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7 de setembro de 2002

Notas de Aula de Física
05. LEIS DE NEWTON ....................................................................................................... 2
ONDE ESTÃO AS FORÇAS?................................................................................................... 2
PRIMEIRA LEI DE NEWTON ................................................................................................... 3
SEGUNDA LEI DE NEWTON .................................................................................................. 3
TERCEIRA LEI DE NEWTON .................................................................................................. 4
APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON ...................................................................................... 4
Exemplo 5-6 .................................................................................................................. 4
Exemplo 5-8 .................................................................................................................. 6
Exemplo 5-9 .................................................................................................................. 7
Exemplo 5-10 ................................................................................................................ 7
Exemplo 5-11 ................................................................................................................ 8
SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 9
16 .................................................................................................................................. 9
40 .................................................................................................................................. 9
45 ................................................................................................................................ 10
49 ................................................................................................................................ 11
57 ................................................................................................................................ 12
58 ................................................................................................................................ 13
63 ................................................................................................................................ 14
70 ................................................................................................................................ 15
Prof. Romero Tavares da Silva

05. Leis de Newton
No nosso dia a dia encontramos objetos que se movem e outros que permanecem
em repouso. À primeira vista, parece que um corpo está em repouso quando não existem
forças atuando nele, e inicia o movimento quando uma força começa a atuar sobre si.
No desenrolar deste capítulo vamos ver o quanto essas aparências se aproximam
ou se afastam da realidade.
Onde estão as forças?
Gravidade
As coisas caem porque são atraídas pela Terra. Há uma força que puxa cada objeto para baixo e que também é responsável por manter a atmosfera sobre a Terra e também por deixar a Lua e os satélites artificiais em órbita. É a chamada força gravitacional.
Essa força representa uma interação existente entre a Terra e os objetos que estão sobre
ela.
Sustentação
Para que as coisas não caiam é preciso segurá-las. Para levar a prancha o garotão
faz força para cima. Da mesma forma, a cadeira sustenta a moça, enquanto ela toma sol.
Em cada um desses casos, há duas forças opostas: a força da gravidade, que puxa a
moça e a prancha para baixo, e uma força para cima, de sustentação, que a mão do surfista faz na prancha e a cadeira faz na moça. Em geral, ela é conhecida como força normal.
Na água
A água também pode sustentar coisas, impedindo que elas afundem. Essa interação da água com os objetos se dá no sentido oposto ao da gravidade e é medida através
de uma força que chamamos de empuxo hidrostático. É por isso que nos sentimos mais
leves quando estamos dentro da água. O que sustenta balões no ar também é uma força
de empuxo, igual à que observamos na água.
No ar
Para se segurar no ar o pássaro bate asas e consegue com que o ar exerça uma
força para cima, suficientemente grande para vencer a força da gravidade. Da mesma
forma, o movimento dos aviões e o formato especial de suas asas acaba por criar uma
força de sustentação. Essas forças também podem ser chamadas de empuxo. Porém,
trata-se de um empuxo dinâmico, ou seja, que depende de um movimento para existir. As
forças de empuxo estático que observamos na água ou no caso de balões, não dependem de um movimento para surgir.
As formas pelas quais os objetos interagem uns com os outros são muito variadas.
A interação das asas de um pássaro com o ar, que permite o vôo, por exemplo, é diferente da interação entre uma raquete e uma bolinha de pingue-pongue, da interação entre
uma lixa e uma parede ou entre um ímã e um alfinete.
Isaac Newton, o famoso físico inglês do século XVIII, conseguiu elaborar leis que
permitem lidar com toda essa variedade, descrevendo essas interações como forças que
agem entre os objetos. Cada interação representa uma força diferente, que depende das
Cap 05

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2
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diferentes condições em que os objetos interagem. Mas todas obedecem aos mesmos
princípios elaborados por Newton, e que ficaram conhecidos como Leis de Newton.
Leituras de Física - MECÂNICA - Capítulo 12
GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física
Instituto de Física da USP - junho de 1998
Primeira Lei de Newton
Antes da época de Galileu a maioria dos filósofos pensava que fosse necessária
alguma influência ou força para manter um corpo em movimento. Supunham que um corpo em repouso estivesse em seu estado natural. Acreditavam que para um corpo moverse em linha reta com velocidade constante fosse necessário algum agente externo empurrando-o continuamente, caso contrário ele iria parar.
Foi difícil provar o contrário dada a necessidade de livrar o corpo de certas influências, como o atrito. Estudando o movimento de corpos em superfícies cada vez mais planas e lisas, Galileu afirmou ser necessária uma força para modificar a velocidade de um
corpo mas nenhuma força é exigida para manter essa velocidade constante.
Newton enunciou que: "Um corpo tende a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, quando a resultante das forças que atuam sobre si for nula".
!
!
Sejam F1 e F2 as forças que atuam
!
num corpo. A resultante das forças F será
a soma vetorial das forças que atuam nesse
corpo:

!
F

!
F1

! !
!
F1 + F2 = F = 0
Quando a resultante for nula o corpo
permanecerá em repouso ou se deslocará
com movimento retilíneo e uniforme.

Segunda Lei de Newton
Newton enunciou que: "A resultante das forças que atuam sobre um corpo é igual
ao produto da sua massa pela aceleração com a qual ele irá se movimentar".
!
!
!
Sejam F1 , F2 e F3 as forças que
atuam sobre um corpo de massa m . A re!
sultante das forças F será a soma vetorial
das forças que atuam nesse corpo, logo:

!
F3
!
F2

!
F1

!
!
!
!
!
F1 + F2 + F3 = F = m a
Cap 05

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3
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Terceira Lei de Newton
Uma força é apenas um aspecto da interação mútua entre dois corpos. Verifica-se
experimentalmente que quando um corpo exerce uma força sobre outro, o segundo sempre exerce uma força no primeiro.
Newton enunciou que: "Quando um corpo exerce uma força num segundo corpo,
este último reagirá sobre o primeiro com uma força de mesma intensidade e sentido contrário".
Vamos considerar um corpo sobre
uma superfície horizontal plana e lisa, e
preso a esse corpo!está uma vareta rígida.
Uma força F1 é aplicada na vareta,
essa força se transmite até o corpo de
!
modo que a vareta exerce uma força F2
sobre o corpo e esse corpo reage à ação da
!′
vareta exercendo sobre ela uma força F2
!
com mesmo módulo que F2 mas com sentido contrário.
!
!′
F2 e F2 são forças de ação e reação.

