SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 17
MODULO 1



1.0 - INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA


       A LOGÍSTICA existe desde os tempos mais antigos. Na preparação das
guerras, líderes militares desde os tempos bíblicos, já se utilizavam da logística. As
guerras eram longas e nem sempre ocorriam próximo de onde estavam as
pessoas. Por isso, eram necessários grandes deslocamentos de um lugar para
outro, além de exigir que as tropas carregassem tudo o que iriam necessitar.
       Para fazer chegar carros de guerra, grandes grupos de soldados e
transportar armamentos pesados aos locais de combate, era necessária uma
ORGANIZAÇÃO LOGÍSTICA das mais fantásticas. Envolvia a preparação dos
soldados, o transporte, a armazenagem e a distribuição de alimentos, munição e
armas, entre outras atividades.
       Durante muitos séculos, a Logística esteve associada apenas à atividade
militar.
       Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, contando com uma tecnologia mais
avançada, a logística acabou por abranger outros ramos da administração militar.
Assim, a ela foram incorporados os civis, transferindo a eles os conhecimentos e a
experiência militar.
       Podemos dizer que a logística trata do planejamento, organização, controle e
realização de outras tarefas associadas à armazenagem, transporte e distribuição
de bens e serviços.




                                          1
1.1 - EXEMPLO DE LOGÍSTICA

A indústria japonesa produz eletro-eletrônicos competitivos e, por isso, consumidos
no Mundo todo. Para conseguir estes resultados, foi preciso projetar e desenvolver o
produto adequado, armazená-lo corretamente, controlar os estoques, transportar,
distribuir e oferecer assistência técnica de acordo com o desejado por seus
consumidores.

        Esse exemplo nos mostra que, ainda que os locais onde os produtos são
 manufaturados estejam distantes de onde serão consumidos, é possível, através
 da logística, atender satisfatoriamente aos consumidores.
        No Brasil, os alimentos são transportados das zonas rurais até os centros
 urbanos. E, as mercadorias produzidas nas grandes cidades são levadas até o
 campo, em geral percorrendo grandes distâncias.
        Por ser capaz de promover essa integração, é que o transporte é a atividade
 logística mais importante.
        Transportar mercadorias garantindo a integridade da carga, no prazo
 combinado e a baixo custo exige o que se chama "logística de transporte".
        A movimentação dos produtos pode ser feita de vários modos: rodoviário,
 marítimo, ferroviário e aeroviário. A escolha depende do tipo de mercadoria a ser
 transportado, das características da carga, da pressa e, principalmente, dos custos.
        Em nosso país, o modo de transporte de carga mais utilizado é o rodoviário.
 Mas é preciso adequar o equipamento ao tipo de carga a ser transportada. Por
 exemplo: contêineres necessitam de um cavalo mecânico; para distribuir produtos
 nas cidades, o caminhão-toco é o mais adequado.
        A característica da carga define o tipo de transporte a ser empregado. Para
 carga a granel, é preciso uma carreta graneleira e não um caminhão-baú. Carga
 líquida só pode ser transportada em caminhão tanque.
        Além do custo do transporte do produto existe também a transferência
do produto de um modal para o outro, ou a troca simples entre o mesmo
modal (por exemplo, um produto que, antes de chegar ao cliente, troca de
caminhões).
        O melhor exemplo de cross-docking é a carga conteinerizada. O contêiner
evita remanejamentos custosos de pequenas unidades de carga nos pontos de
transferência intermodal e oferece serviço porta-a-porta quando combinado com
caminhões.
        No transporte de produtos é importante saber se o custo é derivado de uma
relação que envolve, além da escolha do modal, a distância e a quantidade
do produto que vai ser transportado. A decisão de enviar produtos sem atingir
a capacidade de, por exemplo, um caminhão não é tão simples. Algumas
empresas contratam transportadoras, que executam serviços em intervalos de
tempos      pré-determinados,      suficientes  para    a    produção    de    volume
correspondente a uma carga completa para transportar mercadorias entre os
estados, visando a diminuir os custos com transporte. Outra opção na terceirização é
a consolidação de cargas com mais de um produtor.




                                         2
1.2 - DEFINIÇÃO DE LOGISTICA

        Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos
 e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa.
        Entre as atividades da logística estão o transporte, movimentação de
 materiais, armazenamento, processamento de pedidos e gerenciamento de
 informações.
        Pela definição do Council of Logistics Management, "Logística é a parte do
 Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o
 fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-
 acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde
 o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às
 exigências dos clientes”.
        Uma das principais ferramentas da logística é o WMS, Warehouse
 Management System , do inglês, em português - literalmente: sistema de
 automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção) é uma
 parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação
 dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e
 cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço do armazéns.
        A Logística tem como objetivo prover o cliente com os níveis de serviço
desejados, a custo mínimo. A meta para o nível de serviço logístico é
providenciar
bens ou serviços corretos, no local certo, no tempo exato e na condição desejada
ao menor custo possível.
        Nas empresas, o termo logística foi adotado para caracterizar a integração e a
sincronização das atividades que compõem os processos de suprimentos, produção
ou      prestação de serviços, armazenagem e distribuição de produtos.
        O encurtamento das distâncias físicas, a velocidade na troca de informações,
o        avanço tecnológico, altas taxas de consumo, o grau de exigência dos
consumidores, entre outros fatores obrigaram que as empresas buscassem
novas formas de gestão.


1.3 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL

        A Logística Empresarial é um campo de estudos novo na gestão integrada,
em comparação com os campos tradicionais de finanças, marketing e
produção.
        Em uma definição formal, Logística Empresarial trata de todas as atividades
de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde a
aquisição de matéria-prima até o consumo final, assim como dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar
níveis de serviço adequados ao cliente, a custos razoáveis.
        As atividades logísticas têm sido praticadas por indivíduos há muitos anos.
As empresas se engajam, continuamente, em atividades de movimentação e
armazenagem (transporte œ estoque). A novidade neste campo resulta do conceito
de gerenciamento coordenado das atividades relacionadas, ao invés da prática
histórica de gerenciá-las separadamente, assim como do conceito de que a
logística adiciona valor aos produtos e/ou aos serviços que são essenciais para
as vendas e para a satisfação do cliente.




                                          3
As atividades a serem gerenciadas que compõem a logística empresarial
variam nas empresas, GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
dependendo da estrutura organizacional da empresa, das diferenças de opinião
sobre o quê constitui a logística e da importância das atividades individuais
para suas operações.

1.4- A LOGÍSTICA NO BRASIL E NO MUNDO

      As novas exigências para a atividade logística no Brasil e no mundo passam
pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos, redução
nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo,
disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade na
gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo prazo com
incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas
ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios (Exemplo:
Resposta Eficiente ao Consumidor - Efficient Consumer Response), entre outros.




 Avião aguardando para ser descarregado em San Juan, Porto Rico. A FedEx é uma gigante
                              mundial no setor de logística.

      Apesar dessa evolução até a década de 40, havia poucos estudos e
publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se
preocupar com a satisfação do cliente, foi então que surgiu o conceito de logística
empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor. Os anos 70 assistem à
consolidação dos conceitos como o MRP (Material Requirements Planning),
Kanban e Just-in-time.
      Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento
revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela
alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na
administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas
passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo
obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para moldes mundiais
de operação.




                                          4
1.5 - ATIVIDADES ENVOLVIDAS

   A subdivisão da logística quanto ao ponto

   •   logística interna: cuida do fluxo interno de movimentação e distribuição, está
       ligada às áreas de suprimento e distribuição.
   •   logística de distribuição:distribuição física dos produtos, vai garantir o nível
       do serviço ofertado ao cliente.

   •   logística reversa: R.M.A.( remessa para manutenção e assistência), cuida
       da substituição e do conserto dos produtos com avaria. Irá apoiar o marketing
       para assegurar a imagem da empresa.

      Embora seja fácil pensar em logística como o gerenciamento do fluxo de
produtos dos pontos de aquisição até os clientes, para muitas empresas há um
canal logístico reverso que deve ser gerenciado também. A vida de um produto, do
ponto de vista logístico não termina com a sua entrega ao cliente. Os produtos
tornam-se obsoletos, danificam-se ou estragam e são levados aos seus pontos de
origem para conserto ou descarte. O canal de logística reverso pode utilizar todo ou
apenas uma parte do canal logístico, ou pode precisar de um projeto separado. A
cadeia de suprimentos termina com o descarte final de um produto e o canal
reverso deve estar dentro do escopo do planejamento e do controle logístico.

EXEMPLO: O canal de logística reverso entra em cena quando um cliente compra
uma torradeira de um varejista. O cliente leva a torradeira para sua casa e descobre
que está com defeito. O cliente devolve-a ao varejista que gentilmente lhe devolve o
valor pago. O varejista agora tem uma torradeira com defeito em seu estoque. Ele a
envia para o centro de devoluções. Lá o Código Universal de Produtos (UPC) da
torradeira é escaneado para identificação no banco de dados do centro de
devolução. O banco de dados determina que a torradeira tem uma ordem de
devolução para o fornecedor. O banco de dados credita uma torradeira no estoque
e cria uma cobrança de devolução ao fabricante. O varejista faz uma recuperação
de custos para esse ativo com defeito. A torradeira é recebida no centro de
devoluções do fabricante. A torradeira é escaneada no banco de dados do
fabricante que determina que ela tem uma ordem de retrabalho. A torradeira é
consertada e enviada para revenda no mercado secundário. O fabricante adquiriu,
desse modo, valor para esse ativo com defeito.




                                          5
MODULO 2



2.0 – CADEIA DE FORNECIMENTO

       Cadeia de fornecimento é o grupo de fornecedores que supre as
necessidades de uma empresa na criação e no desenvolvimento dos seus produtos.
Pode ser entendido também como uma forma de colaboração entre fornecedores,
varejistas e consumidores para a criação de valor.

