SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 6
MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 1
FÓRUM PERMANENTE DE DESENVOLVIMENTO
ESTRATÉGICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
TEMA: COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS
LOCAL: ALERJ
DATA: 02/09/2013
Preâmbulo da reunião: “O Decreto Estadual 43.629/12 determina que
o critério da sustentabilidade seja levado em consideração na aquisição
de produtos pelo poder público. Com a internçao de fomentar o debate
sobre o assunto e esclarecer esses critérios para servidores, técnicos e
fornecedores o Fórum Permanente de Desenvolvimento do Estado do
Rio promoverá nesta segunda-feira (02/09) o evento "Compras
Públicas Sustentáveis: mecanismos legais e análise do ciclo de vida
dos produtos". O evento acontecerá a partir das 09h30 na Sala 311 do
Palácio Tiradentes, e contará com as presenças do procurador do
estado Rodrigo Mascarenhas e do presidente do Instituto Brasil Pnuma,
Haroldo Mattos de Lemos, que falarão sobre o decreto e as novas
regras que consideram não mais apenas o menor preço, mas também
o menor impacto ao meio ambiente no processo produtivo desses itens.
"Esta iniciativa é um desdobramento do evento 'Compras Públicas
Sustentáveis no Estado do Rio: Fazendo Acontecer', e tem como foco a
coordenação de ações que viabilizem as compras públicas
sustentáveis. Isso exige um esforço conjunto de governos, das
empresas e de toda a sociedade", explica a secretária geral do Fórum,
Geiza Rocha.
MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 2
1ª PALESTRA: AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA E
GREENWASHING
HAROLDO MATTOS DE LEMOS
Presidente do PNUMA
- Alerta para o crescimento populacional.
- Poder de compra: imperativo a adoção de critérios sustentáveis nas
contratações públicas.
- Abordagem de aspectos ambientais: escassez de água, alterações
climáticas, queima de combustíveis fósseis, etc.
- Lançamento de resíduos na biosfera mais do que ela pode absorver;
- Três grande desafios: (i) garantir a disponibilidade de recursos naturais; (ii)
não ultrapassar os limites da biosfera para assimilar resíduos e poluição; (iii)
Reduzir a pobreza no mundo: Questão social.
-Empresas e os dois primeiros desafios para o Desenvolvimento Sustentável:
Primeira fase: Melhoria nos processos de produção: produção mais limpa,
Eficiência, sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001), Auditorias Ambientais
(ISO 19011), Avaliação de Desempenho Ambiental (ISO 14031).
Segunda fase: Melhorias no projeto e desenvolvimento de produtos: -
Ampliação do Ciclo de Vida (Série ISO 14040); ecodesing e rotulagem
ambiental (série ISO 14020)
Terceira fase: responsabilidade social.
- Avaliação do Ciclo de Vida:
Suécia: rótulos indicam quantidade de CO2 em alimentos: vendas de
produtos que agridem menos do meio ambiente aumentaram em 20%.
Ciclo de Vida do Produto: é o conjunto de avaliação de todas as etapas,
desde a fabricação até o adequado descarte.
Desempenho Ambiental de um Produto: para saber, deve-se verificar toda a
cadeia produtiva: a) da logística da produção; b) esforços para a eficiência
energética; c) maximização do uso da água; d) aproveitamento dos resíduos
(vide Bolsa de resíduos – Feema); e) da otimização do uso (fazer mais com
menos. Ex: Holanda – reaproveitamento do espaço).
ACV – Objetivos:
- Identificação de oportunidades de melhoria de desempenho ambiental
de produtos e serviços (Ex: Suécia – geladeira: em qual parte do ciclo estava
o maior impacto? Constatou-se que é no uso da geladeira – 365 dias/ano.
Ecodesign da geladeira, de tal forma que ela passou a gastar 25% menos
energia;
- Comparação de produtos que exercem a mesma função;
- Ecodesign;
- Rotulagem ambiental Tipo III.
- ACV: Comprar dois produtos usados para a mesma função: xícara de louça
versus xícara de porcelana: Primeiro passo: unidade funcional: base de
cálculo – unidade de referencia de estudo; Segundo passo: fluxo de
MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 3
referência; Terceiro Passo: qual o maior impacto ambiental? (fabricar,
transportar, usar e descartar 1.000 xícaras de plástico? B) fabricar,
transportar, usar, lavar 500 vezes com água e detergente – e descartar 2
xícaras de louça?).
ISO/TC 207 SC 5: Normas internacionais de Avaliação do Ciclo de Vida.
ACV: Etapas de execução Normas ABNT NBR 14040.
Definição do Objetivo e Escopo
Etapa de planejamento de estudo. Responder a perguntas como:
1) Objetivo do estudo: conhecer desempenho ambiental? Comparar
alternativas? Quais os pontos críticos para melhoria?
2) Para quem é o estudo? Uso interno? Divulgação a clientes e comunidade?
3) Quais as fronteiras do estudo. Exemplo dado: produção de óleo de soja.
Há limites necessários/simplificação. Deve divulgar qual a fronteira.
Fases da ACV: fonte: adaptado de UNEP/SETAC, 2011.
União Européia: criou em 1999 Declaração Ambiental do Produto (ISO
14000), descrevendo a empresa e sua política ambiental, o processo de
produção e o impacto ambiental do produto. Essa avaliação é certificada por
empresas autorizadas.
Ex. De Declaração Ambiental do Produto - Água de uma fabricante na Itália:
ver na Internet. Acqua...
A Declaração Ambiental do Produto é neutra, apenas fala sobre seu produto.
O uso da ACV é um pré-requisito para a concessão de uma declaração
ambiental. Requer uma classe de consumidor bem informada para entender
as declarações.
“Greenwashing”: empresas que fazem propaganda mascarando. Seis
pecados”:
a) malefícios esquecidos: o produto destaca apenas um benefício ambiental e
esquece” os outros. Ex: meu produto é reciclável;
b) falta de provas: produtos que anunciam benefícios ambientais sem
comprovação cient’ficca ou certificaçãoo. Na Noruega não existe Ecosport
(carro não faz bem ao meio ambiente);
c) Promessa vaga: produtos “livre de químicos); 100% natural (arsênio outros
venenos são naturais);
d) Irrelevância: destaca um benefçio que pode ser verdadeiro, mas nào é
