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Pré-Impressão
Definição
Como o próprio nome diz, a pré-impressão é a fase que antecede a impressão. Nesta fase são confeccionados os originais, são
“impressos” os filmes gráficos (fotolitos) e ou matrizes (no caso dos sistemas computer to plate), gravadas as matrizes de
impressão (a partir dos fotolitos), realizadas as provas de impressão, etc.
Este também é o nome dado ao setor de uma gráfica que realiza o descrito acima. Em alguns casos temos fornecedores
específicos de serviços e produtos de pré-impressão que prestam apoio às pequenas e médias empresas gráficas que não dispõe
de capital para a implantação de um setor de pré-impressão.
Resumindo, é a fase produtiva responsável pela concretização das idéias de um artista gráfico em um arquivo digital que possa
ser reproduzido em sistemas de impressão em escala industrial.
Preparação dos arquivos
Há tempos atrás o original era preparado manualmente, como em fotocomposição, por exemplo, onde se utilizava de um paste-
up. Hoje em dia os originais são produzidos no computador se utilizando de ferramentas para editoração eletrônica, dentre eles
podemos citar: Corel Draw, Adobe Illustrator, Photoshop, PageMaker e QuarkXPress. Na hora de executar uma peça gráfica
devemos escolher o aplicativo correto para um melhor fluxo de trabalho. Há vários softwares para a área gráfica, dos quais
podemos ressaltar as seguintes classes:
Editores de Texto:
Não são considerados softwares gráficos, embora interajam com eles. Sua principal função para a área gráfica é editar textos,
de preferência sem formata-los e nem importar imagens e ilustrações para dentro deles. São inúmeros os editores de texto
existente no mercado, de diversos fabricantes e desenvolvedores, alguns gratuitos e outros não. Podemos destacar entre estes
softwares o Microsoft Word, Corel Word Perfect, Writer (gratuito / suíte Open Office), etc. Os arquivos gerados por estes
softwares devem ser salvos nos formatos .TXT ou .RTF para intercâmbio com outros softwares gráficos.
Softwares Vetoriais:
Esta é a denominação de aplicativos cuja principal função é a execução de ilustrações, logos e peças gráficas simples.
Chamados vetoriais pela característica da execução de seus desenhos, baseados em entidades geométricas e cálculos
matemáticos, estes softwares não são destinados à formatação de grandes quantidades de texto e nem à edição de imagens
digitais (fotográficas). No mercado gráfico podemos destacar os principais: Corel Draw, Adobe Illustrator e Macromedia
Freehand. Existem também softwares gratuitos com esta finalidade, como o Inkscape. Os arquivos gerados por estes softwares
devem ser salvos nos formatos .EPS para intercâmbio com outros softwares gráficos, apesar de suas extensões nativas serem
outras (.CDR, .AI, .FH, etc.).
Softwares para Pintura, Manipulação, Tratamento e Retoque de Imagens Digitais:
Os aplicativos pertencentes a esta classe trabalham com arquivos digitais abaseados em pixels, que são pequenos quadradinhos
que formam as fotografias e outras imagens digitalizadas. A estas “imagens” damos o nome de bitmaps ou mapas de bits. São
ideais para fazer fusões de imagens, retocar fotos, pintar ilustrações feitas à mão, corrigir cores em fotografias digitais, etc. No
mercado gráfico podemos destacar os principais: Corel Photopain, Adobe Photoshop e Painter, dos quais o Adobe Photoshop é
líder absoluto em utilização. Existem também softwares gratuitos com esta finalidade, como o Gimp. Os arquivos gerados por
estes softwares devem ser salvos nos formatos .TIFF , . JPG , .EPS ou .DCS para intercâmbio com outros softwares
gráficos, apesar de suas extensões nativas serem outras (.PSD, etc.).
Softwares para Layout de Página:
Também chamados de diagramadores, estes são os softwares responsáveis pela disposição (layout) dos elementos gráficos nas
páginas, sendo que os recursos de desenho e manipulação de imagens nestes aplicativos são escassos. Por outro lado o
posicionamento, formatação e paginação são bastante complexos. Os arquivos executados nos demais softwares citados acima
são importados para os softwares de paginação para que as peças gráficas sejam finalizadas. No mercado gráfico podemos
destacar os principais: Adobe Pagemaker (em descontinuação), QuarkXpress e Adobe Indesign (substituto do Pagemaker).
Existem também softwares gratuitos com esta finalidade, como o Scribus. Os arquivos gerados por estes softwares são
destinados à impressão devendo, para este fim, ser salvos nos formatos .EPS , .PS ou .PDF . Para editar os arquivos gerados
nos aplicativos de layout de páginas, eles devem ser salvos em seus formatos nativos serem outras (.PM7, .QXD, .INDD, etc.).
O mais importante é saber usar cada um no seu momento apropriado e não tentar fazer revistas ou jornais nos ilustradores,
nem tentar ilustrar no paginador, assim como evitar fazer a impressão final nos ilustradores. É necessário, também, saber como
enviar esse arquivo, depois de pronto, para uma gráfica ou bureau/fotolito.
Arquivos Abertos X Arquivos Fechados
Antes da pré-impressão digital, os arquivos eram enviados impressos para gráfica que se utilizava da pré-impressão
convencional. Hoje em dia numa pré-impressão digital, o arquivo é entregue em disco podendo estar num regime aberto ou
fechado.
O arquivo aberto é o arquivo criado em um software gráfico e que o descreve (.cdr / .ai / .qxd) podendo ser aberto em
qualquer computador que tenha o aplicativo que o gerou, em versão igual à gravação do arquivo. É bom lebrar que as fontes,
assim como as imagens, constumam não estar incorporadas no arquivo e, portanto, é necessário que se envie, o arquivo
original, todas as fontes utilizadas e todos os vínculos (imagens). Os softwares disponibilizam recuros de “coleta” das fontes e
vínculos. O envio de arquivos abertos para a pré-impressão é, à primeira vista, mais simples para o usuário, mas, por outro
lado, mais problemático para o processo pois, na gráfica, todos os vínculos serão checados, fontes instaladas e o original
fechado. Essa demora gera um custo maior e, o que é pior, uma falta de segurança, pois o arquivo pode ser manipulado.
Um arquivo fechado nada mais é que um arquivo de impressão que, ao invés de ser enviado para a impressora é gravado
em disco. Esse arquivo é escrito na linguagem PostScript, que foi desenvolvida pela Adobe Systems e tem a finalidade de
descrever às impressoras como os tipos (Fontes e letras) e as ilustrações devem ser posicionados na página a ser impressa.
Inclui também informações sobre os ângulos e lineaturas das retículas.
O principal formato de arquivo fechado é o .PS, sendo que ele deve ser caracterizado de acordo com os processos que esse
seguirão (impressão de fotolito, sistema de impressão) pois ele é escrito em linguagem “não editável” e, uma vez fechado, não
pode ser aberto. Por outro lado temos um formato de arquivo que é o “subtituto” do .PS: o PDF - este formato virou padrão na
indústria gráfica, servindo tanto para a distribuição do arquivo, como para a impressão do mesmo. Os PDFs pdem ser
visualizados através de um software gratuito, o Adobe Reader (embora existam outros visualizaores) e editados (pequenas
correções) em um software pago da Adobe, o Adobre Acrobat (embora já existam softwares livres com esta função). Não
podemos esquecer entretantor que, embora seja muito fácil gravar um arquivo no formato PDF através dos softwares gráficos,
devemos nos informar sobre como configurá-lo adequadamente para a impressão, já que são muitas as variáveis possíveis.
Resolução - PPI / DPI / LPI
Entende-se como resolução a quantidade de elementos utilizados para construir fisicamente um desenho, seja na tela do
computador (pixels), seja na impressora fotolitos ou matrizes (dots), seja no impresso (linhas de pontos). É dái que vem uma
sopa de letras: PPI (pixels per inch – pixels por polegada) – também chamada de resolução de entrada (ou de scanner) / DPI
(dots per inch - pontos por polegada) – também chamada de resolução de saída (ou de impressora) / LPI (lines per inch -
linhas por polegada) – também chamada de lineatura (ou resolução de impressos).
Na maioria dos casos, para uma boa impressão, temos 2 pixels (na largura e na altura) para a formação de um ponto na
imagesseter ou platesetter. O ponto da imagesetter têm, por sua vez uma “célula” de pequenos quadradinhos (dots) que
possibilita a gravação de pontos que serão impressos em diversos tamanhos e/ou formatos (determinam a porcentagem da área
gravada) – quanto maior a quantidade de pontos desta “grade”, maior a possibilidade de variação de tons. Uma vez que este
ponto é gravado ou transferido para a matriz de impressão ele estará “apto” a transferir tinta para o papel.
Note, nas figuras abaixo, que o ponto impresso tende a tomar uma forma parecida com o ponto da imagesseter mas, devido
à absorção de tinta pelo papel, alterou ligeiramente sua forma e dimensão (ganho de ponto).
pixels dot ponto
(bitmap) (imagesetter) (impresso)
A melhor qualidade de uma imagem digital tem relação direta com a quantidade de pixels que ela possui em relação ao
tamanho que será impresso, assunto que veremos a seguir. É bom lembrar que, os objetos feitos vetorialmente a maioria das
fontes não são formados por pixels e, por isso, têm sua qualidade (resolução) definida pelo dispositivo de saída.
Cuidados com Bitmaps
Cálculo da Resolução de Entrada:
Na verdade, entende-se como Resolução de Entrada a quantidade de pontos (pixels) que uma imagem deverá ter para poder
servir a uma determinada finalidade. Esta resolução deve ser uma preocupação na hora de digitalizar a imagem ou gera-la em
um aplicativo qualquer. Infelizmente, alterar a resolução em uma imagem já do tipo bitmapeada normalmente não contribui em
nada com a sua qualidade, apenas aumentando o tamanho do arquivo.
Ao reproduzir um original, deve-se levar em consideração diversos parâmetros que devem ser seguidos, como: Fator de
Reprodução (FR), Fator de Qualidade (FQ) e Lineatura do Impresso (LPI).
Fator de Reprodução (ampliação ou redução):
É o quanto se pretende ampliar ou reduzir o tamanho original do desenho, foto, cromo ou impresso. Partindo do tamanho
natural (100%), tudo o que estiver acima deste valor é ampliação e, abaixo, redução. O Fator de Reprodução poderá então ser
calculado pela fórmula:
FR= tamanho final / tamanho inicial
EX: Tamanho do objeto original = 15 cm
Ampliação = 45 cm
FR = 45/15 = 3
Fator de Qualidade:
O Fator de Qualidade leva em consideração a quantidade de pixels necessários para reproduzir um ponto do original
(recomenda-se utilizar valores entre 1,4 e 2). Então, para um melhor resultado: FQ= 2
Lineatura do Impresso:
A definição da lineatura do impresso vai depender tanto do suporte (tipo de papel, plástico, Vinil, etc.) quanto do sistema de
impressão empregado (Flexografia, Serigrafia, Offset, etc.).
Normalmente, podemos fazer a seguinte relação: - Suportes de boa qualidade: lineaturas de 150 lpi ou maior;
- Suportes de baixa qualidade: lineaturas de 100 lpi ou menor.
Exemplo: para se imprimir uma imagem em um papel jornal, utiliza-se normalmente uma lineatura de 85 lpi. Entretanto, se a
qualidade deste papel for superior à média, pode-se utilizar lineaturas maiores, como 120 lpi ou mais.
As lineaturas mais conhecidas aqui no Brasil são: 150, 133 120, 85, 60, 34, 17 lpi, sendo cada uma delas é recomendada para
determinado suporte e sistema de impressão.
Fórmula da resolução de entrada: RE = FR X FQ X LPI
Exemplo de Situação Real:
Ao digitalizar uma imagem, o original possui o tamanho de 150 mm (largura) por 100 mm (altura). Entretanto, esta imagem
será importada em um aplicativo e será redimensionada para 50 mm (largura). O arquivo final será impresso em papel couchê -
sistema de impressão ofsete.
Fator de Reprodução (FR): 210/52.5 = 0.4
Fator de Qualidade (FQ): 2
Lineatura recomendada: 150 lpi
Cálculo da resolução de entrada: RE = FR X FQ X LPI = 0.4 X 2 X 150 lpi = 120 dpi
Interpolação em Bitmaps
Uma boa captura do original (denomina-se digitalização) é meio caminho andado para uma boa impressão. O mesmo original,
se for ser utilizado para finalidades diferentes deve, preferencialmente, ser capturado novamente para cada uma delas. Se, após
digitalizado, fizermos alterações na quantidade de pixels de um bitmap, estamos “interpolando”, ou seja, se aumentarmos a
quantidade de pixels de uma imagem digitalizada, estamos “inventando” informações e se, do contrário, diminuirmos, estamos
eliminando informações pré-capturadas. Entretanto, quando se usa o fator de qualidade = 2, ligeiras alterações nas dimensões
das imagens (até 25%) não comprometem o resultado final.
A seguir veremos o resultado obtido a partir da captura de uma fotografia utilizando resoluções variadas e, ao lado, o resultado
obtido pela digitalização e interpolação:
Origem: arquivos do scanner Origem: interpolados no Adobe Photoshop
Resolução: 50 ppi – tamanho do arquivo = 30Kb
Aspecto embaçado, ruim para a reprodução em qualquer
dispositivo, mesmo na tela do computador.
Resolução: 100 ppi – tamanho do arquivo = 47Kb
Na tela o aspecto é bom, praticamente idêntico ao da imagem
com 300ppi, mas e na impressão? Ideal para internet e monitor
(até um pouco acima).
Resolução: 300 ppi – tamanho do arquivo = 153Kb
Na tela o aspecto é ótimo, na impressão também ficou
adequado. Poderia ser impresso em lineatura = 150lpi.
Resolução: 300 ppi interpolados (=50dpi) – 85Kb
Aspecto embaçado, ruim para a reprodução em qualquer
dispositivo, mesmo na tela do computador, ou seja, de nada
adiantou aumentar a resolução e o arquivo ainda ficou três quase
vezes maior.
Resolução: 300 ppi interpolados (100dpi) – 108 Kb
Aspecto embaçado, ruim para a reprodução em qualquer
dispositivo, mesmo na tela do computador, ou seja, de nada
adiantou aumentar a resolução e o arquivo, em Kb ainda ficou
mais que duas vezes maior.
Resolução: 50 ppi interpolados (300dpi) – 31Kb
O arquivo ficou praticamente 5 vezes menor, mas o resultado...
ou seja, não adianta querer fazer mágica!
Impressão é regitro
Sabemos que as imagens são impressas cor a cor, através do sistema
de reticulagem e separação de cores (exceto na impressão digital).
Por vários motivos podemos ter a falta de registro na hora da
impressão. Este “registro” nada mais é do que o encaixe de uma cor
sobre a outra. Dentre os principais motivos que dificultam o registro
estão: regulagem da máquina e dilatação do suporte (seja por
penetração de água e/ou tinta, seja pelo tracionamento da bobina em
impressões rotativas). Este problema é ainda mais freqüente em
sistemas menos automatizados (como a serigrafia, por exemplo) e/ou
impressoras monocolores onde, para se imprimir uma quadricromia
(4 cores) Felizmente, existem alguns cuidados na execução dos
arquivos e artimanhas de pré-impressão que evitam este problema.
Falta de registro em textos:
- É recomendável evitar utilização de textos que
utilizem mais de duas cores (CMYK) e, de
preferência evitar a necessidade de encaixe de cores
em textos pequenos.
