Monografia sobre A Campanha de Lançamento do Portal DOL - Diário Online
Servico social 2009_6_1
1. Educação
sem fronteiras
SERVIÇO
SOCIAL
Autores
Carmen Ferreira Barbosa
Edilene Maria de Oliveira Araújo
Edilene Xavier Rocha Garcia
Eloísa Castro Berro
Maria Massae Sakate
Silvia Regina da Silva Costa
6
www.interativa.uniderp.br
www.unianhanguera.edu.br
Anhanguera Publicações
Valinhos/SP, 2009
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3. Nossa Missão, Nossos Valores
_______________________________
A Anhanguera Educacional completa 15 anos em 2009. Desde sua fundação, buscou a ino-
vação e o aprimoramento acadêmico em todas as suas ações e programas. É uma Instituição de
Ensino Superior comprometida com a qualidade dos cursos que oferece e privilegia a preparação
dos alunos para a realização de seus projetos de vida e sucesso no mercado de trabalho.
A missão da Anhanguera Educacional é traduzida na capacitação dos alunos e estará sempre
preocupada com o ensino superior voltado às necessidades do mercado de trabalho, à adminis-
tração de recursos e ao atendimento aos alunos. Para manter esse compromisso com a melhor
relação qualidade/custo, adotaram-se inovadores e modernos sistemas de gestão nas instituições
de ensino. As unidades no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul preservam a missão e difundem os valores
da Anhanguera.
Atuando também no Ensino a Distância, a Anhanguera Educacional orgulha-se de poder es-
tar presente, por meio do exemplar trabalho educacional da Uniderp Interativa, nos seus pólos
espalhados por todo o Brasil.
Boa aprendizagem e bons estudos!
Prof. Antonio Carbonari Netto
Presidente — Anhanguera Educacional
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4. .
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5. AULA 1 — A Base do Pensamento Econômico
Apresentação
____________________
A Universidade Anhanguera/UNIDERP, ao longo de sua existência, prima pela excelência no
desenvolvimento de seu sólido projeto institucional, concebido a partir de princípios modernos,
arrojados, pluralistas, democráticos.
Consolidada sobre patamares de qualidade, a Universidade conquistou credibilidade de par-
ceiros e congêneres no país e no exterior. Em 2007, sua entidade mantenedora (CESUP) passou
para o comando do Grupo Anhanguera Educacional, reconhecido pelo compromisso com a
qualidade do ensino, pela forma moderna de gestão acadêmico-administrativa e pelos propósi-
tos responsáveis em promover, cada vez mais, a inclusão e a ascensão social.
Reconhecida pela ousadia de estar sempre na vanguarda, a Universidade impôs a si mais um
desafio: o de implantar o sistema de ensino a distância. Com o propósito de levar oportunida-
des de acesso ao ensino superior a comunidades distantes, implantou o Centro de Educação a
Distância.
Trata-se de uma proposta inovadora e bem-sucedida, que, em pouco tempo, saiu das frontei-
ras do Estado do Mato Grosso do Sul e se expandiu para outras regiões do país, possibilitando o
acesso ao ensino superior de uma enorme demanda populacional excluída.
O Centro de Educação a Distância atua por meio de duas unidades operacionais: a Uniderp
Interativa e a Faculdade Interativa Anhanguera(FIAN). Com os modelos alternativos ofereci-
dos e respectivos pólos de apoio presencial de cada uma das unidades operacionais, localizados
em diversas regiões do país e exterior, oferece cursos de graduação, pós-graduação e educação
continuada, possibilitando, dessa forma, o atendimento de jovens e adultos com metodologias
dinâmicas e inovadoras.
Com muita determinação, o Grupo Anhanguera tem dado continuidade ao crescimento da
Instituição e realizado inúmeras benfeitorias na estrutura organizacional e acadêmica, com re-
flexos positivos nas práticas pedagógicas. Um exemplo é a implantação do Programa do Livro-
Texto – PLT, que atende às necessidades didático-pedagógicas dos cursos de graduação, viabiliza
a compra, pelos alunos, de livros a preços bem mais acessíveis do que os praticados no mercado
e estimula-os a formar a própria biblioteca, promovendo, assim, a melhoria na qualidade de sua
aprendizagem.
É nesse ambiente de efervescente produção intelectual, de construção artístico-cultural, de
formação de cidadãos competentes e críticos, que você, acadêmico(a), realizará os seus estudos,
preparando-se para o exercício da profissão escolhida e uma vida mais plena na sociedade.
