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Aula 07 
Profª. Lila Donato 
IDADE MÉDIA 
a produção artística 
CRISTÃ 
PARTE 4 
Aula 07 
Prof. Lila Donato 
A ARTE NA ALTA 
IIDDAADDEE MMÉÉDDIIAA 
gótico
1. COMO SURGIU O GÓTICO? Aula 07 
Profª. Lila Donato 
O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO 1 
O burguês é um homem 
orgulhoso de si próprio e da sua 
cidade, não se poupando a 
esforços para a embelezar e 
engrandecer. Assim, contribui 
com quantias avultadas para as 
grandes construções urbanas: 
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palácios, catedrais… 
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em demonstrar o seu poder 
financeiro, rivalizando com as 
elites das cidades vizinhas. 
1. COMO SURGIU O GÓTICO? Aula 07 
Profª. Lila Donato 
O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO 
Esta vontade de promover as 
cidades coincidiu com o 
surgimento de um novo estilo 
artístico, o gótico. 
Este surgiu pela primeira vez 
na abadia de Saint-Denis, 
2 
perto de Paris, quando o 
abade Suger mandou efetuar 
obras de remodelação e 
ampliação do templo (1137). 
Abadia de Saint-Denis - desenho
1. COMO SURGIU O GÓTICO? Aula 07 
Profª. Lila Donato 
O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO 
Uma combinação engenhosa 
de elementos arquitectônicos 
permitiu então elevar as 
construções góticas a alturas 
até então nunca erguidas. 
As torres dos palácios 
3 
comunais e, sobretudo, das 
igrejas podiam assim ser 
vistas de muito longe, 
anunciando a importância do 
burgo e das suas gentes. 
Abadia de Saint-Denis - interior 
2. GÓTICO: o estilo Aula 07 
Profª. Lila Donato 
DEFINIÇÃO 
GÓTICO 
Estilo artístico que dominou a 
Europa entre os séculos XII e XV. 
Evoluiu da arquitetura românica. 
Iniciou no norte da França, entre 
os anos 1050 e 1100, e, embora 
se tenha desenvolvido em várias 
vertentes artísticas (pintura, 
escultura, vitral, ourivesaria, etc.), 
permaneceu essencialmente ligado 
à arquitetura. 
Detalhe do afresco Les Démons Chassés d’Arezzo. Giotto. 
Anterior a 1300. Assise, Igreja Superior de Saint-Françóis.
2. GÓTICO: o estilo Aula 07 
Profª. Lila Donato 
DEFINIÇÃO 
GÓTICO 
Originalmente se chamava "Obra 
Francesa" (Opus Francigenum). 
O termo “gótico” só apareceu na 
época do Renascimento. 
A denominação era como um 
insulto estilístico, pois os 
renascentistas consideravam a arte 
gótica uma arte bárbara, 
tipicamente medieval. A palavra 
gótico é em referência aos godos, 
povo bárbaro-germano. 
Ilustração de um rei-guerreiro Godo. 
2. GÓTICO: o estilo Aula 07 
Profª. Lila Donato 
DEFINIÇÃO 
GÓTICO 
Por vezes recebe também o 
nome ogival, em referência 
aos arcos cruzados das 
abóbadas. 
Arcos ogivais de Notre Dame.
3. DE ONDE VEM O GÓTICO? Aula 07 
Profª. Lila Donato 
ANTECEDENTES 
ROMÂNICO ® GÓTICO 
O estilo gótico foi precedido na 
Europa pelo estilo românico. Este 
definia-se pela horizontalidade e 
pela obscuridade dos interiores, 
fazendo utilização sistemática do 
arco de volta perfeita e da abóbada. 
de berço. 
Oratório Germigny-des-Prés. 
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Oratório Germigny-des-Prés. 
Vista do altar a partir da nave central 
3. DE ONDE VEM O GÓTICO? Aula 07 
Profª. Lila Donato 
ANTECEDENTES 
Mal os artistas românicos tinham conseguido construir com 
êxito as abóbodas de suas igrejas e disposto as estátuas de 
uma nova maneira, quando uma idéia revolucionária fez 
as igrejas normandas e românicas parecerem 
desgraciosas, ppeessaaddaass ee oobbssoolleettaass.. 
