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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO
CÂMPUS URUTAÍ
Lauryenne Camille de Oliveira Santana.
RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
URUTAÍ, GO
Dezembro, 2014
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Dilma Rousseff
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
José Henrique Paim
REITOR DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO
Prof. Vicente Pereira de Almeida
PRÓ-REITOR DE ENSINO
Prof. Virgílio José Tavira Erthal
DIRETOR DO CAMPUS URUTAÍ
Prof. Gilson Dourado da Silva
DIRETORA DE ENSINO
Prof. Fernando Godinho de Araújo
COORDENADOR GERAL DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO
Prof. Guilherme Malafaia Pinto
DIRETOR DE PESQUISA & PÓS-GRADUAÇÃO
Prof. André Luis da Silva Castro
SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR
Sra. Eneides Tomaz Tosta
NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO
Indiara Cristina Pereira de Almeida Marra (Pedagoga)
COORDENADOR DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA
Prof. Miquéias Ferreira Gomes
iii
RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Relatório apresentado ao curso de
Licenciatura em Química do Instituto
Federal Goiano – Câmpus Urutaí, como
requisito parcial para a obtenção do grau
de Licenciado em Química e para o
cumprimento do “Estágio Supervisionado
I”.
Orientador: Paulo Vitor Teodoro de Souza.
URUTAÍ, GO
Dezembro, 2014
iv
Dedico esse relatório, à Deus, à
minha mãe, ao meu namorado,
aos amigos e minhas irmãs, que
com muito carinho e apoio, não
mediram esforços para que eu
chegasse à essa etapa da minha
vida.
AGRADECIMENTOS
A Deus que até aqui tem demonstrado Seu grande amor por mim, através de
inúmeras bênçãos nesta caminhada aqui na Terra.
Ao meu amigo, companheiro e namorado Helder José de Oliveira Souza que
com a força do amor me incentivou na minha formação desde o início contribuindo
positivamente com sua compreensão e amparo.
Aos meus colegas, e em especial ao Murillo, que me proporcionou amizade,
companheirismo e esteve ao meu lado durante os dias de luta em que as
dificuldades do curso pesaram sobre meu emocional.
A todos os professores que passaram na minha vida acadêmica
especialmente aos que me despertaram o interesse pela Química. E aos meus
professores que tive durante a graduação que com seu empenho e esforço
conseguiram me oferecer uma excelente educação.
E principalmente à minha mãe, que me apoiou para que eu alcançasse os
meus objetivos, e sempre se esforçou pra que eu conseguisse continuar meus
estudos, assim como a educação moral que a mim ensinou, e as minhas irmãs por
fazerem parte de todos esses momentos que passamos em busca de uma boa
formação tanto profissional quanto moral.
vi
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS................................................................................................viii
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS..........................................................................1
2. RELATOS E DICUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL, ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA
ESCOLA CAMPO........................................................................................................4
2.1. ETAPAS DO PLANEJAMENTO DO PROJETO
PEDAGÓGICO DA ESCOLA:..................................................................... 4
2.2. LEVANTAMENTO HISTÓRICO DA ESCOLA............................ 4
2.3. ESTRUTURA FÍSICA...................................................................... 5
2.4. ESTRUTURA PEDAGÓGICA...................................................... 11
3. RELATOS E DISCUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DE AULAS
MINISTRADAS NO ENSINO MÉDIO.....................................................................13
4. RELATO E DISCUSSÃO DO DESENVOLVIMENTO DO
PROJETO EDUCATIVO...........................................................................................33
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................37
6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................41
ANEXOS......................................................................................................................44
ANEXO I: TERMO DE COMPROMISSO E SEGURO DE ACIDENTES
PESSOAIS ..................................................................................................................45
ANEXO II: PLANO DE ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO.....................................46
ANEXO III: FICHAS DE REGISTRO DE ATIVIDADES E CONTROLE DE
FREQUÊNCIA ............................................................................................................47
ANEXO IV: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A)
REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) SUPERVISOR(A).............................48
vii
ANEXO V: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A)
REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A)...........................49
ANEXO VI: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO EMITIDA PELA ESCOLA CAMPO.....................................50
ANEXO VII: AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO POR BANCA EXAMINADO ESPECÍFICA........................51
ANEXO VIII: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO E PARECER CONCLUSIVO EMITIDO PELO (A)
PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A).....................................................................52
ANEXO IX: PROJETO EDUCATIVO......................................................................53
viii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Vista da frente do Colégio Betel ..................................................... 6
Figura 2: Sala de aula da Escola Campo....................................................... 6
Figura 3: Laboratório de Ciências ................................................................... 7
Figura 4: Primeiro e segundo andares do Colégio Betel............................. 8
Figura 5: Corredor do pavilhão superior......................................................... 8
Figura 6: Quadra de esportes .......................................................................... 9
Figura 7: Área de Convivência....................................................................... 10
Figura 8: Cozinha da escola campo. Em (A) cozinha vista do corredor
para dentro, em (B) cozinha vista de dentro para o corredor................... 10
Figura 9: Biblioteca .......................................................................................... 11
Figura 10: Experimento Serpente Do Faraó................................................ 33
Figura 11: Experimento Chuva Ácida........................................................... 34
Figura 12: Maquete sobre o Chorume.......................................................... 35
1
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Sabe-se que o estágio é de grande importância para o graduando em
licenciatura, pois de acordo com Pimenta e Lima (2004) os estagiários sempre
identificam o estágio como a parte prática dos cursos de formação de profissionais
em geral, paralelamente à teoria. É comum ouvir-se dos alunos que concluem seus
cursos se referirem a ele como a “parte teórica” e que é “na prática” que se aprende
a profissão e que certos professores e disciplinas são muito teóricos, porém, a
prática não é compatível com a teoria. No cerne dessa afirmação popular, constata-
se, no caso da formação de professores, de que o curso não fundamenta
teoricamente a atuação do futuro profissional nem toma a prática como referência
para a fundamentação teórica. Ou seja, é necessário teoria e prática.
Pimenta e Lima (2004) afirmam também que os saberes docentes não se
restringem às paredes da sala de aula, tendo em vista que as relações aí
estabelecidas são determinadas pelos contextos mais amplos – a cultura escolar,
pedagógica, administrativa, a comunidade na qual está inserido o aluno e seu
mundo, os professores e sua história, os sistemas de ensino, as demais instituições
sociais e de cultura, a sociedade em geral. Dessa forma, o estágio contribui para a
formação docente ao permitir que futuros professores e aqueles que já exercem a
profissão possam refletir sobre essas determinações.
Vale ressaltar que o estágio proporciona também um estímulo à pesquisa,
pois, para a realização do mesmo é necessário que o estagiário leia, estude, busque
informações adequadas. Assim, Josso (2004) afirma que para pensar na ligação
entre pesquisa e formação é necessário, primeiramente, compreender a
necessidade da sua capacidade de se interrogar, de aprender a partir das
experiências e de se transformar. Nesse sentido, entende-se também que ao longo
da realização do estágio os estagiários passam por um processo onde aprendem a
serem reflexivo, resultado no conhecimento de si, de forma a permitir assim que o
mesmo faça planos de atuação da docência, que até então não tinham sido
percebidos.
2
Desse modo, o presente relatório demonstra discussões e projetos
pedagógicos referentes ao Estágio Supervisionado em Ensino de Química I, que foi
realizado no segundo semestre de 2014. As observações foram feitas no Colégio
Betel de Pires do Rio – GO, que está localizado na Rua Francisco de Souza Lobo
s/nº no Centro.
A partir das considerações feitas no decorrer deste relatório foi possível
perceber a importância do Estágio Supervisionado para um aluno de Licenciatura.
Foram objetivos do estágio:
 Obter aperfeiçoamento no curso de Licenciatura em Química;
 Compreender o contexto da realidade social da escola campo de
estágio;
 Desenvolver a reflexão sobre o ser professor;
 Auxiliar em ações coletivas na escola, obtendo inserção no ambiente
escolar e compreensão de trabalho educativo;
 Explorar concepções de ensino-aprendizagem na área de
conhecimento (Química);
 Perceber o contexto educacional na sua complexidade e refletir sobre
as práticas escolares.
O mesmo foi orientado pelo professor Paulo Vitor Teodoro e supervisionado
pela professora Julieny Batista Mesquita, que trabalha na Educação há oito anos,
que é Tecnóloga em Alimentos pelo Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí e
atualmente cursa Licenciatura em Química na mesma instituição.
A preferência pelo colégio Betel como escola campo, deu-se pelo fato de que
é uma escola pouco explorada por estagiários, que tem uma característica exclusiva
quando comparada aos outros colégios da cidade por ser um colégio conveniado, ou
seja, parcialmente particular e público.
Com isto, considerando a importância do estágio para o aperfeiçoamento
profissional do graduando, o mesmo foi desenvolvido obedecendo as seguintes
etapas: Em primeiro momento a observação da organização da estrutura da escola,
3
na qual foi possível identificar quais os recursos que a escola possui e onde há
possibilidades de intervenção dos estagiários, posteriormente foram feitas as
observações das aulas de química que proporcionou a compreensão das
dificuldades encontradas pelos alunos na disciplina e estabeleceu um elo entre
teoria e pratica ao estagiário, e finalmente foi desenvolvido um projeto educativo, a
fim de concretizar a ligação entre o estagiário e a escola, acrescentando assim
experiências produtivas tanto para o estagiário quanto para a escola. Ao fim do
estágio, foi totalizada uma carga horária de 200 horas.
4
2. RELATOS E DICUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA
ORGANIZACIONAL, ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA
ESCOLA CAMPO
Para a observação desta etapa, foram analisados o Plano Político
Pedagógico (PPP do Colégio Betel, 2013) e o Regimento Escolar (2013) da
escola campo. Como alguns documentos não foram disponibilizados, muitas
perguntas dos itens solicitados foram respondidas pelas coordenadoras e pela
diretora, através de entrevistas informais.
2.1. ETAPAS DO PLANEJAMENTO DO PROJETO PEDAGÓGICO DA
ESCOLA:
É realizada uma reunião com os professores na qual se colocam as
preocupações atuais com o ensino/aprendizagem, disciplina e de modo geral é
colocado em pauta alguns pontos considerados essenciais para a elaboração do
PPP – Projeto Político Pedagógico, tais como: preocupação com a falta de hábitos
de estudos e disciplina dos alunos, gerando desinteresse, estabelecer meios para
atender melhor o aluno que apresenta dificuldades de aprendizagem, curso de
aperfeiçoamento (por área) para tentar sanar a rotina da sala de aula (estratégias
novas), aquisição de materiais pedagógicos atuais que atendam os anseios do
aluno, tentar sanar as dificuldades e relacionar os acertos para o bom
funcionamento da escola, caminhar junto família/escola estabelecendo laços de
parceria que propiciem e despertem interesse no processo da aprendizagem (PPP
do Colégio Betel, 2013).
2.2. LEVANTAMENTO HISTÓRICO DA ESCOLA
A Escola Betel foi criada pela Fundação Cristã Educativa em 1989 a fim de
atender a comunidade, a princípio o Colégio recebeu o nome de Educandário
Cristão e atendia a Educação Infantil apenas. Funcionou provisoriamente no porão
5
da Igreja de Cristo. E em 1997, a Escola Betel tornou-se Colégio Betel, atendendo
gradativamente a Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio, nos
turnos Matutino e Vespertino (PPP do Colégio Betel, 2013).
De 1989 a 1996, o colégio foi somente particular, no entanto em 1997,
estabeleceu convênio com a Prefeitura Municipal para garantir funcionários e a
permanência de alunos que não poderiam pagar as taxas cobradas, porém, o
convênio não perdurou (PPP do Colégio Betel, 2013).
Em 2001 a escola esteve perto do seu fechamento por dificuldades
financeiras, mas contou com o auxilio das professoras pedagogas Ângela Maria
Barbosa Pires e Raquel Aparecida Felipe Mendes (que foram nomeadas
coordenadoras) que procuraram a Secretaria Municipal de Administração para que
auxiliasse com professores e funcionários, assim conseguiram um acordo verbal que
prevalece até hoje. Com isso, em 2004 a Professora Raquel Aparecida Felipe
Mendes que trabalhava na Subsecretaria buscou a possibilidade de um Convênio
com a Secretaria Estadual de Educação, se colocando à disposição para intermediar
o processo, e com a ajuda do Subsecretário da Subsecretaria Metropolitana de
Goiânia, que interferiu, organizou e assessorou politicamente, o convênio se
concretizou (PPP do Colégio Betel, 2013).
Hoje o Colégio conta com a Parceria da Secretaria Municipal de Educação –
Convênio Verbal, e o Convênio oficial com a Secretaria Estadual de Educação,
atendendo 850 alunos do Maternal ao Ensino Médio, tendo realizado nesses anos
vários projetos e tendo vários outros em andamento, os quais visam à melhoria da
escola e da comunidade. É uma escola centralizada que atende uma clientela
diversificada em diferentes níveis econômicos (PPP do Colégio Betel, 2013).
2.3. ESTRUTURA FÍSICA
O colégio Betel (Figura 1) contém 18 salas de aula (Figura 2), secretaria, sala
de professores, sala de coordenação, biblioteca, almoxarifado, quadra esportiva,
laboratório de Ciências, banheiros masculino e feminino, cozinha, sala de direção e
cantina, todos estes itens são citados no PPP do colégio.
6
Figura 1: Vista da frente do Colégio Betel
Atualmente, a escola possui também um banheiro para alunos com
necessidades especiais que não possui escadas, no entanto para a locomoção
deles, a escola conta com professores de apoio que ficam a disposição para levá-los
aos banheiros, já que mesmo com banheiros adaptados eles necessitam de
acompanhamento.
Figura 2: Sala de aula da Escola Campo
7
É importante destacar que o Laboratório de Ciências (Figura 3) além de atuar
como laboratório interdisciplinar, pode funcionar como sala de vídeo para muitas
disciplinas e está em ótimo estado de conservação. Não é utilizado para as aulas de
Química, mas para apresentação de slides ou para assistir filmes, usa-se
esporadicamente.
A não utilização do laboratório de Ciências nas aulas de Química é justificada
pelo excesso de carga horária da professora Julieny, que além de lecionar no
Colégio Betel leciona também em mais dois colégios da cidade. Além disso, a escola
segue um sistema tradicional de ensino, onde a experimentação é tida como
momentos de interação com os alunos e devem, portanto acontecer em horário
extraclasse e não durante as aulas. Durante as aulas, é dever do professor seguir de
forma rígida o apostilado da escola que é preparatório para o vestibular. Pode-se
perceber também, que a escola não conta com reagentes para a realização de
experimentos de química, e provavelmente não recebe nenhum tipo de verba para
esse fim podendo esse ser também um empecilho para a realização da
experimentação.
Figura 3: Laboratório de Ciências
O colégio possui dois andares (Figura 4), no primeiro encontram-se as turmas
de Ensino Fundamental e no segundo as turmas de Ensino Médio.
8
Figura 4: Primeiro e segundo andares do Colégio Betel
No andar de cima há grades de segurança para evitar possíveis acidentes e
nota-se bastante organização e limpeza no corredor (Figura 5).
Figura 5: Corredor do pavilhão superior
Ainda tem algumas salas que estão inacabadas devido o crescimento da
demanda de alunos, mas estão todas em boas condições de uso e são todas
9
equipadas com ventilador, possui arejamento e possui um bom tamanho, o que
garante que cada aluno fique um espaço adequadamente distante um do outro.
A escola conta também com uma boa quadra de esportes (Figura 6) e uma
área de convivência.
Figura 6: Quadra de esportes
A quadra de esportes é utilizada para atividades nas aulas de educação
física, nos intervalos, ou também se um professor propõe uma atividade
diferenciada.
A área de convivência (Figura 7) é utilizada nos intervalos pelos alunos, onde
eles tem momentos de distração, descontração, lanches, e é usada também para
desenvolver projetos realizados pela escola como: Festival de Inglês, Mostra de
Ciências.
10
Figura 7: Área de Convivência
É possível notar que alguns alunos do turno matutino usam o espaço de
convivência no período vespertino para jogar ping pong, socializar com os amigos,
ou mesmo com os professores.
O horário para utilização da área de convivência ou da quadra durante o turno
em que os alunos tem aula é no intervalo. Durante as aulas não é permitido o uso
dessas áreas exceto com a presença do professor, para atividades de aula.
O colégio possui uma cozinha (Figura 8) na qual os alunos recebem
gratuitamente o lanche, e possui também a cantina, onde são vendidos outros tipos
de lanches.
Figura 8: Cozinha da escola campo. Em (A) cozinha vista do corredor para dentro,
em (B) cozinha vista de dentro para o corredor.
(A) (B)
11
A biblioteca da escola (Figura 9) se encontra ao lado da secretaria e possui
um espaço suficiente para que os alunos possam utilizá-la. Possui duas mesas bem
grandes com doze cadeiras para os alunos ou professores e a mesa da bibliotecária.
A sala é um pouco escura, mas mantem as luzes acesas o tempo todo.
É utilizada também para aplicar provas para alunos com necessidades
educacionais especiais ou para alunos que precisam fazer uma avaliação de
segunda chamada. É uma área bem arejada e fresca, pois se localiza ao lado de um
enorme climatizador que fica na área de convivência, além disso, possui três janelas
que são mantidas abertas o tempo todo. Possui em seu acervo 37099 livros
disponíveis para leitura informal ou pesquisa e aproximadamente 56 livros em Braile,
alguns dos livros em Braile são emprestados de outra biblioteca, mas estão
disponíveis para empréstimo. Apenas um aluno da escola lê Braile.
Figura 9: Biblioteca
2.4. ESTRUTURA PEDAGÓGICA
No que diz respeito às matriculas, as mesmas são feitas anualmente não
possuindo critério de seleção. O período e os documentos que são necessários para
realizá-la são determinados no edital de matrícula, divulgadas pela autoridade
12
competente do colégio. A renovação da matrícula deve ser requerida pelo candidato,
se maior de idade, ou então pelo responsável, se menor (Regimento Escolar do
Colégio Betel), dentro do prazo previsto pelo Calendário Escolar, caso contrario, o
candidato poderá estar sujeito a falta de vagas. Isso porque se não for feita a
renovação do candidato no prazo previsto, a preferência de vaga será do aluno
novato, podendo o veterano renovar sua matricula apenas se restarem vagas.
As reuniões de pais e professores são realizadas bimestralmente, onde a
comunidade escolar apresenta os projetos que irão acontecer, as decisões da
gestão e procuram solucionar juntos, as dificuldades enfrentadas, para que assim
ocorra o bom andamento da escola. A escola conta com sistema de recuperação
para aqueles alunos que não atingiram a média (6,0 pontos) esperada para
conclusão do ano.
Há também métodos para promoção e aceleração com o intuito de diminuir a
distorção série/idade oferecido às crianças e jovens com atraso escolar garantindo
oportunidades de atingir níveis de conhecimentos compatíveis com sua idade.
Em relação aos professores e suas determinadas formações percebe-se que
todos os professores, apesar de nem sempre atuarem em suas áreas afins,
possuem graduação.
A escola possui duas professoras de Química, porém nenhuma delas possui
graduação em Química, tendo em vista que os profissionais responsáveis por essas
aulas tem sua formação em Tecnologia de Alimentos e Biologia. Contudo, a
professora que é tecnóloga em alimentos cursa licenciatura em Química e se forma
no fim deste ano.