!′
F2

!
F1
!
F2

Aplicações das Leis de Newton

Exemplo 5-6

Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

A figura ao lado mostra um bloco (o bloco deslizante) de massa M = 3,3kg . Ele
se move livremente sem atrito, sobre
uma fina camada de ar na superfície horizontal de uma mesa.
O bloco deslizante está preso a uma
corda que passa em volta de uma polia
de massa e atritos desprezíveis e tem,
na outra extremidade, um segundo bloco
(o bloco suspenso) de massa m = 2,1kg.
O bloco suspenso, ao cair, acelera o
bloco deslizante para a direita.
Determine:
a) A aceleração do bloco deslizante.
Usando a segunda Lei de Newton,
para cada um dos corpos, teremos
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M

m
!
N
!
T
!
P

!
T′

!
p

4
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para o corpo deslizante:

! ! !
!
N + T + P = MA

e para o corpo suspenso:

! !
!
T ′ + p = ma

Como os dois blocos estão presos por uma corda suposta inextensível e de
massa desprezível, eles terão (em módulo) as mesmas velocidades e acelerações.
A=a
Além disso, a tensão se transmitirá integralmente através da corda:
T = T´
Para o corpo deslizante a Lei de Newton toma a forma escalar:
N-P=0
T = Ma
e para o segundo corpo:
p - T = ma
Somando as duas últimas equações, encontramos:
p = mg = (M + m) a
ou seja:
 m 
2
a=
 g = 3,81m/s
m +M 
b) A aceleração do bloco suspenso
Como já foi mencionado, os dois bloco têm a mesma aceleração, em módulo:
 m 
2
a=
 g = 3,81m/s
m+M

c) A tensão na corda
Foi mostrado que:
T = Ma
logo:
 mM 
T =
 g = 12,57N
m +M 

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Exemplo 5-8

Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
θ1

A figura ao lado mostra um bloco de
massa m = 15kg suspenso por três cordas. Quais as tensões nas cordas?

θ2

θ1 = 280
θ2 = 470
O peso P do bloco é transmitido pela
corda para o nó, de modo que F3 = P .

y

!
F1

Como o nó está em repouso, a resultante
das forças que atuam nele é nula.
Como a resultante é nula, obviamente a
soma das componentes vertical e horizontal das forças também será nula.

θ1

!
F2
θ2
x

!
F3

F1 senθ1 + F2 senθ2 - F3 = 0
- F1 cosθ1 + F2 cosθ2 = 0
Da última equação temos:

cos θ 1
cos θ 2
e usando este resultado na primeira, temos:
F2 = F1



 sen θ 1 cos θ 2 + cos θ 1 sen θ 2 
cos θ 1
sen(θ 1 + θ 2 )
sen θ 2  = F1 
F3 = F1 sen θ 1 +
 = F1
cos θ 2
cos θ 2
cos θ 2




ou seja:
F1 = F3

cos θ 2
= 103,79N
sen(θ 1 + θ 2 )

F2 = F3

cos θ 1
= 134,37N
sen(θ 1 + θ 2 )

e

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Exemplo 5-9

Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

A figura ao lado mostra um bloco de
massa m = 15kg seguro por uma corda,
sobre um plano inclinado sem atrito.

m

Se θ = 270 , qual a tensão na corda?
Qual força é exercida pelo plano sobre o
bloco?
! ! !
N + P +T = 0
N - P cosθ = 0
T - P senθ = 0

x
y

!
N
!
T

A força exercida pelo plano sobre o bloco
é a força normal N :

θ !
P

T = P senθ = 9,8 . 15 . sen270
T = 66,73Newtons
N = P cosθ = 9,8 . 15 . cos270
N = 130,97Newtons
Exemplo 5-10 Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição

m

A figura ao lado mostra um bloco de
massa m = 15kg , sobre um plano inclinado sem atrito.
Se θ = 270 , qual a aceleração do bloco?
! !
!
N + P = ma
P senθ = ma
N - P cosθ =0
logo:

x
y

!
N

a = g senθ
a = 9,8 . sen270
a = 4,45m/s2

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θ !
P

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Exemplo 5-11 Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
A figura ao lado mostra dois blocos ligados por uma
corda, que passa por uma polia de massa e atritos
desprezíveis. Fazendo m = 1,3kg e M = 2,8kg ,
determine a tensão na corda e o módulo da aceleração (simultânea) dos dois blocos.
m
Para o corpo da esquerda, temos a equação:
!
!
!
F21 + p = m a

⇒

F21 − p = m a

M

e para o corpo da direita:
!
!
!
F12 + P = MA

⇒

P − F12 = MA

A corda é considerada inextensível portanto os
corpos terão a mesma aceleração (em módulo).
a=A
A corda também é considerada de massa desprezível, logo:
F12 = F21 = F

!
F21
m

!
F12

!
p

As equações terão a forma:

M

F - p = ma
!
P

P - F = Ma
Somando as equações:
P - p = (M + m) a
Como p = mg e P = Mg
M −m
2
a=
 g = 3,41m/s
M + m
De uma equação anterior, temos:

 (M + m ) + (M − m )
M −m
F = p + ma logo F = mg + m
 g = mg 

M +m
M + m


 2mM 
F =
 g = 16,59N
M + m

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Solução de alguns problemas
Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
16 Um móbile grosseiro pende de um teto com duas peças metálicas presas por uma
corda de massa desprezível, conforme a figura. São dada as massas das peças.
a) Qual a tensão na corda inferior?
m1 = 3,5kg
m2 = 4,5kg

!
T3

Como o móbile está em repouso, é nula
a resultante das forças que atuam em
cada parte dele. Considerando a parte
inferior do móbile, teremos:

!
T1

!
T2
!
P2

!
!
T1 + P1 = 0
ou seja:
T1 - P1 = 0 ∴ T1 = P1 = m1 g

!
P1

T1 = 34,3N
b) Qual a tensão na corda superior?
Considerando a parte superior do móbile:
!
!
!
T3 + P2 + T2 = 0
ou seja:

T3 - P2 -T2 = 0 ∴ T3 = P2 + T2

mas T2 = T1 = P1
T3 = P1 + P2 = (m1 + m2)g
T3 = 78,4N
Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
m1
40 Dois blocos estão em contato sobre uma
mesa sem atrito. Uma força horizontal é
aplicada a um dos blocos como mostrado
na figura ao lado.

m2

!
F

a) Se m1 = 2,3kg , m2 = 1,2kg e F = 3,2N , determine a força de contato entre os
dois blocos.

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Os blocos 1 e 2 movem-se como
um conjunto com aceleração a e a
resultante das forças que atuam nesse conjunto é a força externa F , que
obedece à equação:

m1

m2

!
F

!
!
F = (m1 + m 2 )a

!
!
F21
F12
No entanto, podemos analisar os corpos como se cada fosse uma entidade independente. Ambos estão se movendo com aceleração a , logo:
!
!

F12 = m 2 a

! !
!
F + F = m a
21
1


⇒

F12 = m 2 a

⇒

F − F21 = m1a

!
!
!
!
As forças F21 e F12 são ação e reação, logo F21 = - F12 , ou ainda: F12 = F21 .
Temos então que:


F
F
a=
= 0,91m/s2 , logo F12 = m 2 
 m + m  = 1,09N

m1 + m 2
2 
 1
b) Mostre que se a mesma força F for aplicada em m2 ao invés de m1 , a força de
contato é 2,1N, que não é o mesmo valor obtido em (a) . Explique a diferença.
Neste caso temos:
!
!

F21 = m1a

! !
!
F + F = m a
12
2


m1

⇒

F − F12 = m 2 a

!
F

F21 = m1a

⇒

m2

!
F21

!
F12

Encontramos que:
a=


F
F
= 0,91m/s2 , logo F21 = m1 
m +m
m1 + m 2
2
 1


 = 2,10N



Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
45 Um objeto está pendurado numa balança de mola presa a um teto de um elevador. A
balança marca 65N , quando o elevador ainda está parado.
a) Qual a indicação na balança, quando o elevador estiver subindo com uma velocidade constante de 7,6m/s ?
Vamos considerar T a indicação da balança, e
esse é o valor da força vertical que suspende o
objeto. Temos então duas forças atuando no
objeto: o seu peso e a tensão T. Quando o elevador estiver em repouso ou com velocidade
constante, a resultante das forças será nula.
Cap 05

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!
T

!
P
10
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Nessa situação, a balança apresentará uma leitura T1 , que é a mesma de quando o elevador estava parado, e as forças que atuam no objeto devem satisfazer à
equação:
!
!
T1 + P = 0

∴ T1 - P = 0 ⇒ P = T1 = 65N

b) Qual a indicação na balança quando o elevador, subindo com uma velocidade
de 7,6m/s , for desacelerado à razão de 2,4m/s2 ?
Neste caso, o objeto está acelerado, e portanto a equação tem a forma:
!
!
!
T2 + P = ma

∴ P - T2 = ma ⇒ T2 = P - ma

a
T2 = P 1 −  = 49N

g



Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
49 Três blocos estão conectados, como
na figura ao lado, sobre uma mesa
horizontal sem atrito, e puxados para
a direita com uma força T3=65N. Se
m1=12kg, m2=24kg e m3=31kg, calcule:
a) A aceleração do sistema.

m1

!
T1

m2

!
T2

m3

!
T3

m1

!
T1

m2

!
T2

m3

!
T3

As forças horizontais que atuam
nos corpos estão mostradas no
desenho ao lado.
Como as cordas de conexão
entre os blocos têm massas
desprezíveis T1 = T1´ e T2 = T2´.

!′
T1

!′
T2

A resultante de forças que atua neste conjunto é T3 , logo:
!
!
T3 = (m1 + m 2 + m 3 )a ou seja a =

T3
= 0,97m/s2
m1 + m 2 + m 3

b) As tensões T2 e T3 .
Para o corpo de massa m1 temos:

m1
T1 = m1a = 
m + m + m
2
3
 1
Para o corpo de massa m2 temos:
!
!′
!
T2 + T1 = m 2 a
Cap 05


 T3 = 11,64N



⇒ T2 - T1 = m2 a ∴ T2 = T1 + m2 a

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
m1
T2 = 
m +m +m
2
3
 1



T3
 T3 + m 2 

m + m + m
2
3

 1

 m1 + m 2
T2 = 
m +m +m
2
3
 1







 T3 = 34,92N



Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
57 Uma corrente formada por cinco elos, com massa de 0,100kg cada um, é levantada
verticalmente com aceleração constante de 2,5m/s2 , conforme a figura.
Determine:
a) As forças que atuam entre os elos adjacentes.
No diagrama das forças que atuam na
corrente não colocamos os pesos de
cada elo.
Vamos analisar a equação que relaciona
as forças atuantes em cada elo:

!
F

!
F
!
F12

1
2

Elo 5:
F45 - p = ma ∴ F45 = m(g+a) = 1,23N

4

!
F21

!
F34

3

Elo 4:

!
F23

F34 - F54 - p = ma ,
5

!
F43

mas F54 = F45 , logo:

!
F45

!
F32

!
F54

F34 = F45 + m(g+a) = 2m(g+a) = 2,46N
Elo 3:
F23 - F43 - p = ma , mas F43 = F34 , logo:
F23 = F34 + m(g+a) = 3m(g+a) = 3,69N
Elo 2:
F12 - F32 - p = ma , mas F32 = F23 , logo:
F12 = F23 + m(g+a) = 4m(g+a) = 4,92N
!
b) A força F exercida sobre o elo superior pela pessoa que levanta a corrente.
Elo 1:
F - F21 - p = ma , mas F21 = F12 , logo:
F = F12 + m(g+a) = 5m(g+a) = 6,15N
c) A força resultante que acelera cada elo.
A força resultante sobre cada elo é igual a ma = 0,25N
Cap 05

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12
Prof. Romero Tavares da Silva
Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
58 Um bloco de massa m1 = 3,70kg está sobre um plano com 300 de inclinação, sem
atrito, preso por uma corda que passa por uma polia, de massa e atrito desprezíveis,
e tem na outra extremidade um outro bloco de massa m2 = 2,30kg , pendurado verticalmente, como mostra a figura. Quais são:

a) Os módulos das acelerações de cada
bloco?

m1
m2
θ

!
T2

!
T1

!
N

y
!
T2

!
P2

!
P1

X
Y

!
T1

!
P2

θ

!
N

θ

!
P1

Aplicando a segunda Lei de Newton para os dois corpos, teremos:
!
!
!
!
T1 + P1 + N = m1a1

 !
!
!
 T +P =m a
2
2
2 2

Como os dois blocos estão conectados por uma corda inextensível, quando um
deles se deslocar de uma distância ∆s num intervalo de tempo ∆t o outro se
deslocará da mesma distância no mesmo intervalo de tempo, logo as suas acelerações serão as mesmas, em módulo. Ou seja:
a1 = a2 = a
Como a corda tem massa desprezível, podemos mostrar que as tensões são
iguais, ou seja:
T1 = T2 = T
Vamos supor que o bloco de massa m2 irá descer. Caso essa suposição não
seja verdadeira a aceleração terá o sinal negativo. Para o primeiro bloco, temos
as seguintes equações:
N - P1 cosθ = 0
T - P1 senθ = m1 a
Cap 05

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13
Prof. Romero Tavares da Silva
e para o segundo:
P2 - T = m2 a
Somando as duas últimas equações, encontramos:
P2 - P1 senθ = (m1 + m2) a
ou seja:
 m − m1 sen θ
a= 2
 m +m
2
1



 g = 0,735m/s2



b) O sentido da aceleração de m2 ?
Enquanto m2 - m1 senθ > 0 nós teremos o corpo de massa m2 descendo, e
quando a desigualdade for contrária ele subirá. Se tivermos uma igualdade, os
dois corpos estarão em equilíbrio.
c) Qual a tensão na corda?
 m − m1 sen θ
T = P2 − m 2 a = m 2 g − m 2  2
 m +m
2
1



g



 m m (1 + sen θ )
T = 1 2
 g = 20,84N
m1 + m 2


Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
63 Um macaco de 10kg sobe por uma corda de massa desprezível, que passa sobre o
galho de uma árvore, sem atrito, e tem presa na outra extremidade uma caixa de
15kg que está no solo.
a) Qual o módulo da aceleração mínima que o macaco
deve ter para levantar a caixa do solo?
!
T ′ é a força que o macaco
faz na corda.

!
T

!
T′

!
p

!
!
T e T ′ são ação e reação.

!
T ′′

!
P

Aplicando a segunda Lei de Newton para o macaco:
! !
!
T + p = ma

∴ T - p = ma ∴ T = mg + ma

A aceleração mínima aM que o macaco deverá subir pela corda será aquela tal
que T´´ é apenas igual ao peso do corpo P que está no chão, deixando-o com
resultante nula. Desse modo:
Cap 05

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14
Prof. Romero Tavares da Silva
T = P = mg + maM ∴ maM = Mg - mg
M −m
2
aM = 
 g = 4,9m/s
 m 
b) Se, após levantar a caixa, o macaco parar de subir e ficar agarrado à corda, qual
será a sua aceleração?
Neste caso teremos uma máquina de Atwood, como já foi mostrado anteriormente, e o macaco subirá acelerado enquanto o corpo descerá. A aceleração de
cada um será:
M −m
2
a=
 g = 1,96m/s ; a < aM
M + m
c) Qual será a tensão na corda?
! !
!
T + p = ma ∴ T − mg = ma
M −m
M −m

T = mg + m
g = mg 1 +

M + m
M + m

 2mM 
T =
g = 117,6N
m +M 
Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição
70 Um balão de massa M , com ar quente, está descendo verticalmente com uma aceleração a para baixo. Que quantidade de massa deve ser atirada para fora do balão,
para que ele suba com uma aceleração a (mesmo módulo e sentido oposto) ?
Suponha que a força de subida devido ao ar (empuxo) não varie em função da massa (carga de estabilização) que ele perdeu.
A equação de movimento do balão antes que ele atire fora uma
massa m , será:

Antes

Depois

!
E

!
E

!
!
!
E + M g = ma
ou seja:
Mg-E=Ma

!
a

!
a

E=M(g-a)
A equação depois de atirar, será:
!
!
!
E + (M − m )g = (M − m )a

Cap 05

!
Mg

romero@fisica.ufpb.br

"

(M − m )g

15
Prof. Romero Tavares da Silva
ou seja:
E-(M-m)g=(M-m)a
E=(M-m)(g+a)
Temos então que:
E=M(g-a)=(M-m)(g+a)
De onde encontramos que:
 2a 
m=
 g + a M