- Quando utilizar textos em branco sobrepostos em
fundos em cores, evitar usar letras com menos de 10pt
de tamanho e tipografias (tipos de letra) com detalhes
muito finos. Caso contrário, os textos podem dar a
sensação de “fantasma’, como aquele das televisões
sem sintonia, prejudicando, inclusive, a sua leitura.
- Prefira, se tiver que usar textos em cores ou sobre
fundos em cores, usar corpo de letra acima de 12pt e
tipos “bold” (negrito).
- No caso dos textos em preto, quando utilizar sobre cores, solicitar ao bureau de pré-impressão que faça o uso de
OVERPRINT para evitar o aparecimento de um “filete” branco. O overprint é como se adicionássemos ao preto as cores que
estão abaixo dele, ou seja como se imprimíssemos o fundo e preto por cima.
Falta de registro em chapados / ilustrações:
Quando temos objetos “encostando” nos outros em um layout,
a falta de registro pode gerar “filete branco”. Isto acontece,
por exemplo, em uma logomarca que possua um elemento
vermelho (M+Y) encostado em um elemento preto. Como
estes dois elementos não em cores em comum, surgirá uma
linha branca, caso a cor preta não encoste na vermelha por
falta de registro.
Para solucionar o problema acima descrito, existe um
recurso chamado TRAPPING, que cria uma espécie de
contorno com as cores dos dois objetos que se encostam, um
ajuste. O trapping é também um defeito, mas é menos visível
que a falta de registro e pode ser feito no próprio software de
ilustração ou na hora da saída do arquivo - converse com seu
bureau de pré-impressão.
O trapping também pode ser realizado em textos, tomando-se o cuidado de não exagerar.
Neste caso, se for utilizar o recurso no software (em geral de ilustração), o texto tem que se
convertido em desenho antes de ser executado o trapping (função create outlines / converter
em curvas). De outra forma, este recurso é configurado na hora da saída. Cuidado para não
exagerar.
Matrizes Gráficas
Computer-To-Film (Do computador para o filme)
Esse processo está baseado na produção, diretamente do computador, de filmes (fotolitos) que serão utilizados na gravação de
matrizes para impressão.
O fluxo baseado em filme requer controle muito refinado dos processos de gravação de filme pelo image setter , revelação
química dos filmes, cópia e revelação de chapas.
Prensa UVRevelação
Impressão
scanner
Gravação de Chapas Offset:
A matriz para o sistema offset pode ser de fotopolímero, para pequenas tiragens (até
5.000 cópias), ou de metal para tiragens superiores. Normalmente as chapas metálicas
são de alumínio, de zinco ou podem ter ainda uma composição bimetálica ou
trimetálica. Caracterizam-se por possuírem os grafismos numa posição de leitura
correta, tanto no caso das chapas pré-sensibilizadas positivas como das pré-
sensibilizadas negativas. Isto se deve ao fato do offset ser um processo de impressão
indireto. A matriz offset começa por ser uma chapa lisa, nua de grafismos, que possui
uma camada sensível de um dos lados e que vai ser gravada com as imagens que irão
r impressas.
esc
dida estabelecida para cada máquina. Esta margem de cerca de 10mm
mo
inta, a chapa deverá ser protegida
da luz, caso contrário os grafismos desaparecerão.
se
Obtenção da matriz (processo analógico):
Para se proceder à gravação de uma chapa pré-sensibilizada positiva, são necessários fotolitos (em positivo) que devem possuir
a emulsão não invertida (camada do lado que está «a não ler») para que possam ser gravados na chapa a ler. Esses fotolitos são
montados num suporte de montagem transparente, designado por «astralon». Para controlo na fase de impressão é usada uma
destina-se às garras de fixação da chapa no
ará pronta a ser
ala de cor que é montada do lado da saída da impressão e paralela ao cilindro impressor.
Depois de montados, os fotolitos são colocados numa Prensa de Contatos e em contato com a face sensível da chapa
(emulsão com emulsão) tendo o cuidado de deixar uma margem livre de grafismos, do lado da boca da máquina, de acordo
com a me
cilindro.
A futura matriz irá agora sofrer uma insolação de uma luz da gama U.V. (Ultra-
violeta) após a qual levará um banho de revelação que retira da chapa a parte da
camada afetada pela luz e um banho de fixação que pára o efeito do revelador. A
chapa é então lavada por água corrente e poderá ser retocada para que sejam limpas
pequenas sujidades que sejam visíveis. Neste momento a chapa est
ntada na máquina de impressão para servir de matriz impressora.
No caso da chapa não ser utilizada de imediato, ela deverá ser coberta por uma
tinta preta de proteção, que tem a finalidade de proteger os grafismos da luz. Esta
tinta de base gordurosa é aplicada com a chapa úmida pelo que não adere à zona do
contragrafismo. No caso de não ser aplicada esta t
Computer-To-Plate (Do computador para a chapa)
Nessa possibilidade do processo produtivo a image setter , equipamento responsável pela confecção de filme é substituída por
out
também a cópia e revelação de chapas. Porém,
devemos lembrar que a necessidade do controle digital da fase de preparação do trabalho a ser enviado para a chapa deve ser
ainda maior, visto que o custo das chapas é muito maior que o custo do filme.
ste no seguinte:
. A seguir, é transportada para um tambor onde a imagem será reproduzida em sua superfície
ssamento que consiste em revelação,
Co
a matriz de impressão obtida a partir da
gra
mputadores, não havendo portanto necessidade de revelação. Como a exposição é realizada simultaneamente em todas as
hapas não há necessidade de ajuste de registro e a abertura dos tinteiros possui controle computadorizado. Com este processo
ém-se um bom resultado, porém devido ao seu alto custo é direcionado para impressões rápidas e de pequenas tiragens.
ro equipamento, a plate setter, que grava diretamente em chapas de impressão. Há também a possibilidade de se usar um
duo setter, capaz de gravar tanto chapas quanto filmes.
Se a tecnologia computer-to-film já eliminava gravação e revelação de filmes negativos e positivos, podemos perceber que
nesse processo não se tem contato com produto químico, pois, eliminamos
Trata-se de uma tecnologia de alto custo e sofisticação e seu funcionamento consi
1. Um dispositivo remove a chapa de alumínio de um cassete onde está armazenada
CTPlate Impressão
2. A chapa é destacada da folha de proteção que cobre sua camada fotossensível
3
4. Uma vez exposta a chapa será transportada para um sistema automático de proce
retoque, lavagem, endurecimento e armazenagem.
mputer-To-Press (Do computador para a máquina de impressão)
Trata-se de um sistema de impressão digital, que trabalha com produção de um
vação de uma imagem em uma chapa com as mesmas características da impressão off-set, com uma única diferença.
No sistema off-set convencional, a imagem é gravada sobre a chapa por meio de uma película fotossensível aplicada a sua
superfície, sendo esta gravação obtida mediante a exposição à luz de um fotolito.
Na impressão digital a imagem é gravada diretamente na chapa por raio laser, que expõe de arquivos gerados em
co
c
obt
scanner
CTPress Impressão
scanner
Impressão
Computer-To-Print (Do computador para impressão) ou Impressão digital
No processo de impressão digital não existe matriz, a imagem é criada através de cargas elétricas em cilindros metálicos
internos das máquinas que atraem o pigmento e o transferem para o suporte.
Como não existe uma matriz fixa, na impressão digital é possível se imprimir uma imagem para cada giro da máquina,
tornando assim verdadeiro o processo de personalização do trabalho. Cada folha pode conter informações relativas ao cliente
com o seu nome, foto e cada produto pode ser feito na quantidade desejada mesmo que seja uma única peça.
É bom Lembrar que a impressão digital ainda não atingiu a qualidade obtida na impressão offset convencional que utiliza,
obviamente, as chapas.
Essa tecnologia se torna viável para pequenas tiragens. Como os custos fixos de produção são proporcionais à quantidade
de impressos, para as grandes tiragens o preço torna-se inviável se utilizar tal tecnologia hoje disponível.
PostScript X PCL
Antes de aprendermos como fechar um arquivo, é importante saber que todas as impressoras possuem uma ou mais linguagens
de impressão.
A linguagem Post Script foi desenvolvida pela Adobe Systems e é padrão em todas as impressoras profissionais, tais como:
image-setters, copiadoras coloridas, plotters, plate-setters e outras como alguns modelos de jato de tinta e laser.
É uma linguagem de descrição de página, em que todos os elementos de página (textos, ilustrações e fotos) são descritos na
forma de texto para serem impressos da maneira mais profissional possível. Esta linguagem possui três versões: PostScript
Level (nível) 1,2 ou 3.
A outra linguagem disponível para impressoras é a PCL. Desenvolvida pela Hewlett Packard, se tornou um padrão na
maioria das impressoras jato de tinta e laser. É uma linguagem eficiente, mas pobre em recursos profissionais, pois não suporta
o principal formato profissional de exportação: o EPS (Encapsulated PostScript).
Drivers e PPDs
Veremos que para fechar um arquivo temos que instalar no nosso computador a impressora onde ele vai ser impresso. Para isso
usamos o driver que é o software que permite ao Sistema Operacional controlar a impressora. Uma impressora PostScript
sempre necessita, também, de um PPD (PostScript Printer Description) para funcionar. Alguns aplicativos, como o Page
Maker, Illustrator e outros pedem, na hora da impressão ou fechamento, o PPD.
Os drivers e PPDs das impressoras são específicos para cada bureau pois cada um deles tem impressoras diferentes (ou de
um mesmo fabricante e modelo, porém com alguma característica diferente). Esta é justamente a função do PPD: descrever
para o driver e complementá-lo, de maneira mais específica, os formatos de impressão, resolução máxima e outras
características. O PPD complementa as informações dos drivers.
Para instalação dos PPDs na plataforma Windows, basta que eles sejam copiados para o diretório PPD normalmente
localizado nos diretórios do Page Maker, Quark, Illustrator ou Freehand. O Page Maker, por exemplo, usa a pasta
c:pm65rsrcbrasilppd4.
Fechamento de arquivos
Fechar arquivos é algo muito simples. Tão simples quanto imprimir, porém toda vez que for enviar um arquivo para uma
gráfica ou bureau, consulte-os para saber certas especificações como: lineatura e ângulo das retículas, separação ou não de
cores e outros detalhes que são variáveis. Existem livros que esclarecem todos os detalhes sobre fechamento, por exemplo
podemos citar “ Preparação e fechamento de arquivos para birôs – Windows e Macintosh” de Ricardo Minoru e distribuído
pela editora Érica.
Visualizando um arquivo fechado
Até pouco tempo atrás, não havia como visualizar o arquivo fechado. Ele era enviado para a gráfica ou bureau e lá, então,
conferido. Caso houvesse algum erro, era necessário seu reenvio.
Hoje temos como visualizar um arquivo fechado, diminuindo dessa maneira um provável reenvio. Usaremos para isso dois
programas: Adobe Acrobat Distiller e Adobe Acrobat Reader .
O Distiller é usado para converter o arquivo postscript (.ps) em arquivo com tecnologia pdf (Portable Document Format),
que é um formato de arquivo criado pela Adobe e permite o envio de documentos formatados para que sejam vistos ou
impressos em outro lugar, sem a presença do aplicativo que o gerou. O pdf foi concebido para distribuição eletrônica pois é um
arquivo muito leve, logo depois criada uma compatibilidade com impressoras profissionais como image setters, por exemplo,
passou a ser usado para substituir os arquivos ps na impressão profissional; com uma grande vantagem: o tamanho do arquivo
é bem menor.
O uso do Distiller é muito simples. Ao abrir o arquivo com extensão ps, ele automaticamente entra na tela “Salvar como”
para que salvemos em pdf.
O Acrobat Reader, é um programa gratuito que vem junto com quase todos os programas hoje em dia, podendo também ser
“baixado” pela Internet. Sua função é única e exclusivamente a de ler arquivos em pdf.
Dessa maneira, podemos fechar o nosso arquivo normalmente, usar o Distiller para convertê-lo em pdf e depois abri-lo no
Reader para conferir. Estando ok, há uma grande possibilidade que na gráfica tudo ocorra bem.
Fontes
As fontes são conjuntos de caracteres e símbolos desenvolvidos em um mesmo desenho. Esse desenho de letra ou caractere é
chamado de tipo.
Atualmente, na área de editoração eletrônica, utilizamos as fontes redimensionáveis, ou seja, que podem ser ampliadas e
reduzidas sem que percam a qualidade (vetoriais).
Existem, atualmente duas principais tecnologias de fontes para a área de editoração eletrônica: o padrão Adobe e o padrão True
Type.
Fontes True Type
Foram desenvolvidas pela Apple e Microsoft e incluídas como fontes de sistema tanto no Windows como no Mac OS. Por não
serem diretamente compatíveis com a linguagem PostScript, têm de ser convertidas no padrão Adobe no momento da
impressão em uma impressora profissional.
Fonte Adobe
Também chamadas de fontes Tipo 1 ou PostScript, foram desenvolvidas pela Adobe Systems para serem absolutamente
compatíveis com a linguagem PostScript. Apesar disto, nada impede sua utilização em impressoras de linguagem PCL.
Confiabilidade das fontes
Em relação à qualidade e confiabilidade dos dois padrões nas plataformas Windows e Mac, podemos dizer que, num trabalho
enviado para ser impresso numa image-setter em que só foram utilizadas fontes Tipo 1, a probalidade de enfrentar problemas
com o texto é muito menor, pois estas são totalmente compatíveis com a linguagem da impressora. Se no trabalho fossem
utilizadas fontes de padrão True Type, elas seriam convertidas pelo driver da impressora para o padrão Tipo 1 o que, às vezes,
ocasiona problemas, resultando em impressões com o texto recorrido, ou na fonte Courier.
Restrições
Existem bureaus de pré-impressão que não fazem restrições a nenhum dos dois padrões, outros que recomendam a seus
clientes a só utilizarem fontes de padrão Adobe e outros, ainda, que se recusam a aceitar trabalhos nos quais foram utilizadas
fontes True Type.
Onde obter fontes
Gratuitamente, as fontes estão disponíveis nos CDs do Corel Draw (cerca de 1200) e nos CDs que acompanham o PageMaker
e Adobe Illustrator. Elas podem, também, ser adquiridas por meio do Adobe Font Folio e Adobe Type and Call. Pela Internet
você encontrará uma listagem das principais Font Houses no site da publish (www.publish.com.br). Nunca adquira fontes em
banca de jornal, na Internet (a não ser em sites de fabricantes), fóruns de discussão ou de qualquer outra origem desconhecida.
Na dúvida, faça um teste antes no seu bureau.
Quantidade de fontes habilitadas
É muito comum os usuários possuírem centenas e até milhares de fontes habilitadas em seu sistema, com o intuito de poder
escolher fontes para um determinado projeto. Acontece que cada fonte ocupa cerca de 64Kn, logo 100 delas ocuparão
preciosos 6.4Mb da memória RAM. Isto afeta profundamente a performance da máquina, podendo até causar problemas, tais
como: o Page Maker não abrir acusando um erro de DLL.
Cuidados na criação dos arquivos
Durante a criação do original e seu respectivo envio para o bureau de fotolitos, devemos ter conhecimentos e cuidados com
algumas questões que serão detalhadas.
O processo de impressão offset introduziu a utilização de originais fotográficos. Ao conjunto de operações desde a
produção de textos até a gravação de matrizes ou chapas para a impressão chama-se pré-impressão. Neste processo, pode-se
reproduzir trabalhos a traço (textos e ilustrações em branco e preto), e tons contínuos (fotos e ilustrações desenhadas).
