6. Introdução.
Nesta lição, estudaremos a contundente reprimenda da
Palavra de Deus à opressão dos ricos contra os
pobres. A denúncia de Tiago é semelhante a dos
profetas do Antigo Testamento: de Isaías, de Ezequiel,
de Amós, de Miqueias e de Zacarias (Is 3.14,15; 58.7;
Ez 16.49; Am 4.1; 5.11,12; 8.4-8; Mq 6.12; Zc 7.10)
contra os senhores que oprimiam os pobres. É
importante refletirmos sobre este assunto, pois alguns
pensam que as advertências dos santos profetas
ficaram restritas à época da Lei (Lv 25.35; Dt 15.1-
4,7,8). Entretanto, o mesmo tema é alvo do
ensinamento do próprio Senhor Jesus (Lc 6.24,25).
Igualmente, o livro de Atos nos informa que a Igreja do
primeiro século cuidava dos pobres (At 2.42-45). Isso
significa que o tema abordado nesta lição é atual e
urgente.
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9. 1 - A realidade do pecado.
Um dia o homem resolveu voluntariamente
desobedecer a Deus (Gn 3.1-24). O pecado,
então, tornou-se uma realidade fatal. A partir
dessa atitude rebelde, todas as relações dos
seres humanos entre si, com o Criador e com a
criação, foram distorcidas (Rm 1.18-32). Assim,
a humanidade e a criação sofrem e gemem
como vítimas da vaidade humana (Rm 8.19-
22). Não somos capazes de, por nós mesmos,
vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda
essa grave realidade pode ser superada, pois o
Pai enviou o seu Filho para que morresse por
nós e, assim, resgatasse-nos da miséria do
pecado (Rm 8.3; Hb 10.1-39).
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13. 2 - O pecado de comissão (Gn 3.17-19).
A partir da realidade do pecado algumas formas
de pecados podem ser verificadas nas Escrituras.
Uma delas é o pecado de comissão, ou seja,
realizar aquilo que é expressamente condenado
por Deus. Os nossos pais, Adão e Eva, foram
proibidos de comer do fruto da árvore do bem e
do mal. Entretanto, ainda assim dela comeram.
Realizar conscientemente o que Deus de
antemão condenou é um atentado à sua
santidade e justiça (Sl 106.6).
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15.
16. 3 - O pecado de omissão (Tg 4.17).
Outra forma muito comum é o pecado
de omissão. Essa forma de transgredir as
leis divinas, muitas vezes, é ignorada
entre o povo de Deus. Porém, as
consequências do seu julgamento não
serão menores diante do Altíssimo (Mt
25.31-46). Não é apenas deixando de
obedecer a lei expressa de Deus que
incorremos em pecado, mas de igual
modo, quando omitimo-nos de fazer o
bem pecamos contra Deus e a sua
justiça (Lc 10.25-37; Jo 15.22,24).
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21. 1 - O julgamento divino sobre os comerciantes
ricos (v.1).
Não é a primeira vez que Tiago menciona os ricos em
sua epístola (Tg 1.9-11; 2.2-6). Entretanto, aqui há uma
particularidade. Enquanto nos outros textos o meio-irmão
do Senhor faz advertências ou denúncias contra
os ricos, o quinto capítulo apresenta o juízo divino
contra eles. Da forma em que o texto da epístola está
construído, percebemos que não há indício algum de
que a sentença divina é exclusiva para os que
conhecem a Deus, deixando “os ricos ignorantes” de
fora do juízo divino. O alvo aqui são todos os ricos,
crentes ou descrentes, que conduzem os seus
negócios de maneira desonesta e opressora contra os
menos favorecidos.
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25. 2. O mal que virá (v.2).
De modo geral, onde se encontra a confiança
dos ricos? A Bíblia afirma que a confiança dos
ricos está amparada nos bens que possuem
(Pv 10.15; 18.11; 28.11). Não atentando para a
brevidade da vida e a transitoriedade dos
bens materiais, eles orgulham- -se e confiam na
quantidade de bens que possuem (Jr 9.23; 1
Tm 6.9,17). Tiago diz que as riquezas dos ricos
desonestos e arrogantes estão apodrecidas e
as suas roupas comidas pela traça, isto é,
brevemente elas se mostrarão ineficazes para
garantir-lhes o futuro. Os ricos opressores terão
uma triste surpresa em suas vidas!