relevante (CFC foi proibido nos EUA: desinfetantes são anunciados livres de
CFC);
d) Mentira: encontrado em 1% dos produtos, é simplesmente uma mentira
deslavada (ex: edifícios);
e) Pecados dos dois demônios: benefícios são verdadeiros, mas os produtos
tem sua exigência questionada (cigarros orgânicos). Fonte: Atila Veloso
AVALIAÇÃO SOCIAL DO CICLO DE VIDA – ASCV
MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 4
V. Relatório no Paraná (Universidade técnica do Paraná) Cassia Maria Lie
Uguaya: “A importância da ACV Social na ACV de Sistemas Energéticos”.
4. Avaliação de Sustentabilidade de Ciclo de Vida – ACV Sust. Início deste
tipo de Avaliação pelo PNUMA.
Mensagem Final: “Acabou a era da abundância e estamos entrando na era
da escassez”.
Haroldo Mattos de Lemos – brasilpnuma@gmail.com;
www.brasilpnuma.org.br
--------------------------------------------------------//-------------------------------------------
ROGRIGO MASCARENHAS – PROCURADOR DO ESTADO
PALESTRA SOBRE O DECRETO ESTADUAL43.629/2012
Marco inicial: alteração do art. 170, CRFB/88 – “desenvolvimento
sustentável.”
Alteração do art. 3. – “desenvolvimento sustentável”
TCU – V. Decisão que esvazia a possibilidade prática das licitações
sustentáveis.
No Estado do Rio de Janeiro, em 2010, foi alterada a Lei Estadual de
Mudanças Climáticas, com dispositivo prevendo que observar-se-á a adoção
de critérios ambientais nas especificações dos produtos.
Ano passado: Rio +20. Duas iniciativas do RJ: Mercado de carbono
(abortada) e CPS (aprovação do Decreto 43.629/2012): diretrizes ambientais
em 3 momentos diferentes: a) nas especificações; b) novidade: na fixação de
critério de julgamento; c) na gestão e fiscalização dos contratos.
Art. 2º - Consideram-se critérios de sustentabilidade ambiental,
dentre outros:
I - economia no consumo de água e energia;
II - minimização da geração de resíduos e destinação final
ambientalmente adequada dos que forem gerados;
III - racionalização do uso de matérias-primas;
IV - redução da emissão de poluentes;
V - adoção de tecnologias menos agressivas ao meio ambiente;
VI - implementação de medidas que reduzam as emissões de gases
de efeito estufa e aumentem os sumidouros;
VII - utilização de produtos de baixa toxicidade;
MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 5
VIII - utilização de produtos com a origem ambiental sustentável
comprovada, quando existir certificação para o produto.
DAS REGRAS GERAIS DO DECRETO:
“I - que até 25% do quantitativo da mão de obra seja composta de
pessoas residentes no local de execução; (aspecto ambiental e
social).
II - que parte dos insumos necessários à execução do contrato seja
contratada no respectivo local de execução (região metropolitana,
principalmente. Parágrafo único define)”.
Outro aspecto importante do Decreto: nos Critérios de Julgamento (arts. 8º e
ss.).
O Decreto incorpora o princípio do poluidor pagador: levar em consideração a
produção de externalidades negativas e internalizar este custo. (art. 8.
Parágrafo único do Decreto). O Decreto pode colocar não apenas o menor
preço, mas também o critério sustentável, desde que mensurado
objetivamente (Inmetro).
“Art. 8º................................................................................................
Parágrafo Único - Os custos indiretos, relacionados com as
despesas de manutenção, utilização, reposição, depreciação e
impacto ambiental, entre outros fatores, poderão ser considerados
para a definição do menor dispêndio, sempre que objetivamente
mensuráveis”.
A segunda inovação: nas licitações técnica e preço, classificação das
propostas: Art. 9º do Decreto 43.629/2012.
“Art. 9º - Os instrumentos convocatórios das licitações do tipo melhor
técnica ou técnica e preço estabelecerão, sempre que tecnicamente
possível, critérios objetivos de sustentabilidade ambiental para a
avaliação e classificação das propostas técnicas.
Parágrafo Único - Dentre os critérios objetivos de sustentabilidade
ambiental exigir-se-á a comprovação de que o licitante tenha
implementado, ou esteja implementando, planos e programas
voluntários de gestão ambiental, visando à melhoria contínua e o
aprimoramento ambiental, segundo diretrizes formuladas por
entidades certificadoras reconhecidas no Brasil”.
Grande inovação: impacto ficto desempatado em prol do meio ambiente.
Diferença de até 3% no preço pode ser considerado impacto ficto,
desempatado em prol do meio ambiente. Foram fixados inicialmente 4
critérios (v. Art. 10), sem prejuízos de outros:
“Art. 10 - O edital poderá fixar critérios ambientais objetivos para o
desempate de propostas, mediante a atribuição de pontos aos
licitantes que atendam os seguintes requisitos:
MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 6
I - ter promovido ou estar promovendo programas de educação
ambiental em conformidade com a política estadual de educação
ambiental;
II - ter implementado, ou estar implementando, planos e programas
voluntários de gestão ambiental, visando à melhoria contínua e o
aprimoramento ambiental, segundo diretrizes formuladas por
entidades certificadoras reconhecidas no Brasil (série ISO 14000);
III - ter implementado, ou estar implementando, planos e programas
voluntários, em conformidade com a Política Estadual sobre
Mudança do Clima;
IV - não ter praticado infração administrativa ambiental estadual;
V - outros requisitos fixados por ato conjunto da Secretaria de
Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG e da Secretaria de
Estado do Ambiente – SEA”.
Instrumento eficaz de privilegiar as ações em prol ao meio ambiente.
A Legislação do Estado do Rio de Janeiro já previa (Lei 3.467), desde 2000,
a proibição de contratar com a Administração Pública estadual quando
cometia infração ambiental. (nunca foi aplicado na prática).Cabe ao INEA
aplicar esta penalidade.
Na prática, ainda não há licitação sustentável: a depender da Resolução da
SEPLAG e Meio Ambiente.
-----------------------------------------------------/FIM/--------------------------------------------

