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      Plano de Negócios

  Empresa: Recanto Verde Lodge
       www.recantoverde.com.br




Responsável: Dario Luiz Dias Paixão
       dariopaixao@hotmail.com
2


Sumário


1. Sumário executivo                             04

2. Análise externa e conceito do negócio         08
2.1. Localização                                 09
2.2. Mercado                                     10
2.2.1. Oferta                                    10
2.2.2. Demanda                                   11
2.2.2.1. Pesquisa de demanda                     12
2.3 Concorrência                                 12
2.4. Parcerias                                   13
2.5. Comunidade                                  13

3. Equipe de gestão                              14

4. Estratégias                                   16
4.1. Estratégia de negócios                      16
4.2. Análise SWOT (DAFO)                         16
4.3. Código de conduta                           17
4.4. Visão                                       18
4.5. Missão                                      18
4.6. Objetivos gerais (metas)                    18

5. Plano de marketing                            19
5.1. Estratégias de divulgação                   19
5.2. Estratégias de comercialização              19

6. Plano de operações, tecnologia e logística    20
6.1. Equipamentos e exigências                   20
6.2. Viabilidade técnica e ecológica             25
6.2.1. Diretrizes                                25
6.2.1.1. Definição da unidade de planejamento    25
6.2.1.2. Definição da escala de planejamento     26
6.2.1.3. Análise e diagnóstico ambiental         26
6.2.1.4. Enquadramento na legislação ambiental   26
6.2.1.5. Tomada de decisão: prognóstico          26
6.3. Aspectos organizacionais                    27
6.4. Arquitetura                                 28
6.5. Construção                                  28
6.5.1. Planejamento do local                     29
6.5.2. Projeto de edificações                    31
6.5.3. Energia e infra-estrutura                 32
6.5.4. Tratamento de resíduos                    33
6.6. Restaurante (Alimentos e Bebidas)           34
3


6.6.1. Serviços                                        34
6.6.2. Produção                                        34
6.6.3. Cardápio                                        34
6.6.4. Ambiente                                        35
6.7. Avaliação das instalações                         35
6.8. Logística do Recanto Verde Lodge                  35
6.8.1. Deslocamento de hóspedes e funcionários         36
6.8.2. Armazenamento dos alimentos e outros recursos   36

7. Plano de recursos humanos                           37

8. Plano de finanças                                   38
8.1. Aspectos financeiros na implantação               38
8.2. Descrição do empreendimento                       39
8.2.1. Detalhamento das instalações                    40
8.2.2. Planilha de investimentos                       41
8.2.3. Estimativa de ocupação                          42
8.2.4. Estimativa de receita                           43
8.2.5. Estimativa de custo                             44
8.3. Demonstrativo do resultado operacional            46

9. Referências bibliográficas                          47

Anexo 1 – Atividades de lazer e recreação              48

Anexo 2 – Avaliação dos serviços                       50

Anexo 3 – Planta arquitetônica das instalações

Anexo 4 – Fotos do local
4


1. Sumário executivo


Conceito do Negócio


       O empreendimento a ser construído é um hotel ecológico (LODGE) voltado
a exploração do ecoturismo, que traz na sua essência o contato com a natureza,
respeitando-a, distanciando o hóspede da vida agitada dos grandes centros
urbanos.
       O complexo é composto de chalés e apartamentos, num padrão de
construção do tipo econômico, bastante preocupado com o conforto e o bem-estar
da clientela.
       Este plano visa aproximar os aspectos mais importantes a serem
considerados quando da implantação, organização e comercialização do Recanto
Verde Lodge, equipamento turístico com serviços pioneiros no Estado do Paraná.


•   RAZÃO SOCIAL DA EMPRESA: RECANTO VERDE EMPREENDIMENTOS
    LTDA.


•   NOME FANTASIA: RECANTO VERDE LODGE




Equipe de Gestão


       A equipe de gestão será dirigida pelo bacharel em turismo, Dario Luiz Dias
Paixão, que tem sólida experiência de 10 anos no ramo hoteleiro e na docência de
turismo. Serão vários assessores das mais diversas áreas de atuação,
contratados por estudo.
       Será contratado um gerente geral e um supervisor de operações. Ambos
deverão possuir ampla experiência profissional, formação universitária e
motivação para começar um novo e ambicioso empreendimento.
5


Mercado


      Em quase todo o mundo, o turismo é uma mina de ouro. Movimenta cerca
de 3,4 trilhões de dólares ao ano, mais do que a fabricação de armas, a produção
de automóveis ou a exploração de petróleo. Apesar do Brasil deter apenas 0,05%
desse mercado, no ano passado quebrou-se um recorde, mais de 5.000.000
visitantes estrangeiros estiveram no país (Embratur, 2000).
      Especialistas concordam que há necessidade de criar novos produtos
turísticos no país, movimentando ainda mais esta atividade. Particularmente este
plano visa explorar o segmento que mais cresce, o Ecoturismo (20% ao ano).
      Este segmento do turismo está sendo implantado em várias regiões do
Brasil, com objetivos de minimizar os problemas sócio-econômicos das
comunidades do campo e os impactos ambientais em áreas ambientalmente
frágeis. Governo, empreendedores e residentes locais vêem nesta atividade um
forte pilar de sustentação da economia desde que planejado com profissionalismo,
sempre evidenciando as questões sociais, culturais, ambientais e espaciais.
      Este plano de negócios enquadra-se no espírito do desenvolvimento
sustentável, pois integra na sua definição um forte comprometimento com a
natureza e sentido de responsabilidade social e tem potencialidades para realizar
os anseios de seus clientes na fruição da natureza, construir uma via da
preservação e diminuir os impactos negativos sobre os recursos naturais, a
comunidade local e sua cultura.


Estratégia de Marketing


      A estratégia de marketing da Recanto Verde Empreendimentos Ltda. visa
ganhar mercado rapidamente, focando primeiramente Curitiba, São Paulo,
Joinville e Florianópolis e gradativamente outras cidades brasileiras. Após este
estágio, convênios e acordos com operadoras turísticas do exterior visarão os
visitantes de outros países.
6


      A carteira de clientes incluirá principalmente executivos de grandes
empresas e turistas de classe média alta.




Estrutura e Operação


      Hotel ecológico ou lodge é um meio de alojamento alternativo dispendioso e
normalmente mais confortável. É constituído por diversas unidades habitacionais
(quartos ou apartamentos), as quais devem dispor de camas, armário/estante,
banheiro, abastecimento de água e de energia e lixeiras.
      Em 13 de dezembro de 1977 foi aprovada a Lei Federal nº 6.505 que
regulamenta os tipos de Meio de Hospedagem de Turismo Ambiental e Ecológico
(os Lodges).
      Seis anos depois, o Conselho Nacional de Turismo emitiu o presente
Regulamento e a Matriz de Classificação desse tipo de meio de hospedagem.
      Este plano visa atender as condições deste Regulamento conforme no
tocante ao seu artigo 2, conforme segue:
         “Art. 2 – Considerando-se Meios de Hospedagem Ambiental e
                 Ecológico (“Lodges”) os empreendimentos que atendam
                 cumulativamente às seguintes condições:
         I – estejam localizados em áreas de selva densa ou de outras
                 belezas naturais preservadas;
         II – estejam totalmente integrados à paisagem local, sem
                 qualquer interferência ao meio ambiente;
         III – situe-se em regiões distantes de centros urbanos, com
                 ausência ou dificuldades de acesso regular e de serviços
                 públicos básicos;
         IV – ofereçam a seus usuários instalações, equipamentos e
         serviços simplificados, próprios ou contratados, destinados ao
         transporte para o local, hospedagem, alimentação, e programas
7


         voltados à integração com o meio ambiente e o seu
         aproveitamento turístico.”




Estratégia de Crescimento


      A empresa pretende aumentar a sua demanda em 20% ao ano, por
conseqüência do marketing a ser realizado. Porém, seu crescimento construtivo
ficará limitado devido aos regulamentos de proteção ambiental.




Resultados Econômicos e Financeiros – necessidades de investimentos


      Esse tipo de alojamento tem se revelado bastante requerido e rentável, o
que faz com que a oferta desses empreendimentos venha aumentando
substancialmente, principalmente na Região Norte.
      O investimento inicial está calculado em R$ 3.393.712,00 , para um pay
back de 2 anos e 6 meses. Um retorno muito melhor que muitas aplicações do
mercado.
      Este plano de negócio visa alcançar um financiamento de 60% do
investimento inicial pelo programa FUNGETUR da Embratur e pelo BNDES, para
um pagamento em 5 anos.
8




2. Análise Externa e Conceito do Negócio


      O setor do turismo tornou-se um fenômeno mundial ao longo das últimas
quatro décadas e, diversos especialistas consideram-no a maior atividade
econômica do mundo. Grande parte dos turistas vão para destinos tradicionais de
turismo de massa, o que começou a gerar impacto na ocupação das infra-
estruturas e degradação ambiental acelerada das regiões de acolhimento.
      A necessidade de fuga ao estilo de vida “urbano”, a procura de locais mais
saudáveis e a conscientização das pessoas relativamente aos problemas
ambientais fizeram nascer o Ecoturismo e, com ele, a busca da valorização
intelectual, em locais de características únicas e de elevada sensibilidade cultural
e ecológica.
      O Ecoturismo é o segmento que mais cresce dentro do setor turístico, em
uma proporção de 20% ao ano, segundo a Organização Mundial do Turismo. O
Estado do Paraná bem representa este fenômeno, como pode ser constatado pela
contínua criação de novos parques de conservação ambiental, surgimento de
agências especializadas em turismo ecológico e rural, e até mesmo no aumento
da venda de equipamentos e vestuário específico para a atividade.
      Surge, assim, um segmento do turismo que é uma oportunidade de gerar
receitas para financiar a proteção do meio ambiente e valorizar os recursos
naturais. A forma como essas receitas podem efetivamente subsidiar a
preservação e a conservação e, de que maneira se pode atribuir um valor
monetário aos recursos naturais é o tema central do novo ramo da economia
ambiental, ou seja, o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.


                                                O     desenvolvimento      do
                                turismo sustentável pode satisfazer as
                                necessidades      econômicas,      sociais  e
                                estéticas, mantendo, simultaneamente, a
                                integridade cultural e ecológica, tornando-se
                                uma atividade benéfica para os anfitriões e
                                para os visitantes enquanto protege e
9


                                 melhora a mesma oportunidade para o futuro
                                 (Embratur, 1995).

       O planejamento, desenvolvimento e operação do turismo devem ser parte
de estratégias de conservação ou de desenvolvimento sustentável para uma
região, província (estado) ou nação. O planejamento, o desenvolvimento e a
operação do turismo devem ser intersetorial e integrado, envolvendo várias
organizações governamentais, empresas privadas, grupos de cidadãos e
indivíduos, permitindo deste modo obter o maior número possível de benefícios.
       O Desenvolvimento Sustentável salva a matéria prima do turismo, que é a
cultura do povo e o próprio local visitado.
       O Ecoturismo, como opção para o desenvolvimento sustentável de
comunidades carentes, já é reconhecido a nível nacional pelo lançamento, em
março de 1995, das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, num
projeto entre o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo e do Ministério
do Meio Ambiente e da Amazônia Legal. Vários itens do documento sinalizaram
apoio a planos e projetos como o que aqui se apresenta.




2.1.   Localização


       A Serra é uma das mais belas paisagens do mundo, reconhecida pela
UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Há quinze anos, em 05 de junho de
1986, foi oficializado o Edital de Tombamento da Serra do Mar, preservando os
386.000 hectares de matas que cobrem desde a região de Guaraqueçaba, na
divisa do litoral paulista, até a Serra do Araraquara, em Tijucas do Sul, já na divisa
de Santa Catarina, onde localiza-se o terreno deste empreendimento (40 minutos
do centro de Curitiba).
       Este ato do governo propiciou um maior controle da devastação provocada
por grupos econômicos interessados em derrubar as últimas florestas nativas e
despreocupadas com conseqüências futuras. O trecho paranaense da Serra do
Mar é dos mais preservados da Mata Atlântica e é hoje nossa maior reserva de
10


florestas, pois constitui 80% dos 5% a que foi reduzida a cobertura florestal
original do Estado.
       Tijucas do Sul é um município ao Sul de Curitiba, na divisa com Santa
Catarina. Tem 10.615 habitantes em seus 686,348 Km quadrados, em uma
altitude de 852 metros.
       Seu clima é sub–tropical úmido mesotérmico, e sua temperatura não é
muito diferente da capital paranaense.
       Tijucas do Sul sempre esteve historicamente ligado ao extrativismo vegetal.
Por outro lado, o município retém uma grande parcela da Mata Atlântica, o que
garante riquezas cênicas e estéticas incomparáveis. Nos seus rios, cachoeiras, e
florestas que recobrem montanhas, os habitantes tradicionais convivem com uma
altíssima taxa de biodiversidade animal e vegetal.
       Essa beleza paisagística atrai os habitantes dos grandes centros urbanos
do país, que estão dispostos a dispender recursos para ter o privilegio de conviver
com o ambiente natural. Por essas razões, torna-se clara a vocação para o
ecoturismo de Tijucas do Sul, que com um bom planejamento poderá catalisar um
sistema de desenvolvimento sustentável centrado no refluxo econômico provindo
dos grandes centros urbanos próximos ou distantes.




2.2.   Mercado


2.2.1. Oferta


       Quanto a oferta deste empreendimento, o terreno é coberto pela Mata
Atlântica nativa, por onde correm inúmeros rios e cachoeiras, e as montanhas
possibilitam a prática de esportes radicais e são belíssimos mirantes. Existem
ainda lendas da época dos bandeirantes e jesuítas, que por ali procuravam ouro;
prova disto é o Caminho de Ambrósios, a milenar trilha utilizada pelo desbravador
Dom Alvarez Nunes Cabeza de Vaca, que desembarcava na ilha de São
Francisco e subia com sua tripulação até a região de Tijucas do Sul.
11


       O próprio hotel poderá ser considerado como uma atração à parte.
Integrado à natureza, irá dispor de um restaurante regional, um bar com deck,
circulação com paredes de vidro que permitem uma visualização do vale de
Tijucas e das montanhas da Serra do Mar, além de um centro de visitantes que
servirá tanto como um museu de motivos ecológicos, como também uma sala de
eventos e exposições.


2.2.2. Demanda


       Entende-se que o público-alvo para este empreendimento seja aqueles
amantes da natureza, os ecoturistas.
       Teoricamente, existem quatro tipos de ecoturistas:
       •   Adultos – gosta de qualidade nos serviços, inteligente, educado, culto,
           exigente, gosta do rústico e não de precário, quer qualidade de vida e
           anular o stress.
       •   Estudantes – têm interesses pedagógicos, como por exemplo: história
           (caminhos, fortes, campos de batalha, etc.), geografia (relevo, clima,
           etc.), ciências (energia, astronomia), ou outros interesses como
           sociabilização e lazer. É uma ótima opção para dias de semana.
       •   Especialistas – fazem estudos, como por exemplo: observadores de
           pássaros, ovinistas, místicos, biólogos, ruralistas, esotéricos, cientistas
           de fim de semana, terceira idade, etc.
       •   Esportistas e aventureiros – realizam atividades como: enduro a pé ou a
           cavalo, cicloturismo (mountain bike), alpinismo ou montanhismo,
           espeleologia, mergulho, vôo de asa delta, paragliding, trekking
           (pernoite), hikking (um dia), rafting, cannyoning, canoeing, cross country,
           turismo eqüestre (tropeirismo) e rally de motos e jipes.


       A grande maioria dos esportistas e/ou aventureiros que vão a Tijucas do Sul
realizam mountain bike, esportes náuticos, orientação de montanha, trekking,
hikking, vôo livre, turismo rural e outros.
12




2.2.2.1.    Pesquisa de Demanda


         Foram realizadas duas pesquisas para auxiliar no planejamento deste
empreendimento turístico. São elas:
a) pesquisa de mercado, buscando conhecer sua potencialidade e a aceitação do
   produto. Realizada com 60 pessoas, na Universidade Federal do Paraná e Rua
   das Flores.
b) Pesquisa do perfil sócio - econômico do visitante ecoturístico no Estado do
   Paraná (pesquisa baseada no trabalho de graduação apresentado à disciplina
   de Métodos e Técnicas de Pesquisa Social – 1996). Realizada com 60
   pessoas, no trem para o Parque Estadual do Marumbi e Grupo Escoteiro
   Nossa Senhora Medianeira.