Prof. Guilherme Marback Neto
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7. Autores
____________________
CARMEN FERREIRA BARBOSA
Graduação: Serviço Social – Faculdades Unidas Católica de
Mato Grosso – FUCMT – 1984
Especialização: Saúde da Família – Universidade Federal de MS – UFMS – 2003
Especialização: Metodologia de Ensino Superior – FUCMAT – 1992
Mestrado: Serviço Social – Universidade Estadual Paulista/UNESP e Universidade Católica
Dom Bosco/UCDB – 2002
EDILENE MARIA DE OLIVEIRA ARAÚJO
Graduação:Serviço Social – Faculdades Unidas Católica de
Mato Grosso – FUCMT – 1986
Pós-graduação Latu sensu: Gestão de Iniciativas Sociais – Universidade Federal do Rio de
Janeiro – UFRJ – 2002
Pós-graduação Lato Sensu: Formação de Formadores de em Educação de Jovens e Adultos –
Universidade Nacional de Brasília – UNB – 2003
Pós-graduação Lato Sensu: Administração em Marketing e Comércio Exterior – UCDB – 1998
EDILENE XAVIER ROCHA GARCIA
Graduação: Serviço Social – Faculdades Unidas Católica de
Mato Grosso – FUCMT – 1988
Especialização: Gestão de Políticas Sócias – UNIDERP – 2003
Mestrado: Desenvolvimento Local – Universidade Unidas Católicas – UCDB
MS – 2007
ELOÍSA CASTRO BERRO
Graduação: Serviço Social – Faculdades Integradas de Marília – 1984
Especialização: Planejamento e Serviço Social – Faculdades Unidas Católica de
Mato Grosso – FUCMT – 1998
Especialização: Metodologia de Ação do Serviço Social - Faculdades
Unidas Católica de
Mato Grosso – FUCMT – 1983
Mestrado: Serviço Social - Universidade Estadual Paulista/UNESP e Universidade Católica Dom
Bosco/UCDB – 2002
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8. MARIA MASSAE SAKATE
Graduação: Matemática – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS,
Campo Grande, MS – 1992
Especialização: Informática na Educação – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul –
UFMS, Campo Grande, MS – 1998
Mestrado: Educação – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS,
Campo Grande, MS – 2003
SILVIA REGINA DA SILVA COSTA
Graduação: Serviço Social – Universidade Católica Dom Bosco – UCDB – 2001
Especialização em Violência Doméstica Contra Criança e Adolescentes – Universidade de São
Paulo – USP – 2004
Especialização: Políticas Sociais com Ênfase no Território e na Família – Universidade
Católica Dom Bosco – UCDB – 2007
Mestrado em Educação – Universidade Estadual Paulista – UNESP – 2008
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9. Sumário
____________________
MÓDULO – PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO
UNIDADE DIDÁTICA – ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
AULA 1
O estágio supervisionado III - o estágio como atividade integradora entre o saber e a ação ......... 3
AULA 2
A Intervenção em Serviço Social ........................................................................................................ 7
UNIDADE DIDÁTICA – PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÕES SOCIAIS
AULA 1
Planejamento em Serviço Social – conceitos e definições ................................................................ 14
AULA 2
A Administração no Serviço Social – contextualizações básicas ...................................................... 18
AULA 3
Gestão Social – aspectos importantes ................................................................................................ 23
AULA 4
Políticas, Planos, Programas e Projetos – Definições ........................................................................ 29
AULA 5
Papel do Gestor Social ........................................................................................................................ 32
AULA 6
O que é um projeto social? Implicações diretas na realidade atual .................................................. 36
AULA 7
Roteiro básico de um projeto social ................................................................................................... 40
AULA 8
Fases metodológicas e a instrumentalização do planejamento social .............................................. 47
AULA 9
Avaliação e monitoramento de projetos sociais ................................................................................ 54
AULA 10
O Sistema Único da Assistência Social (SUAS) e o planejamento na administração pública......... 60
UNIDADE DIDÁTICA – TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES E OS
INDICADORES SOCIAIS
AULA 1
Noções de estatística descritiva – obtenção e organização de dados ................................................ 68
AULA 2
Representações dos dados por meio da tabela................................................................................... 76
AULA 3
Representações gráficas dos dados ..................................................................................................... 82
AULA 4
Aspectos conceituais: o que são indicadores e índices ...................................................................... 86
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10. AULA 5
Sistema de indicadores: requisitos para a sua construção e produção ............................................. 90
AULA 6
Fontes de indicadores sociais .............................................................................................................. 94
AULA 7
Desenvolvimento humano ................................................................................................................. 100
AULA 8
Objetivos do Desenvolvimento do Milênio - ODM.......................................................................... 106
SEMINÁRIO INTEGRADO: PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO .............................................. 115
MÓDULO – DESENVOLVIMENTO LOCAL E INTEGRAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA
UNIDADE DIDÁTICA – DESENVOLVIMENTO LOCAL E TERRITORIALIZAÇÃO
AULA 1
Desenvolvimento local: reflexões e conceitos .................................................................................... 119
AULA 2
Espaço, lugar e território .................................................................................................................... 125
AULA 3
Cultura e identidade ........................................................................................................................... 132
AULA 4
Capital social ....................................................................................................................................... 138
AULA 5
Potencialidade e comunidade ............................................................................................................. 146
AULA 6
Agentes do desenvolvimento local e dimensões metodológicas ....................................................... 150
AULA 7
Solidariedade e educação .................................................................................................................... 154
AULA 8
Cultura do desenvolvimento e desenvolvimento da cultura ............................................................ 160
UNIDADE DIDÁTICA – REDE SOCIOASSISTENCIAL
AULA 1
O significado de redes no contexto do trabalho socioassistencial ................................................... 171
AULA 2
A filantropia no Brasil ......................................................................................................................... 175
AULA 3
Terceiro setor e suas diversas concepções .......................................................................................... 182
AULA 4
Movimentos sociais, ONGs e redes solidárias ................................................................................... 186
AULA 5
Marco legal das entidades que compõem a rede socioassistencial ................................................... 190
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11. AULA 6
O Sistema Único de Assistência Social e a nova forma de gestão da assistência social: caráter
público, protagonismo e avaliação do processo................................................................................ 197
AULA 7
Oficina 1: PEAS/2006 – Pesquisa das Entidades de Assistência Social Privadas sem
Fins Lucrativos ................................................................................................................................... 208
AULA 8
Oficina 2: PEAS/2006 – Pesquisa das Entidades de Assistência Social Privadas sem
Fins Lucrativos .................................................................................................................................... 215
SEMINÁRIO INTEGRADO: DESENVOLVIMENTO LOCAL E INTEGRAÇÃO
DA ASSISTÊNCIA .................................................................................................................................... 227
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12. Módulo
PLANEJAMENTO E
ADMINISTRAÇÃO
Profa. Ma. Eloísa Castro Berro
Profa. Ma. Maria Massae Sakate
Profa. Ma. Silvia Regina da Silva Costa
Profa. Esp. Edilene Maria de Oliveira Araújo
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13. Unidade Didática — Estágio Supervisionado III
Apresentação
Prezado(a) Acadêmico(a),
Você irá iniciar o Estágio III do Curso de Serviço Social, agora com uma maior vivência no campo de es-
tágio, conhecedor das questões sociais que a instituição/projeto trabalha, como também com uma percepção
ampla da estrutura desse local e do público atendido.
