mé-                  pretas & pardas, de outro.
dio do trabalho principal, em 1,4 ponto percentual.
Alternativamente, na PEA branca feminina ocorreu                    Na comparação com o quadro vigente no mesmo mês
elevação no rendimento médio em 1,4 ponto percen-                   do ano anterior, entre os homens, ocorreu uma signi-
tual. Na PEA preta & parda do sexo masculino houve                  ficativa queda nas assimetrias de cor ou raça, em 13,7
elevação no rendimento em 1,3 ponto percentual, e na                pontos percentuais. No caso das mulheres, também
PEA preta & parda do sexo feminino houve elevação                   ocorreu uma redução expressiva nas assimetrias, em
no mesmo indicador em 3,1 pontos percentuais.                       8,9 pontos percentuais.

Na comparação entre os meses de junho de 2009 e ju-                 No mês de junho de 2010, os homens brancos aufe-
nho de 2010, em todos os grupos de cor ou raça e sexo               riam rendimentos habituais médios 151,3% superiores
ocorreram elevações nos rendimentos habituais médios                aos das mulheres pretas & pardas. Quanto aos tra-
do trabalho principal. Medindo-se a evolução em termos              balhadores pretos & pardos do sexo masculino e as
de pontos percentuais: homens brancos, 1 ponto; mu-                 trabalhadoras brancas, verificou-se que a remuneração
lheres brancas, 3,9 pontos; homens pretos & pardos, 8,4             habitual deste último contingente foi 35,4% superior à
pontos; mulheres pretas & pardas, 9 pontos.                         dos homens pretos & pardos.

No mês de junho de 2010, nas seis maiores RMs bra-                  3. Evolução da taxa de desemprego
sileiras, a diferença na remuneração dos brancos, em                (tabela 2)
relação aos pretos & pardos, foi de 83,6%. Esta dife-
rença correspondeu a uma redução em 4,3 pontos                      No mês de junho de 2010, nas seis maiores RMs bra-
percentuais no hiato entre as remunerações médias                   sileiras, a taxa de desemprego alcançou 7,0%, o valor
auferidas, em maio de 2010, pelos brancos e pelos                   mais baixo desde junho de 2009. Este indicador foi 0,5
pretos & pardos e perfez a menor assimetria de cor ou               ponto percentual inferior ao observado em maio do
raça neste indicador desde junho de 2009. Mais uma                  mesmo ano. Na comparação com o mês de junho de
vez ilustrando o sensível movimento de queda das                    2009, a redução foi de 1,1 ponto percentual. Desta for-
desigualdades neste período, comparativamente ao                    ma, foi confirmado o movimento de recuperação, ocor-
mês de junho de 2009, ocorreu uma redução em 11,3                   rido no primeiro semestre de 2010, nos indicadores de
pontos percentuais.                                                 renda e desemprego, tal como já sinalizado na edição
                                                                    anterior do “Tempo em Curso”.
No mês de junho de 2010, o rendimento habitual
médio do trabalho principal da PEA branca de sexo                   Em junho de 2010, a taxa de desemprego da PEA bran-
masculino foi de R$ 2.039,15. O mesmo indicador, na                 ca foi de 5,8%, ao passo que a da PEA preta & parda
PEA preta & parda do sexo masculino, correspondeu a                 foi de 8,5%. Em comparação ao mês anterior, entre os
R$ 1.097,29. Na PEA branca do sexo feminino, aquele                 trabalhadores brancos, ocorreu uma queda na taxa
mesmo indicador foi de R$ 1.485,50; e na PEA preta &                de desemprego, em 0,2 ponto percentual. Já na PEA
parda do sexo feminino, de R$ 811,58.                               preta & parda, no mesmo período, a redução na taxa
                                                                    de desemprego foi ligeiramente superior, em 0,7 ponto
Assim, quando o indicador é decomposto também pe-                   percentual.
los grupos de sexo, verifica-se que, em junho de 2010,
as assimetrias nos rendimentos entre os homens bran-                Em relação ao quadro vigente em junho de 2009, a
cos e os pretos & pardos foram de 85,8%, favoráveis aos             taxa de desemprego entre os brancos se reduziu em
primeiros. Já na PEA feminina, as assimetrias de cor ou             1,1 ponto percentual; e entre os pretos & pardos, em
raça foram de 83,0%, favoráveis às mulheres brancas.                1,2 ponto percentual.

Entre maio e junho de 2010, no contingente masculi-                 A taxa de desemprego da PEA branca do sexo masculi-
no, ocorreu uma redução nas assimetrias de cor ou                   no, em junho de 2010, foi de 4,5%; 0,2 ponto percentu-
raça em 5,1 pontos percentuais. No mesmo período,                   al inferior à taxa registrada no mês anterior. No compa-
TEMPO EM CURSO                             3. Evolução da taxa de desemprego                                                                 4
Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010         4. Composição do desemprego segundo tempo de duração



Tabela 2. Taxa de desemprego da PEA residente nas seis maiores RMs,
Brasil, jun / 09 – jun / 10 (em % da PEA)
                         2009                                                                   2010
                          Jun              Jul    Ago      Set      Out         Nov     Dez      Jan     Fev     Mar    Abr    Mai    Jun
Homens Brancos             5,8             5,7     5,6      5,3      5,1         4,9     4,6      5,0     5,4     5,1    5,1    4,7    4,5
Mulheres Brancas           8,1              7,8    8,3       7,9     7,7          7,6     7,0      7,5     7,5    8,0    7,4    7,4    7,2
Brancos                   6,9             6,7     6,9       6,5     6,3         6,2      5,7      6,2     6,4     6,5   6,2     6,0    5,8
Homens Pretos & Pardos     7,9              7,7    7,7      7,5      7,0         6,7     6,4      6,8     6,6     6,7    6,6    6,6    6,2
Mulheres Pretas & Pardas 12,0             11,9    11,9     11,2     11,4        11,2    10,2     10,5    10,8    11,5   11,0   12,4   11,3
Pretos & Pardos           9,7              9,6     9,6      9,2      9,0         8,8     8,1      8,5     8,5     8,9   8,6     9,2    8,5
PEA Total                 8,1             8,0      8,1      7,7      7,5         7,4     6,8      7,2     7,4     7,6    7,3    7,5    7,0
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)