         Com os dados obtidos desta investigação, conclui-se que existe demanda
suficiente para este empreendimento (fato que é reforçado pelo aumento do
Ecoturismo e inchaço das grandes cidades), o que justifica sua implantação no
que se refere à procura do produto, ou seja, haverá uma taxa de ocupação
suficiente.


2.3.     Concorrência


         No Paraná não existe oferta de qualquer hotel com as características de um
lodge.
         Em Tijucas do Sul há apenas um hotel de lazer que pode ser considerado
um concorrente em potencial para o Recanto Verde, apesar das diferenças de
concepção e público–alvo. O hotel La Dolce Vita, com um imenso lago de 210 mil
m2, ao norte da cidade (BR-376, km 655) é um excelente lugar para descanso e
lazer.
13


2.4.   Parcerias


       O atrativo turístico mais conhecido do município é o Natura Park Saltinho, a
14 Km oeste da cidade, é um recanto de 242 mil m2 e que por vezes recebe dois
mil visitantes nos finais de semana. Uma parceria com este empreendimento será
firmada, além de outros como alguns “pesque e pague” e haras da região.
       Este lodge estará integrado ao programa Hóspedes da Natureza da
Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH) e aos programas de Gestão
Ambiental das Ong’s Ecotourism Society e SOS Mata Atlântica. Tudo isso para
criar uma imagem positiva do empreendimento interna e externamente.
       Também, parcerias com agência e operadoras turísticas, além de empresas
e agências organizadoras de eventos serão firmadas.




2.5.   Comunidade


       Colaborar com o aumento do fluxo turístico de Tijucas do Sul, através da
implantação deste hotel ecológico, é um dos objetivos específicos deste
empreendimento que, irá beneficiar a toda população local.
       Este empreendimento situa-se a sudeste do município, fechando um círculo
de atrativos ao redor da cidade, possibilitando o aumento de divisas deixado pelos
turistas no local.
       Serão desencadeadas ações de preservação do meio ambiente em todo o
município.
14


3. Equipe de Gestão


                       Principal Gestor (resumo do currículo):
                               Dario Luiz Dias Paixão
                           Rua Sesmarias, 213 Guabirotuba
                       Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 81520-600
                          Fone: (041) 317-3023 / 9994-0749

   Experiência Profissional em Turismo/Hotelaria: 10 anos
   Experiência Acadêmica (ensino superior): 04 anos
   Experiência Acadêmica (técnica): 07 anos


   Atividades Profissionais:


   Centro Universitário Positivo - UnicenP
   Coordenador do Curso de Turismo (Portaria Nº 023/99)

   Implantação, Planejamento, Organização e Avaliação do Curso de Turismo
   Curitiba - 1999


   Universidad de Las Palmas de Gran Canaria / Centro Universitário
   Positivo
   Coordenador do Mestrado Internacional em Turismo

   Implantação, Planejamento e Organização do Programa
   Curitiba - 1999


   Hotel Meliá Las Palmas ✩✩✩✩✩
   Departamento de Hospedagem (Recepção e Serviço de Concièrge) e
   Departamento Comercial
   Las Palmas - 1998
15




Riu Palace Meloneras ✩✩✩✩ (Prêmio Riu de Hotel Lazer do Ano/1997)
Recepção e Governança.
Estágio nas áreas de cozinha, restaurante, bar, serviços técnicos, manutenção de
áreas externas, Direção de Produção e Direção de Alimentos e Bebidas.
Gran Canária - 1998


Gran Casino Las Palmas ✩✩✩✩✩
Estagiário
Direção de Cassino
Las Palmas - 1998


Hotel Santa Catalina ✩✩✩✩✩
Eventos e Recepção
Estagiário na Direção de Alimentos e Bebidas.
Las Palmas - 1998


Consulting Conventions
Professor do Curso de Organização de Eventos, Curso de Português e Trabalhos
de Tradução e Interpretação
Las Palmas - 1998


SENAC/PR
Professor do Curso Recepção Hoteleira com Inglês / e / Professor de Inglês
Curitiba – 1994 a 1995


Diversos trabalhos de tradução escrita e intérprete
Consulting Conventions / AT Kerney consultoria / INEPAR / Otiam
Equipamentos Serigráficos, entre outros.


Professor em diversos cursos de pós-graduação (PR / SC / SP / MA)
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4. Estratégias
4.1.   Estratégia de negócios


       As instalações deste hotel servirão como “janelas para o mundo natural” e
funcionarão como veículos para o aprendizado e a compreensão da natureza.
Embora seja apenas um componente do ecoturismo, este projeto reforça e busca
aumentar a satisfação do ecoturista e a compreensão do local. Será
proporcionado um alojamento confortável, com baixo impacto ecológico, sendo
esta a chave para o sucesso de instalações ecoturísticas.
       As potencialidades mais importantes a serem exploradas são:
       a) Ecoturismo: a integração com a natureza possibilita experiências do
          hóspede com o ambiente natural, o que define o ecoturismo e suas
          atividades como o principal atrativo do hotel no início de suas atividade.
       b) Eventos relacionados à natureza: o setor de eventos aparece como o
          mais promissor do hotel, uma vez que com um bom plano de divulgação
          e promoção, virtualmente garantirá uma ocupação regular.
       c) Restaurante regional: culinária local e natural.


4.2. Análise SWOT (DAFO)
              Pontos Fortes                                   Pontos Fracos
•   Localização privilegiada                  •   Sazonalidade
•   Atividades ecoturísticas                  •   Alto custo de mão-de-obra
•   Design moderno e ecológico                •   Espaços limitados para construção
              Oportunidades                                     Ameaças
•   Crescente demanda de ecoturismo e •           Alta rotatividade dos funcionários na
    eventos                                       hotelaria
•   Aumento do interesse por produtos •           Inverno severo (frio e úmido)
    regionais (artesanato, gastronomia)
•   Único lodge do sul do país                •   Crescente    número     de   concorrentes
                                                  (spas, hotéis de lazer, atividades tur.)
17




4.3.   Código de conduta


       Serão definidos padrões éticos para as instalações, como por exemplo: a
construção de apartamentos que “não agridam o meio ambiente”, isto é, utilizar-
se-á materiais e técnicas de construção que resultam em baixo impacto ambiental.
Os quartos terão recipientes para a coleta de materiais recicláveis, encorajando
seus hóspedes à conservação.
       Neste caso precisa ser preservada a Mata Atlântica, que não representa
sequer uma formação contínua. Abrange florestas isoladas, ao longo da costa e
está reduzida a menos de 10% de sua área original. Mesmo assim, abriga ainda
um grande número de espécies endêmicas, isto é, que ocorre apenas nesse tipo
de floresta. De cada três espécies de bromélias ou de palmeiras conhecidas, por
exemplo, duas são exclusivas da Mata Atlântica.
       A grande variedade de espécies de animais encontrados nessa floresta
pode ser comprovada por uma pesquisa realizada na Área de Interesse Turístico
do Marumbi. Foram registradas 300 espécies de aves, 70 espécies de mamíferos,
61 espécies de anfíbios, 36 espécies de repteis e 37 espécies de peixes.
       A onça-pintada, a anta, a suçurana, os cachorros do mato, o macaco –
prego, o gavião carijó e o tucano são alguns dos mais importantes moradores da
Serra do Mar. A constante ameaça de destruição da Mata Atlântica coloca todas
essas espécies sob risco de extinção.
       A criação de um hotel ecológico tem como prioridade reservar sua matéria-
prima, “a floresta”, transformando-se em uma área natural protegida, ou seja, uma
unidade de conservação.
       Uma unidade de conservação cumpre diferentes funções, como proteger
áreas naturais com fins científicos, de recreação e de educação ambiental.
18


4.4.   Visão


       Ser um centro de excelência em qualidade de vida.




4.5.   Missão


       Nossa missão é hospedar amantes da natureza, servindo-os com qualidade
e conforto, contribuindo para com o município de Tijucas do Sul na preservação do
meio ambiente e qualificação dos recursos humanos para a atividade turística.




4.6.   Objetivos Gerais (Metas)


       •   Aprofundar os estudos de demanda – até julho 2002;
       •   Detalhar os estudos de viabilidade técnica, ecológica e econômica – até
           agosto 2002;
       •   Concluir projetos de concepção, design, instalações, arquitetura,
           engenharia, equipamentos e serviços – até setembro 2002;
       •   Desenvolver estudos de rotinas operacionais - até setembro 2002;
       •   Desenvolver ações de rotinas operacionais – até novembro 2002;
       •   Construção do lodge – até junho 2003;
       •   Contratações e capacitação de recursos humanos – até julho 2003;
       •   Cumprir plano de Marketing – até agosto 2003.
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5. Plano de marketing


5.1.   Estratégias de divulgação


   a) Mala direta para associações e entidades relacionadas à preservação
       ambiental.
   b) Cartazes publicitários fixados em faculdades e empresas.
   c) Mala direta a operadores turísticas, agencias de viagens e de turismo
       ecológico/aventura.
   d) Criação de artigos relacionados ao hotel e ao meio ambiente (camisetas,
       bonés, canetas, etc.)
   e) Verificação de benefícios obtidos por chamadas em rádios, anúncios em
       jornais e emissoras de televisão.


5.2.   Estratégias de comercialização


   a) Definir tarifas acordo especiais para operadoras turísticas.
   b) Definir tarifas acordo especiais para agencias de viagens e de turismo
       ecológico/aventura.
   c) Definir tarifas acordo promocionais para empresas e entidades interessadas
       em realizar eventos no hotel.
   d) Definir tarifas acordo promocionais para grupos com um numero mínimo de
       pessoas definido.
   e) Trabalho de promoção junto aos pontos de comercialização de pacotes
       promocionais do hotel – incentivo de vendas.
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6. Plano de operações, tecnologia e logística


      Esta parte enfoca o projeto, desenvolvimento e funcionamento de
instalações que incorporam os princípios gerais deste planejamento sensível ao
meio ambiente e ao desenvolvimento sustentado.


6.1. Equipamentos e exigências


      Alguns aspectos a serem atendidos segundo o regulamento dos meios de
hospedagem de turismo da Deliberação Normativa nº 364, de 6 de agosto de
1996, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR):


      “1-     Itens Gerais
      1.1-    Posturas Legais
      1.1.1- Posturas municipais, estaduais e federais, aplicáveis, comprovadas
              pelos registros, inscrições e documentações exigidas, especialmente
              com    referencia   a   “Habite-se”,   “Alvará   de   Localização   e
              Funcionamento”, e prova de regularidade perante as autoridades
              sanitárias e concessionárias de serviços públicos.
      1.1.2- Legislação quanto à proteção contra incêndio, dispondo de
              equipamentos e instalações exigidos pelas autoridades competentes
              e prevendo rotas de fuga, iluminação de emergência, e providências
              em situações de pânico.
      1.1.3- Exigências da legislação trabalhistas, especialmente no que se
              refere a vestiários, sanitários e local de refeições de funcionários e
              Comissões de Prevenção de Acidentes – CIPA e de Acidentes de
              Trabalho – CIPAT.
      1.1.4- Exigências da EMBRATUR, constantes da legislação de turismo
              referentes a:
      a) Registro do hóspede, por intermédio de Ficha Nacional de Hospede –
            FNRH.
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b) Fornecimento mensal do Boletim de Ocupação Hoteleira – BOH,
   preenchido.
c) Fornecimento do Cartão de Hóspede com informações sobre número e
   espécies de UH e valor e vencimento da diária.
d) Placa de classificação fixada no local determinado pela EMBRATUR
   (após decidida a nova classificação oficial).
d.1) Regulamento Interno, com direitos e deveres do hóspede.
e) Sistema de monitoramento de expectativas e impressões do hóspede,
   incluindo meios para pesquisar opiniões e reclamações e solucioná-las.
1.1.6 – Facilidades construtivas e instalações, para portadores de
deficiência, em prédio com projeto de arquitetura aprovado, pela Prefeitura
Municipal.


1.2 – Segurança
1.2.6 – Aspectos construtivos de segurança
1.2.7 – Meios de controle para a entrada e saída de hóspedes, visitantes e
veículos.
1.2.8 - Segurança no estabelecimento, por intermédio de:
b) Vigilância
1.2.9 – Pessoal treinado para agir como Brigada de Incêndio.
1.2.10 – Cobertura contra roubos, furtos e acidentes pessoais assegurada
ao hóspedes.
1.2.11 – Sistemática para lidar com situações de pânico.


1.3 – Saúde e Higiene
1.3.1 – Equipamentos de Primeiros Socorros
1.3.2 – Serviços de atendimento médico de urgência
1.3.3 – Sistema adequado de tratamento de resíduos
1.3.4 – Estabelecimento permanentemente imunizado contra insetos e
roedores.
1.3.5 – Condições gerais de higiene do ambiente, das pessoas e serviços.
22




1.4 – Conservação e manutenção
1.4.1 – Todas as áreas em condições adequadas de conservação e
manutenção
1.4.2 – Todos os equipamentos e instalações em estado de manutenção
adequado e dentro de prazo de vistoria.
1.4.3 – Todos os revestimentos em estado de conservação e manutenção
adequados.
1.4.4 – Programa de conservação/manutenção.


1.5 – Atendimento
1.5.1 – Serviço de reservas com eficácia nos períodos referidos nos itens
1.5.8, 1.5.9, 1.5.10.
1.5.2 – Presteza e cortesia.
1.5.4 – Serviço de despertador.
1.5.5 – Sistema de treinamento e orientação do pessoal.
1.5.7 – Divulgação dos compromissos e serviços oferecidos ao hóspede
(vide item 1.1.5.f).
1.5.10 – Serviços eficazes, no período de 12 horas por dia, de:
a) limpeza
b) manutenção
c) arrumação
d) mensageiro
e) emergências hospitalares
f) recepção
1.5.14 – Meios para monitorar a satisfação dos clientes (vide item 1.1.5.g).
1.5.15 – Apresentação, vestimenta e identificação adequadas para os
empregados.


2 – Itens Específicos
2.1 – Portaria/Recepção
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2.1.1 – Área ou local específico para o serviço de portaria/recepção.
2.1.2 – local ou espaço, fechado, organizando e seguro para guarda de
bagagem.
2.1.4 – Local próprio para recados.
2.1.5 – Sistema adequado de envio/recebimento de mensagens.
2.1.6 – Serviço de guarda de bagagem.
2.1.7 – Política definida de “check in/check out”.
2.1.9 – Pessoal apto a prestar informações de interesse do hospede, bem
como registrá-lo e de liquidar suas contas com presteza e eficiência.
2.1.11 – Decoração/ambientação compatível com a categoria.


2.2 – Acessos e circulações
2.2.1 – Áreas adequadas e específicas para acesso e circulação nas
dependências do estabelecimento.
2.2.5 – Decoração e ambientação compatível com a categoria.


2.3 – Setor habitacional
2.3.1 – Todas as salas e quartos das UH com iluminação natural e
ventilação adequada.
2.3.2 – Todas as UH deverão ter banheiros privativos com ventilação direta
para o exterior ou forçada através de duto.
2.3.4 – Quarto de dormir com menor dimensão igual ou superior a 2,50m, e
área igual ou superior a (em no mínimo 90% das UH):
d) 10m2
2.3.5 – Banheiro com área igual ou superior a (em no mínimo 90% das UH):
d)2,30m2
2.3.19 – Armário com prateleiras e cabides em 100% das UH.
2.3.20 – Mesa de cabeceira simples para cada leito ou dupla entre dois
leitos, ou equipamento similar, em 100% das UH.
2.3.26 – Porta malas em 100% das UH.
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2.3.35 – Acessórios básicos em 100% das UH (sabonete, dois copos,
cinzeiro, cesta de papeis do banheiro).
2.3.36 – Sistema de abastecimento e fornecimento de água quente, com
vazão e temperatura adequadas, em 100% das UH, em:
c) no chuveiro.
2.3.41 – Indicação de voltagem das tomadas em 100% das UH.
2.3.44 – Vedação para o Box em 100% das UH (no caso de vedação rígida,
a porta do Box deverá abrir para fora).
2.3.52 – Freqüência de limpeza diária.
2.3.55 – Freqüência de troca de roupas de cama em dias alternados.
2.3.56 – Freqüência de troca de roupas de banho em dias alternados.
2.3.58 – Ambientação/decoração compatível com a categoria.


2.4 – Áreas Sociais
2.4.1 – Relação de áreas sociais/estar por Uh (não incluída a circulação)
de:
d) 0,50m2
2.4.10 – Ambientação de decoração compatível com categoria.