13
3. RELATOS E DISCUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DE AULAS
MINISTRADAS NO ENSINO MÉDIO
Essa etapa foi desenvolvida nas turmas de Ensino Médio, focando uma turma
de 1ª série, sendo 1ª série C, duas de 2ª série, sendo 2ª série A e 2ª série B e duas
turmas de 3ª série, sendo 3ª serie A e 3ª B. O Colégio trabalha com o sistema de
apostilas (Ético) para todas as turmas, tanto do Ensino Médio quanto do Ensino
Fundamental.
O período de observação se iniciou no dia 15 de setembro de 2014 e foi
concluído no dia 23 de outubro de 2014.
A análise das aulas será feita de forma individual por série, deixando claras as
sequências de cada aula em cada turma.
Todas as aulas descritas abaixo foram ministradas pela professora Julieny
Batista de Mesquita. Nas observações da 1ª série C é citada a professora de apoio
Kênia que acompanha a aluna Giovana portadora de necessidades educacionais
especiais.
1ª Série C
Data: 15/09/2014
Hora: 07h50m às 08h40m
Número de alunos: 31
Aula 1
Na primeira aula assistida em cada turma a professora apresentou a
estagiaria aos alunos. Estes não se incomodaram com a presença da estagiária na
sala e foram bem interativos e receptivos.
A sala estava limpa e organizada e os alunos permaneciam em filas.
Na introdução da aula, a supervisora retomou o conteúdo da aula anterior
(funções orgânicas), trabalhando com muita interação com os alunos, apresentando
sempre perguntas aos mesmos como maneira de chamá-los para participação em
sala de aula, posteriormente começa a introduzir um novo conceito (Óxidos). A
14
professora mostrou domínio de conteúdo e apesar da sala ser bem cheia ela
conseguiu administrar a aula de forma com que seus alunos não tumultuassem.
A sala continha 31 alunos sendo a mais cheia do ensino médio e possuía uma
aluna com necessidades especiais que era acompanhada por uma professora de
apoio. Os alunos eram bastante participativos e respondiam a todas as questões
que eram feitas no decorrer da aula tirando suas duvidas.
De acordo com a professora Kênia, a aluna Giovana sofre de uma doença
causada por incompatibilidade sanguínea dos seus pais, e que apresentou seus
sintomas há aproximadamente quatro anos. Ela não apresentava nenhuma
deficiência antes que a doença se manifestasse, após esse fato a Giovana foi
perdendo aos poucos a visão, a fala e a capacidade de compreensão. A professora
Kênia ressaltou que ela se lembra de muitas coisas que aprendeu no período
anterior à doença, no entanto, não é possível que ela adquira conhecimentos
condizentes com sua etapa educacional atualmente e a doença se agrava com o
passar do tempo. A aluna Giovana não participava das aulas da mesma forma que
os colegas, ela permanecia na sala, porém, envolvida em atividades não
relacionadas à disciplina de Química, como por exemplo, enrolar bolinhas de papel
crepon para usá-las na decoração da feira de Ciências que está marcada para o dia
10/10.
Hora a professora passava conteúdo no quadro, hora ditava e eles escreviam
em seus cadernos, assim garantia que os alunos prestassem atenção e não
conversassem paralelamente. Ela ressaltou que é comum que os alunos reclamem
quando precisam fazer balanceamentos nas reações.
A professora dava pontos de incentivo para os alunos que decorassem a
tabela de solubilidade dos sais, com isso, quatro alunas apresentaram a ela a tabela
decorada.
Data: 16/09/2014
Horário da aula: 07h50m às 08h40m
Aula 2
Nessa aula a professora iniciou pedindo pra que os alunos providenciassem
um galho para confeccionar um ipê de enfeite para a feira de ciências.
15
Foi possível notar que a sala estava limpa, mas alguns alunos não estavam
em fila.
A professora afirmou que os alunos dessa turma eram os mais agitados em
comparação ás outras turmas que ela lecionava, mas na disciplina dela eles eram
muito bons e conseguiam obter bastantes resultados positivos. Eles conversavam
muito, mas eram muito participativos também. Quando a professora perguntava, a
sala toda respondia ao mesmo tempo. Enquanto isso a aluna Giovana continuava
fazendo as bolinhas de papel.
Observou-se que mesmo os alunos estando com a apostila em mãos, a
professora sempre pedia que eles anotassem as partes mais importantes para que
eles reforçassem. O conteúdo da aula de foi “óxidos anfóteros”, com isso a
professora pediu pra que eles memorizassem quais são esses óxidos e pediu pra
que fizessem o mesmo para os óxidos neutros.
Nessa aula a professora utilizou alguns exemplos como: o rodizio de carros
em São Paulo, aquecimento global, deslocamento ambiental (nesse caso fez uma
pergunta: “Por que as chuvas não acontecem mais em meses definidos como
antes?” e em seguida discutiu), uso de leite de magnésia, sal de fruta ou suco de
limão quando se está com azia para amenizar a acidez no estômago, demonstrando
onde é possível perceber a ação dos ácidos, bases, sais e óxidos no contexto do
aluno. Falou também sobre o pH da chuva, explicando aos alunos que ele é
naturalmente ácido e explicou o que acontece quando uma chuva é denominada
chuva ácida. Após isso ela passou exercícios pra que os alunos praticassem e pediu
pra que eles lessem o texto da apostila que fala sobre o efeito estufa.
Os alunos sempre cobravam uma música que a professora fez com o
conteúdo das aulas, ela afirmou que será cantada por ela no dia da revisão para a
prova.
A professora sempre dava uns décimos para incentivar quem se comprometia
a fazer os exercícios que ela deixava para resolver em casa. Nessa turma muitos
deles faziam. Ela fazia com eles o exercício e tirava as duvidas dos alunos de
carteira em carteira. E por fim ela introduziu o conceito de peróxidos e utilizou a
água oxigenada como exemplo.
16
Data: 29/09/2014
Horário da aula: 07h00 às 07h50m
Aula 3
Constatou-se que em todas as turmas no primeiro horário, a aula iniciou com
os alunos fazendo uma oração. Em seguida a professora pediu para eles abrirem as
apostilas para resolverem exercícios. Ela fazia os exercícios no quadro. A professora
precisou mudar um aluno de lugar devido as suas conversas paralelas com o colega
do lado.
A professora sempre fazia questão que eles prestassem atenção instigando-
os a participarem das aulas com perguntas. Ela disse que a matéria da prova será
baseada nos exercícios e falas que ela executou nas aulas.
Ela brincou com os alunos que não gosta de dar aula para eles no primeiro
horário na segunda feira, pois eles estão com preguiça e não participam. Ela dava
dicas de frases para memorizar os elementos das famílias na tabela periódica e
regras para memorizar os nomes dos sais.
A aluna Giovana chegou um pouco mais tarde com sua professora de apoio,
ela chegou bem animada falando bom dia para os seus colegas.
Os alunos estavam muito desanimados. A professora o tempo todo fazia
perguntas sobre a solubilidade dos sais que foi dada há algumas aulas atrás para
que eles reforçassem esse conteúdo. Ela sempre reforçava o balanceamento das
reações. Uma aluna perguntou por que o hidrogênio e o oxigênio são contados por
último no balanceamento das reações e a professora explicou o motivo. Quando era
preciso balancear as reações os alunos reclamavam.
Data: 02/10/2014
Horário da aula: 07h00m às 07h50m
Aula 4
A aula iniciou com a professora pedindo para que os alunos abrissem o
caderno na tabela de solubilidade, isto porque foi dito na aula anterior que era
importante que eles a anotassem em seu caderno, pois facilitaria muito no estudo
17
das reações inorgânicas. Em seguida os alunos abriram a apostila a pedido da
supervisora para a resolução de exercícios.
Notou-se que sempre era cobrado dos alunos que eles reforçassem a
nomenclatura de sais e em alguns momentos as famílias na tabela periódica, para
isso a professora ensinava algumas frases para memorização. É interessante
ressaltar que ao escrever uma equação química a professora cobrava dos alunos
que eles não deixassem de colocar o estado físico em cada um dos reagentes e
produtos.
Para explicar a diferença entre corpo de fundo e precipitado a supervisora
utilizou um exemplo de água e areia, fazendo com que eles assimilassem corpo de
fundo com uma solução supersaturada e explica que no caso do precipitado havia a
formação de uma substância insolúvel a partir da interação entre os reagentes.
Nessa turma quase sempre se encontrava a sala organizada em fila, e como
estava no primeiro horário não havia lixos pela sala.
Vez ou outra a professora fazia brincadeiras com os alunos para que
houvesse descontração durante a aula.
Data: 07/10/2014
Horário da aula: 09h45m às 10h35m
Aula 5
A aula iniciou com a professora pedindo para que os alunos abrissem a
apostila para resolução de exercícios sobre solubilidade. Ao passo em que os alunos
resolviam os exercícios a professora ressaltava alguns detalhes que podiam causar
dúvidas nos alunos. Ela falava para os alunos que a chamassem na carteira caso
houvesse dúvidas nos exercícios.
Os alunos estavam organizados em filas e possuía lixos espalhados pela
sala.
Posteriormente ela discutiu a resolução dos exercícios. Como de costume ela
reforçou com eles a nomenclatura dos sais e relembrou a regrinha para
memorização.
A aula se desenvolveu com uma linguagem clara e a professora demonstrava
domínio de conteúdo.
18
Foi interessante observar que a aluna Giovana estava sempre envolvida em
outras atividades, mas nessa aula em especial ao ouvir a professora explicando
sobre solubilidade ela quis que a professora de apoio repetisse a palavra à ela. A
professora então tentou com que ela assimilasse solubilidade com a água e o sal de
cozinha, e falou para que quando ela chegasse em casa pedisse a mãe dela que
preparasse água com um pouquinho de sal para que ela entendesse o que é uma
solução.
De modo geral a professora afirmou que a turma da 1ª serie C possuía os
alunos considerados os mais custosos pela maioria dos professores, mas que eles
eram muito participativos e que na disciplina dela eles obtinham bons resultados.
Data: 14/10/2014
Horário da aula: 08h40m às 09h30m
Aula 6
Nessa aula os alunos se demostraram muito agitados e a sala estava toda
desorganizada e havia lixo espalhado por toda a sala.
Antes que a professora começasse a aula eles começaram a falar para ela
alguns problemas que estavam tendo para realizar a mostra de ciências que seria
daqui a alguns dias. Alguns ressaltaram que estavam com dificuldades para realizar
os experimentos e nas suas respectivas explicações.
A professora disse a eles que era necessário que eles resolvessem esses
problemas com urgência, pois a participação na mostra de ciências contava como
nota de trabalho e a não participação na mesma poderia prejudicá-los. Ressaltou
também que eles seriam bastante cobrados, pois a organização da feira começou a
se realizar no mês de junho e que então não aceitaria nenhuma desculpa. E disse
que espera experimentos de qualidade na mostra, com bastante dedicação por parte
deles e responsabilidade.
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Data: 23/10/2014
Horário da aula: 07h00m às 07h50m
Aula 7
A aula iniciou com a professora fazendo um apanhado de tudo o que foi visto
por eles durante o semestre, com isso ela fez elogios a eles, pois os mesmos
obtiveram bons resultados, ressaltou a eles também quanto ao desempenho na feira
de ciências que foi ótimo. A professora do Instituto Federal Goiano que estava
avaliando os trabalhos (Christina) os elogiou bastante.
A aluna Giovana brincava com umas bolinhas de apertar durante a aula.
O conteúdo da aula era novo: reações de análise ou decomposição. Por isso
a supervisora sempre reforçava aos alunos a identificação de reagentes e produtos
na equação química, pois eles confundiam muito. Ela ressaltou aos alunos que é
muito importante que eles tentem aprender de modo efetivo e que não se esqueçam
da matéria para que no conteúdo seguinte ou no ano seguinte não tenham muitas
dificuldades.
Ensinou a fazer a leitura das equações químicas. Falou um pouco sobre mol
explicando que é uma unidade de medida, mesmo que eles ainda não tenham visto
esse conteúdo.
Nessa aula devido à mesma ter começado às oito horas, as turmas tiveram
muitas faltas. A sala estava suja, os alunos não estavam organizados em fila e
estavam muito agitados com muitas conversas paralelas com os colegas.
No final da aula a professora fez a demonstração da luva que também foi feita
na 2ª serie A para demostrar que metais nobres não reagem facilmente. Para a
demonstração prática ela pediu aos alunos da sala um anel de ouro e um anel de
“ouro falso” e os colocou em uma de suas mãos, em seguida ela colocou sobre a
mão que estava os anéis uma luva de látex e pediu pra que seus alunos
observassem o que acontecia. Com isso eles conseguiram perceber que o anel de
ouro não alterava a cor da luva, já o anel de “ouro falso” reagia rapidamente com a
luva deixando-a mais escura na região em que estava o anel.
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2ª serie A
Data: 16/09/2014
Horário da aula: 08h40m às 09h30m
Número de alunos: 23
Aula 1
A professora entrou na sala cumprimentou os alunos e eles já cobraram os
resultados nas avaliações. Em seguida ela pediu para eles abrissem as apostilas
para resolverem exercícios. O conteúdo da aula foi ionização de ácidos.
Para fazer as equações químicas de representação da ionização dos ácidos
eles se acostumaram a fazer a forma simplificada. A professora explicou aos seus
alunos que era necessário que eles demonstrassem a equação completa, para que
eles se habituassem a escrevê-las. Nas contas para calcular a concentração de H+
ela sempre fazia de forma mais detalhada possível e sempre pedindo pra que eles
tirassem suas duvidas, pois, ela ressaltou que a maioria das duvidas nessa matéria
estava relacionada a dificuldades em matemática (jogos de sinal, log). Após isso ela
revisou as constantes vistas por eles até o momento (Ka, Kb, Kc, Kw, Ki) e passou
mais alguns exercícios pra que eles resolvessem em sala, assim ela foi tirando as
dúvidas de carteira em carteira.
Essa aula foi um pouco tumultuada em relação às conversas paralelas, os
alunos estavam conversando bastante e a professora até precisou parar a aula para
chamar a atenção deles.
Ao final da aula, os alunos e a professora começaram a discutir sobre a feira
de Ciências.
Data: 29/09/2014
Horário da aula: 10h35m às 11h25m
Aula 2
No quinto horário, percebeu-se que os alunos já não mantinham a sala em
ordem. Havia lixo espalhado por toda a sala, os alunos demonstravam-se mais
agitados e não se organizavam nas filas.
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A aula foi iniciada com professora fazendo uma pergunta sobre o conceito de
solução tampão. Um dos alunos acertou o conceito, e a partir da resposta dada pelo
mesmo, a aula prosseguiu com a professora dando mais detalhes de conceito do
conteúdo. Em seguida fez a correção do exercício que havia deixado na aula
anterior tirando a dúvida de seus alunos.
É valido ressaltar que a professora sempre mostrava alguns “macetes” para
que os alunos memorizassem a nomenclatura dos ácidos e bases. Nesse caso em
especial a professora pediu para que os alunos reforçassem o conteúdo de força de
ácidos do primeiro ano porque os auxiliara na identificação de quais ácidos ou bases
poderiam formar uma solução tampão.
Para a resolução do exercício em sala, ela disse aos alunos que ele requeria
muita atenção, pois seria explicado como calcular pH em soluções tampão. Feito
isso os alunos abriram a apostila a pedido da professora e resolveram outro
exercício semelhante ao anterior.
Ela utilizou alguns exemplos do dia a dia para demonstrar a importância das
soluções tampão e onde elas podem ser percebidas. Para isso ela deu o exemplo do
sistema tampão no sangue, explicando porque o mesmo precisa ser tamponado.
Para finalizar a aula professora deixou um exercício para que eles resolvessem em
casa.
Notou-se que nessa turma os alunos eram mais participativos e a aula fluía
com um rendimento maior, isto porque eles conseguiam absorver o conteúdo com
mais facilidade.
Data: 02/10/2014
Horário da aula: 08h40m às 09h30m
Aula 3
A aula se iniciou com uma discussão entre os alunos e a professora sobre a
feira de Ciências.
Em relação à 2ª serie B essa turma era bem mista de meninos e meninas.
Para iniciar o conteúdo a professora pediu para que os alunos abrissem a
apostila na página 69 para resolverem exercícios. O conteúdo da aula foi produto de
solubilidade e a professora apresentava domínio do mesmo. Ao passo em que a
22
professora resolvia os exercícios ela perguntava as dúvidas de seus alunos e
respondia a cada uma. Ela memoriza as regras para dar nome aos sais. É válido
ressaltar que a professora chamava a atenção de seus alunos também quanto a
erros de português, para isso ela demonstrava bom humor e fazia brincadeiras com
eles.
Observou-se que eles estavam muito agitados com bastantes conversas
paralelas e não estavam organizados em filas. Os alunos não estavam tão
participativos, porém estavam atentos.
Data: 07/10/2014
Horário da aula: 07h00m às 07h50m
Aula 4
A aula iniciou-se com uma correção do exercício proposto na aula anterior.
A sala estava limpa, alguns alunos estavam fora das filas.
Na resolução do exercício a supervisora relembrou aos seus alunos a relação
da carga com as propriedades da tabela periódica, relacionou as famílias com a
quantidade de elétrons que um átomo tende a ganhar ou perder. Explicou também
porque no produto de solubilidade, diferente das outras constantes vistas por eles,
não se utilizava os reagentes para fazer o cálculo.
Nessa aula eles não estavam fazendo perguntas, mas ao resolverem os
exercícios ela ressaltava alguns detalhes que ela achava que poderia causar
duvidas na hora em que eles fossem resolverem sozinhos.
Ela explicou sobre os metais nobres e ressaltou aos alunos que eles são
metais que não reagem com outros elementos. Para fazer uma demonstração
prática ela pediu aos alunos da sala um anel de ouro e um anel de “ouro falso” e os
colocou em uma de suas mãos, em seguida ela colocou sobre a mão que estava os
anéis uma luva de látex e pediu pra que seus alunos observassem o que acontecia.
Com isso eles conseguiram perceber que o anel de ouro não alterava a cor da luva,
já o anel de “ouro falso” reagia rapidamente com a luva deixando-a mais escura na
região em que estava o anel.
23
Data: 14/10/2014
Horário da aula: 07h00 às 07h50m
Aula 5
A aula iniciou com uma oração feita pela professora.
Para iniciar o conteúdo ela pediu que os alunos abrissem a apostila na pagina
73 para terminar o conteúdo produto de solubilidade. Ela passou exercícios. Em
seguida fez os exercícios e retomou o conteúdo que já foi ensinado verificando as
dificuldades dos alunos e reforçando o aprendizado dos mesmos.
Em todas as aulas em que era preciso nomear sais ela cobrava as
nomenclaturas dos alunos e dava frases para memorização.
Nas reações que eram propostas pelos exercícios para a resolução do
produto de solubilidade ela sempre cobrava que eles fizessem o balanceamento.
Ao final da aula os alunos discutiram novamente algumas questões
relacionadas à feira de ciências que está próxima.
Data: 23/10/2014
Horário da aula: 07h50m às 08h40m
Aula 6
Nessa aula a professora iniciou falando sobre o que eles entendiam por
Número de Oxidação, mas nenhum aluno conseguiu assimilar o nome a algum
conceito.
A sala estava limpa e os alunos estavam organizados em fila.
