2. Os dez mandamentos para
análise de textos
1- Ler duas vezes o texto. A primeira para tomar
contato com o assunto; a segunda para observar
como o texto está articulado; desenvolvido.
2- Observar que um parágrafo em relação ao outro
pode indicar uma continuação, uma conclusão ou
uma falsa oposição.
3- Sublinhar, em cada parágrafo, a ideia mais
importante (tópico frasal).
3. Os dez mandamentos para
análise de textos
4- Ler com muito cuidado os enunciados das
questões para entender direito a intenção do
que foi pedido.
5- Sublinhar palavras como: erro, incorreto,
correto, etc., para não se confundir no
momento de responder à questão.
6 – Escrever, ao lado de cada parágrafo a
ideia mais importante contida.
4. Os dez mandamentos para
análise de textos
7- Não levar em consideração o que o autor
quis dizer, mas sim o que ele disse;
escreveu.
8- Se o enunciado mencionar tema ou ideia
principal, deve-se examinar com atenção a
introdução e/ou conclusão.
9 – Se o enunciado mencionar
argumentação, deve-se preocupar com o
desenvolvimento.
5. Os dez mandamentos
10 – Tomar cuidado com os vocábulos relatores
(os que remetem a outros vocábulos do texto:
pronomes relativos, pronomes pessoais,
pronomes demonstrativos, etc.)
6. - Compreensão ou intelecção de texto – consiste em
analisar o que realmente escrito, ou seja, coletar
dados do texto.
- Interpretação de texto – consiste em saber
o que se infere do que está escrito.
- TRÊS ERROS NA ANÁLISE DE TEXTOS:
- 1. Extrapolação – fugir do texto.
- 2. Redução – valoriza-se uma parte do
contexto e despreza-se a totalidade.
- 3. Contradição – entende-se o contrário do
que está escrito.
7. TIPOLOGIA TEXTUAL
1 -Texto descritivo – transmite ao leitor a imagem que se tem
de um ser mediante a percepção dos cinco sentidos.
2 – Texto narrativo – compõe-se de exposição, enredo e
desfecho; os elementos centrais são as personagens, as
ações e as ideias.
3 – Texto dissertativo – consiste na posição pessoal sobre
determinado assunto. O discurso dissertativo pode ser:
a)Expositivo – explicação, sem o propósito de convencer o
leitor.
b)Argumentativo – opinião que tenta convencer o leitor.
8. Enildo disse que estaria aqui cedo.
estar aqui cedo.
Zélia disse que hoje iria à cidade.
Zélia disse: hoje vou à cidade.
9. Unidades não significativas: os
fonemas
Lexemas: unidades que trazem consigo seu
significado. São os substantivos, adjetivos, verbos,
advérbios, pronomes, numerais.
Outros lexemas tem por missão apenas articular,
no discurso, as unidades acima enumeradas, na
condição de instrumentos gramaticais: o artigo, a
preposição, a conjunção, além dos afixos (prefixos
e sufixos) e das desinências.
10. O EMPREGO DA VÍRGULA
Não se separam por vírgula o sujeito e o
verbo do predicado:
Ex: Os bons alunos merecem os elogios dos
colegas.
Se houver separação dos dois termos por
intercalação de outros termos, então se
poderá usar a vírgula para marcar a
sequência interrompida, o que, na leitura,
quase sempre vem assinalado por pausa.
Ex: Os bons alunos, durante o ano todo,
merecem o elogio dos colegas.
11. ORAÇÃO SEM SUJEITO: VERBOS IMPESSOAIS.
a)Os que denotam fenômenos atmosféricos: chover
b)Haver e ser em orações equivalentes às
constituídas com existir: Há bons livros; eram
vinte pessoas no máximo.
c)Haver, fazer e ser nas indicações de tempo: Há
cem anos nasceu meu avô; faz cinco anos não
aparece aqui. É uma hora; são duas horas.
d)Ir acompanhado das preposições em ou para
exprimindo o tempo em que algo acontece ou
aconteceu: Vai em dois anos ou pouco mais.
e)Passar acompanhado da preposição de
exprimindo tempo: Já passava de duas horas.
12. Oração sem sujeito: verbos
impessoais
f) Tratar-se acompanhado da preposição de em
construções do tipo: Trata-se de assuntos sérios.
g) Vir, andar acompanhados das preposições por ou a
exprimindo o tempo em que algo acontece: Andava
por uma semana que não comparecia às aulas.
Os verbos impessoais estão sempre na 3ª pessoa do
singular. Faz exceção o verbo ser em construções do
tipo: Eram vinte pessoas no máximo.
São duas horas.
13. Segundo Bagno (2003), a linguagem,
de todos os instrumentos de controle e
coerção social, talvez seja o mais
complexo e sutil (...) É mais pernicioso
porque a língua é parte constitutiva da
identidade individual e social de cada
ser humano – em boa medida, nós
somos a língua que falamos, e acusar
alguém de não saber falar a sua própria
língua materna é tão absurdo quanto
acusar essa pessoa de não saber usar a
visão.
14. NORMA CULTA
Expressão carregada de preconceito, de que existe
uma única maneira “certa” de falar a língua, e que
seria o conjunto de regras e preceitos estampados
nas gramáticas.
Um tipo peculiar de atividade linguística de um
grupo muito especial e seleto de cidadãos, os
grandes estilistas da língua, que também
costumam ser chamados de “clássicos”.
15. É preciso expandir o uso da
linguagem em instâncias privadas e
utilizá-la com eficácia em instâncias
públicas, sabendo assumir a palavra
e produzir textos — tanto orais como
escritos — coerentes, coesos,
adequados a seus destinatários, aos
objetivos a que se propõem e aos
assuntos tratados;
16. É preciso conscientizar-se da utilização de
diferentes registros, inclusive os mais
formais da variedade linguística valorizada
socialmente, sabendo adequá-los às
circunstâncias da situação comunicativa de
que participam;
É imprescindível conhecer e respeitar as
diferentes variedades linguísticas do
português falado.
17. LÍNGUA ORAL: USOS E FORMAS
Não é papel da escola ensinar o aluno a falar: isso é
algo que a criança aprende muito antes da idade
escolar. Talvez por isso, a escola não tenha tomado
para si a tarefa de ensinar quaisquer usos e formas
da língua oral. Quando o fez, foi de maneira
inadequada: tentou corrigir a fala “errada” dos
alunos — por não ser coincidente com a variedade
lingüística de prestígio social —, com a esperança de
evitar que escrevessem errado. Reforçou assim o
preconceito contra aqueles que falam diferente da
variedade prestigiada.
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível.
São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
BAGNO, Marcos. A norma oculta: língua e poder na sociedade
brasileira. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
BAGNO, Marcos. Dramática da língua portuguesa: tradição
gramatical, mídia e exclusão social. São Paulo: Edições Loyola,
2005.
FIORIN, José Luiz (org.). Introdução à Linguística. 5ª Ed – São
Paulo: Contexto,2006.
PORTO,Márcia.Um diálogo entre os gêneros textuais. Curitiba:
Aymará, 2009.
VALENTE, André (org.). Aulas de Português: Perspectivas
inovadoras. RJ: Editora Vozes, 1999.