2.5 – Alimentos e Bebidas
2.5.15 – Sistema para filtragem/tratamento para abastecimento de água.
2.5.20 – Telas nas áreas de serviço com aberturas para o exterior.
2.5.26 – Qualidade nos serviços de alimentação e bebidas.
2.5.28 – Água mineral disponível na UH.
2.5.29 – Ambientação e coração compatível com a categoria.


2.9 – Comunicações
2.9.1 – Equipamento telefônico nas áreas sociais.
2.9.4 – Equipamento apropriado para telefonia.
2.9.7 – Contrato de manutenção dos aparelhos de telefonia.”
25


      Obs.: Este é o mínimo exigido para um hotel com apartamentos da
      categoria Standart, porém o lodge contará com inúmeros equipamentos
      exigidos somente para a categoria Standart Superior, Luxo e Luxo Superior,
      como por exemplo, bons equipamentos de cozinha, bar, restaurante, fax,
      lazer, reuniões e outros.


       “2.10 – Ambiente”
      A iluminação ficará ótima com luz ambiente através de “janelões” e o bar
com um deck com vista para o vale e as montanhas.
      A decoração será rústica e simples, combinando com o material de
construção: a madeira. Haverá também música ambiente no local.




6.2. Viabilidade técnica e ecológica


      Foi realizado um estudo de viabilidade técnica e ecológica que visa indicar
os elementos e instrumentos de análise do espaço natural e as medidas básicas a
serem tomadas no planejamento deste empreendimento turístico naquela área
protegida.


6.2.1. Diretrizes


6.2.1.1. Definição da unidade de planejamento


- Foram definidos os elementos mínimos e máximos para as tomadas de decisão.
- Foram analisados os elementos e a dinâmica daquele espaço natural: seu
ecossistema.
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6.2.1.2. Definição da escala de panejamento


- Foi definida a unidade de grandeza que expressa a dimensão do
empreendimento.


6.2.1.3. Análise e diagnóstico ambiental


- Os problemas já são conhecidos.
- O levantamento de dados continuará sendo realizado.


6.2.1.4. Enquadramento na Legislação Ambiental


- Será conservada aquela R.P.P.N.
- Está sendo criado um plano de manejo.
- O solo será ordenado de acordo com a legislação das APA’S (ÁREAS DE
PROTEÇÃO AMBIENTAL)
- O empreendimento estará dentro dos padrões do EIA/RIMA (Estudo de Impacto
Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente).


6.2.1.5. Tomada de decisão: prognóstico


- Os planos de ação estão sendo detalhados.
- Os programas serão setorizados.
- Os projetos secundários já foram iniciados.


6.2.1.6. Oferecimento de medidas de controle ambiental


- Serão definidas medidas preventivas.
- Serão definidas medidas mitigadoras (atenuantes do impacto ambiental)
- Serão definidas medidas compensatórias
        *recuperação de área degradadas
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        *revitalização ambiental (recomposição, enriquecimento, paisagismo)




6.3. Aspectos Organizacionais


Após a verificação das condições do local de construção, foram tomadas as
seguintes providências:
• Obtenção da planta com os limites e demarcação do perímetro.
• Obtenção de uma descrição topográfica onde consta os intervalos das curvas
  de nível, para um estudo detalhado.
• Foram localizados aspectos significativos do local, como árvores, riachos,
  cachoeiras, montanhas e caminhos antigos.
• Foram consultadas fotos aéreas do local para combinar as informações obtidas.
• Foram identificadas as marcas de enchentes em estações chuvosas.
• Foram identificadas fontes sustentáveis de energia no local.
• As condições do solo e sua capacidade de suportar edificações foram
  avaliadas.
• Foi observado como a prevalência dos ventos e os fatores climáticos afetam o
  local durante todas as estações do ano.
• O mapa da rede hidrográfica do local foi examinado, observando se há
  atividades nas propriedades vizinhas que possam causar impactos no sistema
  de drenagem e na qualidade da água.
• Verificou-se quais são os usos atuais e futuros das propriedades adjacentes.
• Foi pesquisada a história do local para saber sobre as ocupações prévias pelo
  homem e quais são as lendas, visto que a existência é clara.
• Foram estudados alguns sítios arqueológicos significativos existentes na
  propriedade.
• Foram estudadas as tecnologias locais de construção.
• Foi avaliada a disponibilidade de trabalhadores, qualificados ou não.
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• Foram identificadas as fontes de materiais de construção e métodos de
  transporte local, para minimizar o uso de materiais importados sempre que
  possível.


6.4. Arquitetura


      O alojamento terá um projeto descontraído e acolhedor, que corresponde
às expectativas do turista, que viajou para ficar imerso em um cenário natural e
selvagem mas que quer gozar de algumas regalias no seu tempo livre.
      A arquitetura precisa ir além dos requisitos indispensáveis a um abrigo, e
assumir-se como expressão das necessidades e desejos dos hóspedes. Portanto,
a melhor fonte de inspiração deste projeto é o próprio local.
      Observar-se-á o comportamento dos animais peculiares à área em questão,
para que a disposição das construções não interrompa seus padrões de
comportamento e de hábitat.
      Os projetistas (técnico em Turismo, arquiteto e engenheiro civil) e o
empreendedor precisam passar algum tempo juntos no local, reunindo elementos
para ampliar sua compreensão sobre a área e sua percepção do contexto natural
ao qual este empreendimento deverá se integrar. Isto tornará mais rica a
experiência do hóspede e lhe permitirá perceber que a visita é algo fora do usual,
uma oportunidade preciosa de aprender a valorizar e sentir o mundo.




6.5. Construção


      O ideal é que o hotel seja criado a partir do diálogo entre a comunidade
local e os empreendedores. Como a equipe de gestão é de fora da região do
projeto, é fundamental não só envolver os moradores locais no processo de
planejamento, mas também no quadro de funcionários do empreendimento. Do
ponto de vista dos empreendedores, a participação da comunidade local é
desejável por três motivos: o seu conhecimento cultural e ecológico pode
29


contribuir para o projeto; é importante fomentar a participação e os benefícios
locais para assegurar apoio, a longo prazo, para o ecoturismo na região; e,
finalmente, a participação dos moradores locais para reduzir impactos culturais
negativos, lembrando que, projetos que acentuem as diferenças de estilos de vida
e de poder aquisitivo dos turistas podem provocar um ligeiro ressentimento na
população local.




6.5.1. Planejamento do local


•   Os prédios e as construções estarão situados de modo a evitar o corte de
    árvores importantes e a minimizar a descontinuidade visual.

•   Sempre que possível, serão utilizadas árvores cuja a queda foi natural (como,
    por exemplo, árvores derrubadas em decorrência de vendavais ou outros
    fenômenos naturais).

•   O sistema de trilhas respeitará os padrões de deslocamento e os hábitats da
    vida selvagem.

•   Será levado em consideração o controle da erosão na disposição de cada
    construção ou trilha.

•   A água será desviada para fora das trilhas e estradas antes que ela ganhe fluxo
    e velocidade suficientes para criar problemas significativos de erosão.

•   As margens dos rios não sofrerão desmatamentos excessivos.

•   Nas trilhas, serão reduzidos os pontos de travessia de rios e riachos.

•   Serão mantidas as áreas de vegetação adjacentes aos riachos e cachoeiras
    perenes e intermitentes como faixas - filtro para reduzir o escoamento de
    sedimentos e entulho.

•   Os chalés serão espaçados a fim de permitir o deslocamento dos animais e o
    crescimento da floresta.

•   O uso de automóveis e outros veículos será limitado ao mínimo.
30



•   Serão providenciados painéis informativos de madeira no início das trilhas, que
    estabeleçam claramente as regras de comportamento e orientem o visitante na
    apreciação da natureza. As regras adicionais serão fixadas nos quartos dos
    hóspedes.

•   Serão instaladas placas de identificação junto às árvores e plantas do entorno
    imediato aos alojamentos, para que os visitantes se familiarizem com as
    espécies nativas que possam encontrar nas áreas preservadas/protegidas.

•   Sempre que possível, serão empregadas técnicas de baixo impacto nos locais
    das instalações, como passarelas de tábuas no lugar de trilhas, sejam estas
    pavimentadas ou não.

•   Serão examinadas cuidadosamente quaisquer fontes potenciais de som ou mau
    cheiro relacionadas às instalações, que podem ser perturbadoras do ambiente
    ou desagradáveis para o visitante.

•   O projeto considerará as variações sazonais, como as estações chuvosas e
    ângulos de inclinação solar.

•   A iluminação do local será limitada e controlada a fim de evitar interferências
    nos ritmos de circulação dos animais.


        Um cuidado especial será tomado no planejamento de trilhas que
atravessem áreas intocadas. Contrataremos um naturalista para auxiliar na
disposição do sistema de trilhas de modo a reduzir a perturbação sobre os
biossistemas animal e vegetal.
        Uma atenção especial será dada também aos animais que utilizam árvores
como trilhas aéreas ou hábitat. Consideramos cuidadosamente a disposição de
entradas de acesso a um determinado local. Um engenheiro civil será consultado
em projetos de trilhas onde o controle da erosão se faça necessário.
        As vias de acesso para deficientes físicos serão providenciadas em todos
os locais possíveis.
31


6.5.2. Projeto de edificações


• No projeto das edificações, serão utilizadas técnicas de construção, materiais e
  conceitos culturais do local, sempre que estes forem compatíveis com meio
  ambiente.
• Serão construídas edificações cujo estilo esteja em harmonia com o ambiente
  natural. Os materiais de construção serão selecionados com base em critérios
  ambientais de longo prazo.
• A preservação do ecossistema terá prioridade sobre este projeto, para
  impressionar o visitante.
• Será providenciado a colocação de um limpador para a sola das botas ou tênis,
  de chuveiros externos e similares, para manter condições adequadas de
  limpeza e garantir o bom funcionamento da instalação.
• Será considerado a utilização de dossel para cobrir trilhas de uso intenso entre
  edificações, a fim de reduzir a erosão e proporcionar abrigo durante a estação
  chuvosa.
• Uma arquitetura coerente será desenvolvida com as filosofias ambientais e/ou
  propósitos científicos, evitando contradições.
• Locais adequados para equipamentos de viagem, tais como mochilas, botas e
  outros acessórios para acampamento serão providenciados.
• Sempre que possível, serão utilizados soluções de baixa tecnologia.
• Será afixado o Código de Conduta para os funcionários, que instrua sobre o
  comportamento em relação ao meio ambiente.
• Serão colocados à disposição dos ecoturistas, no local, materiais de referência
  para estudos sobre o meio ambiente.
• A mobília e outros acessórios de interiores serão fabricados com os recursos
  locais, exceto quando houver necessidade de material específico que não
  possa ser fornecido no local.
• As instalações aproveitarão matéria-prima local e recorrerão ao trabalho de
  artistas da região sempre que possível, como por exemplo, o famoso Sergius
  Ederly, de Tijucas do Sul.
32


• Será evitado o uso de produtos que consumam grande quantidade de energia e
  envolverem materiais perigosos.
• As práticas de construção respeitarão os padrões culturais e morais do local. A
  participação dos moradores será incentivada como forma de obter informações
  para o projetista e fomentar um senso de propriedade e aceitação por parte dos
  residentes.
• Serão construídas sapatas manualmente, sempre que possível.
• Uma consideração especial será dada, ao controle de insetos, répteis e
  roedores. As oportunidades de invasão serão reduzidas, em lugar de prever a
  eliminação dos animais nocivos.
• As instalações para deficientes físicos serão providenciadas onde for viável. É
  preciso ter presente, contudo, que os terrenos irregulares de muitos locais de
  uso científico ou ecoturístico impede o acesso dessas pessoas. Instalações
  com preocupações educativas devem fazer do acesso igualitário aos deficientes
  uma prioridade.
• Será planejado futuras ampliações da obra, a fim de evitarmos possíveis
  demolições e desperdícios.
• O planejamento da obra deverá refletir preocupações ambientais no que se
  reflete ao uso da madeira e de outros materiais de construção.




6.5.3. Energia e infra-estrutura


• Os elementos de paisagem serão posicionados de forma a propiciar a
  ventilação natural das instalações e a evitar o consumo desnecessário de
  energia.
• Será considerado o uso da energia solar, passivo ou ativo, ou de fontes de
  energia eólica.
• Os encanamentos de água serão projetados com o mínimo de movimentação
  de terra, adjacentes às trilhas, quando possível.
33


• As técnicas de geração de energia hidrelétrica serão utilizadas com o mínimo
  de distúrbio para o meio ambiente.
• O uso de ar condicionado deve limitar-se a áreas onde o controle de
  temperatura é necessário, como na sala do computador (sala de reservas e
  administração).
• Para proporcionar bem-estar, o projeto utilizará técnicas de ventilação natural
  sempre que possível.




6.5.4. Tratamento de resíduos


• Serão providenciados, nas cabeceiras das trilhas, sanitários e recipientes para
  coleta de lixo ambientalmente adequados, para os hóspedes ou visitantes.
• A localização de pastagens e potreiros para cavalos e outros animais de pastejo
  deve ser tal que não polua as fontes de água e outros recursos hídricos.
• Serão providenciados métodos para a remoção do lixo que não prejudiquem o
  meio ambiente.
• Será providenciada uma armazenagem de lixo que seja segura em relação a
  insetos e outros animais.
• Serão providenciados meios de reciclagem.
• Tecnologias apropriadas para o tratamento de resíduos orgânicos serão
  utilizadas tais como compostagem, fossa sépticas ou tanques de biogás.
• Serão utilizados métodos de reciclar a água para usos não - potáveis e de tratar
  as águas contaminadas antes que elas sejam lançadas novamente ao meio
  natural.
34


6.6. Restaurante (Alimentos e Bebidas)


6.6.1. Serviços


      O sistema do restaurante será a La Carte, evitando os desperdícios do
Buffet, mas que também poderá ser usado como uma alternativa para os dias de
eventos.
      O Mise en Place das mesas será rigorosamente bem montado, de acordo
com o sistema.


6.6.2. Produção


      Haverá um cálculo de previsão do preparo dos pratos, assim como, um
tempo médio pré-estabelecido.
      Poderá ser plantada uma pequena horta, para minimizar custos de
fornecimento. Além do uso de restos de comida como adubo.


6.6.3. Cardápio


      O cardápio foi elaborado a partir das características dos clientes, da
empresa, do serviço, das margens de lucro objetivadas, dos equipamentos e
utensílios, horário de atendimento, mão de obra disponível, compras e
armazenagem.
      Será trabalhado com estatísticas, verificados os pratos e bebidas mais e
menos vendidos e serão feitos cálculos para aumentar margens de lucro.
      O café da manhã será de estilo colonial, por ser mais reforçado. No almoço
serão destacadas as comidas naturais e regionais (por exemplo, feijoada no
sábado e barreado no domingo). Também serão vendidos sanduíches e sucos
naturais no bar para as caminhadas do dia.
      Serão evitadas as bebidas alcoólicas, para não haver problemas com os
hóspedes posteriormente.
35




6.6.4. Ambiente


      A iluminação ficará ótima com luz ambiente através de “janelões” e o bar
com um deck com vista para o vale e as montanhas.
      A decoração será rústica e simples, combinando com o material de
construção: a madeira. Haverá também música ambiente no local.




6.7. Avaliação das instalações


      Criaremos um sistema de avaliação de desempenho, o “Relatório Verde”,
que constitua um instrumento de controle sobre o empreendimento e nos atualize
a respeito das vontades do hóspede (ver anexo).




6.8. Logística do Recanto Verde Lodge


      Por tratar-se de uma empresa que se localiza à 70Km de Curitiba, a maior
preocupação do Supervisor de Operações será com o deslocamento de hóspedes
e funcionários, além do armazenamento dos alimentos adquiridos.
      A logística é vista como um processo que gerenciará estrategicamente a
aquisição, a movimentação e armazenagem dos materiais e alimentos através de
uma organização prévia. Tudo isso, para maximizar as lucratividades encantando
clientes externos e internos, além de satisfazer as necessidades básicas do
empreendimento.
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6.8.1. Deslocamento de hóspedes e funcionários


      Para todos os funcionários do lodge haverá condução gratuita até Tijucas
do Sul e para o centro de Curitiba. Haverá horários pré-definidos e será
terceirizado uma van com motorista, tudo controlado por rádio.
      O mesmo acontecerá com aqueles hóspedes que vivem até 100Km do
lodge. Uma van pré-agendada estará disponível para o deslocamento deste
cliente, se este não deseja deslocar-se com seu automóvel.       Também, será
adquirido pelo hotel um veículo 4x4 para as atividades de lazer e recreação pelo
terreno do hotel.



