10. INTRODUÇÃO
A lição dessa semana é a continuação dos
conselhos práticos de Tiago aos seus leitores.
Os assuntos com maior destaque são a
"relação social entre os irmãos" e o
"planejamento da vida". Aprenderemos que,
uma vez nascidos de novo, não podemos nos
relacionar de maneira conflituosa com os
outros. Outro aspecto importante que
estudaremos é que o planejamento da nossa
vida tem de estar de acordo com a soberana
vontade de Deus - único legislador e juiz da
vida. Ele é quem sempre terá a última palavra.
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13. 1. A ofensa gratuita.
Não há postura mais problemática em uma igreja local
quanto a do "disse-me-disse". Infelizmente, tal
comportamento parece ser uma questão cultural. Algumas
pessoas parecem ter satisfação em destilar palavras que
machucam. O que ganham com isso? Um ambiente
incendiado por insinuações maldosas, onde elas mesmas
passam a maior parte das suas vidas sofrendo e levando
outros a sofrerem. Assim, Tiago inicia a segunda seção
bíblica do capítulo quatro abordando o relacionamento
interpessoal entre os crentes (v.11). Devemos evitar as
ofensas e as agressões gratuitas, pois o "irmão ofendido é
mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as
contendas são como ferrolhos de um palácio" (Pv 18.19).
As ofensas só trazem angústias, tristezas e desgraças.
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16. 2. Falar mal dos outros e ser juiz da lei (Tg
4.11). O pecado de falar mal do outro foi por
Tiago tratado com clareza ainda no versículo
11. Quem empresta os seus lábios para
caluniar e emitir falso testemunho, além de
estar pecando, coloca-se como o juiz do
outro, mas não cumpridor da lei. Nós, servos
de Cristo, fomos chamados para ser
discípulos, não juízes. Quem busca
estabelecer condições para amar o próximo
não pode ser discípulo de Jesus de Nazaré. Já
imaginou se hoje, Deus, o nosso Pai, tratasse-nos
numa posição de Juiz? Provavelmente
estaríamos perdidos!
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19. 3. O autêntico Legislador e Juiz pode
salvar e destruir (Tg 4.12).
Com o objetivo de demonstrar o porquê de
não podermos nos colocar como juizes dos
outros, o texto bíblico recorda do quanto
somos pecadores e declara que há apenas
um Legislador (criador das leis) e Juiz (apto
para julgar a todos) (v.12). Apenas o
Criador tem o poder de salvar e destruir.
Portanto, antes de emitir uma palavra de
julgamento contra uma pessoa, responda a
esta questão: "Tu, porém, quem és, que
julgas a outrem?"
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24. 1. Planos meramente humanos (Tg 4.13).
É comum algumas vezes falarmos "daqui tantos
anos vou fazer isso", "em 2018 eu farei aquilo"
etc. É verdade que precisamos planejar a vida.
Entretanto, todo planejamento deve ser feito com
a sabedoria do alto. Isto é uma dádiva de Deus.
Todavia, infelizmente nos acostumamos à mera
rotina e tendemos a planejarmos o futuro sem ao
menos nos lembrarmos de que Deus, o autor da
vida, tem de ser consultado, pois tudo o que
temos é fruto da sua bondade e misericórdia.
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27. 2. A incerteza e a brevidade da vida (Tg 4.14).
"A vida é um vapor que aparece por um pouco
e depois se desvanece". Eis uma séria
advertência de Tiago para nós! O ser humano
muitas vezes se esquece da sua real condição.
Fazemos os planos para amanhã ou depois,
mas ninguém tem a certeza do futuro que lhe
espera. A nossa vida é breve, passa como a
fumaça. Lembre-se de que a nossa existência
terrena é passageira e que, por isso, devemos
viver a vida segundo a vontade de Deus,
esperança nossa.
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31. 3. O modo bíblico de abordar o futuro (Tg 4.15).
Após compreendermos que a existência humana é
finita e Deus é o infinito Absoluto, o versículo 15
nos ensina a ter um estilo de vida diferente. A
consciência da nossa limitação, bem como da
transitoriedade e a brevidade da vida, deve incidir
sobre o nosso modo de viver ao mesmo tempo em
que deve servir como ponto de partida para
confiarmos ao Senhor todos os nossos planos. Só
com essa consciência, buscaremos realizar a
vontade de Deus que é boa, perfeita e agradável
(Rm 12.2). Portanto, agiremos assim: "Se o Senhor
quiser, e se vivermos, faremos isto ou não". Tal
postura não é falta de fé, ao contrário, é fé na
Palavra de Deus.
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36. 1. Gloriar-se nas presunções (Tg 4.16a).
Pensar que podemos controlar a nossa vida
é de uma presunção orgulhosa que afronta o
próprio Deus. Nós somos as criaturas e
Deus, o Criador. Infelizmente, muitos fazem
os seus planos desprezando o Senhor como
se fosse possível deixá-lo fora do curso da
nossa vida. Não sejamos presunçosos e
arrogantes! Reconheçamos as nossas
fragilidades, pois somos pó e cinza (Gn
18.27; Jó 30.19). Mas Deus, o nosso Pai, é
tudo em todos por Cristo Jesus, o nosso
Senhor (Cl 3.11).
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39. 2. A malignidade do orgulho das presunções (Tg
4.16b).
A gravidade da presunção e da arrogância humana
pode ser comprovada na segunda parte do versículo
dezesseis: "toda glória tal como esta é maligna". O livro
de Ezequiel conta-nos a história do rei de Tiro. Ali, a
malignidade, a arrogância e o orgulho humano levaram
um poderoso rei a perder tudo o que tinha. Ele era
poderoso em sabedoria e entendimento, acumulando
para si riquezas e poder. Mas seu coração tornou-se
arrogante, enchendo o interior de violência, iniquidades,
injustiças do comércio e profanação dos santuários (Ez
28.4,5,16,18). Em pouco tempo o seu fabuloso império
desmoronou. Não há ser humano no mundo que resista
às tentações da arrogância, do poder e do orgulho.
Triste é o final de quem se entrega à malignidade do
orgulho das presunções humanas.
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42. 3. Faça o bem (v.17).
Fazer o bem é uma afirmação da Epístola de
Tiago que lembra as suas primeiras
recomendações de não sermos apenas ouvintes,
mas praticantes da Palavra (Tg 1.22-25). Ora, se
nós ouvimos, entendemos, compreendemos e
podemos fazer o que deve ser feito, mas não o
fazemos, estamos em pecado. Deus condena o
pecado de omissão! Não sejamos omissos
quanto àquilo que podemos e devemos fazer!
Como discípulos de Cristo não podemos recuar.
Antes, temos de perseverar em perseguir o alvo
que nos foi proposto até o fim (Fp 3.14).
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47. Conclusão.
Vimos nesta lição as duras advertências de Tiago.
Infelizmente, as transgressões descritas na epístola
são quase que naturais na atualidade. Não são
poucos os que difamam, caluniam e falam mal do
próximo. Comportam-se como os verdadeiros
juízes, ignorando que com a mesma medida com
que medem os outros, eles mesmos serão medidos
(Mc 4.24). Vimos também que ainda que façamos
os melhores planos para a nossa vida, devemos
nos lembrar de que a vontade de Deus é sempre o
melhor. Que aprendamos com Tiago a perdoar ao
outro e submetermo-nos à vontade do Pai.