SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 4
Descargar para leer sin conexión
Quim. Nova, Vol. 27, No. 4, 670-673, 2004
Educação
*e-mail: willopes@ufba.br
ESQUEMA PARA INTERPRETAÇÃO DE ESPECTROS DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS NA REGIÃO DO
INFRAVERMELHO
Wilson Araújo Lopes* e Miguel Fascio
Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus Universitário de Ondina, 40170-290 Salvador - BA
Recebido em 25/7/03; aceito em 27/11/03; publicado na web em 27/05/04
FLOW CHART FOR INFRARED SPECTRA INTERPRETATION OF ORGANIC COMPOUNDS. This article decribes a simple
and systematic method to interpret an infrared spectrum using a flow chart to elucidate the structure of a simple organic compound.
It is aimed at undergraduate courses of organic chemistry to make beginners proficient. The proposed flow chart for infrared
spectrum interpretation and characterization of organic compounds is suitable for theoretical and experimental courses.
Keywords: infrared spectroscopy; infrared spectra interpretation; infrared spectra of organic compounds.
INTRODUÇÃO
A espectroscopia na região do infravermelho (IV) é uma técnica
de inestimável importância na análise orgânica qualitativa, sendo am-
plamente utilizada nas áreas de química de produtos naturais, sínte-
se e transformações orgânicas. O infravermelho e demais métodos
espectroscópicos modernos como a ressonância magnética nuclear
(RMN), espectroscopia na região do ultravioleta–visível (UV-VIS) e
espectrometria de massas (EM) constituem hoje os principais recur-
sos para a identificação e elucidação estrutural de substâncias orgâ-
nicas. São, também, de alta relevância na determinação da pureza e
quantificação de substâncias orgânicas, bem como no controle e acom-
panhamento de reações e processos de separação. O uso dos referi-
dos métodos físicos de análise traz uma série de vantagens, desta-
cando-se a redução no tempo de análise, diminuição substancial nas
quantidades de amostra, ampliação da capacidade de identificar ou
caracterizar estruturas complexas, não destruição da amostra (exceto
EM) e a possibilidade de acoplamento com métodos modernos de
separação, como a cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR) e
cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A espectroscopia
na região do infravermelho tem sido, também, amplamente utilizada
em linhas de produção, no controle de processos industriais.
A interpretação de espectros de infravermelho de substâncias
orgânicas é uma tarefa que, devido ao grande número de informa-
ções que devem ou precisam ser manipuladas, geralmente apresenta
dificuldades para os alunos dos cursos básicos de graduação. Assim,
o estudante iniciante necessita de um meio para, de modo sistemáti-
co, interpretar um espectro na região do infravermelho e propor uma
possível estrutura molecular. Os livros textos geralmente apresen-
tam tabelas de correlação entre as absorções de estiramento e defor-
mação, em número de onda (4000 - 400 cm-1
) e/ou comprimento de
onda (2,5 - 25 µm), e os respectivos grupos funcionais ou ligações
químicas correspondentes1-4
. Não há, contudo, uma preocupação com
a sistematização de um caminho que possibilite ao estudante anali-
sar um espectro infravermelho, obter informações sobre as princi-
pais ligações e grupos funcionais de uma determinada substância
orgânica e, finalmente, propor uma possível estrutura. Com a finali-
dade de orientar a análise e interpretação de espectros de
infravermelho já foram publicados alguns artigos na literatura5-7
e o
livro de Doyle e Mungall8
apresenta um esquema resumido para in-
terpretação que, porém, é insuficiente para a identificação da maio-
ria das substâncias orgânicas mais simples.
O presente trabalho representa uma contribuição com o objetivo
de facilitar a tarefa de análise e interpretação de espectros de
infravermelho, estabelecendo um caminho objetivo e prático que
permite a identificação dos principais grupamentos funcionais e a
proposição de uma possível estrutura (ou estruturas) para as subs-
tâncias orgânicas mais simples. Havendo necessidade, tabelas de
correlação1-4,9
deverão ser consultadas para a completa interpretação
dos espectros. A comparação da região de impressão digital (1400 a
900 cm-1
) com o espectro de uma amostra padrão é de fundamental
importância para confirmar a identidade da substância analisada.
É importante ressaltar que o esquema da Figura 1 vem sendo
utilizado com pleno êxito nas disciplinas de Química Orgânica ofe-
recidas aos alunos dos cursos de Química, Engenharia Química e
Farmácia da Universidade Federal da Bahia, há mais de 10 anos.
Este esquema é uma segunda versão, revisada e ampliada com a par-
ticipação de alunos e a contribuição dos professores das disciplinas
de Análise Orgânica, Química Orgânica Fundamental e Química
Orgânica Básica Experimental.
CALCULANDO O ÍNDICE DE DEFICIÊNCIA DE
HIDROGÊNIO
A determinação da fórmula estrutural de uma substância orgâni-
ca requer um conjunto de informações que envolvem propriedades