A vivência e as análises realizadas nos estágios anteriores lhe proporcionou meios para que neste período
coloque em prática o projeto que elaborou no Estágio II.
Agora é momento de união e realização. O desenvolvimento de seu trabalho exigirá planejamento cons-
tante, o que envolverá o dispêndio de energia tanto intelectual como física e social, deverá utilizar diversas
ferramentas para execução e controle das atividades a serem desenvolvidas em seu projeto.
Para que o Estágio Supervisionado realmente contribua em sua formação, será de vital importância manter
as atitudes abaixo:
• Ser responsável em todas as suas ações.
• Ter atitudes éticas.
• Realizar constantes reflexões.
• Usar autocrítica.
• Ser colaborativo.
Bom trabalho!
Professora Especialista Edilene Maria de Oliveira Araújo
“O bom navegador é aquele que sabe escolher o melhor roteiro. Portanto,
é preciso, a cada etapa da viagem, ver e, se necessário, rever o caminho a ser seguido.”
(Antônio Carlos G. da Costa)
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14. AULA 1 — O Estágio Supervisionado III – O Estágio como Atividade Integradora
AULA
____________________ 1
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO III – O ESTÁGIO
Unidade Didática – Estágio Supervisionado III
COMO ATIVIDADE INTEGRADORA ENTRE
O SABER E A AÇÃO
Conteúdo
• O Estágio Supervisionado como atividade integradora entre o saber e a ação.
• O mundo do conhecimento e o Estágio Supervisionado.
• O Estágio Supervisionado e as competências do estagiário.
• O Estágio Supervisionado III.
Competências e habilidades
• Entender a importância do conhecimento na atual conjuntura e como o Estágio Supervisionado se
encontra inserido no mundo do conhecimento.
• Compreender o desenvolvimento do Estágio III.
Textos e atividades para autoestudo disponibilizados no Portal
Verificar no Portal os textos e atividades disponibilizados na galeria da unidade.
Duração
2 h/a – presenciais com o professor interativo
2 h/a – com o professor local
10 h/a – mínimo sugerido para autoestudo
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ATIVIDADE • Avaliar possibilidades e sugerir ações de mu-
INTEGRADORA ENTRE O SABER E A AÇÃO danças nas instituições.
O Estágio Supervisionado envolve o período de • Enfrentar os problemas reais que existem no
estudos correlacionando teoria à prática, é uma
mercado de trabalho.
atividade que integra o saber à ação. Para Roesch
• Vivenciar, com responsabilidade limitada, as
(1996) apud Bianchi, Alvarenga e Bianchi (2008, p.
10), o estágio possibilita ao estagiário: possíveis resoluções de problemas.
• Aplicar no campo de estágio a teoria recebida • Observar e realizar análise do mercado de tra-
em sala. balho.
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15. Unidade Didática — Estágio Supervisionado III
• Utilizar um maior conhecimento nas áreas de parte, de forma rápida e barata. O conhecimento
interesse. como recurso chave é fundamentalmente diferen-
As atividades práticas que são desenvolvidas pelo tes dos recursos chaves tradicionais dos economis-
supervisor e supervisionados, com relação ao con- tas: terra, mão de obra e até mesmo capital.
texto sócio-histórico-institucional é que constituem O momento exige um processo de aprendizagem
a matéria-prima da supervisão de estágio em Ser- constante, tornando-se a base do enriquecimento
viço Social. “No processo ensino-aprendizagem, su- do ser humano, tanto no aspecto individual como
pervisor e supervisionado vivenciam uma práxis na na vida coletiva.
qual ambos refletem sobre sua ação, desenvolvida
O conhecimento, que até pouco tempo era pri-
no contexto amplo das relações sociais” (Buriolla,
vilégio de uma minoria, encontra-se disseminado
2006, p. 83).
nos mais diversos segmentos da sociedade. Porém,
É por meio das parcerias entre teoria/prática – quanto maior é a facilidade do acesso a ele, maior
supervisionado e supervisor – que o estágio confi- é o grau de exigência, e para isso é necessário estar
gura-se como atividade capaz de formar cidadãos e preparado.
profissionais competentes, aprimorando suas apti-
“Como práxis, o conhecimento é uma ativida-
dões para o desenvolvimento de um trabalho digno
de teórica-prática, já que a teoria orienta a ação e a
a ser prestado para a sociedade.
prática estrutura e/ou realimenta a teoria” (Barros e
Lehfeld, 2004, p. 11).
