O documento descreve a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt, fundada na Alemanha na década de 1920. Os principais membros, como Adorno, Horkheimer e Marcuse, criticaram os impactos do capitalismo e da industrialização na sociedade e cultura. Eles analisaram como a indústria cultural e a racionalização técnica alienaram as pessoas e promoveram a homogeneização cultural.
2. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
H i s t ó rico
1W9e2i3l, –fi l iaadboe ràtu Uran idvoe rIsnidstaitdueto d dee F Praensqkfuuirsta. Social, por Félix
1 9 3 0 - Max Horkheimer assume a direcção do Instituto.
E1s9t3a3d –o o n aInzsit, itquutoe (cEoscnsoidlae drae sFuraasn kafcutritv) idéa fedcehs ahdoost ips ealoo EOsst apdrion.c ipais membros da Escola emigram para Paris e, p o s t eriormente, para Nova Iorque.
1R9e4se0 a- r cNho.s Estados Unidos, é criado o Institute of Social
1A9le5m0 -a nOh aIn.s tituto de Pesquisa Social é reaberto na
3. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
Principais teóricos
Theodor Adorno, Max
Horkheimer, Herbert Marcuse,
Walter Benjamin, Jürgen
Habermas.
4. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
Obras importantes
Dialética do Iluminismo (1947), Adorno
e Horkheimer.
Apresentam reflexões sobre a transformação do
progresso cultural no seu contrário, a partir da análise
dos fenómenos sociais, típicos da sociedade norte-americana,
entre os anos 30 e 40.
5. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
A obra de arte na era da
reprodutibilidade técnica (1937), Walter
Benjamin.
Reflete sobre a relação arte e
tecnologia na modernidade, a redefinição
do conceito de arte e a sua função social.
6. Eros e Civilização (1955) e O Homem Unidimensional
(1964), Herbert Marcuse. Crítica da cultura burguesa,
influência nos movimentos estudantis de contestação do
establishment (anos 60), na Europa e nos Estados Unidos.
Consciência moral e agir comunicativo (1981), Jürgen
Habermas. O autor critica a função ideológica da ciência
e da técnica nas sociedades modernas. Propõe o
redireccionamento da razão instrumental para a
emancipação da humanidade através do “agir
comunicacional”, que possa orientar as acções dos
sujeitos, com base num “sentido comunitário”.
7. Teoria Crítica: propostas gerais
Os frankfurtianos elaboram uma teoria crítica das
sociedades contemporâneas, especificamente
dos desdobramentos do capitalismo aliado à
técnica e aos seus impactos sobre a vida dos
indivíduos.
Analisam o sistema da economia de mercado,
abordando questões como: desemprego, crises
económicas, terrorismo, anti-semitismo, condição
global das massas, mercantilização da cultura.
8. Propõem temáticas novas através da análise de
fenômenos superestruturais e do comportamento
coletivo nas sociedades capitalistas industrializadas.
Em nome da racionalização, os processos sociais são
dominados pela ótica da ciência aliada à técnica,
traduzida como racionalidade da dominação da
natureza para fins lucrativos.
Denunciam a separação e oposição do indivíduo
em relação à sociedade.
9. Teoria Crítica Escola de
Frankfurt
Criticam a dominação dos indivíduos nos
Estados capitalista e fascista.
Apontam o positivismo como estratégia de
manutenção e reprodução do status quo.
Defendem a atividade reflexiva como
solução da reorganização racional da
sociedade, embora não apresentem
soluções práticas para os impasses
engendrados pelo capitalismo aliado à
industrialização.
10. Teoria Crítica -Escola de
Frankfurt
As teses postuladas pelos frankfurtianos enfatizam o papel central que a
ideologia desempenha em formas de comunicação nas sociedades
urbanas modernas. E apontam os media como agentes da barbárie
cultural, veículos propagadores da ideologia das classes dominantes,
imposta às classes subalternas pela persuasão ou manipulação.
Entendem as pesquisas sectoriais e os media como instrumentos de
manutenção do sistema, através da reprodução de modelos e valores
sociais.
11. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
Indústria Cultural
Expressão utilizada por Adorno e Horkheimer na
Dialética do Iluminismo (1947) no capítulo, “A
Indústria Cultural: O Iluminismo como
Mistificação das Massas”, em substituição do
termo “cultura de massas”, para designar a
produção e difusão de bens simbólicos em
escala industrial.
Para Adorno e Horkheimer, a Indústria Cultural,
como subsistema da sociedade capitalista,
reproduz a sua ideologia e estrutura.
12. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
A Indústria Cultural configura produtos veiculados pelos
mass media. Portanto, não designa peças culturais
provindas da elite nem da população menos favorecida.
As reflexões de Adorno e Horkheimer assentam na
constatação de que a sociedade industrial não realizou as
promessas do iluminismo humanista.
O desenvolvimento da técnica e da ciência não trouxe
um acréscimo de felicidade e liberdade para o Homem.
13. Teoria Crítica Escola de
Frankfurt
Ao invés de libertar o Homem, o progresso da
técnica acabou por o escravizar, alienando-o.
A reprodutibilidade técnica retirou, tanto da
cultura popular, como da cultura erudita, o seu
valor real. O resultado, a indústria cultural, não
conduz à experiência libertadora da fruição
estética.