rativo com com o mesmo mês do ano interior, ocorreu                         4. Composição do desemprego segundo
uma redução em 1,3 ponto percentual no indicador                            tempo de duração (tabela 3)
deste contingente.
                                                                            Entre junho de 2009 e junho de 2010, o número total
Ainda em junho de 2010, a taxa de desemprego da                             de desempregados na PEA nas seis maiores RMs brasi-
PEA preta & parda do sexo masculino foi de 6,2%.                            leiras registrou uma redução significativa de 11,8%.
Comparativamente a maio de 2010, o indicador se
reduziu em 0,4 ponto percentual. Comparativamente                           Decompondo pelos grupos de cor ou raça, observa-se
à taxa de desemprego verificada em junho de 2009,                           que o declínio no número total de desempregados foi
declinou em 1,7 ponto percentual.                                           mais expressivo dentro da PEA branca (15,1%), compa-
                                                                            rativamente à PEA preta & parda (8,6%).
A taxa de desemprego das mulheres brancas, em ju-
nho de 2010, foi de 7,2%. Já a das mulheres pretas &                        Quando os indicadores acima são igualmente decom-
pardas manteve-se sempre nas duas casas decimais,                           postos pelos grupos de sexo, verifica-se clivagem entre
tendo sido de 11,3%. Assim, em termos proporcionais,                        os vários contingentes. Assim, se o número total de
a taxa de desemprego das mulheres pretas & pardas                           desempregados brancos do sexo masculino se redu-
apresentou-se 147,8% superior em relação à dos ho-                          ziu em 21,6%, entre junho de 2009 e junho de 2010, já
mens brancos; 55,8% superior à das mulheres brancas;                        entre as mulheres do mesmo grupo de cor ou raça, o
e 82,9% superior à dos homens pretos & pardos.                              declínio no número de desempregadas foi bem menos
                                                                            expressivo (9,8%). Já o indicador da PEA preta & parda
Entre as mulheres brancas, a taxa de desemprego de                          do sexo masculino se reduziu em 19,5% no mesmo
junho de 2010, em comparação ao mesmo mês do                                período. As mulheres pretas & pardas foram as únicas
ano anterior, declinou 0,8 ponto percentual. No com-                        que experimentaram um aumento no número total de
parativo com o mês de maio do mesmo ano, a taxa de                          desempregadas no período considerado: 0,4%.
desemprego das trabalhadoras daquele grupo declinou
0,2 ponto percentual.                                                       Desagregando o comportamento do desemprego de
                                                                            acordo com o tempo de procura por ocupação, verifi-
Já entre os meses de maio e junho de 2010, a taxa                           ca-se que no mês de junho de 2010, no somatório da
de desemprego da PEA preta & parda do sexo fe-                              PEA desempregada nas seis maiores RMs brasileiras,
minino apresentou a redução mais elevada entre os                           24,2% procuravam ocupação há menos de um mês;
grupos de cor ou raça e sexo, tendo declinado 1,1                           53,1% buscavam emprego entre um e seis meses; 6,1%
ponto percentual.                                                           entre sete meses e um ano; 10,2% entre um e dois
                                                                            anos e 6,4% há mais de dois anos.
Contudo, na comparação anual, entre junho de 2009 e
junho de 2010, as trabalhadoras pretas & pardas foram                       No mês de junho de 2010, da parcela desempregada
as que experimentaram a menor redução na taxa de                            da PEA metropolitana branca, 22,4% procurava ocupa-
desemprego, 0,7 ponto percentual.                                           ção há menos de 30 dias; 56,2% o faziam entre um e
TEMPO EM CURSO                              4. Composição do desemprego segundo tempo de duração                                         5
Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010



Tabela 3. PEA desempregada residente nas seis maiores RMs, por tempo de duração da procura por
emprego, Brasil, jun / 09 e jun / 10 (em número de trabalhadores desempregados)
                                                                  31 dias                                    2 anos ou
                                                 30 dias
                                                                 a 6 meses
                                                                                7 a 11 meses   1 a 2 anos
                                                                                                                mais
                                                                                                                               Total

                                     Jun 2009     94.250          211.347          31.052        35.450        16.179         388.278
Homens Brancos
                                     Jun 2010     77.243          165.638          16.066        28.122        17.475         304.544
                                     Jun 2009     98.876          265.087          32.487        49.309        29.260         475.019
Mulheres Brancas
                                     Jun 2010     86.763          246.505          26.526        44.036        24.596         428.426
                                     Jun 2009    193.125          476.434          63.540        84.760        45.440         863.299
Brancos
                                     Jun 2010    164.006           412.143         42.592        72.158        42.071         732.970
                                     Jun 2009    118.799          237.504          34.707        26.434        29.646         447.090
Homens Pretos & Pardos
                                     Jun 2010     96.140          177.633          25.266         37.168       23.596         359.803
                                     Jun 2009    148.450          269.654          42.475        45.290        39.978         545.847
Mulheres Pretas & Pardas
                                     Jun 2010    135.634          282.482          32.079        57.504        40.385         548.084
                                     Jun 2009    267.250           507.158          77.182       71.724        69.624         992.938
Pretos & Pardos
                                     Jun 2010    231.774          460.115          57.345        94.672        63.981         907.887
                                     Jun 2009    214.315          451.576          66.021        63.442        46.928         842.282
Homens Total
                                     Jun 2010    174.730          345.164          41.332        65.290        41.071         667.587
                                     Jun 2009    248.081          535.970          75.727        94.599        70.462       1.024.839
Mulheres Total
                                     Jun 2010    223.497          530.310          58.606       102.487        64.981         979.881
                                     Jun 2009    462.396          987.546         141.748       158.041       117.390        1.867.121
PEA Total
                                     Jun 2010    398.227          875.473          99.938       167.778       106.052       1.647.468
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)