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Seminário de Seguros de RC: Política Nacional de Resíduos Sólidos
Seminário de Seguros de RC: Política Nacional de Resíduos SólidosSeminário de Seguros de RC: Política Nacional de Resíduos Sólidos
Seminário de Seguros de RC: Política Nacional de Resíduos SólidosEscola Nacional de Seguros
 
Gestão residuos na constr civil e pnrs apostilha1
Gestão residuos na constr civil e pnrs   apostilha1Gestão residuos na constr civil e pnrs   apostilha1
Gestão residuos na constr civil e pnrs apostilha1cmoitinho
 
Participação socioambiental na gestão de resíduos eletro eletrônicos sti solu...
Participação socioambiental na gestão de resíduos eletro eletrônicos sti solu...Participação socioambiental na gestão de resíduos eletro eletrônicos sti solu...
Participação socioambiental na gestão de resíduos eletro eletrônicos sti solu...Rosa Mitie
 
Aula 4 prevenção a poluição
Aula 4   prevenção a poluiçãoAula 4   prevenção a poluição
Aula 4 prevenção a poluiçãoGiovanna Ortiz
 
Gerenciamentode resíduos sólidos
Gerenciamentode resíduos sólidosGerenciamentode resíduos sólidos
Gerenciamentode resíduos sólidosWalter Morona
 
Programa colheta de papel
Programa colheta de papelPrograma colheta de papel
Programa colheta de papelkeziagomes
 
Ferramentas de certificação ambiental na construção civil
Ferramentas de certificação ambiental na construção civilFerramentas de certificação ambiental na construção civil
Ferramentas de certificação ambiental na construção civilLara Esmeraldo
 
Mini Curso Reciclagem de Plásticos - Mercado da Reciclagem
Mini Curso Reciclagem de Plásticos - Mercado da ReciclagemMini Curso Reciclagem de Plásticos - Mercado da Reciclagem
Mini Curso Reciclagem de Plásticos - Mercado da ReciclagemFernando Jose Novaes
 
Resultados Alcançados com o Processo AQUA - Brookfield Horizon
Resultados Alcançados com o Processo AQUA - Brookfield HorizonResultados Alcançados com o Processo AQUA - Brookfield Horizon
Resultados Alcançados com o Processo AQUA - Brookfield HorizonproActive Consultoria
 
E2009 t00481 pcn81956
E2009 t00481 pcn81956E2009 t00481 pcn81956
E2009 t00481 pcn81956leonardo2710
 
App ciências ambientais - síntese
App   ciências ambientais - sínteseApp   ciências ambientais - síntese
App ciências ambientais - sínteseCamila Silva
 
Trabalho - Resíduos Sólidos da Construção Civil
Trabalho -  Resíduos Sólidos da Construção CivilTrabalho -  Resíduos Sólidos da Construção Civil
Trabalho - Resíduos Sólidos da Construção CivilTania Barboza
 
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqqAtividades Diversas Cláudia
 

La actualidad más candente (20)

Seminário de Seguros de RC: Política Nacional de Resíduos Sólidos
Seminário de Seguros de RC: Política Nacional de Resíduos SólidosSeminário de Seguros de RC: Política Nacional de Resíduos Sólidos
Seminário de Seguros de RC: Política Nacional de Resíduos Sólidos
 
Gestão residuos na constr civil e pnrs apostilha1
Gestão residuos na constr civil e pnrs   apostilha1Gestão residuos na constr civil e pnrs   apostilha1
Gestão residuos na constr civil e pnrs apostilha1
 
Aula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamentoAula 3 gerenciamento
Aula 3 gerenciamento
 
Indústrias e meio ambiente
Indústrias e meio ambienteIndústrias e meio ambiente
Indústrias e meio ambiente
 
Gerenciamento do ciclo de vida do produto
Gerenciamento do ciclo de vida do produtoGerenciamento do ciclo de vida do produto
Gerenciamento do ciclo de vida do produto
 
Aula 3 sga qualidade
Aula 3   sga qualidadeAula 3   sga qualidade
Aula 3 sga qualidade
 
Participação socioambiental na gestão de resíduos eletro eletrônicos sti solu...
Participação socioambiental na gestão de resíduos eletro eletrônicos sti solu...Participação socioambiental na gestão de resíduos eletro eletrônicos sti solu...
Participação socioambiental na gestão de resíduos eletro eletrônicos sti solu...
 