6.8.2. Armazenamento dos alimentos e outros recursos


      Os alimentos e materiais do lodge ficará armazenado no almoxarifado e em
suas duas câmaras frias (uma para carnes e congelados e outra para vinhos e
outras bebidas). O estoque será mantido apenas conforme a demanda.
      Será realizado um estudo do tempo em que os fornecedores levarão para
trazer os alimentos e em que condições será a entrega. O sistema de entrega é
fundamental para este tipo de empreendimento.
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7. Plano de recursos humanos


      Seguindo diretrizes do turismo sustentável, deve-se envolver a população
local no projeto, fazer com que os habitantes da região aceitem e contribuam na
implantação do lodge.
      Em contrapartida, faz-se necessário incluir esta mesma população no
quadro de funcionários. Naturalmente, é preciso selecionar, treinar, avaliar e
orientar esse grupo.
      Primeiramente deve-se procurar conscientizar da importância do meio
ambiente natural, tanto para a região, como para o hotel.
      Deve-se então formar profissionais na hotelaria, com treinamento e
avaliação constantes e intensivos por profissionais com mais experiência de
empresas terceirizadas ou do próprio hotel. O SENAC dispõe de um programa de
treinamento in loco, que poderá ser contratado, assim que o hotel estiver pronto.
      Para um melhor desempenho dos funcionários, é indicado definir um plano
de incentivos, com premiações que demonstrem reconhecimento pelos esforços
empreendidos.
      O restaurante e o bar serão administrados por um chef de cozinha, que
prestará contas com o Gerente Operacional do hotel. É ele quem administrará
custos e receitas, além do sistema de compras e armazenamento das
mercadorias, ajudará a escolher os fornecedores e prezará pelo controle de
qualidade, manutenção e higiene, além de ajudar na formação de preços.
      A área de Alimentos e Bebidas deste hotel contará com 1 Chef de cozinha,
1 cozinheiro ajudante efetivo, 1 ajudante para os finais de semana, 1 cozinheiro
noturno para o Room Service, 1 barman e 2 garçons.
      Todos os funcionários usarão uniformes, receberão alimentação e
treinamento, terão plano de carreira e todos os benefícios previstos nas Leis
Trabalhistas.
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8. Plano de finanças


      O objetivo deste estudo é apresentar uma expectativa de resultado deste
empreendimento. Desta maneira, espera-se garantir maior racionalidade e solidez
ao investimento, utilizando-se deste estudo como ponto de partida para o início
das atividades do hotel.




8.1. Aspectos financeiros na implantação


      As dimensões deste empreendimento ecoturístico é limitado, por isso exclui
a participação de grandes corporações hoteleiras, colocando as tarefas de projeto
e construção nas mãos de pequenos empreendedores, porém, competentes.
      Sua característica será de um hotel “prático e simples”, com 15
apartamentos e 5 chalés rústicos, mas, confortáveis. É o suficiente para manter
financeiramente o proprietário.
      Promovemos alianças estratégicas entre grandes hotéis urbanos e praianos
e instalações de pequeno porte. Essa parceria beneficiará ambos: o operador do
ecoturismo terá um fluxo constante de hóspedes prolongadas ou repetidas. Uma
maior diária média proporcionará melhor sustentabilidade ecológica e econômica.
Tais estratégias inovadoras podem ser decisivas para garantir que o ecoturismo
não provoque um desgaste excessivo no meio que lhe serve como principal
atração.
      O Banco Mundial e o Fundo Internacional de Investimento Ambiental dos
Estados Unidos estão cada vez mais destinando verbas para infra-estrutura
ecoturística. Para isso, o projeto deve ser grande, é preciso criar estratégias, como
a da parceria, que combinem grandes oportunidades de financiamento com um
impacto ecológico limitado.
39


8.2. Descrição do empreendimento


O lodge oferece aos seus hóspedes as seguintes instalações e serviços:


a-)no estabelecimento:
• bar/coffee shop
• restaurante
• lavanderia
• saguão com TV e lareira


b-)nas unidades habitacionais:
• frigobar
• telefone
• TV com circuito fechado
• BWC privativo


      O empreendimento gerará cerca de 16 empregos diretos na sua fase inicial
de operação, os quais serão recrutados na região em sua maioria.
      O investimento total do empreendimentos está estimado em R$
3.393.712,00 com uma rentabilidade de 40,23% e um tempo de retorno estimado
em 2 anos e 6 meses.
      O objetivo principal deste é conseguir um financiamento de 60% do
investimento inicial por parte do programa FUNGETUR (Fundo Geral do Turismo)
da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e, também, por parte do BNDES.
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8.2.1. Detalhamento das instalações


a)Unidades Habitacionais
     05 chalés com           26,40 m2 e 17,50 m2 com 4 leitos.
     15 apartamentos com     23,40 m2 e 2 leitos.




b) Instalações
                                    m2
Bar/Coffee Shop                    62,50
Recepção                           12,50
Restaurante                       117,50
Cozinha                            88,70
Lavanderia                         40,00
Área Administrativa                12,50
Alojamento para Empregados         77,30
Saguão com TV e lareira            42,18
Área de circulação                141,57
Estábulos                         100,00
Centro de Visitantes              131,81
Casa de Máquinas                   50,00
Depósito de Lixo                   8,00
Estacionamento                    510,00




c)Terreno


      Área Total 5.500.000 m2
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8.2.2. Planilha de investimentos


a) Terreno                         R$ 1.000.000,00


b) Obras civis                     total R$ 563.520,00
Unidades Habitacionais             R$ 231.760,00
chalés                             R$ 143.920,00
apartamentos                       R$ 115.880,00
circulação                         R$ 71.960,00


b.1)Instalações                    total R$ 260.000,00
internas                           R$ 140.000,00
externas                           R$ 120.000,00


b.2)Outras Obras                   total R$ 80.000,00


c)Equipamentos Hoteleiros          total R$ 60.000,00
Unidades Habitacionais             R$ 60.000,00
                                   por UH: R$3.000,00
c.1) Instalações                   total R$ 120.000,00
internas                           R$ 45.000,00
externas                           R$ 75.000,00


c.2)Outros Equipamentos            total R$80.000,00


d)Reserva Técnica                  10% do Investimento Fixo
                                   R$ 216.352,00
e)Capital de Giro                  4/12      Precisão    de
                                   Custo/ano R$ 350.000,00
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Resumo do Investimento


Terreno                                     R$ 1.000.000,00
Obras Civis                                 R$   903.520,00
Equipamentos                                R$   260.000,00
                                 subtotal R$ 2.163.520,00
Reserva Técnica                             R$   216.352,00
                                 subtotal R$ 2.379.872,00
Capital de Giro                             R$   204.590,00
                                     TOTAL R$ 2.584.462,00




8.2.3. Estimativa de ocupação


a) Capacidade Anual
   5 chalés X 4 leitos = 20 leitos
   15 aptos. X 3 leitos = 45 leitos
   Total de leitos/dia = 65 leitos
   Total de leitos/ano = 23.725 leitos


b) Curva de Sazonalidade
                                                 LEITOS
      b.1) 30 dias - Ocupação 100%
       período de férias escolares                1.950


      b.2) 64 dias - Ocupação 80%
       período de férias escolares                 3.328


      b.3) 13 dias - Ocupação 100%
       feriados prolongados do ano                 845
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      b.4) 150dias - Ocupação 20%
         ocupação estimada normal               1.950


      b.5) 108 dias - Ocupação 80%
         ocupação finais de semana              5.616


c) Taxa de Ocupação


Considerando a capacidade máxima de ocupação de 23.725 leitos/ano e a
curva da sazonalidade que determina uma ocupação média de 13.689
leitos/ano, a taxa de ocupação calculada é de 57,77%.
Assim, pode-se, com segurança, estimar uma taxa de ocupação de 60%.
Aplicando-se esta taxa às unidades habitacionais tem-se o seguinte quadro:
                           UH            Ocupação/dia          Ocupação/ano
Chalés                     5                   12                  4.380
Apartamentos               15                  27                  9.855


8.2.4. Estimativa de receita        R$ 3.154.695,00


      a) Valor da Diária
         chalés    R$ 200,00
         aptos.     R$ 150,00
         (preços praticados no mercado, em hotéis similares)
          Expectativa de ocupação: 60%


      b) Receita Estimada com Hospedagem (RH)
                                      Total R$ 2.354.250,00
      chalés = 12 X R$ 200,00 X 365 = R$         876.000,00
      aptos. =    27 X R$ 150,00 X 365 = R$ 1.478.250,00
44


      c) Outras Receitas        Total R$ 800.445,00
        Room Service       03%(RH)     R$ 70.627,50
        Bar/Coffee Shop    10%(RH) R$ 235.425,00
        Lavanderia         01%(RH) R$ 23.542,50
        Restaurante        20%(RH) R$ 470.850,00


8.2.5. Estimativa de custos


        a) Custos Variáveis            Total R$ 914.861,55


        a.1)café da manhã (incluído)
         R$ 2,00/pessoa/dia     R$ 94.170,00
         Composição do Custo
         chalés: R$ 2,00 X 4 leitos X 12UH X 365 = R$ 35.040,00
         aptos.: R$ 2,00 X 3 leitos X 27UH X 365 = R$ 59.130,00


        a.2) Room Service (50% da receita room service) = R$ 35.313,75


        a.3) Bar/Coffee Shop (50% da receita bar/coffee shop) = R$ 117.712,50


        a.4) Lavanderia (60% da receita lavanderia) = R$ 14.125.50


        a.5) Restaurante (35% da receita restaurante) = R$ 164.797,50


        a.6) Impostos (10% da receita total) = R$ 315.469,50


        a.7) Luz, água, tratamento, etc (2% da receita total) = R$ 63.093,90


        a.8) Publicidade (2% da receita total) = R$ 63.093,90


        a.9) Outros custos (2% da receita de hospedagem) = R$ 47.085,00
45




b) Custos Fixos                   R$ 589.475,07


  b.1) PESSOAL                      R$ 79.170,00


   1 gerente geral X R$ 1.200,00 X 13 = R$ 15.600,00
   1 supervisor operacional X R$ 1.000,00 X 13 = R$ 13.000,00
   2 recepção X R$ 350,00 X 13 = R$ 4.550,00
   1 governanta X R$ 600,00 X 13 = R$ 7.800,00
   1 cozinheiro X R$ 800,00 X 13 = R$ 10.400,00
   2 guias/recreacionistas X R$350,00 X 13 = R$ 9.100,00
   8 empregados não qualificados X R$180,00 X 13 = R$ 18.720,00


  b.2) encargos sociais sobre pessoal
   80% custo de pessoal             R$ 63.336,00


  b.3) despesas administrativas
   3% receita total               R$ 94.640,85


  b.4) despesas de manutenção
   4% receita total               R$ 126.187,80


  b.5) depreciação do imobilizado
   5,75% do investimento fixo      R$ 148.606,56


  b.6) seguros
   3% do investimento fixo         R$ 77.533,86
46




8.3. Demonstrativo do resultado operacional


                                               R$       %
1 Receita Operacional                    3.154.695,00   100
2 Custos Variáveis                       914.861,55      29
3 Custos Fixos                           589.475,07     18,69
4 Custo Total (2+3)                      1.504.336,60   47,69
5 Lucro Operacional (1-4)                1.650.358,40   52,31
6 Contribuição Social (10% de 5)         165.035,84
7 Lucro Bruto (5-6)                      1.485.322,60
8 Imposto de Renda (30% de 7)            445.596,78
9 Lucro Líquido (7-8)                    1.039.725,90


10 Margem de Contribuição (1-2)          2.239.833,50




Ponto de Equilíbrio (3/10*100)                26,31


Lucratividade    9/1*100                      32,96


Capacidade de Pagamento                  1.188.331,50
      (9 + depreciação)
Rentabilidade                                 40,23
      (9/investimento*100)


Retorno    do      Capital   Investido    2,5 Anos
(investimento/9)
47




Observações:


      Poderá ainda ser construída uma casa de madeira com 77,30 m2 com três
dormitórios, cozinha, sala e banheiro, para o uso dos funcionários, no valor de
R$ 16.305,40.
      Também, será estudado um projeto de auto-financiamento, que é a geração
de recursos financeiros suficientes para suportar os custos operacionais e
financeiros necessários à manutenção da atividade. Por exemplo, taxa de entrada
para visitantes (lembrando sempre do limite de carga do terreno), taxa de
utilização de equipamentos e serviços (principalmente de recursos de lazer e
recreação) e venda de artesanato e artigos regionais, além de donativos de Ong’s
(como subsídio para a implantação de infra-estrutura e elaboração de estudos
específicos – planos de manejo, estudos científicos, etc.).
      Será solicitado ao governo isenção ou redução de impostos e subsídios
para a implantação de infra-estruturas. E às instituições financeiras, redução de
taxas de juros, maior período de amortização de empréstimos e priorização de
investimentos na área de preservação ambiental.




7. Referências bibliográficas


LINDBERG, Kreg e HAWKINGS, Donald E. Ecoturismo: Um guia para
    planejamento e gestão. São Paulo: Editora SENAC, 1995.
PAIXÃO, Dario Luiz Dias. Trabalho de Conclusão de Curso: Recanto Verde
    Lodge. Curitiba: UFPR, 1996.
Textos diversos cedidos pelo Curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica em
    Ambiente Globalizado do UnicenP, pelo curso de Turismo da UFPR, Curso de
    Administração Hoteleira do Centro Europeu, e Paraná Turismo.
48


Anexo 1


Atividades de lazer e recreação


      A “livre opção” e a necessidade de sair do cotidiano, longe do trabalho e da
rotina, são características comuns às atividades de lazer e recreação, e em busca
dessa necessidade de mudança surgem atividades relacionadas com a ecologia
que fazem as pessoas se libertarem e conhecerem melhor o meio em que vivem.
      A estruturação de um hotel prestador de serviços de lazer e recreação
surge a partir de uma idéia e as suas chances de êxito dependem da base técnica
e de várias habilidades que seus responsáveis devem, necessariamente possuir.
      Ao se construir um hotel prestador de serviços de lazer e recreação, deve-
se ter em mente as atividades que queira proporcionar aos seus hóspedes.
      O objetivo do Recanto Verde Lodge em relação às atividades de lazer e
recreação é trazer um público que goste de ecoturismo, já que o hotel está situado
em uma grande área verde.
      As atividades que serão implantadas serão as seguintes:


   a) Trekking e Hikking
   Serão feitas trilhas de trekking e hikking ao ar livre onde os hóspedes poderão
desfrutar a calma e a beleza do lugar. Atividades estas com o auxílio de guias
especializados.


   b) Mountain Bike
   Serão feitos percursos no meio da mata, de acordo com as normas de
conservação, para a prática de mountain bike, com o auxílio e acompanhamento
de um instrutor. O equipamento utilizado será alugado pelo hotel.


   c) Montanhismo
   O hotel contará com uma boa equipe terceirizada, de montanhistas para
   acompanhar os hóspedes nas trilhas próximas ao hotel.
49




d)Turismo eqüestre
O hotel possuirá uma equipe que lidará com os cavalos, assim como um
instrutor para cavalgadas, tanto a nível rural, como de aventura.


e)Passeios de barco e pesca
Na represa do Vossoroca serão alugados barcos e materiais para pesca como
uma atração a mais para o hóspede.


f)Paragliding e Asa Delta
No alto de uma das montanhas do terreno do lodge já existe um salto natural
de paragliding e asa delta. Será uma excelente atração para aqueles que
buscam aventura.