Foi o surgimento do estilo gótico... 
Do ponto de vista construtivo, é indubitável que o gótico 
continua, aprofunda e conclui a investigação românica, 
uma vez que o conjunto românico passa a ser leve e 
esguio, um esqueleto construtivo.
3. DE ONDE VEM O GÓTICO? Aula 07 
Profª. Lila Donato 
ANTECEDENTES 
ROMÂNICO ® GÓTICO 
Algumas construções românicas já 
apresentavam vários elementos que 
se aproximam do estilo gótico. 
Fala-se de um estilo pré-gótico? 
Christ Church Cathedral, Dublin, 
Irlanda. Interior. 
Christ Church Cathedral, 
Dublin, Irlanda. Exterior. 
4. GÓTICO: objetivos Aula 07 
Profª. Lila Donato 
OBJETIVOS DA ARQUITETURA GÓTICA 
louvar a Deus louvar os homens 
Deus é luz os pobres que 
participavam na 
os ricos que 
financiavam a 
construção 
construção 
as catedrais eram motivo de orgulo para 
os habitantes das cidades 
a expansão das cidades dá-se em torno da 
catedral 
as catedrais são as 
moradas de Deus
Aula 07 
Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características 
GENERALIDADES 
Sobre todas as cidades e todos 
os burgos cercados de novos 
muros, o arranha-céu de 
Deus dominava a paisagem. 
Tinha sido feito mais alto do 
que se podia, 
extraordinariamente aallttoo.. 
Era uma desproporção no 
conjunto; mas não, era um 
ato de otimismo, um gesto de 
altivez, uma prova de 
mestria. 
(Le Corbusier, 1937 apud BENEVOLO ) 
The Parish Church of St Mary, Redcliffe, 
Bristol, England. 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características 
GENERALIDADES 
Com o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos pontos 
culminantes da arquitetura pura. 
As abóbadas cada vez mais elevadas e maiores, não se 
apoiavam mais em muros e paredes compactas e sim sobre 
ppiillaassttrraass oouu ffeeiixxeess ddee ccoolluunnaass.. UUmmaa sséérriiee ddee ssuuppoorrtteess qquuee 
eram constituídos por arcobotantes e contrafortes possuíam 
a função de equilibrar de modo externo o peso excessivo 
das abóbadas. Desta forma, imensas paredes espessas 
foram excluídas dos edifícios de gênero gótico e foram 
substituídas por vitrais e rosáceas que iluminam o ambiente 
interno.
Aula 07 
Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características 
GENERALIDADES 
A arte gótica teve na catedral a sua 
melhor expressão. 
Uma vez que elas deveriam ser 
vistas de muito longe, as catedrais 
góticas caracterizam-se pela 
verticalidade ee mmaajjeessttaaddee.. 
Catedral de Notre Dame, Paris, França. 
Mede 145 metros de altura. 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características 
ORIGINALIDADE 
nova 
estética 
mudanças na 
estrutura formal 
inovações 
técnicas
Aula 07 
Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
O que imediatamente distingue as 
catedrais góticas é a sua elevação e 
verticalidade. 
O exterior é imponente e profusa-mente 
decorado. 
O interior é amplo, elevado e 
luminoso, de formas arquitectónicas 
graciosas e leves, quase sem peso, 
quando as compararmos com a 
solidez maciça dos interiores 
românicos. 
Basílica da Assunção da Virgem Maria, Cracóvia, 
Polónia. 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
Grandes janelas, 
adornadas de magníficos 
vitrais, dão ao interior 
uma luminosidade coada, 
que ssiimmuullttaanneeaammeennttee 
deslumbra e convida à 
meditação. 
“Deus é luz” e essa 
vivência espiritual é 
deliberadamente realçada 
pelo estilo gótico.