seis meses; 5,8% entre sete e 11 meses; 9,8% entre um                        sexo do tempo de duração da busca por ocupação evi-
e dois anos e 5,7% há mais de dois anos.                                     dencia que as mulheres pretas & pardas, além de pos-
                                                                             suirem um maior contingente em busca de ocupação,
A PEA preta & parda desempregada, naquele mesmo                              vivem maiores dificuldades em conseguir emprego,
período, que procurava ocupação há menos de trinta                           testemunhadas pelos maiores percentuais nas faixas
dias foi de 25,5%. O percentual dos que buscavam ocu-                        mais elevadas de tempo de procura por ocupação.
pação entre um e seis meses foi de 50,7%; os que o
faziam entre sete e onze meses, 6,3%; entre um e dois                        De outra forma, a composição da população desem-
anos, 10,4%, e a mais de dois anos, 7,0%.                                    pregada segundo o tempo de procura por ocupação
                                                                             também pode ser lida dentro de sua distribuição inter-
Em junho de 2010, na PEA metropolitana branca do                             na, segundo os grupos de cor ou raça e sexo.
sexo masculino desempregada, 25,4% procurava ocu-
pação há menos de um mês; e 5,7% há mais de dois                             Assim, em junho de 2010, a PEA era composta por:
anos. Na PEA preta & parda do sexo masculino que                             homens brancos, 28,5%; mulheres brancas, 25,2%;
estava desempregada, 26,7% procurava ocupação há                             homens pretos & pardos, 24,8%; mulheres pretas &
menos um mês e 6,6% há mais de dois anos.                                    pardas, 20,7%.
                                                                             Já o peso dos diferentes grupos de cor ou raça e sexo
Na PEA metropolitana branca do sexo feminino que se                          na população desempregada era o seguinte: homens
encontrava desempregada, em junho de 2010, 20,3%                             brancos, 18,5%; mulheres brancas, 26,0%; homens pre-
buscava ocupação há menos de um mês e 5,7% há mais                           tos & pardos, 21,8%; mulheres pretas & pardas, 33,3%1.
de dois anos. Na PEA preta & parda do sexo feminino
que estava desempregada, 24,7% procuravam ocupa-                             A partir da composição segundo os grupos de cor
ção há menos de um mês e 7,4% há mais de dois anos.                          ou raça e sexo da PEA total e da PEA desempregada,
                                                                             percebe-se que eram as mulheres pretas & pardas que
Assim, a decomposição pelos grupos de cor ou raça e                          apresentavam as maiores desproporções, em quase


1 Vale frisar que a diferença do somatório dos grupos de cor ou raça e sexo em relação a 100% é decorrente da presença na PEA da
população amarela, indígena e de cor ou raça ignorada, não incluída no “Tempo em Curso” pela baixa densidade amostral.
TEMPO EM CURSO                             4. Composição do desemprego segundo tempo de duração                                              6
Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010         5. Indicadores de subocupação



13 pontos percentuais, entre a presença na PEA de-                     tual inferior ao mesmo indicador de um ano antes, em
sempregada (33,3%) e na PEA como um todo (20,7%). É                    junho de 2009.
verdade que também as mulheres brancas apresenta-
vam um maior peso na PEA desempregada, compara-                        Decompondo o indicador pelos grupos de cor ou raça,
tivamente à PEA total. Porém, a diferença, neste caso,                 verifica-se que, no mês de junho de 2010, 2,1% da PEA
era inferior a um ponto percentual.                                    branca ocupada e 3,2% da PEA preta & parda ocupada
                                                                       encontrava-se naquela condição. Na comparação com
Ao se analisar a composição pelos grupos de cor ou                     junho de 2009, em ambos os casos, ocorreram ligeiras
raça e sexo da população desempregada por tempo de                     reduções na proporção de trabalhadores subocupa-
procura por emprego, verifica-se que, mesmo nesse                      dos: brancos, 0,3 ponto percentual e pretos & pardos,
caso, se mantinha a sobrerrepresentação das mulhe-                     0,4 ponto percentual.
res pretas & pardas em todas as faixas de tempo de
busca de ocupação.                                                     Já no contingente masculino, a PEA ocupada branca
                                                                       nesta condição perfazia 1,4% do total, ao passo que os
Assim, em todos os períodos de tempo considerados,                     homens pretos & pardos subocupados por insuficiên-
as mulheres pretas & pardas eram o grupo modal: pro-                   cia de jornada de trabalho foram 2,0%.
cura por emprego até 30 dias, 34,1%; entre um e seis
meses, 32,3%; de sete a onze meses, 32,1%; entre um                    A PEA branca do sexo feminino subocupada trabalhando
e dois anos, 34,3%; dois anos ou mais, 38,1%.                          efetivamente menos de 40 horas por semana compreen-
                                                                       dia 2,9% do total. Já 4,6% da PEA ocupada preta & parda
5. Indicadores de subocupação (tabelas                                 do sexo feminino se encontrava na mesma condição.
4 e 5)
                                                                       Na comparação entre os meses de junho de 2009 e
Na presente seção serão comentados dois indicadores                    de 2010, verifica-se que a proporção de trabalhadores
de subocupação da PEA ocupada nas seis maiores                         metropolitanos subocupados por insuficiência de jor-
RMs brasileiras. O primeiro indicador, a Subocupação                   nada de trabalho declinou 0,5 ponto percentual, entre
por Insuficiência de Horas Trabalhadas, refere-se às                   os homens brancos, e 0,6 ponto percentual, entre os
pessoas que trabalharam menos de 40 horas em todos                     homens pretos & pardos. No contingente feminino, a
os trabalhos na semana de referência, mesmo estando                    redução foi mais modesta: 0,1 ponto percentual, no
disponível para assumir uma carga horária superior.                    caso das brancas, e 0,2 ponto percentual, no caso das
                                                                       pretas & pardas.
Da PEA ocupada nas seis maiores RMs brasileiras, em
junho de 2010, 2,6% encontrava-se subocupada por                       A Subocupação por Trabalho Sub-Remunerado corres-
insuficiência de jornada de trabalho; 0,3 ponto percen-                ponde à população com um rendimento horário infe-