Aula 4 prevenção a poluição
Aula 4   prevenção a poluiçãoAula 4   prevenção a poluição
Aula 4 prevenção a poluição
 
Aula 5 sebrae
Aula 5   sebraeAula 5   sebrae
Aula 5 sebrae
 
Gerenciamentode resíduos sólidos
Gerenciamentode resíduos sólidosGerenciamentode resíduos sólidos
Gerenciamentode resíduos sólidos
 
Programa colheta de papel
Programa colheta de papelPrograma colheta de papel
Programa colheta de papel
 
Ferramentas de certificação ambiental na construção civil
Ferramentas de certificação ambiental na construção civilFerramentas de certificação ambiental na construção civil
Ferramentas de certificação ambiental na construção civil
 
Ecodesign e acv
Ecodesign e acvEcodesign e acv
Ecodesign e acv
 
Mini Curso Reciclagem de Plásticos - Mercado da Reciclagem
Mini Curso Reciclagem de Plásticos - Mercado da ReciclagemMini Curso Reciclagem de Plásticos - Mercado da Reciclagem
Mini Curso Reciclagem de Plásticos - Mercado da Reciclagem
 
Resultados Alcançados com o Processo AQUA - Brookfield Horizon
Resultados Alcançados com o Processo AQUA - Brookfield HorizonResultados Alcançados com o Processo AQUA - Brookfield Horizon
Resultados Alcançados com o Processo AQUA - Brookfield Horizon
 
E2009 t00481 pcn81956
E2009 t00481 pcn81956E2009 t00481 pcn81956
E2009 t00481 pcn81956
 
App ciências ambientais - síntese
App   ciências ambientais - sínteseApp   ciências ambientais - síntese
App ciências ambientais - síntese
 
Certificados e selos de qualidade
Certificados e selos de qualidadeCertificados e selos de qualidade
Certificados e selos de qualidade
 
Trabalho - Resíduos Sólidos da Construção Civil
Trabalho -  Resíduos Sólidos da Construção CivilTrabalho -  Resíduos Sólidos da Construção Civil
Trabalho - Resíduos Sólidos da Construção Civil
 
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
4º bimestre geografia 7º ano ensino fundamenta lqq
 

Destacado

Policia de Catalunya a Twitter (31-03-2013)
Policia de Catalunya a Twitter (31-03-2013)Policia de Catalunya a Twitter (31-03-2013)
Policia de Catalunya a Twitter (31-03-2013)Joan Brull
 
U 1-societat i economia
U 1-societat i economiaU 1-societat i economia
U 1-societat i economiamolives3
 
Part of grammar book (2)
Part of grammar book (2)Part of grammar book (2)
Part of grammar book (2)rawryo
 
Exercici 2 nacho barrau
Exercici 2 nacho barrauExercici 2 nacho barrau
Exercici 2 nacho barraufenocrack
 
Rajendra Singh Gahlot ( IT I st year student work)
Rajendra Singh Gahlot ( IT I st year student work)Rajendra Singh Gahlot ( IT I st year student work)
Rajendra Singh Gahlot ( IT I st year student work)dezyneecole
 
SEPTIMA RUEDA DE NEGOCIOS SPEEDNETWORKING BARCELONA - Dossier Patrocinadores
SEPTIMA RUEDA DE NEGOCIOS SPEEDNETWORKING BARCELONA - Dossier PatrocinadoresSEPTIMA RUEDA DE NEGOCIOS SPEEDNETWORKING BARCELONA - Dossier Patrocinadores
SEPTIMA RUEDA DE NEGOCIOS SPEEDNETWORKING BARCELONA - Dossier PatrocinadoresCIE Barcelona
 
Resultados viernes
Resultados viernesResultados viernes
Resultados viernesJordi Masnou
 
Infomoment
InfomomentInfomoment
InfomomentPiejir
 
Rafael apresentação encontro csjt final
Rafael apresentação encontro csjt finalRafael apresentação encontro csjt final
Rafael apresentação encontro csjt finalleonardo2710
 
Tutorial kmxalimentos
Tutorial kmxalimentosTutorial kmxalimentos
Tutorial kmxalimentosCAPI El Puche
 
energia nuclear
energia nuclearenergia nuclear
energia nuclearyoana92
 
Idea Negocios
Idea NegociosIdea Negocios
Idea Negociostarigarma
 

Destacado (20)

Policia de Catalunya a Twitter (31-03-2013)
Policia de Catalunya a Twitter (31-03-2013)Policia de Catalunya a Twitter (31-03-2013)
Policia de Catalunya a Twitter (31-03-2013)
 
Tema 5
Tema 5Tema 5
Tema 5
 
U 1-societat i economia
U 1-societat i economiaU 1-societat i economia
U 1-societat i economia
 
Part of grammar book (2)
Part of grammar book (2)Part of grammar book (2)
Part of grammar book (2)
 
Demo
DemoDemo
Demo
 
Exercici 2 nacho barrau
Exercici 2 nacho barrauExercici 2 nacho barrau
Exercici 2 nacho barrau
 
Rajendra Singh Gahlot ( IT I st year student work)
Rajendra Singh Gahlot ( IT I st year student work)Rajendra Singh Gahlot ( IT I st year student work)
Rajendra Singh Gahlot ( IT I st year student work)
 
SEPTIMA RUEDA DE NEGOCIOS SPEEDNETWORKING BARCELONA - Dossier Patrocinadores
SEPTIMA RUEDA DE NEGOCIOS SPEEDNETWORKING BARCELONA - Dossier PatrocinadoresSEPTIMA RUEDA DE NEGOCIOS SPEEDNETWORKING BARCELONA - Dossier Patrocinadores
SEPTIMA RUEDA DE NEGOCIOS SPEEDNETWORKING BARCELONA - Dossier Patrocinadores
 
Milena
MilenaMilena
Milena
 
Resultados viernes
Resultados viernesResultados viernes
Resultados viernes
 
Infomoment
InfomomentInfomoment
Infomoment
 
Unidad didáctica N°2 JOHN WIRTH
Unidad didáctica  N°2  JOHN WIRTHUnidad didáctica  N°2  JOHN WIRTH
Unidad didáctica N°2 JOHN WIRTH
 
Hábitos de consumo
Hábitos de consumoHábitos de consumo
Hábitos de consumo
 
Rafael apresentação encontro csjt final
Rafael apresentação encontro csjt finalRafael apresentação encontro csjt final
Rafael apresentação encontro csjt final
 
Tutorial kmxalimentos
Tutorial kmxalimentosTutorial kmxalimentos
Tutorial kmxalimentos
 