químicas e físicas. O conhecimento da fórmula molecular representa
uma importante contribuição pois permite calcular o Índice de Defi-
ciência de Hidrogênio (IDH), que indica a ausência ou presença de
ligações duplas, triplas ou anéis na estrutura molecular e, muitas
vezes, tem sido indevidamente denominado de índice de insaturação
o que, de fato, não corresponde à realidade. Os alcenos, devido à
presença de uma ligação dupla carbono-carbono, e os ciclo-alcanos,
por conterem um anel, têm dois hidrogênios a menos que os
hidrocarbonetos acíclicos saturados de fórmula Cn
H2n + 2
. Por exem-
plo, o eteno (H2
C=CH2
) tem fórmula molecular C2
H4
e o etano (H3
C-
CH3
) tem fórmula C2
H6
.
O cálculo do IDH pode se feito por mais de um método, desta-
cando-se:
a) pela aplicação da expressão1
:
IDH = (C - M/2) + T/2 + 1
C = número de átomos de carbono; M = número de átomos
monovalentes e T = número de átomos trivalentes.
671Esquema para Interpretação de Espectros de Substâncias OrgânicasVol. 27, No. 4
b) Segundo as regras referidas por Klemm10,11
, com base na compa-
ração entre as fórmulas da substância desconhecida e o corres-
pondente hidrocarboneto saturado (alcano):
1. substituir todos os átomos monovalentes (halogênios) por
hidrogênio;
2. desconsiderar os átomos bivalentes (oxigênio e enxofre);
3. excluir os átomos trivalentes junto com um hidrogênio (ni-
trogênio como NH e fósforo como PH) e
4. comparar com a fórmula geral dos hidrocarbonetos saturados
(Cn
H2n + 2
).
INTERPRETANDO UM ESPECTRO DE
INFRAVERMELHO
a) Seguindo o esquema da Figura 1, observar inicialmente a pre-
sença ou ausência de absorção devida ao grupamento carbonila. Se o
espectro da substância apresentar absorção entre 1820 a 1630 cm-1
(νC=O), seguir a seta à direita e identificar o grupo funcional res-
ponsável pela absorção (ácido carboxílico, amida, aldeído, anidrido,
éster, haleto de acila, cetona, aril-cetona). Seguir então para o bloco
esquerdo do esquema e verificar a presença ou ausência de outras
funções orgânicas. Se não apresentar absorção entre 1820 a 1630 cm-1
,
seguir a seta à esquerda e identificar as ligações ou grupos funcio-
nais presentes ou ausentes na estrutura molecular. Havendo uma li-
gação dupla ou anel aromático, caracterizar o padrão de substituição
nos quadros correspondentes: olefinas ou benzeno e derivados. Fi-
nalmente, verificar a presença de grupos CH2
e CH3
no quadro refe-
rente a alcanos.
b) Com base nas informações obtidas do espectro de infraver-
melho, fórmula molecular e índice de deficiência de hidrogênio iden-
tificar as principais ligações ou grupamentos, assinalar a função (ou
funções) orgânica e propor uma possível estrutura (ou estruturas)
para a substância que está sendo analisada.
As Figuras 2 a 5 mostram os espectros de infravermelho de qua-
tro substâncias orgânicas (A-D) que, como exemplo, são analisadas
de acordo com o esquema apresentado.As amostras foram purificadas
Figura 1. Esquema para interpretação de espectros de substâncias orgânicas na região do infravermelho
672 Quim. NovaLopes e Fascio
Identificação: O IDH igual a 5 é compatível com a presença de um
anel aromático. A presença de absorção a 1702 cm-1
(νC=O) junta-
mente com o dubleto de Fermi (2820 e 2738 cm-1
) é indicativo de
função aldeído. As absorções a 1598 e 1455 cm-1
, (νC=C, ArH) e
3064 cm-1
, (νCsp2
-H) confirmam a presença de estrutura aromática.
As absorções a 746 e 688 cm-1
(δC-H, ArH) indicam o padrão
monossubstituído, concluindo-se que A corresponde ao benzaldeído.
Estrutura:
Substância B (C6
H12
O):
Cálculo do IDH: (6 – 12/2) + 1 = 1 ou C6
H14
– C6
H12
= H2/2 = 1
Análise funcional: ausência de νC=O entre 1820 e 1630 cm-1
;
1068 cm-1
, νC-O;
3334 cm-1
, νO-H;
ausência de νC=C entre 1680 e 1620 cm-1
e
ausência de δC-H em ~ 1380 cm-1
(metila).
Identificação: O IDH igual a 1 é indicativo da presença de ligação
dupla ou estrutura cíclica. A ausência de absorção entre 1820 e
1630 cm-1
exclui todas as funções carboniladas. As absorções em
1068 cm-1
(νC-O) e 3334 cm-1
(νO-H) são compatíveis com a função
álcool. As absorções entre 3000 e 2800 cm-1
(νC-H) são compatíveis
com a presença de carbono com hibridização sp3
. A ausência de ab-
sorções entre 3100 e 3000 cm-1
(Csp2
-H) e entre 1680 e 1620 cm-1
(νC=C) elimina a possibilidade de ser uma olefina. A ausência de
absorção em ~1380 cm-1
(δC-H) indica que a substância não possui
grupo metila. O espectro de B, portanto, poderá corresponder ao
ciclo-hexanol (I) ou ciclopentanometanol (II). Pela comparação com
o espectro de infravermelho de uma amostra autêntica é possível
concluir que se trata do ciclo-hexanol (I).
Estruturas: (I ) (II)
por destilação (líquidos) ou cristalização (sólidos) e os espectros
foram obtidos em Espectrômetro de Infravermelho com Transfor-
mada de Fourier (IV-TF), da marca Bomem, modelo ABB.
Substância A (C7
H6
O):
Cálculo do IDH: (7 – 6/2) + 1 = 5 ou C7
H16
– C7
H6
= H10/2 = 5
Análise funcional: 1702 cm-1
, νC=O;
2820 e 2738cm-1
, νC(=O)-H (dubleto de Fermi);
1598 e 1455 cm-1
, νC=C (ArH);
3064 cm-1
, νCsp2
-H e