Tabela 4. Pessoas subocupadas trabalhando                              Tabela 5. Pessoas ocupadas sub-remuneradas
efetivamente menos de 40 horas, em todos os                            em todos os trabalhos, nas seis maiores RMs,
trabalhos, nas seis maiores RMs, Brasil, jun/ 09 e                     Brasil, jun / 09 e jun/ 10 (em % sobre o número
jun/ 10 (em % sobre o número total de ocupados)                        total de ocupados)
                                     Jun 2009         Jun 2010                                              Jun 2009          Jun 2010
Homens Brancos                          1,8              1,4           Homens Brancos                           9,3               8,6
Mulheres Brancas                        3,1              2,9           Mulheres Brancas                        14,5              13,8
Brancos                                 2,4              2,1           Brancos                                11,7              11,0
Homens Pretos & Pardos                  2,6              2,0           Homens Pretos & Pardos                  20,7              20,8
Mulheres Pretas & Pardas                4,8              4,6           Mulheres Pretas & Pardas                28,8              29,0
Pretos & Pardos                         3,6              3,2           Pretos & Pardos                        24,2              24,4
Homens Total                            2,2              1,7           Homens Total                            14,5              14,2
Mulheres Total                          3,8              3,7           Mulheres Total                          20,5              20,4
PEA Total                               2,9              2,6           PEA Total                               17,2              17,0
Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada              Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada
Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo    Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo
em Curso)                                                              em Curso)
TEMPO EM CURSO                       5. Indicadores de subocupação                                                         7
Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010



rior ao Salário Mínimo/horário, no mês de referência da              de ocupados era de: homens brancos, 8,6%; mulheres
pesquisa (cerca de R$ 2,11).                                         brancas, 13,8%; homens pretos & pardos, 20,8%; mu-
                                                                     lheres pretas & pardas, 29,0%. Ou seja, levando-se em
Assim, em junho de 2010, 17,0% da PEA ocupada                        consideração os respectivos percentuais, a diferença
encontrava-se subocupada por insuficiência de remu-                  do peso da subocupação por insuficiência de remune-
neração. Comparativamente ao mesmo mês do ano                        ração das mulheres pretas & pardas, vis-à-vis os ho-
anterior, o indicador manteve-se estável, com uma                    mens brancos, era mais de três vezes superior.
pequena redução de 0,2 ponto percentual.
                                                                     Na comparação com junho de 2009, verifica-se que a
No mês de junho de 2010, 11,0% da PEA metropolitana                  proporção de trabalhadores metropolitanos subocu-
branca ocupada se encontrava subocupada por insufi-                  pados por insuficiência de remuneração declinou 0,7
ciência de remuneração. Já a PEA metropolitana preta                 ponto percentual no contingente branco do sexo mas-
& parda ocupada, que se encontrava na mesma con-                     culino e feminino. Já no caso do contingente de cor
dição, foi de 24,4%, ou seja, 13,4 pontos percentuais                ou raça preta & parda, ocorreu um aumento no peso
superior à primeira.                                                 deste indicador sobre o total da PEA ocupada, em 0,1
                                                                     ponto percentual, no caso dos homens, e em 0,2 ponto
Comparativamente ao mês de junho de 2009, o peso da                  percentual, no caso das mulheres.
subocupação por insuficiência de remuneração declinou
em 0,7 ponto percentual, no caso da PEA ocupada bran-                Desta forma, o contingente preto & pardo, e especial-
ca, ao passo que o mesmo indicador da PEA ocupada                    mente as mulheres pretas & pardas, além de auferir
preta & parda se elevou em 0,2 ponto percentual.                     menores rendimentos e sofrer com mais intensidade
                                                                     das mazelas do desemprego, mesmo quando ocupado,
Analisando o mesmo indicador acima desagregado                       encontra-se mais exposto a problemas de subocupa-
pelos grupos de cor ou raça e sexo, o peso da subocu-                ção por insuficiência de jornada de trabalho e especial-
pação por insuficiência de remuneração sobre o total                 mente por insuficiência de remuneração.
TEMPO EM CURSO                                                                                                8
Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010



         Tempo em Curso                                      Equipe LAESER / IE / UFRJ

         Elaboração escrita                                  Coordenação Geral
         Profº Marcelo Paixão e Irene Rossetto Giaccherino   Profº Marcelo Paixão

         Programação de indicadores estatísticos             Coordenação Estatística
         Luiz Marcelo Carvano                                Luiz Marcelo Carvano

         Pesquisadoras assistentes                           Pesquisadores Assistentes
         Fabiana Montovanele de Melo                         Cléber Julião
         Irene Rossetto Giaccherino                          Fabiana Montovanele de Melo
                                                             Irene Rossetto Giaccherino
                                                             Sandra Regina Ribeiro

                                                             Coordenação dos Cursos de Extensão
                                                             Azoilda Loretto
                                                             Sandra Regina Ribeiro

                                                             Bolsistas de Graduação
                                                             Danielle Oliveira (PBICT – CNPq)
                                                             Guilherme Câmara (Fundação Ford)
                                                             Elaine Carvalho – Curso de Extensão (UNIAFRO))

                                                             Revisão de texto e copy-desk
                                                             Alana Barroco Vellasco Austin

                                                             Editoração Eletrônica
                                                             Maraca Design



                                                             Apoio
                                                             Fundação Ford

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Evolução da ocupação e do desemprego nas RMs brasileiras