O mundo do conhecimento e o Estágio
Nesse contexto, o Estágio Supervisionado do
Supervisionado
Curso de Serviço Social assume fundamental im-
Vivemos num mundo que se transforma numa portância, pois possibilita ao acadêmico a vivência
velocidade quase que impossível de acompanhar, da prática de sua futura profissão, proporcionando
com uma sociedade complexa marcada, principal- a oportunidade de expressar suas ideias de forma
mente, pela quantidade de informações disponíveis.
mais organizada e clara, preparando-o para o mer-
A rapidez com que essas informações circulam, por
cado de trabalho e diminuindo a ansiedade para o
meio dos veículos de comunicação de massa e pelo
enfrentamento de sua futura vida laboral.
computador com os seus diversos recursos, faz com
O valor do conhecimento para Barros e Lehfeld
que essas informações sejam fragmentadas.
(2004, p. 12) consiste em:
Para Costa (2002), tornou-se impossível ter co-
nhecimento de tudo o que acontece nos diversos • Busca e aquisição de informações para solução
campos da atividade e do saber. O conhecimento de problemas experienciais e vivenciais.
está se multiplicando em grande escala e em todas • Aplicação dos conhecimentos obtidos para pro-
as áreas. Essa sociedade requer um sujeito com ca- mover o progresso material e espiritual do ho-
pacidades, habilidades e atividades diferentes. Para mem e da sociedade.
isso, temos que buscar novos conhecimentos e de- • Fonte de invenções e criações técnico-científicas
senvolver novas e constantes habilidades. capaz de beneficiar a vida humana.
Vivemos numa sociedade de aprendizado, para Para Costa (2002, p. 112), é muito importante
Drucker (1997, p. 168): entender os pilares da educação para o século 21,
pois a todos os momentos as pessoas estão, de algu-
O conhecimento tornou-se o recurso chave, tanto
para o poder militar como econômico de uma na- ma forma, aprendendo algo novo.
ção. Este conhecimento somente pode ser adquiri- Durante o Estágio Supervisionado o aluno tem a
do através da escolaridade. Ele não está ligado a ne- oportunidade de desenvolver as quatro competên-
nhum país – é portátil. Pode ser criado em qualquer cias mencionadas pelo autor. O estágio é o momen-
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16. AULA 1 — O Estágio Supervisionado III – O Estágio como Atividade Integradora
muitas outras indagações e aprendizado surgirão
• Aprender a ser – Competência Pessoal:
em relação ao aprender a ser.
é a relação da pessoa consigo mesma, é o
Quando se inicia no campo de estágio, não se
desenvolvimento da habilidade sobre a sua
está mais sozinho, existe a necessidade de convi-
identidade, autoestima, autoconceito, au-
ver com as demais pessoas, suas diferenças, suas
toconfiança, autodeterminação e autocui-
imperfeições, suas qualidades etc. Nesse momento
dado.
desenvolve-se a capacidade de aprender a conviver
no novo ambiente. Não esquecendo que o mundo
• Aprender a conviver – Competência So-
profissional exige pessoas que saibam se relacionar,
cial: refere-se à qualidade da relação es-
o relacionamento se constrói com a convivência.
tabelecida com as outras pessoas, com a
A prática obriga o estagiário a aprender a fazer.
natureza e com as questões transcenden-
Esse é um importante momento do conhecer pro-
tais da vida. É o desenvolvimento de habi-
fissional. Por meio das ferramentas do Serviço So-
lidades relativas a participação, cidadania,
valores e princípios democráticos. cial apresentadas no campo de estágio, o estagiário
começará a fazer, ou, auxiliar, os trabalhos do assis-
tente social. Temos então a competência produtiva
• Aprender a fazer – Competência Produ-
sendo desenvolvida.
tiva: é o domínio de competência e habi-
Para a realização da prática, o estagiário buscará
lidades requeridas pelo novo mundo de
seus conhecimentos, vivenciará a sua competência
trabalho. Esse campo do desenvolvimen-
to humano tem a ver com questões como cognitiva. Não trará somente para o campo de está-
polivalência (domínio de conhecimentos e gio as teorias já vistas e aprendidas em sala de aula,
habilidades de áreas diversas) e flexibilida- como também terá que buscar mais conhecimentos
de (capacidade de adaptação construtiva para aplicar em seu campo de ação. Cada vez mais
diante de novas e inesperadas situações). terá que aprender a conhecer. O autor menciona
que estamos num eterno aprender e ensinar, e que
o mundo do conhecimento, se prolongará por toda
• Aprender a conhecer – Competência Cog-
a vida. O lugar da aprendizagem não é somente o
nitiva: é tornar-se um caçador de conhe-
ambiente escolar/universidade, mas sim “o mundo
cimentos. É esse o grande segredo. Não
do trabalho, a família, o clube, a biblioteca, os meios
podemos apenas deixar a informação e o
de comunicação (internet, CD-ROM, televisão, rá-
conhecimento chegarem até nós. Temos
dio...) e a cultura (teatro, cinema, folclore)” (Costa,
que inverter a mão. Ir atrás deles. A com-
2002, p. 114).
petência cognitiva está muito ligada ao au-
todinamismo. que significa você assumir Cada vez mais o trabalho exigirá mais conheci-
uma postura de disciplina e método para mento e competência, portanto a vida se torna um
a sua própria educação. constante estudar e aprender.