       Cadeia de fornecimento pode ser definida como o ciclo da vida dos processos
que compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento,
cujo objetivo é satisfazer os requisitos do consumidor final com produtos e serviços
de vários fornecedores ligados. A cadeia de fornecimento, no entanto, não está
limitada ao fluxo de produtos ou informações no sentido Fornecedor -> Cliente.
Existe também um fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre outros,
no sentido Cliente -> Fornecedor .

       O Supply Chain Management (SCM) é a gestão da cadeia de fornecimento.
Segundo alguns estudiosos, a competição no mercado global não ocorre entre
empresas, mas entre cadeias de fornecimento. A gestão da logística e do fluxo de
informações em toda a cadeia permite aos executivos avaliar, pontos fortes, e
pontos fracos na sua cadeia de fornecimento, auxiliando a tomada de decisões que
resultam na redução de custos, aumento da qualidade, entre outros, aumentando a
competitividade do produto e/ou criando valor agregado e diferenciais em relação a
concorrência .

     Os resultados que se esperam da utilização de sistemas que automatizem o
SCM são:

   •   Reduzir custos;
   •   Aumentar a eficiência;
   •   Ampliar os lucros;
   •   Melhorar os tempos de ciclos da cadeia de fornecimento;
   •   Melhorar o desempenho nos relacionamentos com clientes e fornecedores;
   •   Desenvolver serviços de valor acrescentado que dão a uma empresa uma
       vantagem competitiva;
   •   Obter o produto certo, no lugar certo, na quantidade certa e com o menor
       custo;
   •   Manter o menor estoque possível.

       Esses resultados são obtidos à medida que a gestão da cadeia de
fornecimento simplificar e acelerar as operações que estão relacionadas com a
forma como os pedidos do cliente são processados pelo sistema, até serem
atendidos, e também, com a forma das matérias-primas serem adquiridas, e
entregues, pelos processos de fabricação e distribuição.




                                         6
Concluindo, é fundamental que as empresas se preocupem com a integração
desses conjuntos de soluções de gestão, automatizadas através da tecnologia de
informação.



2.1 - ESTRATÉGIA COMPETITIVA

        As empresas dedicam muito tempo procurando meios para diferenciar os seus
produtos daqueles da concorrência. Quando a gerência reconhece que a
logística afeta uma parte significativa dos custos da empresa e que o resultado
das decisões tomadas sobre a cadeia de suprimentos acarreta diferentes níveis
de serviços ao cliente, ela está em condições de usá-la de maneira eficaz
para penetrar em novos mercados, ampliando sua participação, elevando assim
seus lucros.

Exemplo: A XEROX, com suas patentes de copiadoras expirando, não teria um
produto diferenciado no mercado por muito tempo. Então, ela adotou a estratégia de
ser a número um no serviço de campo.

2.2- PROCESSOS:

       Os componentes de um sistema logístico são: serviços ao cliente,
previsão de vendas, comunicação de distribuição, controle de estoque, manuseio
de materiais, processamento de pedidos, peças de reposição e serviços de
suporte, seleção do local da planta e armazenagem, compras, embalagem,
manuseio de mercadorias devolvidas, recuperação e descarte de sucata, tráfego
e transporte, e armazenagem e estocagem.“
       Dentro deste contexto, estão sincronizadas às funções da logística, a
integração do fluxo de informações com o fluxo de materiais:

•   Planejamento de projeto do produto, instalações, equipamentos e capacidades;
•   Programação de seqüência lógica de operações para atendimento à demanda;
•   Suprimentos de aquisição, armazenamento e movimentação de materiais;
•   Distribuição de colocação das mercadorias junto aos pontos de consumo.

      A interações da cadeia Logística deve estar suportada pela filosofia Just in
Time, pelas teorias e conceitos da Qualidade Total e pela prática da Engenharia
Simultânea.
Os elementos das interações na cadeia logística, a saber:

• Demanda:
Quantidades de produtos ou serviços que o mercado pode absorver;
• Capacidade de fornecimento
Quantidade de produtos ou serviços que podem ser fornecidos;
Pode ser menor, igual ou superior à demanda;
• Localização
Além da distância geográfica pressupõe facilidades de acesso e locomoção;
Identificação de condições ambientais, regiões sujeitas a greves, enchentes, etc;
• Políticas de estoques e compras
Classificação ABC dos materiais;
Níveis de estoque e lotes de encomenda;
• Acordos operacionais



                                         7
Condições particulares de operação com fornecedores parceiros;
• Freqüências de entregas ou de coletas
Definição de roteiros e quantidades movimentadas;



• Qualidade assegurada
Garantia de fornecimento de materiais em condições imediatas de consumo;
• Padronização de embalagens
Acondicionamento dos materiais em condições favoráveis a movimentação e
estocagem;
• Sistemas de movimentação dos materiais
Definição dos modais de transporte e movimentação de mercadorias e produtos;
• Sincronização das operações
Integração das atividades entre parceiros comerciais;
• Estatísticas e relatórios
Sistema de processamento de informações para acompanhamento e avaliação dos
resultados.

     Abaixo um exemplo de cadeia de suprimentos, quanto aos gastos e despesas
da empresa:


                    LINHA DE PROCESSOS ENVOLVIDOS:


                    Marketing


                    Planejamento/Controle/Produção (PCP)


                    Fornecedores


                    Almoxarifado/Armazenagem


                    Produção


                    Estocagem


                    Administração do Pedido/Despacho


                    Marketing (retorno)




                                          8
Todos os processos envolvem clientes, distribuição, produção e fornecedores
como por exemplo:

   •   Marketing é essencialmente a arte de enviar uma mensagem aos clientes
       potenciais, e também aos que já fazem parte de sua carteira de clientes, para
       convencê-los a comprar de você. Envolvendo: faixa etária, poder aquisitivo,
       classe social, localização, concorrente; alem da função de propaganda e
       sistemas promocionais. As empresas reconhecem a importância do marketing
       e direcionam uma boa parte de seus recursos humanos e financeiros a essa
       atividade.

   •   PCP (Planejamento/ Controle/ Produção): tradução, expectativa para a
       realização da produção. As peças necessárias, equipamentos, etc.

   •   Fornecedores: fornecedores da matéria-prima, devem ser tratadas como
       parceiros, devendo até serem convidados a verem a produção; participar da
       produção, do dia a dia da empresa; já que ambos os conhecimentos podem
       atuar juntos, surgindo assim uma estrutura de competência altíssima.
   •   Almoxarifado/Armazenagem: sua atuação é importante no controle dos
       materiais que entram na empresa, vendo inclusive se os mesmos não estão
       em excesso.

         Para melhor explorarmos a cadeia de fornecimento ou de suprimentos,
entramos na logística empresarial que é o estudo da cadeia de suprimentos. Temos
então, as Atividades Primárias e as Secundárias.

   •   Atividades Primárias
           o Transportes
           o Manutenção de estoques
           o Processamento de pedido

   •   Atividades Secundárias
           o Armazenagem
           o Manuseio de materiais
           o Embalagem de materiais
           o Obtenção (seleção de fontes, quantidades de compra)
           o Programação do produto (distribuição - fluxo de saída - oriente
              programação PCP)

2.3 - COMBINAÇÃO DE ATIVIDADES

       Manutenção de informação (base de dados gerada pela cadeia - fonte de
dados para futuros planejamentos. As atividades a serem gerenciadas que compõem
a logística empresarial (gerenciamento da cadeia de suprimentos) variam de
empresa para empresa, dependendo da estrutura organizacional da empresa em
particular, das diferenças de opinião sobre o quê constitui a logística e da importância
das atividades individuais para suas operações. Percorra a cadeia de suprimentos,
mostrada na Figura 1.1, e note as atividades importantes que acontecem.




                                           9
Os componentes de um sistema logístico típico são: serviços ao cliente,
previsão de vendas, comunicação de distribuição, controle de estoque, manuseio de
materiais, processamento de pedidos, peças de reposição e serviços de suporte,


seleção do local da planta e armazenagem (análise de localização), compras,
embalagem, manuseio de mercadorias devolvidas, recuperação e descarte de
sucata, tráfego e transporte, e armazenagem e estocagem.




       A Figura acima mostra a distribuição desses componentes ou dessas
atividades nos canais em que provavelmente estão. A lista, a seguir, está
desdobrada em atividades-chave e atividades de suporte, com algumas das
decisões associadas a cada atividade.

ATIVIDADES-CHAVE

1. Padrões de serviço ao cliente
   Cooperar com o marketing para:
       a. Analisar as necessidades e os desejos de clientes para serviços logísticos
       b. Determinar a reação dos clientes aos serviços
       c. Estabelecer o nível de serviços a clientes
2. Transportes
       a. Seleção do modal e do serviço de transportes
       b. Consolidação de fretes
       c. Roteiro do transporte
       d. Programação de veículos
       e. Seleção de equipamentos
       f. Processamento de reclamações
       g. Auditoria de tarifas
3. Administração de estoques
       a. Políticas de estocagem de matérias-primas e produtos acabados
       b. Previsão de vendas a curto prazo
       c. Combinação de produtos em pontos de estocagem
       d. Número, tamanho e local dos pontos de estocagem
       e. Estratégias de just-in-time, de empurrar e de puxar
4. Fluxo de informações e processamento de pedidos
       a. Procedimentos de interface dos estoques com pedidos de venda
       b. Métodos de transmissão de informações de pedido


                                         10
c. Regras de pedidos


ATIVIDADES DE SUPORTE
1. Armazenagem
      a. Determinação do espaço
      b. Disposição do estoque e desenho das docas
      c. Configuração do armazém
      d. Localização do estoque
2. Manuseio de materiais
      a. Seleção de equipamentos
      b. Políticas de reposição de equipamentos
      c. Procedimentos de coleta de pedidos
      d. Alocação e recuperação de materiais
3. Compras
      a. Seleção de fontes de suprimento
      b. O momento da compra
      c. Quantidades de compra
4. Embalagem protetora Projeto para:
      a. Manuseio
      b. Estocagem
      c. Proteção contra perdas e danos
5. Cooperar com a produção/operações para
      a. Especificar quantidades agregadas
      b. Seqüência e tempo do volume de produção
6. Manutenção de informação
      a. Coleta, arquivamento e manipulação de informação
      b. Análise de dados
      c. Procedimentos de controle

       As atividades de suporte, embora possam ser tão críticas quanto às
atividades-chave em algumas circunstâncias, são consideradas aqui como
contribuintes para a realização da missão logística. Além disso, nem todas as em-
presas possuem todas as atividades de suporte. Por exemplo, produtos como
automóveis ou commodities, tais como carvão, ferro e brita, que não necessitam de
proteção de armazenagem contra intempéries não exigirão tal atividade, mesmo que
sejam mantidos estoques. Entretanto, a armazenagem e o manuseio de materiais
sempre acontecem, mesmo quando a movimentação de produtos para o mercado
pára temporariamente.