Foi dado conteúdo novo: número de oxidação (Nox). Como os alunos não
conseguiram respondem a pergunta feita no começo da aula a professora usou
algumas perguntas para discutir como: “Como envelhecemos?”, “Por que é preciso
pintar os portões?”, “Por que em casas de praia os móveis se degradam com mais
facilidade?”. Foi interessante notar que mesmo que os alunos não soubessem o
conceito de oxidação, eles utilizaram o termo “oxida mais rápido” para explicar a
questão dos moveis nas casas de praia.
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A professora discutiu com os alunos também sobre os metais de sacrifício
que são usados para fazer revestimentos de navios e barcos.
Em seguida falou sobre os Nox fixos ressaltando a importância de que eles
memorizassem. Pediu para que os alunos abrissem a apostila e fez a leitura do
conteúdo. Fazia paradas durante a leitura para que juntamente com os alunos ela
discutisse sobre o que havia lido e pediu para que eles sublinhassem as partes mais
importantes.
Feita a leitura, ela começou a introduzir as regrinhas para saber o número de
oxidação, primeiramente falou que o número de oxidação de substâncias simples é
zero.
Depois falou dos hidretos metálicos e deu seu Nox, sobre os peróxidos e de
seu Nox e deu as regras para memorização das famílias da tabela periódica. Nessa
aula não houve resolução de exercícios, o conteúdo foi introduzido com a leitura e
discussão do texto na apostila.
2ª serie B
Data: 16/09/2014
Horário da aula: 07h00 às 07h50m
Número de alunos: 21
Aula 1
A aula iniciou-se com duas alunas fazendo uma oração.
Em seguida a professora falou para os alunos qual será o conteúdo da prova:
equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio e equilíbrio iônico, Ácidos e Bases de
Bronsted-Lowry.
A professora incentivava a interação dos alunos na aula ao passar exercícios
no quadro cobrando que eles mesmos dessem as respostas. Assim garantiu que
eles estimulassem o pensamento. Foi possível perceber que alguns alunos
participavam respondendo em voz alta as questões, outros só prestavam atenção.
Enquanto os alunos copiavam os exercícios do quadro a professora
perguntava se eles tinham duvidas e as respondiam.
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A relação da professora com seus alunos para chamar a atenção quanto à
conversas paralelas era muito interessante, ela fazia brincadeiras para chamar a
atenção e os alunos respeitavam, não sendo necessário falar novamente.
Ela sempre fazia os exercícios detalhados mesmo que eles fossem muito
parecidos. Nos exercícios que tinha ionização dos ácidos ela sempre fazia a reação
para que os alunos reforçassem.
A aula parou um pouquinho para receber uma psicóloga que está oferecendo
um teste vocacional. A professora ressaltou aos alunos a importância de fazer o
teste vocacional já que muitos deles ainda não tinham noção de qual profissão
seguir. E aconselhou que se eles não pudessem pagar para fazer um teste no
psicólogo que procurassem um teste grátis na internet.
Data: 29/09/2014
Horário da aula: 07h50m às 08h40m
Aula 2
A professora iniciou a aula com a pergunta: “o que vocês entendem por
solução tampão?”. Ela deixou que eles procurassem a resposta na apostila e pediu
pra que eles tentassem explicar com suas próprias palavras. Nenhum dos alunos
conseguiu chegar a uma conclusão então a supervisora explicou o conceito. Depois
ela fez uma pergunta sobre pH.
Os alunos dessa sala eram muito desatentos. A professora repetia o
conteúdo várias vezes e mesmo assim quando eles eram questionados sobre o
conteúdo que ela acabara de falar eles erravam.
Mas a professora repetia a pergunta até que eles entendessem e
conseguissem acompanhar o raciocínio dela e finalmente eles conseguiram. Ela
explicou os conteúdos da apostila com exemplos no quadro. Revisou o principio de
Le Chatelier revisando deslocamento de equilíbrio.
A professora leu o conteúdo da apostila pediu atenção e pediu também pra
que eles sublinhassem o que ela mandasse, pois era importante.
Os alunos dessa turma nunca se organizavam em fila. Mas a limpeza da sala
estava em ordem. Os alunos dessa turma não faziam perguntas não participavam
26
não faziam anotações. Apenas prestavam atenção na fala dela, mas era preciso que
a professora repetisse uma mesma coisa várias vezes pra que eles entendessem.
Não conversavam paralelamente. Era uma sala composta por maioria de meninas.
Data: 02/10/2014
Horário da aula: 07h50m às 08h40m
Aula 3
A aula iniciou com a professora pedindo que os alunos abrissem a apostila na
pagina 67.
Essa sala era composta por maior parte de meninas. Em relação a 2ª série A
a aula se desenvolveu bem mais lentamente pois eles possuíam muita dificuldade
para aprender. Nessa aula também foi preciso que a supervisora repetisse o mesmo
conteúdo varias vezes para que eles aprendessem.
Nessa aula as filas estavam organizadas, pois a professora de matemática
pediu que as quatro meninas que se sentavam agrupadas no canto da sala
desfizessem o grupo e se sentassem em filas, isso porque ela ressaltou que o grupo
das meninas gerava conversas paralelas (entre o grupo apenas) e que isso estava
sendo refletido nas notas delas. Percebeu-se que realmente após a organização das
filas houve uma melhora na aula, os alunos passaram a fazer algumas perguntas o
que normalmente não acontecia.
Ela revisou alguns conteúdos da 1ª série para relembrar o conceito de
nomenclatura dos sais e revisou também as constantes Ka, Kb, Kh e Kw e começou
a resolução de exercícios.
Os resultados nas avaliações desta sala não foram muito bons. Eles
possuíam muitas dificuldades matemáticas e nas questões para calcular o pH eles
erraram bastante.
Data: 07/10/2014
Horário da aula: 07h50m às 08h40m
Aula 4
27
Para dar inicio à aula a professora resolveu exercícios deixados na aula
anterior, com isso ela tirou as dúvidas dos alunos.
Na resolução dos exercícios ela fez algumas analogias para explicar a
matemática envolvida em uma reação inorgânica, para resolver um exercício que
pedia concentração de produtos e de reagentes para calcular pH.
Nessa aula os alunos estavam participativos e estavam respondendo as
perguntas que a professora faz, mas eles não eram atentos, parecia que eles
respondiam a primeira coisa que vinham à mente e quase sempre davam respostas
erradas.
A sala ainda se encontrava organizada em filas e também não possuía lixos
espalhados.
Notou-se que os alunos dessa sala tinham muita liberdade com a professora,
quando a mesma precisa chamar a atenção deles ela fazia brincadeiras e eles
respeitavam.
Data: 14/10/2014
Horário da aula: 07h50m às 08h40m
Aula 5
A aula iniciou com resolução de exercícios da apostila. Em relação à 2ª serie
A, esses alunos estavam um pouquinho atrasados. Nessa aula eles estavam um
pouco agitados, a professora precisou pedir silêncio para começar a aula, além
disso, foi preciso pedir também para que parassem de mexer no celular.
Nessa sala notou-se que os alunos ainda estavam organizados em fila depois
do pedido feito pela professora de matemática. E no momento a sala estava limpa,
havia alguns papéis de balas espalhados pelo chão, mas assim que a supervisora
chegou ela disse aos alunos que recolhessem o lixo do chão e assim eles fizeram.
Na resolução de exercícios ela falou aos alunos sobre a impossibilidade de
enxergar íons a olho nu, então eles questionaram como seria possível enxergar os
íons e ela explicou sobre microscópio de tunelamento. Explicou que em relação as
outras constantes o produto de solubilidade se difere pois não utiliza os reagentes
para efetuar os cálculos.
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Posteriormente ela pediu que os alunos fizessem um exercício da apostila
que era igual ao que ela acabara de fazer, com isso a professora notou que eles
estavam com dificuldades de colocar as cargas nos elementos, assim ela explicou a
todos de carteira em carteira e depois corrigiu no quadro.
Data: 23/10/2014
Horário da aula: 07h50m às 08h40m
Aula 6
A aula iniciou com os alunos fazendo uma oração. Nessa aula houve muitas
faltas.
A sala estava limpa e os alunos estavam organizados em fila.
A professora começou nessa aula um conteúdo novo: número de oxidação
(Nox), utilizando perguntas para discussão como: “Por que envelhecemos?”, “Por que
é preciso pintar os portões?”, “Por que em casas de praia os móveis se degradam
com mais facilidade?”. Além disso, discutiu com os alunos também sobre os metais
de sacrifício que são usados para fazer revestimentos de navios e barcos.
Explicou que existem Nox fixos e que era necessário que eles memorizassem.
Pediu para abrirem a apostila e pediu uma aluna para ler, enquanto a aluna fazia a
leitura, a professora fazia as observações necessárias. A professora perguntou a um
aluno o que ele entendia por substância simples e a partir da resposta dele explicou
a todos, com isso ela mostrou que o número de oxidação de substâncias simples é
zero.
Posteriormente falou dos hidretos metálicos e de seu Nox, sobre os peróxidos
que é a exceção mais comum e de seu Nox. Deu as regras para memorização das
famílias da tabela periódica. A professora em todas as aulas em que passava
conteúdo no quadro ou lia na apostila sempre fazia questão que os alunos
prestassem atenção e só depois copiassem.
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3ª série A
Data: 15/09/2014
Horário da aula: 07h50m às 08h40m
Número de alunos: 21
Aula 1
A aula iniciou com a professora falando quais os conteúdos cairão na prova
(esterificação, hidrogenação, saponificação) e depois pediu para que eles abrissem
a apostila na pagina 36.
Foi interessante notar que o conteúdo iniciou-se com uma pergunta a um
aluno: “O que você entende por desidratar?”, instigando assim, que seus alunos
chegassem a conclusões sozinhos e partir dessas conclusões utilizou o que eles
disseram e complementou as respostas.
Os alunos dessa sala eram bastante interativos com os colegas, o que
causava bastantes conversas paralelas.
A professora pediu para que eles fizessem os exercícios da apostila. Uns
chamavam a professora para tirar suas duvidas em suas carteiras, outros
conversavam enquanto ela tirava as dúvidas dos outros. Após um tempo (suficiente
pra que eles tivessem feito o exercício) ela corrigiu os exercícios no quadro e tirou
as dúvidas dos alunos.
A professora deu dicas para memorização da nomenclatura, utilizando frases
feitas.
Nessa aula foi necessário que a professora chamasse a atenção dos alunos
em relação ao índice de reprovação da sala, ela ressaltou que estava muito elevado
na disciplina Química.
A sala se encontrava limpa, mas nem todos os alunos estavam em fila
organizada.
Data: 16/09/2014
Horário da aula: 09h45m às 10h35m
Aula 2
30
A aula iniciou com a professora pedindo para os alunos abrirem as apostilas e
resolverem os exercícios. Ela leu o exercício para eles, ajudando na interpretação do
mesmo, deu um tempo pra que eles fizessem e em seguida ela resolveu o exercício
com eles tirando suas duvidas. O conteúdo nessa aula foi desidratação.
Nos primeiros horários foi perceptível que os alunos sempre estavam em filas
organizadas e a sala limpa, já do quarto horário em diante os alunos já começavam
a se agrupar fora das filas, havia lixo espalhado pelo chão e eles se demonstravam
mais dispersos.
Ao corrigir o exercício passado ela começou resolvendo o exercício de uma
forma incorreta para que eles mesmos identificassem a resposta certa. O exercício
correto resultou no acido etanóico e ela explicou que é o acido acético presente no
vinagre. Comentou sobre a fermentação acética e afirmou que isso ocorre em
vinhos, por isso às vezes as pessoas reclamam de gosto de vinagre em vinhos.
Ela resolveu mais exercícios em sala com eles e deixou exercícios pra eles
resolverem em casa, e avisou que na próxima aula começará conteúdo novo.
Data: 07/10/2014
Horário da aula: 08h40m às 09h30m
Aula 3
A aula iniciou com a professora falando as notas do bimestre de cada um,
com isso ela ressaltou a eles que alguns já precisam fazer recuperação.
Feito isso ela começou o conteúdo (reações de polimerização) demonstrando
onde é possível encontrar polímeros no cotidiano. Falou também que em casa é
possível notar que algumas vasilhas plásticas são mais rígidas que as outras e
ressaltou que o porquê dessa questão será explicado no decorrer do conteúdo de
diferenças de polímeros.
Falou também da importância da isomeria para a vida humana, e usou o
exemplo do medicamento talidomida para explicar. Depois comentou a diferença
entre o sabão comum e o sabão orgânico. Os alunos questionaram sobre a
nomenclatura dos polímeros, a supervisora explicou que no ensino médio não se
estuda regra para nomenclatura dos polímeros que eles aprenderiam alguns nomes,
mas não as regras.
31
Em seguida ela colocou os alunos para resolverem exercícios da apostila e
depois corrigiu com eles dizendo que era importante a resolução dos exercícios para
que eles se familiarizassem com os nomes, pois nem sempre o tempo das aulas é
suficiente para que ela fale de todos os nomes.
Data: 23/10/2014
Horário da aula: 08h40m às 09h30m
Aula 4
Nessa aula o conteúdo foi apresentado pelos próprios alunos em forma de
seminários.
A professora deixou as opções para os alunos, poderia ser vídeo ou
apresentação oral.
O grupo que apresentou primeiro, optou por fazer um vídeo caseiro, o assunto
abordado por eles foi lipídios.
Notou-se que os alunos não ficaram tão comportados quando eram os
colegas que apresentavam o conteúdo.
No decorrer da apresentação a professora fez alguns comentários e
acrescentou algumas observações, relacionou a gordura corporal com a sensação
de frio e comentou o motivo das pessoas que moram no deserto utilizarem roupas
de frio, ressaltou também a principal função dos lipídios, comentou sobre gorduras
saturadas e os malefícios que ela causa ao corpo.
Foi interessante observar que o grupo se demonstrou bastante preparado
para a apresentação, eles receberam várias perguntas e conseguiram responder a
todas.
Percebeu-se que esse assunto interessou a maioria dos alunos, houve muitas
colocações, dúvidas e curiosidades.
No geral a apresentação foi muito satisfatória, os participantes do grupo
estavam muito preparados, porém a sala ficou um pouco agitada e houve bastantes
conversas paralelas entre os alunos que não estavam apresentando.
32
3ª série B
Data: 29/09/2014
Horário da aula: 08h40m às 09h30m
Número de alunos: 17
Aula 1
Essa foi a primeira aula assistida nessa turma. A professora começou
chamando a atenção desses alunos, pois no geral (de acordo com o pré-conselho
de classe) essa sala teve o maior índice de notas vermelhas em todas as disciplinas
e ressaltou a sua preocupação porque eles estão prestes a ir para o vestibular e não
estão levando os estudos a sério. Muitos deles demonstraram achar que por
estarem na 3ª série do ensino médio não poderiam ser reprovados e com isso,
estavam em situação critica precisando de mais de 100 em sua disciplina e levavam
na brincadeira.
No total eles eram 17 alunos, mas a professora disse que o normal era
sempre a aula estar com 9 ou 10 alunos.
Depois disso ela pediu para eles abrirem as apostilas para resolverem
exercícios. O conteúdo era eliminação em haletos. Ela comparou esse conteúdo
com o de desidratação. Uma aluna fez perguntas e a professora respondeu.
Os alunos que tinham dúvidas nos exercícios chamavam a professora na
carteira. A professora explicava a dúvida de um para todos, pois ressaltou que talvez
seja a dúvida do outro também.
Esta sala também não se organizava em filas.
33
4. RELATO E DISCUSSÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
EDUCATIVO
Uma das atividades diferenciadas propostas pelo orientador foi o
desenvolvimento de um Projeto Educativo.
O Projeto Educativo ofertado teve carga horária de 35 horas, foi realizado no
próprio colégio, e teve como objetivos, a contribuição com os alunos da referida
instituição, para a Mostra de Ciência, com a finalidade de despertar o interesse pela
Química motivando-os no processo de ensino-aprendizagem.
A elaboração do projeto foi realizada pelas duas estagiárias e o mesmo foi
executado no dia 10 de outubro e a turma que foi orientada foi a 1ª série C, onde
turma foi dividida em três grupos e cada um escolheu um experimento. A mostra de
ciências iniciou-se às 8 horas e finalizou às 11h30min horas.
Em primeiro momento realizou-se uma reunião com os alunos para que eles
apresentassem suas ideias e discutissem com as estagiárias. A reunião foi bem
produtiva, tendo em vista que os alunos já haviam pesquisado quais experimentos
gostariam de executar que foram Sopro Mágico, Serpente do Faraó (Figura 10) e
Chuva Ácida (Figura 11). Com isso, foi marcada uma próxima reunião para que
fossem discorridos os conceitos teóricos de cada experimento.
Figura 10: Experimento Serpente Do Faraó
34
Figura 11: Experimento Chuva Ácida
Antes da reunião da aula teórica, as estagiárias se organizaram com os
estudantes para auxiliar na confecção dos apetrechos necessários para a realização
dos experimentos.
Realizou-se então, uma aula teórica-experimental na qual foram abordados
conceitos teóricos relacionados aos temas, para subsidiar aos experimentos
demonstrativos que foram realizados. Alguns alunos ressaltaram que o conteúdo
que estava sendo trabalhado já havia sido visto no semestre, o que possibilitou às
estagiarias a verificação de que eles conseguiam assimilar os experimentos à
conteúdos como: ionização de ácidos, e mesmo conteúdos que eles ainda não
tinham visto eles conseguiram identificar e perguntaram quando seria visto, como
por exemplo: reações de combustão.
Houve alguns contratempos, a miniaula teve seu andamento de forma
tumultuada, nem todos os alunos prestaram atenção e alguns ficaram dispersos em
determinados momentos, além disso, o grupo que ficou responsável pela realização
do experimento Sopro Magico optou por não realizá-lo. A justificativa dada por eles
foi de que o experimento era muito simples e eles haviam feito uma maquete para
explicar sobre o resíduo do chorume nos lixões (Figura), as estagiárias concordaram
e auxiliaram também com algumas colocações teóricas para a explicação da
maquete. Mas a maior parte da turma era bem agitada (positivamente) e
participativa, e constatou-se que muitos alunos tinham facilidade de compreensão, já
35
que quando os estagiários perguntavam após ter explicado os conceitos alguns
alunos se manifestavam e respondiam corretamente.
Figura 12: Maquete sobre o Chorume
A turma era grande com aproximadamente 30 alunos, as estagiárias optaram
por dividi-los em apenas três grupos para que no dia da mostra, eles pudessem
manter as explicações alternando-se evitando que só um explicasse.
As estagiárias realizaram o teste em casa para verificar se todos os
experimentos funcionariam satisfatoriamente. Posteriormente os alunos se reuniram
novamente com as estagiárias com os experimentos prontos, para que fossem
testados. No dia da realização dos testes, ocorreu tudo conforme planejado. Os
experimentos deram certo e a maquete estava pronta. Por fim, as estagiárias
reforçaram as explicações de cada experimento a pedido dos alunos e o projeto foi
desenvolvido no dia seguinte.
É fato que a realização de Mostras de Ciências em uma escola ou
comunidade traz benefícios para alunos e professores e mudanças positivas no
trabalho em ciências. Desse modo, o projeto da Mostra de Ciências foi
compreendido positivamente pelos alunos, pois foi possível perceber que se
identificaram e relacionaram a feira como liberdade de trabalho, pois puderam
escolher o que demonstrar. Houve momentos de euforia em que os alunos tentavam
sanar suas dúvidas de forma independente sem o auxílio das estagiárias, apenas
comunicando com os próprios colegas, isso despertou a comunicação e o trabalho
36
em equipe, além disso, contou também como um fator de conexão entre
professores, alunos, estagiárias e direção da escola.