Fonte: Costa (2002, p. 112). O Estágio Supervisionado e as competências
dos estagiários
O estágio como atividade traz durante seu de-
to da prática, é quando o aluno terá contato direto senvolvimento enormes benefícios para a apren-
consigo mesmo, reavaliando se essa é realmente a dizagem, no que se refere à melhoria do ensino e
profissão que escolheu para sua vida, no caso, sa- à evolução do conhecimento para o acadêmico/
ber se o Serviço Social é a escolha certa, bem como estagiário, no que concerne à sua formação. “Estes
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17. Unidade Didática — Estágio Supervisionado III
tornam-se ainda mais importantes quando se tem com o código de ética profissional do profissional
a consciência de que a maioria beneficiada serão de serviço social.
a sociedade e, em especial, a comunidade a que se O Estágio Supervisionado III deve contemplar
destinam os profissionais egressos da universidade” ainda:
(Bianchi, Alvarenga e Bianchi, 2008, p. 8). • Levantamento de necessidades sociais e conhe-
A tarefa do aluno é estagiar, enquanto a da uni- cimento institucional.
versidade é supervisionar. Compete ao acadêmico • Ênfase no diagnóstico socioinstitucional e na
ter a máxima atenção, demonstrar conhecimento execução do(s) projeto(s) elaborado(s).
em relação à teoria aprendida, como também bus- • Aprofundamento da articulação teoria-prática.
car novos conhecimentos, principalmente quando • Planejamento de processos de trabalho típicos
se refere à educação a distância. Num campo de do Serviço Social.
estágio, em relação ao ambiente de aprendizagem, • Execução do projeto de intervenção na área es-
o acadêmico deve demonstrar suas competências colhida.
com humildade, simplicidade e firmeza, “lembran-
Durante o Estágio III, o acadêmico irá executar
do que a humildade é saber ouvir para aprender, ser o projeto que foi elaborado no Estágio II. Essa ação
simples é ter conceitos claros e saber demonstrá-los interventiva teve origem durante a realização de
de maneira cordial” (Bianchi, Alvarenga e Bianchi, um diagnóstico – também feito por ele – em que
2008, p. 8). foi identificada uma situação-problema, a partir da
O estágio, quando bem direcionado, acompa- qual o projeto foi gerado procurando propor solu-
nhado e executado em conformidade com a lei, é ções para essa realidade detectada.
de grande relevância para a formação profissional, A proposta de intervenção foi realizada pelo es-
tendo como sua principal característica a interação tagiário, o qual irá utilizar-se das competências
da universidade com o mercado de trabalho. técnicas, éticas e política do Serviço Social, como
Completar o estágio resultará no aprimoramento também dos conhecimentos teórico-metodológicos
do conhecimento. Para Bianchi, Alvarenga e Bianchi adquiridos em sala de aula.
(2008), o estágio não é somente o cumprimento das Tanto a elaboração quanto a execução do projeto
horas solicitadas para serem realizadas em campo, deve contar com as orientações dos supervisores aca-
mas é principalmente uma experiência a ser cum- dêmicos e de campo, no que tange aos conhecimen-
prida que completará a formação do acadêmico. tos teórico-metodológicos e experiências práticas.
O Estágio Supervisionado III Para Bianchi (2008) os projetos consistem em um
O Estágio Supervisionado III deve fornecer ao caminho prévio de desenvolvimento das atividades
aluno do curso de Serviço Social a iniciação do exer- previstas no estágio, devem estar de maneira clara,
cício profissional a partir do diagnóstico da realida- detalhada e rigorosa, tendo por finalidade encami-
de organizacional praticada no Estágio II de acordo nhar o aluno rumo ao cumprimento das atividades
com as demandas dos usuários e dos processos de propostas.
trabalho do Serviço Social. Os projetos fazem parte dos instrumentais utili-
É inerente ao Estágio III o uso, pelos alunos, dos zados pelos assistentes sociais na execução de suas
instrumentais técnico-operativo, teórico-metodoló- práticas profissionais, sendo de grande relevância o
gico e ético-político a serem empregados de acordo conhecimento e a utilização dessa ferramenta.
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18. AULA 1 — O Estágio Supervisionado III – O Estágio como Atividade Integradora
AULA
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Unidade Didática – Estágio Supervisionado III
____________________
A INTERVENÇÃO NO SERVIÇO SOCIAL
Conteúdo
• O processo de intervenção no Serviço Social.
• Estratégias para intervenção.
• Projeto de intervenção – mãos à obra.
Competências e habilidades
• Entender o processo de intervenção no Serviço Social.
• Compreender o estabelecimento das estratégias para a intervenção do Serviço Social.
• Conhecer algumas ferramentas de controle para a execução de um projeto.
Textos e atividades para autoestudo disponibilizados no Portal
Verificar no Portal os textos e atividades disponibilizados na galeria da unidade.
Duração
2 h/a – presenciais com o professor interativo
2 h/a – com o professor local
10 h/a – mínimo sugerido para autoestudo
O PROCESSO DE INTERVENÇÃO no âmbito do Estado e da sociedade civil, reconhe-
A intervenção do assistente social se dará somen- cimento e fortalecimento dos espaços e formas de
te após o reconhecimento da questão social, baseada luta e organização dos(as) trabalhadores(as) em de-
fesa de seus direitos; formulação e construção cole-
na identificação dos dados socioeconômicos e cul-
tiva, em conjunto com os(as) trabalhadores(as), de
turais das desigualdades sociais. Conforme Série –
estratégias políticas e técnicas para modificação da
Trabalho e Projeto Profissional nas Políticas Sociais realidade e formulação de formas de pressão sobre
– CEFSS (2009): o Estado, com vistas a garantir os recursos finan-
ceiros, materiais, técnicos e humanos necessários à
A intervenção orientada por esta perspectiva crí-
garantia e ampliação dos direitos.