   A equipe de lazer e recreação do hotel (terceirizada ou não) possuirá guias
especializados em trilhas e que conhecem bem o local. Sendo assim o
hóspede conhecerá cada lugar, cada cachoeira, aproveitando tudo que o lugar
pode lhe oferecer. Além disso, essa equipe procurará auxiliar os visitantes em
todos os seus passeios.
   Por ser um hotel de turismo ecológico, as pessoas que nele se hospedam
têm de saber que estão ali não só para descansar, mas para curtir a natureza.
   Os profissionais envolvidos devem zelar para que as expectativas geradas
pela participação nas atividades se realizem de forma plena e satisfatória. Para
tanto, é preciso que, além da capacitação técnica, esses profissionais tenham
elevado grau de sensibilidade e compreensão, a fim de entender os desejos e
as necessidades dos participantes.
50


Anexo 2
Avaliação dos serviços
   Para conhecer as impressões dos hóspedes, e a partir delas buscar o
aprimoramento dos serviços do hotel, será utilizado um questionário detalhado,
segundo determinações do tópico 1.1.5.g da Deliberação Normativa nº 364, de
6 de agosto de 1996, do Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR):
QUESTIONARIO - Srs. Hóspedes do Hotel Recanto Verde Lodge, apresentamos
este questionário e pedimos sua colaboração ao respondê-lo, pois assim
poderemos aprimorar nossos serviços e melhor atendê-los.
1. Procedência:______________________
2. Idade:___________________________


3. É a 1ª vez que se hospeda no Hotel Recanto Verde Lodge?
( ) Sim                ( )Não


4. Como você avalia:
a. Atendimento:        ( ) Ótimo   ( ) Bom      ( )Regular   ( ) Ruim
b. Recepção:           ( ) Ótimo   ( ) Bom      ( )Regular   ( ) Ruim
c. Apartamento:        ( ) Ótimo   ( ) Bom      ( )Regular   ( ) Ruim
d. Restaurante:        ( ) Ótimo   ( ) Bom      ( )Regular   ( ) Ruim
e. Program. de ativ.: ( ) Ótimo    ( ) Bom      ( )Regular   ( ) Ruim
f. Área externa:       ( ) Ótimo   ( ) Bom      ( )Regular   ( ) Ruim


5. Sua avaliação do Hotel Recanto Verde Lodge:
          ( ) Ótimo     ( ) Bom    ( )Regular     ( ) Ruim


6. Sugestões:_______________________________________________________
__________________________________________________________________
MUITO OBRIGADO!!!
E VOLTE SEMPRE AO HOTEL RECANTO VERDE LODGE!

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Plano de Negócios - hotelaria