Profª. Lila Donato 
: características 
Aula 07 
ELEMENTOS ESTRUTURAIS 
5. GÓTICO: Profª. Lila Donato 
: características 
Aula 07 
ELEMENTOS ESTRUTURAIS 
A - nave central 
B - nave lateral 
C - pilar 
D- arco quebrado ou 
arco ogival 
E - abóbada de ogivas 
5. GÓTICO: F - fecho da abóbada 
G - contra forte 
H – arcobotante 
I - vitral
Profª. Lila Donato 
: características 
Aula 07 
ELEMENTOS ESTRUTURAIS 
5. GÓTICO: Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 
- Planta em formato de cruz latina 
- Arcos de ogiva, gótico ou quebrado 
- Abóbodas em cruzaria 
• o cruzamento de arcos diagonais de 
suporte - as ogivas - permite 
descarregar o peso não sobre as 
Salisbury 
Amiens 
paredes, como acontecia no estilo 
românico, mas sobre os pilares, 
possibilitando a construção de paredes 
mais finas e pre-enchidas por vitrais, 
sem afetar a segurança do edifício. 
Chartres
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 
ARCO OGIVAL 
Substitu o arco de volta 
perfeita, semicircular, 
utilizado na arte românica. 
O arco qquueebbrraaddoo oouu ooggiivvaall 
pode ser “estirado” em 
altura, independentemente 
da largura da sua base, o que 
confere aos portais e às 
arcaturas interiores um 
aspecto de verticalidade e 
elevação. 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 
ABÓBADAS EM CRUZETA 
Deriva da abóbada de aresta e identifica-se 
facilmente pelos arcos diagonais de 
suporte – as ogivas. 
AAoo ccoonnttrráárriioo ddaass aabbóóbbaaddaass ddee bbeerrççoo ddoo 
estilo românico (que descarregam o seu 
peso de forma contínua sobre as 
paredes), as abóbadas góticas são 
articuladas, isto é, compostas por seções 
independentes (tramos).
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 
ABÓBADAS EM CRUZETA 
os arcos de cada tramo desempenham o papel de uma armação, 
suportando o peso da abóbada e descarregando-o nos pilares. É esta 
concentração do peso em pontos 
específicos que permite fragilizar as 
paredes, introduzindo-lhes grandes 
aberturas preenchidas ppoorr vviittrraaiiss.. 
- Iluminação (filtrada e colorida) 
• vitrais 
• rosáceas 
6. As questões formais e estruturais do estilo 
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
6. As questões formais e estruturais do estilo 
- Suportes Exteriores 
• arcobotante 
• contraforte 
- Verticalidade 
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 
Esquema estrutural de uma 
Catedral gótica. 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 
ARCOBOTANTES 
São reforços no exterior aos pontos de 
pressão. São compostos de duas partes: 
• uma massa sólida, o contraforte (estribo) 
• um ou mais arcos 
qquuee,, aa ppaarrttiirr ddoo 
estribo, se apoiam 
nas paredes da nave 
central. 
Para dar mais força e 
estabilidade ao estribo, 
este é, muitas vezes, 
encimado por um 
pináculo.
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura 
Trancepto quase tão largo quanto o corpo 
principal, pouco ou nada saliente.
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL 
da fase inicial à fase madura 
A abside se tornou muito mais 
complexa e maior, ocupando 
cerca de 1/3 da área da igreja. 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura 
Os pilares das arcadas interiores 
aumentam em número e são 
colocados mais próximos uns 
dos outros. 
Eles se tornam mais finos e 
altos, o que, em associação com 
1 
2 
o aumento da altura dos tetos, 
intensifica a verticalidade. 
Nave central da Catedral de Colonha. Observe-se 
a verticalidade acentuada.
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura 
Ordenação das paredes laterais: arcadas, trifório, galeria 
(que no amadurecimento desaparece) e janelas clerestóricas. 
Na fase madura ocorre também o alongamento das arcadas e 
do clerestório, reforçando as linhas verticais. 
1 
2 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura 
As janelas, alongadas 
verticalmente, ocupavam toda 
a largura das paredes. 
As rosáceas tornam-se 
imponentes, permitindo uma 
iluminação melhor. 
1 
2
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura 
Talhados num corpo saliente 
da fachada, que avançava até à 
espessura da base dos 
contrafortes. 