O princípio da reprodução deformaria a obra,
nivelando-a por baixo. Por exemplo: adaptações
de livros a filmes, que são adocicadas para se
tornar mais apetecíveis ao consumo.
14. Teoria Crítica- Escola de
Frankfurt
Para os frankfurtianos, os produtos da Indústria
Cultural teriam 3 funções:
(1) Ser comercializados;
(2) Promover a deturpação e a degradação do
gosto popular;
(3) Obter uma atitude passiva dos consumidores.
15. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
Críticas à Indústria Cultural
”Aquilo que a indústria cultural oferece de
continuamente novo não é mais do que a
representação, sob formas sempre diferentes,
de algo que é sempre igual” (Adorno, 1967, 8).
O sistema condiciona o tipo, a qualidade e a
função do consumo na sociedade.
A indústria cultural provoca a homogeneização
dos padrões de gosto.
16. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
O indivíduo deixa de decidir autonomamente. O
conflito soluciona-se com a adesão acrítica de valores
impostos.
À medida que a indústria cultural se consolida, mais
adquire poder sobre as necessidades do consumidor,
guiando-o e disciplinando-o. “O consumidor não é
soberano, como a indústria cultural queria fazer crer, não
é o sujeito, mas o seu objecto” (Adorno, 1967: 6).
A individualidade é substituída pela pseudo-individualidade.
A ubiquidade, a repetitividade e a
estandardização da indústria cultural fazem da
moderna cultura de massa um meio de controlo
inaudito.
17. Teoria Crítica Escola de
Frankfurt
“O espectador não deve agir pela sua
própria cabeça: o produto prescreve todas as
reacções: não pelo seu contexto objectivo
que desaparece mal se volta para a
faculdade de pensar – mas através de sinais.
Qualquer conexão lógica que exija
perspicácia intelectual, é escrupulosamente
evitada” (Horkheimer; Adorno, 1947: 148).
18. Teoria Crítica - Escola de
Frankfurt
“A sociedade é sempre a vencedora e o
indivíduo não passa de um fantoche
manipulado pelas normas sociais” Adorno apud
Wolf (1994: 77).
Os produtos da indústria cultural paralisam a
imaginação e a espontaneidade, impedindo a
atividade mental do indivíduo.
A indústria cultural reflete o modelo do
mecanismo econômico, que domina o tempo
de trabalho e de lazer.
19. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
A estrutura multiestratificada das mensagens
reflecte a estratégia de manipulação da indústria
cultural.
A recepção das mensagens dos media escapam
ao controlo da consciência. O espectador absorve
ordens, indicações, proibições, sem senso crítico.
Uma das estratégias de dominação da indústria
cultural é a estereotipização, modelos simplificados
indispensáveis para organizar e antecipar as
experiências humanas.
20. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
A divisão dos produtos em géneros conduz ao
desenvolvimento de formas fixas e impõe modelos
estabelecidos de expectativas.
Os sujeitos encontram-se privados da
verdadeira compreensão da realidade e da
experiência de vida pelo uso constante de óculos
esfumaçados, oferecidos pelo sistema através da
indústria cultural.
21. Teoria Crítica
Escola de Frankfurt
“O espectador olha (...) Tudo se desenrola diante
dos seus olhos, mas ele não pode tocar, aderir
corporalmente àquilo que contempla. Em
compensação, o olho do espectador está em toda a
parte (...) sempre vê tudo em plano aproximado (...)
mesmo o que está mais próximo está infinitamente
distante da imagem, sempre presente, é verdade,
nunca materializada. Ele participa do espectáculo,
mas a sua participação é sempre pelo intermédio do
corifeu, mediador, jornalista, locutor, fotógrafo,
cameraman, herói imaginário” (Edgar Morin, Cultura
de massas no século XX: o espírito do tempo, p. 74).
22. Cultura de massa
Segundo Eclea Bosi a cultura de massa não passa,
na verdade, de um oceano de imposições ditadas
pelos meios de comunicação, muitas vezes
identicamente destinadas às mais diferentes
regiões e povos. Não é por outro motivo que as
massas, sejam da América, Europa ou Ásia,
apreciam e produzem a mesma arte, vestem as
mesmas roupas, gostam das mesmas comidas.
Não é por razão diversa que os estilos, as maneiras,
as tradições, enfim, a cultura peculiar de cada
povo vem dando lugar, em larga medida, a uma
triste vitrine universal (BOSI, 2000: 102).
BOSI, Eclea (2000), Cultura de massa e cultura popular.
Rio de Janeiro: Vozes.
23. CULTURA DE MASSA
Para Orlando Fideli, cultura de massa, nos
nossos dias, é um conceito amplo, que abrange
por muitas vezes toda e qualquer manifestação
de actividades ditas populares. Assim sendo, do
carnaval ao rock, dos jeans à coca-cola, das
novelas de televisão às revistas em quadrinhos,
tudo hoje, pode ser inserido no cómodo e
amplo conceito de cultura de massa (FIDELI,
2008: 1).
FEDELI, Orlando (2008), Cultura Popular e Cultura
de Elite, cultura de massa. São Paulo: Associação
Cultural Montfort.