Este documento fornece dicas para quem usa software de apresentações, cobrindo tópicos como:
1) Planejamento, organização, design e apresentação efetiva de slides;
2) Criação de conteúdo claro e legível nos slides;
3) Teste da apresentação antes da apresentação.
1. Algumas dicas para quem trabalha
com software de apresentações
A finalidade deste documento consiste em salientar determinados aspectos que se consideram importantes
para quem tem de conceber, executar e utilizar apresentações com objectivos pedagógico-didácticos, em
situações de formação, e também com fins informativos em encontros, seminários, etc.
Um programa de apresentações ajuda-o a organizar ideias, optimiza as suas intervenções, potencia a sua
acção enquanto formador/apresentador.
Os seus layout, templates/modelos e clip art facilitam a criação de produtos visuais atraentes. No entanto, não
é obrigado a usar os templates/modelos do PowerPoint/Microsoft. Uma grande percentagem de utilizadores
usa os que integram o programa. Seja original. Crie o seu próprio template/modelo.
“Dê asas” à criatividade e imaginação, mas não faça coisas complicadas.
OBJECTIVOS DAS APRESENTAÇÕES
As apresentações podem ser usadas para:
• Informar,
• Ensinar,
• Influenciar,
• Vender,
• Criar situações de espectáculo.
No entanto, para alcançar qualquer destes objectivos com eficiência, a apresentação deve ser adequadamente
tratada a cada um dos seguintes níveis:
• Planeamento,
• Organização,
• Design, e, por último,
• Ser bem apresentada.
MODELOS GLOBAIS
Tudo o que seja inserido ou alterado nos modelos globais afecta todos os slides da apresentação (os que já
estão feitos e os novos). É no modelo global de diapositivos que devemos inserir um fundo ou, por exemplo,
um logotipo, comum a todos os diapositivos. Também podemos inserir hiperligações/hyperlinks no modelo
global. Deste modo a ordem de hiperligação será válida para todos os diapositivos da apresentação.
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2. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
CONSTRUÇÃO DO CONTEÚDO
Três factores fundamentais para a qualidade e eficácia de qualquer diapositivo:
• Síntese
• Visibilidade
• Legibilidade
Antes de começar a construir o conteúdo, pense qual vai ser o output :
• Apresentação a partir do computador;
• Papel;
• Acetato para retroprojector (ainda há quem use)
A escolha das cores, do layout e do tamanho dos tipos de letra, depende do output.
Faça um guião com a estrutura do que pretende sem nunca esquecer o objectivo que definiu e tendo em conta:
• Fundos
• Tipos de letra
• Número de diapositivos
• Ordem de apresentação dos diapositivos
• Títulos e sub-títulos
• Blocos de texto
• Imagens e/ou fotos para cada diapositivo
• Ideias chave e palavras chave
• Gráficos, etc.
Para apresentações com hiperligações é fundamental criar uma estrutura tipo organograma para definir o que
liga a quê. Se não o fizermos e se a apresentação tiver muitos diapositivos iremos gastar muito mais tempo e
correr mais riscos de errar ao fazer as hiperligações.
• Mantenha o aspecto geral simples e coerente.
• Seleccione cores que funcionem bem;
• Não ponha demasiado texto num diapositivo;
• Use fotografias e desenhos relacionados com o que está a dizer. Devem ser simples/claros (não ponha
a audiência a adivinhar o que significam
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3. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
Nunca esqueça:
• Objectivo/s;
• População alvo;
• Estrutura do conteúdo;
• Divisão do diapositivo em áreas funcionais;
• Densidade da informação.
•
• Para diapositivos - Fundos escuros com texto em tons claros.
• Para acetatos/papel - Fundos claros com texto em tons escuros. (gasta menos tinta/toner e não retira
rendimento luminoso ao retroprojector).
• Podem criar-se fundos em dégradé (gradiente) mas, cuidado na escolha das tonalidades (sobretudo as
do texto que devem contrastar com o fundo). Aplicando shadow (sombra) ao tipo de letra esta, por
vezes, destaca-se melhor em relação ao fundo.
• Fundos muito claros numa sala às escuras fazem um grande contraste e podem incomodar a
audiência. Também se podem usar-se fundos com texturas, em situações específicas.
• Cuidado com os tipos de letra escolhidos. Não esqueça a legibilidade e visibilidade. Helvetica e Arial
são dois dos tipos recomendados. Impact e Arial Black são bons para títulos.
• Tamanho mínimo dos caracteres 24 (sempre que possível).
• Não deve pôr demasiado texto num diapositivo. A parte visual está lá para apoiar o que está a dizer.
• Para um diapositivo de texto use 8 a 10 palavras;
• Para um texto com bullets/marcas não ultrapasse 4 ou 5 marcas com 6 a 8 palavras por marca. Não
abuse dos bullets/marcas.