746 e 688 cm-1
, δC-H (ArH), monosubstituído.
Substância/ Fórmula Fórmula Fórmula IDH
estrutura molecular ajustada do Alcano (2-1)/2
(1) (2)
1. C4
H8
C4
H8
C4
H10
(10 – 8)/2 = 1
2. C6
H12
C6
H12
C6
H14
(14 – 12)/2 = 1
3. C6
H5
Cl C6
H6
C6
H14
(14 – 6)/2 = 4
4. C7
H8
C7
H8
C7
H16
(16 – 8)/2 = 4
5. C8
H8
O C8
H8
C8
H18
(18 – 8)/2 = 5
6. C5
H11
N C5
H10
C5
H12
(12 – 10)/2 = 1
Exemplos:
Figura 5. Espectro de infravermelho da substância D
Figura 4. Espectro de infravermelho da substância C
Figura 3. Espectro de infravermelho da substância B
Figura 2. Espectro de infravermelho da substância A
673Esquema para Interpretação de Espectros de Substâncias OrgânicasVol. 27, No. 4
Substância C ( C8
H8
O3
):
Cálculo do IDH: (8 – 8/2) + 1 = 5 ou C8
H18
– C8
H8
= H10/2 = 5
Análise funcional: 1682 cm-1
, νC=O;
1300 - 1100 cm-1
, νC-O;
3312 cm-1
, νO-H;
1599 e 1500 cm-1
, νC=C (ArH);
3034 cm-1
, νCsp2
-H;
2964 cm-1
, νCsp3
-H e
850 cm-1
, δC-H (ArH), 1,4-di-substituído.
Identificação: O IDH igual a 5 é compatível com a presença de um
anel aromático. A presença de uma banda de absorção em 1682 cm-1
(νC=O) associada com absorção entre 1300 e 1000 cm-1
(νC-O) é
indicativa da função éster. As absorções entre 1300 e 1100 cm-1
(νC-
O) e a presença de banda de absorção a 3312 cm-1
(νO-H) permitem
assinalar que a substância tem função mista - éster e fenol. A absor-
ção em 2964 cm-1
é característica de νCsp3
-H e as absorções em
1599 e 1500 cm-1
(νC=C, ArH) e em 3034 cm-1
(νCsp2
-H) confir-
mam a presença de estrutura aromática. A absorção em 850 cm-1
(δC-H, ArH) indica o padrão 1,4-dissubstituído, concluindo-se que
C poderá corresponder ao 4-hidróxi-benzoato de metila (I) ou ao
monoacetato de hidroquinona (II). Por meio do ponto de fusão (pf) e
pela comparação com o espectro de infravermelho de uma amostra
autêntica é possível concluir que se trata do 4-hidróxi-benzoato de
metila (I).
Estruturas: (I ) (II)
pf: 128 ºC; pf: 62 ºC
Substância D (C8
H9
NO):
Cálculo do IDH: (8 – 9/2) + 1/2 + 1 = 5 ou C8
H18
– C8
H8
= H10/2 = 5
Análise funcional: 1665 cm-1
, νC=O;
3294 cm-1
, νN-H;
1599 e 1500 cm-1
, νC=C (ArH);
3059 e 3021 cm-1
, νCsp2
-H e
758 e 695 cm-1
, δC-H (ArH), monossubstituído.
Identificação: O IDH igual a 5 é compatível com a presença de um
anel aromático. A banda de absorção em 1665 cm-1
(νC=O) associa-
da à absorção em 3294 cm-1
(νN-H) é indicativa da função amida. As
absorções em 1599 e 1500 cm-1
(νC=C, ArH) e em 3059 e 3021 cm-1
(νCsp2
-H) confirmam a presença de estrutura aromática. As absor-
ções em 758 e 695 cm-1
(δC-H, ArH) indicam o padrão monossubs-
tituído, concluindo-se que D poderá corresponder à N-fenilacetamida
(I) ou à N-metilbenzamida (II). Por meio do ponto de fusão (pf) e
pela comparação com o espectro de infravermelho de uma amostra
autêntica é possível concluir que se trata da N-fenilacetamida (I).
Estruturas: (I ) (II)
pf: 114 ºC; pf: 78 ºC
CONCLUSÕES
O esquema proposto para interpretação de espectros na região
do infravermelho permite, de modo simples e prático, a identifica-
ção dos principais grupos funcionais e a proposição de estruturas de
substâncias orgânicas constituindo-se, assim, em recurso de grande
utilidade no ensino de disciplinas tanto teóricas quanto experimen-
tais.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem aos alunos que participaram e contribuí-
ram para o aperfeiçoamento do esquema apresentado, ao Prof. S. do
D. Cunha (IQ-UFBA) pela leitura do texto e valiosas sugestões e à
Profa. Z. N. da Rocha (IQ-UFBA) pelas facilidades oferecidas para
utilização do aparelho de infravermelho.
REFERÊNCIAS
1. Silverstein, R. M.; Bassler, G. C.; Morrill, T. C.; Spectrometric
Identification of Organic Compounds, 5th.
ed., John Wiley & Sons: New
York, 1991.
2. Solomons, T. W. G.; Fryhle, C. B.; Química Orgânica, 7a.
ed., LTC – Livros
Técnicos e Científicos Editora S.A: Rio de Janeiro, 2001.
3. Nakanishi, K.; Solomon, P. H.; Infrared Absortion Spectroscopy, 2nd.
ed.,
Holden-Day Inc: Oakland, 1977.
4. Coates, J.; Em Encyclopedia Analytical Chemistry; Meyers, R. A., ed.; John
Wiley & Sons: Chichester, 2000, p. 10815 – 10837; http://
www.spectroscopynow.com:1800/Spy/pdfs/eac10815.pdf, acessada em
Julho 2003.
5. Ingham, A. M.; Henson, R. C.; J. Chem. Educ. 1984, 61, 704.
6. Moyé, A. L.; Cochran Jr., T. A.; J. Chem. Educ. 1972, 49, 129.
7. Hartman, K.; J. Chem. Educ. 1976, 53, 111.
8. Doyle, M.P.; Mungall, W.S.; Experimental Organic Chemistry, John Wiley
& Sons: New York, 1980.
9. http://www.cem.msu.edu/%7Ereusch/VirtualText/Spectrpy/InfraRed/
infrared.htm#ir1, acessada em Julho 2003.
10. Kleman, L. H.; J. Chem. Educ. 1995, 72, 425.
11. http://chipo.chem.uic.edu/web1/ocol/SB/du.htm, acessada em Julho 2003.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Sandrogreco Lista De ExercíCios 3 Q. Org Eng. Quim. 2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios 3   Q. Org Eng. Quim.  2007Sandrogreco Lista De ExercíCios 3   Q. Org Eng. Quim.  2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios 3 Q. Org Eng. Quim. 2007Profª Cristiana Passinato
 