As arquivoltas ogivais tornam- 
1 
2 
PORTAIS 
tornam-se 
mais esguias. Quando 
inseridas nos gabletes, as 
arquivoltas ficam mais 
acentuadas. 
Gabletes: empenas decorativas de 
forma triangular, que servem de 
moldura e remate. 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo 
ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA 
FORMAL da fase inicial à fase madura 
Verticalidade realçada pelas torres 
sineiras (campanários), que se 
elevam terminando em telhados 
cônicos ou em flechas rendilhadas, 
e que se prolongam aaiinnddaa mmaaiiss 
com elementos como o pináculo e 
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Aula 07 
Profª. Lila Donato 7. DECORAÇÃO EXTERNA 
Riquíssima decoração externa, com estátuas e altos relevos: 
1 2 
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Aula 07 
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CCoonnttrraaffoorrtteess 
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Aula 07 
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Riquíssima decoração externa, com estátuas e altos relevos: 
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Contráriamente, no alto das 
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Notre Dame, Paris 
e flechas dirigem o olhar 
para o céu. 
Chartres
Aula 07 
Profª. Lila Donato 9. AS 4 FASES DO GÓTICO 
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Profª. Lila Donato 10. AS ESCOLAS GÓTICAS 
FRANÇA 
Foi o modelo a partir do 
qual se desenvolveu o 
estilo. Foi seguido em vários 
países – Gótico 
Internacional 
INGLATERRA 
Prevalência das catedrais 
monásticas, de corpo 
alongado, aberturas 
menores, cabeceiras 
quadradas e tranceptos 
duplos. 
Catedral de Amiens, França 
Catedral de Westminster, 
Londres
Aula 07 
Profª. Lila Donato 10. AS ESCOLAS GÓTICAS 
ALEMANHA 
Igrejas salão, pois têm o espaço 
interno unificado. É denominano 
estilo Hallenkirchen. 
Seguem o modelo francês, mas 
suas torres são muito mais altas. 
ESPANHA 
Teve um estilo muito 
particular devido ao uso de 
elementos decorativos de 
influência árabe – estilo 
plateresco. 
Catedral de Regensburg, 
Alemanha. 
Catedral de Barcelona, 
Espanha 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 10. AS ESCOLAS GÓTICAS 
ITÁLIA 
Surge tardiamente. Mantém poucas 
aberturas nas paredes, e executa 
pintura mural em vez do uso dos 
vitrais. É chamado gótico flamejante. 
Catedral de Florença, Itália.
Aula 07 
Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA 
®vínculada à arquitetura 
®nos tímpanos dos portais, nos umbrais e no interior das 
grandes catedrais 
®expressa naturalidade (sem ser naturalista) 
Portada Real da Catedral de Chartres, na fachada oeste. 
• c. 1140–50. 
• esculturas dos reis do Antigo Testamento (daí o nome) 
• muitas dessas estátuas foram destruídas durante a Revolução 
Francesa (1789), por manifestantes que pensavam que as 
estátuas representavam reis e raínhas franceses 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA 
Cristo em Majestade com os 
quatro evangelistas 
Ascenção de Cristo 
aos Céus 
Maria com o Menino 
JJeessuuss aaoo ccoolloo
Aula 07 
Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA 
Santos Teodoro, Stéfano, Clemente e 
Laurence. Trancepto Sul. Chartres. 
Estátuas de reis na fachada oeste. 
Chartres.
Aula 07 
Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA 
• naturalidade 
• mão direita sugerida sob a veste, parece 
aconchegar ao rosto a gola de sua capa 
Aula 07 
Profª. Lila Donato 12. VITRAIS E ROSÁCEAS 
• luz e cor penetram os 
interiores 
• cores predominantes: 
vermelho e azul – em contraste 
com os dourados que 
caracterizam os mosaicos 
bizantinos 
• presença de Deus através de 
feixes de luz e cor 
Rosácea do trancepto norte da Catedral de 
Chartres. Séc. XIII. Diâmetro: 12,8m.
Aula 07 
Profª. Lila Donato 12. VITRAIS E ROSÁCEAS 
Os vitrais já eram 
esporadicamente produzidos 
nas igrejas bizantinas, e com um 
pouco mais de repetições 
durante o período românico. 