tica pressupõe a assunção, pelo(a) profissional, de
um papel que aglutine: leitura crítica da realidade Conforme Faleiros (2008), para a realização de
e capacidade de identificação das condições mate- um processo de intervenção em Serviço Social, é ne-
riais de vida, identificação das respostas existentes cessário entender a questão teórico-prática em con-
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19. Unidade Didática — Estágio Supervisionado III
sonância a uma definição do processo de fragiliza- presentação idealizada do passado. A intervenção
ção ou vulnerabilidade do usuário/sujeito, somente tem seu embasamento ético-moral, apresentando-
assim o assistente social será capaz de desenvolver se em dois momentos: no “ator” da intervenção,
estratégias de intervenção. “(...) é possível construir aquele que se propõe a restaurar a ordem perdida e
um objeto e, portanto, uma teorização da interven- no “processo” sobre que age, para assim ser recolo-
ção profissional, a partir da produção do conheci- cado em uma melhor ordem.
mento em Serviço Social” (Faleiros, 2008, p. 67).
A intervenção matrizada pelo anticapitalismo ro-
Para o autor, existe uma crise de paradigmas que mântico, inerente à apologia indireta, defronta-
traz questionamentos à forma de problematizar os se muito problematicamente com os referenciais
conhecimentos, existe um dualismo entre ordem e “científicos” produzidos pelas ciências sociais. De
indivíduo, ele cita que existem tendências no Ser- uma parte o positivismo que os enforma e atravessa
viço Social: ao reducionismo, ao dogmatismo, aos parece-lhe repugnante, de outra, é compelida a re-
abstracionismos, ao teologismo, ao empirismo, em conhecer nelas um mínimo valor cognitivo (Netto,
que realiza uma crítica, pois esse dualismo leva à 2006, p. 117).
negação do sujeito. Em sua análise o autor critica
Para Netto (2006), existe aí uma relação ambígua
tanto o individualismo como o positivismo em uma diante do sistema do saber, pois é necessário, porém,
intervenção, “como uma colocando no indivíduo, se apresenta insuficiente.
no seu esforço pessoal, a condição da própria cons-
Faleiros (2008) menciona que a construção do
trução da ordem, a outra considerando a estrutura
conhecimento científico se tornou muito polêmica
como uma combinatória de elementos genéricos
e problematizadora, e é por meio desse processo de
que suprimem as decisões, as escolhas e os destinos rompimento, com aquilo que aparentemente é evi-
individuais” (Faleiros, 2008, p. 68). Em relação à in- dente, que se tornou possível para o Serviço Social
tervenção, o autor afirma que o Serviço Social, nas ir se construindo novos objetos de intervenção.
últimas duas décadas, oscilou nessas duas posições,
Para Mary Richmond o problema social advinha da
uma visando à motivação, o ego, tendo na clínica
personalidade, já para Barlett seria simultaneamente o
seus instrumentais, por outro lado ressalta que a es-
indivíduo e o meio, bem como o significado do meio
trutura, o macrossocial, traça suas estratégias base- para o indivíduo. Marx trouxe a compreensão das tra-
ada nas leis gerais da sociedade. jetórias sociais e dos grupos de referência “consideran-
Faleiros (2008) ainda enfatiza que a intervenção do que a sociedade supõe o indivíduo, mas o indivíduo
tem sua dinâmica nas relações reais entre o grupo e supõe a sociedade” (Faleiros, 2008, p. 70).
os indivíduos. Reduzir a intervenção a um único mo- Nesse contexto, descobriu-se que a intervenção
delo, ou mesmo a uma única teoria, que abranja o implicava decidir e que seria necessária a articulação
todo, seria um procedimento unilateral, não levando do saber para poder ter uma boa decisão por meio
em consideração a dinâmica da história, a evolução dos saberes mais genéricos. Para Faleiros (2008, p.
dos processos próprios de cada conjuntura. 70), existe aí um ponto que não concorda, pois su-
Quando se considera o reducionismo metodo- gere a “desconstrução da ciência pela sua inserção
lógico, acaba-se por não considerar que os objetos na totalidade que a transcende”.
do conhecimento são construídos pelo conjunto do Quanto ao dogmatismo, o autor coloca que é
“pensar e agir”, em que as possibilidades teóricas se inseparável do reducionismo, nega a historicidade
ampliam cada vez que se pensa criticamente a reali- do conhecimento e da práxis, pois derivam de leis
dade vivenciada. gerais que valem para todos os lugares e todos os
Para Netto (2006), a intervenção repõe um pa- tempos. O pensamento dogmático prejudica e pra-
drão de integração social, que se modela numa re- ticamente elimina a análise. Para o autor a análise
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20. AULA 2 — A Intervenção no Serviço Social
tem que existir, pois é necessário analisar a histó- o mundo na sua transformação e transformá-lo na
ria e as teorias que produziram os conhecimentos, sua interpretação”.
para que haja o entendimento no seu contexto e no No processo de transformação-interpretação
seu tempo. Também não defende o subjetivismo do é necessário conhecer a temporalidade histórica,
conhecimento, como também o convencionalismo, aliando o imediato a um processo de ampla me-
tampouco o objetivismo e tecnicismo, que para ele diação, que leva a conhecimentos e decisões, apre-
reduz o conhecimento a algo simplesmente técnico sentando diversas escolhas entre as alternativas,
-metodológico, mas defende os supostos do que é como também as interações e os conhecimentos.