  • 1. TEMPO EM CURSO Publicação eletrônica mensal sobre as desigualdades de cor ou raça e gênero no mercado de trabalho metropolitano brasileiro Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010 (Indicadores de desemprego e de subocupação) ISSN 2177–3955
  • 2. TEMPO EM CURSO 1. Apresentação 2 Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010 2. Rendimento habitual médio do trabalho principal Sumário nas RMs lMês 3 – Evolução da ocupação e do desemprego 1. Apresentação 2. Rendimento habitual médio do trabalho principal Portanto, nesta presente edição da publicação “Tempo 3. Evolução da taxa de desemprego em Curso”, o tema central será a evolução da ocupação 4. Composição do desemprego segundo tempo de e do desemprego, focando os indicadores de subocupa- duração ção. Vale salientar que os indicadores que serão comen- 5. Indicadores de subocupação tados são referentes ao mês de junho de 2010. 1. Apresentação 2. Rendimento habitual médio do trabalho principal (tabela 1) Com o presente número, o LAESER dá continuidade ao boletim eletrônico “Tempo em Curso”, já em sua oita- No mês de junho de 2010, o rendimento médio habitu- va edição de seu segundo ano. Os indicadores desta almente recebido no trabalho principal pela População publicação são os microdados da Pesquisa Mensal de Economicamente Ativa (PEA), residente nas seis maio- Emprego (PME), divulgados, mensalmente, pelo Insti- res Regiões Metropolitanas (RMs) brasileiras, foi de R$ tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu 1.423,01. Na comparação com o mês anterior, este valor portal (www.ibge.gov.br), e tabulados pelo LAESER no foi 0,5% superior. Comparativamente ao mês de junho de “Banco de dados Tempo em Curso”. 2009, ocorreu uma elevação em termos reais de 3,4%. A PME coleta informações sobre o mercado de tra- O rendimento médio habitualmente recebido pelos tra- balho nas seis maiores Regiões Metropolitanas (RMs) balhadores de cor ou raça branca, em junho de 2010, brasileiras. Da mais ao Norte, para a mais ao Sul: Reci- foi de R$ 1.784,20. Já o rendimento médio auferido pela fe, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e PEA preta & parda foi de R$ 971,87. Porto Alegre. Comparativamente ao mês de maio de 2010, o ren- Cada edição do “Tempo em Curso” apresenta a atua- dimento médio do primeiro grupo observou ligeira lização dos indicadores de rendimento habitual médio redução de 1,4 ponto percentual. Já entre os pretos & do trabalho principal e do desemprego. A publicação pardos ocorreu elevação no rendimento médio em 1,9 eletrônica também reflete sobre um tema diferenciado, pontos percentuais. Na comparação entre os meses tal como segue abaixo: de junho de 2009 e junho de 2010, a PEA branca teve elevação de 2,1 pontos percentual em seu rendimento l Mês 1 – Posição na Ocupação e Ramo de habitual médio, ao passo que a PEA preta & parda ob- Atividade Econômica servou elevação razoavelmente superior: 8,4 pontos l Mês 2 – Rendimentos do trabalho e desemprego percentuais. Tabela 1. Rendimento médio habitualmente recebido pela PEA ocupada residente nas seis maiores RMs, Brasil, jun / 09 – jun / 10, (em R$ - jun / 10, INPC)   2009 2010   Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Homens Brancos 2019,04 2032,86 2045,47 2055,15 2056,78 2067,59 2037,08 2075,56 2109,82 2109,54 2111,27 2068,87 2039,15 Mulheres Brancas 1429,82 1424,38 1438,44 1439,75 1442,64 1462,80 1454,71 1471,66 1486,50 1497,90 1499,60 1465,33 1485,50 Brancos 1747,20 1753,39 1764,27 1771,38 1773,84 1787,89 1767,84 1798,26 1823,55 1828,55 1830,35 1791,44 1784,20 Homens Pretos & Pardos 1012,10 1019,64 1032,65 1042,08 1062,63 1049,43 1053,25 1049,70 1072,88 1073,35 1073,57 1083,74 1097,29 Mulheres Pretas & Pardas 744,90 769,24 772,41 785,12 764,54 759,79 768,03 778,26 783,74 783,18 773,29 787,20 811,58 Pretos & Pardos 896,57 910,09 918,82 928,95 931,29 921,40 926,36 929,48 945,47 945,82 942,11 953,68 971,87 PEA Total 1376,81 1384,07 1397,21 1405,39 1405,18 1404,00 1391,34 1405,99 1422,22 1427,27 1428,14 1415,39 1423,01 Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso)
  • 3. TEMPO EM CURSO 2. Rendimento habitual médio do trabalho principal 3 Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010 3. Evolução da taxa de desemprego Quando o indicador acima é decomposto pelos gru- entre as mulheres, ocorreu uma redução de 3,1 pontos pos de sexo verifica-se que, na comparação entre os percentuais na diferença entre a remuneração das tra- meses de maio e junho de 2010, somente os homens balhadoras brancas, de um lado, e das trabalhadoras brancos tiveram redução no rendimento habitual mé- pretas & pardas, de outro. dio do trabalho principal, em 1,4 ponto percentual. Alternativamente, na PEA branca feminina ocorreu Na comparação com o quadro vigente no mesmo mês elevação no rendimento médio em 1,4 ponto percen- do ano anterior, entre os homens, ocorreu uma signi- tual. Na PEA preta & parda do sexo masculino houve ficativa queda nas assimetrias de cor ou raça, em 13,7 elevação no rendimento em 1,3 ponto percentual, e na pontos percentuais. No caso das mulheres, também PEA preta & parda do sexo feminino houve elevação ocorreu uma redução expressiva nas assimetrias, em no mesmo indicador em 3,1 pontos percentuais. 