Cap 05

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  • 1. Versão preliminar 7 de setembro de 2002 Notas de Aula de Física 05. LEIS DE NEWTON ....................................................................................................... 2 ONDE ESTÃO AS FORÇAS?................................................................................................... 2 PRIMEIRA LEI DE NEWTON ................................................................................................... 3 SEGUNDA LEI DE NEWTON .................................................................................................. 3 TERCEIRA LEI DE NEWTON .................................................................................................. 4 APLICAÇÕES DAS LEIS DE NEWTON ...................................................................................... 4 Exemplo 5-6 .................................................................................................................. 4 Exemplo 5-8 .................................................................................................................. 6 Exemplo 5-9 .................................................................................................................. 7 Exemplo 5-10 ................................................................................................................ 7 Exemplo 5-11 ................................................................................................................ 8 SOLUÇÃO DE ALGUNS PROBLEMAS ....................................................................................... 9 16 .................................................................................................................................. 9 40 .................................................................................................................................. 9 45 ................................................................................................................................ 10 49 ................................................................................................................................ 11 57 ................................................................................................................................ 12 58 ................................................................................................................................ 13 63 ................................................................................................................................ 14 70 ................................................................................................................................ 15
  • 2. Prof. Romero Tavares da Silva 05. Leis de Newton No nosso dia a dia encontramos objetos que se movem e outros que permanecem em repouso. À primeira vista, parece que um corpo está em repouso quando não existem forças atuando nele, e inicia o movimento quando uma força começa a atuar sobre si. No desenrolar deste capítulo vamos ver o quanto essas aparências se aproximam ou se afastam da realidade. Onde estão as forças? Gravidade As coisas caem porque são atraídas pela Terra. Há uma força que puxa cada objeto para baixo e que também é responsável por manter a atmosfera sobre a Terra e também por deixar a Lua e os satélites artificiais em órbita. É a chamada força gravitacional. Essa força representa uma interação existente entre a Terra e os objetos que estão sobre ela. Sustentação Para que as coisas não caiam é preciso segurá-las. Para levar a prancha o garotão faz força para cima. Da mesma forma, a cadeira sustenta a moça, enquanto ela toma sol. Em cada um desses casos, há duas forças opostas: a força da gravidade, que puxa a moça e a prancha para baixo, e uma força para cima, de sustentação, que a mão do surfista faz na prancha e a cadeira faz na moça. Em geral, ela é conhecida como força normal. Na água A água também pode sustentar coisas, impedindo que elas afundem. Essa interação da água com os objetos se dá no sentido oposto ao da gravidade e é medida através de uma força que chamamos de empuxo hidrostático. É por isso que nos sentimos mais leves quando estamos dentro da água. O que sustenta balões no ar também é uma força de empuxo, igual à que observamos na água. No ar Para se segurar no ar o pássaro bate asas e consegue com que o ar exerça uma força para cima, suficientemente grande para vencer a força da gravidade. Da mesma forma, o movimento dos aviões e o formato especial de suas asas acaba por criar uma força de sustentação. Essas forças também podem ser chamadas de empuxo. Porém, trata-se de um empuxo dinâmico, ou seja, que depende de um movimento para existir. As forças de empuxo estático que observamos na água ou no caso de balões, não dependem de um movimento para surgir. As formas pelas quais os objetos interagem uns com os outros são muito variadas. A interação das asas de um pássaro com o ar, que permite o vôo, por exemplo, é diferente da interação entre uma raquete e uma bolinha de pingue-pongue, da interação entre uma lixa e uma parede ou entre um ímã e um alfinete. Isaac Newton, o famoso físico inglês do século XVIII, conseguiu elaborar leis que permitem lidar com toda essa variedade, descrevendo essas interações como forças que agem entre os objetos. Cada interação representa uma força diferente, que depende das Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 2