       Transporte e estoque são atividades logísticas primárias na absorção de
custos. A experiência mostra que cada uma representará metade ou dois terços do
custo logístico total. O transporte adiciona valor de lugar aos produtos e serviços,
enquanto o estoque adiciona valor de tempo.

       O transporte é essencial porque nenhuma empresa moderna pode operar
sem fornecer a movimentação de suas matérias-primas e/ou de seus produtos
acabados. Essa natureza essencial é subestimada pelas funções financeiras em
muitas empresas devido aos chamados desastres nacionais, tais como uma greve
ferroviária nacional ou recusa dos caminhoneiros independentes em movimentar
mercadorias por causa da disputa de taxas de frete. Nessas circunstâncias, os
mercados não podem ser atendidos, o que faz com que os produtos retomem ao
canal logístico, deteriorando e tomando-se obsoletos.

       O estoque é essencial à gestão logística porque geralmente é impossível ou
impraticável fornecer produção instantânea e cumprir prazos de entrega aos
clientes. Ele funciona como um "pulmão" entre a oferta e a demanda, de forma que a
disponibilização de produtos necessários aos clientes pode ser mantida, enquanto
fornece flexibilidade à produção e à logística para buscar métodos mais eficientes de
manufatura e distribuição de produtos.




                                         11
O processamento de pedidos é a atividade-chave final. Seu custo geralmente
é menor comparado ao custo de transporte ou de manutenção de estoques. Não
obstante, o processamento de pedidos é um elemento importante no tempo total que
pode levar para que um cliente receba mercadorias ou serviços. Também, é a
atividade que aciona a movimentação de produtos e a entrega de serviços.

       As atividades de compras e programação de produtos freqüentemente podem
ser consideradas mais uma preocupação da produção do que da logística.
Entretanto, elas podem afetar o esforço logístico e, obviamente, a eficiência do
transporte e do gerenciamento de estoque. Finalmente, a manutenção de
informações apóia todas as outras atividades logísticas para as quais ela fornece a
informação necessária para planejamento e controle.

2.4- CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

      A classificação de materiais surge por necessidade, uma vez que com o
aumento da industrialização e da introdução da produção em série, foi necessário,
para que não ocorrecem falhas de produção devido à inexistência ou insuficiência de
peças em estoque.

       A classificação de materiais é um processo que tem como objetivo agrupar
todos os materiais com caracteristicas comuns. Segundo Fernandes, esta pode ser
dividida em quatro categorias. So estas: Identificação, Codificação, Cadastramento e
Catalogação.

  2.4.1 - IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL

        A identificação do material é a primeira etapa da classificação de material e
também a mais importante. Consiste na análise e registo das características
físico/quimicas e das aplicações de um determinado item em relação aos outros, isto
é,estabelece a identidade do material.

      Para identificar essas características, é necessário ter em conta alguns dados
sobre os materiais, dados estes que podem ser retirados de catálogos, de listas de
peças fornecidas pelos fabricantes, pela simples visualização do material, etc.

   Alguns dos dados a ter em conta para identificar os materiais podem ser:

   •   Medidas/Dimensões das peças;
   •   Voltagem, amperagem, etc.;
   •   Acabamento superficial do material;
   •   Tipo de material e a aplicação a que se destina;
   •   Normas técnicas;
   •   Referências da peça e/ou embalagens;
   •   Acondicionamento do material;
   •   Cor do material;
   •   Idenficar os fabricantes;




                                         12
2.4.1.1 - MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
   • Descritivo: Quando se identifica o material pela sua descrição detalhada.
       Procura-se neste tipo de identificação apresentar todas as características
       físicas que tornem o item único, independentemente da sua referência ou
       fabricante. No entanto deve-se evitar, tanto quanto possível, um ligeiro
       excesso de pormenores descritivos, um vez que descrições em demasia
       tornam o catálogo do material mais volumoso e cansativo de ver.

   •   Referencial: Este método de identificação atribui uma descrição ou uma
       nomenclatura apoiada na referência do fabricante.

2.4.2 - CODIFICAÇÃO DE MATERIAL

       É o segundo passo da classificação de materiais, tem como objetivo atribuir
um código representativo de modo a que se consiga identificar um item pelo seu
número e/ou letras. Esse código que identifica o material denomina-se por nome da
peça, no caso de o código usado ter sido feito através de letras, ou número da peça
(part number) para o caso de o código usar números.

   A codificação do material também veio facilitar e simplificar as operações dentro
das empresas uma vez que com um único código podem ser identificadas as
características do material, bem como todos os registros deste realizados na
empresa. O código tornou-se tão mais necessário quanto maior for o universo da
empresa e dos materiais.

   Existem 4 tipos de codificação usados na classificação de material, são elas:

   •   Sistema Alfabético;
   •   Sistema Alfanumérico;
   •   Sistema numérico;
   •   Código de barras

2.4.2.1 - Sistema Alfabético

      Este processo representa os materiais por meio de letras. Foi muito utilizado
na codificação de livros (Método de Dewey). A sua principal característica é
conseguir associar letras com as caracteristicas do material.

       Exemplo de aplicação do sistema alfabético:

P-Pregos
P/AA-Pregos14x18-11/2x14
P/AB-Pregos16x20-21/4x12
P/AC - Pregos 30 x 38 - 3 1/4 x 8




                                         13
2.4.2.2 - Sistema Alfanúmérico

     É um método que como o próprio nome indica usa letras (sistema alfabético)
e números (sistema numérico) para representar um material.

2.4.2.3 - Sistema Numérico

       Este sistema é, de todos os métodos de codificação de material, o que tem
um uso mais generalizado e ilimitado. Devido à sua forma simples e à facilidade de
organização que oferece, este é também o sistema mais usado pelas empresas.
Este sistema tem por base a atribuição de números para representar um material.

2.4.2.4 - CÓDIGO DE BARRAS

      Para além dos sistemas alfabético, alfanumérico e numérico há também um
outro método de codificação muito conhecido, que se pode visualisar, entre outros
lugares, nos supermercados.

       O código de barras representa a informação de um material através da
alternância de barras e espaços. Este sistema ao poder ser lido através de
dispositivos eletrónicos facilita a entrada e saída de dados num sistema de
computação.




       Em que o número de stock ou número do item, isto é, o número que serve
para identificar individualmente cada item, é composto por um número de classe,
que identifica a classe a que o material pertence, por um número de identificação,
este é um número não significativo, isto é, não apresenta nenhuma identificação
com os elementos descritivos do material e por um dígito verificador.

2.4.3 - CADASTRAMENTO DE MATERIAIS

      No Cadastramento de materiais na empresa, é feito um fluxograma, dividido
nas seguintes partes:

   •   Inicio;
   •   Identificação (1);

   •   Codificação (2)

   •   Trascrição de Dados (3);

   •   Formulario de especificação;



                                       14
•   Formulario de Cadastramento;

   •   Ateração de Cadastramento e

   •   Formulario de Especificação.



       O terceiro passo da classificação do material é o cadastramento. O objetivo é
inserir nos registros da empresa todos os dados que identifiquem o material .O
cadastramento é efetuado através do preenchimento e missão de formulários
próprios.

2.4.4 - CATALOGAÇÃO DE MATERIAIS

       Com a catalogação de material chega ao fim a Classificação de material. Esta
consiste em ordenar de uma forma lógica todos os dados que dizem respeito aos
itens identificados, codificados e cadastrados de forma a facilitar a consulta da
informação pelas diversas áreas da empresa.

   Um dos aspectos mais importantes na catalogação de material é usar
simplicidade, objetividade e concisão dos dados gerados e permitir um fácil acesso e
rapidez na pesquisa. Os objetivos de uma boa catalogação são:

   •   Conseguir especificar o catálogo de uma forma tal que o usuário consiga
       identificar/requisitar o material que deseja;
   •   Evitar que sejam introduzidos no catálogo itens cadastrados com números
       diferentes;
   •   Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos materiais colocados
       nos documentos e formulários do sistema de material.




                                         15
MODULO 3



3.0 – ARMAZENAGEM




                          Vista geral de um armazém

      Armazenagem, controle e manuseio de mercadorias são componentes
essenciais da logística. Seus custos são elevados. A seleção dos locais onde esse
processo será feito está intimamente associada aos custos desse processo

       É conveniente para as organizações alocarem grandes espaços físicos para
armazenagem e estocagem? Sabemos que é muito difícil especificar a demanda
com precisão, por isso, em muitos casos são necessários à utilização de grande
espaço físico. Podemos minimizar esse espaço, fazendo com que nosso estoque
seja o mínimo possível, reduzindo-se assim os custos totais em armazenagem.

       Os estoques podem servir como redutor dos custos de transportes, pois
permite o uso de quantidades econômicas de transportes, ou seja, utilizando-se o
máximo que o responsável pelo frete consegue lhe trazer você estaria
economizando custos com esse serviço.



                                       16
Muitas empresas, porém, nos dias atuais, estão evitando as necessidades de
estoques, aplicando a filosofia JUST-IN-TIME. Entretanto é muito importante que a
demanda por produtos acabados seja conhecida com alto grau de precisão e com
fornecedores confiáveis a fim de obter um suprimento adequado à demanda, caso
contrário tal método não funciona.



      Caso exista a necessidade de armazenar matérias é muito importante e até
preocupante controlar esses estoques. Os custos com armazenagem e manuseio de
mercadorias podem absorver de 10 a 40% das despesas logísticas de uma firma.