Aquino (1996) afirma que a relação professor-aluno é muito importante,
porque estabelece posicionamentos pessoais em relação à metodologia, à avaliação
e aos conteúdos. Se a relação entre ambos for positiva, a probabilidade de um maior
aprendizado aumenta. A força da relação professor-aluno é significativa e acaba
produzindo resultados variados nos indivíduos, sendo assim pode-se afirmar que
houve contribuições positivas também para as estagiárias que puderam construir
também laços afetivos com os alunos, o que de certa forma simula a relação
professor-aluno, que futuramente será vivenciada.
37
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
É no Estágio Supervisionado que as os estagiários tem a oportunidade de
utilizar os conhecimentos adquiridos no curso de Licenciatura em Química, sejam
eles conhecimentos profissionais ou pessoais.
A escola campo em geral teve boa receptividade com as estagiárias em todos
os aspectos, os coordenadores, diretora, professores e demais servidores
acolheram as estagiárias com muita boa vontade tornando o contato das mesmas
com a escola mais acessível. Os alunos também foram bem interativos com as
estagiárias uma vez que já haviam vivenciado tal fato no ano anterior.
De maneira geral, cada etapa tem sua importância dentro do estágio desde a
observação da estrutura escolar até as observações na sala de aula, bem como no
desenvolvimento do Projeto Educativo.
Ao observar a estrutura física da escola nota-se que a mesma possui algumas
fraquezas, mas que também tem um espaço que possibilita aulas práticas em
química, o que seria um diferencial em relação à maioria das escolas da cidade que
não realizam tais práticas. E é na observação das aulas que é possível ter o contato
com as dificuldades vividas pela supervisora, o que permitiu às estagiarias a
fazerem uma reflexão acerca das problemáticas no cotidiano escolar, assim como
soluções viáveis para tais problemas.
As aulas de Química acontecem de forma bastante tradicional ainda que
ocorra a utilização em alguns momentos de abordagem com cotidiano. A falta de
abordagens diferenciadas é explicada pelo excesso de carga horária da supervisora.
Além disso, a escola conta com um apostilado da Editora Ético que deve ser
seguidas rigorosamente de acordo com o calendário escolar.
Observa-se que nas turmas de 3ª série o método tradicional utilizado pela
professora não funciona de forma tão positiva quanto nas outras séries. Isso pode
ser comprovado pelo alto índice de notas vermelhas que foi ressaltado pela
professora durante as aulas. Pode-se entender que o fato dos alunos da 3ª série
estarem com a professora há 3 anos, possa contribuir para tal fato, pois a ausência
38
de métodos diferenciados para lecionar causa nos alunos certo fastio,
principalmente pelo fato deles considerarem a Química como abstrata e inútil.
É notável também que o método de ensino utilizado com a aluna Giovana
deixa a desejar, pois, a mesma não consegue participar das aulas da mesma forma
que seus colegas, porém é mantida na sala de aula com eles fazendo atividades que
podem não acrescentar para o conhecimento dela de forma efetiva. Portanto, o
trabalho feito com a Giovana que era para ser de inclusão acaba a excluindo.
Ao analisar o Projeto Político Pedagógico da escola pode-se notar que o
mesmo não contempla uma prática diferenciada para alunos com necessidades
educacionais especiais que é uma exigência da Legislação sobre inclusão.
A Declaração Mundial De Educação para todos e Declaração de Salamanca
(MEC/SESSP, 2001) afirma que o Brasil fez opção pela construção de um sistema
educacional inclusivo ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para
todos, firmada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com
os postulados produzidos em Salamanca (Espanha, 1994) na Conferencia Mundial
sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade. Desse
documento ressalta-se alguns trechos ressaltando a obrigação das escolas de obter
um projeto de inclusão:
 “Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas
aplicados de modo que tenham em vista toda gama dessas diferentes
características e necessidades de aprendizagem que lhe são próprios”;
 “as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter
acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia
centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades”;
 “adotar com força de lei ou como política, o princípio da educação
integrada que permita a matrícula de todas as crianças em escolas
comuns, a menos que haja razões convincentes para o contrário”.
Logo, a partir das informações mencionadas comprova-se que é necessário
que a escola tome medidas para que não se encontre em débito com a Legislação.
Através do Projeto Educativo realizado pelas estagiárias, vivenciou-se um
momento onde houve experimentação demonstrativa realizada nas quatro horas da
Mostra de Ciências. Com isso, pode-se notar o quanto é importante que se utilize a
39
experimentação para ministrar as aulas de Química, é evidente o entusiasmo que os
alunos demonstram ao obter contato com formas diferentes de aprendizagem.
É um período onde se tenta tornar possível a vinculação da teoria e da
pratica, de forma que se obtenham os melhores resultados possíveis. E
principalmente perceber que é importantíssimo assumir uma postura crítica e
reflexiva diante da realidade escolar, e a partir desta se garanta uma educação de
qualidade que é direito de todos.
De fato, não é uma etapa fácil, muitas dificuldades surgem para impedir a
realização das atividades planejadas, mas por fim, as expectativas e os empecilhos
são superados e o estagiário adquire inúmeras experiências que contribuem
positivamente para sua formação enquanto docente.
Foi através dessa etapa que as estagiárias tiveram oportunidade de vivenciar
uma realidade até então inédita para ambas, que foi o contato com a aluna Giovana,
portadora de necessidades educacionais especiais. O que sem dúvidas contribuiu
positivamente, pois, a partir desse contato, as estagiárias adquiriram certa
concepção de como é importante refletir sobre práticas em sala que possam incluir
os alunos com necessidades especiais.
Ao realizar o estágio, percebe-se que quando as licenciandas são inseridas
em situações onde tem uma maior necessidade de estudar e se preparar, as
mesmas desenvolvem e mobilizam saberes e habilidades que contribuem para
qualificar sua formação profissional.
A possibilidade de participar de momentos de interação escolar (como
exemplo, a feira de ciências) e refletir sobre as dificuldades do trabalho docente,
gera experiências para as estagiárias que só seriam vivenciadas enquanto
professor, e que são capazes de torná-las mais independentes para tirar conclusões
relevantes quando se considera os processos que interferem na qualidade da aula e
da escola.
A experiência vivenciada no estágio supervisionado faz com que o licenciando
compreenda a necessidade de se tornar um profissional qualificado, e que além de
domínio de conteúdo, é preciso saber lidar com as diferenças existentes no local de
trabalho, quer seja uma sala de aula, uma escola como um todo, ou mesmo a
sociedade.
40
É também através do estágio - que proporciona vivência com situações
práticas e reflexão das mesmas - que as estagiárias podem estabelecer novas
opiniões e novas conclusões da realidade escolar e do ato de lecionar. É uma etapa
fundamental da graduação, pois, é a partir do estágio que o licenciando tem a
oportunidade de se enxergar como futuro professor e através dessa visão construir
sua identidade profissional.
É um período em que se estuda muito e envolve, ainda, a pressão de ser
supervisionado, ter seu trabalho revisado, corrigido além de passar por um exame
criterioso, então com a prática do estágio, o licenciando tem a necessidade de
articular soluções, e aprende a lidar com certas dificuldades e pressões que não só
ele vivencia no curso enquanto aluno, mas vivenciará também na prática quando for
exercer a docência, e passa a entender também a importância que tem o educador
na formação pessoal e profissional de seus alunos.
Pode-se concluir então, que o estágio supervisionado funciona como um meio
de incluir os estudantes universitários à realidade e vivência de uma escola. Tendo
em vista que esse contato é de extrema importância para a consolidação do novo
professor que está a se formar.
41
6. REFERÊNCIAS
 AQUINO, J. G. A relação professor-aluno: do pedagógico ao
institucional. Ed. São Paulo: Summus, 1996.
 BARCELOS, N. N. S.; JACOBUCCI, G. B.; JACOBUCCI, D. F. C.
Quando o cotidiano pede espaço na escola, o projeto da feira de
ciências “vida em sociedade” se concretiza. Ciência & Educação, v. 16,
n. 1, p. 215-233, 2010.
 BORBA, E. A importância do trabalho com Feiras e Clubes de Ciências.
Repensando o Ensino de Ciências. Caderno de Ação Cultural
Educativa. Vol 03, Coleção Desenvolvimento Curricular. Diretoria de
Desenvolvimento Curricular. Secretaria de Estado da Educação de
Minas Gerais. Belo Horizonte, 1996, 57p.
 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e
Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio.
Brasília: MEC, 2000.
 BRASIL. Ministério da educação. Diretrizes nacionais para a
educação especial na educação básica / Secretaria de Educação
Especial – MEC ;SEESP, 2001. p.14.
 CAZELLI, S.; et al. Tendências pedagógicas das exposições de um
Museu de Ciências. II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em
Ciências.Atas II ENPEC. Porto Alegre, 1999.
 GONÇALVES, T. V. O. Feiras de Ciências e Formação de professores.
p. 207-215. In: PAVÃO, A. C., FREITAS, D. (Org.) Quanta Ciência há
no Ensino de Ciências. Ed. São Carlos: EDUFSCar, 2008, pp. 332.
42
 JOSSO, Marie Christine. Experiências de vida e formação. Tradução
José Cláudio e Júlia Ferreira. São Paulo: Cortez, 2004.
 LOPES, Roseli de Deus (Org.). Resumos FEBRACE 2004: Feira
Brasileira de Ciências e Engenharia.São Paulo: LSI / Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004.210p.
 PAVÃO, A.C. Feiras de Ciências: revolução pedagógica. Recife:
Espaço Ciência. 2004.
 PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: diferentes
concepções. São Paulo: Cortez, 2004.
 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Betel, 2013.
 REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Betel. Pires do Rio, 2013.
Subsecretaria do Estado de Goiás.
 Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Apoio às
Feiras de Ciências da Educação Básica: Fenaceb. Brasília:
MEC/SEB, 2006.
43
44
ANEXOS
45
ANEXO I: TERMO DE COMPROMISSO E SEGURO DE ACIDENTES
PESSOAIS
46
ANEXO II: PLANO DE ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO
47
ANEXO III: FICHAS DE REGISTRO DE ATIVIDADES E CONTROLE DE
FREQUÊNCIA
48
ANEXO IV: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A)
REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) SUPERVISOR(A)
49
ANEXO V: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A)
REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A)
50
ANEXO VI: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO EMITIDA PELA ESCOLA CAMPO
51
ANEXO VII: AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO POR BANCA EXAMINADO ESPECÍFICA
52
ANEXO VIII: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO
SUPERVISIONADO E PARECER CONCLUSIVO EMITIDO PELO (A) PROFESSOR
(A) ORIENTADOR (A)
53
ANEXO IX: PROJETO EDUCATIVO
54
Contribuição com os alunos da 1ª série C na Feira de ciências
1. Introdução:
Lopes (2004), afirma que cada vez mais, para que um país possa se
desenvolver e proporcionar qualidade de vida aos seus habitantes é preciso que
tenha capacidade de gerar inovação, gerar novas tecnologias e agregar valor aos
seus produtos e processos. Para isso, é preciso provocar desde cedo a criatividade
dos indivíduos, dando-lhes a oportunidade de escolher e desenvolver temas que
lhes interessem.
Portanto, é notável nas aulas de ensino médio que a disciplina Química é
vista pelos alunos como sendo uma matéria de difícil entendimento e sem utilidade
prática na vida dos mesmos.
É correto dizer que a educação em ciências nos dias de hoje não pode mais
se ater estritamente ao contexto formal da sala de aula. Esta afirmação é cada vez
mais presente entre educadores em ciências e enfatiza o papel de espaços não
formais para a alfabetização científica dos indivíduos (CAZELLI et al, 1999).
Por esse motivo, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a metodologia
de projetos surge como alternativa para a elaboração de uma proposta curricular
enfatizando a contextualização dos conteúdos, a interação entre as áreas do
conhecimento e a participação ativa dos professores no desenvolvimento da
metodologia de ensino. Tanto para o ensino de Ciências, no fundamental, quanto
das disciplinas da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias o
objetivo é desenvolver habilidades básicas e competências específicas que
capacitem os alunos a enfrentar as transformações próprias do seu tempo,
apresentando uma postura crítica perante a ciência, a sociedade e suas próprias
vidas (BRASIL, 2000).
Com isso, do ponto de vista metodológico, as feiras de ciências podem ser
utilizadas para repetição de experiências realizadas em sala de aula; montagem de
exposições com fins demonstrativos; como estímulo para aprofundar estudos e
busca de novos conhecimentos; oportunidade de proximidade com a comunidade
55
científica; espaço para iniciação científica; desenvolvimento do espírito criativo;
discussão de problemas sociais e integração escola-sociedade (PAVÃO, 2004). Isso
porque os alunos associam a feira como um momento em que tem liberdade para
fazer o experimento que se identificar mais, sem ficar preso à rotina da sala de aula
que é encarada pelos alunos como maçante.
A feira de Ciências, também chamada de Mostra (MEC, 2006, p. 18), é um
instrumento importante para a construção do conhecimento do estudante, pois se
refere a uma proposta diferente que o leve a pesquisar a partir de seus interesses. É
um trabalho que permite que o aluno realize projetos que envolvam pesquisa e
aplicação da mesma construindo uma educação científica, além disso, permite
também que o aluno desenvolva a sua capacidade de expressar-se em público e se
prepare para ser avaliado por profissionais que não façam parte do seu cotidiano.
Borba (1996) ressalta que a feira propicia ao aluno a ação democrática de
participação coletiva. Permite a troca de experiências, permite que o aluno
desenvolva um pensar criativo em que a sua capacidade de comunicação é
exercitada. Consequentemente, após atuar em uma feira de ciências, nosso aluno
retornará à sala de aula com maior capacidade de decisão em relação aos
problemas do nosso cotidiano.
A feira é um instrumento bastante rico para a prática da atividade científica. É
uma forma de abrir a escola para estudar problemas de seu entorno, de sua
comunidade, de sua cidade, estado ou país, discutindo questões ambientais e/ou
sociais (GONÇALVES, 2008). É uma grande oportunidade de democratização do
conhecimento científico, de descoberta de novos talentos na elaboração e
construção de investigações, ao ampliar a interação escola-sociedade.
Ao realizar uma feira de ciências é necessária a elaboração de projetos que
envolvem uma série de providências e atitudes programadas antecipadamente como
qualquer outra atividade de ensino-aprendizagem envolvendo criatividade e
investigação. Além disso, envolve todos os setores da comunidade escolar. Nesse
contexto, as Feiras de Ciências se constituem palco para um trabalho baseado no
ensino por projetos (BARCELOS et al 2006).
É possível perceber que parece existir uma preocupação constante entre os
professores envolvidos na realização de feiras em destacar o relacionamento entre
aluno, escola e comunidade. Os trabalhos apresentados nas feiras deverão ser
56
realizados pelos alunos, mediados por um ou mais professores, sob a tutela da
escola e voltados para a comunidade que gravita em torno dela (MEC/SEB,2006).
Deste modo, pretende-se por meio do presente projeto conduzir os alunos da
1ª serie C do ensino médio do Colégio Betel a realizar experimentos na feira de
ciências de modo que seja possível incentivar a construção de uma compreensão
significativa e crítica dos conteúdos envolvidos em seus experimentos.
2. Objetivo Geral:
 Auxiliar os alunos da 1ª serie C do ensino médio a realizarem experimentos na
feira de Ciências.
3. Objetivos Específicos:
 Colaborar com os alunos na produção do experimento: “A serpente do Faraó”;
 Contribuir com os alunos na produção do experimento: “Chuva ácida”;
 Assistir os alunos na produção do experimento: “Sopro Mágico”.
 Auxiliar no entendimento dos experimentos que serão produzidos.
4. Materiais e métodos:
Para fazer o experimento “A serpente do Faraó” foram usados os seguintes
materiais:
 Bicarbonato de sódio
 Álcool
 Açúcar
 Areia
 Forma de Alumínio
 Garrafas Pet com o bico cortado
57
 Acendedor (ou fósforos)
No experimento “chuva acida” foram usados:
 Pote de vidro (de azeitona ou de palmito por exemplo)
 Acendedor (ou fósforos)
 Vela
 Colher
 Fita adesiva
 Arame
 Enxofre
 Flores de cor forte (rosa vermelha, por exemplo)
 Papel indicador de pH
 Prego
No experimento “Sopro mágico” foram usados:
 Água
 Álcool
 Bicarbonato de sódio
 Fenolftaleína
 Béqueres
 Canudos
O projeto foi dividido em quatro momentos:
i. As estagiárias se reuniram com os alunos para que eles apresentassem suas
ideias para aplicar na feira
ii. Após a escolha dos experimentos as estagiárias auxiliaram os alunos na
confecção dos seus trabalhos e na explicação deles
iii. As estagiárias se reuniram com os alunos para testar os experimentos
58
iv. Por fim, as estagiárias acompanharam os alunos na execução de seus
trabalhos no dia da feira de Ciências.
5. Recursos utilizados:
 Experimentação.
 Miniaula expositivo dialogada para discussão da parte teórica dos
experimentos
6. Avaliação:
 Avaliação conforme participação, desempenho e interesse dos alunos.
Cronograma de atividades:
Atividades a serem
desenvolvidas
Carga
horária a ser
desenvolvida
Período que
elas serão
desenvolvidas
Auxilio na elaboração de materiais
para a decoração da feira de ciências
2 h e meia 23/09/2014
Reunião com os alunos para a
apresentação de suas ideias sobre o
experimento
1 h e meia 25/09/2014
Elaboração do Projeto Pedagógico 10 h 01/10/2014 a
03/10/2014
Auxílio na confecção de seus
experimentos
8 h 29/09/2014 e
30/09/2014
Miniaula parte teórica dos
experimentos
4 h 02/10/2014
Teste do experimento realizado
pelas estagiárias
4 h 03/10/2014
59
Teste do experimento realizado com
os alunos e apresentação para as
estagiárias
3 h 06/10/2014
Execução dos trabalhos na feira de
ciências
5 h 10/10/2014
7. Resultados esperados:
Durante o processo de aplicação e avaliação do projeto espera-se que:
 Os alunos do Colégio Betel consigam de fato compreender as experiências
que estarão executando;
 Os alunos do Ensino Médio apresentem mais interesse pela Química;
 As estagiárias através da experiência de conduzir os alunos na produção dos
experimentos para a feira de ciências desenvolvam sua capacidade de
interagir com os alunos do Ensino Médio, além de dominar todo o
conhecimento teórico envolvido em tal processo. Além disso, ter maiores
possibilidades de aprofundar suas vivências no dia a dia escolar, o que lhe
será útil em diversas experiências futuras;
 Haja uma notável conexão entre as estagiárias que desenvolverão o projeto e
os alunos do Ensino Médio que irão colocá-lo em prática.
8. Referências:
 BARCELOS, N. N. S.; JACOBUCCI, G. B.; JACOBUCCI, D. F. C. Quando
o cotidiano pede espaço na escola, o projeto da feira de ciências “vida em
sociedade” se concretiza. Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 215-233,
2010.
 BORBA, E. A importância do trabalho com Feiras e Clubes de Ciências.
Repensando o Ensino de Ciências. Caderno de Ação Cultural Educativa.
Vol 03, Coleção Desenvolvimento Curricular. Diretoria de Desenvolvimento
60
Curricular. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo
Horizonte, 1996, 57p.