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28. 3. A corrosão das riquezas e o juízo divino (v.3).
Jesus de Nazaré falou do mesmo assunto no Sermão da
Montanha, ao advertir que “não [devemos ajuntar]
tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo
consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mt
6.19). Sabemos que nos dias atuais, muitos ignoram esta
admoestação do Senhor, dizendo que não é bem isso
que Ele quis dizer. Ora, então do que se tratava o
assunto do nosso Senhor, senão do perigo de se
acumular bens neste mundo? A arrogância
demonstrada pelo rico insensato revela esse desvario do
nosso tempo (Lc 12.15-21). Olhando para os dois textos
citados, tanto o de Mateus quanto o de Lucas, é
impossível não atentarmos para essas duas perspectivas:
a denúncia para o mal da riqueza e a revelação
profética do juízo divino contra a confiança nela (Ap
3.17; 6.15; 13.16).
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33. 1 - O clamor do salário dos trabalhadores (v.4).
O Evangelho alcança pessoas de todos os tipos e
classes sociais. Muitos que constituem a classe alta
econômica de nossa nação têm crido em Cristo. Outros
filhos do nosso meio têm emergido e alcançado altos
patamares econômicos. De funcionários, tornaram-se
patrões, juízes, políticos, etc. Por isso, é preciso advertir
que a Bíblia tem conselhos divinos claros para a ética do
homem cristão que se tornou rico ou do rico que se
tornou cristão. Neste quarto versículo, com tons graves, o
líder da igreja de Jerusalém levanta-se como um profeta
veterotestaméntario bradando contra a injustiça social
(Jr 22.13; Ml 3.5). Para tal exercício, Tiago evoca a Lei,
isto é, utiliza a Escritura do primeiro testamento para
fundamentar a sua redação epistolar (Dt 24.14,15). O
meio-irmão do Senhor adverte que o Todo-Poderoso
certamente se levantará contra toda a sorte de
opressão e injustiça!
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37. 2. A regalia dos ricos que não temem a Deus
cessará (v.5).
O versículo cinco lembra a denúncia proferida
por Jesus em Lucas 16.19-31, quando o
Senhor fala acerca do mendigo Lázaro e do
rico opressor: uma vida regalada que não se
importava com o futuro e com o próximo,
vivendo festejos como se o fim nunca fosse
chegar. Deleitando-se em suas riquezas, mal
pensava o rico que entesourava para si juízos
de Deus.
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40. 3. O pobre não resiste à opressão do rico (v.6).
Há severas condenações no Antigo
Testamento contra a opressão dos menos
favorecidos (Êx 23.6; Dt 24.17). O fato de essa
advertência aparecer em o Novo Testamento
indica a gravidade dessa atitude (1 Tm 6.17-
19). Muitos podem se perguntar por que a
Bíblia é tão dura contra os ricos injustos. Uma
vez que eles estão economicamente bem
posicionados, o pobre, ou “justo”, sucumbe à
sua opressão, restando a eles apenas Deus
para defendê-los. Assim, mesmo que o pecado
de opressão continue sendo consumado,
entendemos biblicamente que o Senhor dos
Exércitos continua a ouvir o clamor dos pobres!
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49. Conclusão.
As advertências de Tiago são relevantes e oportunas
para os nossos dias. Quanto engano tem sido
cometido por ensinamentos deturpados em nome de
uma suposta prosperidade. Tal teologia tem levado
muitas pessoas a tornarem-se materialistas. Tiago nos
exorta a demonstrarmos uma fé verdadeira, não
apenas de palavras, mas principalmente em obras (Tg
2.14-26). De igual maneira, conforme a lição de hoje,
o nosso desafio é vivermos um estilo de vida segundo
o Evangelho, onde a simplicidade, a modéstia e o
contentamento devem ser as suas marcas.
50.
51. ACESSE O NOSSO SITE
www.escola-dominical.com
Produção dos slides
Pr. Ismael Pereira de Oliveira
&
Lourinaldo Serafim