Retículas
Os procedimentos de impressão impossibilitam a reprodução de um
original em meio tom, fazendo-se necessário a reticulagem do original
durante o processo de reprodução. Este processo explora uma ilusão de
ótica pois, se os pontos com tamanhos diferentes forem impressos com
espaçamento regular numa trama suficientemente fina, os olhos os vêem
como sombra cinza ao invés de um amontoado de pontos; possibilitando
a reprodução de originais meio tom.
Examinadas de perto ou com o auxílio de uma lupa, as imagens
revelam sua verdadeira face: Um mosaico de pequenos pontos de tinta
dispostos em forma regular sobre a superfície branca.
Três características principais definem uma retícula convencional (as retículas estocásticas, ainda pouco usada pela
indústria gráfica, funcionam de maneira diferente e não serão abordadas nesse curso) o formato dos pontos, a lineatura ou
freqüência e a angulação.
Quanto ao formato, a grande maioria dos processos de geração de fotolitos emprega pontos redondos ou arredondados.
As duas outras características são variadas e tem importância fundamental na técnica de reprodução de originais e
impressos.
Lineatura
Ao transformar fotos em originais reticulados, o operador precisa definir a quantidade de pontos que serão gerados para cada
área da imagem. Como as retículas podem ser visualizadas na forma de todas as paralelas de pontos, usa-se a denominação
lineatura ou freqüência para definir este valor. Gráficas e fotolitos convencionais costumavam utilizar a medida em linhas por
centímetro (lpc). Os programas de editoração eletrônica adotam normalmente o padrão norte americano de linhas por
polegadas (lpi – lines per inch) que está se tornando dominante no mercado. De qualquer modo, as medidas são conversíveis,
bastando multiplicar o número de lpc por 2,54 para obter o valor em lpi (60 lpc é aproximadamente 150 lpi).
Em teoria quanto maior o número de lpi, menores são os pontos, mais definida fica a imagem impressa e mais perfeita é a
ilusão ótica de tom contínuo.
Nas condições reais de trabalho, a definição da lineatura está atrelada às limitações dos processos de impressão e às
características dos papéis, que apresentam graus variáveis de dificuldade em lidar com pontos muito pequenos ou muito
próximos entre si.
Pode-se dizer que processos baseados em tipografia e flexografia pedem lineaturas mais baixas, entre 60 e 100 lpi.
Impressoras offset rotativas, assim como as de rotogravura, aceitam valores maiores, entre 100 e 150 lpi.
Máquinas offset planas de boa qualidade podem manusear sem problemas lineaturas entre 133 e 200 lpi.
Impressoras dry off-set podem trabalhar com retículas ainda mais finas. Do mesmo modo, papéis lisos e revestidos (como o
couchê) aceitam lineaturas mais altas enquanto que papéis não revestidos e do tipo jornal exigem valores menores para a
obtenção de um bom resultado.
Angulação da Retícula
A segunda característica que nos interessa nas retículas é a sua angulação ou inclinação.
As linhas de pontos podem ser vistas como um conjunto de paralelas dispostas em um determinado ângulo em relação ao
papel onde estão impressas. Para fins de padronização, considera-se como referência uma reta vertical que atravesse o
impresso de alto a baixo. Uma retícula cujas linhas estejam perfeitamente alinhadas com esta reta ocupa o Ângulo 0º e, em
função de poder ser vista nas duas direções, também o ângulo perpendicular 90º. Ao girarmos a retícula no sentido horário o
valor do ângulo aumenta para 30º/120º e 45º/135º.
A prática demonstra que a ilusão do tom contínuo é ligeiramente mais eficiente quando a retícula está inclinada em relação
à vertical do papel, porque a angulação dificulta que o observador perceba isoladamente os pontos. Por isso, a maioria das
fotos preto e branco são impressos com retículas 45º. Fotos coloridas empregam uma combinação de ângulos.
Quando mais de uma cor é utilizada para a reprodução, os meios tons reticulados de cada uma delas precisam estar
dispostos em diferentes ângulos, formando figuras semelhantes a rosáceas. A orientação de um meio tom para o outro se
chama inclinação de retícula. No método tradicional, as retículas são colocadas em ângulos diferentes e então fotografadas. No
sistema digital, estes ângulos podem ser determinados pelo editor ou então na saída final do fotolito na pré-impressão.
Se as retículas são uma engenhosa solução para os problemas dos tons contínuos, são também as grandes responsáveis
pelas dores de cabeça que enfrentamos ao reproduzir fotos impressas. Se o olho humano não individualiza os pontos e os
enxerga como tons de cinza ou cor, o mesmo não acontece com os scanners de alta resolução. Na captura e reimpressão das
imagens, os pontos da retícula previamente impressa entra em conflito com as células óticas do scanner e também com as
retículas do novo fotolito. Surge o moiré, que também pode ser gerado quando retículas de cores diferentes estão com a mesma
inclinação. Para evitá-lo basta manter as inclinações convencionais das quatro cores com os seguintes ângulos:
Preto - 45°
Magenta - 75°
Amarelo - 90° ou 0º
Cian - 15°
O Moiré
Em artes gráficas, basicamente dois tipos de moiré são comuns com os que trabalham com imagens: o moiré de scanner e o
moiré de sobreposição de retículas.
O moiré de sobreposição surge quando dois padrões de retícula – com freqüência e/ou inclinações diferentes – são
aplicados um sobre o outro.
O moiré de scanner acontece quando os pontos de retícula são captados gerando padrões (rosáceas das retículas para gerar
uma cor). Por isso devemos digitalizar originais (fotos, cromos ou negativos) e não de impressos.
Além de gerar texturas estranhas sobre a imagem, o moiré também pode alterar as cores originais.
A Cor
A cor é um fenômeno ocorrido entre a interação de três elementos: fonte luminosa, objeto e observador. Sem a presença de um
destes três elementos não podemos falar sobre o fenômeno cor.
Assim, a primeira conclusão a que podemos chegar é que a cor é um fenômeno subjetivo, ou seja, que depende do
observador. Mudando-se o observador a cor também será percebida de uma maneira diferente pois cada pessoa possui uma
sensibilidade cromática diferente.
Podemos definir a luz como uma forma de energia que se propaga em ondas eletromagnéticas.
Quando o olho humano recebe uma onda com comprimento de 1 metro nada ocorre, porém ao receber ondas
compreendidas entre 400 e 700 nm (nanômetros, 1nm = 10-9 metro = 0,000000001) temos a sensação das cores.
Esta parte do espectro eletromagnético, entre 400 e 700 nm é chamada de espectro visível em três partes proporcionais
teremos a predominância de três cores: Vermelho, Verde e Azul Violeta que traduzidas para o inglês serão: Red, Green and
Blue, ou seja, RGB. A luz branca é luz formada pela adição destas três luzes coloridas RGB, no sistema conhecido como
Síntese Aditiva que pode ser observado em qualquer monitor de computador ou televisão que possui somente fósforos destas
três cores e podem compor todas as demais cores que observamos.
Pode-se criar cores através da mistura de pigmentos coloridos (Síntese subtrativa), e a maneira mais conhecida em Artes
Gráficas, é a utilização das cores (Cyan, Magenta e Yellow) somadas ao pigmento Preto (Black) formando o também
conhecido CMYK. Através da mistura em diferentes proporções de CMYK podemos formar todas as cores visualizadas em um
material impresso.
Determinando valores para as cores
O simples nome da cor não é suficiente para informarmos ao impressor que cor desejamos obter no trabalho impresso, se
fazendo necessária a determinação numérica da cor para que possamos predizer o resultado desejado.
Então podemos determinar a cor por meio da combinação numérica do sistema RGB ou do sistema CMYK, também
chamados espaços de cor. Por exemplo, uma cor pode ser informada da seguinte forma no espaço CMYK: 0% de ciano, 100%
de magenta, 100% de amarelo e 0% de preto, ou no espaço RGB: 182 vermelho, 0 verde e 38 no azul. Lembrando que CMYK
opera de 0 a 100% em escala e RGB com tom de 0 a 255.
Desta maneira podemos informar as cores desejadas de maneira precisa e assim as cores serão mais próximas do que
esperamos.
Porém é justamente com estes números que começam os nossos problemas, pois os espaços de cor RGB e CMYK são
dependentes , ou seja, a cor resultante destes sistemas não depende somente das quantidades determinadas mas também das
tintas, monitor, máquinas impressoras e tudo o mais utilizado na sua reprodução.
Por exemplo, 100% de magenta e 100% de amarelo resultará em vermelho, porém se mudarmos a marca da tinta o
vermelho obtido com estes mesmos valores será completamente diferente, pois o sistema CMYK é dependente da tinta
utilizada. Da mesma forma, os valores em RGB citados também resultam em vermelho, mas a mudança de monitor fará com
que vejamos duas cores distintas.
Então, para determinar numericamente uma cor e saber que teremos a mesma reproduzida ao final do processo, a CIE
(Comission International de L’clairage – Comissão Internacional de Iluminação) estudou a forma como o olho humano
percebia as cores para, a partir daí, criar um espaço de cores que fosse independente dos equipamentos e processos de
produção, um sistema que determinasse numericamente as cores e essas sempre fossem iguais em qualquer condição de
produção.
Em primeiro lugar, visto que a cor depende da iluminação na qual é observada, padronizaram as fontes luminosas sob as
quais devemos observar os materiais coloridos, e assim surgiu a iluminação padrão para observação chamada de CIE D50 (Day
Light, 5000º Kelvin). Assim devemos padronizar a iluminação do local de aprovação de cores para minimizarmos variações
nas cores observadas.
São três as características que diferenciam as cores aos nossos olhos: Tom, Saturação e Luminosidade HSL (Hue,
Saturation and Lightness).
O Tom se refere à tonalidade predominante da cor, por exemplo, Vermelho, Azul e etc...
A Saturação determina o grau de pureza desta cor e o quanto ela está próxima ou afastada dos tons neutros de cinza, branco
ou preto.
A luminosidade determina o quanto a cor está próxima da luminosidade total (branco) ou de sua falta (preto).
A partir destas três grandezas criou-se o espaço de cores xyY no qual podemos determinar o valor numérico de uma cor
através de três coordenadas cartesianas sendo que os valores de xy determinam as mudanças nos valores de Tom e Saturação,
enquanto o valor Y determina o valor da luminosidade.
A CIE ainda criou outros espaços de cor e entre eles o mais importante para as Artes Gráficas é o sistema CIE Lab que é
muito similar ao xyY, porém possui algumas melhorias na distribuição espectral que o aproximam ainda mais da percepção do
olho humano.
Seleção de cores
Para se reproduzir um original colorido, é necessário decompô-lo para se obter as quatro cores primárias do processo gráfico:
cian, magenta , amarelo e o preto. Isto é conseguido por se fotografar o original através dos filtros que correspondem às suas
cores complementares: vermelho, verde e azul (RGB – do inglês red, green e blue). Quando seleciona-se uma cor pelo
processo DTP(Desktop Publishing, ou Editoração Eletrônica), o programa informa a porcentagem de cada uma das 4 cores
usadas para a formação daquela tonalidade.
Formas de composição de cores
Existem sistemas menos complexos para determinação das cores, que apresentam certas limitações, mas podem ser de grande
valia na ausência de sistemas informática.
Talvez o sistema mais largamente conhecido seja a escala de cores Pantone, onde podemos especificar uma cor escolhendo-
a em uma tabela impressa que possui a “fórmula” para sua confecção.
O sistema Pantone possui várias escalas de cor, sendo as mais conhecidas aquelas que se utilizam da mistura na
composição das tintas (Formula Guide) e a que se utiliza da mistura de porcentagens de ponto das tintas CMYK (Color
Process), ambas utilizando as tintas próprias da Pantone.
As escalas de cores Pantone já possuem aplicações digitais onde as cores são escolhidas e aplicadas diretamente no
computador através do programa Pantone Color Drive, disponível tanto para Macintosh quanto para Windows.
Aos criadores de páginas para a Internet também existem aplicações como o Pantone ColorWeb, que se utilizam da
linguagem HTML para determinação de cores para home-pages.
Para trabalhos impressos de maior exigência quanto ao impacto visual das cores, existe a possibilidade da impressão
utilizando-se mais cores além do CMYK, são os chamados sistemas Hi-Fi Color ou similares.
Nestes sistemas geralmente utilizamos, além das cores CMYK, mais três cores: Verde, Laranja e Azul-Violeta, o que
aumenta consideravelmente a quantidade de cores reproduzíveis aumentando o apelo visual do material impresso.
Mais uma vez encontramos no sistema Pantone o seu Hexachrome para impressão a mais de quatro cores.
Cores Pantone são cores especiais, para cada uma usada é necessário um filme e uma chapa pois as elas não podem ser
diluídas no processo CMYK. As paletas Pantone (que são vendidas no mercado gráfico) indicam os percentuais para se atingir
aquela cor específica. Quando a gráfica recebe de um cliente um arquivo com uma cor dessa paleta, ela é obrigada a gerar seus
fotolitos, inclusive um especial para aquela cor Pantone, gravar as chapas e antes de imprimir misturar as tintas que compões
tal cor. Utilizando, portanto, uma quinta cor.
Sistemas de Gerenciamento de Cores
Os softwares de gerenciamento de cores utilizados atualmente estão baseados nos sistema CIE xyY e CIELab. Os valores RGB
e CMYK dependentes são convertidos para os sistemas independentes da CIE para que sejam mantidas as cores durante o
processo de reprodução.
O gerenciamento de cores possui três fases distintas, a calibração, a caracterização e a conversão a saber:
- A Calibração é a fase na qual devemos garantir que todos os equipamentos utilizados estejam funcionando perfeitamente.
- Por exemp1o, se no programa está determinando 50% de C, a imagesetter deve reproduzir 50% no filme do Cyan, caso
contrário este equipamento não estará corretamente calibrado. Geralmente esta fase é a mais complexa pois requer controles
rígidos e periódicos no funcionamento dos equipamentos, químicos e matérias-primas utilizadas.
- Uma vez calibrados todos os equipamentos, podemos iniciar o uso dos gerenciadores de cores, os softwares que trabalham
conjuntamente com o hardware Colorímetro ou Espectrofotômetro, ambos equipamentos capazes de ler valores de xyY e Lab.
- A fase de conversão é justamente aque1a em que os espaços de cor nativos dos equipamentos RGB ou CMYK são
convertidos pelo software em xyY ou Lab.
- A fase de caracterização é aquela na qual será determinada a forma que os equipamentos utilizados reproduzem as cores.
Calibração de monitores
Uma das maiores dificuldades de quem trabalha com tratamento de imagem e correção de cores em editoração eletrônica é
conseguir um ajuste de monitor que garanta um mínimo de fidelidade entre o que se vê na tela e o resultado final impresso. O
que pouca gente sabe é que a chamada “calibração de monitor” pode ser feita de um modo mais simples, rápido e sem
necessidade de softwares e equipamentos caros. Deixando bem claro que não vai alcançar os mesmos resultados, muito embora
melhore bastante. Basta seguir alguns procedimentos básicos, ter alguma prática no uso das cores e uma boa dose de bom
senso. É importante lembrar que essas dicas serão necessárias mesmo com um sistema de gerenciamento perfeito.
Neste tipo de tarefa, os microcomputadores Apple Macintosh são superiores aos modelos Windows por dois motivos: o
hardware dos Macs é mais homogêneo (no que diz respeito a interfaces e placas de vídeo) que o dos PCs; e o sistema
operacional Mac OS dispõe de um recurso interno de gerenciamento de cores mais sofisticado, o Color Sync.