 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e
Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília:
MEC, 2000.
 CAZELLI, S.; et al. Tendências pedagógicas das exposições de um
Museu de Ciências. II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em
Ciências.Atas II ENPEC. Porto Alegre, 1999.
 GONÇALVES, T. V. O. Feiras de Ciências e Formação de professores. p.
207-215. In: PAVÃO, A. C., FREITAS, D. (Org.) Quanta Ciência há no
Ensino de Ciências. Ed. São Carlos: EDUFSCar, 2008, pp. 332.
 LOPES, Roseli de Deus (Org.). Resumos FEBRACE 2004: Feira
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 PAVÃO, A.C. Feiras de Ciências: revolução pedagógica. Recife: Espaço
Ciência. 2004.
 Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Apoio às Feiras
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  • 1. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO CÂMPUS URUTAÍ Lauryenne Camille de Oliveira Santana. RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I URUTAÍ, GO Dezembro, 2014
  • 2. PRESIDENTE DA REPÚBLICA Dilma Rousseff MINISTRO DA EDUCAÇÃO José Henrique Paim REITOR DO INSTITUTO FEDERAL GOIANO Prof. Vicente Pereira de Almeida PRÓ-REITOR DE ENSINO Prof. Virgílio José Tavira Erthal DIRETOR DO CAMPUS URUTAÍ Prof. Gilson Dourado da Silva DIRETORA DE ENSINO Prof. Fernando Godinho de Araújo COORDENADOR GERAL DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO Prof. Guilherme Malafaia Pinto DIRETOR DE PESQUISA & PÓS-GRADUAÇÃO Prof. André Luis da Silva Castro SECRETÁRIA DE ENSINO SUPERIOR Sra. Eneides Tomaz Tosta NÚCLEO DE APOIO PEDAGÓGICO Indiara Cristina Pereira de Almeida Marra (Pedagoga) COORDENADOR DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA Prof. Miquéias Ferreira Gomes
  • 3. iii RELATÓRIO FINAL DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I Relatório apresentado ao curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal Goiano – Câmpus Urutaí, como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciado em Química e para o cumprimento do “Estágio Supervisionado I”. Orientador: Paulo Vitor Teodoro de Souza. URUTAÍ, GO Dezembro, 2014
  • 4. iv Dedico esse relatório, à Deus, à minha mãe, ao meu namorado, aos amigos e minhas irmãs, que com muito carinho e apoio, não mediram esforços para que eu chegasse à essa etapa da minha vida.
  • 5. AGRADECIMENTOS A Deus que até aqui tem demonstrado Seu grande amor por mim, através de inúmeras bênçãos nesta caminhada aqui na Terra. Ao meu amigo, companheiro e namorado Helder José de Oliveira Souza que com a força do amor me incentivou na minha formação desde o início contribuindo positivamente com sua compreensão e amparo. Aos meus colegas, e em especial ao Murillo, que me proporcionou amizade, companheirismo e esteve ao meu lado durante os dias de luta em que as dificuldades do curso pesaram sobre meu emocional. A todos os professores que passaram na minha vida acadêmica especialmente aos que me despertaram o interesse pela Química. E aos meus professores que tive durante a graduação que com seu empenho e esforço conseguiram me oferecer uma excelente educação. E principalmente à minha mãe, que me apoiou para que eu alcançasse os meus objetivos, e sempre se esforçou pra que eu conseguisse continuar meus estudos, assim como a educação moral que a mim ensinou, e as minhas irmãs por fazerem parte de todos esses momentos que passamos em busca de uma boa formação tanto profissional quanto moral.
  • 6. vi SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS................................................................................................viii 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS..........................................................................1 2. RELATOS E DICUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA ESCOLA CAMPO........................................................................................................4 2.1. ETAPAS DO PLANEJAMENTO DO PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA:..................................................................... 4 2.2. LEVANTAMENTO HISTÓRICO DA ESCOLA............................ 4 2.3. ESTRUTURA FÍSICA...................................................................... 5 2.4. ESTRUTURA PEDAGÓGICA...................................................... 11 3. RELATOS E DISCUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DE AULAS MINISTRADAS NO ENSINO MÉDIO.....................................................................13 4. RELATO E DISCUSSÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO EDUCATIVO...........................................................................................33 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................37 6. REFERÊNCIAS ...............................................................................................41 ANEXOS......................................................................................................................44 ANEXO I: TERMO DE COMPROMISSO E SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS ..................................................................................................................45 ANEXO II: PLANO DE ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO.....................................46 ANEXO III: FICHAS DE REGISTRO DE ATIVIDADES E CONTROLE DE FREQUÊNCIA ............................................................................................................47 ANEXO IV: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A) REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) SUPERVISOR(A).............................48
  • 7. vii ANEXO V: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A) REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A)...........................49 ANEXO VI: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EMITIDA PELA ESCOLA CAMPO.....................................50 ANEXO VII: AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO POR BANCA EXAMINADO ESPECÍFICA........................51 ANEXO VIII: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO E PARECER CONCLUSIVO EMITIDO PELO (A) PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A).....................................................................52 ANEXO IX: PROJETO EDUCATIVO......................................................................53
  • 8. viii LISTA DE FIGURAS Figura 1: Vista da frente do Colégio Betel ..................................................... 6 Figura 2: Sala de aula da Escola Campo....................................................... 6 Figura 3: Laboratório de Ciências ................................................................... 7 Figura 4: Primeiro e segundo andares do Colégio Betel............................. 8 Figura 5: Corredor do pavilhão superior......................................................... 8 Figura 6: Quadra de esportes .......................................................................... 9 Figura 7: Área de Convivência....................................................................... 10 Figura 8: Cozinha da escola campo. Em (A) cozinha vista do corredor para dentro, em (B) cozinha vista de dentro para o corredor................... 10 Figura 9: Biblioteca .......................................................................................... 11 Figura 10: Experimento Serpente Do Faraó................................................ 33 Figura 11: Experimento Chuva Ácida........................................................... 34 Figura 12: Maquete sobre o Chorume.......................................................... 35
  • 9. 1 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Sabe-se que o estágio é de grande importância para o graduando em licenciatura, pois de acordo com Pimenta e Lima (2004) os estagiários sempre identificam o estágio como a parte prática dos cursos de formação de profissionais em geral, paralelamente à teoria. É comum ouvir-se dos alunos que concluem seus cursos se referirem a ele como a “parte teórica” e que é “na prática” que se aprende a profissão e que certos professores e disciplinas são muito teóricos, porém, a prática não é compatível com a teoria. No cerne dessa afirmação popular, constata- se, no caso da formação de professores, de que o curso não fundamenta teoricamente a atuação do futuro profissional nem toma a prática como referência para a fundamentação teórica. Ou seja, é necessário teoria e prática. Pimenta e Lima (2004) afirmam também que os saberes docentes não se restringem às paredes da sala de aula, tendo em vista que as relações aí estabelecidas são determinadas pelos contextos mais amplos – a cultura escolar, pedagógica, administrativa, a comunidade na qual está inserido o aluno e seu mundo, os professores e sua história, os sistemas de ensino, as demais instituições sociais e de cultura, a sociedade em geral. Dessa forma, o estágio contribui para a formação docente ao permitir que futuros professores e aqueles que já exercem a profissão possam refletir sobre essas determinações. Vale ressaltar que o estágio proporciona também um estímulo à pesquisa, pois, para a realização do mesmo é necessário que o estagiário leia, estude, busque informações adequadas. Assim, Josso (2004) afirma que para pensar na ligação entre pesquisa e formação é necessário, primeiramente, compreender a necessidade da sua capacidade de se interrogar, de aprender a partir das experiências e de se transformar. Nesse sentido, entende-se também que ao longo da realização do estágio os estagiários passam por um processo onde aprendem a serem reflexivo, resultado no conhecimento de si, de forma a permitir assim que o mesmo faça planos de atuação da docência, que até então não tinham sido percebidos.
  • 10. 2 Desse modo, o presente relatório demonstra discussões e projetos pedagógicos referentes ao Estágio Supervisionado em Ensino de Química I, que foi realizado no segundo semestre de 2014. As observações foram feitas no Colégio Betel de Pires do Rio – GO, que está localizado na Rua Francisco de Souza Lobo s/nº no Centro. A partir das considerações feitas no decorrer deste relatório foi possível perceber a importância do Estágio Supervisionado para um aluno de Licenciatura. Foram objetivos do estágio:  Obter aperfeiçoamento no curso de Licenciatura em Química;  Compreender o contexto da realidade social da escola campo de estágio;  Desenvolver a reflexão sobre o ser professor;  Auxiliar em ações coletivas na escola, obtendo inserção no ambiente escolar e compreensão de trabalho educativo;  Explorar concepções de ensino-aprendizagem na área de conhecimento (Química);  Perceber o contexto educacional na sua complexidade e refletir sobre as práticas escolares. O mesmo foi orientado pelo professor Paulo Vitor Teodoro e supervisionado pela professora Julieny Batista Mesquita, que trabalha na Educação há oito anos, que é Tecnóloga em Alimentos pelo Instituto Federal Goiano – Campus Urutaí e atualmente cursa Licenciatura em Química na mesma instituição. A preferência pelo colégio Betel como escola campo, deu-se pelo fato de que é uma escola pouco explorada por estagiários, que tem uma característica exclusiva quando comparada aos outros colégios da cidade por ser um colégio conveniado, ou seja, parcialmente particular e público. Com isto, considerando a importância do estágio para o aperfeiçoamento profissional do graduando, o mesmo foi desenvolvido obedecendo as seguintes etapas: Em primeiro momento a observação da organização da estrutura da escola,
  • 11. 3 na qual foi possível identificar quais os recursos que a escola possui e onde há possibilidades de intervenção dos estagiários, posteriormente foram feitas as observações das aulas de química que proporcionou a compreensão das dificuldades encontradas pelos alunos na disciplina e estabeleceu um elo entre teoria e pratica ao estagiário, e finalmente foi desenvolvido um projeto educativo, a fim de concretizar a ligação entre o estagiário e a escola, acrescentando assim experiências produtivas tanto para o estagiário quanto para a escola. Ao fim do estágio, foi totalizada uma carga horária de 200 horas.
  • 12. 4 2. RELATOS E DICUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL, ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA DA ESCOLA CAMPO Para a observação desta etapa, foram analisados o Plano Político Pedagógico (PPP do Colégio Betel, 2013) e o Regimento Escolar (2013) da escola campo. Como alguns documentos não foram disponibilizados, muitas perguntas dos itens solicitados foram respondidas pelas coordenadoras e pela diretora, através de entrevistas informais. 2.1. ETAPAS DO PLANEJAMENTO DO PROJETO PEDAGÓGICO DA ESCOLA: É realizada uma reunião com os professores na qual se colocam as preocupações atuais com o ensino/aprendizagem, disciplina e de modo geral é colocado em pauta alguns pontos considerados essenciais para a elaboração do PPP – Projeto Político Pedagógico, tais como: preocupação com a falta de hábitos de estudos e disciplina dos alunos, gerando desinteresse, estabelecer meios para atender melhor o aluno que apresenta dificuldades de aprendizagem, curso de aperfeiçoamento (por área) para tentar sanar a rotina da sala de aula (estratégias novas), aquisição de materiais pedagógicos atuais que atendam os anseios do aluno, tentar sanar as dificuldades e relacionar os acertos para o bom funcionamento da escola, caminhar junto família/escola estabelecendo laços de parceria que propiciem e despertem interesse no processo da aprendizagem (PPP do Colégio Betel, 2013). 2.2. LEVANTAMENTO HISTÓRICO DA ESCOLA A Escola Betel foi criada pela Fundação Cristã Educativa em 1989 a fim de atender a comunidade, a princípio o Colégio recebeu o nome de Educandário Cristão e atendia a Educação Infantil apenas. Funcionou provisoriamente no porão
  • 13. 5 da Igreja de Cristo. E em 1997, a Escola Betel tornou-se Colégio Betel, atendendo gradativamente a Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio, nos turnos Matutino e Vespertino (PPP do Colégio Betel, 2013). De 1989 a 1996, o colégio foi somente particular, no entanto em 1997, estabeleceu convênio com a Prefeitura Municipal para garantir funcionários e a permanência de alunos que não poderiam pagar as taxas cobradas, porém, o convênio não perdurou (PPP do Colégio Betel, 2013). Em 2001 a escola esteve perto do seu fechamento por dificuldades financeiras, mas contou com o auxilio das professoras pedagogas Ângela Maria Barbosa Pires e Raquel Aparecida Felipe Mendes (que foram nomeadas coordenadoras) que procuraram a Secretaria Municipal de Administração para que auxiliasse com professores e funcionários, assim conseguiram um acordo verbal que prevalece até hoje. Com isso, em 2004 a Professora Raquel Aparecida Felipe Mendes que trabalhava na Subsecretaria buscou a possibilidade de um Convênio com a Secretaria Estadual de Educação, se colocando à disposição para intermediar o processo, e com a ajuda do Subsecretário da Subsecretaria Metropolitana de Goiânia, que interferiu, organizou e assessorou politicamente, o convênio se concretizou (PPP do Colégio Betel, 2013). Hoje o Colégio conta com a Parceria da Secretaria Municipal de Educação – Convênio Verbal, e o Convênio oficial com a Secretaria Estadual de Educação, atendendo 850 alunos do Maternal ao Ensino Médio, tendo realizado nesses anos vários projetos e tendo vários outros em andamento, os quais visam à melhoria da escola e da comunidade. É uma escola centralizada que atende uma clientela diversificada em diferentes níveis econômicos (PPP do Colégio Betel, 2013). 2.3. ESTRUTURA FÍSICA O colégio Betel (Figura 1) contém 18 salas de aula (Figura 2), secretaria, sala de professores, sala de coordenação, biblioteca, almoxarifado, quadra esportiva, laboratório de Ciências, banheiros masculino e feminino, cozinha, sala de direção e cantina, todos estes itens são citados no PPP do colégio.
  • 14. 6 Figura 1: Vista da frente do Colégio Betel Atualmente, a escola possui também um banheiro para alunos com necessidades especiais que não possui escadas, no entanto para a locomoção deles, a escola conta com professores de apoio que ficam a disposição para levá-los aos banheiros, já que mesmo com banheiros adaptados eles necessitam de acompanhamento. Figura 2: Sala de aula da Escola Campo
  • 15. 7 É importante destacar que o Laboratório de Ciências (Figura 3) além de atuar como laboratório interdisciplinar, pode funcionar como sala de vídeo para muitas disciplinas e está em ótimo estado de conservação. Não é utilizado para as aulas de Química, mas para apresentação de slides ou para assistir filmes, usa-se esporadicamente. A não utilização do laboratório de Ciências nas aulas de Química é justificada pelo excesso de carga horária da professora Julieny, que além de lecionar no Colégio Betel leciona também em mais dois colégios da cidade. Além disso, a escola segue um sistema tradicional de ensino, onde a experimentação é tida como momentos de interação com os alunos e devem, portanto acontecer em horário extraclasse e não durante as aulas. Durante as aulas, é dever do professor seguir de forma rígida o apostilado da escola que é preparatório para o vestibular. Pode-se perceber também, que a escola não conta com reagentes para a realização de experimentos de química, e provavelmente não recebe nenhum tipo de verba para esse fim podendo esse ser também um empecilho para a realização da experimentação. Figura 3: Laboratório de Ciências O colégio possui dois andares (Figura 4), no primeiro encontram-se as turmas de Ensino Fundamental e no segundo as turmas de Ensino Médio.
  • 16. 8 Figura 4: Primeiro e segundo andares do Colégio Betel No andar de cima há grades de segurança para evitar possíveis acidentes e nota-se bastante organização e limpeza no corredor (Figura 5). Figura 5: Corredor do pavilhão superior Ainda tem algumas salas que estão inacabadas devido o crescimento da demanda de alunos, mas estão todas em boas condições de uso e são todas
  • 17. 9 equipadas com ventilador, possui arejamento e possui um bom tamanho, o que garante que cada aluno fique um espaço adequadamente distante um do outro. A escola conta também com uma boa quadra de esportes (Figura 6) e uma área de convivência. Figura 6: Quadra de esportes A quadra de esportes é utilizada para atividades nas aulas de educação física, nos intervalos, ou também se um professor propõe uma atividade diferenciada. A área de convivência (Figura 7) é utilizada nos intervalos pelos alunos, onde eles tem momentos de distração, descontração, lanches, e é usada também para desenvolver projetos realizados pela escola como: Festival de Inglês, Mostra de Ciências.
  • 18. 10 Figura 7: Área de Convivência É possível notar que alguns alunos do turno matutino usam o espaço de convivência no período vespertino para jogar ping pong, socializar com os amigos, ou mesmo com os professores. O horário para utilização da área de convivência ou da quadra durante o turno em que os alunos tem aula é no intervalo. Durante as aulas não é permitido o uso dessas áreas exceto com a presença do professor, para atividades de aula. O colégio possui uma cozinha (Figura 8) na qual os alunos recebem gratuitamente o lanche, e possui também a cantina, onde são vendidos outros tipos de lanches. Figura 8: Cozinha da escola campo. Em (A) cozinha vista do corredor para dentro, em (B) cozinha vista de dentro para o corredor. (A) (B)
  • 19. 11 A biblioteca da escola (Figura 9) se encontra ao lado da secretaria e possui um espaço suficiente para que os alunos possam utilizá-la. Possui duas mesas bem grandes com doze cadeiras para os alunos ou professores e a mesa da bibliotecária. A sala é um pouco escura, mas mantem as luzes acesas o tempo todo. É utilizada também para aplicar provas para alunos com necessidades educacionais especiais ou para alunos que precisam fazer uma avaliação de segunda chamada. É uma área bem arejada e fresca, pois se localiza ao lado de um enorme climatizador que fica na área de convivência, além disso, possui três janelas que são mantidas abertas o tempo todo. Possui em seu acervo 37099 livros disponíveis para leitura informal ou pesquisa e aproximadamente 56 livros em Braile, alguns dos livros em Braile são emprestados de outra biblioteca, mas estão disponíveis para empréstimo. Apenas um aluno da escola lê Braile. Figura 9: Biblioteca 2.4. ESTRUTURA PEDAGÓGICA No que diz respeito às matriculas, as mesmas são feitas anualmente não possuindo critério de seleção. O período e os documentos que são necessários para realizá-la são determinados no edital de matrícula, divulgadas pela autoridade
  • 20. 12 competente do colégio. A renovação da matrícula deve ser requerida pelo candidato, se maior de idade, ou então pelo responsável, se menor (Regimento Escolar do Colégio Betel), dentro do prazo previsto pelo Calendário Escolar, caso contrario, o candidato poderá estar sujeito a falta de vagas. Isso porque se não for feita a renovação do candidato no prazo previsto, a preferência de vaga será do aluno novato, podendo o veterano renovar sua matricula apenas se restarem vagas. As reuniões de pais e professores são realizadas bimestralmente, onde a comunidade escolar apresenta os projetos que irão acontecer, as decisões da gestão e procuram solucionar juntos, as dificuldades enfrentadas, para que assim ocorra o bom andamento da escola. A escola conta com sistema de recuperação para aqueles alunos que não atingiram a média (6,0 pontos) esperada para conclusão do ano. Há também métodos para promoção e aceleração com o intuito de diminuir a distorção série/idade oferecido às crianças e jovens com atraso escolar garantindo oportunidades de atingir níveis de conhecimentos compatíveis com sua idade. Em relação aos professores e suas determinadas formações percebe-se que todos os professores, apesar de nem sempre atuarem em suas áreas afins, possuem graduação. A escola possui duas professoras de Química, porém nenhuma delas possui graduação em Química, tendo em vista que os profissionais responsáveis por essas aulas tem sua formação em Tecnologia de Alimentos e Biologia. Contudo, a professora que é tecnóloga em alimentos cursa licenciatura em Química e se forma no fim deste ano.