44.outubro 2012 revista
44.outubro 2012 revista44.outubro 2012 revista
44.outubro 2012 revista
 
energia nuclear
energia nuclearenergia nuclear
energia nuclear
 
LIFENOTE
LIFENOTELIFENOTE
LIFENOTE
 
prueba
pruebaprueba
prueba
 
Idea Negocios
Idea NegociosIdea Negocios
Idea Negocios
 

Similar a Compras Públicas Sustentáveis no RJ

7. gestão e auditoria ambiental
7. gestão e auditoria ambiental7. gestão e auditoria ambiental
7. gestão e auditoria ambientalVirna Salgado Barra
 
Empreendimentos e produtos sustentáveis. de que se trata nf
Empreendimentos e produtos sustentáveis. de que se trata nf Empreendimentos e produtos sustentáveis. de que se trata nf
Empreendimentos e produtos sustentáveis. de que se trata nf forumsustentar
 
Lyfe Cycle Analyses: Concepts and Case Study - ERM
Lyfe Cycle Analyses: Concepts and Case Study - ERMLyfe Cycle Analyses: Concepts and Case Study - ERM
Lyfe Cycle Analyses: Concepts and Case Study - ERMRevista H&C
 
Capitalismo natural e produo mais limpa final
Capitalismo natural e produo mais limpa  finalCapitalismo natural e produo mais limpa  final
Capitalismo natural e produo mais limpa finalUFRGS
 
Sustentabilidade nas pm es
Sustentabilidade nas pm esSustentabilidade nas pm es
Sustentabilidade nas pm esfabiofm
 
Estudo de impacto ambiental de produtos Polliana Moura
Estudo de impacto ambiental de produtos   Polliana MouraEstudo de impacto ambiental de produtos   Polliana Moura
Estudo de impacto ambiental de produtos Polliana MouraRicardo Souza
 
Introducao a Gestao Ambiental nas empreesas. Maanual do Formando.docx
Introducao a Gestao Ambiental nas empreesas. Maanual do Formando.docxIntroducao a Gestao Ambiental nas empreesas. Maanual do Formando.docx
Introducao a Gestao Ambiental nas empreesas. Maanual do Formando.docxssuser41d3a6
 
Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental - Cenários e Tendências
Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental - Cenários e TendênciasSustentabilidade e Responsabilidade Ambiental - Cenários e Tendências
Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental - Cenários e TendênciasTânnia Grigorieff
 
Apresentação A3P JBRJ hosp lagoa 2014
Apresentação A3P JBRJ hosp lagoa 2014Apresentação A3P JBRJ hosp lagoa 2014
Apresentação A3P JBRJ hosp lagoa 2014Rio de Sustentabilidade
 
Green Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística VerdeGreen Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística VerdeManuel Garcia Garcia
 
Conference ISEG_ 2022_RS_JMS_HVGN_FM_AG_VA.pptx
Conference ISEG_ 2022_RS_JMS_HVGN_FM_AG_VA.pptxConference ISEG_ 2022_RS_JMS_HVGN_FM_AG_VA.pptx
Conference ISEG_ 2022_RS_JMS_HVGN_FM_AG_VA.pptxRicardo Santos
 
Palestra Green It Blog
Palestra Green It BlogPalestra Green It Blog
Palestra Green It BlogLaercio Bruno
 
Tema: Licitações Sustentáveis: Aspectos relevantes
Tema: Licitações Sustentáveis: Aspectos relevantes Tema: Licitações Sustentáveis: Aspectos relevantes
Tema: Licitações Sustentáveis: Aspectos relevantes Editora Fórum
 
Ministro weder de oliveira
Ministro weder de oliveiraMinistro weder de oliveira
Ministro weder de oliveiraleonardo2710
 

Similar a Compras Públicas Sustentáveis no RJ (20)

7. gestão e auditoria ambiental
7. gestão e auditoria ambiental7. gestão e auditoria ambiental
7. gestão e auditoria ambiental
 
Prova de geografia meio sustentabilidade 4 bi
Prova de geografia meio sustentabilidade 4 biProva de geografia meio sustentabilidade 4 bi
Prova de geografia meio sustentabilidade 4 bi
 
Empreendimentos e produtos sustentáveis. de que se trata nf
Empreendimentos e produtos sustentáveis. de que se trata nf Empreendimentos e produtos sustentáveis. de que se trata nf
Empreendimentos e produtos sustentáveis. de que se trata nf
 
Lyfe Cycle Analyses: Concepts and Case Study - ERM
Lyfe Cycle Analyses: Concepts and Case Study - ERMLyfe Cycle Analyses: Concepts and Case Study - ERM
Lyfe Cycle Analyses: Concepts and Case Study - ERM
 
Empreendedorismo em Química
Empreendedorismo em QuímicaEmpreendedorismo em Química
Empreendedorismo em Química
 
Gestão ambiental
Gestão ambientalGestão ambiental
Gestão ambiental
 
Capitalismo natural e produo mais limpa final
Capitalismo natural e produo mais limpa  finalCapitalismo natural e produo mais limpa  final
Capitalismo natural e produo mais limpa final
 
Sustentabilidade nas pm es
Sustentabilidade nas pm esSustentabilidade nas pm es
Sustentabilidade nas pm es
 
Estudo de impacto ambiental de produtos Polliana Moura
Estudo de impacto ambiental de produtos   Polliana MouraEstudo de impacto ambiental de produtos   Polliana Moura
Estudo de impacto ambiental de produtos Polliana Moura
 
Introducao a Gestao Ambiental nas empreesas. Maanual do Formando.docx
Introducao a Gestao Ambiental nas empreesas. Maanual do Formando.docxIntroducao a Gestao Ambiental nas empreesas. Maanual do Formando.docx
Introducao a Gestao Ambiental nas empreesas. Maanual do Formando.docx
 
Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental - Cenários e Tendências
Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental - Cenários e TendênciasSustentabilidade e Responsabilidade Ambiental - Cenários e Tendências
Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental - Cenários e Tendências
 
Viviane
VivianeViviane
Viviane
 
Apresentação A3P JBRJ hosp lagoa 2014
Apresentação A3P JBRJ hosp lagoa 2014Apresentação A3P JBRJ hosp lagoa 2014
Apresentação A3P JBRJ hosp lagoa 2014
 
Green Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística VerdeGreen Logistics - Logística Verde
Green Logistics - Logística Verde
 
Teli 1
Teli 1Teli 1
Teli 1
 
Conference ISEG_ 2022_RS_JMS_HVGN_FM_AG_VA.pptx
Conference ISEG_ 2022_RS_JMS_HVGN_FM_AG_VA.pptxConference ISEG_ 2022_RS_JMS_HVGN_FM_AG_VA.pptx
Conference ISEG_ 2022_RS_JMS_HVGN_FM_AG_VA.pptx
 
Palestra Green It Blog
Palestra Green It BlogPalestra Green It Blog
Palestra Green It Blog
 
Inovação e sustentabilidade
Inovação e sustentabilidadeInovação e sustentabilidade
Inovação e sustentabilidade
 
Tema: Licitações Sustentáveis: Aspectos relevantes
Tema: Licitações Sustentáveis: Aspectos relevantes Tema: Licitações Sustentáveis: Aspectos relevantes
Tema: Licitações Sustentáveis: Aspectos relevantes
 
Ministro weder de oliveira
Ministro weder de oliveiraMinistro weder de oliveira
Ministro weder de oliveira
 

Más de leonardo2710

Compras sustentáveis ph
Compras sustentáveis   phCompras sustentáveis   ph
Compras sustentáveis phleonardo2710
 
Apresentação experiências do trt compras públicas sustentáveis
Apresentação experiências do trt   compras públicas sustentáveisApresentação experiências do trt   compras públicas sustentáveis
Apresentação experiências do trt compras públicas sustentáveisleonardo2710
 
Apresentação para o guia da jt sugestões - compras e contratações sustentá...
Apresentação para o guia da jt    sugestões - compras e contratações sustentá...Apresentação para o guia da jt    sugestões - compras e contratações sustentá...
Apresentação para o guia da jt sugestões - compras e contratações sustentá...leonardo2710
 
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadasRsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadasleonardo2710
 
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaApresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaleonardo2710
 
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaApresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaleonardo2710
 
Certificado tutor de ética ceajud 3
Certificado tutor de ética ceajud 3Certificado tutor de ética ceajud 3
Certificado tutor de ética ceajud 3leonardo2710
 
Certificado tutor direito constitucional-2
Certificado tutor   direito constitucional-2Certificado tutor   direito constitucional-2
Certificado tutor direito constitucional-2leonardo2710
 
Certificado tutor direito constitucional-2
Certificado tutor   direito constitucional-2Certificado tutor   direito constitucional-2
Certificado tutor direito constitucional-2leonardo2710
 
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjtLicitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjtleonardo2710
 

Más de leonardo2710 (20)

LS na China
LS na ChinaLS na China
LS na China
 
LS na China
LS na ChinaLS na China
LS na China
 
Inpdf viewer (1)
Inpdf viewer (1)Inpdf viewer (1)
Inpdf viewer (1)
 
Inpdf viewer
Inpdf viewerInpdf viewer
Inpdf viewer
 
912280 tcemg (1)
912280 tcemg (1)912280 tcemg (1)
912280 tcemg (1)
 
Compras sustentáveis ph
Compras sustentáveis   phCompras sustentáveis   ph
Compras sustentáveis ph
 
Portaria 175
Portaria 175Portaria 175
Portaria 175
 
Edital tjdft
Edital tjdftEdital tjdft
Edital tjdft
 
Handbook pt
Handbook ptHandbook pt
Handbook pt
 
Apresentação experiências do trt compras públicas sustentáveis
Apresentação experiências do trt   compras públicas sustentáveisApresentação experiências do trt   compras públicas sustentáveis
Apresentação experiências do trt compras públicas sustentáveis
 
Portaria 388:2013
Portaria 388:2013Portaria 388:2013
Portaria 388:2013
 
Apresentação para o guia da jt sugestões - compras e contratações sustentá...
Apresentação para o guia da jt    sugestões - compras e contratações sustentá...Apresentação para o guia da jt    sugestões - compras e contratações sustentá...
Apresentação para o guia da jt sugestões - compras e contratações sustentá...
 
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadasRsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
Rsp 63 2_2_2012_compras_publicas_compartilhadas
 
Guia
GuiaGuia
Guia
 
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaApresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
 
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mmaApresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
Apresentação painel experiências locais do trt no evento do mma
 
Certificado tutor de ética ceajud 3
Certificado tutor de ética ceajud 3Certificado tutor de ética ceajud 3
Certificado tutor de ética ceajud 3
 
Certificado tutor direito constitucional-2
Certificado tutor   direito constitucional-2Certificado tutor   direito constitucional-2
Certificado tutor direito constitucional-2
 
Certificado tutor direito constitucional-2
Certificado tutor   direito constitucional-2Certificado tutor   direito constitucional-2
Certificado tutor direito constitucional-2
 
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjtLicitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
Licitações sustentáveis contratação de serviços guia naj + guia cnjt
 