3.1 - NECESSIDADES DE ESPAÇO FÍSICO

              As empresas necessitam de espaço físico para estocagem? Quais os
motivos que levam as firmas a ter enormes armazéns para estocagem? Esses são
pontos importantes a serem respondidos antes de ser feito qualquer ato concreto.
Se as demandas forem todas conhecidas com exatidão, e as mercadorias puderem
ser fornecidas instantaneamente, não há necessidade para manter espaço físico
para estoque. Porém isso não costuma ocorrer com freqüência por diversos motivos:
demanda variável, atraso nos fornecimentos, marketing, etc.

      Podemos reduzir os custos de armazenagem utilizando como base quatro
razões básicas:

      1 – REDUZIR CUSTOS DE TRANSPORTE E PRODUÇÃO – A estocagem de
produtos, tende a reduzir custos de transporte pela compensação nos custos de
produção e estocagem.

       2 – COORDENAÇÃO DE SUPRIMENTO E DEMANDA – Caso trabalhe-se
com produto sazonal (ou seja, que não se pode encontrar em qualquer época do
ano com facilidade), deve-se estocar esses produtos para venda fora da
safra/época, com isso terá um aumento na receita considerável.

       3 – AUXILIAR PROCESSO DE PRODUÇÃO – A manufatura de certos
produtos, como queijos e bebidas alcoólicas, precisam de um período de tempo para
maturação. No caso de produtos taxados, segurar a mercadoria até a sua venda
evita o pagamento de impostos antecipado.

       4 – AUXILIAR MARKETING – Para a área do marketing somos importantes à
disponibilidade do produto para o mercado. Pela estocagem do produto próximo ao
consumidor se tem uma entrega mais rápida e melhoria no nível de serviço, com
isso o processo de marketing será um sucesso.

3.2 - LOCALIZAÇÃO DE DEPÓSITOS

          Estabelecido que temos necessidade por área de armazenagem devemos
definir a localização desse espaço. Primeiro definiremos a melhor localização
geográfica, levando-se em conta se é um local de fácil acesso, tanto para o
fornecedor quanto para o fornecimento, se o local é ideal para ser um centro de
distribuição, o custo para preparar o terreno, custo de produção, se essa área possui
um potencial para expansão caso seja necessárias futuras ampliações das
instalados, disponibilidade de mão-de-obra local para que não seja preciso trazer



                                         17

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Logística Empresarial
Logística EmpresarialLogística Empresarial
Logística EmpresarialRafael Marser
 
Apostila de introdução a logística
Apostila de introdução a logística Apostila de introdução a logística
Apostila de introdução a logística Fabiana Vieira
 
Logística e distribuição
Logística e distribuiçãoLogística e distribuição
Logística e distribuiçãoGilberto Freitas
 
Evolução da Logística de Carga Fracionada
Evolução da Logística de Carga FracionadaEvolução da Logística de Carga Fracionada
Evolução da Logística de Carga FracionadaFelippi Perez
 
Apostila de História e introdução á logística
Apostila de História e introdução á logísticaApostila de História e introdução á logística
Apostila de História e introdução á logísticaJoão Monteiro
 
Gestão Estratégica de Transportes e Distribuição
Gestão Estratégica de Transportes e DistribuiçãoGestão Estratégica de Transportes e Distribuição
Gestão Estratégica de Transportes e DistribuiçãoAdeildo Caboclo
 
Logística historico,fundamentos e perspectivas- Professor Danilo Pires
Logística  historico,fundamentos e perspectivas- Professor Danilo PiresLogística  historico,fundamentos e perspectivas- Professor Danilo Pires
Logística historico,fundamentos e perspectivas- Professor Danilo PiresDanilo Pires
 
Gestão Estratégica de Transportes
Gestão Estratégica de Transportes Gestão Estratégica de Transportes
Gestão Estratégica de Transportes Adeildo Caboclo
 
Logistica integrada
Logistica integradaLogistica integrada
Logistica integradaclaudio1972
 
Apresentação sobre Logística
Apresentação sobre LogísticaApresentação sobre Logística
Apresentação sobre LogísticaIsabella Menezes
 

La actualidad más candente (20)

Logística Empresarial
Logística EmpresarialLogística Empresarial
Logística Empresarial
 
Logística Empresarial
Logística EmpresarialLogística Empresarial
Logística Empresarial
 
Logística empresarial
Logística empresarialLogística empresarial
Logística empresarial
 
Apostila de introdução a logística
Apostila de introdução a logística Apostila de introdução a logística
Apostila de introdução a logística
 
Logística e distribuição
Logística e distribuiçãoLogística e distribuição
Logística e distribuição
 
Evolução da Logística de Carga Fracionada
Evolução da Logística de Carga FracionadaEvolução da Logística de Carga Fracionada
Evolução da Logística de Carga Fracionada
 
Semana de Comércio Exterior e Logística - A logística como ferramenta de comp...
Semana de Comércio Exterior e Logística - A logística como ferramenta de comp...Semana de Comércio Exterior e Logística - A logística como ferramenta de comp...
Semana de Comércio Exterior e Logística - A logística como ferramenta de comp...
 
Apostila de História e introdução á logística
Apostila de História e introdução á logísticaApostila de História e introdução á logística
Apostila de História e introdução á logística
 
Gestão Estratégica de Transportes e Distribuição
Gestão Estratégica de Transportes e DistribuiçãoGestão Estratégica de Transportes e Distribuição
Gestão Estratégica de Transportes e Distribuição
 
Logística historico,fundamentos e perspectivas- Professor Danilo Pires
Logística  historico,fundamentos e perspectivas- Professor Danilo PiresLogística  historico,fundamentos e perspectivas- Professor Danilo Pires
Logística historico,fundamentos e perspectivas- Professor Danilo Pires
 
Logistica empresarial
Logistica empresarialLogistica empresarial
Logistica empresarial
 
Gestão Estratégica de Transportes
Gestão Estratégica de Transportes Gestão Estratégica de Transportes
Gestão Estratégica de Transportes
 
Logistica
LogisticaLogistica
Logistica
 
Nocoesdelogistica
NocoesdelogisticaNocoesdelogistica
Nocoesdelogistica
 
1 slides - conceitos logísticos
1   slides - conceitos logísticos1   slides - conceitos logísticos
1 slides - conceitos logísticos
 
Aulas logística 1
Aulas logística 1Aulas logística 1
Aulas logística 1
 
Logistica integrada
Logistica integradaLogistica integrada
Logistica integrada
 
Logistica
LogisticaLogistica
Logistica
 
Apresentação sobre Logística
Apresentação sobre LogísticaApresentação sobre Logística
Apresentação sobre Logística
 
Apostila logistica 1 prof. luciel
Apostila logistica 1 prof. lucielApostila logistica 1 prof. luciel
Apostila logistica 1 prof. luciel
 

Destacado

Logística Portuária - Gestão da Indústria Portuária
Logística Portuária - Gestão da Indústria PortuáriaLogística Portuária - Gestão da Indústria Portuária
Logística Portuária - Gestão da Indústria PortuáriaRicardo Rodrigues
 
14 aula sistema de logistica portuaria
14 aula sistema de logistica portuaria14 aula sistema de logistica portuaria
14 aula sistema de logistica portuariaHomero Alves de Lima
 
Setor Portuário: Desafios e Oportunidades
Setor Portuário: Desafios e OportunidadesSetor Portuário: Desafios e Oportunidades
Setor Portuário: Desafios e OportunidadesPortos do Brasil
 
16.11.2015 - Apresentação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)
16.11.2015 - Apresentação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)16.11.2015 - Apresentação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)
16.11.2015 - Apresentação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)Portos do Brasil
 
Secretaria de Portos autoriza investimentos de R$ 2,6 bilhões
Secretaria de Portos autoriza investimentos de R$ 2,6 bilhõesSecretaria de Portos autoriza investimentos de R$ 2,6 bilhões
Secretaria de Portos autoriza investimentos de R$ 2,6 bilhõesPortos do Brasil
 
Especialização em Logística Portuára
Especialização em Logística PortuáraEspecialização em Logística Portuára
Especialização em Logística Portuárasscutrim
 
Seminário tecnologia da logística na copa 2014
Seminário tecnologia da logística na copa 2014Seminário tecnologia da logística na copa 2014
Seminário tecnologia da logística na copa 2014Brunno Curis
 
Descubra os segredos da Logística Portuária
Descubra os segredos da Logística PortuáriaDescubra os segredos da Logística Portuária
Descubra os segredos da Logística PortuáriaABRACOMEX
 
A TECNOLOGIA ASSOCIADA À COMPETITIVIDADE NO SECTOR PORTUÁRIO – PORTO...
A  TECNOLOGIA  ASSOCIADA  À  COMPETITIVIDADE  NO  SECTOR  PORTUÁRIO  –  PORTO...A  TECNOLOGIA  ASSOCIADA  À  COMPETITIVIDADE  NO  SECTOR  PORTUÁRIO  –  PORTO...
A TECNOLOGIA ASSOCIADA À COMPETITIVIDADE NO SECTOR PORTUÁRIO – PORTO...aplop
 
Aula 1 tipologia dos navios
Aula 1   tipologia dos naviosAula 1   tipologia dos navios
Aula 1 tipologia dos naviosRoberto Barddal
 
Comex INfoco: “Gestão Portuária: Oportunidades e Desafios da Profissão no Bra...
Comex INfoco: “Gestão Portuária: Oportunidades e Desafios da Profissão no Bra...Comex INfoco: “Gestão Portuária: Oportunidades e Desafios da Profissão no Bra...
Comex INfoco: “Gestão Portuária: Oportunidades e Desafios da Profissão no Bra...ABRACOMEX
 
O Setor Portuário no Pará
O Setor Portuário no ParáO Setor Portuário no Pará
O Setor Portuário no ParáPortos do Brasil
 
Projeto de Operação Multimodal
Projeto de Operação MultimodalProjeto de Operação Multimodal
Projeto de Operação MultimodalCaio Marin
 

Destacado (20)