Equipamentos e local de trabalho
O primeiro cuidado a ser tomado por quem quer trabalhar profissionalmente com imagens e cores é montar um local de
trabalho adequado e configurar seus equipamentos para que atenda as exigências mínimas desse tipo de serviço.
A sala onde os micros estão instalados deve ter iluminação suave, calibrada e estável. Não é fácil conseguir lâmpadas
adequadas, mas as fluorescentes de 5.000º K e alto índice de reconhecimento de cor (IRC > 80), como as da série Super 85 da
Philips, já ajudam bastante. Evite o excesso de iluminação. A luz suave e difusa permite que os monitores sejam usados com
menos brilho, o que garante melhor reprodução de cor e maior vida útil aos tubos.
Janelas devem ter cortinas ou persianas que bloqueiem ou reduzam significativamente a entrada da luz externa. Paredes,
teto e mesas devem ter tons neutros ou pasteis suaves. Mesas de luz (lightboxes) de temperatura calibrada (5.000º K), com luz
suave e difusa devem estar ao lado dos micros.
Os monitores devem estar ajustados (via Painel de Controle) para reproduzir milhões de cores (“true colors” nos PCs), na
resolução mais alta que suportarem. O papel de parede ou padrão da mesa de trabalho deve ser ajustado para um tom neutro,
preferencialmente um cinza 40 ou 50%, que pode ser preparado no próprio Photoshop a partir de uma imagem P&B
(grayscale).
Evite que os operadores fiquem com os monitores em posição contra-luz ou que haja reflexo das lâmpadas nas telas. Em
alguns casos, pode ser útil improvisar abas como as usadas nos monitores profissionais. Faça as abas com papel cartão preto
fosco e fixe-as às laterais do computador com fita adesiva de velcro, que permite sua retirada quando não estiverem sendo
utilizadas.
Programas e arquivos utilizados
Para fazer a calibração nos Macs é necessário Mac OS versão 8.1, ou mais recente, equipado com o Color Sync 2.6 ou
posterior – encontrado no disco de instalação ou pode ser encontrado no site www.apple.com/colorsync. PCs devem ter o
sistema de gerenciamento ICM instalado no Windows.
Além disso, será necessário o Adobe Photoshop versão 5 (de preferência atualizado para 5.02), 5.5 ou a masi recente 6.0
além do painel de controle Adobe Gamma (que é instalado junto com o Photoshop).
Para acerto da calibração, é preciso ter no micro o arquivo de algumas fotos em modo CMYK e o resultado dessas mesmas
fotos impressas, de preferência em impressora offset plana e usando papel couchê de boa qualidade. Ou ainda as provas de cor
(prelo, Cromalin® ou Matchprint®) dessas imagens.
Caso você não possua este material, tente consegui-lo no seu bureau de serviço. Escolha fotos com cores vivas e variadas,
além de tons neutros.
Por fim, será muito útil possuir um perfil ICC (ICC profile) com a caracterização do seu modelo de monitor. O CD do Mac
OS traz todos os perfis dos monitores da Apple. Alguns fabricantes disponibilizam os perfis na lnternet ou nos disquetes de
instalação que acompanham o equipamento.
Scanners
Os scanners permitem que o PC converta uma imagem em um código de forma que um programa gráfico ou de editoração
eletrônica possa produzi-la na tela e imprimí-1a através de uma impressora gráfica ou converter páginas datilografadas páginas
possíveis de serem editadas.
Há dois tipos básicos de scanners: Planos e Cilíndricos.
Scanners Planos
Os scanners planos, de tecnologia CCD (coupled charged devices) são aparelhos que capturam as imagens por meio de
milhares de pequenas células fotossensíveis (os CCDs), afixadas lado a lado numa barra posicionada num dos lados da área de
digitalização (normalmente no lado “superior”, onde se posiciona a parte de cima do original). Um carro, munido de tubo luz,
lentes e espelhos, corre sob a mesa de vidro, capta a luz refletida pelo original e envia para a barra de CCDs uma seqüência de
“fatias” paralelas da imagem. Cada um dos CCDs transforma essa luz em sinais elétricos de intensidade variável que são
convertidos em bytes de informação digital e formam os pixels da imagem.
O número de CCDs existentes na barra e quantidade de “fatias” que podem ser capturadas à medida em que o carro avança
determinam as resoluções óticas horizonta1 e vertical do aparelho. Essa resolução é medida em pixels por polegada (ppi) ou
dots por polegada (dpi), nomes equivalentes. Atualmente, a maior parte dos bons scanners de mesa oferece entre 600 X 600 ppi
e 1200 X 1200 ppi de resolução ótica (desconsidere a resolução interpolada, pois ela desfoca a imagem). Aparelhos
profissionais “hi-end” podem ir além dos 5000 ppi. Alguns fabricantes anunciam a resolução do seu scanner se baseando na
resolução interpolado, ao invés da resolução ótica (resolução real).
Scanners Cilíndricos
Nos scanners cilíndricos, um cilindro gira em alta velocidade. Durante cada volta, o sistema óptico "olha" para uma linha de
informação em torno do cilindro. Cada linha é constituída de pequenos pontos chamados pixels. Um pixel pode variar de um
centésimo até, aproximadamente, um milésimo de polegada, em diâmetro. Durante a análise de cada ponto, antes do sistema
óptico mover-se para o próximo, o raio de luz passa através dos filtros vermelho, verde e azul e atinge tubos
fotomultiplicadores. Os tubos fotomultiplicadores são sensíveis a diferentes níveis de luz. Eles medem as quantidades de luzes
vermelha, verde e azu1 que passam pelo original.
A intensidade dos sinais indica as quantidades de cyan, magenta e amarelo em cada ponto do origina1. Cada pixel é
gravado como um nível de cinza entre 256 possíveis para cada cor do processo. Até este momento a cor aparece apenas como
um nível de gris.
Enquanto o cilindro executa uma volta o scanner analisa os pixels em torno dele e registra um valor de cyan, magenta e
amarelo para cada pixel. Para calcular a quantidade de preto necessária em cada pixel, o scanner analisa os três valores lidos.
Quando os três sinais (cyan, magenta e amarelo) são altos, muito preto está presente. Se somente um ou dois dos sinais são
muito intensos é porque a cor não é preto. Ela pode ser uma cor saturada. Portanto, a área em questão necessita muito pouco ou
nenhum preto.
Depois do cilindro ter realizado uma volta completa, o sistema óptico do scanner move-se ao longo do comprimento na
medida da largura de uma linha de scan, que é igual à largura de um pixel. O cilindro executa uma nova rotação e o scanner
repete o processo até que toda imagem original seja analisada.
Boa parte do resultado conseguido na digitalização de imagens não depende apenas do equipamento utilizado, mas do
programa (ou do pacote de programas) que o acompanha. Seja na forma de drivers TWAIN, plug-ins ou softwares
independentes, esses programas definem parâmetros e fazem ajustes no scanner para que se obtenha imagens de melhor
qualidade. Muitas vezes, não é mais necessário capturar uma imagem “bruta” no scanner para depois trabalhá-la
extensivamente em um editor de imagens. Sistemas cada vez mais sofisticados permitem a produção direta de arquivos
praticamente prontos para impressão.
Quanto ao tipo de origina1, existem basicamente três:
• Originais opacos (ampliações fotográficas em papel, gravuras, desenhos, impressos, etc);
• Transparências positivas (cromos profissionais de diversos formatos e slides comuns);
• Transparências negativas (filmes fotográficos negativos, destinados a ampliações).
Nem todos os scanners planos aceitam transparências (muitos exigem um adaptador opcional), e a boa parte dos softwares não
possui sistemas de conversão cromática específicos para filmes negativos.
Cuidados gerais com o scanner
Trabalhar com imagens é sempre uma tarefa delicada, que exige cuidado, atenção e conhecimentos técnicos. É muito
importante garantir um certo padrão mínimo de qualidade dos originais, seja por uma seleção cuidadosa das melhores imagens,
seja pelo cuidado extremo em não sujar, danificar ou riscar as fotos. Fotografias, sejam elas cromos, negativos ou ampliações
em pape1, são sempre materiais muito delicados e a emulsão fotográfica é facilmente marcada por impressões digitais, poeira e
ciscos de difícil remoção.
Assim como os originais, também o scanner requer alguns cuidados. Primeiro, os equipamentos (em especial os de
cilindro) devem ser instalados em superfícies sólidas, estáveis e sem vibrações. Para evitar interferências elétricas, deixe-o
distante de luzes fluorescentes, reatores e transformadores. Garanta ao equipamento uma fonte de energia de voltagem
estabilizada e com um bom filtro de linha.
O scanner, sua mesa e seu entorno devem estar, sempre, o mais limpos possível. Um cuidado especial deve ser dedicado à
mesa de vidro ou ao cilindro. Restos de fita adesiva, cola ou óleo precisam ser completamente removidos, com extremo
cuidado para não riscar ou marcar o vidro ou pexiglass.
No caso de scanners planos, convém deixar a lâmpada do equipamento aquecer por cerca de meia hora antes de iniciar o
trabalho, especialmente se forem ser digitalizadas imagens coloridas.
Lâmpadas mudam de cor e de intensidade a medida em que aquecem, alterando o equilíbrio cromático. Alguns modelos de
lâmpadas costumam, além disso, apresentar melhores condições de iluminação na parte média da tubo, piorando nas pontas.
Por isso, em diversos scanners planos, os resultados são melhores quando se usa a faixa central da mesa de vidro.
Cuidado especial deve ser tomado com o posicionamento dos originais. Procure colocar as fotos perfeitamente alinhadas no
scanner, para evitar que tenham de ser rotacionadas posteriormente. A rotação de imagens (exceto em ângulos retos:
90º/180º/270º) causa, sempre, uma significativa perda de qualidade.
Além disso, os originais devem ser cuidadosamente fixados e mantidos o mais próximo possível da superfície da mesa ou
do cilindro, evitando a formação de bolhas de ar.
No caso de cromos e negativos, a face com emulsão (“gelatina”) deve ser colocada em contato direto com o vidro. Modelos
topo de linha (hi-end) costumam oferecer gabaritos apropriados para os cromos, além de recomendar o uso de óleos especiais
que garantem uma melhor reprodução e evitam o surgimento de refrações conhecidas como “anéis de Newton”.
Por fim, é importante realizar, regularmente, a calibragem cromática do equipamento com o software apropriado.
Gravação do Fotolito
Em sistemas como Computer-to-plate (CTP), Computer-to-press e Computer-to-print não é utilizado o fotolito (Filme em
positivo), havendo gravação do computador diretamente para a chapa ou máquina impressora. Dois sistemas de pré-impressão
utilizam fotolito, o método convencional e o computer-to-film.
Na pré-impressão convencional o original chegava impresso (arte-final) e era levado para a câmara escura, onde era
fotografado (filme negativo) e revelado (revelador, fixador e água). Quando o negativo secava seguia diretamente para a mesa
de luz onde seria retocado e as fotos seriam montadas (as fotos eram fotografadas e reveladas separadamente das páginas
impressas). Com o negativo pronto gerava-se um filme positivo através duma exposição de luz ultra violeta numa expositora
“vaccum printer”, o filme positivo (fotolito) era então revelado e secado.
Na pré-impressão digital, o arquivo é enviado diretamente do computador para o image-setter que grava a laser no filme
positivo (perceba que já foi cortado o uso do filme negativo). Depois de gravado o filme é enviado para a processadora (ou
reveladora) onde é revelado e secado. O fotolito já está então pronto para gravar a chapa, ou sendo mais precavido para realizar
um prova contratual.
O processo digital é bem mais rápido e oferece vantagens como: alta qualidade e o fato do operador não manipular
diretamente em produto químico pois o revelador, fixador e água ficam dentro da processadora, entretanto requer constantes
cuidados com a calibração ou linearização do image-setter, além de contar com equipamentos bem mais caros.
Sistemas de Provas de Fotolitos
A fim de se verificar a qualidade dos fotolitos obtidos em alta resolução, é necessário a confecção de uma prova que os
reproduza com fidelidade. É a chamada prova contratual, onde o cliente vai aprovar ou não a impressão do seu trabalho.
Adicionalmente esta prova orientará o impressor no acerto das cores de impressão.
Existem dois tipos de provas: analógicas e digitais:
Provas analógicas:
Obtidas a partir dos fotolitos finalizados na pré-impressão. Destacam-se o Cromalin® da Dupont e o Matchprint® da 3M.
Ambos com o mesmo princípio de funcionamento e com uma característica fundamental: são fiéis à reprodução do filme
exposto, possuindo as seguintes aplicações:
 verificação da separação de cores;
 prova de pré-impressão para o cliente;
 guia de cores para a produção gráfica;
 instrumento de controle de qualidade para a separação de cores, através de todas as fases de produção gráfica.
Outro tipo de prova analógica comumente utilizado é o prelo. Este apresenta uma vantagem em relação à prova Comalin e
Matchprint pois fornece uma escala de impressão, isto é, uma folha impressa de cada cor para que o impressor da máquina
offset tenha referenciais de carga de tinta, registro e etc.
Até um tempo atrás, os sistemas de provas de prelo eram considerados obsoletos, porque a obtenção de uma única prova
implicava em gravar um jogo de chapas e imprimi-las nestas máquinas que nada mais eram que simuladores de impressão. No
entanto, novos prelos automáticos são dotados de estações automáticas de cores que possibilitam o ajuste rápido, acerto de
entintagem e a reutilização da matriz na impressora offset.
Provas digitais
Provas de alta resolução obtidas a partir do arquivo, antes de se gerar os fotolitos. Obtém-se resultados excelentes, com um
custo competitivo. É especialmente indicada para as empresas que utilizam o sistema Computer to Press, onde a imagem da
matriz de impressão é obtida a partir do arquivo impaginado – sem o fotolito.
Gamut
Ao se referir a monitores e provas estamos falando de sistemas de reprodução distintos e que funcionam segundo princípios
físicos diferentes (daí serem comuns as diferenças entre ambos). Um monitor é basicamente um aparelho que funciona de
acordo com os princípios da Síntese Aditiva. Num impresso ou em provas de fotolitos, o que presenciamos é um processo de
Síntese Subtrativa.
As cores primárias da síntese subtrativa são empregadas nos pigmentos que compõem as tintas de processo (Cyan, Magenta
e Amarelo) e decompostas em pontos de retícula que formarão a imagem final.
Pela sua natureza, os fósforos usados nos monitores possuem uma saturação centenas de vezes superior às cores de
processo. Dessa forma, a quantidade de cores que um monitor pode reproduzir é muitas vezes superior à quantidade de cores
possível de se obter sob qualquer sistema de provas (relação de aproximadamente 150 : 1).
Quando falamos na quantidade de cores que um sistema consegue atingir usamos normalmente a designação ”Gamut”.
Monitores e provas possuem "gamuts" completamente distintos. A calibração 100% perfeita de um monitor deveria tornar
ambos os ”gamuts" coincidentes.
Há, portanto, cores em RGB sem conversão para CMYK ou que não sejam seguras para a Web, todos os aplicativos
voltados para a Indústria gráfica oferecem um símbolo (exclamação) acompanhado de um box com uma cor (imagem ao lado),
para alertar cores fora do Gamut de impressão. Basta clicar nele que o aplicativo vai escolher a cor mais próxima já mostrada
no quadrado aolado da exclamação. No Corel Draw e no Photoshop é oferecido um
comando chamado alerta de gamut, que “mancha” as cores que estão fora do gamut de
impressão.