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%E Dcios%204%20 %20 Q.%20 Org%2...
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%E Dcios%204%20 %20 Q.%20 Org%2...Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%E Dcios%204%20 %20 Q.%20 Org%2...
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%E Dcios%204%20 %20 Q.%20 Org%2...Profª Cristiana Passinato
 
Quimica organiza isomeria_plana_exercicios
Quimica organiza isomeria_plana_exerciciosQuimica organiza isomeria_plana_exercicios
Quimica organiza isomeria_plana_exerciciosBruno Raffael
 
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20qSandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20qProfª Cristiana Passinato
 
Sandrogreco Lista De ExercíCios Q. Org Eng. Pet. 2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios   Q. Org Eng. Pet.  2007Sandrogreco Lista De ExercíCios   Q. Org Eng. Pet.  2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios Q. Org Eng. Pet. 2007Profª Cristiana Passinato
 
Slides da aula de Química (Manoel) sobre Química Orgânica
Slides da aula de Química (Manoel) sobre Química OrgânicaSlides da aula de Química (Manoel) sobre Química Orgânica
Slides da aula de Química (Manoel) sobre Química OrgânicaTurma Olímpica
 
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 7 Q. Org I Eng. Quim. 2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 7  Q. Org I Eng. Quim.  2007Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 7  Q. Org I Eng. Quim.  2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 7 Q. Org I Eng. Quim. 2007Profª Cristiana Passinato
 
Quimica organica
Quimica organicaQuimica organica
Quimica organicajapquimica
 
Sandrogreco Lista De ExercíCios 2 Q. Org Eng. Quim. 2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios 2   Q. Org Eng. Quim.  2007Sandrogreco Lista De ExercíCios 2   Q. Org Eng. Quim.  2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios 2 Q. Org Eng. Quim. 2007Profª Cristiana Passinato
 
QUÍM. ORG.- Classificação de cadeias carbônicas
QUÍM. ORG.- Classificação de cadeias carbônicasQUÍM. ORG.- Classificação de cadeias carbônicas
QUÍM. ORG.- Classificação de cadeias carbônicasProfessor Maurício Monteiro
 
Exercícios - hibridização
Exercícios -  hibridizaçãoExercícios -  hibridização
Exercícios - hibridizaçãoIsabella Silva
 

La actualidad más candente (17)

Sandrogreco Lista De ExercíCios 3 Q. Org Eng. Quim. 2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios 3   Q. Org Eng. Quim.  2007Sandrogreco Lista De ExercíCios 3   Q. Org Eng. Quim.  2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios 3 Q. Org Eng. Quim. 2007
 
Isomeria
IsomeriaIsomeria
Isomeria
 
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%E Dcios%204%20 %20 Q.%20 Org%2...
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%E Dcios%204%20 %20 Q.%20 Org%2...Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%E Dcios%204%20 %20 Q.%20 Org%2...
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%E Dcios%204%20 %20 Q.%20 Org%2...
 
Quimica organiza isomeria_plana_exercicios
Quimica organiza isomeria_plana_exerciciosQuimica organiza isomeria_plana_exercicios
Quimica organiza isomeria_plana_exercicios
 
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20qSandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
Sandrogreco Gabarito%20da%20lista%20de%20exerc%Edcios%201%20 %20q
 
Isomeria plana
Isomeria planaIsomeria plana
Isomeria plana
 
Sandrogreco Lista De ExercíCios Q. Org Eng. Pet. 2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios   Q. Org Eng. Pet.  2007Sandrogreco Lista De ExercíCios   Q. Org Eng. Pet.  2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios Q. Org Eng. Pet. 2007
 
Isomeria plana apostila-4
Isomeria plana apostila-4Isomeria plana apostila-4
Isomeria plana apostila-4
 
Slides da aula de Química (Manoel) sobre Química Orgânica
Slides da aula de Química (Manoel) sobre Química OrgânicaSlides da aula de Química (Manoel) sobre Química Orgânica
Slides da aula de Química (Manoel) sobre Química Orgânica
 
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 7 Q. Org I Eng. Quim. 2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 7  Q. Org I Eng. Quim.  2007Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 7  Q. Org I Eng. Quim.  2007
Sandrogreco Gabarito Da Lista De ExercíCios 7 Q. Org I Eng. Quim. 2007
 
Quimica organica
Quimica organicaQuimica organica
Quimica organica
 
Isomeria
IsomeriaIsomeria
Isomeria
 
Sandrogreco Lista De ExercíCios 2 Q. Org Eng. Quim. 2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios 2   Q. Org Eng. Quim.  2007Sandrogreco Lista De ExercíCios 2   Q. Org Eng. Quim.  2007
Sandrogreco Lista De ExercíCios 2 Q. Org Eng. Quim. 2007
 
QUÍM. ORG.- Classificação de cadeias carbônicas
QUÍM. ORG.- Classificação de cadeias carbônicasQUÍM. ORG.- Classificação de cadeias carbônicas
QUÍM. ORG.- Classificação de cadeias carbônicas
 
Aula hibridização do carbono
Aula hibridização do carbonoAula hibridização do carbono
Aula hibridização do carbono
 
Quimica orgânica
Quimica orgânicaQuimica orgânica
Quimica orgânica
 
Exercícios - hibridização
Exercícios -  hibridizaçãoExercícios -  hibridização
Exercícios - hibridização
 

Similar a 20812

Espetroscopia no infravermelho com Transformada de Fourier
Espetroscopia no infravermelho com Transformada de FourierEspetroscopia no infravermelho com Transformada de Fourier
Espetroscopia no infravermelho com Transformada de FourierRosemaire Santana
 