8,9 pontos percentuais. Na comparação entre os meses de junho de 2009 e ju- No mês de junho de 2010, os homens brancos aufe- nho de 2010, em todos os grupos de cor ou raça e sexo riam rendimentos habituais médios 151,3% superiores ocorreram elevações nos rendimentos habituais médios aos das mulheres pretas & pardas. Quanto aos tra- do trabalho principal. Medindo-se a evolução em termos balhadores pretos & pardos do sexo masculino e as de pontos percentuais: homens brancos, 1 ponto; mu- trabalhadoras brancas, verificou-se que a remuneração lheres brancas, 3,9 pontos; homens pretos & pardos, 8,4 habitual deste último contingente foi 35,4% superior à pontos; mulheres pretas & pardas, 9 pontos. dos homens pretos & pardos. No mês de junho de 2010, nas seis maiores RMs bra- 3. Evolução da taxa de desemprego sileiras, a diferença na remuneração dos brancos, em (tabela 2) relação aos pretos & pardos, foi de 83,6%. Esta dife- rença correspondeu a uma redução em 4,3 pontos No mês de junho de 2010, nas seis maiores RMs bra- percentuais no hiato entre as remunerações médias sileiras, a taxa de desemprego alcançou 7,0%, o valor auferidas, em maio de 2010, pelos brancos e pelos mais baixo desde junho de 2009. Este indicador foi 0,5 pretos & pardos e perfez a menor assimetria de cor ou ponto percentual inferior ao observado em maio do raça neste indicador desde junho de 2009. Mais uma mesmo ano. Na comparação com o mês de junho de vez ilustrando o sensível movimento de queda das 2009, a redução foi de 1,1 ponto percentual. Desta for- desigualdades neste período, comparativamente ao ma, foi confirmado o movimento de recuperação, ocor- mês de junho de 2009, ocorreu uma redução em 11,3 rido no primeiro semestre de 2010, nos indicadores de pontos percentuais. renda e desemprego, tal como já sinalizado na edição anterior do “Tempo em Curso”. No mês de junho de 2010, o rendimento habitual médio do trabalho principal da PEA branca de sexo Em junho de 2010, a taxa de desemprego da PEA bran- masculino foi de R$ 2.039,15. O mesmo indicador, na ca foi de 5,8%, ao passo que a da PEA preta & parda PEA preta & parda do sexo masculino, correspondeu a foi de 8,5%. Em comparação ao mês anterior, entre os R$ 1.097,29. Na PEA branca do sexo feminino, aquele trabalhadores brancos, ocorreu uma queda na taxa mesmo indicador foi de R$ 1.485,50; e na PEA preta & de desemprego, em 0,2 ponto percentual. Já na PEA parda do sexo feminino, de R$ 811,58. preta & parda, no mesmo período, a redução na taxa de desemprego foi ligeiramente superior, em 0,7 ponto Assim, quando o indicador é decomposto também pe- percentual. los grupos de sexo, verifica-se que, em junho de 2010, as assimetrias nos rendimentos entre os homens bran- Em relação ao quadro vigente em junho de 2009, a cos e os pretos & pardos foram de 85,8%, favoráveis aos taxa de desemprego entre os brancos se reduziu em primeiros. Já na PEA feminina, as assimetrias de cor ou 1,1 ponto percentual; e entre os pretos & pardos, em raça foram de 83,0%, favoráveis às mulheres brancas. 1,2 ponto percentual. Entre maio e junho de 2010, no contingente masculi- A taxa de desemprego da PEA branca do sexo masculi- no, ocorreu uma redução nas assimetrias de cor ou no, em junho de 2010, foi de 4,5%; 0,2 ponto percentu- raça em 5,1 pontos percentuais. No mesmo período, al inferior à taxa registrada no mês anterior. No compa-
  • 4. TEMPO EM CURSO 3. Evolução da taxa de desemprego 4 Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010 4. Composição do desemprego segundo tempo de duração Tabela 2. Taxa de desemprego da PEA residente nas seis maiores RMs, Brasil, jun / 09 – jun / 10 (em % da PEA)   2009 2010   Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Homens Brancos 5,8 5,7 5,6 5,3 5,1 4,9 4,6 5,0 5,4 5,1 5,1 4,7 4,5 Mulheres Brancas 8,1 7,8 8,3 7,9 7,7 7,6 7,0 7,5 7,5 8,0 7,4 7,4 7,2 Brancos 6,9 6,7 6,9 6,5 6,3 6,2 5,7 6,2 6,4 6,5 6,2 6,0 5,8 Homens Pretos & Pardos 7,9 7,7 7,7 7,5 7,0 6,7 6,4 6,8 6,6 6,7 6,6 6,6 6,2 Mulheres Pretas & Pardas 12,0 11,9 11,9 11,2 11,4 11,2 10,2 10,5 10,8 11,5 11,0 12,4 11,3 Pretos & Pardos 9,7 9,6 9,6 9,2 9,0 8,8 8,1 8,5 8,5 8,9 8,6 9,2 8,5 PEA Total 8,1 8,0 8,1 7,7 7,5 7,4 6,8 7,2 7,4 7,6 7,3 7,5 7,0 Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso) rativo com com o mesmo mês do ano interior, ocorreu 4. Composição do desemprego segundo uma redução em 1,3 ponto percentual no indicador tempo de duração (tabela 3) deste contingente. Entre junho de 2009 e junho de 2010, o número total Ainda em junho de 2010, a taxa de desemprego da de desempregados na PEA nas seis maiores RMs brasi- PEA preta & parda do sexo masculino foi de 6,2%. leiras registrou uma redução significativa de 11,8%. Comparativamente a maio de 2010, o indicador se reduziu em 0,4 ponto percentual. Comparativamente Decompondo pelos grupos de cor ou raça, observa-se à taxa de desemprego verificada em junho de 2009, que o declínio no número total de desempregados foi declinou em 1,7 ponto percentual. mais expressivo dentro da PEA branca (15,1%), compa- rativamente à PEA preta & parda (8,6%). A taxa de desemprego das mulheres brancas, em ju- nho de 2010, foi de 7,2%. Já a das mulheres pretas & Quando os indicadores acima são igualmente decom- pardas manteve-se sempre nas duas casas decimais, postos pelos grupos de sexo, verifica-se clivagem entre tendo sido de 11,3%. Assim, em termos proporcionais, os vários contingentes. Assim, se o número total de a taxa de desemprego das mulheres pretas & pardas desempregados brancos do sexo masculino se redu- apresentou-se 147,8% superior em relação à dos ho- ziu em 21,6%, entre junho de 2009 e junho de 2010, já mens brancos; 55,8% superior à das mulheres brancas; entre as mulheres do mesmo grupo de cor ou raça, o e 82,9% superior à dos homens pretos & pardos. declínio no número de desempregadas foi bem menos expressivo (9,8%). Já o indicador da PEA preta & parda Entre as mulheres brancas, a taxa de desemprego de do sexo masculino se reduziu em 19,5% no mesmo junho de 2010, em comparação ao mesmo mês do período. As mulheres pretas & pardas foram as únicas ano anterior, declinou 0,8 ponto percentual. No com- que experimentaram um aumento no número total de parativo com o mês de maio do mesmo ano, a taxa de desempregadas no período considerado: 0,4%. desemprego das trabalhadoras daquele grupo declinou 0,2 ponto percentual. Desagregando o comportamento do desemprego de acordo com o tempo de procura por ocupação, verifi- Já entre os meses de maio e junho de 2010, a taxa ca-se que no mês de junho de 2010, no somatório da de desemprego da PEA preta & parda do sexo fe- PEA desempregada nas seis maiores RMs brasileiras, minino apresentou a redução mais elevada entre os 24,2% procuravam ocupação há menos de um mês; grupos de cor ou raça e sexo, tendo declinado 1,1 53,1% buscavam emprego entre um e seis meses; 6,1% ponto percentual. entre sete meses e um ano; 10,2% entre um e dois anos e 6,4% há mais de dois anos. Contudo, na comparação anual, entre junho de 2009 e junho de 2010, as trabalhadoras pretas & pardas foram No mês de junho de 2010, da parcela desempregada as que experimentaram a menor redução na taxa de da PEA metropolitana branca, 22,4% procurava ocupa- desemprego, 0,7 ponto percentual. ção há menos de 30 dias; 56,2% o faziam entre um e