Logística Portuária - Gestão da Indústria Portuária
Logística Portuária - Gestão da Indústria PortuáriaLogística Portuária - Gestão da Indústria Portuária
Logística Portuária - Gestão da Indústria Portuária
 
14 aula sistema de logistica portuaria
14 aula sistema de logistica portuaria14 aula sistema de logistica portuaria
14 aula sistema de logistica portuaria
 
Setor Portuário: Desafios e Oportunidades
Setor Portuário: Desafios e OportunidadesSetor Portuário: Desafios e Oportunidades
Setor Portuário: Desafios e Oportunidades
 
16.11.2015 - Apresentação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)
16.11.2015 - Apresentação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)16.11.2015 - Apresentação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)
16.11.2015 - Apresentação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)
 
Secretaria de Portos autoriza investimentos de R$ 2,6 bilhões
Secretaria de Portos autoriza investimentos de R$ 2,6 bilhõesSecretaria de Portos autoriza investimentos de R$ 2,6 bilhões
Secretaria de Portos autoriza investimentos de R$ 2,6 bilhões
 
Especialização em Logística Portuára
Especialização em Logística PortuáraEspecialização em Logística Portuára
Especialização em Logística Portuára
 
Rio de Janeiro city tour
Rio de Janeiro city tourRio de Janeiro city tour
Rio de Janeiro city tour
 
Stacker XPLC
Stacker XPLCStacker XPLC
Stacker XPLC
 
Seminário tecnologia da logística na copa 2014
Seminário tecnologia da logística na copa 2014Seminário tecnologia da logística na copa 2014
Seminário tecnologia da logística na copa 2014
 
Descubra os segredos da Logística Portuária
Descubra os segredos da Logística PortuáriaDescubra os segredos da Logística Portuária
Descubra os segredos da Logística Portuária
 
A TECNOLOGIA ASSOCIADA À COMPETITIVIDADE NO SECTOR PORTUÁRIO – PORTO...
A  TECNOLOGIA  ASSOCIADA  À  COMPETITIVIDADE  NO  SECTOR  PORTUÁRIO  –  PORTO...A  TECNOLOGIA  ASSOCIADA  À  COMPETITIVIDADE  NO  SECTOR  PORTUÁRIO  –  PORTO...
A TECNOLOGIA ASSOCIADA À COMPETITIVIDADE NO SECTOR PORTUÁRIO – PORTO...
 
Portos & Terminais 2010
Portos & Terminais 2010Portos & Terminais 2010
Portos & Terminais 2010
 
Aula 1 tipologia dos navios
Aula 1   tipologia dos naviosAula 1   tipologia dos navios
Aula 1 tipologia dos navios
 
Esteiras
EsteirasEsteiras
Esteiras
 
Comex INfoco: “Gestão Portuária: Oportunidades e Desafios da Profissão no Bra...
Comex INfoco: “Gestão Portuária: Oportunidades e Desafios da Profissão no Bra...Comex INfoco: “Gestão Portuária: Oportunidades e Desafios da Profissão no Bra...
Comex INfoco: “Gestão Portuária: Oportunidades e Desafios da Profissão no Bra...
 
Revitalização da Cabotagem Brasileira
Revitalização da Cabotagem BrasileiraRevitalização da Cabotagem Brasileira
Revitalização da Cabotagem Brasileira
 
O Setor Portuário no Pará
O Setor Portuário no ParáO Setor Portuário no Pará
O Setor Portuário no Pará
 
Eadi
EadiEadi
Eadi
 
Projeto de Operação Multimodal
Projeto de Operação MultimodalProjeto de Operação Multimodal
Projeto de Operação Multimodal
 
Tipos de navios
Tipos de naviosTipos de navios
Tipos de navios
 

Similar a Apostila aux. logistica portuária 2009

Logística integrada apostila
Logística integrada   apostilaLogística integrada   apostila
Logística integrada apostilaTaís Faria
 
1.1 introdução à logística
1.1 introdução à logística1.1 introdução à logística
1.1 introdução à logísticaLeonardo Santos
 
Gestão Estratégica de Custos - A importância da Logística
Gestão Estratégica de Custos - A importância da LogísticaGestão Estratégica de Custos - A importância da Logística
Gestão Estratégica de Custos - A importância da Logísticajosearimateiab
 
O seguro e o gerenciamento de riscos nas operações de transportes
O seguro e o gerenciamento de riscos nas operações de transportesO seguro e o gerenciamento de riscos nas operações de transportes
O seguro e o gerenciamento de riscos nas operações de transportesPaulo Cesar de Araujo
 
Gestão de logística enxuta, ajuda a gerenciar custos industriais.
Gestão de logística enxuta, ajuda a gerenciar custos industriais.Gestão de logística enxuta, ajuda a gerenciar custos industriais.
Gestão de logística enxuta, ajuda a gerenciar custos industriais.B&R Consultoria Empresarial
 
Logística empresarial i apostila
Logística empresarial i   apostilaLogística empresarial i   apostila
Logística empresarial i apostilaDavi Ribeiro
 
Supply chain management
Supply chain managementSupply chain management
Supply chain managementnellvercinne
 
Logística Empresarial - Módulo I
Logística Empresarial - Módulo ILogística Empresarial - Módulo I
Logística Empresarial - Módulo IRafael Marser
 
JSA_Logística Suprimentos
JSA_Logística SuprimentosJSA_Logística Suprimentos
JSA_Logística SuprimentosSalvador Abreu
 
Apostila de introducao_a_logistica___1__parte
Apostila de introducao_a_logistica___1__parteApostila de introducao_a_logistica___1__parte
Apostila de introducao_a_logistica___1__parteAlex Conti
 
Apostila de recebimento_e_expedição
Apostila de recebimento_e_expediçãoApostila de recebimento_e_expedição
Apostila de recebimento_e_expediçãoClaudio Santos
 
Introdução logistica
Introdução logisticaIntrodução logistica
Introdução logisticaJAILTONBORGES
 
Logística Empresarial - Aspectos Teóricos e Tributários
Logística Empresarial - Aspectos Teóricos e TributáriosLogística Empresarial - Aspectos Teóricos e Tributários
Logística Empresarial - Aspectos Teóricos e TributáriosIOB News
 
Logística (06.02).pptx
Logística   (06.02).pptxLogística   (06.02).pptx
Logística (06.02).pptxpaulo72321
 
pratica sobre logistica
pratica sobre logistica pratica sobre logistica
pratica sobre logistica Andrea Silva
 

Similar a Apostila aux. logistica portuária 2009 (20)

Aula00 intrudução
Aula00 intruduçãoAula00 intrudução
Aula00 intrudução
 
Logística integrada apostila
Logística integrada   apostilaLogística integrada   apostila
Logística integrada apostila
 
1.1 introdução à logística
1.1 introdução à logística1.1 introdução à logística
1.1 introdução à logística
 
Apostila 1 gestão suprimentos e logística 2015
Apostila 1   gestão suprimentos e logística 2015Apostila 1   gestão suprimentos e logística 2015
Apostila 1 gestão suprimentos e logística 2015
 
Gestão Estratégica de Custos - A importância da Logística
Gestão Estratégica de Custos - A importância da LogísticaGestão Estratégica de Custos - A importância da Logística
Gestão Estratégica de Custos - A importância da Logística
 
O seguro e o gerenciamento de riscos nas operações de transportes
O seguro e o gerenciamento de riscos nas operações de transportesO seguro e o gerenciamento de riscos nas operações de transportes
O seguro e o gerenciamento de riscos nas operações de transportes
 
Gestão de logística enxuta, ajuda a gerenciar custos industriais.
Gestão de logística enxuta, ajuda a gerenciar custos industriais.Gestão de logística enxuta, ajuda a gerenciar custos industriais.
Gestão de logística enxuta, ajuda a gerenciar custos industriais.
 
Logística empresarial i apostila
Logística empresarial i   apostilaLogística empresarial i   apostila
Logística empresarial i apostila
 
Supply chain management
Supply chain managementSupply chain management
Supply chain management
 
Logistica artigo
Logistica   artigoLogistica   artigo
Logistica artigo
 
LOGÍSTICA
LOGÍSTICALOGÍSTICA
LOGÍSTICA
 
Logística Empresarial - Módulo I
Logística Empresarial - Módulo ILogística Empresarial - Módulo I
Logística Empresarial - Módulo I
 
JSA_Logística Suprimentos
JSA_Logística SuprimentosJSA_Logística Suprimentos
JSA_Logística Suprimentos
 
Apostila de introducao_a_logistica___1__parte
Apostila de introducao_a_logistica___1__parteApostila de introducao_a_logistica___1__parte
Apostila de introducao_a_logistica___1__parte
 
Apostila de recebimento_e_expedição
Apostila de recebimento_e_expediçãoApostila de recebimento_e_expedição
Apostila de recebimento_e_expedição
 
almoxarife.pptx
almoxarife.pptxalmoxarife.pptx
almoxarife.pptx
 
Introdução logistica
Introdução logisticaIntrodução logistica
Introdução logistica
 
Logística Empresarial - Aspectos Teóricos e Tributários
Logística Empresarial - Aspectos Teóricos e TributáriosLogística Empresarial - Aspectos Teóricos e Tributários
Logística Empresarial - Aspectos Teóricos e Tributários
 
Logística (06.02).pptx
Logística   (06.02).pptxLogística   (06.02).pptx
Logística (06.02).pptx
 
pratica sobre logistica
pratica sobre logistica pratica sobre logistica
pratica sobre logistica
 