Pré-Impressão - Problemas
Situação Problema
I) Ao fazer um folder você precisou digitalizar algumas imagens. Entretanto, as imagens originais (antes de serem
digitalizadas) tinham o dobro do tamanho final (que seria impresso). Sabendo-se que este folder será impresso em papel offset
(133 lpi) e que será “montado” em um software adequado:
a) Qual é a resolução de entrada que você deve utilizar para digitalizar as imagens?
b) Qual o modo de cor que deve ser utilizado nestas imagens: RGB ou CMYK?
c) Quais tipos de aplicativos devem ser utilizados? Justifique cada escolha, levantando as características e aplicações deles.
d) Quais os cuidados devo ter com as fontes?

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07 pre impressao

  • 1. Pré-Impressão Definição Como o próprio nome diz, a pré-impressão é a fase que antecede a impressão. Nesta fase são confeccionados os originais, são “impressos” os filmes gráficos (fotolitos) e ou matrizes (no caso dos sistemas computer to plate), gravadas as matrizes de impressão (a partir dos fotolitos), realizadas as provas de impressão, etc. Este também é o nome dado ao setor de uma gráfica que realiza o descrito acima. Em alguns casos temos fornecedores específicos de serviços e produtos de pré-impressão que prestam apoio às pequenas e médias empresas gráficas que não dispõe de capital para a implantação de um setor de pré-impressão. Resumindo, é a fase produtiva responsável pela concretização das idéias de um artista gráfico em um arquivo digital que possa ser reproduzido em sistemas de impressão em escala industrial. Preparação dos arquivos Há tempos atrás o original era preparado manualmente, como em fotocomposição, por exemplo, onde se utilizava de um paste- up. Hoje em dia os originais são produzidos no computador se utilizando de ferramentas para editoração eletrônica, dentre eles podemos citar: Corel Draw, Adobe Illustrator, Photoshop, PageMaker e QuarkXPress. Na hora de executar uma peça gráfica devemos escolher o aplicativo correto para um melhor fluxo de trabalho. Há vários softwares para a área gráfica, dos quais podemos ressaltar as seguintes classes: Editores de Texto: Não são considerados softwares gráficos, embora interajam com eles. Sua principal função para a área gráfica é editar textos, de preferência sem formata-los e nem importar imagens e ilustrações para dentro deles. São inúmeros os editores de texto existente no mercado, de diversos fabricantes e desenvolvedores, alguns gratuitos e outros não. Podemos destacar entre estes softwares o Microsoft Word, Corel Word Perfect, Writer (gratuito / suíte Open Office), etc. Os arquivos gerados por estes softwares devem ser salvos nos formatos .TXT ou .RTF para intercâmbio com outros softwares gráficos. Softwares Vetoriais: Esta é a denominação de aplicativos cuja principal função é a execução de ilustrações, logos e peças gráficas simples. Chamados vetoriais pela característica da execução de seus desenhos, baseados em entidades geométricas e cálculos matemáticos, estes softwares não são destinados à formatação de grandes quantidades de texto e nem à edição de imagens digitais (fotográficas). No mercado gráfico podemos destacar os principais: Corel Draw, Adobe Illustrator e Macromedia Freehand. Existem também softwares gratuitos com esta finalidade, como o Inkscape. Os arquivos gerados por estes softwares devem ser salvos nos formatos .EPS para intercâmbio com outros softwares gráficos, apesar de suas extensões nativas serem outras (.CDR, .AI, .FH, etc.). Softwares para Pintura, Manipulação, Tratamento e Retoque de Imagens Digitais: Os aplicativos pertencentes a esta classe trabalham com arquivos digitais abaseados em pixels, que são pequenos quadradinhos que formam as fotografias e outras imagens digitalizadas. A estas “imagens” damos o nome de bitmaps ou mapas de bits. São ideais para fazer fusões de imagens, retocar fotos, pintar ilustrações feitas à mão, corrigir cores em fotografias digitais, etc. No mercado gráfico podemos destacar os principais: Corel Photopain, Adobe Photoshop e Painter, dos quais o Adobe Photoshop é líder absoluto em utilização. Existem também softwares gratuitos com esta finalidade, como o Gimp. Os arquivos gerados por estes softwares devem ser salvos nos formatos .TIFF , . JPG , .EPS ou .DCS para intercâmbio com outros softwares gráficos, apesar de suas extensões nativas serem outras (.PSD, etc.). Softwares para Layout de Página: Também chamados de diagramadores, estes são os softwares responsáveis pela disposição (layout) dos elementos gráficos nas páginas, sendo que os recursos de desenho e manipulação de imagens nestes aplicativos são escassos. Por outro lado o posicionamento, formatação e paginação são bastante complexos. Os arquivos executados nos demais softwares citados acima são importados para os softwares de paginação para que as peças gráficas sejam finalizadas. No mercado gráfico podemos destacar os principais: Adobe Pagemaker (em descontinuação), QuarkXpress e Adobe Indesign (substituto do Pagemaker). Existem também softwares gratuitos com esta finalidade, como o Scribus. Os arquivos gerados por estes softwares são destinados à impressão devendo, para este fim, ser salvos nos formatos .EPS , .PS ou .PDF . Para editar os arquivos gerados nos aplicativos de layout de páginas, eles devem ser salvos em seus formatos nativos serem outras (.PM7, .QXD, .INDD, etc.). O mais importante é saber usar cada um no seu momento apropriado e não tentar fazer revistas ou jornais nos ilustradores, nem tentar ilustrar no paginador, assim como evitar fazer a impressão final nos ilustradores. É necessário, também, saber como enviar esse arquivo, depois de pronto, para uma gráfica ou bureau/fotolito.
  • 2. Arquivos Abertos X Arquivos Fechados Antes da pré-impressão digital, os arquivos eram enviados impressos para gráfica que se utilizava da pré-impressão convencional. Hoje em dia numa pré-impressão digital, o arquivo é entregue em disco podendo estar num regime aberto ou fechado. O arquivo aberto é o arquivo criado em um software gráfico e que o descreve (.cdr / .ai / .qxd) podendo ser aberto em qualquer computador que tenha o aplicativo que o gerou, em versão igual à gravação do arquivo. É bom lebrar que as fontes, assim como as imagens, constumam não estar incorporadas no arquivo e, portanto, é necessário que se envie, o arquivo original, todas as fontes utilizadas e todos os vínculos (imagens). Os softwares disponibilizam recuros de “coleta” das fontes e vínculos. O envio de arquivos abertos para a pré-impressão é, à primeira vista, mais simples para o usuário, mas, por outro lado, mais problemático para o processo pois, na gráfica, todos os vínculos serão checados, fontes instaladas e o original fechado. Essa demora gera um custo maior e, o que é pior, uma falta de segurança, pois o arquivo pode ser manipulado. Um arquivo fechado nada mais é que um arquivo de impressão que, ao invés de ser enviado para a impressora é gravado em disco. Esse arquivo é escrito na linguagem PostScript, que foi desenvolvida pela Adobe Systems e tem a finalidade de descrever às impressoras como os tipos (Fontes e letras) e as ilustrações devem ser posicionados na página a ser impressa. Inclui também informações sobre os ângulos e lineaturas das retículas. O principal formato de arquivo fechado é o .PS, sendo que ele deve ser caracterizado de acordo com os processos que esse seguirão (impressão de fotolito, sistema de impressão) pois ele é escrito em linguagem “não editável” e, uma vez fechado, não pode ser aberto. Por outro lado temos um formato de arquivo que é o “subtituto” do .PS: o PDF - este formato virou padrão na indústria gráfica, servindo tanto para a distribuição do arquivo, como para a impressão do mesmo. Os PDFs pdem ser visualizados através de um software gratuito, o Adobe Reader (embora existam outros visualizaores) e editados (pequenas correções) em um software pago da Adobe, o Adobre Acrobat (embora já existam softwares livres com esta função). Não podemos esquecer entretantor que, embora seja muito fácil gravar um arquivo no formato PDF através dos softwares gráficos, devemos nos informar sobre como configurá-lo adequadamente para a impressão, já que são muitas as variáveis possíveis. Resolução - PPI / DPI / LPI Entende-se como resolução a quantidade de elementos utilizados para construir fisicamente um desenho, seja na tela do computador (pixels), seja na impressora fotolitos ou matrizes (dots), seja no impresso (linhas de pontos). É dái que vem uma sopa de letras: PPI (pixels per inch – pixels por polegada) – também chamada de resolução de entrada (ou de scanner) / DPI (dots per inch - pontos por polegada) – também chamada de resolução de saída (ou de impressora) / LPI (lines per inch - linhas por polegada) – também chamada de lineatura (ou resolução de impressos). Na maioria dos casos, para uma boa impressão, temos 2 pixels (na largura e na altura) para a formação de um ponto na imagesseter ou platesetter. O ponto da imagesetter têm, por sua vez uma “célula” de pequenos quadradinhos (dots) que possibilita a gravação de pontos que serão impressos em diversos tamanhos e/ou formatos (determinam a porcentagem da área gravada) – quanto maior a quantidade de pontos desta “grade”, maior a possibilidade de variação de tons. Uma vez que este ponto é gravado ou transferido para a matriz de impressão ele estará “apto” a transferir tinta para o papel. Note, nas figuras abaixo, que o ponto impresso tende a tomar uma forma parecida com o ponto da imagesseter mas, devido à absorção de tinta pelo papel, alterou ligeiramente sua forma e dimensão (ganho de ponto). pixels dot ponto (bitmap) (imagesetter) (impresso) A melhor qualidade de uma imagem digital tem relação direta com a quantidade de pixels que ela possui em relação ao tamanho que será impresso, assunto que veremos a seguir. É bom lembrar que, os objetos feitos vetorialmente a maioria das fontes não são formados por pixels e, por isso, têm sua qualidade (resolução) definida pelo dispositivo de saída.
  • 3. Cuidados com Bitmaps Cálculo da Resolução de Entrada: Na verdade, entende-se como Resolução de Entrada a quantidade de pontos (pixels) que uma imagem deverá ter para poder servir a uma determinada finalidade. Esta resolução deve ser uma preocupação na hora de digitalizar a imagem ou gera-la em um aplicativo qualquer. Infelizmente, alterar a resolução em uma imagem já do tipo bitmapeada normalmente não contribui em nada com a sua qualidade, apenas aumentando o tamanho do arquivo. Ao reproduzir um original, deve-se levar em consideração diversos parâmetros que devem ser seguidos, como: Fator de Reprodução (FR), Fator de Qualidade (FQ) e Lineatura do Impresso (LPI). Fator de Reprodução (ampliação ou redução): É o quanto se pretende ampliar ou reduzir o tamanho original do desenho, foto, cromo ou impresso. Partindo do tamanho natural (100%), tudo o que estiver acima deste valor é ampliação e, abaixo, redução. O Fator de Reprodução poderá então ser calculado pela fórmula: FR= tamanho final / tamanho inicial EX: Tamanho do objeto original = 15 cm Ampliação = 45 cm FR = 45/15 = 3 Fator de Qualidade: O Fator de Qualidade leva em consideração a quantidade de pixels necessários para reproduzir um ponto do original (recomenda-se utilizar valores entre 1,4 e 2). Então, para um melhor resultado: FQ= 2 Lineatura do Impresso: A definição da lineatura do impresso vai depender tanto do suporte (tipo de papel, plástico, Vinil, etc.) quanto do sistema de impressão empregado (Flexografia, Serigrafia, Offset, etc.). Normalmente, podemos fazer a seguinte relação: - Suportes de boa qualidade: lineaturas de 150 lpi ou maior; - Suportes de baixa qualidade: lineaturas de 100 lpi ou menor. Exemplo: para se imprimir uma imagem em um papel jornal, utiliza-se normalmente uma lineatura de 85 lpi. Entretanto, se a qualidade deste papel for superior à média, pode-se utilizar lineaturas maiores, como 120 lpi ou mais. As lineaturas mais conhecidas aqui no Brasil são: 150, 133 120, 85, 60, 34, 17 lpi, sendo cada uma delas é recomendada para determinado suporte e sistema de impressão. Fórmula da resolução de entrada: RE = FR X FQ X LPI Exemplo de Situação Real: Ao digitalizar uma imagem, o original possui o tamanho de 150 mm (largura) por 100 mm (altura). Entretanto, esta imagem será importada em um aplicativo e será redimensionada para 50 mm (largura). O arquivo final será impresso em papel couchê - sistema de impressão ofsete. Fator de Reprodução (FR): 210/52.5 = 0.4 Fator de Qualidade (FQ): 2 Lineatura recomendada: 150 lpi Cálculo da resolução de entrada: RE = FR X FQ X LPI = 0.4 X 2 X 150 lpi = 120 dpi Interpolação em Bitmaps Uma boa captura do original (denomina-se digitalização) é meio caminho andado para uma boa impressão. O mesmo original, se for ser utilizado para finalidades diferentes deve, preferencialmente, ser capturado novamente para cada uma delas. Se, após digitalizado, fizermos alterações na quantidade de pixels de um bitmap, estamos “interpolando”, ou seja, se aumentarmos a quantidade de pixels de uma imagem digitalizada, estamos “inventando” informações e se, do contrário, diminuirmos, estamos eliminando informações pré-capturadas. Entretanto, quando se usa o fator de qualidade = 2, ligeiras alterações nas dimensões das imagens (até 25%) não comprometem o resultado final. A seguir veremos o resultado obtido a partir da captura de uma fotografia utilizando resoluções variadas e, ao lado, o resultado obtido pela digitalização e interpolação:
  • 4. Origem: arquivos do scanner Origem: interpolados no Adobe Photoshop Resolução: 50 ppi – tamanho do arquivo = 30Kb Aspecto embaçado, ruim para a reprodução em qualquer dispositivo, mesmo na tela do computador. Resolução: 100 ppi – tamanho do arquivo = 47Kb Na tela o aspecto é bom, praticamente idêntico ao da imagem com 300ppi, mas e na impressão? Ideal para internet e monitor (até um pouco acima). Resolução: 300 ppi – tamanho do arquivo = 153Kb Na tela o aspecto é ótimo, na impressão também ficou adequado. Poderia ser impresso em lineatura = 150lpi. Resolução: 300 ppi interpolados (=50dpi) – 85Kb Aspecto embaçado, ruim para a reprodução em qualquer dispositivo, mesmo na tela do computador, ou seja, de nada adiantou aumentar a resolução e o arquivo ainda ficou três quase vezes maior. Resolução: 300 ppi interpolados (100dpi) – 108 Kb Aspecto embaçado, ruim para a reprodução em qualquer dispositivo, mesmo na tela do computador, ou seja, de nada adiantou aumentar a resolução e o arquivo, em Kb ainda ficou mais que duas vezes maior. Resolução: 50 ppi interpolados (300dpi) – 31Kb O arquivo ficou praticamente 5 vezes menor, mas o resultado... ou seja, não adianta querer fazer mágica!