  • 5. TEMPO EM CURSO 4. Composição do desemprego segundo tempo de duração 5 Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010 Tabela 3. PEA desempregada residente nas seis maiores RMs, por tempo de duração da procura por emprego, Brasil, jun / 09 e jun / 10 (em número de trabalhadores desempregados) 31 dias 2 anos ou   30 dias a 6 meses 7 a 11 meses 1 a 2 anos mais Total Jun 2009 94.250 211.347 31.052 35.450 16.179 388.278 Homens Brancos Jun 2010 77.243 165.638 16.066 28.122 17.475 304.544 Jun 2009 98.876 265.087 32.487 49.309 29.260 475.019 Mulheres Brancas Jun 2010 86.763 246.505 26.526 44.036 24.596 428.426 Jun 2009 193.125 476.434 63.540 84.760 45.440 863.299 Brancos Jun 2010 164.006 412.143 42.592 72.158 42.071 732.970 Jun 2009 118.799 237.504 34.707 26.434 29.646 447.090 Homens Pretos & Pardos Jun 2010 96.140 177.633 25.266 37.168 23.596 359.803 Jun 2009 148.450 269.654 42.475 45.290 39.978 545.847 Mulheres Pretas & Pardas Jun 2010 135.634 282.482 32.079 57.504 40.385 548.084 Jun 2009 267.250 507.158 77.182 71.724 69.624 992.938 Pretos & Pardos Jun 2010 231.774 460.115 57.345 94.672 63.981 907.887 Jun 2009 214.315 451.576 66.021 63.442 46.928 842.282 Homens Total Jun 2010 174.730 345.164 41.332 65.290 41.071 667.587 Jun 2009 248.081 535.970 75.727 94.599 70.462 1.024.839 Mulheres Total Jun 2010 223.497 530.310 58.606 102.487 64.981 979.881 Jun 2009 462.396 987.546 141.748 158.041 117.390 1.867.121 PEA Total Jun 2010 398.227 875.473 99.938 167.778 106.052 1.647.468 Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso) seis meses; 5,8% entre sete e 11 meses; 9,8% entre um sexo do tempo de duração da busca por ocupação evi- e dois anos e 5,7% há mais de dois anos. dencia que as mulheres pretas & pardas, além de pos- suirem um maior contingente em busca de ocupação, A PEA preta & parda desempregada, naquele mesmo vivem maiores dificuldades em conseguir emprego, período, que procurava ocupação há menos de trinta testemunhadas pelos maiores percentuais nas faixas dias foi de 25,5%. O percentual dos que buscavam ocu- mais elevadas de tempo de procura por ocupação. pação entre um e seis meses foi de 50,7%; os que o faziam entre sete e onze meses, 6,3%; entre um e dois De outra forma, a composição da população desem- anos, 10,4%, e a mais de dois anos, 7,0%. pregada segundo o tempo de procura por ocupação também pode ser lida dentro de sua distribuição inter- Em junho de 2010, na PEA metropolitana branca do na, segundo os grupos de cor ou raça e sexo. sexo masculino desempregada, 25,4% procurava ocu- pação há menos de um mês; e 5,7% há mais de dois Assim, em junho de 2010, a PEA era composta por: anos. Na PEA preta & parda do sexo masculino que homens brancos, 28,5%; mulheres brancas, 25,2%; estava desempregada, 26,7% procurava ocupação há homens pretos & pardos, 24,8%; mulheres pretas & menos um mês e 6,6% há mais de dois anos. pardas, 20,7%. Já o peso dos diferentes grupos de cor ou raça e sexo Na PEA metropolitana branca do sexo feminino que se na população desempregada era o seguinte: homens encontrava desempregada, em junho de 2010, 20,3% brancos, 18,5%; mulheres brancas, 26,0%; homens pre- buscava ocupação há menos de um mês e 5,7% há mais tos & pardos, 21,8%; mulheres pretas & pardas, 33,3%1. de dois anos. Na PEA preta & parda do sexo feminino que estava desempregada, 24,7% procuravam ocupa- A partir da composição segundo os grupos de cor ção há menos de um mês e 7,4% há mais de dois anos. ou raça e sexo da PEA total e da PEA desempregada, percebe-se que eram as mulheres pretas & pardas que Assim, a decomposição pelos grupos de cor ou raça e apresentavam as maiores desproporções, em quase 1 Vale frisar que a diferença do somatório dos grupos de cor ou raça e sexo em relação a 100% é decorrente da presença na PEA da população amarela, indígena e de cor ou raça ignorada, não incluída no “Tempo em Curso” pela baixa densidade amostral.
  • 6. TEMPO EM CURSO 4. Composição do desemprego segundo tempo de duração 6 Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010 5. Indicadores de subocupação 13 pontos percentuais, entre a presença na PEA de- tual inferior ao mesmo indicador de um ano antes, em sempregada (33,3%) e na PEA como um todo (20,7%). É junho de 2009. verdade que também as mulheres brancas apresenta- vam um maior peso na PEA desempregada, compara- Decompondo o indicador pelos grupos de cor ou raça, tivamente à PEA total. Porém, a diferença, neste caso, verifica-se que, no mês de junho de 2010, 2,1% da PEA era inferior a um ponto percentual. branca ocupada e 3,2% da PEA preta & parda ocupada encontrava-se naquela condição. Na comparação com Ao se analisar a composição pelos grupos de cor ou junho de 2009, em ambos os casos, ocorreram ligeiras raça e sexo da população desempregada por tempo de reduções na proporção de trabalhadores subocupa- procura por emprego, verifica-se que, mesmo nesse dos: brancos, 0,3 ponto percentual e pretos & pardos, caso, se mantinha a sobrerrepresentação das mulhe- 0,4 ponto percentual. res pretas & pardas em todas as faixas de tempo de busca de ocupação. Já no contingente masculino, a PEA ocupada branca nesta condição perfazia 1,4% do total, ao passo que os Assim, em todos os períodos de tempo considerados, homens pretos & pardos subocupados por insuficiên- as mulheres pretas & pardas eram o grupo modal: pro- cia de jornada de trabalho foram 2,0%. cura por emprego até 30 dias, 34,1%; entre um e seis meses, 32,3%; de sete a onze meses, 32,1%; entre um A PEA branca do sexo feminino subocupada trabalhando e dois anos, 34,3%; dois anos ou mais, 38,1%. efetivamente menos de 40 horas por semana compreen- dia 2,9% do total. Já 4,6% da PEA ocupada preta & parda 5. Indicadores de subocupação (tabelas do sexo feminino se encontrava na mesma condição. 