Paulo Freire foi um educador brasileiro que desenvolveu um método de alfabetização de adultos baseado no diálogo e na conscientização. Seu método enfatizava o uso de palavras geradoras retiradas do contexto dos alunos para ensinar a leitura e a escrita de forma significativa. Freire acreditava que a educação deveria ser uma prática de liberdade que promovesse a autonomia e a conscientização crítica.
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Conceituação da Educação Popular no Brasil
1. Conceituação da Educação
Popular no Brasil
PAULO FREIRE NA
EDUCAÇÃO E A
ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS
E ADULTOS
Andreza Figueira
Barbara Nobrega
Edna Carvalho
Gleciane Rejane Souza
Leslie Silva dos Santos
Livea Rodrigues Luiz
Nataly Stefany
Viviane da Cruz
2. BIOGRAFIA
• Nasceu em 19 de Setembro de 1921
no Recife, Pernambuco.
• Pertencia a classe média, porém
vivenciou pobreza e a fome durante a
Repressão de 1929.
• Em 1943 começou a cursar a
faculdade de direito na Universidade do
Recife, profissão a qual não exerceu.
• Em 1944 casou –se com Elza Maia
Costa de Oliveira com quem teve cinco
filhos, e começou a lecionar no colégio
Oswaldo Cruz.
• Em 1947 foi indicado ao cargo de
4. HISTÓRIA DO MÉTODO
- O método nasceu em 1962, quando Paulo
Freire era Diretor do Departamento de
Extensões Culturais da Universidade de
Recife.
- Com um grupo alfabetizou 300 cortadores de
cana em 45 dias.
- Em 1963 surge com o apoio do Governo
Federal ( na época o presidente era João
Goulart) a Campanha Nacional de
Alfabetização que visava criar 20.000 círculos
de cultura capazes de formar durante 1 ano
aproximadamente 2 milhões de alunos.
- Em 1964 a Ditadura Militar se instala e o
projeto é barrado. Paulo Freire se exila no
Chile e lá aplica seu método.
5. COMO FUNCIONA O MÉTODO NA
PRÁTICA.
O Método Paulo Freire consiste numa proposta
para a alfabetização de adultos.
O método propõe a identificação das palavras-
chaves do vocabulário dos alunos – as chamadas
palavras geradoras.
Não às cartilhas!
Sim à comunidade!
Não à repetição!
Sim à crítica!
Sim a Paulo Freire!
6. ETAPAS DO MÉTODO
Etapa de Investigação: Busca conjunta
entre professor e aluno das palavras e
temas mais significativas da vida do
educando;
Etapa de Tematização: Seleção dos
temas geradores e palavras geradoras.
Buscando a consciência do vivido;
Etapa de Problematização: Busca da
superação da primeira visão ingênua por
7. Como o método é
vivido:
Essa fase se
constitui num
importante
momento de
pesquisa e
conhecimento do
grupo,
13. A dialogicidade é o caminho
que Freire nos aponta para
construir uma cultura
autenticamente libertadora,
humanizada e inovadora a partir
da organização dos oprimidos.
Dialogando sobre seu mundo
concreto e o "mundo possível” a
ser construído no processo de
libertação, é que os oprimidos
firmam sua verdadeira
humanidade, por que buscam
ser mais, humanizando, assim,a
sociedade, a si mesmos e aos
opressores.
Dialogicidade
14. A conscientização não é apenas
tomar conhecimento da
realidade. A tomada de
consciência significa a
passagem da imersão na
realidade para um
distanciamento através desta
realidade. A conscientização
ultrapassa o nível da tomada de
consciência da análise crítica,
isto é, do desvelamento das
razões de ser desta situação,
para constituir-se em ação
transformadora desta realidade.
(BIBLIOGRAFIA,FREIRE,1996,
p.81)
Conscientizaç
ão
15. "A educação como prática da
liberdade, ao contrário daquela
que é a prática da dominação,
implica a negação do homem
abstrato, isolado, solto, desligado
do mundo,assim também a
negação do mundo como uma
realidade ausente dos homens.“
PauloFreire
Educação como
prática de
liberdade.
16. A educação torna-se um ato de
depositar (como nos bancos); o
“saber” é uma doação dos que
se julgam sábios aos que nada
sabem. A educação bancária
tem por finalidade manter a
divisão entre os que sabem e
os que não sabem, entre
oprimidos e opressores.
Educação Bancária.
17. Paulo Freire utilizava-se do chamado método
global de alfabetização, associando a leitura da
palavra à leitura do mundo. Insistia na
necessidade, tanto da criança quanto do
adulto, de ler o texto entendendo-o.
Preocupou-se com a educação das classes
populares. Seu método de trabalho incluía a
imprensa, o desenho livre, o diálogo e o
contato com a realidade do aluno.
A educação deve ter uma visão do aluno como
pessoa inteira, com sentimentos e emoções.