dado como aproximação do real. “O conceito de É o momento em que se verifica o poder e o saber
totalidade se constrói a partir de uma perspectiva “poder para conhecer, conhecer para poder”, para
de longa duração na história, mas, principalmen- assim verificar o imediato. A ação muda a própria
te, a partir da análise da complexidade social em interpretação no seu devido tempo à medida que os
suas múltiplas determinações contraditórias e arti- resultados vão aparecendo, somente então poderá
culadas” (Faleiros, 2008, p. 71). É nesse aspecto que se verificar o processo. Os resultados das ações não
podemos começar a entender as relações de forças são estáticos, eles também mudam mediante as no-
em conflitos em relação aos grupos econômicos e vas interpretações dos atores em relação aos conhe-
de poder. As estratégias e categorias de ação em Ser- cimentos vivenciados que trazem em sua bagagem
viço Social devem ser construções teórico-metodo- histórica.
lógicas, advindas da junção da teoria pela prática e
da prática em relação à teoria, isso constituirá um Na realidade, a intervenção no Serviço Social
modelo de intervenção que não vem de uma teoria ocorre na articulação combinada das mediações
abstrata, mas sim de experiências vivenciadas e de- de trajetória e estratégias de ação de diferentes
lineadas por saberes sistemáticos, havendo a junção atores que se entrecruzam numa conjunção de
das investigações quantitativas e qualitativas e, com saberes e poderes configurando-se a situação de
a realização, das análises críticas destas. relação entre profissional e usuário ou clientes.
Faleiros (2008, p. 72).
A prática profissional só deixará de ser repe-
titiva, pragmática, empiricista se os profissionais
Estratégias para a intervenção
souberem vincular a intervenção no cotidiano a
São os processos utilizados para articular e me-
um processo de construção e desconstrução per-
manente de categorias que permitam a crítica e a diar poderes e mudanças de relação e interesses,
autocrítica do conhecimento e da intervenção. referências e patrimônio em jogo quer seja pelo ar-
ranjo de recursos, de vantagens ou mesmo patrimô-
Faleiros (2008, p. 72). nios pessoais, pode ser pela efetivação de direitos ou
mesmo pelo uso de informações.
A prática crítica não deve simplesmente se resu-
Para Faleiros (2008):
mir à aplicação do conhecimento que está fora, mas
• O poder é verificado como sendo a articulação
deve utilizar a própria prática, pois ela tem a capa-
de forças em diversas dimensões: classe, raça,
cidade de gerar necessidades de reformulação dos gênero, cultura, família, recursos etc.
conhecimentos existentes, sendo necessário, depen- • Patrimônio se constitui na trajetória de vida
dendo da situação apresentada, realizar uma aná- que é marcada pela exclusão, processo de mar-
lise das condições em que se realizou essa prática. ginalização dos bens culturais, políticos, eco-
Para Faleiros (2008, p. 72), é necessário “interpretar nômicos etc. de determinados grupos, haven-
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21. Unidade Didática — Estágio Supervisionado III
do o processo de integração dos patrimônios cução do projeto evolui os planos também avançam
familiares, afetivos e de amizade. “As represen- (Maximiniano, 2006).
tações que os indivíduos e grupos fazem de si
mesmos dependem das crenças, valores e refe- O processo de controle das atividades
rências culturais que se adotam no cotidiano” O controle do projeto consiste em acompanhar a
(Faleiros, 2008, p. 74). sua execução, suas reais ações com as intenções pla-
As estratégias levam à necessidade de se investir nejadas. Para Maximiniano (2006), controlar tem as
em projetos tanto individuais como coletivos, para seguintes funções:
que assim possam rearticular os patrimônios, refe- • Garantir que os objetivos do projeto estejam
rências e os interesses a fim de realizar a reprodução sendo executados conforme planejado.
e a representação dos sujeitos históricos, entendendo • Realizar uma eventual modificação de ação ou
como a reconstrução da identidade do indivíduo. resultado.
Quando se fala no fortalecimento do saber, enten- • Acompanhar para que a ação realmente seja
de-se a necessidade da construção de novos meios realizada.
para o processo de informação. Referindo-se às ins- A esse processo de controle também se chama
tituições, esse processo está se modernizando com a monitoramento, e tem como função primordial ve-
tecnologia. Os dados dos quais o assistente social tem rificar as três principais variáveis do projeto: escopo,
conhecimento acerca da população são de proprieda- prazo e custo.
de da própria população. Aos quais, conforme Faleiros Em relação ao escopo deve-se acompanhar como
(2007), essa população deve ter acesso. As pesquisas se o projeto está sendo realizado, para se ter a certeza
transformam em instrumentos geradores de autoco- de que ao final será entregue o produto planejado.
nhecimento e meio de ação. Outras formas de se obter Caso haja alguma modificação no projeto, com o
conhecimento da população é por meio de relatórios, processo de controle essas modificações também
exames, visitas e entrevistas, colhendo dados do coti- podem ser verificadas. Quando se fala no controle
diano dessa população. do tempo do projeto, verifica-se se a duração pla-
Hoje o assistente social encontra um grande de- nejada corresponde às datas executadas. Nesse mo-
safio, que se dará na reorientação de seu cotidiano, mento é imprescindível ter o cronograma do proje-
conforme as forças existentes, para que haja a fa- to e sua atualização constante.
cilidade do acesso da população ao saber sobre ela Em relação ao controle dos custos, estes focali-
mesma, aos recursos que se encontram disponíveis zam o custo que estava previsto para o projeto, e se
e ao poder de decisão (Faleiros, 2007). o realizado está conforme o que foi previsto.