  • 5. Impressão é regitro Sabemos que as imagens são impressas cor a cor, através do sistema de reticulagem e separação de cores (exceto na impressão digital). Por vários motivos podemos ter a falta de registro na hora da impressão. Este “registro” nada mais é do que o encaixe de uma cor sobre a outra. Dentre os principais motivos que dificultam o registro estão: regulagem da máquina e dilatação do suporte (seja por penetração de água e/ou tinta, seja pelo tracionamento da bobina em impressões rotativas). Este problema é ainda mais freqüente em sistemas menos automatizados (como a serigrafia, por exemplo) e/ou impressoras monocolores onde, para se imprimir uma quadricromia (4 cores) Felizmente, existem alguns cuidados na execução dos arquivos e artimanhas de pré-impressão que evitam este problema. Falta de registro em textos: - É recomendável evitar utilização de textos que utilizem mais de duas cores (CMYK) e, de preferência evitar a necessidade de encaixe de cores em textos pequenos. - Quando utilizar textos em branco sobrepostos em fundos em cores, evitar usar letras com menos de 10pt de tamanho e tipografias (tipos de letra) com detalhes muito finos. Caso contrário, os textos podem dar a sensação de “fantasma’, como aquele das televisões sem sintonia, prejudicando, inclusive, a sua leitura. - Prefira, se tiver que usar textos em cores ou sobre fundos em cores, usar corpo de letra acima de 12pt e tipos “bold” (negrito). - No caso dos textos em preto, quando utilizar sobre cores, solicitar ao bureau de pré-impressão que faça o uso de OVERPRINT para evitar o aparecimento de um “filete” branco. O overprint é como se adicionássemos ao preto as cores que estão abaixo dele, ou seja como se imprimíssemos o fundo e preto por cima. Falta de registro em chapados / ilustrações: Quando temos objetos “encostando” nos outros em um layout, a falta de registro pode gerar “filete branco”. Isto acontece, por exemplo, em uma logomarca que possua um elemento vermelho (M+Y) encostado em um elemento preto. Como estes dois elementos não em cores em comum, surgirá uma linha branca, caso a cor preta não encoste na vermelha por falta de registro. Para solucionar o problema acima descrito, existe um recurso chamado TRAPPING, que cria uma espécie de contorno com as cores dos dois objetos que se encostam, um ajuste. O trapping é também um defeito, mas é menos visível que a falta de registro e pode ser feito no próprio software de ilustração ou na hora da saída do arquivo - converse com seu bureau de pré-impressão. O trapping também pode ser realizado em textos, tomando-se o cuidado de não exagerar. Neste caso, se for utilizar o recurso no software (em geral de ilustração), o texto tem que se convertido em desenho antes de ser executado o trapping (função create outlines / converter em curvas). De outra forma, este recurso é configurado na hora da saída. Cuidado para não exagerar.
  • 6. Matrizes Gráficas Computer-To-Film (Do computador para o filme) Esse processo está baseado na produção, diretamente do computador, de filmes (fotolitos) que serão utilizados na gravação de matrizes para impressão. O fluxo baseado em filme requer controle muito refinado dos processos de gravação de filme pelo image setter , revelação química dos filmes, cópia e revelação de chapas. Prensa UVRevelação Impressão scanner Gravação de Chapas Offset: A matriz para o sistema offset pode ser de fotopolímero, para pequenas tiragens (até 5.000 cópias), ou de metal para tiragens superiores. Normalmente as chapas metálicas são de alumínio, de zinco ou podem ter ainda uma composição bimetálica ou trimetálica. Caracterizam-se por possuírem os grafismos numa posição de leitura correta, tanto no caso das chapas pré-sensibilizadas positivas como das pré- sensibilizadas negativas. Isto se deve ao fato do offset ser um processo de impressão indireto. A matriz offset começa por ser uma chapa lisa, nua de grafismos, que possui uma camada sensível de um dos lados e que vai ser gravada com as imagens que irão r impressas. esc dida estabelecida para cada máquina. Esta margem de cerca de 10mm mo inta, a chapa deverá ser protegida da luz, caso contrário os grafismos desaparecerão. se Obtenção da matriz (processo analógico): Para se proceder à gravação de uma chapa pré-sensibilizada positiva, são necessários fotolitos (em positivo) que devem possuir a emulsão não invertida (camada do lado que está «a não ler») para que possam ser gravados na chapa a ler. Esses fotolitos são montados num suporte de montagem transparente, designado por «astralon». Para controlo na fase de impressão é usada uma destina-se às garras de fixação da chapa no ará pronta a ser ala de cor que é montada do lado da saída da impressão e paralela ao cilindro impressor. Depois de montados, os fotolitos são colocados numa Prensa de Contatos e em contato com a face sensível da chapa (emulsão com emulsão) tendo o cuidado de deixar uma margem livre de grafismos, do lado da boca da máquina, de acordo com a me cilindro. A futura matriz irá agora sofrer uma insolação de uma luz da gama U.V. (Ultra- violeta) após a qual levará um banho de revelação que retira da chapa a parte da camada afetada pela luz e um banho de fixação que pára o efeito do revelador. A chapa é então lavada por água corrente e poderá ser retocada para que sejam limpas pequenas sujidades que sejam visíveis. Neste momento a chapa est ntada na máquina de impressão para servir de matriz impressora. No caso da chapa não ser utilizada de imediato, ela deverá ser coberta por uma tinta preta de proteção, que tem a finalidade de proteger os grafismos da luz. Esta tinta de base gordurosa é aplicada com a chapa úmida pelo que não adere à zona do contragrafismo. No caso de não ser aplicada esta t
  • 7. Computer-To-Plate (Do computador para a chapa) Nessa possibilidade do processo produtivo a image setter , equipamento responsável pela confecção de filme é substituída por out também a cópia e revelação de chapas. Porém, devemos lembrar que a necessidade do controle digital da fase de preparação do trabalho a ser enviado para a chapa deve ser ainda maior, visto que o custo das chapas é muito maior que o custo do filme. ste no seguinte: . A seguir, é transportada para um tambor onde a imagem será reproduzida em sua superfície ssamento que consiste em revelação, Co a matriz de impressão obtida a partir da gra mputadores, não havendo portanto necessidade de revelação. Como a exposição é realizada simultaneamente em todas as hapas não há necessidade de ajuste de registro e a abertura dos tinteiros possui controle computadorizado. Com este processo ém-se um bom resultado, porém devido ao seu alto custo é direcionado para impressões rápidas e de pequenas tiragens. ro equipamento, a plate setter, que grava diretamente em chapas de impressão. Há também a possibilidade de se usar um duo setter, capaz de gravar tanto chapas quanto filmes. Se a tecnologia computer-to-film já eliminava gravação e revelação de filmes negativos e positivos, podemos perceber que nesse processo não se tem contato com produto químico, pois, eliminamos Trata-se de uma tecnologia de alto custo e sofisticação e seu funcionamento consi 1. Um dispositivo remove a chapa de alumínio de um cassete onde está armazenada CTPlate Impressão 2. A chapa é destacada da folha de proteção que cobre sua camada fotossensível 3 4. Uma vez exposta a chapa será transportada para um sistema automático de proce retoque, lavagem, endurecimento e armazenagem. mputer-To-Press (Do computador para a máquina de impressão) Trata-se de um sistema de impressão digital, que trabalha com produção de um vação de uma imagem em uma chapa com as mesmas características da impressão off-set, com uma única diferença. No sistema off-set convencional, a imagem é gravada sobre a chapa por meio de uma película fotossensível aplicada a sua superfície, sendo esta gravação obtida mediante a exposição à luz de um fotolito. Na impressão digital a imagem é gravada diretamente na chapa por raio laser, que expõe de arquivos gerados em co c obt scanner CTPress Impressão
  • 8. scanner Impressão Computer-To-Print (Do computador para impressão) ou Impressão digital No processo de impressão digital não existe matriz, a imagem é criada através de cargas elétricas em cilindros metálicos internos das máquinas que atraem o pigmento e o transferem para o suporte. Como não existe uma matriz fixa, na impressão digital é possível se imprimir uma imagem para cada giro da máquina, tornando assim verdadeiro o processo de personalização do trabalho. Cada folha pode conter informações relativas ao cliente com o seu nome, foto e cada produto pode ser feito na quantidade desejada mesmo que seja uma única peça. É bom Lembrar que a impressão digital ainda não atingiu a qualidade obtida na impressão offset convencional que utiliza, obviamente, as chapas. Essa tecnologia se torna viável para pequenas tiragens. Como os custos fixos de produção são proporcionais à quantidade de impressos, para as grandes tiragens o preço torna-se inviável se utilizar tal tecnologia hoje disponível.
  • 9. PostScript X PCL Antes de aprendermos como fechar um arquivo, é importante saber que todas as impressoras possuem uma ou mais linguagens de impressão. A linguagem Post Script foi desenvolvida pela Adobe Systems e é padrão em todas as impressoras profissionais, tais como: image-setters, copiadoras coloridas, plotters, plate-setters e outras como alguns modelos de jato de tinta e laser. É uma linguagem de descrição de página, em que todos os elementos de página (textos, ilustrações e fotos) são descritos na forma de texto para serem impressos da maneira mais profissional possível. Esta linguagem possui três versões: PostScript Level (nível) 1,2 ou 3. A outra linguagem disponível para impressoras é a PCL. Desenvolvida pela Hewlett Packard, se tornou um padrão na maioria das impressoras jato de tinta e laser. É uma linguagem eficiente, mas pobre em recursos profissionais, pois não suporta o principal formato profissional de exportação: o EPS (Encapsulated PostScript). Drivers e PPDs Veremos que para fechar um arquivo temos que instalar no nosso computador a impressora onde ele vai ser impresso. Para isso usamos o driver que é o software que permite ao Sistema Operacional controlar a impressora. Uma impressora PostScript sempre necessita, também, de um PPD (PostScript Printer Description) para funcionar. Alguns aplicativos, como o Page Maker, Illustrator e outros pedem, na hora da impressão ou fechamento, o PPD. Os drivers e PPDs das impressoras são específicos para cada bureau pois cada um deles tem impressoras diferentes (ou de um mesmo fabricante e modelo, porém com alguma característica diferente). Esta é justamente a função do PPD: descrever para o driver e complementá-lo, de maneira mais específica, os formatos de impressão, resolução máxima e outras características. O PPD complementa as informações dos drivers. Para instalação dos PPDs na plataforma Windows, basta que eles sejam copiados para o diretório PPD normalmente localizado nos diretórios do Page Maker, Quark, Illustrator ou Freehand. O Page Maker, por exemplo, usa a pasta c:pm65rsrcbrasilppd4. Fechamento de arquivos Fechar arquivos é algo muito simples. Tão simples quanto imprimir, porém toda vez que for enviar um arquivo para uma gráfica ou bureau, consulte-os para saber certas especificações como: lineatura e ângulo das retículas, separação ou não de cores e outros detalhes que são variáveis. Existem livros que esclarecem todos os detalhes sobre fechamento, por exemplo podemos citar “ Preparação e fechamento de arquivos para birôs – Windows e Macintosh” de Ricardo Minoru e distribuído pela editora Érica. Visualizando um arquivo fechado Até pouco tempo atrás, não havia como visualizar o arquivo fechado. Ele era enviado para a gráfica ou bureau e lá, então, conferido. Caso houvesse algum erro, era necessário seu reenvio. Hoje temos como visualizar um arquivo fechado, diminuindo dessa maneira um provável reenvio. Usaremos para isso dois programas: Adobe Acrobat Distiller e Adobe Acrobat Reader . O Distiller é usado para converter o arquivo postscript (.ps) em arquivo com tecnologia pdf (Portable Document Format), que é um formato de arquivo criado pela Adobe e permite o envio de documentos formatados para que sejam vistos ou impressos em outro lugar, sem a presença do aplicativo que o gerou. O pdf foi concebido para distribuição eletrônica pois é um arquivo muito leve, logo depois criada uma compatibilidade com impressoras profissionais como image setters, por exemplo, passou a ser usado para substituir os arquivos ps na impressão profissional; com uma grande vantagem: o tamanho do arquivo é bem menor. O uso do Distiller é muito simples. Ao abrir o arquivo com extensão ps, ele automaticamente entra na tela “Salvar como” para que salvemos em pdf. O Acrobat Reader, é um programa gratuito que vem junto com quase todos os programas hoje em dia, podendo também ser “baixado” pela Internet. Sua função é única e exclusivamente a de ler arquivos em pdf. Dessa maneira, podemos fechar o nosso arquivo normalmente, usar o Distiller para convertê-lo em pdf e depois abri-lo no Reader para conferir. Estando ok, há uma grande possibilidade que na gráfica tudo ocorra bem.
  • 10. Fontes As fontes são conjuntos de caracteres e símbolos desenvolvidos em um mesmo desenho. Esse desenho de letra ou caractere é chamado de tipo. Atualmente, na área de editoração eletrônica, utilizamos as fontes redimensionáveis, ou seja, que podem ser ampliadas e reduzidas sem que percam a qualidade (vetoriais). Existem, atualmente duas principais tecnologias de fontes para a área de editoração eletrônica: o padrão Adobe e o padrão True Type. Fontes True Type Foram desenvolvidas pela Apple e Microsoft e incluídas como fontes de sistema tanto no Windows como no Mac OS. Por não serem diretamente compatíveis com a linguagem PostScript, têm de ser convertidas no padrão Adobe no momento da impressão em uma impressora profissional. Fonte Adobe Também chamadas de fontes Tipo 1 ou PostScript, foram desenvolvidas pela Adobe Systems para serem absolutamente compatíveis com a linguagem PostScript. Apesar disto, nada impede sua utilização em impressoras de linguagem PCL. Confiabilidade das fontes Em relação à qualidade e confiabilidade dos dois padrões nas plataformas Windows e Mac, podemos dizer que, num trabalho enviado para ser impresso numa image-setter em que só foram utilizadas fontes Tipo 1, a probalidade de enfrentar problemas com o texto é muito menor, pois estas são totalmente compatíveis com a linguagem da impressora. Se no trabalho fossem utilizadas fontes de padrão True Type, elas seriam convertidas pelo driver da impressora para o padrão Tipo 1 o que, às vezes, ocasiona problemas, resultando em impressões com o texto recorrido, ou na fonte Courier. Restrições Existem bureaus de pré-impressão que não fazem restrições a nenhum dos dois padrões, outros que recomendam a seus clientes a só utilizarem fontes de padrão Adobe e outros, ainda, que se recusam a aceitar trabalhos nos quais foram utilizadas fontes True Type. Onde obter fontes Gratuitamente, as fontes estão disponíveis nos CDs do Corel Draw (cerca de 1200) e nos CDs que acompanham o PageMaker e Adobe Illustrator. Elas podem, também, ser adquiridas por meio do Adobe Font Folio e Adobe Type and Call. Pela Internet você encontrará uma listagem das principais Font Houses no site da publish (www.publish.com.br). Nunca adquira fontes em banca de jornal, na Internet (a não ser em sites de fabricantes), fóruns de discussão ou de qualquer outra origem desconhecida. Na dúvida, faça um teste antes no seu bureau. Quantidade de fontes habilitadas É muito comum os usuários possuírem centenas e até milhares de fontes habilitadas em seu sistema, com o intuito de poder escolher fontes para um determinado projeto. Acontece que cada fonte ocupa cerca de 64Kn, logo 100 delas ocuparão preciosos 6.4Mb da memória RAM. Isto afeta profundamente a performance da máquina, podendo até causar problemas, tais como: o Page Maker não abrir acusando um erro de DLL.