  • 3. Prof. Romero Tavares da Silva diferentes condições em que os objetos interagem. Mas todas obedecem aos mesmos princípios elaborados por Newton, e que ficaram conhecidos como Leis de Newton. Leituras de Física - MECÂNICA - Capítulo 12 GREF - Grupo de Reelaboração do Ensino de Física Instituto de Física da USP - junho de 1998 Primeira Lei de Newton Antes da época de Galileu a maioria dos filósofos pensava que fosse necessária alguma influência ou força para manter um corpo em movimento. Supunham que um corpo em repouso estivesse em seu estado natural. Acreditavam que para um corpo moverse em linha reta com velocidade constante fosse necessário algum agente externo empurrando-o continuamente, caso contrário ele iria parar. Foi difícil provar o contrário dada a necessidade de livrar o corpo de certas influências, como o atrito. Estudando o movimento de corpos em superfícies cada vez mais planas e lisas, Galileu afirmou ser necessária uma força para modificar a velocidade de um corpo mas nenhuma força é exigida para manter essa velocidade constante. Newton enunciou que: "Um corpo tende a permanecer em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, quando a resultante das forças que atuam sobre si for nula". ! ! Sejam F1 e F2 as forças que atuam ! num corpo. A resultante das forças F será a soma vetorial das forças que atuam nesse corpo: ! F ! F1 ! ! ! F1 + F2 = F = 0 Quando a resultante for nula o corpo permanecerá em repouso ou se deslocará com movimento retilíneo e uniforme. Segunda Lei de Newton Newton enunciou que: "A resultante das forças que atuam sobre um corpo é igual ao produto da sua massa pela aceleração com a qual ele irá se movimentar". ! ! ! Sejam F1 , F2 e F3 as forças que atuam sobre um corpo de massa m . A re! sultante das forças F será a soma vetorial das forças que atuam nesse corpo, logo: ! F3 ! F2 ! F1 ! ! ! ! ! F1 + F2 + F3 = F = m a Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 3
  • 4. Prof. Romero Tavares da Silva Terceira Lei de Newton Uma força é apenas um aspecto da interação mútua entre dois corpos. Verifica-se experimentalmente que quando um corpo exerce uma força sobre outro, o segundo sempre exerce uma força no primeiro. Newton enunciou que: "Quando um corpo exerce uma força num segundo corpo, este último reagirá sobre o primeiro com uma força de mesma intensidade e sentido contrário". Vamos considerar um corpo sobre uma superfície horizontal plana e lisa, e preso a esse corpo!está uma vareta rígida. Uma força F1 é aplicada na vareta, essa força se transmite até o corpo de ! modo que a vareta exerce uma força F2 sobre o corpo e esse corpo reage à ação da !′ vareta exercendo sobre ela uma força F2 ! com mesmo módulo que F2 mas com sentido contrário. ! !′ F2 e F2 são forças de ação e reação. !′ F2 ! F1 ! F2 Aplicações das Leis de Newton Exemplo 5-6 Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição A figura ao lado mostra um bloco (o bloco deslizante) de massa M = 3,3kg . Ele se move livremente sem atrito, sobre uma fina camada de ar na superfície horizontal de uma mesa. O bloco deslizante está preso a uma corda que passa em volta de uma polia de massa e atritos desprezíveis e tem, na outra extremidade, um segundo bloco (o bloco suspenso) de massa m = 2,1kg. O bloco suspenso, ao cair, acelera o bloco deslizante para a direita. Determine: a) A aceleração do bloco deslizante. Usando a segunda Lei de Newton, para cada um dos corpos, teremos Cap 05 romero@fisica.ufpb.br M m ! N ! T ! P ! T′ ! p 4
  • 5. Prof. Romero Tavares da Silva para o corpo deslizante: ! ! ! ! N + T + P = MA e para o corpo suspenso: ! ! ! T ′ + p = ma Como os dois blocos estão presos por uma corda suposta inextensível e de massa desprezível, eles terão (em módulo) as mesmas velocidades e acelerações. A=a Além disso, a tensão se transmitirá integralmente através da corda: T = T´ Para o corpo deslizante a Lei de Newton toma a forma escalar: N-P=0 T = Ma e para o segundo corpo: p - T = ma Somando as duas últimas equações, encontramos: p = mg = (M + m) a ou seja:  m  2 a=  g = 3,81m/s m +M  b) A aceleração do bloco suspenso Como já foi mencionado, os dois bloco têm a mesma aceleração, em módulo:  m  2 a=  g = 3,81m/s m+M  c) A tensão na corda Foi mostrado que: T = Ma logo:  mM  T =  g = 12,57N m +M  Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 5
  • 6. Prof. Romero Tavares da Silva Exemplo 5-8 Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição θ1 A figura ao lado mostra um bloco de massa m = 15kg suspenso por três cordas. Quais as tensões nas cordas? θ2 θ1 = 280 θ2 = 470 O peso P do bloco é transmitido pela corda para o nó, de modo que F3 = P . y ! F1 Como o nó está em repouso, a resultante das forças que atuam nele é nula. Como a resultante é nula, obviamente a soma das componentes vertical e horizontal das forças também será nula. θ1 ! F2 θ2 x ! F3 F1 senθ1 + F2 senθ2 - F3 = 0 - F1 cosθ1 + F2 cosθ2 = 0 Da última equação temos: cos θ 1 cos θ 2 e usando este resultado na primeira, temos: F2 = F1    sen θ 1 cos θ 2 + cos θ 1 sen θ 2  cos θ 1 sen(θ 1 + θ 2 ) sen θ 2  = F1  F3 = F1 sen θ 1 +  = F1 cos θ 2 cos θ 2 cos θ 2     ou seja: F1 = F3 cos θ 2 = 103,79N sen(θ 1 + θ 2 ) F2 = F3 cos θ 1 = 134,37N sen(θ 1 + θ 2 ) e Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 6