Compras Públicas Sustentáveis no RJ

  • 1. MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 1 FÓRUM PERMANENTE DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO TEMA: COMPRAS PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS LOCAL: ALERJ DATA: 02/09/2013 Preâmbulo da reunião: “O Decreto Estadual 43.629/12 determina que o critério da sustentabilidade seja levado em consideração na aquisição de produtos pelo poder público. Com a internçao de fomentar o debate sobre o assunto e esclarecer esses critérios para servidores, técnicos e fornecedores o Fórum Permanente de Desenvolvimento do Estado do Rio promoverá nesta segunda-feira (02/09) o evento "Compras Públicas Sustentáveis: mecanismos legais e análise do ciclo de vida dos produtos". O evento acontecerá a partir das 09h30 na Sala 311 do Palácio Tiradentes, e contará com as presenças do procurador do estado Rodrigo Mascarenhas e do presidente do Instituto Brasil Pnuma, Haroldo Mattos de Lemos, que falarão sobre o decreto e as novas regras que consideram não mais apenas o menor preço, mas também o menor impacto ao meio ambiente no processo produtivo desses itens. "Esta iniciativa é um desdobramento do evento 'Compras Públicas Sustentáveis no Estado do Rio: Fazendo Acontecer', e tem como foco a coordenação de ações que viabilizem as compras públicas sustentáveis. Isso exige um esforço conjunto de governos, das empresas e de toda a sociedade", explica a secretária geral do Fórum, Geiza Rocha.
  • 2. MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 2 1ª PALESTRA: AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA E GREENWASHING HAROLDO MATTOS DE LEMOS Presidente do PNUMA - Alerta para o crescimento populacional. - Poder de compra: imperativo a adoção de critérios sustentáveis nas contratações públicas. - Abordagem de aspectos ambientais: escassez de água, alterações climáticas, queima de combustíveis fósseis, etc. - Lançamento de resíduos na biosfera mais do que ela pode absorver; - Três grande desafios: (i) garantir a disponibilidade de recursos naturais; (ii) não ultrapassar os limites da biosfera para assimilar resíduos e poluição; (iii) Reduzir a pobreza no mundo: Questão social. -Empresas e os dois primeiros desafios para o Desenvolvimento Sustentável: Primeira fase: Melhoria nos processos de produção: produção mais limpa, Eficiência, sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001), Auditorias Ambientais (ISO 19011), Avaliação de Desempenho Ambiental (ISO 14031). Segunda fase: Melhorias no projeto e desenvolvimento de produtos: - Ampliação do Ciclo de Vida (Série ISO 14040); ecodesing e rotulagem ambiental (série ISO 14020) Terceira fase: responsabilidade social. - Avaliação do Ciclo de Vida: Suécia: rótulos indicam quantidade de CO2 em alimentos: vendas de produtos que agridem menos do meio ambiente aumentaram em 20%. Ciclo de Vida do Produto: é o conjunto de avaliação de todas as etapas, desde a fabricação até o adequado descarte. Desempenho Ambiental de um Produto: para saber, deve-se verificar toda a cadeia produtiva: a) da logística da produção; b) esforços para a eficiência energética; c) maximização do uso da água; d) aproveitamento dos resíduos (vide Bolsa de resíduos – Feema); e) da otimização do uso (fazer mais com menos. Ex: Holanda – reaproveitamento do espaço). ACV – Objetivos: - Identificação de oportunidades de melhoria de desempenho ambiental de produtos e serviços (Ex: Suécia – geladeira: em qual parte do ciclo estava o maior impacto? Constatou-se que é no uso da geladeira – 365 dias/ano. Ecodesign da geladeira, de tal forma que ela passou a gastar 25% menos energia; - Comparação de produtos que exercem a mesma função; - Ecodesign; - Rotulagem ambiental Tipo III. - ACV: Comprar dois produtos usados para a mesma função: xícara de louça versus xícara de porcelana: Primeiro passo: unidade funcional: base de cálculo – unidade de referencia de estudo; Segundo passo: fluxo de
  • 3. MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 3 referência; Terceiro Passo: qual o maior impacto ambiental? (fabricar, transportar, usar e descartar 1.000 xícaras de plástico? B) fabricar, transportar, usar, lavar 500 vezes com água e detergente – e descartar 2 xícaras de louça?). ISO/TC 207 SC 5: Normas internacionais de Avaliação do Ciclo de Vida. ACV: Etapas de execução Normas ABNT NBR 14040. Definição do Objetivo e Escopo Etapa de planejamento de estudo. Responder a perguntas como: 1) Objetivo do estudo: conhecer desempenho ambiental? Comparar alternativas? Quais os pontos críticos para melhoria? 2) Para quem é o estudo? Uso interno? Divulgação a clientes e comunidade? 3) Quais as fronteiras do estudo. Exemplo dado: produção de óleo de soja. Há limites necessários/simplificação. Deve divulgar qual a fronteira. Fases da ACV: fonte: adaptado de UNEP/SETAC, 2011. União Européia: criou em 1999 Declaração Ambiental do Produto (ISO 14000), descrevendo a empresa e sua política ambiental, o processo de produção e o impacto ambiental do produto. Essa avaliação é certificada por empresas autorizadas. Ex. De Declaração Ambiental do Produto - Água de uma fabricante na Itália: ver na Internet. Acqua... A Declaração Ambiental do Produto é neutra, apenas fala sobre seu produto. O uso da ACV é um pré-requisito para a concessão de uma declaração ambiental. Requer uma classe de consumidor bem informada para entender as declarações. “Greenwashing”: empresas que fazem propaganda mascarando. Seis pecados”: a) malefícios esquecidos: o produto destaca apenas um benefício ambiental e esquece” os outros. Ex: meu produto é reciclável; b) falta de provas: produtos que anunciam benefícios ambientais sem comprovação cient’ficca ou certificaçãoo. Na Noruega não existe Ecosport (carro não faz bem ao meio ambiente); c) Promessa vaga: produtos “livre de químicos); 100% natural (arsênio outros venenos são naturais); d) Irrelevância: destaca um benefçio que pode ser verdadeiro, mas nào é relevante (CFC foi proibido nos EUA: desinfetantes são anunciados livres de CFC); d) Mentira: encontrado em 1% dos produtos, é simplesmente uma mentira deslavada (ex: edifícios); e) Pecados dos dois demônios: benefícios são verdadeiros, mas os produtos tem sua exigência questionada (cigarros orgânicos). Fonte: Atila Veloso AVALIAÇÃO SOCIAL DO CICLO DE VIDA – ASCV
