Este documento estima a função de oferta de exportação para o agronegócio brasileiro entre 1995-2004. As variáveis independentes incluem índices de preços, taxas de câmbio e PIB per capita, e a variável dependente é o valor FOB das exportações. Os resultados mostram que a renda interna exerce maior influência, e políticas cambiais podem promover exportações.
Estudo sobre comércio exterior do agronegócio 2012 - Ministerio da Agricultura
Brazilian Agribusiness Export Supply Function Estimate (1995-2004) - Final presentation
1. ESTIMAÇÃO DA FUNÇÃO DE OFERTA DE EXPORTAÇÃO PARA O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO(1995-2004) Luiz Fernando Satolo Mestrando em Economia Aplicada pela ESALQ/USP Bolsista do CNPq – Brasil Mirian Rumenos Piedade Bacchi Profa. Dra. do Depto de Economia, Administração e Sociologia da ESALQ/USP
2. ESTRUTURA Introdução; Objetivo; Conceito de agronegócio; Principais estudos sobre a função de exportação; Modelo teórico; Representação das variáveis; Metodologia; Resultados; Conclusão.
3. INTRODUÇÃO Figura 1 – Evolução do Comércio Exterior Brasileiro (1950-2004) Fonte: SECEX
4. OBJETIVO Estimação da função (oferta) de exportação para o agronegócio brasileiro (commodities + agroindústrias) para o período de janeiro de 1995 a dezembro de 2004, a fim de avaliar os principais determinantes do desempenho exportador do segmento.
5. AGRONEGÓCIO Conjunto de todas as operações envolvidas em produção e distribuição de insumos agropecuários, produção agropecuária propriamente dita, armazenamento, processamento e distribuição das commodities e dos produtos delas derivados. (Davis & Goldberg, 1957) Agropecuária: “grupo de atividades que usam a terra como fator de produção, seja para o plantio de culturas, para a criação de animais, o plantio de florestas, a aqüicultura”. (Bacha, 2004) Agroindústria: “beneficiamento e/ou transformação de produtos agrosilvopastoris, aquicolas e extrativistas, abrangendo desde processos mais simples até os mais complexos, incluindo o artesanato no meio rural”. (PRONAF, 2005)
6. AGRONEGÓCIO Tabela 1 – Compatibilização das classificações para os segmentos do agronegócio Fonte: Mori (2004) e Aliceweb
7. PRINCIPAIS ESTUDOS SOBRE A FUNÇÃO DE EXPORTAÇÃO Evolução significativa a partir da década de 1940. (Leamer & Stern, 1970) Goldstein & Khan (1978) é apontado como um divisor de águas: Investigação do comportamento da demanda e da oferta de exportação sob variações de preços No Brasil: Pinto (1980), Braga & Markwald (1983), Zini Jr. (1988), Castro & Cavalcanti (1997), Cavalcanti & Ribeiro (1998), Miranda (2001) e Barros et al (2002), entre outros.
8. MODELO TEÓRICO Quantidade exportada (Qx) é a quantidade ofertada internamente (Qs) não absorvida pela demanda doméstica (Qd): Da teoria econômica sabe-se que: Mas, como: E, finalmente, acrescentando as variáveis binárias chega-se a: =>
9. REPRESENTAÇÃO DAS VARIÁVEIS Vx: Valor FOB (em US$) das exportações (Aliceweb) Iqp: Índice Paasche de quantum Iqm: Índice de quantum a preços médios Ipl: Índice Laspeyres de preços internacionais Cr: Taxa de câmbio efetiva real (Ipeadata) Ipan: Índice de preços doméstico do agronegócio Ppc: PIB per capita (Bacen e IBGE) rel1 = ipl + cr rel2 = rel1 – ipan = ipl + cr - ipan
10. METODOLOGIA Testes de raiz unitária de Dickey-Fuller Aumentado: Número de defasagens estabelecido de acordo com os critérios de Akaike e Schwarz; Observância da não-correlação de resíduos através do teste Q; Adoção do procedimento proposto por Enders. Testes de cointegração segundo a metodologia proposta por Engle & Granger. Estimativas através de MQO, com a inclusão do termo de correção de erro.
14. CONCLUSÃO Adoção do valor FOB como variável dependente: Simplicidade no tratamento da informação; Maior poder explicativo das variáveis independentes. Adoção dos índices de quantumcomo variável dependente: Estimativas mais precisas. A renda interna é a variável que exerce maior influência: E = - 0,951 (M6). Políticas cambiais são uma forma efetiva de promoção comercial: E = E = - E = 0,161 (M6). Com o Programa de Desestatização dos Portos: aumento de 1% a.a. na taxa de crescimento das exportações do agronegócio. Ds Dr Ds cb Ds pe Ds pd
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALICEWEB. http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br (15 Mar. 05). BACHA, C.J.C.. Economia e Política Agrícola no Brasil. São Paulo, Atlas, 2004. BARROS, G.S. de C.; BACCHI, M.R.P. & BURNQUIST, H.L.. Estimação de Equações de Oferta de Exportação de Produtos Agropecuários para o Brasil (1977/1998). Rio de Janeiro: IPEA, jan. 2000. (Texto para Discussão n. 865). BRAGA, H.C. & MARKWALD, R.A.. Funções de Oferta e de Demanda das Exportações de Manufaturados no Brasil: estimação de um modelo simultâneo. Pesquisa e Planejamento Econômico, v.13, p. 707-744, 1983. CASTRO, A.S. de & CAVALCANTI, M.A.F.H.. Estimação de Equações de Exportação e Importação para o Brasil – 1955/95. Rio de Janeiro: IPEA, mar. 1997. (Texto para Discussão n. 469). CAVALCANTI, M.A.F.H. & RIBEIRO, F.J.. As Exportações Brasileiras no período 1977/1996: desempenho e determinantes. Rio de Janeiro: IPEA, fev. 1998. (Texto para Discussão n. 545). DAVIS, J.H. & GOLDBERG, R.A.. A Concept of Agribusiness. Boston: Harvard University, 1957. GOLDSTEIN, M. & KHAN, M.. The Supply and Demand for Exports. The Review of Economics and Statistics, v. 60, p. 257-286, 1978. LEAMER, E.E. & STERN R.M.. Quantitative International Economics. Chicago: Aldine Publishing Company, 1970. MIRANDA, S.H.G. de. Quantificação dos Efeitos das Barreiras Não-Tarifárias sobre as Exportações Brasileiras de Carne Bovina. Piracicaba: ESALQ (Tese de Doutorado), 2001. MORI, J.S.. Comércio Exterior do Complexo do Agronegócio Brasileiro na década de 90: geração de produto, renda e emprego. Piracicaba: ESALQ (Série Monografias), 2004. PINTO, M.P.B.. O Crescimento das Exportações Brasileiras de Manufaturados. Estudos Econômicos, v. 10, n. 3, set.-dez. 1980. PRONAF. http://www.pronaf.gov.br/agroindustria/conceito.htm (21 Mar. 05). SECEX. http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/ (15 Mar. 05). ZINI JR., A.A.. Funções de Exportação e de Importação para o Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico, n. 18, p. 615-662, 1988.