Mas foi somente durante o 
período gótico que os vitrais se 
tornaram parte integrante e 
indispensável da arquitetura 
religiosa. 
Nave centra. Saint-Chapelle, Paris, França. 
Altura: 30,3m.

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Aula 07 idade média - a arte cristã primitiva 4

  • 1. Aula 07 Profª. Lila Donato IDADE MÉDIA a produção artística CRISTÃ PARTE 4 Aula 07 Prof. Lila Donato A ARTE NA ALTA IIDDAADDEE MMÉÉDDIIAA gótico
  • 2. 1. COMO SURGIU O GÓTICO? Aula 07 Profª. Lila Donato O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO 1 O burguês é um homem orgulhoso de si próprio e da sua cidade, não se poupando a esforços para a embelezar e engrandecer. Assim, contribui com quantias avultadas para as grandes construções urbanas: muralhas, portas monumentais, palácios, catedrais… A burguesia estava empenhada em demonstrar o seu poder financeiro, rivalizando com as elites das cidades vizinhas. 1. COMO SURGIU O GÓTICO? Aula 07 Profª. Lila Donato O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO Esta vontade de promover as cidades coincidiu com o surgimento de um novo estilo artístico, o gótico. Este surgiu pela primeira vez na abadia de Saint-Denis, 2 perto de Paris, quando o abade Suger mandou efetuar obras de remodelação e ampliação do templo (1137). Abadia de Saint-Denis - desenho
  • 3. 1. COMO SURGIU O GÓTICO? Aula 07 Profª. Lila Donato O SURGIMENTO DO ESTILO GÓTICO Uma combinação engenhosa de elementos arquitectônicos permitiu então elevar as construções góticas a alturas até então nunca erguidas. As torres dos palácios 3 comunais e, sobretudo, das igrejas podiam assim ser vistas de muito longe, anunciando a importância do burgo e das suas gentes. Abadia de Saint-Denis - interior 2. GÓTICO: o estilo Aula 07 Profª. Lila Donato DEFINIÇÃO GÓTICO Estilo artístico que dominou a Europa entre os séculos XII e XV. Evoluiu da arquitetura românica. Iniciou no norte da França, entre os anos 1050 e 1100, e, embora se tenha desenvolvido em várias vertentes artísticas (pintura, escultura, vitral, ourivesaria, etc.), permaneceu essencialmente ligado à arquitetura. Detalhe do afresco Les Démons Chassés d’Arezzo. Giotto. Anterior a 1300. Assise, Igreja Superior de Saint-Françóis.
  • 4. 2. GÓTICO: o estilo Aula 07 Profª. Lila Donato DEFINIÇÃO GÓTICO Originalmente se chamava "Obra Francesa" (Opus Francigenum). O termo “gótico” só apareceu na época do Renascimento. A denominação era como um insulto estilístico, pois os renascentistas consideravam a arte gótica uma arte bárbara, tipicamente medieval. A palavra gótico é em referência aos godos, povo bárbaro-germano. Ilustração de um rei-guerreiro Godo. 2. GÓTICO: o estilo Aula 07 Profª. Lila Donato DEFINIÇÃO GÓTICO Por vezes recebe também o nome ogival, em referência aos arcos cruzados das abóbadas. Arcos ogivais de Notre Dame.
  • 5. 3. DE ONDE VEM O GÓTICO? Aula 07 Profª. Lila Donato ANTECEDENTES ROMÂNICO ® GÓTICO O estilo gótico foi precedido na Europa pelo estilo românico. Este definia-se pela horizontalidade e pela obscuridade dos interiores, fazendo utilização sistemática do arco de volta perfeita e da abóbada. de berço. Oratório Germigny-des-Prés. Vista externa da basílica. Oratório Germigny-des-Prés. Vista do altar a partir da nave central 3. DE ONDE VEM O GÓTICO? Aula 07 Profª. Lila Donato ANTECEDENTES Mal os artistas românicos tinham conseguido construir com êxito as abóbodas de suas igrejas e disposto as estátuas de uma nova maneira, quando uma idéia revolucionária fez as igrejas normandas e românicas parecerem desgraciosas, ppeessaaddaass ee oobbssoolleettaass.. Foi o surgimento do estilo gótico... Do ponto de vista construtivo, é indubitável que o gótico continua, aprofunda e conclui a investigação românica, uma vez que o conjunto românico passa a ser leve e esguio, um esqueleto construtivo.