" A leitura do mundo
precede a leitura da
palavra”
18. A politicidade é aquela que concebe a educação
como problematizadora fundada na relação
dialógica e dialética entre educador e educando,
que ao dialogar e politizar, problematizam e
aprendem juntos. A política, entendida como luta do
bem-comum é que pode, mediatizada pelo
diálogo, buscar ou almejar a transformação através
da consciência crítica. Não se consegue educar um
povo imerso na passividade, que já tem como
hospedeiro o opressor, apesar de continuar
oprimido. Sem uma consciência crítica que nos
integra à realidade não pode haver
politicidade. Por isso a conscientização é base
primordial da politicidade, que só se dá na
Politicidade do ato Educativo
19.
20. A EJA surgiu na década de 30 durante o período de desenvolvimento
industrial no Brasil. Havia uma grande necessidade de escolarização
entre os jovens e adultos pois tinham a intenção de que dominassem a
escrita e a leitura. Nesta educação é discutido o alfabetismo e os
conceitos perante a sociedade, incentivando os alunos a lutarem por
seus direitos e expressarem suas opiniões. A Eja passa por diversas
transformações até conseguir alcançar um lugar na educação que
garantisse aos jovens e adultos um desempenho importante para a
sociedade.
De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação)
artigo 37, "a educação de jovens e adultos é destinada aqueles que
não tiverem acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental
e médio na idade mínima de 15 anos para o ensino fundamental e 18
anos para o ensino médio". Foi notado que em grande maioria, os
alunos tiveram passagens anteriores na escola, porém foram
fracassados e ou por demanda sócio cultural dos mesmos, evadiram
por necessidades de trabalho, questões de exclusão por raça,
gênero,questões geracionais dentre outras.
23. Pedagogia do Oprimido
Em 1968, foi escrito por
Paulo Freire o livro
Pedagogia do Oprimido.
Traduzido por mais de 40
línguas, a obra é
considerada o mais
importante trabalho do
autor e a principal
referência mundial para o
entendimento e a prática
24. Pedagogia do
Oprimido foi escrita no
Chile durante seu
exílio. Publicado em
1970, a obra trata de
dois tipos de
pedagogia: a
pedagogia dos
dominantes, chamada
de Bancária, na qual a
educação existe como
prática da dominação,
25. Pedagogia da
Autonomia
O livro está dividido em três capítulos:
Capítulo I
• Não há docência sem discência
Capítulo II
• Ensinar não é transferir conhecimento
Capítulo III
• Ensinar é uma especificidade humana
26. Não há docência sem
discência
• Quem ensina aprende
ao ensinar e quem
aprende ensina ao
aprender.
• O formador é o
sujeito, e o objeto é o
ser formado, apesar
das diferenças, não se
27. Ensinar não é transferir
conhecimento
Paulo Freire fala da forma de
ensinar, retomando a questão da
relação professor/aluno no processo
ensino-aprendizagem do qual
devem fazer parte não como objeto
um do outro, mas como sujeitos
ativos na produção e construção do
conhecimento.
“ Ensinar não é transferir
28. Ensinar é uma especificidade humana
Freire fala da importância do docente de
mostrar segurança, competência profissional,
generosidade, comprometimento, de saber
escutar e dialogar, de reconhecer que a
educação é ideológica e de querer bem aos
educandos.
A educação é ideológica porque sempre está
aberta aos outros que chegam a ela com suas
ideologias. Cabe ao mestre resistir ao poder
manhoso da ideologia, seja ela do fatalismo,
29. Pedagogia da Esperança
As Primeiras palavras de Pedagogia da
esperança mostram-nos claramente a
convicção de Paulo Freire sobre a
necessidade da esperança e do sonho para
a existência humana e a necessária luta
para fazê-la melhor.
A pedagogia da esperança faz-se também
necessária para o enfrentamento das
“situações limites”, ou seja: os obstáculos e
barreiras que precisam ser vencidas ao
longo de nossas vidas pessoal e social. A
esperança é elemento fundamental para se
31. ANALFABETISMO NO BRASIL
Não é de hoje que se sabe
que o índice de
analfabetismo no Brasil
ainda é grande, tendo
milhões de analfabetos
acima dos 15 anos de
idade.
Isso é uma realidade
causada pelos modelos de
educação arcaicos, sem
inovações, que tolhem a
32.
33. 0
20
40
60
80
100
120
IDHM Educação % de 18 anos ou
mais com ensino
fundamental
completo
% de 5 a 6 anos na
escola
% de 11 a 13 anos
nos anos finais do
fundamental ou com
fundamental
completo
% de 15 a 17 anos
com fundamental
completo
% de 18 a 20 anos
com médio completo
Fonte: Pnud, Ipea e FJP
Fluxo Escolar por Faixa Etária - Santos - SP
1991
2000
2010
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - Santos - SP