Projeto de intervenção – mãos à obra Ferramentas disponíveis para controle do
No Estágio Supervisionado III o acadêmico irá co- andamento do projeto
locar em prática o projeto realizado no Estágio II. Para Uma das principais ferramentas que pode ser uti-
que isso aconteça, é importante atentar para alguns lizada para se controlar o projeto é a atualização de
passos importantes como a execução do projeto. cronograma e orçamento.
Essa fase consiste na realização do trabalho pla- Conforme as atividades do projeto são realizadas,
nejado. É o momento em que serão realizadas todas o cronograma é refeito. Toda antecipação ou atraso
as atividades do projeto. A execução dessas ativida- que houver deve ser registrado.
des tem por base o processo de planejamento do Gráfico de acompanhamento e revisão do tempo
projeto. O planejamento e a execução não são fases do projeto (cronograma atualizado) (Maximiniano,
distintas, mas se sobrepõem. Assim, quando a exe- 2006):
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22. AULA 2 — A Intervenção no Serviço Social
Dependendo do projeto, outras ferramentas po- do projeto. Todos os produtos que estão planejados
dem ser utilizadas, como a verificação de entregas de devem ser entregues, como também respeitados o
mercadorias, caso o projeto necessite de produtos/ prazo e o custo. Caso tenha havido alguma pror-
insumos para sua realização. Visitação às instala- rogação, ela deve ter sido autorizada previamente.
ções onde ocorre o projeto significa inspecionar os Após o término deve ser avaliado os resultados do
locais. Quando os projetos envolvem produtos ou projeto, verificando os pontos positivos e negativos.
serviços que foram planejados com especificações
numéricas, uma ferramenta de controle podem ser REFERÊNCIAS
as medições. Básica
Todo projeto, ao longo de seu ciclo de vida, realiza
MAGALHÃES, S. M. Avaliação e linguagem:
inúmeros documentos, como informações registra-
relatórios, laudos e pareceres. São Paulo/Lisboa:
das em vários meios, documentações administrati-
Veras Editora, 2003.
vas e técnicas. Portanto, a análise de documentações
MONTANO, C. A natureza do Serviço Social. São
também é mais uma ferramenta de controle na exe-
Paulo: Cortez, 2003.
cução de um projeto, não deixando, durante todo
RODRIGUES, M. L. (org). Ações e interlocuções:
o ciclo de vida do projeto, de realizar análise para
estudo sobre a prática profissional do assistente
controlar se os objetivos e as necessidades do projeto
social. Núcleo de estudos e pesquisa sobre ensino
estão sendo atendidos. Os protocolos e atas de reu-
e questões metodológicas em Serviço Social. São
niões também servem como ferramenta de controle.
Paulo: Veras Editora, 1999.
Para Maximiniano (2006), “uma das principais
ferramentas de controle é a reunião periódica de
coordenação com a equipe do projeto”. Todo pro- Complementar
jeto tem que ter reuniões com os seus participan- ARAÚJO, E. M. et al. Estágio supervisionado I.
tes, pois nessas reuniões se estabelecem tarefas para In: Educação Sem Fronteiras. Serviço Social 4o
cada membro da equipe, assim, numa próxima reu- semestre. Campo Grande (MS): UNIDERP, 2008.
nião são apresentados os resultados da reunião an- COHEN, E.; FRANCO, R. Avaliação de projetos
terior, e novas atividades são disponibilizadas para sociais. São Paulo: Vozes, 1994.
os membros da equipe executar. CORTELLA, M. S. A escola e o conhecimento:
O encerramento do projeto também deve ser ad- fundamentos epistemológicos e políticos. São
ministrado, pois vai além da entrega dos resultados Paulo: Cortez, 2008.
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23. Unidade Didática — Estágio Supervisionado III
SÁ, J. L. M. Conhecimento e currículo em Serviço DRUCKER, P. F. Administração em tempos de
Social. São Paulo: Cortez, 2008. grandes mudanças. 4. ed. São Paulo: Pioneira, 1996.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. FALEIROS, V. P. Estratégias em Serviço Social. 8. ed.
19. ed. São Paulo: Cortez, 1993. São Paulo: Cortez, 2008.
______. Saber profissional e poder institucional. 7.
Utilizadas pelo professor ed. São Paulo: Cortez, 2007.
BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. FAZENDA, I. C. A.; PICONEZ, S. C. B. A prática
Fundamentos de metodologia científica: um guia do ensino e o estágio supervisionado. Campinas:
para a iniciação científica. 2. ed. São Paulo: Papirus, 1991.
Makron Books, 2000. MAXIMIAMO, A. C. A. Administração de projetos.
BIANCHI, A. C. M.; ALVARENGA, M.; BIANCHI, Como transformar idéias em resultados. 2. ed. São
R. Manual de orientação: estágio supervisionado. 3. Paulo: Atlas, 2006.
ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. NETTO, J. P. Capitalismo monopolista e Serviço
BURIOLLA, M. A. F. Estágio supervisionado. 4. ed. Social. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
São Paulo: Cortez, 2006. www.cfess.org.br. Acesso em: 18 abr. 2009 às 20h30.
COSTA, A. C. G. O mundo, o trabalho e você. São Série – Trabalho e Projeto Profissional nas Políticas
Paulo: Instituto Ayrton Senna, 2002. Sociais – CEFSS. Brasília, 2009.
* ANOTAÇÕES
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