  • 6. 3. DE ONDE VEM O GÓTICO? Aula 07 Profª. Lila Donato ANTECEDENTES ROMÂNICO ® GÓTICO Algumas construções românicas já apresentavam vários elementos que se aproximam do estilo gótico. Fala-se de um estilo pré-gótico? Christ Church Cathedral, Dublin, Irlanda. Interior. Christ Church Cathedral, Dublin, Irlanda. Exterior. 4. GÓTICO: objetivos Aula 07 Profª. Lila Donato OBJETIVOS DA ARQUITETURA GÓTICA louvar a Deus louvar os homens Deus é luz os pobres que participavam na os ricos que financiavam a construção construção as catedrais eram motivo de orgulo para os habitantes das cidades a expansão das cidades dá-se em torno da catedral as catedrais são as moradas de Deus
  • 7. Aula 07 Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características GENERALIDADES Sobre todas as cidades e todos os burgos cercados de novos muros, o arranha-céu de Deus dominava a paisagem. Tinha sido feito mais alto do que se podia, extraordinariamente aallttoo.. Era uma desproporção no conjunto; mas não, era um ato de otimismo, um gesto de altivez, uma prova de mestria. (Le Corbusier, 1937 apud BENEVOLO ) The Parish Church of St Mary, Redcliffe, Bristol, England. Aula 07 Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características GENERALIDADES Com o gótico, a arquitetura ocidental atingiu um dos pontos culminantes da arquitetura pura. As abóbadas cada vez mais elevadas e maiores, não se apoiavam mais em muros e paredes compactas e sim sobre ppiillaassttrraass oouu ffeeiixxeess ddee ccoolluunnaass.. UUmmaa sséérriiee ddee ssuuppoorrtteess qquuee eram constituídos por arcobotantes e contrafortes possuíam a função de equilibrar de modo externo o peso excessivo das abóbadas. Desta forma, imensas paredes espessas foram excluídas dos edifícios de gênero gótico e foram substituídas por vitrais e rosáceas que iluminam o ambiente interno.
  • 8. Aula 07 Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características GENERALIDADES A arte gótica teve na catedral a sua melhor expressão. Uma vez que elas deveriam ser vistas de muito longe, as catedrais góticas caracterizam-se pela verticalidade ee mmaajjeessttaaddee.. Catedral de Notre Dame, Paris, França. Mede 145 metros de altura. Aula 07 Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características ORIGINALIDADE nova estética mudanças na estrutura formal inovações técnicas
  • 9. Aula 07 Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características CARACTERÍSTICAS GERAIS O que imediatamente distingue as catedrais góticas é a sua elevação e verticalidade. O exterior é imponente e profusa-mente decorado. O interior é amplo, elevado e luminoso, de formas arquitectónicas graciosas e leves, quase sem peso, quando as compararmos com a solidez maciça dos interiores românicos. Basílica da Assunção da Virgem Maria, Cracóvia, Polónia. Aula 07 Profª. Lila Donato 5. GÓTICO: características CARACTERÍSTICAS GERAIS Grandes janelas, adornadas de magníficos vitrais, dão ao interior uma luminosidade coada, que ssiimmuullttaanneeaammeennttee deslumbra e convida à meditação. “Deus é luz” e essa vivência espiritual é deliberadamente realçada pelo estilo gótico.