Apostila aux. logistica portuária 2009

  • 1. MODULO 1 1.0 - INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA A LOGÍSTICA existe desde os tempos mais antigos. Na preparação das guerras, líderes militares desde os tempos bíblicos, já se utilizavam da logística. As guerras eram longas e nem sempre ocorriam próximo de onde estavam as pessoas. Por isso, eram necessários grandes deslocamentos de um lugar para outro, além de exigir que as tropas carregassem tudo o que iriam necessitar. Para fazer chegar carros de guerra, grandes grupos de soldados e transportar armamentos pesados aos locais de combate, era necessária uma ORGANIZAÇÃO LOGÍSTICA das mais fantásticas. Envolvia a preparação dos soldados, o transporte, a armazenagem e a distribuição de alimentos, munição e armas, entre outras atividades. Durante muitos séculos, a Logística esteve associada apenas à atividade militar. Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, contando com uma tecnologia mais avançada, a logística acabou por abranger outros ramos da administração militar. Assim, a ela foram incorporados os civis, transferindo a eles os conhecimentos e a experiência militar. Podemos dizer que a logística trata do planejamento, organização, controle e realização de outras tarefas associadas à armazenagem, transporte e distribuição de bens e serviços. 1
  • 2. 1.1 - EXEMPLO DE LOGÍSTICA A indústria japonesa produz eletro-eletrônicos competitivos e, por isso, consumidos no Mundo todo. Para conseguir estes resultados, foi preciso projetar e desenvolver o produto adequado, armazená-lo corretamente, controlar os estoques, transportar, distribuir e oferecer assistência técnica de acordo com o desejado por seus consumidores. Esse exemplo nos mostra que, ainda que os locais onde os produtos são manufaturados estejam distantes de onde serão consumidos, é possível, através da logística, atender satisfatoriamente aos consumidores. No Brasil, os alimentos são transportados das zonas rurais até os centros urbanos. E, as mercadorias produzidas nas grandes cidades são levadas até o campo, em geral percorrendo grandes distâncias. Por ser capaz de promover essa integração, é que o transporte é a atividade logística mais importante. Transportar mercadorias garantindo a integridade da carga, no prazo combinado e a baixo custo exige o que se chama "logística de transporte". A movimentação dos produtos pode ser feita de vários modos: rodoviário, marítimo, ferroviário e aeroviário. A escolha depende do tipo de mercadoria a ser transportado, das características da carga, da pressa e, principalmente, dos custos. Em nosso país, o modo de transporte de carga mais utilizado é o rodoviário. Mas é preciso adequar o equipamento ao tipo de carga a ser transportada. Por exemplo: contêineres necessitam de um cavalo mecânico; para distribuir produtos nas cidades, o caminhão-toco é o mais adequado. A característica da carga define o tipo de transporte a ser empregado. Para carga a granel, é preciso uma carreta graneleira e não um caminhão-baú. Carga líquida só pode ser transportada em caminhão tanque. Além do custo do transporte do produto existe também a transferência do produto de um modal para o outro, ou a troca simples entre o mesmo modal (por exemplo, um produto que, antes de chegar ao cliente, troca de caminhões). O melhor exemplo de cross-docking é a carga conteinerizada. O contêiner evita remanejamentos custosos de pequenas unidades de carga nos pontos de transferência intermodal e oferece serviço porta-a-porta quando combinado com caminhões. No transporte de produtos é importante saber se o custo é derivado de uma relação que envolve, além da escolha do modal, a distância e a quantidade do produto que vai ser transportado. A decisão de enviar produtos sem atingir a capacidade de, por exemplo, um caminhão não é tão simples. Algumas empresas contratam transportadoras, que executam serviços em intervalos de tempos pré-determinados, suficientes para a produção de volume correspondente a uma carga completa para transportar mercadorias entre os estados, visando a diminuir os custos com transporte. Outra opção na terceirização é a consolidação de cargas com mais de um produtor. 2
  • 3. 1.2 - DEFINIÇÃO DE LOGISTICA Logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. Entre as atividades da logística estão o transporte, movimentação de materiais, armazenamento, processamento de pedidos e gerenciamento de informações. Pela definição do Council of Logistics Management, "Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi- acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes”. Uma das principais ferramentas da logística é o WMS, Warehouse Management System , do inglês, em português - literalmente: sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção) é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço do armazéns. A Logística tem como objetivo prover o cliente com os níveis de serviço desejados, a custo mínimo. A meta para o nível de serviço logístico é providenciar bens ou serviços corretos, no local certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível. Nas empresas, o termo logística foi adotado para caracterizar a integração e a sincronização das atividades que compõem os processos de suprimentos, produção ou prestação de serviços, armazenagem e distribuição de produtos. O encurtamento das distâncias físicas, a velocidade na troca de informações, o avanço tecnológico, altas taxas de consumo, o grau de exigência dos consumidores, entre outros fatores obrigaram que as empresas buscassem novas formas de gestão. 1.3 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL A Logística Empresarial é um campo de estudos novo na gestão integrada, em comparação com os campos tradicionais de finanças, marketing e produção. Em uma definição formal, Logística Empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde a aquisição de matéria-prima até o consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados ao cliente, a custos razoáveis. As atividades logísticas têm sido praticadas por indivíduos há muitos anos. As empresas se engajam, continuamente, em atividades de movimentação e armazenagem (transporte œ estoque). A novidade neste campo resulta do conceito de gerenciamento coordenado das atividades relacionadas, ao invés da prática histórica de gerenciá-las separadamente, assim como do conceito de que a logística adiciona valor aos produtos e/ou aos serviços que são essenciais para as vendas e para a satisfação do cliente. 3
  • 4. As atividades a serem gerenciadas que compõem a logística empresarial variam nas empresas, GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS dependendo da estrutura organizacional da empresa, das diferenças de opinião sobre o quê constitui a logística e da importância das atividades individuais para suas operações. 1.4- A LOGÍSTICA NO BRASIL E NO MUNDO As novas exigências para a atividade logística no Brasil e no mundo passam pelo maior controle e identificação de oportunidades de redução de custos, redução nos prazos de entrega e aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios (Exemplo: Resposta Eficiente ao Consumidor - Efficient Consumer Response), entre outros. Avião aguardando para ser descarregado em San Juan, Porto Rico. A FedEx é uma gigante mundial no setor de logística. Apesar dessa evolução até a década de 40, havia poucos estudos e publicações sobre o tema. A partir dos anos 50 e 60, as empresas começaram a se preocupar com a satisfação do cliente, foi então que surgiu o conceito de logística empresarial, motivado por uma nova atitude do consumidor. Os anos 70 assistem à consolidação dos conceitos como o MRP (Material Requirements Planning), Kanban e Just-in-time. Após os anos 80, a logística passa a ter realmente um desenvolvimento revolucionário, empurrado pelas demandas ocasionadas pela globalização, pela alteração da economia mundial e pelo grande uso de computadores na administração. Nesse novo contexto da economia globalizada, as empresas passam a competir em nível mundial, mesmo dentro de seu território local, sendo obrigadas a passar de moldes multinacionais de operações para moldes mundiais de operação. 4
  • 5. 1.5 - ATIVIDADES ENVOLVIDAS A subdivisão da logística quanto ao ponto • logística interna: cuida do fluxo interno de movimentação e distribuição, está ligada às áreas de suprimento e distribuição. • logística de distribuição:distribuição física dos produtos, vai garantir o nível do serviço ofertado ao cliente. • logística reversa: R.M.A.( remessa para manutenção e assistência), cuida da substituição e do conserto dos produtos com avaria. Irá apoiar o marketing para assegurar a imagem da empresa. Embora seja fácil pensar em logística como o gerenciamento do fluxo de produtos dos pontos de aquisição até os clientes, para muitas empresas há um canal logístico reverso que deve ser gerenciado também. A vida de um produto, do ponto de vista logístico não termina com a sua entrega ao cliente. Os produtos tornam-se obsoletos, danificam-se ou estragam e são levados aos seus pontos de origem para conserto ou descarte. O canal de logística reverso pode utilizar todo ou apenas uma parte do canal logístico, ou pode precisar de um projeto separado. A cadeia de suprimentos termina com o descarte final de um produto e o canal reverso deve estar dentro do escopo do planejamento e do controle logístico. EXEMPLO: O canal de logística reverso entra em cena quando um cliente compra uma torradeira de um varejista. O cliente leva a torradeira para sua casa e descobre que está com defeito. O cliente devolve-a ao varejista que gentilmente lhe devolve o valor pago. O varejista agora tem uma torradeira com defeito em seu estoque. Ele a envia para o centro de devoluções. Lá o Código Universal de Produtos (UPC) da torradeira é escaneado para identificação no banco de dados do centro de devolução. O banco de dados determina que a torradeira tem uma ordem de devolução para o fornecedor. O banco de dados credita uma torradeira no estoque e cria uma cobrança de devolução ao fabricante. O varejista faz uma recuperação de custos para esse ativo com defeito. A torradeira é recebida no centro de devoluções do fabricante. A torradeira é escaneada no banco de dados do fabricante que determina que ela tem uma ordem de retrabalho. A torradeira é consertada e enviada para revenda no mercado secundário. O fabricante adquiriu, desse modo, valor para esse ativo com defeito. 5