  • 21. 13 3. RELATOS E DISCUSSÃO DA OBSERVAÇÃO DE AULAS MINISTRADAS NO ENSINO MÉDIO Essa etapa foi desenvolvida nas turmas de Ensino Médio, focando uma turma de 1ª série, sendo 1ª série C, duas de 2ª série, sendo 2ª série A e 2ª série B e duas turmas de 3ª série, sendo 3ª serie A e 3ª B. O Colégio trabalha com o sistema de apostilas (Ético) para todas as turmas, tanto do Ensino Médio quanto do Ensino Fundamental. O período de observação se iniciou no dia 15 de setembro de 2014 e foi concluído no dia 23 de outubro de 2014. A análise das aulas será feita de forma individual por série, deixando claras as sequências de cada aula em cada turma. Todas as aulas descritas abaixo foram ministradas pela professora Julieny Batista de Mesquita. Nas observações da 1ª série C é citada a professora de apoio Kênia que acompanha a aluna Giovana portadora de necessidades educacionais especiais. 1ª Série C Data: 15/09/2014 Hora: 07h50m às 08h40m Número de alunos: 31 Aula 1 Na primeira aula assistida em cada turma a professora apresentou a estagiaria aos alunos. Estes não se incomodaram com a presença da estagiária na sala e foram bem interativos e receptivos. A sala estava limpa e organizada e os alunos permaneciam em filas. Na introdução da aula, a supervisora retomou o conteúdo da aula anterior (funções orgânicas), trabalhando com muita interação com os alunos, apresentando sempre perguntas aos mesmos como maneira de chamá-los para participação em sala de aula, posteriormente começa a introduzir um novo conceito (Óxidos). A
  • 22. 14 professora mostrou domínio de conteúdo e apesar da sala ser bem cheia ela conseguiu administrar a aula de forma com que seus alunos não tumultuassem. A sala continha 31 alunos sendo a mais cheia do ensino médio e possuía uma aluna com necessidades especiais que era acompanhada por uma professora de apoio. Os alunos eram bastante participativos e respondiam a todas as questões que eram feitas no decorrer da aula tirando suas duvidas. De acordo com a professora Kênia, a aluna Giovana sofre de uma doença causada por incompatibilidade sanguínea dos seus pais, e que apresentou seus sintomas há aproximadamente quatro anos. Ela não apresentava nenhuma deficiência antes que a doença se manifestasse, após esse fato a Giovana foi perdendo aos poucos a visão, a fala e a capacidade de compreensão. A professora Kênia ressaltou que ela se lembra de muitas coisas que aprendeu no período anterior à doença, no entanto, não é possível que ela adquira conhecimentos condizentes com sua etapa educacional atualmente e a doença se agrava com o passar do tempo. A aluna Giovana não participava das aulas da mesma forma que os colegas, ela permanecia na sala, porém, envolvida em atividades não relacionadas à disciplina de Química, como por exemplo, enrolar bolinhas de papel crepon para usá-las na decoração da feira de Ciências que está marcada para o dia 10/10. Hora a professora passava conteúdo no quadro, hora ditava e eles escreviam em seus cadernos, assim garantia que os alunos prestassem atenção e não conversassem paralelamente. Ela ressaltou que é comum que os alunos reclamem quando precisam fazer balanceamentos nas reações. A professora dava pontos de incentivo para os alunos que decorassem a tabela de solubilidade dos sais, com isso, quatro alunas apresentaram a ela a tabela decorada. Data: 16/09/2014 Horário da aula: 07h50m às 08h40m Aula 2 Nessa aula a professora iniciou pedindo pra que os alunos providenciassem um galho para confeccionar um ipê de enfeite para a feira de ciências.
  • 23. 15 Foi possível notar que a sala estava limpa, mas alguns alunos não estavam em fila. A professora afirmou que os alunos dessa turma eram os mais agitados em comparação ás outras turmas que ela lecionava, mas na disciplina dela eles eram muito bons e conseguiam obter bastantes resultados positivos. Eles conversavam muito, mas eram muito participativos também. Quando a professora perguntava, a sala toda respondia ao mesmo tempo. Enquanto isso a aluna Giovana continuava fazendo as bolinhas de papel. Observou-se que mesmo os alunos estando com a apostila em mãos, a professora sempre pedia que eles anotassem as partes mais importantes para que eles reforçassem. O conteúdo da aula de foi “óxidos anfóteros”, com isso a professora pediu pra que eles memorizassem quais são esses óxidos e pediu pra que fizessem o mesmo para os óxidos neutros. Nessa aula a professora utilizou alguns exemplos como: o rodizio de carros em São Paulo, aquecimento global, deslocamento ambiental (nesse caso fez uma pergunta: “Por que as chuvas não acontecem mais em meses definidos como antes?” e em seguida discutiu), uso de leite de magnésia, sal de fruta ou suco de limão quando se está com azia para amenizar a acidez no estômago, demonstrando onde é possível perceber a ação dos ácidos, bases, sais e óxidos no contexto do aluno. Falou também sobre o pH da chuva, explicando aos alunos que ele é naturalmente ácido e explicou o que acontece quando uma chuva é denominada chuva ácida. Após isso ela passou exercícios pra que os alunos praticassem e pediu pra que eles lessem o texto da apostila que fala sobre o efeito estufa. Os alunos sempre cobravam uma música que a professora fez com o conteúdo das aulas, ela afirmou que será cantada por ela no dia da revisão para a prova. A professora sempre dava uns décimos para incentivar quem se comprometia a fazer os exercícios que ela deixava para resolver em casa. Nessa turma muitos deles faziam. Ela fazia com eles o exercício e tirava as duvidas dos alunos de carteira em carteira. E por fim ela introduziu o conceito de peróxidos e utilizou a água oxigenada como exemplo.
  • 24. 16 Data: 29/09/2014 Horário da aula: 07h00 às 07h50m Aula 3 Constatou-se que em todas as turmas no primeiro horário, a aula iniciou com os alunos fazendo uma oração. Em seguida a professora pediu para eles abrirem as apostilas para resolverem exercícios. Ela fazia os exercícios no quadro. A professora precisou mudar um aluno de lugar devido as suas conversas paralelas com o colega do lado. A professora sempre fazia questão que eles prestassem atenção instigando- os a participarem das aulas com perguntas. Ela disse que a matéria da prova será baseada nos exercícios e falas que ela executou nas aulas. Ela brincou com os alunos que não gosta de dar aula para eles no primeiro horário na segunda feira, pois eles estão com preguiça e não participam. Ela dava dicas de frases para memorizar os elementos das famílias na tabela periódica e regras para memorizar os nomes dos sais. A aluna Giovana chegou um pouco mais tarde com sua professora de apoio, ela chegou bem animada falando bom dia para os seus colegas. Os alunos estavam muito desanimados. A professora o tempo todo fazia perguntas sobre a solubilidade dos sais que foi dada há algumas aulas atrás para que eles reforçassem esse conteúdo. Ela sempre reforçava o balanceamento das reações. Uma aluna perguntou por que o hidrogênio e o oxigênio são contados por último no balanceamento das reações e a professora explicou o motivo. Quando era preciso balancear as reações os alunos reclamavam. Data: 02/10/2014 Horário da aula: 07h00m às 07h50m Aula 4 A aula iniciou com a professora pedindo para que os alunos abrissem o caderno na tabela de solubilidade, isto porque foi dito na aula anterior que era importante que eles a anotassem em seu caderno, pois facilitaria muito no estudo
  • 25. 17 das reações inorgânicas. Em seguida os alunos abriram a apostila a pedido da supervisora para a resolução de exercícios. Notou-se que sempre era cobrado dos alunos que eles reforçassem a nomenclatura de sais e em alguns momentos as famílias na tabela periódica, para isso a professora ensinava algumas frases para memorização. É interessante ressaltar que ao escrever uma equação química a professora cobrava dos alunos que eles não deixassem de colocar o estado físico em cada um dos reagentes e produtos. Para explicar a diferença entre corpo de fundo e precipitado a supervisora utilizou um exemplo de água e areia, fazendo com que eles assimilassem corpo de fundo com uma solução supersaturada e explica que no caso do precipitado havia a formação de uma substância insolúvel a partir da interação entre os reagentes. Nessa turma quase sempre se encontrava a sala organizada em fila, e como estava no primeiro horário não havia lixos pela sala. Vez ou outra a professora fazia brincadeiras com os alunos para que houvesse descontração durante a aula. Data: 07/10/2014 Horário da aula: 09h45m às 10h35m Aula 5 A aula iniciou com a professora pedindo para que os alunos abrissem a apostila para resolução de exercícios sobre solubilidade. Ao passo em que os alunos resolviam os exercícios a professora ressaltava alguns detalhes que podiam causar dúvidas nos alunos. Ela falava para os alunos que a chamassem na carteira caso houvesse dúvidas nos exercícios. Os alunos estavam organizados em filas e possuía lixos espalhados pela sala. Posteriormente ela discutiu a resolução dos exercícios. Como de costume ela reforçou com eles a nomenclatura dos sais e relembrou a regrinha para memorização. A aula se desenvolveu com uma linguagem clara e a professora demonstrava domínio de conteúdo.
  • 26. 18 Foi interessante observar que a aluna Giovana estava sempre envolvida em outras atividades, mas nessa aula em especial ao ouvir a professora explicando sobre solubilidade ela quis que a professora de apoio repetisse a palavra à ela. A professora então tentou com que ela assimilasse solubilidade com a água e o sal de cozinha, e falou para que quando ela chegasse em casa pedisse a mãe dela que preparasse água com um pouquinho de sal para que ela entendesse o que é uma solução. De modo geral a professora afirmou que a turma da 1ª serie C possuía os alunos considerados os mais custosos pela maioria dos professores, mas que eles eram muito participativos e que na disciplina dela eles obtinham bons resultados. Data: 14/10/2014 Horário da aula: 08h40m às 09h30m Aula 6 Nessa aula os alunos se demostraram muito agitados e a sala estava toda desorganizada e havia lixo espalhado por toda a sala. Antes que a professora começasse a aula eles começaram a falar para ela alguns problemas que estavam tendo para realizar a mostra de ciências que seria daqui a alguns dias. Alguns ressaltaram que estavam com dificuldades para realizar os experimentos e nas suas respectivas explicações. A professora disse a eles que era necessário que eles resolvessem esses problemas com urgência, pois a participação na mostra de ciências contava como nota de trabalho e a não participação na mesma poderia prejudicá-los. Ressaltou também que eles seriam bastante cobrados, pois a organização da feira começou a se realizar no mês de junho e que então não aceitaria nenhuma desculpa. E disse que espera experimentos de qualidade na mostra, com bastante dedicação por parte deles e responsabilidade.
  • 27. 19 Data: 23/10/2014 Horário da aula: 07h00m às 07h50m Aula 7 A aula iniciou com a professora fazendo um apanhado de tudo o que foi visto por eles durante o semestre, com isso ela fez elogios a eles, pois os mesmos obtiveram bons resultados, ressaltou a eles também quanto ao desempenho na feira de ciências que foi ótimo. A professora do Instituto Federal Goiano que estava avaliando os trabalhos (Christina) os elogiou bastante. A aluna Giovana brincava com umas bolinhas de apertar durante a aula. O conteúdo da aula era novo: reações de análise ou decomposição. Por isso a supervisora sempre reforçava aos alunos a identificação de reagentes e produtos na equação química, pois eles confundiam muito. Ela ressaltou aos alunos que é muito importante que eles tentem aprender de modo efetivo e que não se esqueçam da matéria para que no conteúdo seguinte ou no ano seguinte não tenham muitas dificuldades. Ensinou a fazer a leitura das equações químicas. Falou um pouco sobre mol explicando que é uma unidade de medida, mesmo que eles ainda não tenham visto esse conteúdo. Nessa aula devido à mesma ter começado às oito horas, as turmas tiveram muitas faltas. A sala estava suja, os alunos não estavam organizados em fila e estavam muito agitados com muitas conversas paralelas com os colegas. No final da aula a professora fez a demonstração da luva que também foi feita na 2ª serie A para demostrar que metais nobres não reagem facilmente. Para a demonstração prática ela pediu aos alunos da sala um anel de ouro e um anel de “ouro falso” e os colocou em uma de suas mãos, em seguida ela colocou sobre a mão que estava os anéis uma luva de látex e pediu pra que seus alunos observassem o que acontecia. Com isso eles conseguiram perceber que o anel de ouro não alterava a cor da luva, já o anel de “ouro falso” reagia rapidamente com a luva deixando-a mais escura na região em que estava o anel.
  • 28. 20 2ª serie A Data: 16/09/2014 Horário da aula: 08h40m às 09h30m Número de alunos: 23 Aula 1 A professora entrou na sala cumprimentou os alunos e eles já cobraram os resultados nas avaliações. Em seguida ela pediu para eles abrissem as apostilas para resolverem exercícios. O conteúdo da aula foi ionização de ácidos. Para fazer as equações químicas de representação da ionização dos ácidos eles se acostumaram a fazer a forma simplificada. A professora explicou aos seus alunos que era necessário que eles demonstrassem a equação completa, para que eles se habituassem a escrevê-las. Nas contas para calcular a concentração de H+ ela sempre fazia de forma mais detalhada possível e sempre pedindo pra que eles tirassem suas duvidas, pois, ela ressaltou que a maioria das duvidas nessa matéria estava relacionada a dificuldades em matemática (jogos de sinal, log). Após isso ela revisou as constantes vistas por eles até o momento (Ka, Kb, Kc, Kw, Ki) e passou mais alguns exercícios pra que eles resolvessem em sala, assim ela foi tirando as dúvidas de carteira em carteira. Essa aula foi um pouco tumultuada em relação às conversas paralelas, os alunos estavam conversando bastante e a professora até precisou parar a aula para chamar a atenção deles. Ao final da aula, os alunos e a professora começaram a discutir sobre a feira de Ciências. Data: 29/09/2014 Horário da aula: 10h35m às 11h25m Aula 2 No quinto horário, percebeu-se que os alunos já não mantinham a sala em ordem. Havia lixo espalhado por toda a sala, os alunos demonstravam-se mais agitados e não se organizavam nas filas.
  • 29. 21 A aula foi iniciada com professora fazendo uma pergunta sobre o conceito de solução tampão. Um dos alunos acertou o conceito, e a partir da resposta dada pelo mesmo, a aula prosseguiu com a professora dando mais detalhes de conceito do conteúdo. Em seguida fez a correção do exercício que havia deixado na aula anterior tirando a dúvida de seus alunos. É valido ressaltar que a professora sempre mostrava alguns “macetes” para que os alunos memorizassem a nomenclatura dos ácidos e bases. Nesse caso em especial a professora pediu para que os alunos reforçassem o conteúdo de força de ácidos do primeiro ano porque os auxiliara na identificação de quais ácidos ou bases poderiam formar uma solução tampão. Para a resolução do exercício em sala, ela disse aos alunos que ele requeria muita atenção, pois seria explicado como calcular pH em soluções tampão. Feito isso os alunos abriram a apostila a pedido da professora e resolveram outro exercício semelhante ao anterior. Ela utilizou alguns exemplos do dia a dia para demonstrar a importância das soluções tampão e onde elas podem ser percebidas. Para isso ela deu o exemplo do sistema tampão no sangue, explicando porque o mesmo precisa ser tamponado. Para finalizar a aula professora deixou um exercício para que eles resolvessem em casa. Notou-se que nessa turma os alunos eram mais participativos e a aula fluía com um rendimento maior, isto porque eles conseguiam absorver o conteúdo com mais facilidade. Data: 02/10/2014 Horário da aula: 08h40m às 09h30m Aula 3 A aula se iniciou com uma discussão entre os alunos e a professora sobre a feira de Ciências. Em relação à 2ª serie B essa turma era bem mista de meninos e meninas. Para iniciar o conteúdo a professora pediu para que os alunos abrissem a apostila na página 69 para resolverem exercícios. O conteúdo da aula foi produto de solubilidade e a professora apresentava domínio do mesmo. Ao passo em que a
  • 30. 22 professora resolvia os exercícios ela perguntava as dúvidas de seus alunos e respondia a cada uma. Ela memoriza as regras para dar nome aos sais. É válido ressaltar que a professora chamava a atenção de seus alunos também quanto a erros de português, para isso ela demonstrava bom humor e fazia brincadeiras com eles. Observou-se que eles estavam muito agitados com bastantes conversas paralelas e não estavam organizados em filas. Os alunos não estavam tão participativos, porém estavam atentos. Data: 07/10/2014 Horário da aula: 07h00m às 07h50m Aula 4 A aula iniciou-se com uma correção do exercício proposto na aula anterior. A sala estava limpa, alguns alunos estavam fora das filas. Na resolução do exercício a supervisora relembrou aos seus alunos a relação da carga com as propriedades da tabela periódica, relacionou as famílias com a quantidade de elétrons que um átomo tende a ganhar ou perder. Explicou também porque no produto de solubilidade, diferente das outras constantes vistas por eles, não se utilizava os reagentes para fazer o cálculo. Nessa aula eles não estavam fazendo perguntas, mas ao resolverem os exercícios ela ressaltava alguns detalhes que ela achava que poderia causar duvidas na hora em que eles fossem resolverem sozinhos. Ela explicou sobre os metais nobres e ressaltou aos alunos que eles são metais que não reagem com outros elementos. Para fazer uma demonstração prática ela pediu aos alunos da sala um anel de ouro e um anel de “ouro falso” e os colocou em uma de suas mãos, em seguida ela colocou sobre a mão que estava os anéis uma luva de látex e pediu pra que seus alunos observassem o que acontecia. Com isso eles conseguiram perceber que o anel de ouro não alterava a cor da luva, já o anel de “ouro falso” reagia rapidamente com a luva deixando-a mais escura na região em que estava o anel.
  • 31. 23 Data: 14/10/2014 Horário da aula: 07h00 às 07h50m Aula 5 A aula iniciou com uma oração feita pela professora. Para iniciar o conteúdo ela pediu que os alunos abrissem a apostila na pagina 73 para terminar o conteúdo produto de solubilidade. Ela passou exercícios. Em seguida fez os exercícios e retomou o conteúdo que já foi ensinado verificando as dificuldades dos alunos e reforçando o aprendizado dos mesmos. Em todas as aulas em que era preciso nomear sais ela cobrava as nomenclaturas dos alunos e dava frases para memorização. Nas reações que eram propostas pelos exercícios para a resolução do produto de solubilidade ela sempre cobrava que eles fizessem o balanceamento. Ao final da aula os alunos discutiram novamente algumas questões relacionadas à feira de ciências que está próxima. Data: 23/10/2014 Horário da aula: 07h50m às 08h40m Aula 6 Nessa aula a professora iniciou falando sobre o que eles entendiam por Número de Oxidação, mas nenhum aluno conseguiu assimilar o nome a algum conceito. A sala estava limpa e os alunos estavam organizados em fila. Foi dado conteúdo novo: número de oxidação (Nox). Como os alunos não conseguiram respondem a pergunta feita no começo da aula a professora usou algumas perguntas para discutir como: “Como envelhecemos?”, “Por que é preciso pintar os portões?”, “Por que em casas de praia os móveis se degradam com mais facilidade?”. Foi interessante notar que mesmo que os alunos não soubessem o conceito de oxidação, eles utilizaram o termo “oxida mais rápido” para explicar a questão dos moveis nas casas de praia.