Utilização da eletrocoagulação no tratamento de efluente da industria galvanica
Utilização da eletrocoagulação no tratamento de efluente da industria galvanicaUtilização da eletrocoagulação no tratamento de efluente da industria galvanica
Utilização da eletrocoagulação no tratamento de efluente da industria galvanicapsth
 
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: HibridizaçãoLISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: HibridizaçãoProfessor Maurício Monteiro
 
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização;
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização;LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização;
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização;Professor Maurício Monteiro
 
Fotometria de-chama
Fotometria de-chamaFotometria de-chama
Fotometria de-chamaDrigo Santos
 
Fotometria de-chama
Fotometria de-chamaFotometria de-chama
Fotometria de-chamaDrigo Santos
 
Exercicios quimica cadeias_carbonicas_hibridacao_rbdquimica
Exercicios quimica cadeias_carbonicas_hibridacao_rbdquimicaExercicios quimica cadeias_carbonicas_hibridacao_rbdquimica
Exercicios quimica cadeias_carbonicas_hibridacao_rbdquimicaFabrícia Martins
 
Teste avaliação Química 10_3
 Teste avaliação Química 10_3 Teste avaliação Química 10_3
Teste avaliação Química 10_3ana paula candeias
 
Química Orgânica Básica - parte I.ppt
Química Orgânica Básica - parte I.pptQuímica Orgânica Básica - parte I.ppt
Química Orgânica Básica - parte I.pptMiguelMussaErnesto
 
Prova oqrj 1afase em2_2014_v_final
Prova oqrj 1afase em2_2014_v_finalProva oqrj 1afase em2_2014_v_final
Prova oqrj 1afase em2_2014_v_finalLeonardo Oliveira
 
DETERMINAÇÃO ELETROANALÍTICA CROMATOGRÁFICA DO CORANTE SOLVENTE AZUL 14 EM AM...
DETERMINAÇÃO ELETROANALÍTICA CROMATOGRÁFICA DO CORANTE SOLVENTE AZUL 14 EM AM...DETERMINAÇÃO ELETROANALÍTICA CROMATOGRÁFICA DO CORANTE SOLVENTE AZUL 14 EM AM...
DETERMINAÇÃO ELETROANALÍTICA CROMATOGRÁFICA DO CORANTE SOLVENTE AZUL 14 EM AM...Alex Junior
 

Similar a 20812 (20)

Infra
InfraInfra
Infra
 
Relatório qui b37 mod (1)
 Relatório qui b37 mod (1) Relatório qui b37 mod (1)
Relatório qui b37 mod (1)
 
Espetroscopia no infravermelho com Transformada de Fourier
Espetroscopia no infravermelho com Transformada de FourierEspetroscopia no infravermelho com Transformada de Fourier
Espetroscopia no infravermelho com Transformada de Fourier
 
QUÍM. ORG. - Introdução
QUÍM. ORG. - IntroduçãoQUÍM. ORG. - Introdução
QUÍM. ORG. - Introdução
 
Utilização da eletrocoagulação no tratamento de efluente da industria galvanica
Utilização da eletrocoagulação no tratamento de efluente da industria galvanicaUtilização da eletrocoagulação no tratamento de efluente da industria galvanica
Utilização da eletrocoagulação no tratamento de efluente da industria galvanica
 
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: HibridizaçãoLISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização
 
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização;
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização;LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização;
LISTÃO [Q.O.] - Introdução à química orgânica: Hibridização;
 
Fotometria de-chama
Fotometria de-chamaFotometria de-chama
Fotometria de-chama
 
Fotometria de-chama
Fotometria de-chamaFotometria de-chama
Fotometria de-chama
 
Exercicios quimica cadeias_carbonicas_hibridacao_rbdquimica
Exercicios quimica cadeias_carbonicas_hibridacao_rbdquimicaExercicios quimica cadeias_carbonicas_hibridacao_rbdquimica
Exercicios quimica cadeias_carbonicas_hibridacao_rbdquimica
 
Teste avaliação Química 10_3
 Teste avaliação Química 10_3 Teste avaliação Química 10_3
Teste avaliação Química 10_3
 
Química Orgânica Básica - parte I.ppt
Química Orgânica Básica - parte I.pptQuímica Orgânica Básica - parte I.ppt
Química Orgânica Básica - parte I.ppt
 
Nomenclaturas de organica
Nomenclaturas de organicaNomenclaturas de organica
Nomenclaturas de organica
 
Prova oqrj 1afase em2_2014_v_final
Prova oqrj 1afase em2_2014_v_finalProva oqrj 1afase em2_2014_v_final
Prova oqrj 1afase em2_2014_v_final
 
Estequiometria
EstequiometriaEstequiometria
Estequiometria
 
Teoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalinoTeoria do campo cristalino
Teoria do campo cristalino
 
DETERMINAÇÃO ELETROANALÍTICA CROMATOGRÁFICA DO CORANTE SOLVENTE AZUL 14 EM AM...
DETERMINAÇÃO ELETROANALÍTICA CROMATOGRÁFICA DO CORANTE SOLVENTE AZUL 14 EM AM...DETERMINAÇÃO ELETROANALÍTICA CROMATOGRÁFICA DO CORANTE SOLVENTE AZUL 14 EM AM...
DETERMINAÇÃO ELETROANALÍTICA CROMATOGRÁFICA DO CORANTE SOLVENTE AZUL 14 EM AM...
 