  • 6. MODULO 2 2.0 – CADEIA DE FORNECIMENTO Cadeia de fornecimento é o grupo de fornecedores que supre as necessidades de uma empresa na criação e no desenvolvimento dos seus produtos. Pode ser entendido também como uma forma de colaboração entre fornecedores, varejistas e consumidores para a criação de valor. Cadeia de fornecimento pode ser definida como o ciclo da vida dos processos que compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento, cujo objetivo é satisfazer os requisitos do consumidor final com produtos e serviços de vários fornecedores ligados. A cadeia de fornecimento, no entanto, não está limitada ao fluxo de produtos ou informações no sentido Fornecedor -> Cliente. Existe também um fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre outros, no sentido Cliente -> Fornecedor . O Supply Chain Management (SCM) é a gestão da cadeia de fornecimento. Segundo alguns estudiosos, a competição no mercado global não ocorre entre empresas, mas entre cadeias de fornecimento. A gestão da logística e do fluxo de informações em toda a cadeia permite aos executivos avaliar, pontos fortes, e pontos fracos na sua cadeia de fornecimento, auxiliando a tomada de decisões que resultam na redução de custos, aumento da qualidade, entre outros, aumentando a competitividade do produto e/ou criando valor agregado e diferenciais em relação a concorrência . Os resultados que se esperam da utilização de sistemas que automatizem o SCM são: • Reduzir custos; • Aumentar a eficiência; • Ampliar os lucros; • Melhorar os tempos de ciclos da cadeia de fornecimento; • Melhorar o desempenho nos relacionamentos com clientes e fornecedores; • Desenvolver serviços de valor acrescentado que dão a uma empresa uma vantagem competitiva; • Obter o produto certo, no lugar certo, na quantidade certa e com o menor custo; • Manter o menor estoque possível. Esses resultados são obtidos à medida que a gestão da cadeia de fornecimento simplificar e acelerar as operações que estão relacionadas com a forma como os pedidos do cliente são processados pelo sistema, até serem atendidos, e também, com a forma das matérias-primas serem adquiridas, e entregues, pelos processos de fabricação e distribuição. 6
  • 7. Concluindo, é fundamental que as empresas se preocupem com a integração desses conjuntos de soluções de gestão, automatizadas através da tecnologia de informação. 2.1 - ESTRATÉGIA COMPETITIVA As empresas dedicam muito tempo procurando meios para diferenciar os seus produtos daqueles da concorrência. Quando a gerência reconhece que a logística afeta uma parte significativa dos custos da empresa e que o resultado das decisões tomadas sobre a cadeia de suprimentos acarreta diferentes níveis de serviços ao cliente, ela está em condições de usá-la de maneira eficaz para penetrar em novos mercados, ampliando sua participação, elevando assim seus lucros. Exemplo: A XEROX, com suas patentes de copiadoras expirando, não teria um produto diferenciado no mercado por muito tempo. Então, ela adotou a estratégia de ser a número um no serviço de campo. 2.2- PROCESSOS: Os componentes de um sistema logístico são: serviços ao cliente, previsão de vendas, comunicação de distribuição, controle de estoque, manuseio de materiais, processamento de pedidos, peças de reposição e serviços de suporte, seleção do local da planta e armazenagem, compras, embalagem, manuseio de mercadorias devolvidas, recuperação e descarte de sucata, tráfego e transporte, e armazenagem e estocagem.“ Dentro deste contexto, estão sincronizadas às funções da logística, a integração do fluxo de informações com o fluxo de materiais: • Planejamento de projeto do produto, instalações, equipamentos e capacidades; • Programação de seqüência lógica de operações para atendimento à demanda; • Suprimentos de aquisição, armazenamento e movimentação de materiais; • Distribuição de colocação das mercadorias junto aos pontos de consumo. A interações da cadeia Logística deve estar suportada pela filosofia Just in Time, pelas teorias e conceitos da Qualidade Total e pela prática da Engenharia Simultânea. Os elementos das interações na cadeia logística, a saber: • Demanda: Quantidades de produtos ou serviços que o mercado pode absorver; • Capacidade de fornecimento Quantidade de produtos ou serviços que podem ser fornecidos; Pode ser menor, igual ou superior à demanda; • Localização Além da distância geográfica pressupõe facilidades de acesso e locomoção; Identificação de condições ambientais, regiões sujeitas a greves, enchentes, etc; • Políticas de estoques e compras Classificação ABC dos materiais; Níveis de estoque e lotes de encomenda; • Acordos operacionais 7
  • 8. Condições particulares de operação com fornecedores parceiros; • Freqüências de entregas ou de coletas Definição de roteiros e quantidades movimentadas; • Qualidade assegurada Garantia de fornecimento de materiais em condições imediatas de consumo; • Padronização de embalagens Acondicionamento dos materiais em condições favoráveis a movimentação e estocagem; • Sistemas de movimentação dos materiais Definição dos modais de transporte e movimentação de mercadorias e produtos; • Sincronização das operações Integração das atividades entre parceiros comerciais; • Estatísticas e relatórios Sistema de processamento de informações para acompanhamento e avaliação dos resultados. Abaixo um exemplo de cadeia de suprimentos, quanto aos gastos e despesas da empresa: LINHA DE PROCESSOS ENVOLVIDOS: Marketing Planejamento/Controle/Produção (PCP) Fornecedores Almoxarifado/Armazenagem Produção Estocagem Administração do Pedido/Despacho Marketing (retorno) 8
  • 9. Todos os processos envolvem clientes, distribuição, produção e fornecedores como por exemplo: • Marketing é essencialmente a arte de enviar uma mensagem aos clientes potenciais, e também aos que já fazem parte de sua carteira de clientes, para convencê-los a comprar de você. Envolvendo: faixa etária, poder aquisitivo, classe social, localização, concorrente; alem da função de propaganda e sistemas promocionais. As empresas reconhecem a importância do marketing e direcionam uma boa parte de seus recursos humanos e financeiros a essa atividade. • PCP (Planejamento/ Controle/ Produção): tradução, expectativa para a realização da produção. As peças necessárias, equipamentos, etc. • Fornecedores: fornecedores da matéria-prima, devem ser tratadas como parceiros, devendo até serem convidados a verem a produção; participar da produção, do dia a dia da empresa; já que ambos os conhecimentos podem atuar juntos, surgindo assim uma estrutura de competência altíssima. • Almoxarifado/Armazenagem: sua atuação é importante no controle dos materiais que entram na empresa, vendo inclusive se os mesmos não estão em excesso. Para melhor explorarmos a cadeia de fornecimento ou de suprimentos, entramos na logística empresarial que é o estudo da cadeia de suprimentos. Temos então, as Atividades Primárias e as Secundárias. • Atividades Primárias o Transportes o Manutenção de estoques o Processamento de pedido • Atividades Secundárias o Armazenagem o Manuseio de materiais o Embalagem de materiais o Obtenção (seleção de fontes, quantidades de compra) o Programação do produto (distribuição - fluxo de saída - oriente programação PCP) 2.3 - COMBINAÇÃO DE ATIVIDADES Manutenção de informação (base de dados gerada pela cadeia - fonte de dados para futuros planejamentos. As atividades a serem gerenciadas que compõem a logística empresarial (gerenciamento da cadeia de suprimentos) variam de empresa para empresa, dependendo da estrutura organizacional da empresa em particular, das diferenças de opinião sobre o quê constitui a logística e da importância das atividades individuais para suas operações. Percorra a cadeia de suprimentos, mostrada na Figura 1.1, e note as atividades importantes que acontecem. 9
  • 10. Os componentes de um sistema logístico típico são: serviços ao cliente, previsão de vendas, comunicação de distribuição, controle de estoque, manuseio de materiais, processamento de pedidos, peças de reposição e serviços de suporte, seleção do local da planta e armazenagem (análise de localização), compras, embalagem, manuseio de mercadorias devolvidas, recuperação e descarte de sucata, tráfego e transporte, e armazenagem e estocagem. A Figura acima mostra a distribuição desses componentes ou dessas atividades nos canais em que provavelmente estão. A lista, a seguir, está desdobrada em atividades-chave e atividades de suporte, com algumas das decisões associadas a cada atividade. ATIVIDADES-CHAVE 1. Padrões de serviço ao cliente Cooperar com o marketing para: a. Analisar as necessidades e os desejos de clientes para serviços logísticos b. Determinar a reação dos clientes aos serviços c. Estabelecer o nível de serviços a clientes 2. Transportes a. Seleção do modal e do serviço de transportes b. Consolidação de fretes c. Roteiro do transporte d. Programação de veículos e. Seleção de equipamentos f. Processamento de reclamações g. Auditoria de tarifas 3. Administração de estoques a. Políticas de estocagem de matérias-primas e produtos acabados b. Previsão de vendas a curto prazo c. Combinação de produtos em pontos de estocagem d. Número, tamanho e local dos pontos de estocagem e. Estratégias de just-in-time, de empurrar e de puxar 4. Fluxo de informações e processamento de pedidos a. Procedimentos de interface dos estoques com pedidos de venda b. Métodos de transmissão de informações de pedido 10
  • 11. c. Regras de pedidos ATIVIDADES DE SUPORTE 1. Armazenagem a. Determinação do espaço b. Disposição do estoque e desenho das docas c. Configuração do armazém d. Localização do estoque 2. Manuseio de materiais a. Seleção de equipamentos b. Políticas de reposição de equipamentos c. Procedimentos de coleta de pedidos d. Alocação e recuperação de materiais 3. Compras a. Seleção de fontes de suprimento b. O momento da compra c. Quantidades de compra 4. Embalagem protetora Projeto para: a. Manuseio b. Estocagem c. Proteção contra perdas e danos 5. Cooperar com a produção/operações para a. Especificar quantidades agregadas b. Seqüência e tempo do volume de produção 6. Manutenção de informação a. Coleta, arquivamento e manipulação de informação b. Análise de dados c. Procedimentos de controle As atividades de suporte, embora possam ser tão críticas quanto às atividades-chave em algumas circunstâncias, são consideradas aqui como contribuintes para a realização da missão logística. Além disso, nem todas as em- presas possuem todas as atividades de suporte. Por exemplo, produtos como automóveis ou commodities, tais como carvão, ferro e brita, que não necessitam de proteção de armazenagem contra intempéries não exigirão tal atividade, mesmo que sejam mantidos estoques. Entretanto, a armazenagem e o manuseio de materiais sempre acontecem, mesmo quando a movimentação de produtos para o mercado pára temporariamente. Transporte e estoque são atividades logísticas primárias na absorção de custos. A experiência mostra que cada uma representará metade ou dois terços do custo logístico total. O transporte adiciona valor de lugar aos produtos e serviços, enquanto o estoque adiciona valor de tempo. O transporte é essencial porque nenhuma empresa moderna pode operar sem fornecer a movimentação de suas matérias-primas e/ou de seus produtos acabados. Essa natureza essencial é subestimada pelas funções financeiras em muitas empresas devido aos chamados desastres nacionais, tais como uma greve ferroviária nacional ou recusa dos caminhoneiros independentes em movimentar mercadorias por causa da disputa de taxas de frete. Nessas circunstâncias, os mercados não podem ser atendidos, o que faz com que os produtos retomem ao canal logístico, deteriorando e tomando-se obsoletos. O estoque é essencial à gestão logística porque geralmente é impossível ou impraticável fornecer produção instantânea e cumprir prazos de entrega aos clientes. Ele funciona como um "pulmão" entre a oferta e a demanda, de forma que a disponibilização de produtos necessários aos clientes pode ser mantida, enquanto fornece flexibilidade à produção e à logística para buscar métodos mais eficientes de manufatura e distribuição de produtos. 11