  • 32. 24 A professora discutiu com os alunos também sobre os metais de sacrifício que são usados para fazer revestimentos de navios e barcos. Em seguida falou sobre os Nox fixos ressaltando a importância de que eles memorizassem. Pediu para que os alunos abrissem a apostila e fez a leitura do conteúdo. Fazia paradas durante a leitura para que juntamente com os alunos ela discutisse sobre o que havia lido e pediu para que eles sublinhassem as partes mais importantes. Feita a leitura, ela começou a introduzir as regrinhas para saber o número de oxidação, primeiramente falou que o número de oxidação de substâncias simples é zero. Depois falou dos hidretos metálicos e deu seu Nox, sobre os peróxidos e de seu Nox e deu as regras para memorização das famílias da tabela periódica. Nessa aula não houve resolução de exercícios, o conteúdo foi introduzido com a leitura e discussão do texto na apostila. 2ª serie B Data: 16/09/2014 Horário da aula: 07h00 às 07h50m Número de alunos: 21 Aula 1 A aula iniciou-se com duas alunas fazendo uma oração. Em seguida a professora falou para os alunos qual será o conteúdo da prova: equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio e equilíbrio iônico, Ácidos e Bases de Bronsted-Lowry. A professora incentivava a interação dos alunos na aula ao passar exercícios no quadro cobrando que eles mesmos dessem as respostas. Assim garantiu que eles estimulassem o pensamento. Foi possível perceber que alguns alunos participavam respondendo em voz alta as questões, outros só prestavam atenção. Enquanto os alunos copiavam os exercícios do quadro a professora perguntava se eles tinham duvidas e as respondiam.
  • 33. 25 A relação da professora com seus alunos para chamar a atenção quanto à conversas paralelas era muito interessante, ela fazia brincadeiras para chamar a atenção e os alunos respeitavam, não sendo necessário falar novamente. Ela sempre fazia os exercícios detalhados mesmo que eles fossem muito parecidos. Nos exercícios que tinha ionização dos ácidos ela sempre fazia a reação para que os alunos reforçassem. A aula parou um pouquinho para receber uma psicóloga que está oferecendo um teste vocacional. A professora ressaltou aos alunos a importância de fazer o teste vocacional já que muitos deles ainda não tinham noção de qual profissão seguir. E aconselhou que se eles não pudessem pagar para fazer um teste no psicólogo que procurassem um teste grátis na internet. Data: 29/09/2014 Horário da aula: 07h50m às 08h40m Aula 2 A professora iniciou a aula com a pergunta: “o que vocês entendem por solução tampão?”. Ela deixou que eles procurassem a resposta na apostila e pediu pra que eles tentassem explicar com suas próprias palavras. Nenhum dos alunos conseguiu chegar a uma conclusão então a supervisora explicou o conceito. Depois ela fez uma pergunta sobre pH. Os alunos dessa sala eram muito desatentos. A professora repetia o conteúdo várias vezes e mesmo assim quando eles eram questionados sobre o conteúdo que ela acabara de falar eles erravam. Mas a professora repetia a pergunta até que eles entendessem e conseguissem acompanhar o raciocínio dela e finalmente eles conseguiram. Ela explicou os conteúdos da apostila com exemplos no quadro. Revisou o principio de Le Chatelier revisando deslocamento de equilíbrio. A professora leu o conteúdo da apostila pediu atenção e pediu também pra que eles sublinhassem o que ela mandasse, pois era importante. Os alunos dessa turma nunca se organizavam em fila. Mas a limpeza da sala estava em ordem. Os alunos dessa turma não faziam perguntas não participavam
  • 34. 26 não faziam anotações. Apenas prestavam atenção na fala dela, mas era preciso que a professora repetisse uma mesma coisa várias vezes pra que eles entendessem. Não conversavam paralelamente. Era uma sala composta por maioria de meninas. Data: 02/10/2014 Horário da aula: 07h50m às 08h40m Aula 3 A aula iniciou com a professora pedindo que os alunos abrissem a apostila na pagina 67. Essa sala era composta por maior parte de meninas. Em relação a 2ª série A a aula se desenvolveu bem mais lentamente pois eles possuíam muita dificuldade para aprender. Nessa aula também foi preciso que a supervisora repetisse o mesmo conteúdo varias vezes para que eles aprendessem. Nessa aula as filas estavam organizadas, pois a professora de matemática pediu que as quatro meninas que se sentavam agrupadas no canto da sala desfizessem o grupo e se sentassem em filas, isso porque ela ressaltou que o grupo das meninas gerava conversas paralelas (entre o grupo apenas) e que isso estava sendo refletido nas notas delas. Percebeu-se que realmente após a organização das filas houve uma melhora na aula, os alunos passaram a fazer algumas perguntas o que normalmente não acontecia. Ela revisou alguns conteúdos da 1ª série para relembrar o conceito de nomenclatura dos sais e revisou também as constantes Ka, Kb, Kh e Kw e começou a resolução de exercícios. Os resultados nas avaliações desta sala não foram muito bons. Eles possuíam muitas dificuldades matemáticas e nas questões para calcular o pH eles erraram bastante. Data: 07/10/2014 Horário da aula: 07h50m às 08h40m Aula 4
  • 35. 27 Para dar inicio à aula a professora resolveu exercícios deixados na aula anterior, com isso ela tirou as dúvidas dos alunos. Na resolução dos exercícios ela fez algumas analogias para explicar a matemática envolvida em uma reação inorgânica, para resolver um exercício que pedia concentração de produtos e de reagentes para calcular pH. Nessa aula os alunos estavam participativos e estavam respondendo as perguntas que a professora faz, mas eles não eram atentos, parecia que eles respondiam a primeira coisa que vinham à mente e quase sempre davam respostas erradas. A sala ainda se encontrava organizada em filas e também não possuía lixos espalhados. Notou-se que os alunos dessa sala tinham muita liberdade com a professora, quando a mesma precisa chamar a atenção deles ela fazia brincadeiras e eles respeitavam. Data: 14/10/2014 Horário da aula: 07h50m às 08h40m Aula 5 A aula iniciou com resolução de exercícios da apostila. Em relação à 2ª serie A, esses alunos estavam um pouquinho atrasados. Nessa aula eles estavam um pouco agitados, a professora precisou pedir silêncio para começar a aula, além disso, foi preciso pedir também para que parassem de mexer no celular. Nessa sala notou-se que os alunos ainda estavam organizados em fila depois do pedido feito pela professora de matemática. E no momento a sala estava limpa, havia alguns papéis de balas espalhados pelo chão, mas assim que a supervisora chegou ela disse aos alunos que recolhessem o lixo do chão e assim eles fizeram. Na resolução de exercícios ela falou aos alunos sobre a impossibilidade de enxergar íons a olho nu, então eles questionaram como seria possível enxergar os íons e ela explicou sobre microscópio de tunelamento. Explicou que em relação as outras constantes o produto de solubilidade se difere pois não utiliza os reagentes para efetuar os cálculos.
  • 36. 28 Posteriormente ela pediu que os alunos fizessem um exercício da apostila que era igual ao que ela acabara de fazer, com isso a professora notou que eles estavam com dificuldades de colocar as cargas nos elementos, assim ela explicou a todos de carteira em carteira e depois corrigiu no quadro. Data: 23/10/2014 Horário da aula: 07h50m às 08h40m Aula 6 A aula iniciou com os alunos fazendo uma oração. Nessa aula houve muitas faltas. A sala estava limpa e os alunos estavam organizados em fila. A professora começou nessa aula um conteúdo novo: número de oxidação (Nox), utilizando perguntas para discussão como: “Por que envelhecemos?”, “Por que é preciso pintar os portões?”, “Por que em casas de praia os móveis se degradam com mais facilidade?”. Além disso, discutiu com os alunos também sobre os metais de sacrifício que são usados para fazer revestimentos de navios e barcos. Explicou que existem Nox fixos e que era necessário que eles memorizassem. Pediu para abrirem a apostila e pediu uma aluna para ler, enquanto a aluna fazia a leitura, a professora fazia as observações necessárias. A professora perguntou a um aluno o que ele entendia por substância simples e a partir da resposta dele explicou a todos, com isso ela mostrou que o número de oxidação de substâncias simples é zero. Posteriormente falou dos hidretos metálicos e de seu Nox, sobre os peróxidos que é a exceção mais comum e de seu Nox. Deu as regras para memorização das famílias da tabela periódica. A professora em todas as aulas em que passava conteúdo no quadro ou lia na apostila sempre fazia questão que os alunos prestassem atenção e só depois copiassem.
  • 37. 29 3ª série A Data: 15/09/2014 Horário da aula: 07h50m às 08h40m Número de alunos: 21 Aula 1 A aula iniciou com a professora falando quais os conteúdos cairão na prova (esterificação, hidrogenação, saponificação) e depois pediu para que eles abrissem a apostila na pagina 36. Foi interessante notar que o conteúdo iniciou-se com uma pergunta a um aluno: “O que você entende por desidratar?”, instigando assim, que seus alunos chegassem a conclusões sozinhos e partir dessas conclusões utilizou o que eles disseram e complementou as respostas. Os alunos dessa sala eram bastante interativos com os colegas, o que causava bastantes conversas paralelas. A professora pediu para que eles fizessem os exercícios da apostila. Uns chamavam a professora para tirar suas duvidas em suas carteiras, outros conversavam enquanto ela tirava as dúvidas dos outros. Após um tempo (suficiente pra que eles tivessem feito o exercício) ela corrigiu os exercícios no quadro e tirou as dúvidas dos alunos. A professora deu dicas para memorização da nomenclatura, utilizando frases feitas. Nessa aula foi necessário que a professora chamasse a atenção dos alunos em relação ao índice de reprovação da sala, ela ressaltou que estava muito elevado na disciplina Química. A sala se encontrava limpa, mas nem todos os alunos estavam em fila organizada. Data: 16/09/2014 Horário da aula: 09h45m às 10h35m Aula 2
  • 38. 30 A aula iniciou com a professora pedindo para os alunos abrirem as apostilas e resolverem os exercícios. Ela leu o exercício para eles, ajudando na interpretação do mesmo, deu um tempo pra que eles fizessem e em seguida ela resolveu o exercício com eles tirando suas duvidas. O conteúdo nessa aula foi desidratação. Nos primeiros horários foi perceptível que os alunos sempre estavam em filas organizadas e a sala limpa, já do quarto horário em diante os alunos já começavam a se agrupar fora das filas, havia lixo espalhado pelo chão e eles se demonstravam mais dispersos. Ao corrigir o exercício passado ela começou resolvendo o exercício de uma forma incorreta para que eles mesmos identificassem a resposta certa. O exercício correto resultou no acido etanóico e ela explicou que é o acido acético presente no vinagre. Comentou sobre a fermentação acética e afirmou que isso ocorre em vinhos, por isso às vezes as pessoas reclamam de gosto de vinagre em vinhos. Ela resolveu mais exercícios em sala com eles e deixou exercícios pra eles resolverem em casa, e avisou que na próxima aula começará conteúdo novo. Data: 07/10/2014 Horário da aula: 08h40m às 09h30m Aula 3 A aula iniciou com a professora falando as notas do bimestre de cada um, com isso ela ressaltou a eles que alguns já precisam fazer recuperação. Feito isso ela começou o conteúdo (reações de polimerização) demonstrando onde é possível encontrar polímeros no cotidiano. Falou também que em casa é possível notar que algumas vasilhas plásticas são mais rígidas que as outras e ressaltou que o porquê dessa questão será explicado no decorrer do conteúdo de diferenças de polímeros. Falou também da importância da isomeria para a vida humana, e usou o exemplo do medicamento talidomida para explicar. Depois comentou a diferença entre o sabão comum e o sabão orgânico. Os alunos questionaram sobre a nomenclatura dos polímeros, a supervisora explicou que no ensino médio não se estuda regra para nomenclatura dos polímeros que eles aprenderiam alguns nomes, mas não as regras.
  • 39. 31 Em seguida ela colocou os alunos para resolverem exercícios da apostila e depois corrigiu com eles dizendo que era importante a resolução dos exercícios para que eles se familiarizassem com os nomes, pois nem sempre o tempo das aulas é suficiente para que ela fale de todos os nomes. Data: 23/10/2014 Horário da aula: 08h40m às 09h30m Aula 4 Nessa aula o conteúdo foi apresentado pelos próprios alunos em forma de seminários. A professora deixou as opções para os alunos, poderia ser vídeo ou apresentação oral. O grupo que apresentou primeiro, optou por fazer um vídeo caseiro, o assunto abordado por eles foi lipídios. Notou-se que os alunos não ficaram tão comportados quando eram os colegas que apresentavam o conteúdo. No decorrer da apresentação a professora fez alguns comentários e acrescentou algumas observações, relacionou a gordura corporal com a sensação de frio e comentou o motivo das pessoas que moram no deserto utilizarem roupas de frio, ressaltou também a principal função dos lipídios, comentou sobre gorduras saturadas e os malefícios que ela causa ao corpo. Foi interessante observar que o grupo se demonstrou bastante preparado para a apresentação, eles receberam várias perguntas e conseguiram responder a todas. Percebeu-se que esse assunto interessou a maioria dos alunos, houve muitas colocações, dúvidas e curiosidades. No geral a apresentação foi muito satisfatória, os participantes do grupo estavam muito preparados, porém a sala ficou um pouco agitada e houve bastantes conversas paralelas entre os alunos que não estavam apresentando.
  • 40. 32 3ª série B Data: 29/09/2014 Horário da aula: 08h40m às 09h30m Número de alunos: 17 Aula 1 Essa foi a primeira aula assistida nessa turma. A professora começou chamando a atenção desses alunos, pois no geral (de acordo com o pré-conselho de classe) essa sala teve o maior índice de notas vermelhas em todas as disciplinas e ressaltou a sua preocupação porque eles estão prestes a ir para o vestibular e não estão levando os estudos a sério. Muitos deles demonstraram achar que por estarem na 3ª série do ensino médio não poderiam ser reprovados e com isso, estavam em situação critica precisando de mais de 100 em sua disciplina e levavam na brincadeira. No total eles eram 17 alunos, mas a professora disse que o normal era sempre a aula estar com 9 ou 10 alunos. Depois disso ela pediu para eles abrirem as apostilas para resolverem exercícios. O conteúdo era eliminação em haletos. Ela comparou esse conteúdo com o de desidratação. Uma aluna fez perguntas e a professora respondeu. Os alunos que tinham dúvidas nos exercícios chamavam a professora na carteira. A professora explicava a dúvida de um para todos, pois ressaltou que talvez seja a dúvida do outro também. Esta sala também não se organizava em filas.
  • 41. 33 4. RELATO E DISCUSSÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO EDUCATIVO Uma das atividades diferenciadas propostas pelo orientador foi o desenvolvimento de um Projeto Educativo. O Projeto Educativo ofertado teve carga horária de 35 horas, foi realizado no próprio colégio, e teve como objetivos, a contribuição com os alunos da referida instituição, para a Mostra de Ciência, com a finalidade de despertar o interesse pela Química motivando-os no processo de ensino-aprendizagem. A elaboração do projeto foi realizada pelas duas estagiárias e o mesmo foi executado no dia 10 de outubro e a turma que foi orientada foi a 1ª série C, onde turma foi dividida em três grupos e cada um escolheu um experimento. A mostra de ciências iniciou-se às 8 horas e finalizou às 11h30min horas. Em primeiro momento realizou-se uma reunião com os alunos para que eles apresentassem suas ideias e discutissem com as estagiárias. A reunião foi bem produtiva, tendo em vista que os alunos já haviam pesquisado quais experimentos gostariam de executar que foram Sopro Mágico, Serpente do Faraó (Figura 10) e Chuva Ácida (Figura 11). Com isso, foi marcada uma próxima reunião para que fossem discorridos os conceitos teóricos de cada experimento. Figura 10: Experimento Serpente Do Faraó
  • 42. 34 Figura 11: Experimento Chuva Ácida Antes da reunião da aula teórica, as estagiárias se organizaram com os estudantes para auxiliar na confecção dos apetrechos necessários para a realização dos experimentos. Realizou-se então, uma aula teórica-experimental na qual foram abordados conceitos teóricos relacionados aos temas, para subsidiar aos experimentos demonstrativos que foram realizados. Alguns alunos ressaltaram que o conteúdo que estava sendo trabalhado já havia sido visto no semestre, o que possibilitou às estagiarias a verificação de que eles conseguiam assimilar os experimentos à conteúdos como: ionização de ácidos, e mesmo conteúdos que eles ainda não tinham visto eles conseguiram identificar e perguntaram quando seria visto, como por exemplo: reações de combustão. Houve alguns contratempos, a miniaula teve seu andamento de forma tumultuada, nem todos os alunos prestaram atenção e alguns ficaram dispersos em determinados momentos, além disso, o grupo que ficou responsável pela realização do experimento Sopro Magico optou por não realizá-lo. A justificativa dada por eles foi de que o experimento era muito simples e eles haviam feito uma maquete para explicar sobre o resíduo do chorume nos lixões (Figura), as estagiárias concordaram e auxiliaram também com algumas colocações teóricas para a explicação da maquete. Mas a maior parte da turma era bem agitada (positivamente) e participativa, e constatou-se que muitos alunos tinham facilidade de compreensão, já
  • 43. 35 que quando os estagiários perguntavam após ter explicado os conceitos alguns alunos se manifestavam e respondiam corretamente. Figura 12: Maquete sobre o Chorume A turma era grande com aproximadamente 30 alunos, as estagiárias optaram por dividi-los em apenas três grupos para que no dia da mostra, eles pudessem manter as explicações alternando-se evitando que só um explicasse. As estagiárias realizaram o teste em casa para verificar se todos os experimentos funcionariam satisfatoriamente. Posteriormente os alunos se reuniram novamente com as estagiárias com os experimentos prontos, para que fossem testados. No dia da realização dos testes, ocorreu tudo conforme planejado. Os experimentos deram certo e a maquete estava pronta. Por fim, as estagiárias reforçaram as explicações de cada experimento a pedido dos alunos e o projeto foi desenvolvido no dia seguinte. É fato que a realização de Mostras de Ciências em uma escola ou comunidade traz benefícios para alunos e professores e mudanças positivas no trabalho em ciências. Desse modo, o projeto da Mostra de Ciências foi compreendido positivamente pelos alunos, pois foi possível perceber que se identificaram e relacionaram a feira como liberdade de trabalho, pois puderam escolher o que demonstrar. Houve momentos de euforia em que os alunos tentavam sanar suas dúvidas de forma independente sem o auxílio das estagiárias, apenas comunicando com os próprios colegas, isso despertou a comunicação e o trabalho
  • 44. 36 em equipe, além disso, contou também como um fator de conexão entre professores, alunos, estagiárias e direção da escola. Aquino (1996) afirma que a relação professor-aluno é muito importante, porque estabelece posicionamentos pessoais em relação à metodologia, à avaliação e aos conteúdos. Se a relação entre ambos for positiva, a probabilidade de um maior aprendizado aumenta. A força da relação professor-aluno é significativa e acaba produzindo resultados variados nos indivíduos, sendo assim pode-se afirmar que houve contribuições positivas também para as estagiárias que puderam construir também laços afetivos com os alunos, o que de certa forma simula a relação professor-aluno, que futuramente será vivenciada.