4 e 5) Na comparação entre os meses de junho de 2009 e Na presente seção serão comentados dois indicadores de 2010, verifica-se que a proporção de trabalhadores de subocupação da PEA ocupada nas seis maiores metropolitanos subocupados por insuficiência de jor- RMs brasileiras. O primeiro indicador, a Subocupação nada de trabalho declinou 0,5 ponto percentual, entre por Insuficiência de Horas Trabalhadas, refere-se às os homens brancos, e 0,6 ponto percentual, entre os pessoas que trabalharam menos de 40 horas em todos homens pretos & pardos. No contingente feminino, a os trabalhos na semana de referência, mesmo estando redução foi mais modesta: 0,1 ponto percentual, no disponível para assumir uma carga horária superior. caso das brancas, e 0,2 ponto percentual, no caso das pretas & pardas. Da PEA ocupada nas seis maiores RMs brasileiras, em junho de 2010, 2,6% encontrava-se subocupada por A Subocupação por Trabalho Sub-Remunerado corres- insuficiência de jornada de trabalho; 0,3 ponto percen- ponde à população com um rendimento horário infe- Tabela 4. Pessoas subocupadas trabalhando Tabela 5. Pessoas ocupadas sub-remuneradas efetivamente menos de 40 horas, em todos os em todos os trabalhos, nas seis maiores RMs, trabalhos, nas seis maiores RMs, Brasil, jun/ 09 e Brasil, jun / 09 e jun/ 10 (em % sobre o número jun/ 10 (em % sobre o número total de ocupados) total de ocupados)   Jun 2009 Jun 2010   Jun 2009 Jun 2010 Homens Brancos 1,8 1,4 Homens Brancos 9,3 8,6 Mulheres Brancas 3,1 2,9 Mulheres Brancas 14,5 13,8 Brancos 2,4 2,1 Brancos 11,7 11,0 Homens Pretos & Pardos 2,6 2,0 Homens Pretos & Pardos 20,7 20,8 Mulheres Pretas & Pardas 4,8 4,6 Mulheres Pretas & Pardas 28,8 29,0 Pretos & Pardos 3,6 3,2 Pretos & Pardos 24,2 24,4 Homens Total 2,2 1,7 Homens Total 14,5 14,2 Mulheres Total 3,8 3,7 Mulheres Total 20,5 20,4 PEA Total 2,9 2,6 PEA Total 17,2 17,0 Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Nota: PEA total inclui amarelos, indígenas e cor ignorada Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo Fonte: IBGE, microdados PME. Tabulação LAESER (banco de dados Tempo em Curso) em Curso)
  • 7. TEMPO EM CURSO 5. Indicadores de subocupação 7 Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010 rior ao Salário Mínimo/horário, no mês de referência da de ocupados era de: homens brancos, 8,6%; mulheres pesquisa (cerca de R$ 2,11). brancas, 13,8%; homens pretos & pardos, 20,8%; mu- lheres pretas & pardas, 29,0%. Ou seja, levando-se em Assim, em junho de 2010, 17,0% da PEA ocupada consideração os respectivos percentuais, a diferença encontrava-se subocupada por insuficiência de remu- do peso da subocupação por insuficiência de remune- neração. Comparativamente ao mesmo mês do ano ração das mulheres pretas & pardas, vis-à-vis os ho- anterior, o indicador manteve-se estável, com uma mens brancos, era mais de três vezes superior. pequena redução de 0,2 ponto percentual. Na comparação com junho de 2009, verifica-se que a No mês de junho de 2010, 11,0% da PEA metropolitana proporção de trabalhadores metropolitanos subocu- branca ocupada se encontrava subocupada por insufi- pados por insuficiência de remuneração declinou 0,7 ciência de remuneração. Já a PEA metropolitana preta ponto percentual no contingente branco do sexo mas- & parda ocupada, que se encontrava na mesma con- culino e feminino. Já no caso do contingente de cor dição, foi de 24,4%, ou seja, 13,4 pontos percentuais ou raça preta & parda, ocorreu um aumento no peso superior à primeira. deste indicador sobre o total da PEA ocupada, em 0,1 ponto percentual, no caso dos homens, e em 0,2 ponto Comparativamente ao mês de junho de 2009, o peso da percentual, no caso das mulheres. subocupação por insuficiência de remuneração declinou em 0,7 ponto percentual, no caso da PEA ocupada bran- Desta forma, o contingente preto & pardo, e especial- ca, ao passo que o mesmo indicador da PEA ocupada mente as mulheres pretas & pardas, além de auferir preta & parda se elevou em 0,2 ponto percentual. menores rendimentos e sofrer com mais intensidade das mazelas do desemprego, mesmo quando ocupado, Analisando o mesmo indicador acima desagregado encontra-se mais exposto a problemas de subocupa- pelos grupos de cor ou raça e sexo, o peso da subocu- ção por insuficiência de jornada de trabalho e especial- pação por insuficiência de remuneração sobre o total mente por insuficiência de remuneração.
  • 8. TEMPO EM CURSO 8 Ano II; Vol. 2; nº 8, Agosto, 2010 Tempo em Curso Equipe LAESER / IE / UFRJ Elaboração escrita Coordenação Geral Profº Marcelo Paixão e Irene Rossetto Giaccherino Profº Marcelo Paixão Programação de indicadores estatísticos Coordenação Estatística Luiz Marcelo Carvano Luiz Marcelo Carvano Pesquisadoras assistentes Pesquisadores Assistentes Fabiana Montovanele de Melo Cléber Julião Irene Rossetto Giaccherino Fabiana Montovanele de Melo Irene Rossetto Giaccherino Sandra Regina Ribeiro Coordenação dos Cursos de Extensão Azoilda Loretto Sandra Regina Ribeiro Bolsistas de Graduação Danielle Oliveira (PBICT – CNPq) Guilherme Câmara (Fundação Ford) Elaine Carvalho – Curso de Extensão (UNIAFRO)) Revisão de texto e copy-desk Alana Barroco Vellasco Austin Editoração Eletrônica Maraca Design Apoio Fundação Ford