Estruturas de Lewis
Estruturas de LewisEstruturas de Lewis
Estruturas de Lewis
 
Estruturas de Lewis
Estruturas de LewisEstruturas de Lewis
Estruturas de Lewis
 
Física química
Física químicaFísica química
Física química
 

Último

Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfdottoor
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOBiatrizGomes1
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosAntnyoAllysson
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbyasminlarissa371
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira partecoletivoddois
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasRicardo Diniz campos
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamentalgeone480617
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 

Último (20)

Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSOVALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
VALORES HUMANOS NA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteirosBingo da potenciação e radiciação de números inteiros
Bingo da potenciação e radiciação de números inteiros
 
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbv19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
v19n2s3a25.pdfgcbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbb
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptxSlides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
Slides Lição 2, Central Gospel, A Volta Do Senhor Jesus , 1Tr24.pptx
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parteDança Contemporânea na arte da dança primeira parte
Dança Contemporânea na arte da dança primeira parte
 
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecasMesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
Mesoamérica.Astecas,inca,maias , olmecas
 
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino FundamentalCartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
Cartilha 1º Ano Alfabetização _ 1º Ano Ensino Fundamental
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 

20812

  • 1. Quim. Nova, Vol. 27, No. 4, 670-673, 2004 Educação *e-mail: willopes@ufba.br ESQUEMA PARA INTERPRETAÇÃO DE ESPECTROS DE SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS NA REGIÃO DO INFRAVERMELHO Wilson Araújo Lopes* e Miguel Fascio Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia, Campus Universitário de Ondina, 40170-290 Salvador - BA Recebido em 25/7/03; aceito em 27/11/03; publicado na web em 27/05/04 FLOW CHART FOR INFRARED SPECTRA INTERPRETATION OF ORGANIC COMPOUNDS. This article decribes a simple and systematic method to interpret an infrared spectrum using a flow chart to elucidate the structure of a simple organic compound. It is aimed at undergraduate courses of organic chemistry to make beginners proficient. The proposed flow chart for infrared spectrum interpretation and characterization of organic compounds is suitable for theoretical and experimental courses. Keywords: infrared spectroscopy; infrared spectra interpretation; infrared spectra of organic compounds. INTRODUÇÃO A espectroscopia na região do infravermelho (IV) é uma técnica de inestimável importância na análise orgânica qualitativa, sendo am- plamente utilizada nas áreas de química de produtos naturais, sínte- se e transformações orgânicas. O infravermelho e demais métodos espectroscópicos modernos como a ressonância magnética nuclear (RMN), espectroscopia na região do ultravioleta–visível (UV-VIS) e espectrometria de massas (EM) constituem hoje os principais recur- sos para a identificação e elucidação estrutural de substâncias orgâ- nicas. São, também, de alta relevância na determinação da pureza e quantificação de substâncias orgânicas, bem como no controle e acom- panhamento de reações e processos de separação. O uso dos referi- dos métodos físicos de análise traz uma série de vantagens, desta- cando-se a redução no tempo de análise, diminuição substancial nas quantidades de amostra, ampliação da capacidade de identificar ou caracterizar estruturas complexas, não destruição da amostra (exceto EM) e a possibilidade de acoplamento com métodos modernos de separação, como a cromatografia gasosa de alta resolução (CGAR) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A espectroscopia na região do infravermelho tem sido, também, amplamente utilizada em linhas de produção, no controle de processos industriais. A interpretação de espectros de infravermelho de substâncias orgânicas é uma tarefa que, devido ao grande número de informa- ções que devem ou precisam ser manipuladas, geralmente apresenta dificuldades para os alunos dos cursos básicos de graduação. Assim, o estudante iniciante necessita de um meio para, de modo sistemáti- co, interpretar um espectro na região do infravermelho e propor uma possível estrutura molecular. Os livros textos geralmente apresen- tam tabelas de correlação entre as absorções de estiramento e defor- mação, em número de onda (4000 - 400 cm-1 ) e/ou comprimento de onda (2,5 - 25 µm), e os respectivos grupos funcionais ou ligações químicas correspondentes1-4 . Não há, contudo, uma preocupação com a sistematização de um caminho que possibilite ao estudante anali- sar um espectro infravermelho, obter informações sobre as princi- pais ligações e grupos funcionais de uma determinada substância orgânica e, finalmente, propor uma possível estrutura. Com a finali- dade de orientar a análise e interpretação de espectros de infravermelho já foram publicados alguns artigos na literatura5-7 e o livro de Doyle e Mungall8 apresenta um esquema resumido para in- terpretação que, porém, é