  • 4. MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 4 V. Relatório no Paraná (Universidade técnica do Paraná) Cassia Maria Lie Uguaya: “A importância da ACV Social na ACV de Sistemas Energéticos”. 4. Avaliação de Sustentabilidade de Ciclo de Vida – ACV Sust. Início deste tipo de Avaliação pelo PNUMA. Mensagem Final: “Acabou a era da abundância e estamos entrando na era da escassez”. Haroldo Mattos de Lemos – brasilpnuma@gmail.com; www.brasilpnuma.org.br --------------------------------------------------------//------------------------------------------- ROGRIGO MASCARENHAS – PROCURADOR DO ESTADO PALESTRA SOBRE O DECRETO ESTADUAL43.629/2012 Marco inicial: alteração do art. 170, CRFB/88 – “desenvolvimento sustentável.” Alteração do art. 3. – “desenvolvimento sustentável” TCU – V. Decisão que esvazia a possibilidade prática das licitações sustentáveis. No Estado do Rio de Janeiro, em 2010, foi alterada a Lei Estadual de Mudanças Climáticas, com dispositivo prevendo que observar-se-á a adoção de critérios ambientais nas especificações dos produtos. Ano passado: Rio +20. Duas iniciativas do RJ: Mercado de carbono (abortada) e CPS (aprovação do Decreto 43.629/2012): diretrizes ambientais em 3 momentos diferentes: a) nas especificações; b) novidade: na fixação de critério de julgamento; c) na gestão e fiscalização dos contratos. Art. 2º - Consideram-se critérios de sustentabilidade ambiental, dentre outros: I - economia no consumo de água e energia; II - minimização da geração de resíduos e destinação final ambientalmente adequada dos que forem gerados; III - racionalização do uso de matérias-primas; IV - redução da emissão de poluentes; V - adoção de tecnologias menos agressivas ao meio ambiente; VI - implementação de medidas que reduzam as emissões de gases de efeito estufa e aumentem os sumidouros; VII - utilização de produtos de baixa toxicidade;
  • 5. MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 5 VIII - utilização de produtos com a origem ambiental sustentável comprovada, quando existir certificação para o produto. DAS REGRAS GERAIS DO DECRETO: “I - que até 25% do quantitativo da mão de obra seja composta de pessoas residentes no local de execução; (aspecto ambiental e social). II - que parte dos insumos necessários à execução do contrato seja contratada no respectivo local de execução (região metropolitana, principalmente. Parágrafo único define)”. Outro aspecto importante do Decreto: nos Critérios de Julgamento (arts. 8º e ss.). O Decreto incorpora o princípio do poluidor pagador: levar em consideração a produção de externalidades negativas e internalizar este custo. (art. 8. Parágrafo único do Decreto). O Decreto pode colocar não apenas o menor preço, mas também o critério sustentável, desde que mensurado objetivamente (Inmetro). “Art. 8º................................................................................................ Parágrafo Único - Os custos indiretos, relacionados com as despesas de manutenção, utilização, reposição, depreciação e impacto ambiental, entre outros fatores, poderão ser considerados para a definição do menor dispêndio, sempre que objetivamente mensuráveis”. A segunda inovação: nas licitações técnica e preço, classificação das propostas: Art. 9º do Decreto 43.629/2012. “Art. 9º - Os instrumentos convocatórios das licitações do tipo melhor técnica ou técnica e preço estabelecerão, sempre que tecnicamente possível, critérios objetivos de sustentabilidade ambiental para a avaliação e classificação das propostas técnicas. Parágrafo Único - Dentre os critérios objetivos de sustentabilidade ambiental exigir-se-á a comprovação de que o licitante tenha implementado, ou esteja implementando, planos e programas voluntários de gestão ambiental, visando à melhoria contínua e o aprimoramento ambiental, segundo diretrizes formuladas por entidades certificadoras reconhecidas no Brasil”. Grande inovação: impacto ficto desempatado em prol do meio ambiente. Diferença de até 3% no preço pode ser considerado impacto ficto, desempatado em prol do meio ambiente. Foram fixados inicialmente 4 critérios (v. Art. 10), sem prejuízos de outros: “Art. 10 - O edital poderá fixar critérios ambientais objetivos para o desempate de propostas, mediante a atribuição de pontos aos licitantes que atendam os seguintes requisitos:
  • 6. MATERIAL PRODUZIDO POR LEONARDO SANTIAGO PARA FINS DIDÁTICOS Página 6 I - ter promovido ou estar promovendo programas de educação ambiental em conformidade com a política estadual de educação ambiental; II - ter implementado, ou estar implementando, planos e programas voluntários de gestão ambiental, visando à melhoria contínua e o aprimoramento ambiental, segundo diretrizes formuladas por entidades certificadoras reconhecidas no Brasil (série ISO 14000); III - ter implementado, ou estar implementando, planos e programas voluntários, em conformidade com a Política Estadual sobre Mudança do Clima; IV - não ter praticado infração administrativa ambiental estadual; V - outros requisitos fixados por ato conjunto da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão - SEPLAG e da Secretaria de Estado do Ambiente – SEA”. Instrumento eficaz de privilegiar as ações em prol ao meio ambiente. A Legislação do Estado do Rio de Janeiro já previa (Lei 3.467), desde 2000, a proibição de contratar com a Administração Pública estadual quando cometia infração ambiental. (nunca foi aplicado na prática).Cabe ao INEA aplicar esta penalidade. Na prática, ainda não há licitação sustentável: a depender da Resolução da SEPLAG e Meio Ambiente. -----------------------------------------------------/FIM/--------------------------------------------