  • 10. Profª. Lila Donato : características Aula 07 ELEMENTOS ESTRUTURAIS 5. GÓTICO: Profª. Lila Donato : características Aula 07 ELEMENTOS ESTRUTURAIS A - nave central B - nave lateral C - pilar D- arco quebrado ou arco ogival E - abóbada de ogivas 5. GÓTICO: F - fecho da abóbada G - contra forte H – arcobotante I - vitral
  • 11. Profª. Lila Donato : características Aula 07 ELEMENTOS ESTRUTURAIS 5. GÓTICO: Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS - Planta em formato de cruz latina - Arcos de ogiva, gótico ou quebrado - Abóbodas em cruzaria • o cruzamento de arcos diagonais de suporte - as ogivas - permite descarregar o peso não sobre as Salisbury Amiens paredes, como acontecia no estilo românico, mas sobre os pilares, possibilitando a construção de paredes mais finas e pre-enchidas por vitrais, sem afetar a segurança do edifício. Chartres
  • 12. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS ARCO OGIVAL Substitu o arco de volta perfeita, semicircular, utilizado na arte românica. O arco qquueebbrraaddoo oouu ooggiivvaall pode ser “estirado” em altura, independentemente da largura da sua base, o que confere aos portais e às arcaturas interiores um aspecto de verticalidade e elevação. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS ABÓBADAS EM CRUZETA Deriva da abóbada de aresta e identifica-se facilmente pelos arcos diagonais de suporte – as ogivas. AAoo ccoonnttrráárriioo ddaass aabbóóbbaaddaass ddee bbeerrççoo ddoo estilo românico (que descarregam o seu peso de forma contínua sobre as paredes), as abóbadas góticas são articuladas, isto é, compostas por seções independentes (tramos).
  • 13. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS ABÓBADAS EM CRUZETA os arcos de cada tramo desempenham o papel de uma armação, suportando o peso da abóbada e descarregando-o nos pilares. É esta concentração do peso em pontos específicos que permite fragilizar as paredes, introduzindo-lhes grandes aberturas preenchidas ppoorr vviittrraaiiss.. - Iluminação (filtrada e colorida) • vitrais • rosáceas 6. As questões formais e estruturais do estilo ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS
  • 14. 6. As questões formais e estruturais do estilo - Suportes Exteriores • arcobotante • contraforte - Verticalidade ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS Esquema estrutural de uma Catedral gótica. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS ARCOBOTANTES São reforços no exterior aos pontos de pressão. São compostos de duas partes: • uma massa sólida, o contraforte (estribo) • um ou mais arcos qquuee,, aa ppaarrttiirr ddoo estribo, se apoiam nas paredes da nave central. Para dar mais força e estabilidade ao estribo, este é, muitas vezes, encimado por um pináculo.
  • 15. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura Trancepto quase tão largo quanto o corpo principal, pouco ou nada saliente.
  • 16. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura A abside se tornou muito mais complexa e maior, ocupando cerca de 1/3 da área da igreja. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura Os pilares das arcadas interiores aumentam em número e são colocados mais próximos uns dos outros. Eles se tornam mais finos e altos, o que, em associação com 1 2 o aumento da altura dos tetos, intensifica a verticalidade. Nave central da Catedral de Colonha. Observe-se a verticalidade acentuada.
  • 17. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura Ordenação das paredes laterais: arcadas, trifório, galeria (que no amadurecimento desaparece) e janelas clerestóricas. Na fase madura ocorre também o alongamento das arcadas e do clerestório, reforçando as linhas verticais. 1 2 Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura As janelas, alongadas verticalmente, ocupavam toda a largura das paredes. As rosáceas tornam-se imponentes, permitindo uma iluminação melhor. 1 2
  • 18. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura Talhados num corpo saliente da fachada, que avançava até à espessura da base dos contrafortes. As arquivoltas ogivais tornam- 1 2 PORTAIS tornam-se mais esguias. Quando inseridas nos gabletes, as arquivoltas ficam mais acentuadas. Gabletes: empenas decorativas de forma triangular, que servem de moldura e remate. Aula 07 Profª. Lila Donato 6. As questões formais e estruturais do estilo ALTERAÇÕES NA ESTRUTURA FORMAL da fase inicial à fase madura Verticalidade realçada pelas torres sineiras (campanários), que se elevam terminando em telhados cônicos ou em flechas rendilhadas, e que se prolongam aaiinnddaa mmaaiiss com elementos como o pináculo e as agulhas.