  • 1. 1 Plano de Negócios Empresa: Recanto Verde Lodge www.recantoverde.com.br Responsável: Dario Luiz Dias Paixão dariopaixao@hotmail.com
  • 2. 2 Sumário 1. Sumário executivo 04 2. Análise externa e conceito do negócio 08 2.1. Localização 09 2.2. Mercado 10 2.2.1. Oferta 10 2.2.2. Demanda 11 2.2.2.1. Pesquisa de demanda 12 2.3 Concorrência 12 2.4. Parcerias 13 2.5. Comunidade 13 3. Equipe de gestão 14 4. Estratégias 16 4.1. Estratégia de negócios 16 4.2. Análise SWOT (DAFO) 16 4.3. Código de conduta 17 4.4. Visão 18 4.5. Missão 18 4.6. Objetivos gerais (metas) 18 5. Plano de marketing 19 5.1. Estratégias de divulgação 19 5.2. Estratégias de comercialização 19 6. Plano de operações, tecnologia e logística 20 6.1. Equipamentos e exigências 20 6.2. Viabilidade técnica e ecológica 25 6.2.1. Diretrizes 25 6.2.1.1. Definição da unidade de planejamento 25 6.2.1.2. Definição da escala de planejamento 26 6.2.1.3. Análise e diagnóstico ambiental 26 6.2.1.4. Enquadramento na legislação ambiental 26 6.2.1.5. Tomada de decisão: prognóstico 26 6.3. Aspectos organizacionais 27 6.4. Arquitetura 28 6.5. Construção 28 6.5.1. Planejamento do local 29 6.5.2. Projeto de edificações 31 6.5.3. Energia e infra-estrutura 32 6.5.4. Tratamento de resíduos 33 6.6. Restaurante (Alimentos e Bebidas) 34
  • 3. 3 6.6.1. Serviços 34 6.6.2. Produção 34 6.6.3. Cardápio 34 6.6.4. Ambiente 35 6.7. Avaliação das instalações 35 6.8. Logística do Recanto Verde Lodge 35 6.8.1. Deslocamento de hóspedes e funcionários 36 6.8.2. Armazenamento dos alimentos e outros recursos 36 7. Plano de recursos humanos 37 8. Plano de finanças 38 8.1. Aspectos financeiros na implantação 38 8.2. Descrição do empreendimento 39 8.2.1. Detalhamento das instalações 40 8.2.2. Planilha de investimentos 41 8.2.3. Estimativa de ocupação 42 8.2.4. Estimativa de receita 43 8.2.5. Estimativa de custo 44 8.3. Demonstrativo do resultado operacional 46 9. Referências bibliográficas 47 Anexo 1 – Atividades de lazer e recreação 48 Anexo 2 – Avaliação dos serviços 50 Anexo 3 – Planta arquitetônica das instalações Anexo 4 – Fotos do local
  • 4. 4 1. Sumário executivo Conceito do Negócio O empreendimento a ser construído é um hotel ecológico (LODGE) voltado a exploração do ecoturismo, que traz na sua essência o contato com a natureza, respeitando-a, distanciando o hóspede da vida agitada dos grandes centros urbanos. O complexo é composto de chalés e apartamentos, num padrão de construção do tipo econômico, bastante preocupado com o conforto e o bem-estar da clientela. Este plano visa aproximar os aspectos mais importantes a serem considerados quando da implantação, organização e comercialização do Recanto Verde Lodge, equipamento turístico com serviços pioneiros no Estado do Paraná. • RAZÃO SOCIAL DA EMPRESA: RECANTO VERDE EMPREENDIMENTOS LTDA. • NOME FANTASIA: RECANTO VERDE LODGE Equipe de Gestão A equipe de gestão será dirigida pelo bacharel em turismo, Dario Luiz Dias Paixão, que tem sólida experiência de 10 anos no ramo hoteleiro e na docência de turismo. Serão vários assessores das mais diversas áreas de atuação, contratados por estudo. Será contratado um gerente geral e um supervisor de operações. Ambos deverão possuir ampla experiência profissional, formação universitária e motivação para começar um novo e ambicioso empreendimento.
  • 5. 5 Mercado Em quase todo o mundo, o turismo é uma mina de ouro. Movimenta cerca de 3,4 trilhões de dólares ao ano, mais do que a fabricação de armas, a produção de automóveis ou a exploração de petróleo. Apesar do Brasil deter apenas 0,05% desse mercado, no ano passado quebrou-se um recorde, mais de 5.000.000 visitantes estrangeiros estiveram no país (Embratur, 2000). Especialistas concordam que há necessidade de criar novos produtos turísticos no país, movimentando ainda mais esta atividade. Particularmente este plano visa explorar o segmento que mais cresce, o Ecoturismo (20% ao ano). Este segmento do turismo está sendo implantado em várias regiões do Brasil, com objetivos de minimizar os problemas sócio-econômicos das comunidades do campo e os impactos ambientais em áreas ambientalmente frágeis. Governo, empreendedores e residentes locais vêem nesta atividade um forte pilar de sustentação da economia desde que planejado com profissionalismo, sempre evidenciando as questões sociais, culturais, ambientais e espaciais. Este plano de negócios enquadra-se no espírito do desenvolvimento sustentável, pois integra na sua definição um forte comprometimento com a natureza e sentido de responsabilidade social e tem potencialidades para realizar os anseios de seus clientes na fruição da natureza, construir uma via da preservação e diminuir os impactos negativos sobre os recursos naturais, a comunidade local e sua cultura. Estratégia de Marketing A estratégia de marketing da Recanto Verde Empreendimentos Ltda. visa ganhar mercado rapidamente, focando primeiramente Curitiba, São Paulo, Joinville e Florianópolis e gradativamente outras cidades brasileiras. Após este estágio, convênios e acordos com operadoras turísticas do exterior visarão os visitantes de outros países.
  • 6. 6 A carteira de clientes incluirá principalmente executivos de grandes empresas e turistas de classe média alta. Estrutura e Operação Hotel ecológico ou lodge é um meio de alojamento alternativo dispendioso e normalmente mais confortável. É constituído por diversas unidades habitacionais (quartos ou apartamentos), as quais devem dispor de camas, armário/estante, banheiro, abastecimento de água e de energia e lixeiras. Em 13 de dezembro de 1977 foi aprovada a Lei Federal nº 6.505 que regulamenta os tipos de Meio de Hospedagem de Turismo Ambiental e Ecológico (os Lodges). Seis anos depois, o Conselho Nacional de Turismo emitiu o presente Regulamento e a Matriz de Classificação desse tipo de meio de hospedagem. Este plano visa atender as condições deste Regulamento conforme no tocante ao seu artigo 2, conforme segue: “Art. 2 – Considerando-se Meios de Hospedagem Ambiental e Ecológico (“Lodges”) os empreendimentos que atendam cumulativamente às seguintes condições: I – estejam localizados em áreas de selva densa ou de outras belezas naturais preservadas; II – estejam totalmente integrados à paisagem local, sem qualquer interferência ao meio ambiente; III – situe-se em regiões distantes de centros urbanos, com ausência ou dificuldades de acesso regular e de serviços públicos básicos; IV – ofereçam a seus usuários instalações, equipamentos e serviços simplificados, próprios ou contratados, destinados ao transporte para o local, hospedagem, alimentação, e programas
  • 7. 7 voltados à integração com o meio ambiente e o seu aproveitamento turístico.” Estratégia de Crescimento A empresa pretende aumentar a sua demanda em 20% ao ano, por conseqüência do marketing a ser realizado. Porém, seu crescimento construtivo ficará limitado devido aos regulamentos de proteção ambiental. Resultados Econômicos e Financeiros – necessidades de investimentos Esse tipo de alojamento tem se revelado bastante requerido e rentável, o que faz com que a oferta desses empreendimentos venha aumentando substancialmente, principalmente na Região Norte. O investimento inicial está calculado em R$ 3.393.712,00 , para um pay back de 2 anos e 6 meses. Um retorno muito melhor que muitas aplicações do mercado. Este plano de negócio visa alcançar um financiamento de 60% do investimento inicial pelo programa FUNGETUR da Embratur e pelo BNDES, para um pagamento em 5 anos.
  • 8. 8 2. Análise Externa e Conceito do Negócio O setor do turismo tornou-se um fenômeno mundial ao longo das últimas quatro décadas e, diversos especialistas consideram-no a maior atividade econômica do mundo. Grande parte dos turistas vão para destinos tradicionais de turismo de massa, o que começou a gerar impacto na ocupação das infra- estruturas e degradação ambiental acelerada das regiões de acolhimento. A necessidade de fuga ao estilo de vida “urbano”, a procura de locais mais saudáveis e a conscientização das pessoas relativamente aos problemas ambientais fizeram nascer o Ecoturismo e, com ele, a busca da valorização intelectual, em locais de características únicas e de elevada sensibilidade cultural e ecológica. O Ecoturismo é o segmento que mais cresce dentro do setor turístico, em uma proporção de 20% ao ano, segundo a Organização Mundial do Turismo. O Estado do Paraná bem representa este fenômeno, como pode ser constatado pela contínua criação de novos parques de conservação ambiental, surgimento de agências especializadas em turismo ecológico e rural, e até mesmo no aumento da venda de equipamentos e vestuário específico para a atividade. Surge, assim, um segmento do turismo que é uma oportunidade de gerar receitas para financiar a proteção do meio ambiente e valorizar os recursos naturais. A forma como essas receitas podem efetivamente subsidiar a preservação e a conservação e, de que maneira se pode atribuir um valor monetário aos recursos naturais é o tema central do novo ramo da economia ambiental, ou seja, o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. O desenvolvimento do turismo sustentável pode satisfazer as necessidades econômicas, sociais e estéticas, mantendo, simultaneamente, a integridade cultural e ecológica, tornando-se uma atividade benéfica para os anfitriões e para os visitantes enquanto protege e
  • 9. 9 melhora a mesma oportunidade para o futuro (Embratur, 1995). O planejamento, desenvolvimento e operação do turismo devem ser parte de estratégias de conservação ou de desenvolvimento sustentável para uma região, província (estado) ou nação. O planejamento, o desenvolvimento e a operação do turismo devem ser intersetorial e integrado, envolvendo várias organizações governamentais, empresas privadas, grupos de cidadãos e indivíduos, permitindo deste modo obter o maior número possível de benefícios. O Desenvolvimento Sustentável salva a matéria prima do turismo, que é a cultura do povo e o próprio local visitado. O Ecoturismo, como opção para o desenvolvimento sustentável de comunidades carentes, já é reconhecido a nível nacional pelo lançamento, em março de 1995, das Diretrizes para uma Política Nacional de Ecoturismo, num projeto entre o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo e do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal. Vários itens do documento sinalizaram apoio a planos e projetos como o que aqui se apresenta. 2.1. Localização A Serra é uma das mais belas paisagens do mundo, reconhecida pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Há quinze anos, em 05 de junho de 1986, foi oficializado o Edital de Tombamento da Serra do Mar, preservando os 386.000 hectares de matas que cobrem desde a região de Guaraqueçaba, na divisa do litoral paulista, até a Serra do Araraquara, em Tijucas do Sul, já na divisa de Santa Catarina, onde localiza-se o terreno deste empreendimento (40 minutos do centro de Curitiba). Este ato do governo propiciou um maior controle da devastação provocada por grupos econômicos interessados em derrubar as últimas florestas nativas e despreocupadas com conseqüências futuras. O trecho paranaense da Serra do Mar é dos mais preservados da Mata Atlântica e é hoje nossa maior reserva de
  • 10. 10 florestas, pois constitui 80% dos 5% a que foi reduzida a cobertura florestal original do Estado. Tijucas do Sul é um município ao Sul de Curitiba, na divisa com Santa Catarina. Tem 10.615 habitantes em seus 686,348 Km quadrados, em uma altitude de 852 metros. Seu clima é sub–tropical úmido mesotérmico, e sua temperatura não é muito diferente da capital paranaense. Tijucas do Sul sempre esteve historicamente ligado ao extrativismo vegetal. Por outro lado, o município retém uma grande parcela da Mata Atlântica, o que garante riquezas cênicas e estéticas incomparáveis. Nos seus rios, cachoeiras, e florestas que recobrem montanhas, os habitantes tradicionais convivem com uma altíssima taxa de biodiversidade animal e vegetal. Essa beleza paisagística atrai os habitantes dos grandes centros urbanos do país, que estão dispostos a dispender recursos para ter o privilegio de conviver com o ambiente natural. Por essas razões, torna-se clara a vocação para o ecoturismo de Tijucas do Sul, que com um bom planejamento poderá catalisar um sistema de desenvolvimento sustentável centrado no refluxo econômico provindo dos grandes centros urbanos próximos ou distantes. 2.2. Mercado 2.2.1. Oferta Quanto a oferta deste empreendimento, o terreno é coberto pela Mata Atlântica nativa, por onde correm inúmeros rios e cachoeiras, e as montanhas possibilitam a prática de esportes radicais e são belíssimos mirantes. Existem ainda lendas da época dos bandeirantes e jesuítas, que por ali procuravam ouro; prova disto é o Caminho de Ambrósios, a milenar trilha utilizada pelo desbravador Dom Alvarez Nunes Cabeza de Vaca, que desembarcava na ilha de São Francisco e subia com sua tripulação até a região de Tijucas do Sul.
  • 11. 11 O próprio hotel poderá ser considerado como uma atração à parte. Integrado à natureza, irá dispor de um restaurante regional, um bar com deck, circulação com paredes de vidro que permitem uma visualização do vale de Tijucas e das montanhas da Serra do Mar, além de um centro de visitantes que servirá tanto como um museu de motivos ecológicos, como também uma sala de eventos e exposições. 2.2.2. Demanda Entende-se que o público-alvo para este empreendimento seja aqueles amantes da natureza, os ecoturistas. Teoricamente, existem quatro tipos de ecoturistas: • Adultos – gosta de qualidade nos serviços, inteligente, educado, culto, exigente, gosta do rústico e não de precário, quer qualidade de vida e anular o stress. • Estudantes – têm interesses pedagógicos, como por exemplo: história (caminhos, fortes, campos de batalha, etc.), geografia (relevo, clima, etc.), ciências (energia, astronomia), ou outros interesses como sociabilização e lazer. É uma ótima opção para dias de semana. • Especialistas – fazem estudos, como por exemplo: observadores de pássaros, ovinistas, místicos, biólogos, ruralistas, esotéricos, cientistas de fim de semana, terceira idade, etc. • Esportistas e aventureiros – realizam atividades como: enduro a pé ou a cavalo, cicloturismo (mountain bike), alpinismo ou montanhismo, espeleologia, mergulho, vôo de asa delta, paragliding, trekking (pernoite), hikking (um dia), rafting, cannyoning, canoeing, cross country, turismo eqüestre (tropeirismo) e rally de motos e jipes. A grande maioria dos esportistas e/ou aventureiros que vão a Tijucas do Sul realizam mountain bike, esportes náuticos, orientação de montanha, trekking, hikking, vôo livre, turismo rural e outros.
  • 12. 12 2.2.2.1. Pesquisa de Demanda Foram realizadas duas pesquisas para auxiliar no planejamento deste empreendimento turístico. São elas: a) pesquisa de mercado, buscando conhecer sua potencialidade e a aceitação do produto. Realizada com 60 pessoas, na Universidade Federal do Paraná e Rua das Flores. b) Pesquisa do perfil sócio - econômico do visitante ecoturístico no Estado do Paraná (pesquisa baseada no trabalho de graduação apresentado à disciplina de Métodos e Técnicas de Pesquisa Social – 1996). Realizada com 60 pessoas, no trem para o Parque Estadual do Marumbi e Grupo Escoteiro Nossa Senhora Medianeira. Com os dados obtidos desta investigação, conclui-se que existe demanda suficiente para este empreendimento (fato que é reforçado pelo aumento do Ecoturismo e inchaço das grandes cidades), o que justifica sua implantação no que se refere à procura do produto, ou seja, haverá uma taxa de ocupação suficiente. 2.3. Concorrência No Paraná não existe oferta de qualquer hotel com as características de um lodge. Em Tijucas do Sul há apenas um hotel de lazer que pode ser considerado um concorrente em potencial para o Recanto Verde, apesar das diferenças de concepção e público–alvo. O hotel La Dolce Vita, com um imenso lago de 210 mil m2, ao norte da cidade (BR-376, km 655) é um excelente lugar para descanso e lazer.
  • 13. 13 2.4. Parcerias O atrativo turístico mais conhecido do município é o Natura Park Saltinho, a 14 Km oeste da cidade, é um recanto de 242 mil m2 e que por vezes recebe dois mil visitantes nos finais de semana. Uma parceria com este empreendimento será firmada, além de outros como alguns “pesque e pague” e haras da região. Este lodge estará integrado ao programa Hóspedes da Natureza da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH) e aos programas de Gestão Ambiental das Ong’s Ecotourism Society e SOS Mata Atlântica. Tudo isso para criar uma imagem positiva do empreendimento interna e externamente. Também, parcerias com agência e operadoras turísticas, além de empresas e agências organizadoras de eventos serão firmadas. 2.5. Comunidade Colaborar com o aumento do fluxo turístico de Tijucas do Sul, através da implantação deste hotel ecológico, é um dos objetivos específicos deste empreendimento que, irá beneficiar a toda população local. Este empreendimento situa-se a sudeste do município, fechando um círculo de atrativos ao redor da cidade, possibilitando o aumento de divisas deixado pelos turistas no local. Serão desencadeadas ações de preservação do meio ambiente em todo o município.
  • 14. 14 3. Equipe de Gestão Principal Gestor (resumo do currículo): Dario Luiz Dias Paixão Rua Sesmarias, 213 Guabirotuba Curitiba - Paraná - Brasil - CEP 81520-600 Fone: (041) 317-3023 / 9994-0749 Experiência Profissional em Turismo/Hotelaria: 10 anos Experiência Acadêmica (ensino superior): 04 anos Experiência Acadêmica (técnica): 07 anos Atividades Profissionais: Centro Universitário Positivo - UnicenP Coordenador do Curso de Turismo (Portaria Nº 023/99) Implantação, Planejamento, Organização e Avaliação do Curso de Turismo Curitiba - 1999 Universidad de Las Palmas de Gran Canaria / Centro Universitário Positivo Coordenador do Mestrado Internacional em Turismo Implantação, Planejamento e Organização do Programa Curitiba - 1999 Hotel Meliá Las Palmas ✩✩✩✩✩ Departamento de Hospedagem (Recepção e Serviço de Concièrge) e Departamento Comercial Las Palmas - 1998
  • 15. 15 Riu Palace Meloneras ✩✩✩✩ (Prêmio Riu de Hotel Lazer do Ano/1997) Recepção e Governança. Estágio nas áreas de cozinha, restaurante, bar, serviços técnicos, manutenção de áreas externas, Direção de Produção e Direção de Alimentos e Bebidas. Gran Canária - 1998 Gran Casino Las Palmas ✩✩✩✩✩ Estagiário Direção de Cassino Las Palmas - 1998 Hotel Santa Catalina ✩✩✩✩✩ Eventos e Recepção Estagiário na Direção de Alimentos e Bebidas. Las Palmas - 1998 Consulting Conventions Professor do Curso de Organização de Eventos, Curso de Português e Trabalhos de Tradução e Interpretação Las Palmas - 1998 SENAC/PR Professor do Curso Recepção Hoteleira com Inglês / e / Professor de Inglês Curitiba – 1994 a 1995 Diversos trabalhos de tradução escrita e intérprete Consulting Conventions / AT Kerney consultoria / INEPAR / Otiam Equipamentos Serigráficos, entre outros. Professor em diversos cursos de pós-graduação (PR / SC / SP / MA)
  • 16. 16 4. Estratégias 4.1. Estratégia de negócios As instalações deste hotel servirão como “janelas para o mundo natural” e funcionarão como veículos para o aprendizado e a compreensão da natureza. Embora seja apenas um componente do ecoturismo, este projeto reforça e busca aumentar a satisfação do ecoturista e a compreensão do local. Será proporcionado um alojamento confortável, com baixo impacto ecológico, sendo esta a chave para o sucesso de instalações ecoturísticas. As potencialidades mais importantes a serem exploradas são: a) Ecoturismo: a integração com a natureza possibilita experiências do hóspede com o ambiente natural, o que define o ecoturismo e suas atividades como o principal atrativo do hotel no início de suas atividade. b) Eventos relacionados à natureza: o setor de eventos aparece como o mais promissor do hotel, uma vez que com um bom plano de divulgação e promoção, virtualmente garantirá uma ocupação regular. c) Restaurante regional: culinária local e natural. 4.2. Análise SWOT (DAFO) Pontos Fortes Pontos Fracos • Localização privilegiada • Sazonalidade • Atividades ecoturísticas • Alto custo de mão-de-obra • Design moderno e ecológico • Espaços limitados para construção Oportunidades Ameaças • Crescente demanda de ecoturismo e • Alta rotatividade dos funcionários na eventos hotelaria • Aumento do interesse por produtos • Inverno severo (frio e úmido) regionais (artesanato, gastronomia) • Único lodge do sul do país • Crescente número de concorrentes (spas, hotéis de lazer, atividades tur.)