insuficiente para a identificação da maio- ria das substâncias orgânicas mais simples. O presente trabalho representa uma contribuição com o objetivo de facilitar a tarefa de análise e interpretação de espectros de infravermelho, estabelecendo um caminho objetivo e prático que permite a identificação dos principais grupamentos funcionais e a proposição de uma possível estrutura (ou estruturas) para as subs- tâncias orgânicas mais simples. Havendo necessidade, tabelas de correlação1-4,9 deverão ser consultadas para a completa interpretação dos espectros. A comparação da região de impressão digital (1400 a 900 cm-1 ) com o espectro de uma amostra padrão é de fundamental importância para confirmar a identidade da substância analisada. É importante ressaltar que o esquema da Figura 1 vem sendo utilizado com pleno êxito nas disciplinas de Química Orgânica ofe- recidas aos alunos dos cursos de Química, Engenharia Química e Farmácia da Universidade Federal da Bahia, há mais de 10 anos. Este esquema é uma segunda versão, revisada e ampliada com a par- ticipação de alunos e a contribuição dos professores das disciplinas de Análise Orgânica, Química Orgânica Fundamental e Química Orgânica Básica Experimental. CALCULANDO O ÍNDICE DE DEFICIÊNCIA DE HIDROGÊNIO A determinação da fórmula estrutural de uma substância orgâni- ca requer um conjunto de informações que envolvem propriedades químicas e físicas. O conhecimento da fórmula molecular representa uma importante contribuição pois permite calcular o Índice de Defi- ciência de Hidrogênio (IDH), que indica a ausência ou presença de ligações duplas, triplas ou anéis na estrutura molecular e, muitas vezes, tem sido indevidamente denominado de índice de insaturação o que, de fato, não corresponde à realidade. Os alcenos, devido à presença de uma ligação dupla carbono-carbono, e os ciclo-alcanos, por conterem um anel, têm dois hidrogênios a menos que os hidrocarbonetos acíclicos saturados de fórmula Cn H2n + 2 . Por exem- plo, o eteno (H2 C=CH2 ) tem fórmula molecular C2 H4 e o etano (H3 C- CH3 ) tem fórmula C2 H6 . O cálculo do IDH pode se feito por mais de um método, desta- cando-se: a) pela aplicação da expressão1 : IDH = (C - M/2) + T/2 + 1 C = número de átomos de carbono; M = número de átomos monovalentes e T = número de átomos trivalentes.
  • 2. 671Esquema para Interpretação de Espectros de Substâncias OrgânicasVol. 27, No. 4 b) Segundo as regras referidas por Klemm10,11 , com base na compa- ração entre as fórmulas da substância desconhecida e o corres- pondente hidrocarboneto saturado (alcano): 1. substituir todos os átomos monovalentes (halogênios) por hidrogênio; 2. desconsiderar os átomos bivalentes (oxigênio e enxofre); 3. excluir os átomos trivalentes junto com um hidrogênio (ni- trogênio como NH e fósforo como PH) e 4. comparar com a fórmula geral dos hidrocarbonetos saturados (Cn H2n + 2 ). INTERPRETANDO UM ESPECTRO DE INFRAVERMELHO a) Seguindo o esquema da Figura 1, observar inicialmente a pre- sença ou ausência de absorção devida ao grupamento carbonila. Se o espectro da substância apresentar absorção entre 1820 a 1630 cm-1 (νC=O), seguir a seta à direita e identificar o grupo funcional res- ponsável pela absorção (ácido carboxílico, amida, aldeído, anidrido, éster, haleto de acila, cetona, aril-cetona). Seguir então para o bloco esquerdo do esquema e verificar a presença ou ausência de outras funções orgânicas. Se não apresentar absorção entre 1820 a 1630 cm-1 , seguir a seta à esquerda e identificar as ligações ou grupos funcio- nais presentes ou ausentes na estrutura molecular. Havendo uma li- gação dupla ou anel aromático, caracterizar o padrão de substituição nos quadros correspondentes: olefinas ou benzeno e derivados. Fi- nalmente, verificar a presença de grupos CH2 e CH3 no quadro refe- rente a alcanos. b) Com base nas informações obtidas do espectro de infraver- melho, fórmula molecular e índice de deficiência de hidrogênio iden- tificar as principais ligações ou grupamentos, assinalar a função (ou funções) orgânica e propor uma possível estrutura (ou estruturas) para a substância que está sendo analisada. As Figuras 2 a 5 mostram os espectros de infravermelho de qua- tro substâncias orgânicas (A-D) que, como exemplo, são analisadas de acordo com o esquema apresentado.As amostras foram purificadas Figura 1. Esquema para interpretação de espectros de substâncias orgânicas na região do infravermelho
  • 3. 672 Quim. NovaLopes e Fascio Identificação: O IDH igual a 5 é compatível com a presença de um anel aromático. A presença de absorção a 1702 cm-1 (νC=O) junta- mente com o dubleto de Fermi (2820 e 2738 cm-1 ) é indicativo de função aldeído. As absorções a 1598 e 1455 cm-1 , (νC=C, ArH) e 3064 cm-1 , (νCsp2 -H) confirmam a presença de estrutura aromática. As absorções a 746 e 688 cm-1 (δC-H, ArH) indicam o padrão monossubstituído, concluindo-se que A corresponde ao benzaldeído. Estrutura: Substância B (C6 H12 O): Cálculo do IDH: (6 – 12/2) + 1 = 1 ou C6 H14 – C6 H12 = H2/2 = 1 Análise funcional: ausência de νC=O entre 1820 e 1630 cm-1 ; 1068 cm-1 , νC-O; 3334 cm-1 , νO-H; ausência de νC=C entre 1680 e 1620 cm-1 e ausência de δC-H em ~ 1380 cm-1 (metila). Identificação: O IDH igual a 1 é indicativo da presença de ligação dupla ou estrutura cíclica. A ausência de absorção entre 1820 e 1630 cm-1 exclui todas as funções carboniladas. As absorções em 1068 cm-1 (νC-O) e 3334 cm-1 (νO-H) são compatíveis com a função álcool. As absorções entre 3000 e 2800 cm-1 (νC-H) são compatíveis com a presença de carbono com hibridização sp3 . A ausência