  • 19. Aula 07 Profª. Lila Donato 7. DECORAÇÃO EXTERNA Riquíssima decoração externa, com estátuas e altos relevos: 1 2 Tímpano Arquivoltas 3 Colunelos Aula 07 Profª. Lila Donato 7. DECORAÇÃO EXTERNA Riquíssima decoração externa, com estátuas e altos relevos: 4 5 Mainel CCoonnttrraaffoorrtteess 6 Gárgulas
  • 20. Aula 07 Profª. Lila Donato 7. DECORAÇÃO EXTERNA Riquíssima decoração externa, com estátuas e altos relevos: 7 Arcobotante 8 Pináculo Aula 07 Profª. Lila Donato 8. INSERÇÃO NO ENTORNO Os contrafortes afastados das paredes prolongam a volumetria das catedrais para o espaço circundante. Contráriamente, no alto das torres e telhados pináculos Notre Dame, Paris e flechas dirigem o olhar para o céu. Chartres
  • 21. Aula 07 Profª. Lila Donato 9. AS 4 FASES DO GÓTICO Aula 07 Profª. Lila Donato 10. AS ESCOLAS GÓTICAS FRANÇA Foi o modelo a partir do qual se desenvolveu o estilo. Foi seguido em vários países – Gótico Internacional INGLATERRA Prevalência das catedrais monásticas, de corpo alongado, aberturas menores, cabeceiras quadradas e tranceptos duplos. Catedral de Amiens, França Catedral de Westminster, Londres
  • 22. Aula 07 Profª. Lila Donato 10. AS ESCOLAS GÓTICAS ALEMANHA Igrejas salão, pois têm o espaço interno unificado. É denominano estilo Hallenkirchen. Seguem o modelo francês, mas suas torres são muito mais altas. ESPANHA Teve um estilo muito particular devido ao uso de elementos decorativos de influência árabe – estilo plateresco. Catedral de Regensburg, Alemanha. Catedral de Barcelona, Espanha Aula 07 Profª. Lila Donato 10. AS ESCOLAS GÓTICAS ITÁLIA Surge tardiamente. Mantém poucas aberturas nas paredes, e executa pintura mural em vez do uso dos vitrais. É chamado gótico flamejante. Catedral de Florença, Itália.
  • 23. Aula 07 Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA ®vínculada à arquitetura ®nos tímpanos dos portais, nos umbrais e no interior das grandes catedrais ®expressa naturalidade (sem ser naturalista) Portada Real da Catedral de Chartres, na fachada oeste. • c. 1140–50. • esculturas dos reis do Antigo Testamento (daí o nome) • muitas dessas estátuas foram destruídas durante a Revolução Francesa (1789), por manifestantes que pensavam que as estátuas representavam reis e raínhas franceses Aula 07 Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA Cristo em Majestade com os quatro evangelistas Ascenção de Cristo aos Céus Maria com o Menino JJeessuuss aaoo ccoolloo
  • 24. Aula 07 Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA Aula 07 Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA Santos Teodoro, Stéfano, Clemente e Laurence. Trancepto Sul. Chartres. Estátuas de reis na fachada oeste. Chartres.
  • 25. Aula 07 Profª. Lila Donato 11. ESCULTURA • naturalidade • mão direita sugerida sob a veste, parece aconchegar ao rosto a gola de sua capa Aula 07 Profª. Lila Donato 12. VITRAIS E ROSÁCEAS • luz e cor penetram os interiores • cores predominantes: vermelho e azul – em contraste com os dourados que caracterizam os mosaicos bizantinos • presença de Deus através de feixes de luz e cor Rosácea do trancepto norte da Catedral de Chartres. Séc. XIII. Diâmetro: 12,8m.
  • 26. Aula 07 Profª. Lila Donato 12. VITRAIS E ROSÁCEAS Os vitrais já eram esporadicamente produzidos nas igrejas bizantinas, e com um pouco mais de repetições durante o período românico. Mas foi somente durante o período gótico que os vitrais se tornaram parte integrante e indispensável da arquitetura religiosa. Nave centra. Saint-Chapelle, Paris, França. Altura: 30,3m.