  • 17. 17 4.3. Código de conduta Serão definidos padrões éticos para as instalações, como por exemplo: a construção de apartamentos que “não agridam o meio ambiente”, isto é, utilizar- se-á materiais e técnicas de construção que resultam em baixo impacto ambiental. Os quartos terão recipientes para a coleta de materiais recicláveis, encorajando seus hóspedes à conservação. Neste caso precisa ser preservada a Mata Atlântica, que não representa sequer uma formação contínua. Abrange florestas isoladas, ao longo da costa e está reduzida a menos de 10% de sua área original. Mesmo assim, abriga ainda um grande número de espécies endêmicas, isto é, que ocorre apenas nesse tipo de floresta. De cada três espécies de bromélias ou de palmeiras conhecidas, por exemplo, duas são exclusivas da Mata Atlântica. A grande variedade de espécies de animais encontrados nessa floresta pode ser comprovada por uma pesquisa realizada na Área de Interesse Turístico do Marumbi. Foram registradas 300 espécies de aves, 70 espécies de mamíferos, 61 espécies de anfíbios, 36 espécies de repteis e 37 espécies de peixes. A onça-pintada, a anta, a suçurana, os cachorros do mato, o macaco – prego, o gavião carijó e o tucano são alguns dos mais importantes moradores da Serra do Mar. A constante ameaça de destruição da Mata Atlântica coloca todas essas espécies sob risco de extinção. A criação de um hotel ecológico tem como prioridade reservar sua matéria- prima, “a floresta”, transformando-se em uma área natural protegida, ou seja, uma unidade de conservação. Uma unidade de conservação cumpre diferentes funções, como proteger áreas naturais com fins científicos, de recreação e de educação ambiental.
  • 18. 18 4.4. Visão Ser um centro de excelência em qualidade de vida. 4.5. Missão Nossa missão é hospedar amantes da natureza, servindo-os com qualidade e conforto, contribuindo para com o município de Tijucas do Sul na preservação do meio ambiente e qualificação dos recursos humanos para a atividade turística. 4.6. Objetivos Gerais (Metas) • Aprofundar os estudos de demanda – até julho 2002; • Detalhar os estudos de viabilidade técnica, ecológica e econômica – até agosto 2002; • Concluir projetos de concepção, design, instalações, arquitetura, engenharia, equipamentos e serviços – até setembro 2002; • Desenvolver estudos de rotinas operacionais - até setembro 2002; • Desenvolver ações de rotinas operacionais – até novembro 2002; • Construção do lodge – até junho 2003; • Contratações e capacitação de recursos humanos – até julho 2003; • Cumprir plano de Marketing – até agosto 2003.
  • 19. 19 5. Plano de marketing 5.1. Estratégias de divulgação a) Mala direta para associações e entidades relacionadas à preservação ambiental. b) Cartazes publicitários fixados em faculdades e empresas. c) Mala direta a operadores turísticas, agencias de viagens e de turismo ecológico/aventura. d) Criação de artigos relacionados ao hotel e ao meio ambiente (camisetas, bonés, canetas, etc.) e) Verificação de benefícios obtidos por chamadas em rádios, anúncios em jornais e emissoras de televisão. 5.2. Estratégias de comercialização a) Definir tarifas acordo especiais para operadoras turísticas. b) Definir tarifas acordo especiais para agencias de viagens e de turismo ecológico/aventura. c) Definir tarifas acordo promocionais para empresas e entidades interessadas em realizar eventos no hotel. d) Definir tarifas acordo promocionais para grupos com um numero mínimo de pessoas definido. e) Trabalho de promoção junto aos pontos de comercialização de pacotes promocionais do hotel – incentivo de vendas.
  • 20. 20 6. Plano de operações, tecnologia e logística Esta parte enfoca o projeto, desenvolvimento e funcionamento de instalações que incorporam os princípios gerais deste planejamento sensível ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentado. 6.1. Equipamentos e exigências Alguns aspectos a serem atendidos segundo o regulamento dos meios de hospedagem de turismo da Deliberação Normativa nº 364, de 6 de agosto de 1996, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR): “1- Itens Gerais 1.1- Posturas Legais 1.1.1- Posturas municipais, estaduais e federais, aplicáveis, comprovadas pelos registros, inscrições e documentações exigidas, especialmente com referencia a “Habite-se”, “Alvará de Localização e Funcionamento”, e prova de regularidade perante as autoridades sanitárias e concessionárias de serviços públicos. 1.1.2- Legislação quanto à proteção contra incêndio, dispondo de equipamentos e instalações exigidos pelas autoridades competentes e prevendo rotas de fuga, iluminação de emergência, e providências em situações de pânico. 1.1.3- Exigências da legislação trabalhistas, especialmente no que se refere a vestiários, sanitários e local de refeições de funcionários e Comissões de Prevenção de Acidentes – CIPA e de Acidentes de Trabalho – CIPAT. 1.1.4- Exigências da EMBRATUR, constantes da legislação de turismo referentes a: a) Registro do hóspede, por intermédio de Ficha Nacional de Hospede – FNRH.
  • 21. 21 b) Fornecimento mensal do Boletim de Ocupação Hoteleira – BOH, preenchido. c) Fornecimento do Cartão de Hóspede com informações sobre número e espécies de UH e valor e vencimento da diária. d) Placa de classificação fixada no local determinado pela EMBRATUR (após decidida a nova classificação oficial). d.1) Regulamento Interno, com direitos e deveres do hóspede. e) Sistema de monitoramento de expectativas e impressões do hóspede, incluindo meios para pesquisar opiniões e reclamações e solucioná-las. 1.1.6 – Facilidades construtivas e instalações, para portadores de deficiência, em prédio com projeto de arquitetura aprovado, pela Prefeitura Municipal. 1.2 – Segurança 1.2.6 – Aspectos construtivos de segurança 1.2.7 – Meios de controle para a entrada e saída de hóspedes, visitantes e veículos. 1.2.8 - Segurança no estabelecimento, por intermédio de: b) Vigilância 1.2.9 – Pessoal treinado para agir como Brigada de Incêndio. 1.2.10 – Cobertura contra roubos, furtos e acidentes pessoais assegurada ao hóspedes. 1.2.11 – Sistemática para lidar com situações de pânico. 1.3 – Saúde e Higiene 1.3.1 – Equipamentos de Primeiros Socorros 1.3.2 – Serviços de atendimento médico de urgência 1.3.3 – Sistema adequado de tratamento de resíduos 1.3.4 – Estabelecimento permanentemente imunizado contra insetos e roedores. 1.3.5 – Condições gerais de higiene do ambiente, das pessoas e serviços.
  • 22. 22 1.4 – Conservação e manutenção 1.4.1 – Todas as áreas em condições adequadas de conservação e manutenção 1.4.2 – Todos os equipamentos e instalações em estado de manutenção adequado e dentro de prazo de vistoria. 1.4.3 – Todos os revestimentos em estado de conservação e manutenção adequados. 1.4.4 – Programa de conservação/manutenção. 1.5 – Atendimento 1.5.1 – Serviço de reservas com eficácia nos períodos referidos nos itens 1.5.8, 1.5.9, 1.5.10. 1.5.2 – Presteza e cortesia. 1.5.4 – Serviço de despertador. 1.5.5 – Sistema de treinamento e orientação do pessoal. 1.5.7 – Divulgação dos compromissos e serviços oferecidos ao hóspede (vide item 1.1.5.f). 1.5.10 – Serviços eficazes, no período de 12 horas por dia, de: a) limpeza b) manutenção c) arrumação d) mensageiro e) emergências hospitalares f) recepção 1.5.14 – Meios para monitorar a satisfação dos clientes (vide item 1.1.5.g). 1.5.15 – Apresentação, vestimenta e identificação adequadas para os empregados. 2 – Itens Específicos 2.1 – Portaria/Recepção
  • 23. 23 2.1.1 – Área ou local específico para o serviço de portaria/recepção. 2.1.2 – local ou espaço, fechado, organizando e seguro para guarda de bagagem. 2.1.4 – Local próprio para recados. 2.1.5 – Sistema adequado de envio/recebimento de mensagens. 2.1.6 – Serviço de guarda de bagagem. 2.1.7 – Política definida de “check in/check out”. 2.1.9 – Pessoal apto a prestar informações de interesse do hospede, bem como registrá-lo e de liquidar suas contas com presteza e eficiência. 2.1.11 – Decoração/ambientação compatível com a categoria. 2.2 – Acessos e circulações 2.2.1 – Áreas adequadas e específicas para acesso e circulação nas dependências do estabelecimento. 2.2.5 – Decoração e ambientação compatível com a categoria. 2.3 – Setor habitacional 2.3.1 – Todas as salas e quartos das UH com iluminação natural e ventilação adequada. 2.3.2 – Todas as UH deverão ter banheiros privativos com ventilação direta para o exterior ou forçada através de duto. 2.3.4 – Quarto de dormir com menor dimensão igual ou superior a 2,50m, e área igual ou superior a (em no mínimo 90% das UH): d) 10m2 2.3.5 – Banheiro com área igual ou superior a (em no mínimo 90% das UH): d)2,30m2 2.3.19 – Armário com prateleiras e cabides em 100% das UH. 2.3.20 – Mesa de cabeceira simples para cada leito ou dupla entre dois leitos, ou equipamento similar, em 100% das UH. 2.3.26 – Porta malas em 100% das UH.
  • 24. 24 2.3.35 – Acessórios básicos em 100% das UH (sabonete, dois copos, cinzeiro, cesta de papeis do banheiro). 2.3.36 – Sistema de abastecimento e fornecimento de água quente, com vazão e temperatura adequadas, em 100% das UH, em: c) no chuveiro. 2.3.41 – Indicação de voltagem das tomadas em 100% das UH. 2.3.44 – Vedação para o Box em 100% das UH (no caso de vedação rígida, a porta do Box deverá abrir para fora). 2.3.52 – Freqüência de limpeza diária. 2.3.55 – Freqüência de troca de roupas de cama em dias alternados. 2.3.56 – Freqüência de troca de roupas de banho em dias alternados. 2.3.58 – Ambientação/decoração compatível com a categoria. 2.4 – Áreas Sociais 2.4.1 – Relação de áreas sociais/estar por Uh (não incluída a circulação) de: d) 0,50m2 2.4.10 – Ambientação de decoração compatível com categoria. 2.5 – Alimentos e Bebidas 2.5.15 – Sistema para filtragem/tratamento para abastecimento de água. 2.5.20 – Telas nas áreas de serviço com aberturas para o exterior. 2.5.26 – Qualidade nos serviços de alimentação e bebidas. 2.5.28 – Água mineral disponível na UH. 2.5.29 – Ambientação e coração compatível com a categoria. 2.9 – Comunicações 2.9.1 – Equipamento telefônico nas áreas sociais. 2.9.4 – Equipamento apropriado para telefonia. 2.9.7 – Contrato de manutenção dos aparelhos de telefonia.”
  • 25. 25 Obs.: Este é o mínimo exigido para um hotel com apartamentos da categoria Standart, porém o lodge contará com inúmeros equipamentos exigidos somente para a categoria Standart Superior, Luxo e Luxo Superior, como por exemplo, bons equipamentos de cozinha, bar, restaurante, fax, lazer, reuniões e outros. “2.10 – Ambiente” A iluminação ficará ótima com luz ambiente através de “janelões” e o bar com um deck com vista para o vale e as montanhas. A decoração será rústica e simples, combinando com o material de construção: a madeira. Haverá também música ambiente no local. 6.2. Viabilidade técnica e ecológica Foi realizado um estudo de viabilidade técnica e ecológica que visa indicar os elementos e instrumentos de análise do espaço natural e as medidas básicas a serem tomadas no planejamento deste empreendimento turístico naquela área protegida. 6.2.1. Diretrizes 6.2.1.1. Definição da unidade de planejamento - Foram definidos os elementos mínimos e máximos para as tomadas de decisão. - Foram analisados os elementos e a dinâmica daquele espaço natural: seu ecossistema.
  • 26. 26 6.2.1.2. Definição da escala de panejamento - Foi definida a unidade de grandeza que expressa a dimensão do empreendimento. 6.2.1.3. Análise e diagnóstico ambiental - Os problemas já são conhecidos. - O levantamento de dados continuará sendo realizado. 6.2.1.4. Enquadramento na Legislação Ambiental - Será conservada aquela R.P.P.N. - Está sendo criado um plano de manejo. - O solo será ordenado de acordo com a legislação das APA’S (ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL) - O empreendimento estará dentro dos padrões do EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente). 6.2.1.5. Tomada de decisão: prognóstico - Os planos de ação estão sendo detalhados. - Os programas serão setorizados. - Os projetos secundários já foram iniciados. 6.2.1.6. Oferecimento de medidas de controle ambiental - Serão definidas medidas preventivas. - Serão definidas medidas mitigadoras (atenuantes do impacto ambiental) - Serão definidas medidas compensatórias *recuperação de área degradadas
  • 27. 27 *revitalização ambiental (recomposição, enriquecimento, paisagismo) 6.3. Aspectos Organizacionais Após a verificação das condições do local de construção, foram tomadas as seguintes providências: • Obtenção da planta com os limites e demarcação do perímetro. • Obtenção de uma descrição topográfica onde consta os intervalos das curvas de nível, para um estudo detalhado. • Foram localizados aspectos significativos do local, como árvores, riachos, cachoeiras, montanhas e caminhos antigos. • Foram consultadas fotos aéreas do local para combinar as informações obtidas. • Foram identificadas as marcas de enchentes em estações chuvosas. • Foram identificadas fontes sustentáveis de energia no local. • As condições do solo e sua capacidade de suportar edificações foram avaliadas. • Foi observado como a prevalência dos ventos e os fatores climáticos afetam o local durante todas as estações do ano. • O mapa da rede hidrográfica do local foi examinado, observando se há atividades nas propriedades vizinhas que possam causar impactos no sistema de drenagem e na qualidade da água. • Verificou-se quais são os usos atuais e futuros das propriedades adjacentes. • Foi pesquisada a história do local para saber sobre as ocupações prévias pelo homem e quais são as lendas, visto que a existência é clara. • Foram estudados alguns sítios arqueológicos significativos existentes na propriedade. • Foram estudadas as tecnologias locais de construção. • Foi avaliada a disponibilidade de trabalhadores, qualificados ou não.
  • 28. 28 • Foram identificadas as fontes de materiais de construção e métodos de transporte local, para minimizar o uso de materiais importados sempre que possível. 6.4. Arquitetura O alojamento terá um projeto descontraído e acolhedor, que corresponde às expectativas do turista, que viajou para ficar imerso em um cenário natural e selvagem mas que quer gozar de algumas regalias no seu tempo livre. A arquitetura precisa ir além dos requisitos indispensáveis a um abrigo, e assumir-se como expressão das necessidades e desejos dos hóspedes. Portanto, a melhor fonte de inspiração deste projeto é o próprio local. Observar-se-á o comportamento dos animais peculiares à área em questão, para que a disposição das construções não interrompa seus padrões de comportamento e de hábitat. Os projetistas (técnico em Turismo, arquiteto e engenheiro civil) e o empreendedor precisam passar algum tempo juntos no local, reunindo elementos para ampliar sua compreensão sobre a área e sua percepção do contexto natural ao qual este empreendimento deverá se integrar. Isto tornará mais rica a experiência do hóspede e lhe permitirá perceber que a visita é algo fora do usual, uma oportunidade preciosa de aprender a valorizar e sentir o mundo. 6.5. Construção O ideal é que o hotel seja criado a partir do diálogo entre a comunidade local e os empreendedores. Como a equipe de gestão é de fora da região do projeto, é fundamental não só envolver os moradores locais no processo de planejamento, mas também no quadro de funcionários do empreendimento. Do ponto de vista dos empreendedores, a participação da comunidade local é desejável por três motivos: o seu conhecimento cultural e ecológico pode
  • 29. 29 contribuir para o projeto; é importante fomentar a participação e os benefícios locais para assegurar apoio, a longo prazo, para o ecoturismo na região; e, finalmente, a participação dos moradores locais para reduzir impactos culturais negativos, lembrando que, projetos que acentuem as diferenças de estilos de vida e de poder aquisitivo dos turistas podem provocar um ligeiro ressentimento na população local. 6.5.1. Planejamento do local • Os prédios e as construções estarão situados de modo a evitar o corte de árvores importantes e a minimizar a descontinuidade visual. • Sempre que possível, serão utilizadas árvores cuja a queda foi natural (como, por exemplo, árvores derrubadas em decorrência de vendavais ou outros fenômenos naturais). • O sistema de trilhas respeitará os padrões de deslocamento e os hábitats da vida selvagem. • Será levado em consideração o controle da erosão na disposição de cada construção ou trilha. • A água será desviada para fora das trilhas e estradas antes que ela ganhe fluxo e velocidade suficientes para criar problemas significativos de erosão. • As margens dos rios não sofrerão desmatamentos excessivos. • Nas trilhas, serão reduzidos os pontos de travessia de rios e riachos. • Serão mantidas as áreas de vegetação adjacentes aos riachos e cachoeiras perenes e intermitentes como faixas - filtro para reduzir o escoamento de sedimentos e entulho. • Os chalés serão espaçados a fim de permitir o deslocamento dos animais e o crescimento da floresta. • O uso de automóveis e outros veículos será limitado ao mínimo.
  • 30. 30 • Serão providenciados painéis informativos de madeira no início das trilhas, que estabeleçam claramente as regras de comportamento e orientem o visitante na apreciação da natureza. As regras adicionais serão fixadas nos quartos dos hóspedes. • Serão instaladas placas de identificação junto às árvores e plantas do entorno imediato aos alojamentos, para que os visitantes se familiarizem com as espécies nativas que possam encontrar nas áreas preservadas/protegidas. • Sempre que possível, serão empregadas técnicas de baixo impacto nos locais das instalações, como passarelas de tábuas no lugar de trilhas, sejam estas pavimentadas ou não. • Serão examinadas cuidadosamente quaisquer fontes potenciais de som ou mau cheiro relacionadas às instalações, que podem ser perturbadoras do ambiente ou desagradáveis para o visitante. • O projeto considerará as variações sazonais, como as estações chuvosas e ângulos de inclinação solar. • A iluminação do local será limitada e controlada a fim de evitar interferências nos ritmos de circulação dos animais. Um cuidado especial será tomado no planejamento de trilhas que atravessem áreas intocadas. Contrataremos um naturalista para auxiliar na disposição do sistema de trilhas de modo a reduzir a perturbação sobre os biossistemas animal e vegetal. Uma atenção especial será dada também aos animais que utilizam árvores como trilhas aéreas ou hábitat. Consideramos cuidadosamente a disposição de entradas de acesso a um determinado local. Um engenheiro civil será consultado em projetos de trilhas onde o controle da erosão se faça necessário. As vias de acesso para deficientes físicos serão providenciadas em todos os locais possíveis.
  • 31. 31 6.5.2. Projeto de edificações • No projeto das edificações, serão utilizadas técnicas de construção, materiais e conceitos culturais do local, sempre que estes forem compatíveis com meio ambiente. • Serão construídas edificações cujo estilo esteja em harmonia com o ambiente natural. Os materiais de construção serão selecionados com base em critérios ambientais de longo prazo. • A preservação do ecossistema terá prioridade sobre este projeto, para impressionar o visitante. • Será providenciado a colocação de um limpador para a sola das botas ou tênis, de chuveiros externos e similares, para manter condições adequadas de limpeza e garantir o bom funcionamento da instalação. • Será considerado a utilização de dossel para cobrir trilhas de uso intenso entre edificações, a fim de reduzir a erosão e proporcionar abrigo durante a estação chuvosa. • Uma arquitetura coerente será desenvolvida com as filosofias ambientais e/ou propósitos científicos, evitando contradições. • Locais adequados para equipamentos de viagem, tais como mochilas, botas e outros acessórios para acampamento serão providenciados. • Sempre que possível, serão utilizados soluções de baixa tecnologia. • Será afixado o Código de Conduta para os funcionários, que instrua sobre o comportamento em relação ao meio ambiente. • Serão colocados à disposição dos ecoturistas, no local, materiais de referência para estudos sobre o meio ambiente. • A mobília e outros acessórios de interiores serão fabricados com os recursos locais, exceto quando houver necessidade de material específico que não possa ser fornecido no local. • As instalações aproveitarão matéria-prima local e recorrerão ao trabalho de artistas da região sempre que possível, como por exemplo, o famoso Sergius Ederly, de Tijucas do Sul.