  • 12. O processamento de pedidos é a atividade-chave final. Seu custo geralmente é menor comparado ao custo de transporte ou de manutenção de estoques. Não obstante, o processamento de pedidos é um elemento importante no tempo total que pode levar para que um cliente receba mercadorias ou serviços. Também, é a atividade que aciona a movimentação de produtos e a entrega de serviços. As atividades de compras e programação de produtos freqüentemente podem ser consideradas mais uma preocupação da produção do que da logística. Entretanto, elas podem afetar o esforço logístico e, obviamente, a eficiência do transporte e do gerenciamento de estoque. Finalmente, a manutenção de informações apóia todas as outras atividades logísticas para as quais ela fornece a informação necessária para planejamento e controle. 2.4- CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS A classificação de materiais surge por necessidade, uma vez que com o aumento da industrialização e da introdução da produção em série, foi necessário, para que não ocorrecem falhas de produção devido à inexistência ou insuficiência de peças em estoque. A classificação de materiais é um processo que tem como objetivo agrupar todos os materiais com caracteristicas comuns. Segundo Fernandes, esta pode ser dividida em quatro categorias. So estas: Identificação, Codificação, Cadastramento e Catalogação. 2.4.1 - IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL A identificação do material é a primeira etapa da classificação de material e também a mais importante. Consiste na análise e registo das características físico/quimicas e das aplicações de um determinado item em relação aos outros, isto é,estabelece a identidade do material. Para identificar essas características, é necessário ter em conta alguns dados sobre os materiais, dados estes que podem ser retirados de catálogos, de listas de peças fornecidas pelos fabricantes, pela simples visualização do material, etc. Alguns dos dados a ter em conta para identificar os materiais podem ser: • Medidas/Dimensões das peças; • Voltagem, amperagem, etc.; • Acabamento superficial do material; • Tipo de material e a aplicação a que se destina; • Normas técnicas; • Referências da peça e/ou embalagens; • Acondicionamento do material; • Cor do material; • Idenficar os fabricantes; 12
  • 13. 2.4.1.1 - MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO • Descritivo: Quando se identifica o material pela sua descrição detalhada. Procura-se neste tipo de identificação apresentar todas as características físicas que tornem o item único, independentemente da sua referência ou fabricante. No entanto deve-se evitar, tanto quanto possível, um ligeiro excesso de pormenores descritivos, um vez que descrições em demasia tornam o catálogo do material mais volumoso e cansativo de ver. • Referencial: Este método de identificação atribui uma descrição ou uma nomenclatura apoiada na referência do fabricante. 2.4.2 - CODIFICAÇÃO DE MATERIAL É o segundo passo da classificação de materiais, tem como objetivo atribuir um código representativo de modo a que se consiga identificar um item pelo seu número e/ou letras. Esse código que identifica o material denomina-se por nome da peça, no caso de o código usado ter sido feito através de letras, ou número da peça (part number) para o caso de o código usar números. A codificação do material também veio facilitar e simplificar as operações dentro das empresas uma vez que com um único código podem ser identificadas as características do material, bem como todos os registros deste realizados na empresa. O código tornou-se tão mais necessário quanto maior for o universo da empresa e dos materiais. Existem 4 tipos de codificação usados na classificação de material, são elas: • Sistema Alfabético; • Sistema Alfanumérico; • Sistema numérico; • Código de barras 2.4.2.1 - Sistema Alfabético Este processo representa os materiais por meio de letras. Foi muito utilizado na codificação de livros (Método de Dewey). A sua principal característica é conseguir associar letras com as caracteristicas do material. Exemplo de aplicação do sistema alfabético: P-Pregos P/AA-Pregos14x18-11/2x14 P/AB-Pregos16x20-21/4x12 P/AC - Pregos 30 x 38 - 3 1/4 x 8 13
  • 14. 2.4.2.2 - Sistema Alfanúmérico É um método que como o próprio nome indica usa letras (sistema alfabético) e números (sistema numérico) para representar um material. 2.4.2.3 - Sistema Numérico Este sistema é, de todos os métodos de codificação de material, o que tem um uso mais generalizado e ilimitado. Devido à sua forma simples e à facilidade de organização que oferece, este é também o sistema mais usado pelas empresas. Este sistema tem por base a atribuição de números para representar um material. 2.4.2.4 - CÓDIGO DE BARRAS Para além dos sistemas alfabético, alfanumérico e numérico há também um outro método de codificação muito conhecido, que se pode visualisar, entre outros lugares, nos supermercados. O código de barras representa a informação de um material através da alternância de barras e espaços. Este sistema ao poder ser lido através de dispositivos eletrónicos facilita a entrada e saída de dados num sistema de computação. Em que o número de stock ou número do item, isto é, o número que serve para identificar individualmente cada item, é composto por um número de classe, que identifica a classe a que o material pertence, por um número de identificação, este é um número não significativo, isto é, não apresenta nenhuma identificação com os elementos descritivos do material e por um dígito verificador. 2.4.3 - CADASTRAMENTO DE MATERIAIS No Cadastramento de materiais na empresa, é feito um fluxograma, dividido nas seguintes partes: • Inicio; • Identificação (1); • Codificação (2) • Trascrição de Dados (3); • Formulario de especificação; 14
  • 15. Formulario de Cadastramento; • Ateração de Cadastramento e • Formulario de Especificação. O terceiro passo da classificação do material é o cadastramento. O objetivo é inserir nos registros da empresa todos os dados que identifiquem o material .O cadastramento é efetuado através do preenchimento e missão de formulários próprios. 2.4.4 - CATALOGAÇÃO DE MATERIAIS Com a catalogação de material chega ao fim a Classificação de material. Esta consiste em ordenar de uma forma lógica todos os dados que dizem respeito aos itens identificados, codificados e cadastrados de forma a facilitar a consulta da informação pelas diversas áreas da empresa. Um dos aspectos mais importantes na catalogação de material é usar simplicidade, objetividade e concisão dos dados gerados e permitir um fácil acesso e rapidez na pesquisa. Os objetivos de uma boa catalogação são: • Conseguir especificar o catálogo de uma forma tal que o usuário consiga identificar/requisitar o material que deseja; • Evitar que sejam introduzidos no catálogo itens cadastrados com números diferentes; • Possibilitar a conferência dos dados de identificação dos materiais colocados nos documentos e formulários do sistema de material. 15
  • 16. MODULO 3 3.0 – ARMAZENAGEM Vista geral de um armazém Armazenagem, controle e manuseio de mercadorias são componentes essenciais da logística. Seus custos são elevados. A seleção dos locais onde esse processo será feito está intimamente associada aos custos desse processo É conveniente para as organizações alocarem grandes espaços físicos para armazenagem e estocagem? Sabemos que é muito difícil especificar a demanda com precisão, por isso, em muitos casos são necessários à utilização de grande espaço físico. Podemos minimizar esse espaço, fazendo com que nosso estoque seja o mínimo possível, reduzindo-se assim os custos totais em armazenagem. Os estoques podem servir como redutor dos custos de transportes, pois permite o uso de quantidades econômicas de transportes, ou seja, utilizando-se o máximo que o responsável pelo frete consegue lhe trazer você estaria economizando custos com esse serviço. 16
  • 17. Muitas empresas, porém, nos dias atuais, estão evitando as necessidades de estoques, aplicando a filosofia JUST-IN-TIME. Entretanto é muito importante que a demanda por produtos acabados seja conhecida com alto grau de precisão e com fornecedores confiáveis a fim de obter um suprimento adequado à demanda, caso contrário tal método não funciona. Caso exista a necessidade de armazenar matérias é muito importante e até preocupante controlar esses estoques. Os custos com armazenagem e manuseio de mercadorias podem absorver de 10 a 40% das despesas logísticas de uma firma. 3.1 - NECESSIDADES DE ESPAÇO FÍSICO As empresas necessitam de espaço físico para estocagem? Quais os motivos que levam as firmas a ter enormes armazéns para estocagem? Esses são pontos importantes a serem respondidos antes de ser feito qualquer ato concreto. Se as demandas forem todas conhecidas com exatidão, e as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, não há necessidade para manter espaço físico para estoque. Porém isso não costuma ocorrer com freqüência por diversos motivos: demanda variável, atraso nos fornecimentos, marketing, etc. Podemos reduzir os custos de armazenagem utilizando como base quatro razões básicas: 1 – REDUZIR CUSTOS DE TRANSPORTE E PRODUÇÃO – A estocagem de produtos, tende a reduzir custos de transporte pela compensação nos custos de produção e estocagem. 2 – COORDENAÇÃO DE SUPRIMENTO E DEMANDA – Caso trabalhe-se com produto sazonal (ou seja, que não se pode encontrar em qualquer época do ano com facilidade), deve-se estocar esses produtos para venda fora da safra/época, com isso terá um aumento na receita considerável. 3 – AUXILIAR PROCESSO DE PRODUÇÃO – A manufatura de certos produtos, como queijos e bebidas alcoólicas, precisam de um período de tempo para maturação. No caso de produtos taxados, segurar a mercadoria até a sua venda evita o pagamento de impostos antecipado. 4 – AUXILIAR MARKETING – Para a área do marketing somos importantes à disponibilidade do produto para o mercado. Pela estocagem do produto próximo ao consumidor se tem uma entrega mais rápida e melhoria no nível de serviço, com isso o processo de marketing será um sucesso. 3.2 - LOCALIZAÇÃO DE DEPÓSITOS Estabelecido que temos necessidade por área de armazenagem devemos definir a localização desse espaço. Primeiro definiremos a melhor localização geográfica, levando-se em conta se é um local de fácil acesso, tanto para o fornecedor quanto para o fornecimento, se o local é ideal para ser um centro de distribuição, o custo para preparar o terreno, custo de produção, se essa área possui um potencial para expansão caso seja necessárias futuras ampliações das instalados, disponibilidade de mão-de-obra local para que não seja preciso trazer 17