  • 45. 37 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS É no Estágio Supervisionado que as os estagiários tem a oportunidade de utilizar os conhecimentos adquiridos no curso de Licenciatura em Química, sejam eles conhecimentos profissionais ou pessoais. A escola campo em geral teve boa receptividade com as estagiárias em todos os aspectos, os coordenadores, diretora, professores e demais servidores acolheram as estagiárias com muita boa vontade tornando o contato das mesmas com a escola mais acessível. Os alunos também foram bem interativos com as estagiárias uma vez que já haviam vivenciado tal fato no ano anterior. De maneira geral, cada etapa tem sua importância dentro do estágio desde a observação da estrutura escolar até as observações na sala de aula, bem como no desenvolvimento do Projeto Educativo. Ao observar a estrutura física da escola nota-se que a mesma possui algumas fraquezas, mas que também tem um espaço que possibilita aulas práticas em química, o que seria um diferencial em relação à maioria das escolas da cidade que não realizam tais práticas. E é na observação das aulas que é possível ter o contato com as dificuldades vividas pela supervisora, o que permitiu às estagiarias a fazerem uma reflexão acerca das problemáticas no cotidiano escolar, assim como soluções viáveis para tais problemas. As aulas de Química acontecem de forma bastante tradicional ainda que ocorra a utilização em alguns momentos de abordagem com cotidiano. A falta de abordagens diferenciadas é explicada pelo excesso de carga horária da supervisora. Além disso, a escola conta com um apostilado da Editora Ético que deve ser seguidas rigorosamente de acordo com o calendário escolar. Observa-se que nas turmas de 3ª série o método tradicional utilizado pela professora não funciona de forma tão positiva quanto nas outras séries. Isso pode ser comprovado pelo alto índice de notas vermelhas que foi ressaltado pela professora durante as aulas. Pode-se entender que o fato dos alunos da 3ª série estarem com a professora há 3 anos, possa contribuir para tal fato, pois a ausência
  • 46. 38 de métodos diferenciados para lecionar causa nos alunos certo fastio, principalmente pelo fato deles considerarem a Química como abstrata e inútil. É notável também que o método de ensino utilizado com a aluna Giovana deixa a desejar, pois, a mesma não consegue participar das aulas da mesma forma que seus colegas, porém é mantida na sala de aula com eles fazendo atividades que podem não acrescentar para o conhecimento dela de forma efetiva. Portanto, o trabalho feito com a Giovana que era para ser de inclusão acaba a excluindo. Ao analisar o Projeto Político Pedagógico da escola pode-se notar que o mesmo não contempla uma prática diferenciada para alunos com necessidades educacionais especiais que é uma exigência da Legislação sobre inclusão. A Declaração Mundial De Educação para todos e Declaração de Salamanca (MEC/SESSP, 2001) afirma que o Brasil fez opção pela construção de um sistema educacional inclusivo ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para todos, firmada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com os postulados produzidos em Salamanca (Espanha, 1994) na Conferencia Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade. Desse documento ressalta-se alguns trechos ressaltando a obrigação das escolas de obter um projeto de inclusão:  “Os sistemas educativos devem ser projetados e os programas aplicados de modo que tenham em vista toda gama dessas diferentes características e necessidades de aprendizagem que lhe são próprios”;  “as pessoas com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades”;  “adotar com força de lei ou como política, o princípio da educação integrada que permita a matrícula de todas as crianças em escolas comuns, a menos que haja razões convincentes para o contrário”. Logo, a partir das informações mencionadas comprova-se que é necessário que a escola tome medidas para que não se encontre em débito com a Legislação. Através do Projeto Educativo realizado pelas estagiárias, vivenciou-se um momento onde houve experimentação demonstrativa realizada nas quatro horas da Mostra de Ciências. Com isso, pode-se notar o quanto é importante que se utilize a
  • 47. 39 experimentação para ministrar as aulas de Química, é evidente o entusiasmo que os alunos demonstram ao obter contato com formas diferentes de aprendizagem. É um período onde se tenta tornar possível a vinculação da teoria e da pratica, de forma que se obtenham os melhores resultados possíveis. E principalmente perceber que é importantíssimo assumir uma postura crítica e reflexiva diante da realidade escolar, e a partir desta se garanta uma educação de qualidade que é direito de todos. De fato, não é uma etapa fácil, muitas dificuldades surgem para impedir a realização das atividades planejadas, mas por fim, as expectativas e os empecilhos são superados e o estagiário adquire inúmeras experiências que contribuem positivamente para sua formação enquanto docente. Foi através dessa etapa que as estagiárias tiveram oportunidade de vivenciar uma realidade até então inédita para ambas, que foi o contato com a aluna Giovana, portadora de necessidades educacionais especiais. O que sem dúvidas contribuiu positivamente, pois, a partir desse contato, as estagiárias adquiriram certa concepção de como é importante refletir sobre práticas em sala que possam incluir os alunos com necessidades especiais. Ao realizar o estágio, percebe-se que quando as licenciandas são inseridas em situações onde tem uma maior necessidade de estudar e se preparar, as mesmas desenvolvem e mobilizam saberes e habilidades que contribuem para qualificar sua formação profissional. A possibilidade de participar de momentos de interação escolar (como exemplo, a feira de ciências) e refletir sobre as dificuldades do trabalho docente, gera experiências para as estagiárias que só seriam vivenciadas enquanto professor, e que são capazes de torná-las mais independentes para tirar conclusões relevantes quando se considera os processos que interferem na qualidade da aula e da escola. A experiência vivenciada no estágio supervisionado faz com que o licenciando compreenda a necessidade de se tornar um profissional qualificado, e que além de domínio de conteúdo, é preciso saber lidar com as diferenças existentes no local de trabalho, quer seja uma sala de aula, uma escola como um todo, ou mesmo a sociedade.
  • 48. 40 É também através do estágio - que proporciona vivência com situações práticas e reflexão das mesmas - que as estagiárias podem estabelecer novas opiniões e novas conclusões da realidade escolar e do ato de lecionar. É uma etapa fundamental da graduação, pois, é a partir do estágio que o licenciando tem a oportunidade de se enxergar como futuro professor e através dessa visão construir sua identidade profissional. É um período em que se estuda muito e envolve, ainda, a pressão de ser supervisionado, ter seu trabalho revisado, corrigido além de passar por um exame criterioso, então com a prática do estágio, o licenciando tem a necessidade de articular soluções, e aprende a lidar com certas dificuldades e pressões que não só ele vivencia no curso enquanto aluno, mas vivenciará também na prática quando for exercer a docência, e passa a entender também a importância que tem o educador na formação pessoal e profissional de seus alunos. Pode-se concluir então, que o estágio supervisionado funciona como um meio de incluir os estudantes universitários à realidade e vivência de uma escola. Tendo em vista que esse contato é de extrema importância para a consolidação do novo professor que está a se formar.
  • 49. 41 6. REFERÊNCIAS  AQUINO, J. G. A relação professor-aluno: do pedagógico ao institucional. Ed. São Paulo: Summus, 1996.  BARCELOS, N. N. S.; JACOBUCCI, G. B.; JACOBUCCI, D. F. C. Quando o cotidiano pede espaço na escola, o projeto da feira de ciências “vida em sociedade” se concretiza. Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 215-233, 2010.  BORBA, E. A importância do trabalho com Feiras e Clubes de Ciências. Repensando o Ensino de Ciências. Caderno de Ação Cultural Educativa. Vol 03, Coleção Desenvolvimento Curricular. Diretoria de Desenvolvimento Curricular. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1996, 57p.  BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC, 2000.  BRASIL. Ministério da educação. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica / Secretaria de Educação Especial – MEC ;SEESP, 2001. p.14.  CAZELLI, S.; et al. Tendências pedagógicas das exposições de um Museu de Ciências. II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências.Atas II ENPEC. Porto Alegre, 1999.  GONÇALVES, T. V. O. Feiras de Ciências e Formação de professores. p. 207-215. In: PAVÃO, A. C., FREITAS, D. (Org.) Quanta Ciência há no Ensino de Ciências. Ed. São Carlos: EDUFSCar, 2008, pp. 332.
  • 50. 42  JOSSO, Marie Christine. Experiências de vida e formação. Tradução José Cláudio e Júlia Ferreira. São Paulo: Cortez, 2004.  LOPES, Roseli de Deus (Org.). Resumos FEBRACE 2004: Feira Brasileira de Ciências e Engenharia.São Paulo: LSI / Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004.210p.  PAVÃO, A.C. Feiras de Ciências: revolução pedagógica. Recife: Espaço Ciência. 2004.  PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência: diferentes concepções. São Paulo: Cortez, 2004.  PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO do Colégio Betel, 2013.  REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Betel. Pires do Rio, 2013. Subsecretaria do Estado de Goiás.  Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Apoio às Feiras de Ciências da Educação Básica: Fenaceb. Brasília: MEC/SEB, 2006.
  • 51. 43
  • 53. 45 ANEXO I: TERMO DE COMPROMISSO E SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS
  • 54. 46 ANEXO II: PLANO DE ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO
  • 55. 47 ANEXO III: FICHAS DE REGISTRO DE ATIVIDADES E CONTROLE DE FREQUÊNCIA
  • 56. 48 ANEXO IV: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A) REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) SUPERVISOR(A)
  • 57. 49 ANEXO V: AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DO (A) ESTAGIÁRIO (A) REALIZADA PELO (A) PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A)
  • 58. 50 ANEXO VI: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EMITIDA PELA ESCOLA CAMPO
  • 59. 51 ANEXO VII: AVALIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO POR BANCA EXAMINADO ESPECÍFICA
  • 60. 52 ANEXO VIII: DECLARAÇÃO DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO E PARECER CONCLUSIVO EMITIDO PELO (A) PROFESSOR (A) ORIENTADOR (A)
  • 61. 53 ANEXO IX: PROJETO EDUCATIVO
  • 62. 54 Contribuição com os alunos da 1ª série C na Feira de ciências 1. Introdução: Lopes (2004), afirma que cada vez mais, para que um país possa se desenvolver e proporcionar qualidade de vida aos seus habitantes é preciso que tenha capacidade de gerar inovação, gerar novas tecnologias e agregar valor aos seus produtos e processos. Para isso, é preciso provocar desde cedo a criatividade dos indivíduos, dando-lhes a oportunidade de escolher e desenvolver temas que lhes interessem. Portanto, é notável nas aulas de ensino médio que a disciplina Química é vista pelos alunos como sendo uma matéria de difícil entendimento e sem utilidade prática na vida dos mesmos. É correto dizer que a educação em ciências nos dias de hoje não pode mais se ater estritamente ao contexto formal da sala de aula. Esta afirmação é cada vez mais presente entre educadores em ciências e enfatiza o papel de espaços não formais para a alfabetização científica dos indivíduos (CAZELLI et al, 1999). Por esse motivo, nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) a metodologia de projetos surge como alternativa para a elaboração de uma proposta curricular enfatizando a contextualização dos conteúdos, a interação entre as áreas do conhecimento e a participação ativa dos professores no desenvolvimento da metodologia de ensino. Tanto para o ensino de Ciências, no fundamental, quanto das disciplinas da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias o objetivo é desenvolver habilidades básicas e competências específicas que capacitem os alunos a enfrentar as transformações próprias do seu tempo, apresentando uma postura crítica perante a ciência, a sociedade e suas próprias vidas (BRASIL, 2000). Com isso, do ponto de vista metodológico, as feiras de ciências podem ser utilizadas para repetição de experiências realizadas em sala de aula; montagem de exposições com fins demonstrativos; como estímulo para aprofundar estudos e busca de novos conhecimentos; oportunidade de proximidade com a comunidade
  • 63. 55 científica; espaço para iniciação científica; desenvolvimento do espírito criativo; discussão de problemas sociais e integração escola-sociedade (PAVÃO, 2004). Isso porque os alunos associam a feira como um momento em que tem liberdade para fazer o experimento que se identificar mais, sem ficar preso à rotina da sala de aula que é encarada pelos alunos como maçante. A feira de Ciências, também chamada de Mostra (MEC, 2006, p. 18), é um instrumento importante para a construção do conhecimento do estudante, pois se refere a uma proposta diferente que o leve a pesquisar a partir de seus interesses. É um trabalho que permite que o aluno realize projetos que envolvam pesquisa e aplicação da mesma construindo uma educação científica, além disso, permite também que o aluno desenvolva a sua capacidade de expressar-se em público e se prepare para ser avaliado por profissionais que não façam parte do seu cotidiano. Borba (1996) ressalta que a feira propicia ao aluno a ação democrática de participação coletiva. Permite a troca de experiências, permite que o aluno desenvolva um pensar criativo em que a sua capacidade de comunicação é exercitada. Consequentemente, após atuar em uma feira de ciências, nosso aluno retornará à sala de aula com maior capacidade de decisão em relação aos problemas do nosso cotidiano. A feira é um instrumento bastante rico para a prática da atividade científica. É uma forma de abrir a escola para estudar problemas de seu entorno, de sua comunidade, de sua cidade, estado ou país, discutindo questões ambientais e/ou sociais (GONÇALVES, 2008). É uma grande oportunidade de democratização do conhecimento científico, de descoberta de novos talentos na elaboração e construção de investigações, ao ampliar a interação escola-sociedade. Ao realizar uma feira de ciências é necessária a elaboração de projetos que envolvem uma série de providências e atitudes programadas antecipadamente como qualquer outra atividade de ensino-aprendizagem envolvendo criatividade e investigação. Além disso, envolve todos os setores da comunidade escolar. Nesse contexto, as Feiras de Ciências se constituem palco para um trabalho baseado no ensino por projetos (BARCELOS et al 2006). É possível perceber que parece existir uma preocupação constante entre os professores envolvidos na realização de feiras em destacar o relacionamento entre aluno, escola e comunidade. Os trabalhos apresentados nas feiras deverão ser
  • 64. 56 realizados pelos alunos, mediados por um ou mais professores, sob a tutela da escola e voltados para a comunidade que gravita em torno dela (MEC/SEB,2006). Deste modo, pretende-se por meio do presente projeto conduzir os alunos da 1ª serie C do ensino médio do Colégio Betel a realizar experimentos na feira de ciências de modo que seja possível incentivar a construção de uma compreensão significativa e crítica dos conteúdos envolvidos em seus experimentos. 2. Objetivo Geral:  Auxiliar os alunos da 1ª serie C do ensino médio a realizarem experimentos na feira de Ciências. 3. Objetivos Específicos:  Colaborar com os alunos na produção do experimento: “A serpente do Faraó”;  Contribuir com os alunos na produção do experimento: “Chuva ácida”;  Assistir os alunos na produção do experimento: “Sopro Mágico”.  Auxiliar no entendimento dos experimentos que serão produzidos. 4. Materiais e métodos: Para fazer o experimento “A serpente do Faraó” foram usados os seguintes materiais:  Bicarbonato de sódio  Álcool  Açúcar  Areia  Forma de Alumínio  Garrafas Pet com o bico cortado
  • 65. 57  Acendedor (ou fósforos) No experimento “chuva acida” foram usados:  Pote de vidro (de azeitona ou de palmito por exemplo)  Acendedor (ou fósforos)  Vela  Colher  Fita adesiva  Arame  Enxofre  Flores de cor forte (rosa vermelha, por exemplo)  Papel indicador de pH  Prego No experimento “Sopro mágico” foram usados:  Água  Álcool  Bicarbonato de sódio  Fenolftaleína  Béqueres  Canudos O projeto foi dividido em quatro momentos: i. As estagiárias se reuniram com os alunos para que eles apresentassem suas ideias para aplicar na feira ii. Após a escolha dos experimentos as estagiárias auxiliaram os alunos na confecção dos seus trabalhos e na explicação deles iii. As estagiárias se reuniram com os alunos para testar os experimentos
  • 66. 58 iv. Por fim, as estagiárias acompanharam os alunos na execução de seus trabalhos no dia da feira de Ciências. 5. Recursos utilizados:  Experimentação.  Miniaula expositivo dialogada para discussão da parte teórica dos experimentos 6. Avaliação:  Avaliação conforme participação, desempenho e interesse dos alunos. Cronograma de atividades: Atividades a serem desenvolvidas Carga horária a ser desenvolvida Período que elas serão desenvolvidas Auxilio na elaboração de materiais para a decoração da feira de ciências 2 h e meia 23/09/2014 Reunião com os alunos para a apresentação de suas ideias sobre o experimento 1 h e meia 25/09/2014 Elaboração do Projeto Pedagógico 10 h 01/10/2014 a 03/10/2014 Auxílio na confecção de seus experimentos 8 h 29/09/2014 e 30/09/2014 Miniaula parte teórica dos experimentos 4 h 02/10/2014 Teste do experimento realizado pelas estagiárias 4 h 03/10/2014
  • 67. 59 Teste do experimento realizado com os alunos e apresentação para as estagiárias 3 h 06/10/2014 Execução dos trabalhos na feira de ciências 5 h 10/10/2014 7. Resultados esperados: Durante o processo de aplicação e avaliação do projeto espera-se que:  Os alunos do Colégio Betel consigam de fato compreender as experiências que estarão executando;  Os alunos do Ensino Médio apresentem mais interesse pela Química;  As estagiárias através da experiência de conduzir os alunos na produção dos experimentos para a feira de ciências desenvolvam sua capacidade de interagir com os alunos do Ensino Médio, além de dominar todo o conhecimento teórico envolvido em tal processo. Além disso, ter maiores possibilidades de aprofundar suas vivências no dia a dia escolar, o que lhe será útil em diversas experiências futuras;  Haja uma notável conexão entre as estagiárias que desenvolverão o projeto e os alunos do Ensino Médio que irão colocá-lo em prática. 8. Referências:  BARCELOS, N. N. S.; JACOBUCCI, G. B.; JACOBUCCI, D. F. C. Quando o cotidiano pede espaço na escola, o projeto da feira de ciências “vida em sociedade” se concretiza. Ciência & Educação, v. 16, n. 1, p. 215-233, 2010.  BORBA, E. A importância do trabalho com Feiras e Clubes de Ciências. Repensando o Ensino de Ciências. Caderno de Ação Cultural Educativa. Vol 03, Coleção Desenvolvimento Curricular. Diretoria de Desenvolvimento
  • 68. 60 Curricular. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1996, 57p.  BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC, 2000.  CAZELLI, S.; et al. Tendências pedagógicas das exposições de um Museu de Ciências. II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências.Atas II ENPEC. Porto Alegre, 1999.  GONÇALVES, T. V. O. Feiras de Ciências e Formação de professores. p. 207-215. In: PAVÃO, A. C., FREITAS, D. (Org.) Quanta Ciência há no Ensino de Ciências. Ed. São Carlos: EDUFSCar, 2008, pp. 332.  LOPES, Roseli de Deus (Org.). Resumos FEBRACE 2004: Feira Brasileira de Ciências e Engenharia.São Paulo: LSI / Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2004.210p.  PAVÃO, A.C. Feiras de Ciências: revolução pedagógica. Recife: Espaço Ciência. 2004.  Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de Apoio às Feiras de Ciências da Educação Básica: Fenaceb. Brasília: MEC/SEB, 2006.