  • 32. 32 • Será evitado o uso de produtos que consumam grande quantidade de energia e envolverem materiais perigosos. • As práticas de construção respeitarão os padrões culturais e morais do local. A participação dos moradores será incentivada como forma de obter informações para o projetista e fomentar um senso de propriedade e aceitação por parte dos residentes. • Serão construídas sapatas manualmente, sempre que possível. • Uma consideração especial será dada, ao controle de insetos, répteis e roedores. As oportunidades de invasão serão reduzidas, em lugar de prever a eliminação dos animais nocivos. • As instalações para deficientes físicos serão providenciadas onde for viável. É preciso ter presente, contudo, que os terrenos irregulares de muitos locais de uso científico ou ecoturístico impede o acesso dessas pessoas. Instalações com preocupações educativas devem fazer do acesso igualitário aos deficientes uma prioridade. • Será planejado futuras ampliações da obra, a fim de evitarmos possíveis demolições e desperdícios. • O planejamento da obra deverá refletir preocupações ambientais no que se reflete ao uso da madeira e de outros materiais de construção. 6.5.3. Energia e infra-estrutura • Os elementos de paisagem serão posicionados de forma a propiciar a ventilação natural das instalações e a evitar o consumo desnecessário de energia. • Será considerado o uso da energia solar, passivo ou ativo, ou de fontes de energia eólica. • Os encanamentos de água serão projetados com o mínimo de movimentação de terra, adjacentes às trilhas, quando possível.
  • 33. 33 • As técnicas de geração de energia hidrelétrica serão utilizadas com o mínimo de distúrbio para o meio ambiente. • O uso de ar condicionado deve limitar-se a áreas onde o controle de temperatura é necessário, como na sala do computador (sala de reservas e administração). • Para proporcionar bem-estar, o projeto utilizará técnicas de ventilação natural sempre que possível. 6.5.4. Tratamento de resíduos • Serão providenciados, nas cabeceiras das trilhas, sanitários e recipientes para coleta de lixo ambientalmente adequados, para os hóspedes ou visitantes. • A localização de pastagens e potreiros para cavalos e outros animais de pastejo deve ser tal que não polua as fontes de água e outros recursos hídricos. • Serão providenciados métodos para a remoção do lixo que não prejudiquem o meio ambiente. • Será providenciada uma armazenagem de lixo que seja segura em relação a insetos e outros animais. • Serão providenciados meios de reciclagem. • Tecnologias apropriadas para o tratamento de resíduos orgânicos serão utilizadas tais como compostagem, fossa sépticas ou tanques de biogás. • Serão utilizados métodos de reciclar a água para usos não - potáveis e de tratar as águas contaminadas antes que elas sejam lançadas novamente ao meio natural.
  • 34. 34 6.6. Restaurante (Alimentos e Bebidas) 6.6.1. Serviços O sistema do restaurante será a La Carte, evitando os desperdícios do Buffet, mas que também poderá ser usado como uma alternativa para os dias de eventos. O Mise en Place das mesas será rigorosamente bem montado, de acordo com o sistema. 6.6.2. Produção Haverá um cálculo de previsão do preparo dos pratos, assim como, um tempo médio pré-estabelecido. Poderá ser plantada uma pequena horta, para minimizar custos de fornecimento. Além do uso de restos de comida como adubo. 6.6.3. Cardápio O cardápio foi elaborado a partir das características dos clientes, da empresa, do serviço, das margens de lucro objetivadas, dos equipamentos e utensílios, horário de atendimento, mão de obra disponível, compras e armazenagem. Será trabalhado com estatísticas, verificados os pratos e bebidas mais e menos vendidos e serão feitos cálculos para aumentar margens de lucro. O café da manhã será de estilo colonial, por ser mais reforçado. No almoço serão destacadas as comidas naturais e regionais (por exemplo, feijoada no sábado e barreado no domingo). Também serão vendidos sanduíches e sucos naturais no bar para as caminhadas do dia. Serão evitadas as bebidas alcoólicas, para não haver problemas com os hóspedes posteriormente.
  • 35. 35 6.6.4. Ambiente A iluminação ficará ótima com luz ambiente através de “janelões” e o bar com um deck com vista para o vale e as montanhas. A decoração será rústica e simples, combinando com o material de construção: a madeira. Haverá também música ambiente no local. 6.7. Avaliação das instalações Criaremos um sistema de avaliação de desempenho, o “Relatório Verde”, que constitua um instrumento de controle sobre o empreendimento e nos atualize a respeito das vontades do hóspede (ver anexo). 6.8. Logística do Recanto Verde Lodge Por tratar-se de uma empresa que se localiza à 70Km de Curitiba, a maior preocupação do Supervisor de Operações será com o deslocamento de hóspedes e funcionários, além do armazenamento dos alimentos adquiridos. A logística é vista como um processo que gerenciará estrategicamente a aquisição, a movimentação e armazenagem dos materiais e alimentos através de uma organização prévia. Tudo isso, para maximizar as lucratividades encantando clientes externos e internos, além de satisfazer as necessidades básicas do empreendimento.
  • 36. 36 6.8.1. Deslocamento de hóspedes e funcionários Para todos os funcionários do lodge haverá condução gratuita até Tijucas do Sul e para o centro de Curitiba. Haverá horários pré-definidos e será terceirizado uma van com motorista, tudo controlado por rádio. O mesmo acontecerá com aqueles hóspedes que vivem até 100Km do lodge. Uma van pré-agendada estará disponível para o deslocamento deste cliente, se este não deseja deslocar-se com seu automóvel. Também, será adquirido pelo hotel um veículo 4x4 para as atividades de lazer e recreação pelo terreno do hotel. 6.8.2. Armazenamento dos alimentos e outros recursos Os alimentos e materiais do lodge ficará armazenado no almoxarifado e em suas duas câmaras frias (uma para carnes e congelados e outra para vinhos e outras bebidas). O estoque será mantido apenas conforme a demanda. Será realizado um estudo do tempo em que os fornecedores levarão para trazer os alimentos e em que condições será a entrega. O sistema de entrega é fundamental para este tipo de empreendimento.
  • 37. 37 7. Plano de recursos humanos Seguindo diretrizes do turismo sustentável, deve-se envolver a população local no projeto, fazer com que os habitantes da região aceitem e contribuam na implantação do lodge. Em contrapartida, faz-se necessário incluir esta mesma população no quadro de funcionários. Naturalmente, é preciso selecionar, treinar, avaliar e orientar esse grupo. Primeiramente deve-se procurar conscientizar da importância do meio ambiente natural, tanto para a região, como para o hotel. Deve-se então formar profissionais na hotelaria, com treinamento e avaliação constantes e intensivos por profissionais com mais experiência de empresas terceirizadas ou do próprio hotel. O SENAC dispõe de um programa de treinamento in loco, que poderá ser contratado, assim que o hotel estiver pronto. Para um melhor desempenho dos funcionários, é indicado definir um plano de incentivos, com premiações que demonstrem reconhecimento pelos esforços empreendidos. O restaurante e o bar serão administrados por um chef de cozinha, que prestará contas com o Gerente Operacional do hotel. É ele quem administrará custos e receitas, além do sistema de compras e armazenamento das mercadorias, ajudará a escolher os fornecedores e prezará pelo controle de qualidade, manutenção e higiene, além de ajudar na formação de preços. A área de Alimentos e Bebidas deste hotel contará com 1 Chef de cozinha, 1 cozinheiro ajudante efetivo, 1 ajudante para os finais de semana, 1 cozinheiro noturno para o Room Service, 1 barman e 2 garçons. Todos os funcionários usarão uniformes, receberão alimentação e treinamento, terão plano de carreira e todos os benefícios previstos nas Leis Trabalhistas.
  • 38. 38 8. Plano de finanças O objetivo deste estudo é apresentar uma expectativa de resultado deste empreendimento. Desta maneira, espera-se garantir maior racionalidade e solidez ao investimento, utilizando-se deste estudo como ponto de partida para o início das atividades do hotel. 8.1. Aspectos financeiros na implantação As dimensões deste empreendimento ecoturístico é limitado, por isso exclui a participação de grandes corporações hoteleiras, colocando as tarefas de projeto e construção nas mãos de pequenos empreendedores, porém, competentes. Sua característica será de um hotel “prático e simples”, com 15 apartamentos e 5 chalés rústicos, mas, confortáveis. É o suficiente para manter financeiramente o proprietário. Promovemos alianças estratégicas entre grandes hotéis urbanos e praianos e instalações de pequeno porte. Essa parceria beneficiará ambos: o operador do ecoturismo terá um fluxo constante de hóspedes prolongadas ou repetidas. Uma maior diária média proporcionará melhor sustentabilidade ecológica e econômica. Tais estratégias inovadoras podem ser decisivas para garantir que o ecoturismo não provoque um desgaste excessivo no meio que lhe serve como principal atração. O Banco Mundial e o Fundo Internacional de Investimento Ambiental dos Estados Unidos estão cada vez mais destinando verbas para infra-estrutura ecoturística. Para isso, o projeto deve ser grande, é preciso criar estratégias, como a da parceria, que combinem grandes oportunidades de financiamento com um impacto ecológico limitado.
  • 39. 39 8.2. Descrição do empreendimento O lodge oferece aos seus hóspedes as seguintes instalações e serviços: a-)no estabelecimento: • bar/coffee shop • restaurante • lavanderia • saguão com TV e lareira b-)nas unidades habitacionais: • frigobar • telefone • TV com circuito fechado • BWC privativo O empreendimento gerará cerca de 16 empregos diretos na sua fase inicial de operação, os quais serão recrutados na região em sua maioria. O investimento total do empreendimentos está estimado em R$ 3.393.712,00 com uma rentabilidade de 40,23% e um tempo de retorno estimado em 2 anos e 6 meses. O objetivo principal deste é conseguir um financiamento de 60% do investimento inicial por parte do programa FUNGETUR (Fundo Geral do Turismo) da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) e, também, por parte do BNDES.
  • 40. 40 8.2.1. Detalhamento das instalações a)Unidades Habitacionais 05 chalés com 26,40 m2 e 17,50 m2 com 4 leitos. 15 apartamentos com 23,40 m2 e 2 leitos. b) Instalações m2 Bar/Coffee Shop 62,50 Recepção 12,50 Restaurante 117,50 Cozinha 88,70 Lavanderia 40,00 Área Administrativa 12,50 Alojamento para Empregados 77,30 Saguão com TV e lareira 42,18 Área de circulação 141,57 Estábulos 100,00 Centro de Visitantes 131,81 Casa de Máquinas 50,00 Depósito de Lixo 8,00 Estacionamento 510,00 c)Terreno Área Total 5.500.000 m2
  • 41. 41 8.2.2. Planilha de investimentos a) Terreno R$ 1.000.000,00 b) Obras civis total R$ 563.520,00 Unidades Habitacionais R$ 231.760,00 chalés R$ 143.920,00 apartamentos R$ 115.880,00 circulação R$ 71.960,00 b.1)Instalações total R$ 260.000,00 internas R$ 140.000,00 externas R$ 120.000,00 b.2)Outras Obras total R$ 80.000,00 c)Equipamentos Hoteleiros total R$ 60.000,00 Unidades Habitacionais R$ 60.000,00 por UH: R$3.000,00 c.1) Instalações total R$ 120.000,00 internas R$ 45.000,00 externas R$ 75.000,00 c.2)Outros Equipamentos total R$80.000,00 d)Reserva Técnica 10% do Investimento Fixo R$ 216.352,00 e)Capital de Giro 4/12 Precisão de Custo/ano R$ 350.000,00
  • 42. 42 Resumo do Investimento Terreno R$ 1.000.000,00 Obras Civis R$ 903.520,00 Equipamentos R$ 260.000,00 subtotal R$ 2.163.520,00 Reserva Técnica R$ 216.352,00 subtotal R$ 2.379.872,00 Capital de Giro R$ 204.590,00 TOTAL R$ 2.584.462,00 8.2.3. Estimativa de ocupação a) Capacidade Anual 5 chalés X 4 leitos = 20 leitos 15 aptos. X 3 leitos = 45 leitos Total de leitos/dia = 65 leitos Total de leitos/ano = 23.725 leitos b) Curva de Sazonalidade LEITOS b.1) 30 dias - Ocupação 100% período de férias escolares 1.950 b.2) 64 dias - Ocupação 80% período de férias escolares 3.328 b.3) 13 dias - Ocupação 100% feriados prolongados do ano 845
  • 43. 43 b.4) 150dias - Ocupação 20% ocupação estimada normal 1.950 b.5) 108 dias - Ocupação 80% ocupação finais de semana 5.616 c) Taxa de Ocupação Considerando a capacidade máxima de ocupação de 23.725 leitos/ano e a curva da sazonalidade que determina uma ocupação média de 13.689 leitos/ano, a taxa de ocupação calculada é de 57,77%. Assim, pode-se, com segurança, estimar uma taxa de ocupação de 60%. Aplicando-se esta taxa às unidades habitacionais tem-se o seguinte quadro: UH Ocupação/dia Ocupação/ano Chalés 5 12 4.380 Apartamentos 15 27 9.855 8.2.4. Estimativa de receita R$ 3.154.695,00 a) Valor da Diária chalés R$ 200,00 aptos. R$ 150,00 (preços praticados no mercado, em hotéis similares) Expectativa de ocupação: 60% b) Receita Estimada com Hospedagem (RH) Total R$ 2.354.250,00 chalés = 12 X R$ 200,00 X 365 = R$ 876.000,00 aptos. = 27 X R$ 150,00 X 365 = R$ 1.478.250,00
  • 44. 44 c) Outras Receitas Total R$ 800.445,00 Room Service 03%(RH) R$ 70.627,50 Bar/Coffee Shop 10%(RH) R$ 235.425,00 Lavanderia 01%(RH) R$ 23.542,50 Restaurante 20%(RH) R$ 470.850,00 8.2.5. Estimativa de custos a) Custos Variáveis Total R$ 914.861,55 a.1)café da manhã (incluído) R$ 2,00/pessoa/dia R$ 94.170,00 Composição do Custo chalés: R$ 2,00 X 4 leitos X 12UH X 365 = R$ 35.040,00 aptos.: R$ 2,00 X 3 leitos X 27UH X 365 = R$ 59.130,00 a.2) Room Service (50% da receita room service) = R$ 35.313,75 a.3) Bar/Coffee Shop (50% da receita bar/coffee shop) = R$ 117.712,50 a.4) Lavanderia (60% da receita lavanderia) = R$ 14.125.50 a.5) Restaurante (35% da receita restaurante) = R$ 164.797,50 a.6) Impostos (10% da receita total) = R$ 315.469,50 a.7) Luz, água, tratamento, etc (2% da receita total) = R$ 63.093,90 a.8) Publicidade (2% da receita total) = R$ 63.093,90 a.9) Outros custos (2% da receita de hospedagem) = R$ 47.085,00
  • 45. 45 b) Custos Fixos R$ 589.475,07 b.1) PESSOAL R$ 79.170,00 1 gerente geral X R$ 1.200,00 X 13 = R$ 15.600,00 1 supervisor operacional X R$ 1.000,00 X 13 = R$ 13.000,00 2 recepção X R$ 350,00 X 13 = R$ 4.550,00 1 governanta X R$ 600,00 X 13 = R$ 7.800,00 1 cozinheiro X R$ 800,00 X 13 = R$ 10.400,00 2 guias/recreacionistas X R$350,00 X 13 = R$ 9.100,00 8 empregados não qualificados X R$180,00 X 13 = R$ 18.720,00 b.2) encargos sociais sobre pessoal 80% custo de pessoal R$ 63.336,00 b.3) despesas administrativas 3% receita total R$ 94.640,85 b.4) despesas de manutenção 4% receita total R$ 126.187,80 b.5) depreciação do imobilizado 5,75% do investimento fixo R$ 148.606,56 b.6) seguros 3% do investimento fixo R$ 77.533,86
  • 46. 46 8.3. Demonstrativo do resultado operacional R$ % 1 Receita Operacional 3.154.695,00 100 2 Custos Variáveis 914.861,55 29 3 Custos Fixos 589.475,07 18,69 4 Custo Total (2+3) 1.504.336,60 47,69 5 Lucro Operacional (1-4) 1.650.358,40 52,31 6 Contribuição Social (10% de 5) 165.035,84 7 Lucro Bruto (5-6) 1.485.322,60 8 Imposto de Renda (30% de 7) 445.596,78 9 Lucro Líquido (7-8) 1.039.725,90 10 Margem de Contribuição (1-2) 2.239.833,50 Ponto de Equilíbrio (3/10*100) 26,31 Lucratividade 9/1*100 32,96 Capacidade de Pagamento 1.188.331,50 (9 + depreciação) Rentabilidade 40,23 (9/investimento*100) Retorno do Capital Investido 2,5 Anos (investimento/9)
  • 47. 47 Observações: Poderá ainda ser construída uma casa de madeira com 77,30 m2 com três dormitórios, cozinha, sala e banheiro, para o uso dos funcionários, no valor de R$ 16.305,40. Também, será estudado um projeto de auto-financiamento, que é a geração de recursos financeiros suficientes para suportar os custos operacionais e financeiros necessários à manutenção da atividade. Por exemplo, taxa de entrada para visitantes (lembrando sempre do limite de carga do terreno), taxa de utilização de equipamentos e serviços (principalmente de recursos de lazer e recreação) e venda de artesanato e artigos regionais, além de donativos de Ong’s (como subsídio para a implantação de infra-estrutura e elaboração de estudos específicos – planos de manejo, estudos científicos, etc.). Será solicitado ao governo isenção ou redução de impostos e subsídios para a implantação de infra-estruturas. E às instituições financeiras, redução de taxas de juros, maior período de amortização de empréstimos e priorização de investimentos na área de preservação ambiental. 7. Referências bibliográficas LINDBERG, Kreg e HAWKINGS, Donald E. Ecoturismo: Um guia para planejamento e gestão. São Paulo: Editora SENAC, 1995. PAIXÃO, Dario Luiz Dias. Trabalho de Conclusão de Curso: Recanto Verde Lodge. Curitiba: UFPR, 1996. Textos diversos cedidos pelo Curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica em Ambiente Globalizado do UnicenP, pelo curso de Turismo da UFPR, Curso de Administração Hoteleira do Centro Europeu, e Paraná Turismo.
  • 48. 48 Anexo 1 Atividades de lazer e recreação A “livre opção” e a necessidade de sair do cotidiano, longe do trabalho e da rotina, são características comuns às atividades de lazer e recreação, e em busca dessa necessidade de mudança surgem atividades relacionadas com a ecologia que fazem as pessoas se libertarem e conhecerem melhor o meio em que vivem. A estruturação de um hotel prestador de serviços de lazer e recreação surge a partir de uma idéia e as suas chances de êxito dependem da base técnica e de várias habilidades que seus responsáveis devem, necessariamente possuir. Ao se construir um hotel prestador de serviços de lazer e recreação, deve- se ter em mente as atividades que queira proporcionar aos seus hóspedes. O objetivo do Recanto Verde Lodge em relação às atividades de lazer e recreação é trazer um público que goste de ecoturismo, já que o hotel está situado em uma grande área verde. As atividades que serão implantadas serão as seguintes: a) Trekking e Hikking Serão feitas trilhas de trekking e hikking ao ar livre onde os hóspedes poderão desfrutar a calma e a beleza do lugar. Atividades estas com o auxílio de guias especializados. b) Mountain Bike Serão feitos percursos no meio da mata, de acordo com as normas de conservação, para a prática de mountain bike, com o auxílio e acompanhamento de um instrutor. O equipamento utilizado será alugado pelo hotel. c) Montanhismo O hotel contará com uma boa equipe terceirizada, de montanhistas para acompanhar os hóspedes nas trilhas próximas ao hotel.
  • 49. 49 d)Turismo eqüestre O hotel possuirá uma equipe que lidará com os cavalos, assim como um instrutor para cavalgadas, tanto a nível rural, como de aventura. e)Passeios de barco e pesca Na represa do Vossoroca serão alugados barcos e materiais para pesca como uma atração a mais para o hóspede. f)Paragliding e Asa Delta No alto de uma das montanhas do terreno do lodge já existe um salto natural de paragliding e asa delta. Será uma excelente atração para aqueles que buscam aventura. A equipe de lazer e recreação do hotel (terceirizada ou não) possuirá guias especializados em trilhas e que conhecem bem o local. Sendo assim o hóspede conhecerá cada lugar, cada cachoeira, aproveitando tudo que o lugar pode lhe oferecer. Além disso, essa equipe procurará auxiliar os visitantes em todos os seus passeios. Por ser um hotel de turismo ecológico, as pessoas que nele se hospedam têm de saber que estão ali não só para descansar, mas para curtir a natureza. Os profissionais envolvidos devem zelar para que as expectativas geradas pela participação nas atividades se realizem de forma plena e satisfatória. Para tanto, é preciso que, além da capacitação técnica, esses profissionais tenham elevado grau de sensibilidade e compreensão, a fim de entender os desejos e as necessidades dos participantes.
  • 50. 50 Anexo 2 Avaliação dos serviços Para conhecer as impressões dos hóspedes, e a partir delas buscar o aprimoramento dos serviços do hotel, será utilizado um questionário detalhado, segundo determinações do tópico 1.1.5.g da Deliberação Normativa nº 364, de 6 de agosto de 1996, do Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR): QUESTIONARIO - Srs. Hóspedes do Hotel Recanto Verde Lodge, apresentamos este questionário e pedimos sua colaboração ao respondê-lo, pois assim poderemos aprimorar nossos serviços e melhor atendê-los. 1. Procedência:______________________ 2. Idade:___________________________ 3. É a 1ª vez que se hospeda no Hotel Recanto Verde Lodge? ( ) Sim ( )Não 4. Como você avalia: a. Atendimento: ( ) Ótimo ( ) Bom ( )Regular ( ) Ruim b. Recepção: ( ) Ótimo ( ) Bom ( )Regular ( ) Ruim c. Apartamento: ( ) Ótimo ( ) Bom ( )Regular ( ) Ruim d. Restaurante: ( ) Ótimo ( ) Bom ( )Regular ( ) Ruim e. Program. de ativ.: ( ) Ótimo ( ) Bom ( )Regular ( ) Ruim f. Área externa: ( ) Ótimo ( ) Bom ( )Regular ( ) Ruim 5. Sua avaliação do Hotel Recanto Verde Lodge: ( ) Ótimo ( ) Bom ( )Regular ( ) Ruim 6. Sugestões:_______________________________________________________ __________________________________________________________________ MUITO OBRIGADO!!! E VOLTE SEMPRE AO HOTEL RECANTO VERDE LODGE!