  • 7. Prof. Romero Tavares da Silva Exemplo 5-9 Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição A figura ao lado mostra um bloco de massa m = 15kg seguro por uma corda, sobre um plano inclinado sem atrito. m Se θ = 270 , qual a tensão na corda? Qual força é exercida pelo plano sobre o bloco? ! ! ! N + P +T = 0 N - P cosθ = 0 T - P senθ = 0 x y ! N ! T A força exercida pelo plano sobre o bloco é a força normal N : θ ! P T = P senθ = 9,8 . 15 . sen270 T = 66,73Newtons N = P cosθ = 9,8 . 15 . cos270 N = 130,97Newtons Exemplo 5-10 Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição m A figura ao lado mostra um bloco de massa m = 15kg , sobre um plano inclinado sem atrito. Se θ = 270 , qual a aceleração do bloco? ! ! ! N + P = ma P senθ = ma N - P cosθ =0 logo: x y ! N a = g senθ a = 9,8 . sen270 a = 4,45m/s2 Cap 05 romero@fisica.ufpb.br θ ! P 7
  • 8. Prof. Romero Tavares da Silva Exemplo 5-11 Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição A figura ao lado mostra dois blocos ligados por uma corda, que passa por uma polia de massa e atritos desprezíveis. Fazendo m = 1,3kg e M = 2,8kg , determine a tensão na corda e o módulo da aceleração (simultânea) dos dois blocos. m Para o corpo da esquerda, temos a equação: ! ! ! F21 + p = m a ⇒ F21 − p = m a M e para o corpo da direita: ! ! ! F12 + P = MA ⇒ P − F12 = MA A corda é considerada inextensível portanto os corpos terão a mesma aceleração (em módulo). a=A A corda também é considerada de massa desprezível, logo: F12 = F21 = F ! F21 m ! F12 ! p As equações terão a forma: M F - p = ma ! P P - F = Ma Somando as equações: P - p = (M + m) a Como p = mg e P = Mg M −m 2 a=  g = 3,41m/s M + m De uma equação anterior, temos:  (M + m ) + (M − m ) M −m F = p + ma logo F = mg + m  g = mg   M +m M + m    2mM  F =  g = 16,59N M + m Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 8
  • 9. Prof. Romero Tavares da Silva Solução de alguns problemas Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 16 Um móbile grosseiro pende de um teto com duas peças metálicas presas por uma corda de massa desprezível, conforme a figura. São dada as massas das peças. a) Qual a tensão na corda inferior? m1 = 3,5kg m2 = 4,5kg ! T3 Como o móbile está em repouso, é nula a resultante das forças que atuam em cada parte dele. Considerando a parte inferior do móbile, teremos: ! T1 ! T2 ! P2 ! ! T1 + P1 = 0 ou seja: T1 - P1 = 0 ∴ T1 = P1 = m1 g ! P1 T1 = 34,3N b) Qual a tensão na corda superior? Considerando a parte superior do móbile: ! ! ! T3 + P2 + T2 = 0 ou seja: T3 - P2 -T2 = 0 ∴ T3 = P2 + T2 mas T2 = T1 = P1 T3 = P1 + P2 = (m1 + m2)g T3 = 78,4N Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição m1 40 Dois blocos estão em contato sobre uma mesa sem atrito. Uma força horizontal é aplicada a um dos blocos como mostrado na figura ao lado. m2 ! F a) Se m1 = 2,3kg , m2 = 1,2kg e F = 3,2N , determine a força de contato entre os dois blocos. Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 9
  • 10. Prof. Romero Tavares da Silva Os blocos 1 e 2 movem-se como um conjunto com aceleração a e a resultante das forças que atuam nesse conjunto é a força externa F , que obedece à equação: m1 m2 ! F ! ! F = (m1 + m 2 )a ! ! F21 F12 No entanto, podemos analisar os corpos como se cada fosse uma entidade independente. Ambos estão se movendo com aceleração a , logo: ! !  F12 = m 2 a  ! ! ! F + F = m a 21 1  ⇒ F12 = m 2 a ⇒ F − F21 = m1a ! ! ! ! As forças F21 e F12 são ação e reação, logo F21 = - F12 , ou ainda: F12 = F21 . Temos então que:   F F a= = 0,91m/s2 , logo F12 = m 2   m + m  = 1,09N  m1 + m 2 2   1 b) Mostre que se a mesma força F for aplicada em m2 ao invés de m1 , a força de contato é 2,1N, que não é o mesmo valor obtido em (a) . Explique a diferença. Neste caso temos: ! !  F21 = m1a  ! ! ! F + F = m a 12 2  m1 ⇒ F − F12 = m 2 a ! F F21 = m1a ⇒ m2 ! F21 ! F12 Encontramos que: a=  F F = 0,91m/s2 , logo F21 = m1  m +m m1 + m 2 2  1   = 2,10N   Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 45 Um objeto está pendurado numa balança de mola presa a um teto de um elevador. A balança marca 65N , quando o elevador ainda está parado. a) Qual a indicação na balança, quando o elevador estiver subindo com uma velocidade constante de 7,6m/s ? Vamos considerar T a indicação da balança, e esse é o valor da força vertical que suspende o objeto. Temos então duas forças atuando no objeto: o seu peso e a tensão T. Quando o elevador estiver em repouso ou com velocidade constante, a resultante das forças será nula. Cap 05 romero@fisica.ufpb.br ! T ! P 10
  • 11. Prof. Romero Tavares da Silva Nessa situação, a balança apresentará uma leitura T1 , que é a mesma de quando o elevador estava parado, e as forças que atuam no objeto devem satisfazer à equação: ! ! T1 + P = 0 ∴ T1 - P = 0 ⇒ P = T1 = 65N b) Qual a indicação na balança quando o elevador, subindo com uma velocidade de 7,6m/s , for desacelerado à razão de 2,4m/s2 ? Neste caso, o objeto está acelerado, e portanto a equação tem a forma: ! ! ! T2 + P = ma ∴ P - T2 = ma ⇒ T2 = P - ma  a T2 = P 1 −  = 49N  g   Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 49 Três blocos estão conectados, como na figura ao lado, sobre uma mesa horizontal sem atrito, e puxados para a direita com uma força T3=65N. Se m1=12kg, m2=24kg e m3=31kg, calcule: a) A aceleração do sistema. m1 ! T1 m2 ! T2 m3 ! T3 m1 ! T1 m2 ! T2 m3 ! T3 As forças horizontais que atuam nos corpos estão mostradas no desenho ao lado. Como as cordas de conexão entre os blocos têm massas desprezíveis T1 = T1´ e T2 = T2´. !′ T1 !′ T2 A resultante de forças que atua neste conjunto é T3 , logo: ! ! T3 = (m1 + m 2 + m 3 )a ou seja a = T3 = 0,97m/s2 m1 + m 2 + m 3 b) As tensões T2 e T3 . Para o corpo de massa m1 temos:  m1 T1 = m1a =  m + m + m 2 3  1 Para o corpo de massa m2 temos: ! !′ ! T2 + T1 = m 2 a Cap 05   T3 = 11,64N   ⇒ T2 - T1 = m2 a ∴ T2 = T1 + m2 a romero@fisica.ufpb.br 11