  • 11. Cuidados na criação dos arquivos Durante a criação do original e seu respectivo envio para o bureau de fotolitos, devemos ter conhecimentos e cuidados com algumas questões que serão detalhadas. O processo de impressão offset introduziu a utilização de originais fotográficos. Ao conjunto de operações desde a produção de textos até a gravação de matrizes ou chapas para a impressão chama-se pré-impressão. Neste processo, pode-se reproduzir trabalhos a traço (textos e ilustrações em branco e preto), e tons contínuos (fotos e ilustrações desenhadas). Retículas Os procedimentos de impressão impossibilitam a reprodução de um original em meio tom, fazendo-se necessário a reticulagem do original durante o processo de reprodução. Este processo explora uma ilusão de ótica pois, se os pontos com tamanhos diferentes forem impressos com espaçamento regular numa trama suficientemente fina, os olhos os vêem como sombra cinza ao invés de um amontoado de pontos; possibilitando a reprodução de originais meio tom. Examinadas de perto ou com o auxílio de uma lupa, as imagens revelam sua verdadeira face: Um mosaico de pequenos pontos de tinta dispostos em forma regular sobre a superfície branca. Três características principais definem uma retícula convencional (as retículas estocásticas, ainda pouco usada pela indústria gráfica, funcionam de maneira diferente e não serão abordadas nesse curso) o formato dos pontos, a lineatura ou freqüência e a angulação. Quanto ao formato, a grande maioria dos processos de geração de fotolitos emprega pontos redondos ou arredondados. As duas outras características são variadas e tem importância fundamental na técnica de reprodução de originais e impressos. Lineatura Ao transformar fotos em originais reticulados, o operador precisa definir a quantidade de pontos que serão gerados para cada área da imagem. Como as retículas podem ser visualizadas na forma de todas as paralelas de pontos, usa-se a denominação lineatura ou freqüência para definir este valor. Gráficas e fotolitos convencionais costumavam utilizar a medida em linhas por centímetro (lpc). Os programas de editoração eletrônica adotam normalmente o padrão norte americano de linhas por polegadas (lpi – lines per inch) que está se tornando dominante no mercado. De qualquer modo, as medidas são conversíveis, bastando multiplicar o número de lpc por 2,54 para obter o valor em lpi (60 lpc é aproximadamente 150 lpi). Em teoria quanto maior o número de lpi, menores são os pontos, mais definida fica a imagem impressa e mais perfeita é a ilusão ótica de tom contínuo. Nas condições reais de trabalho, a definição da lineatura está atrelada às limitações dos processos de impressão e às características dos papéis, que apresentam graus variáveis de dificuldade em lidar com pontos muito pequenos ou muito próximos entre si. Pode-se dizer que processos baseados em tipografia e flexografia pedem lineaturas mais baixas, entre 60 e 100 lpi. Impressoras offset rotativas, assim como as de rotogravura, aceitam valores maiores, entre 100 e 150 lpi. Máquinas offset planas de boa qualidade podem manusear sem problemas lineaturas entre 133 e 200 lpi. Impressoras dry off-set podem trabalhar com retículas ainda mais finas. Do mesmo modo, papéis lisos e revestidos (como o couchê) aceitam lineaturas mais altas enquanto que papéis não revestidos e do tipo jornal exigem valores menores para a obtenção de um bom resultado. Angulação da Retícula A segunda característica que nos interessa nas retículas é a sua angulação ou inclinação. As linhas de pontos podem ser vistas como um conjunto de paralelas dispostas em um determinado ângulo em relação ao papel onde estão impressas. Para fins de padronização, considera-se como referência uma reta vertical que atravesse o impresso de alto a baixo. Uma retícula cujas linhas estejam perfeitamente alinhadas com esta reta ocupa o Ângulo 0º e, em função de poder ser vista nas duas direções, também o ângulo perpendicular 90º. Ao girarmos a retícula no sentido horário o valor do ângulo aumenta para 30º/120º e 45º/135º. A prática demonstra que a ilusão do tom contínuo é ligeiramente mais eficiente quando a retícula está inclinada em relação à vertical do papel, porque a angulação dificulta que o observador perceba isoladamente os pontos. Por isso, a maioria das fotos preto e branco são impressos com retículas 45º. Fotos coloridas empregam uma combinação de ângulos. Quando mais de uma cor é utilizada para a reprodução, os meios tons reticulados de cada uma delas precisam estar dispostos em diferentes ângulos, formando figuras semelhantes a rosáceas. A orientação de um meio tom para o outro se
  • 12. chama inclinação de retícula. No método tradicional, as retículas são colocadas em ângulos diferentes e então fotografadas. No sistema digital, estes ângulos podem ser determinados pelo editor ou então na saída final do fotolito na pré-impressão. Se as retículas são uma engenhosa solução para os problemas dos tons contínuos, são também as grandes responsáveis pelas dores de cabeça que enfrentamos ao reproduzir fotos impressas. Se o olho humano não individualiza os pontos e os enxerga como tons de cinza ou cor, o mesmo não acontece com os scanners de alta resolução. Na captura e reimpressão das imagens, os pontos da retícula previamente impressa entra em conflito com as células óticas do scanner e também com as retículas do novo fotolito. Surge o moiré, que também pode ser gerado quando retículas de cores diferentes estão com a mesma inclinação. Para evitá-lo basta manter as inclinações convencionais das quatro cores com os seguintes ângulos: Preto - 45° Magenta - 75° Amarelo - 90° ou 0º Cian - 15° O Moiré Em artes gráficas, basicamente dois tipos de moiré são comuns com os que trabalham com imagens: o moiré de scanner e o moiré de sobreposição de retículas. O moiré de sobreposição surge quando dois padrões de retícula – com freqüência e/ou inclinações diferentes – são aplicados um sobre o outro. O moiré de scanner acontece quando os pontos de retícula são captados gerando padrões (rosáceas das retículas para gerar uma cor). Por isso devemos digitalizar originais (fotos, cromos ou negativos) e não de impressos. Além de gerar texturas estranhas sobre a imagem, o moiré também pode alterar as cores originais. A Cor A cor é um fenômeno ocorrido entre a interação de três elementos: fonte luminosa, objeto e observador. Sem a presença de um destes três elementos não podemos falar sobre o fenômeno cor. Assim, a primeira conclusão a que podemos chegar é que a cor é um fenômeno subjetivo, ou seja, que depende do observador. Mudando-se o observador a cor também será percebida de uma maneira diferente pois cada pessoa possui uma sensibilidade cromática diferente. Podemos definir a luz como uma forma de energia que se propaga em ondas eletromagnéticas. Quando o olho humano recebe uma onda com comprimento de 1 metro nada ocorre, porém ao receber ondas compreendidas entre 400 e 700 nm (nanômetros, 1nm = 10-9 metro = 0,000000001) temos a sensação das cores. Esta parte do espectro eletromagnético, entre 400 e 700 nm é chamada de espectro visível em três partes proporcionais teremos a predominância de três cores: Vermelho, Verde e Azul Violeta que traduzidas para o inglês serão: Red, Green and Blue, ou seja, RGB. A luz branca é luz formada pela adição destas três luzes coloridas RGB, no sistema conhecido como Síntese Aditiva que pode ser observado em qualquer monitor de computador ou televisão que possui somente fósforos destas três cores e podem compor todas as demais cores que observamos. Pode-se criar cores através da mistura de pigmentos coloridos (Síntese subtrativa), e a maneira mais conhecida em Artes Gráficas, é a utilização das cores (Cyan, Magenta e Yellow) somadas ao pigmento Preto (Black) formando o também conhecido CMYK. Através da mistura em diferentes proporções de CMYK podemos formar todas as cores visualizadas em um material impresso. Determinando valores para as cores O simples nome da cor não é suficiente para informarmos ao impressor que cor desejamos obter no trabalho impresso, se fazendo necessária a determinação numérica da cor para que possamos predizer o resultado desejado. Então podemos determinar a cor por meio da combinação numérica do sistema RGB ou do sistema CMYK, também chamados espaços de cor. Por exemplo, uma cor pode ser informada da seguinte forma no espaço CMYK: 0% de ciano, 100% de magenta, 100% de amarelo e 0% de preto, ou no espaço RGB: 182 vermelho, 0 verde e 38 no azul. Lembrando que CMYK opera de 0 a 100% em escala e RGB com tom de 0 a 255. Desta maneira podemos informar as cores desejadas de maneira precisa e assim as cores serão mais próximas do que esperamos. Porém é justamente com estes números que começam os nossos problemas, pois os espaços de cor RGB e CMYK são dependentes , ou seja, a cor resultante destes sistemas não depende somente das quantidades determinadas mas também das tintas, monitor, máquinas impressoras e tudo o mais utilizado na sua reprodução. Por exemplo, 100% de magenta e 100% de amarelo resultará em vermelho, porém se mudarmos a marca da tinta o vermelho obtido com estes mesmos valores será completamente diferente, pois o sistema CMYK é dependente da tinta utilizada. Da mesma forma, os valores em RGB citados também resultam em vermelho, mas a mudança de monitor fará com que vejamos duas cores distintas.
  • 13. Então, para determinar numericamente uma cor e saber que teremos a mesma reproduzida ao final do processo, a CIE (Comission International de L’clairage – Comissão Internacional de Iluminação) estudou a forma como o olho humano percebia as cores para, a partir daí, criar um espaço de cores que fosse independente dos equipamentos e processos de produção, um sistema que determinasse numericamente as cores e essas sempre fossem iguais em qualquer condição de produção. Em primeiro lugar, visto que a cor depende da iluminação na qual é observada, padronizaram as fontes luminosas sob as quais devemos observar os materiais coloridos, e assim surgiu a iluminação padrão para observação chamada de CIE D50 (Day Light, 5000º Kelvin). Assim devemos padronizar a iluminação do local de aprovação de cores para minimizarmos variações nas cores observadas. São três as características que diferenciam as cores aos nossos olhos: Tom, Saturação e Luminosidade HSL (Hue, Saturation and Lightness). O Tom se refere à tonalidade predominante da cor, por exemplo, Vermelho, Azul e etc... A Saturação determina o grau de pureza desta cor e o quanto ela está próxima ou afastada dos tons neutros de cinza, branco ou preto. A luminosidade determina o quanto a cor está próxima da luminosidade total (branco) ou de sua falta (preto). A partir destas três grandezas criou-se o espaço de cores xyY no qual podemos determinar o valor numérico de uma cor através de três coordenadas cartesianas sendo que os valores de xy determinam as mudanças nos valores de Tom e Saturação, enquanto o valor Y determina o valor da luminosidade. A CIE ainda criou outros espaços de cor e entre eles o mais importante para as Artes Gráficas é o sistema CIE Lab que é muito similar ao xyY, porém possui algumas melhorias na distribuição espectral que o aproximam ainda mais da percepção do olho humano. Seleção de cores Para se reproduzir um original colorido, é necessário decompô-lo para se obter as quatro cores primárias do processo gráfico: cian, magenta , amarelo e o preto. Isto é conseguido por se fotografar o original através dos filtros que correspondem às suas cores complementares: vermelho, verde e azul (RGB – do inglês red, green e blue). Quando seleciona-se uma cor pelo processo DTP(Desktop Publishing, ou Editoração Eletrônica), o programa informa a porcentagem de cada uma das 4 cores usadas para a formação daquela tonalidade. Formas de composição de cores Existem sistemas menos complexos para determinação das cores, que apresentam certas limitações, mas podem ser de grande valia na ausência de sistemas informática. Talvez o sistema mais largamente conhecido seja a escala de cores Pantone, onde podemos especificar uma cor escolhendo- a em uma tabela impressa que possui a “fórmula” para sua confecção. O sistema Pantone possui várias escalas de cor, sendo as mais conhecidas aquelas que se utilizam da mistura na composição das tintas (Formula Guide) e a que se utiliza da mistura de porcentagens de ponto das tintas CMYK (Color Process), ambas utilizando as tintas próprias da Pantone. As escalas de cores Pantone já possuem aplicações digitais onde as cores são escolhidas e aplicadas diretamente no computador através do programa Pantone Color Drive, disponível tanto para Macintosh quanto para Windows. Aos criadores de páginas para a Internet também existem aplicações como o Pantone ColorWeb, que se utilizam da linguagem HTML para determinação de cores para home-pages. Para trabalhos impressos de maior exigência quanto ao impacto visual das cores, existe a possibilidade da impressão utilizando-se mais cores além do CMYK, são os chamados sistemas Hi-Fi Color ou similares. Nestes sistemas geralmente utilizamos, além das cores CMYK, mais três cores: Verde, Laranja e Azul-Violeta, o que aumenta consideravelmente a quantidade de cores reproduzíveis aumentando o apelo visual do material impresso. Mais uma vez encontramos no sistema Pantone o seu Hexachrome para impressão a mais de quatro cores. Cores Pantone são cores especiais, para cada uma usada é necessário um filme e uma chapa pois as elas não podem ser diluídas no processo CMYK. As paletas Pantone (que são vendidas no mercado gráfico) indicam os percentuais para se atingir aquela cor específica. Quando a gráfica recebe de um cliente um arquivo com uma cor dessa paleta, ela é obrigada a gerar seus fotolitos, inclusive um especial para aquela cor Pantone, gravar as chapas e antes de imprimir misturar as tintas que compões tal cor. Utilizando, portanto, uma quinta cor. Sistemas de Gerenciamento de Cores Os softwares de gerenciamento de cores utilizados atualmente estão baseados nos sistema CIE xyY e CIELab. Os valores RGB e CMYK dependentes são convertidos para os sistemas independentes da CIE para que sejam mantidas as cores durante o processo de reprodução. O gerenciamento de cores possui três fases distintas, a calibração, a caracterização e a conversão a saber: - A Calibração é a fase na qual devemos garantir que todos os equipamentos utilizados estejam funcionando perfeitamente.