de ab- sorções entre 3100 e 3000 cm-1 (Csp2 -H) e entre 1680 e 1620 cm-1 (νC=C) elimina a possibilidade de ser uma olefina. A ausência de absorção em ~1380 cm-1 (δC-H) indica que a substância não possui grupo metila. O espectro de B, portanto, poderá corresponder ao ciclo-hexanol (I) ou ciclopentanometanol (II). Pela comparação com o espectro de infravermelho de uma amostra autêntica é possível concluir que se trata do ciclo-hexanol (I). Estruturas: (I ) (II) por destilação (líquidos) ou cristalização (sólidos) e os espectros foram obtidos em Espectrômetro de Infravermelho com Transfor- mada de Fourier (IV-TF), da marca Bomem, modelo ABB. Substância A (C7 H6 O): Cálculo do IDH: (7 – 6/2) + 1 = 5 ou C7 H16 – C7 H6 = H10/2 = 5 Análise funcional: 1702 cm-1 , νC=O; 2820 e 2738cm-1 , νC(=O)-H (dubleto de Fermi); 1598 e 1455 cm-1 , νC=C (ArH); 3064 cm-1 , νCsp2 -H e 746 e 688 cm-1 , δC-H (ArH), monosubstituído. Substância/ Fórmula Fórmula Fórmula IDH estrutura molecular ajustada do Alcano (2-1)/2 (1) (2) 1. C4 H8 C4 H8 C4 H10 (10 – 8)/2 = 1 2. C6 H12 C6 H12 C6 H14 (14 – 12)/2 = 1 3. C6 H5 Cl C6 H6 C6 H14 (14 – 6)/2 = 4 4. C7 H8 C7 H8 C7 H16 (16 – 8)/2 = 4 5. C8 H8 O C8 H8 C8 H18 (18 – 8)/2 = 5 6. C5 H11 N C5 H10 C5 H12 (12 – 10)/2 = 1 Exemplos: Figura 5. Espectro de infravermelho da substância D Figura 4. Espectro de infravermelho da substância C Figura 3. Espectro de infravermelho da substância B Figura 2. Espectro de infravermelho da substância A
  • 4. 673Esquema para Interpretação de Espectros de Substâncias OrgânicasVol. 27, No. 4 Substância C ( C8 H8 O3 ): Cálculo do IDH: (8 – 8/2) + 1 = 5 ou C8 H18 – C8 H8 = H10/2 = 5 Análise funcional: 1682 cm-1 , νC=O; 1300 - 1100 cm-1 , νC-O; 3312 cm-1 , νO-H; 1599 e 1500 cm-1 , νC=C (ArH); 3034 cm-1 , νCsp2 -H; 2964 cm-1 , νCsp3 -H e 850 cm-1 , δC-H (ArH), 1,4-di-substituído. Identificação: O IDH igual a 5 é compatível com a presença de um anel aromático. A presença de uma banda de absorção em 1682 cm-1 (νC=O) associada com absorção entre 1300 e 1000 cm-1 (νC-O) é indicativa da função éster. As absorções entre 1300 e 1100 cm-1 (νC- O) e a presença de banda de absorção a 3312 cm-1 (νO-H) permitem assinalar que a substância tem função mista - éster e fenol. A absor- ção em 2964 cm-1 é característica de νCsp3 -H e as absorções em 1599 e 1500 cm-1 (νC=C, ArH) e em 3034 cm-1 (νCsp2 -H) confir- mam a presença de estrutura aromática. A absorção em 850 cm-1 (δC-H, ArH) indica o padrão 1,4-dissubstituído, concluindo-se que C poderá corresponder ao 4-hidróxi-benzoato de metila (I) ou ao monoacetato de hidroquinona (II). Por meio do ponto de fusão (pf) e pela comparação com o espectro de infravermelho de uma amostra autêntica é possível concluir que se trata do 4-hidróxi-benzoato de metila (I). Estruturas: (I ) (II) pf: 128 ºC; pf: 62 ºC Substância D (C8 H9 NO): Cálculo do IDH: (8 – 9/2) + 1/2 + 1 = 5 ou C8 H18 – C8 H8 = H10/2 = 5 Análise funcional: 1665 cm-1 , νC=O; 3294 cm-1 , νN-H; 1599 e 1500 cm-1 , νC=C (ArH); 3059 e 3021 cm-1 , νCsp2 -H e 758 e 695 cm-1 , δC-H (ArH), monossubstituído. Identificação: O IDH igual a 5 é compatível com a presença de um anel aromático. A banda de absorção em 1665 cm-1 (νC=O) associa- da à absorção em 3294 cm-1 (νN-H) é indicativa da função amida. As absorções em 1599 e 1500 cm-1 (νC=C, ArH) e em 3059 e 3021 cm-1 (νCsp2 -H) confirmam a presença de estrutura aromática. As absor- ções em 758 e 695 cm-1 (δC-H, ArH) indicam o padrão monossubs- tituído, concluindo-se que D poderá corresponder à N-fenilacetamida (I) ou à N-metilbenzamida (II). Por meio do ponto de fusão (pf) e pela comparação com o espectro de infravermelho de uma amostra autêntica é possível concluir que se trata da N-fenilacetamida (I). Estruturas: (I ) (II) pf: 114 ºC; pf: 78 ºC CONCLUSÕES O esquema proposto para interpretação de espectros na região do infravermelho permite, de modo simples e prático, a identifica- ção dos principais grupos funcionais e a proposição de estruturas de substâncias orgânicas constituindo-se, assim, em recurso de grande utilidade no ensino de disciplinas tanto teóricas quanto experimen- tais. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem aos alunos que participaram e contribuí- ram para o aperfeiçoamento do esquema apresentado, ao Prof. S. do D. Cunha (IQ-UFBA) pela leitura do texto e valiosas sugestões e à Profa. Z. N. da Rocha (IQ-UFBA) pelas facilidades oferecidas para utilização do aparelho de infravermelho. REFERÊNCIAS 1. Silverstein, R. M.; Bassler, G. C.; Morrill, T. C.; Spectrometric Identification of Organic Compounds, 5th. ed., John Wiley & Sons: New York, 1991. 2. Solomons, T. W. G.; Fryhle, C. B.; Química Orgânica, 7a. ed., LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A: Rio de Janeiro, 2001. 3. Nakanishi, K.; Solomon, P. H.; Infrared Absortion Spectroscopy, 2nd. ed., Holden-Day Inc: Oakland, 1977. 4. Coates, J.; Em Encyclopedia Analytical Chemistry; Meyers, R. A., ed.; John Wiley & Sons: Chichester, 2000, p. 10815 – 10837; http:// www.spectroscopynow.com:1800/Spy/pdfs/eac10815.pdf, acessada em Julho 2003. 5. Ingham, A. M.; Henson, R. C.; J. Chem. Educ. 1984, 61, 704. 6. Moyé, A. L.; Cochran Jr., T. A.; J. Chem. Educ. 1972, 49, 129. 7. Hartman, K.; J. Chem. Educ. 1976, 53, 111. 8. Doyle, M.P.; Mungall, W.S.; Experimental Organic Chemistry, John Wiley & Sons: New York, 1980. 9. http://www.cem.msu.edu/%7Ereusch/VirtualText/Spectrpy/InfraRed/ infrared.htm#ir1, acessada em Julho 2003. 10. Kleman, L. H.; J. Chem. Educ. 1995, 72, 425. 11. http://chipo.chem.uic.edu/web1/ocol/SB/du.htm, acessada em Julho 2003.