  • 12. Prof. Romero Tavares da Silva  m1 T2 =  m +m +m 2 3  1   T3  T3 + m 2   m + m + m 2 3   1  m1 + m 2 T2 =  m +m +m 2 3  1       T3 = 34,92N   Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 57 Uma corrente formada por cinco elos, com massa de 0,100kg cada um, é levantada verticalmente com aceleração constante de 2,5m/s2 , conforme a figura. Determine: a) As forças que atuam entre os elos adjacentes. No diagrama das forças que atuam na corrente não colocamos os pesos de cada elo. Vamos analisar a equação que relaciona as forças atuantes em cada elo: ! F ! F ! F12 1 2 Elo 5: F45 - p = ma ∴ F45 = m(g+a) = 1,23N 4 ! F21 ! F34 3 Elo 4: ! F23 F34 - F54 - p = ma , 5 ! F43 mas F54 = F45 , logo: ! F45 ! F32 ! F54 F34 = F45 + m(g+a) = 2m(g+a) = 2,46N Elo 3: F23 - F43 - p = ma , mas F43 = F34 , logo: F23 = F34 + m(g+a) = 3m(g+a) = 3,69N Elo 2: F12 - F32 - p = ma , mas F32 = F23 , logo: F12 = F23 + m(g+a) = 4m(g+a) = 4,92N ! b) A força F exercida sobre o elo superior pela pessoa que levanta a corrente. Elo 1: F - F21 - p = ma , mas F21 = F12 , logo: F = F12 + m(g+a) = 5m(g+a) = 6,15N c) A força resultante que acelera cada elo. A força resultante sobre cada elo é igual a ma = 0,25N Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 12
  • 13. Prof. Romero Tavares da Silva Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 58 Um bloco de massa m1 = 3,70kg está sobre um plano com 300 de inclinação, sem atrito, preso por uma corda que passa por uma polia, de massa e atrito desprezíveis, e tem na outra extremidade um outro bloco de massa m2 = 2,30kg , pendurado verticalmente, como mostra a figura. Quais são: a) Os módulos das acelerações de cada bloco? m1 m2 θ ! T2 ! T1 ! N y ! T2 ! P2 ! P1 X Y ! T1 ! P2 θ ! N θ ! P1 Aplicando a segunda Lei de Newton para os dois corpos, teremos: ! ! ! ! T1 + P1 + N = m1a1   ! ! !  T +P =m a 2 2 2 2  Como os dois blocos estão conectados por uma corda inextensível, quando um deles se deslocar de uma distância ∆s num intervalo de tempo ∆t o outro se deslocará da mesma distância no mesmo intervalo de tempo, logo as suas acelerações serão as mesmas, em módulo. Ou seja: a1 = a2 = a Como a corda tem massa desprezível, podemos mostrar que as tensões são iguais, ou seja: T1 = T2 = T Vamos supor que o bloco de massa m2 irá descer. Caso essa suposição não seja verdadeira a aceleração terá o sinal negativo. Para o primeiro bloco, temos as seguintes equações: N - P1 cosθ = 0 T - P1 senθ = m1 a Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 13
  • 14. Prof. Romero Tavares da Silva e para o segundo: P2 - T = m2 a Somando as duas últimas equações, encontramos: P2 - P1 senθ = (m1 + m2) a ou seja:  m − m1 sen θ a= 2  m +m 2 1    g = 0,735m/s2   b) O sentido da aceleração de m2 ? Enquanto m2 - m1 senθ > 0 nós teremos o corpo de massa m2 descendo, e quando a desigualdade for contrária ele subirá. Se tivermos uma igualdade, os dois corpos estarão em equilíbrio. c) Qual a tensão na corda?  m − m1 sen θ T = P2 − m 2 a = m 2 g − m 2  2  m +m 2 1   g    m m (1 + sen θ ) T = 1 2  g = 20,84N m1 + m 2   Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 63 Um macaco de 10kg sobe por uma corda de massa desprezível, que passa sobre o galho de uma árvore, sem atrito, e tem presa na outra extremidade uma caixa de 15kg que está no solo. a) Qual o módulo da aceleração mínima que o macaco deve ter para levantar a caixa do solo? ! T ′ é a força que o macaco faz na corda. ! T ! T′ ! p ! ! T e T ′ são ação e reação. ! T ′′ ! P Aplicando a segunda Lei de Newton para o macaco: ! ! ! T + p = ma ∴ T - p = ma ∴ T = mg + ma A aceleração mínima aM que o macaco deverá subir pela corda será aquela tal que T´´ é apenas igual ao peso do corpo P que está no chão, deixando-o com resultante nula. Desse modo: Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 14
  • 15. Prof. Romero Tavares da Silva T = P = mg + maM ∴ maM = Mg - mg M −m 2 aM =   g = 4,9m/s  m  b) Se, após levantar a caixa, o macaco parar de subir e ficar agarrado à corda, qual será a sua aceleração? Neste caso teremos uma máquina de Atwood, como já foi mostrado anteriormente, e o macaco subirá acelerado enquanto o corpo descerá. A aceleração de cada um será: M −m 2 a=  g = 1,96m/s ; a < aM M + m c) Qual será a tensão na corda? ! ! ! T + p = ma ∴ T − mg = ma M −m M −m  T = mg + m g = mg 1 +  M + m M + m   2mM  T = g = 117,6N m +M  Capítulo 5 - Halliday, Resnick e Walker - 4a. edição 70 Um balão de massa M , com ar quente, está descendo verticalmente com uma aceleração a para baixo. Que quantidade de massa deve ser atirada para fora do balão, para que ele suba com uma aceleração a (mesmo módulo e sentido oposto) ? Suponha que a força de subida devido ao ar (empuxo) não varie em função da massa (carga de estabilização) que ele perdeu. A equação de movimento do balão antes que ele atire fora uma massa m , será: Antes Depois ! E ! E ! ! ! E + M g = ma ou seja: Mg-E=Ma ! a ! a E=M(g-a) A equação depois de atirar, será: ! ! ! E + (M − m )g = (M − m )a Cap 05 ! Mg romero@fisica.ufpb.br " (M − m )g 15
  • 16. Prof. Romero Tavares da Silva ou seja: E-(M-m)g=(M-m)a E=(M-m)(g+a) Temos então que: E=M(g-a)=(M-m)(g+a) De onde encontramos que:  2a  m=  g + a M    Cap 05 romero@fisica.ufpb.br 16