  • 14. - Por exemp1o, se no programa está determinando 50% de C, a imagesetter deve reproduzir 50% no filme do Cyan, caso contrário este equipamento não estará corretamente calibrado. Geralmente esta fase é a mais complexa pois requer controles rígidos e periódicos no funcionamento dos equipamentos, químicos e matérias-primas utilizadas. - Uma vez calibrados todos os equipamentos, podemos iniciar o uso dos gerenciadores de cores, os softwares que trabalham conjuntamente com o hardware Colorímetro ou Espectrofotômetro, ambos equipamentos capazes de ler valores de xyY e Lab. - A fase de conversão é justamente aque1a em que os espaços de cor nativos dos equipamentos RGB ou CMYK são convertidos pelo software em xyY ou Lab. - A fase de caracterização é aquela na qual será determinada a forma que os equipamentos utilizados reproduzem as cores. Calibração de monitores Uma das maiores dificuldades de quem trabalha com tratamento de imagem e correção de cores em editoração eletrônica é conseguir um ajuste de monitor que garanta um mínimo de fidelidade entre o que se vê na tela e o resultado final impresso. O que pouca gente sabe é que a chamada “calibração de monitor” pode ser feita de um modo mais simples, rápido e sem necessidade de softwares e equipamentos caros. Deixando bem claro que não vai alcançar os mesmos resultados, muito embora melhore bastante. Basta seguir alguns procedimentos básicos, ter alguma prática no uso das cores e uma boa dose de bom senso. É importante lembrar que essas dicas serão necessárias mesmo com um sistema de gerenciamento perfeito. Neste tipo de tarefa, os microcomputadores Apple Macintosh são superiores aos modelos Windows por dois motivos: o hardware dos Macs é mais homogêneo (no que diz respeito a interfaces e placas de vídeo) que o dos PCs; e o sistema operacional Mac OS dispõe de um recurso interno de gerenciamento de cores mais sofisticado, o Color Sync. Equipamentos e local de trabalho O primeiro cuidado a ser tomado por quem quer trabalhar profissionalmente com imagens e cores é montar um local de trabalho adequado e configurar seus equipamentos para que atenda as exigências mínimas desse tipo de serviço. A sala onde os micros estão instalados deve ter iluminação suave, calibrada e estável. Não é fácil conseguir lâmpadas adequadas, mas as fluorescentes de 5.000º K e alto índice de reconhecimento de cor (IRC > 80), como as da série Super 85 da Philips, já ajudam bastante. Evite o excesso de iluminação. A luz suave e difusa permite que os monitores sejam usados com menos brilho, o que garante melhor reprodução de cor e maior vida útil aos tubos. Janelas devem ter cortinas ou persianas que bloqueiem ou reduzam significativamente a entrada da luz externa. Paredes, teto e mesas devem ter tons neutros ou pasteis suaves. Mesas de luz (lightboxes) de temperatura calibrada (5.000º K), com luz suave e difusa devem estar ao lado dos micros. Os monitores devem estar ajustados (via Painel de Controle) para reproduzir milhões de cores (“true colors” nos PCs), na resolução mais alta que suportarem. O papel de parede ou padrão da mesa de trabalho deve ser ajustado para um tom neutro, preferencialmente um cinza 40 ou 50%, que pode ser preparado no próprio Photoshop a partir de uma imagem P&B (grayscale). Evite que os operadores fiquem com os monitores em posição contra-luz ou que haja reflexo das lâmpadas nas telas. Em alguns casos, pode ser útil improvisar abas como as usadas nos monitores profissionais. Faça as abas com papel cartão preto fosco e fixe-as às laterais do computador com fita adesiva de velcro, que permite sua retirada quando não estiverem sendo utilizadas. Programas e arquivos utilizados Para fazer a calibração nos Macs é necessário Mac OS versão 8.1, ou mais recente, equipado com o Color Sync 2.6 ou posterior – encontrado no disco de instalação ou pode ser encontrado no site www.apple.com/colorsync. PCs devem ter o sistema de gerenciamento ICM instalado no Windows. Além disso, será necessário o Adobe Photoshop versão 5 (de preferência atualizado para 5.02), 5.5 ou a masi recente 6.0 além do painel de controle Adobe Gamma (que é instalado junto com o Photoshop). Para acerto da calibração, é preciso ter no micro o arquivo de algumas fotos em modo CMYK e o resultado dessas mesmas fotos impressas, de preferência em impressora offset plana e usando papel couchê de boa qualidade. Ou ainda as provas de cor (prelo, Cromalin® ou Matchprint®) dessas imagens. Caso você não possua este material, tente consegui-lo no seu bureau de serviço. Escolha fotos com cores vivas e variadas, além de tons neutros. Por fim, será muito útil possuir um perfil ICC (ICC profile) com a caracterização do seu modelo de monitor. O CD do Mac OS traz todos os perfis dos monitores da Apple. Alguns fabricantes disponibilizam os perfis na lnternet ou nos disquetes de instalação que acompanham o equipamento.
  • 15. Scanners Os scanners permitem que o PC converta uma imagem em um código de forma que um programa gráfico ou de editoração eletrônica possa produzi-la na tela e imprimí-1a através de uma impressora gráfica ou converter páginas datilografadas páginas possíveis de serem editadas. Há dois tipos básicos de scanners: Planos e Cilíndricos. Scanners Planos Os scanners planos, de tecnologia CCD (coupled charged devices) são aparelhos que capturam as imagens por meio de milhares de pequenas células fotossensíveis (os CCDs), afixadas lado a lado numa barra posicionada num dos lados da área de digitalização (normalmente no lado “superior”, onde se posiciona a parte de cima do original). Um carro, munido de tubo luz, lentes e espelhos, corre sob a mesa de vidro, capta a luz refletida pelo original e envia para a barra de CCDs uma seqüência de “fatias” paralelas da imagem. Cada um dos CCDs transforma essa luz em sinais elétricos de intensidade variável que são convertidos em bytes de informação digital e formam os pixels da imagem. O número de CCDs existentes na barra e quantidade de “fatias” que podem ser capturadas à medida em que o carro avança determinam as resoluções óticas horizonta1 e vertical do aparelho. Essa resolução é medida em pixels por polegada (ppi) ou dots por polegada (dpi), nomes equivalentes. Atualmente, a maior parte dos bons scanners de mesa oferece entre 600 X 600 ppi e 1200 X 1200 ppi de resolução ótica (desconsidere a resolução interpolada, pois ela desfoca a imagem). Aparelhos profissionais “hi-end” podem ir além dos 5000 ppi. Alguns fabricantes anunciam a resolução do seu scanner se baseando na resolução interpolado, ao invés da resolução ótica (resolução real). Scanners Cilíndricos Nos scanners cilíndricos, um cilindro gira em alta velocidade. Durante cada volta, o sistema óptico "olha" para uma linha de informação em torno do cilindro. Cada linha é constituída de pequenos pontos chamados pixels. Um pixel pode variar de um centésimo até, aproximadamente, um milésimo de polegada, em diâmetro. Durante a análise de cada ponto, antes do sistema óptico mover-se para o próximo, o raio de luz passa através dos filtros vermelho, verde e azul e atinge tubos fotomultiplicadores. Os tubos fotomultiplicadores são sensíveis a diferentes níveis de luz. Eles medem as quantidades de luzes vermelha, verde e azu1 que passam pelo original. A intensidade dos sinais indica as quantidades de cyan, magenta e amarelo em cada ponto do origina1. Cada pixel é gravado como um nível de cinza entre 256 possíveis para cada cor do processo. Até este momento a cor aparece apenas como um nível de gris. Enquanto o cilindro executa uma volta o scanner analisa os pixels em torno dele e registra um valor de cyan, magenta e amarelo para cada pixel. Para calcular a quantidade de preto necessária em cada pixel, o scanner analisa os três valores lidos. Quando os três sinais (cyan, magenta e amarelo) são altos, muito preto está presente. Se somente um ou dois dos sinais são muito intensos é porque a cor não é preto. Ela pode ser uma cor saturada. Portanto, a área em questão necessita muito pouco ou nenhum preto. Depois do cilindro ter realizado uma volta completa, o sistema óptico do scanner move-se ao longo do comprimento na medida da largura de uma linha de scan, que é igual à largura de um pixel. O cilindro executa uma nova rotação e o scanner repete o processo até que toda imagem original seja analisada. Boa parte do resultado conseguido na digitalização de imagens não depende apenas do equipamento utilizado, mas do programa (ou do pacote de programas) que o acompanha. Seja na forma de drivers TWAIN, plug-ins ou softwares independentes, esses programas definem parâmetros e fazem ajustes no scanner para que se obtenha imagens de melhor qualidade. Muitas vezes, não é mais necessário capturar uma imagem “bruta” no scanner para depois trabalhá-la extensivamente em um editor de imagens. Sistemas cada vez mais sofisticados permitem a produção direta de arquivos praticamente prontos para impressão. Quanto ao tipo de origina1, existem basicamente três: • Originais opacos (ampliações fotográficas em papel, gravuras, desenhos, impressos, etc); • Transparências positivas (cromos profissionais de diversos formatos e slides comuns); • Transparências negativas (filmes fotográficos negativos, destinados a ampliações). Nem todos os scanners planos aceitam transparências (muitos exigem um adaptador opcional), e a boa parte dos softwares não possui sistemas de conversão cromática específicos para filmes negativos. Cuidados gerais com o scanner Trabalhar com imagens é sempre uma tarefa delicada, que exige cuidado, atenção e conhecimentos técnicos. É muito importante garantir um certo padrão mínimo de qualidade dos originais, seja por uma seleção cuidadosa das melhores imagens, seja pelo cuidado extremo em não sujar, danificar ou riscar as fotos. Fotografias, sejam elas cromos, negativos ou ampliações em pape1, são sempre materiais muito delicados e a emulsão fotográfica é facilmente marcada por impressões digitais, poeira e ciscos de difícil remoção.
  • 16. Assim como os originais, também o scanner requer alguns cuidados. Primeiro, os equipamentos (em especial os de cilindro) devem ser instalados em superfícies sólidas, estáveis e sem vibrações. Para evitar interferências elétricas, deixe-o distante de luzes fluorescentes, reatores e transformadores. Garanta ao equipamento uma fonte de energia de voltagem estabilizada e com um bom filtro de linha. O scanner, sua mesa e seu entorno devem estar, sempre, o mais limpos possível. Um cuidado especial deve ser dedicado à mesa de vidro ou ao cilindro. Restos de fita adesiva, cola ou óleo precisam ser completamente removidos, com extremo cuidado para não riscar ou marcar o vidro ou pexiglass. No caso de scanners planos, convém deixar a lâmpada do equipamento aquecer por cerca de meia hora antes de iniciar o trabalho, especialmente se forem ser digitalizadas imagens coloridas. Lâmpadas mudam de cor e de intensidade a medida em que aquecem, alterando o equilíbrio cromático. Alguns modelos de lâmpadas costumam, além disso, apresentar melhores condições de iluminação na parte média da tubo, piorando nas pontas. Por isso, em diversos scanners planos, os resultados são melhores quando se usa a faixa central da mesa de vidro. Cuidado especial deve ser tomado com o posicionamento dos originais. Procure colocar as fotos perfeitamente alinhadas no scanner, para evitar que tenham de ser rotacionadas posteriormente. A rotação de imagens (exceto em ângulos retos: 90º/180º/270º) causa, sempre, uma significativa perda de qualidade. Além disso, os originais devem ser cuidadosamente fixados e mantidos o mais próximo possível da superfície da mesa ou do cilindro, evitando a formação de bolhas de ar. No caso de cromos e negativos, a face com emulsão (“gelatina”) deve ser colocada em contato direto com o vidro. Modelos topo de linha (hi-end) costumam oferecer gabaritos apropriados para os cromos, além de recomendar o uso de óleos especiais que garantem uma melhor reprodução e evitam o surgimento de refrações conhecidas como “anéis de Newton”. Por fim, é importante realizar, regularmente, a calibragem cromática do equipamento com o software apropriado. Gravação do Fotolito Em sistemas como Computer-to-plate (CTP), Computer-to-press e Computer-to-print não é utilizado o fotolito (Filme em positivo), havendo gravação do computador diretamente para a chapa ou máquina impressora. Dois sistemas de pré-impressão utilizam fotolito, o método convencional e o computer-to-film. Na pré-impressão convencional o original chegava impresso (arte-final) e era levado para a câmara escura, onde era fotografado (filme negativo) e revelado (revelador, fixador e água). Quando o negativo secava seguia diretamente para a mesa de luz onde seria retocado e as fotos seriam montadas (as fotos eram fotografadas e reveladas separadamente das páginas impressas). Com o negativo pronto gerava-se um filme positivo através duma exposição de luz ultra violeta numa expositora “vaccum printer”, o filme positivo (fotolito) era então revelado e secado. Na pré-impressão digital, o arquivo é enviado diretamente do computador para o image-setter que grava a laser no filme positivo (perceba que já foi cortado o uso do filme negativo). Depois de gravado o filme é enviado para a processadora (ou reveladora) onde é revelado e secado. O fotolito já está então pronto para gravar a chapa, ou sendo mais precavido para realizar um prova contratual. O processo digital é bem mais rápido e oferece vantagens como: alta qualidade e o fato do operador não manipular diretamente em produto químico pois o revelador, fixador e água ficam dentro da processadora, entretanto requer constantes cuidados com a calibração ou linearização do image-setter, além de contar com equipamentos bem mais caros. Sistemas de Provas de Fotolitos A fim de se verificar a qualidade dos fotolitos obtidos em alta resolução, é necessário a confecção de uma prova que os reproduza com fidelidade. É a chamada prova contratual, onde o cliente vai aprovar ou não a impressão do seu trabalho. Adicionalmente esta prova orientará o impressor no acerto das cores de impressão. Existem dois tipos de provas: analógicas e digitais: Provas analógicas: Obtidas a partir dos fotolitos finalizados na pré-impressão. Destacam-se o Cromalin® da Dupont e o Matchprint® da 3M. Ambos com o mesmo princípio de funcionamento e com uma característica fundamental: são fiéis à reprodução do filme exposto, possuindo as seguintes aplicações:  verificação da separação de cores;  prova de pré-impressão para o cliente;  guia de cores para a produção gráfica;  instrumento de controle de qualidade para a separação de cores, através de todas as fases de produção gráfica.
  • 17. Outro tipo de prova analógica comumente utilizado é o prelo. Este apresenta uma vantagem em relação à prova Comalin e Matchprint pois fornece uma escala de impressão, isto é, uma folha impressa de cada cor para que o impressor da máquina offset tenha referenciais de carga de tinta, registro e etc. Até um tempo atrás, os sistemas de provas de prelo eram considerados obsoletos, porque a obtenção de uma única prova implicava em gravar um jogo de chapas e imprimi-las nestas máquinas que nada mais eram que simuladores de impressão. No entanto, novos prelos automáticos são dotados de estações automáticas de cores que possibilitam o ajuste rápido, acerto de entintagem e a reutilização da matriz na impressora offset. Provas digitais Provas de alta resolução obtidas a partir do arquivo, antes de se gerar os fotolitos. Obtém-se resultados excelentes, com um custo competitivo. É especialmente indicada para as empresas que utilizam o sistema Computer to Press, onde a imagem da matriz de impressão é obtida a partir do arquivo impaginado – sem o fotolito. Gamut Ao se referir a monitores e provas estamos falando de sistemas de reprodução distintos e que funcionam segundo princípios físicos diferentes (daí serem comuns as diferenças entre ambos). Um monitor é basicamente um aparelho que funciona de acordo com os princípios da Síntese Aditiva. Num impresso ou em provas de fotolitos, o que presenciamos é um processo de Síntese Subtrativa. As cores primárias da síntese subtrativa são empregadas nos pigmentos que compõem as tintas de processo (Cyan, Magenta e Amarelo) e decompostas em pontos de retícula que formarão a imagem final. Pela sua natureza, os fósforos usados nos monitores possuem uma saturação centenas de vezes superior às cores de processo. Dessa forma, a quantidade de cores que um monitor pode reproduzir é muitas vezes superior à quantidade de cores possível de se obter sob qualquer sistema de provas (relação de aproximadamente 150 : 1). Quando falamos na quantidade de cores que um sistema consegue atingir usamos normalmente a designação ”Gamut”. Monitores e provas possuem "gamuts" completamente distintos. A calibração 100% perfeita de um monitor deveria tornar ambos os ”gamuts" coincidentes. Há, portanto, cores em RGB sem conversão para CMYK ou que não sejam seguras para a Web, todos os aplicativos voltados para a Indústria gráfica oferecem um símbolo (exclamação) acompanhado de um box com uma cor (imagem ao lado), para alertar cores fora do Gamut de impressão. Basta clicar nele que o aplicativo vai escolher a cor mais próxima já mostrada no quadrado aolado da exclamação. No Corel Draw e no Photoshop é oferecido um comando chamado alerta de gamut, que “mancha” as cores que estão fora do gamut de impressão. Pré-Impressão - Problemas Situação Problema I) Ao fazer um folder você precisou digitalizar algumas imagens. Entretanto, as imagens originais (antes de serem digitalizadas) tinham o dobro do tamanho final (que seria impresso). Sabendo-se que este folder será impresso em papel offset (133 lpi) e que será “montado” em um software adequado: a) Qual é a resolução de entrada que você deve utilizar para digitalizar as imagens? b) Qual o modo de cor que deve ser utilizado nestas imagens: RGB ou CMYK? c) Quais tipos de aplicativos devem ser utilizados? Justifique cada escolha, levantando as características e aplicações deles. d) Quais os cuidados devo ter com as fontes?