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4. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
• Não deve usar muitos diapositivos seguidos, só com texto (máximo 3/4). Sempre que possível ilustre,
com imagens, as ideias-chave/pontos fortes que pretende transmitir.
• Diapositivos (ou acetatos) só devem ter ideias-chave. Tudo o mais deve ser acrescentado verbalmente
e/ou através da actuação do formador/apresentador.
• Realce as palavras-chave.
• Som e vídeo criam ficheiros grandes e necessitam de muita RAM no computador, para serem
reproduzidos em perfeitas condições.
• O uso de demasiados efeitos visuais, sonoros e transições distrai, e pode chegar a incomodar a
audiência.
• Lembre-se das pessoas na última fila da audiência. Conseguirão elas ler o seu texto?
• Uma vez organizada a estrutura da apresentação pode planear onde as fotos irão realçar a sua
mensagem.
• Decida depois o tamanho (dimensões) que as fotos irão ter. Pode decidir 1 ou 2 tamanhos e determinar
precisamente onde cada uma delas será posicionada no respectivo diapositivo.
• De seguida, junte todas as imagens/fotos que decidiu usar numa nova pasta, a que pode chamar
ORIGINAIS.
• Crie mais uma pasta que pode ter o nome da apresentação onde irá colocar os ficheiros,
redimensionados e manipulados, que vai inserir na apresentação.
• Mantenha sempre os seus ficheiros originais de imagem intactos.
• Sempre que fôr necessário modificar um ficheiro, guarde a versão modificada como um novo ficheiro,
de preferência noutra pasta.
• Deste modo pode voltar sempre ao original no caso de precisar de mais resolução para, por exemplo,
fazer uma impressão.
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5. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
• De preferência faça o redimensionamento ou transformação num software de manipulação de imagem
e não no PowerPoint.
• Quando usar várias fotos numa apresentação tente usar um ou dois enquadramentos e uma ou duas
dimensões (retrato e/ou paisagem, portrait e/ou landscape). O que dará à sua apresentação uma
aparência coerente e poupa-lhe o trabalho de repensar nas variáveis de cada uma das imagens.
• Use as guias para precisar e repetidamente estabelecer a posição das imagens. Isto reforça o aspecto
coerente da apresentação e as imagens não parecerão deslocar-se sempre que muda de um
diapositivo para outro (surgirão sempre no mesmo local).
• Só porque pode usar fotos nas apresentações não exagere.
• Clareza e simplicidade são muito importantes.
• Uma foto grande é mais facilmente observada e memorizada pela audiência do que várias pequenas.
• Quanto maior a resolução, maior o tamanho do ficheiro e mais demorado será o “carregamento” e
mudança dos diapositivos quando estiver a fazer a apresentação.
• Diapositivos com muita informação podem tornar-se confusos e não conduzir ao reconhecimento visual
instantâneo necessário a um bom apoio verbal.
APRESENTAÇÕES INTERACTIVAS (COM HIPERLIGAÇÕES/HYPERLINKS)
• No caso de construir apresentações com hiperligações e, como já foi referido, faça um guião tipo
organograma que lhe vai poupar tempo e facilitar o trabalho, quando atribuir as ordens de hiperligação.
• Não esqueça que, se os ficheiros aos quais fez hiperligação mudarem de local no computador ou
quando a grava noutro suporte (CD, Pen, disco duro externo, etc.) as hiperligações terão de ser
refeitas. Se não o fizer as hiperligações não acontecerão.
• Se transportar a apresentação para outro PC diferente daquele em que a apresentação foi construida
deve-se certificar que esse PC tem os programas que vai necessitar bem como as fonts/tipo de letra
que utilizou. No caso de ter uma hiperligação a um ficheiro PDF o PC com que vai fazer a
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6. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
apresentação tem de ter o Acrobat Reader instalado. Caso contrário o ficheiro não abre, o que será
muito desagradável sobretudo se já disse que vai mostrar um determinado ficheiro.
• Se tiver muita RAM pode ter já abertos/activos os programas que irá usar com as hiperligações. Deste
modo tudo aparecerá muito mais depressa. Por exemplo, se tiver hiperligações a URL deve ter o
browser que vai usar já aberto.
• Em ambiente Windows o PowerPoint tem um modo/opção de guardar as apresentações em que além
dos ficheiros “hiperligados” também guarda as fonts/tipo de letra utilizadas na apresentação construída
e ainda tem a opção de fazer download de uma aplicação chamada PowerPointViewer que lhe permite
fazer a apresentação num PC em que o PowerPoint não esteja instalado.
• Ao guardar o trabalho deste modo é criada uma pasta ou um CD com todos os ficheiros necessários a
uma apresentação sem precalços.
• Se tiver instalado o PowerPoint XP a opção chama-se “Apresentações portáteis”. No caso de ter o
PowerPoint 2003 a opção chama-se “Compactar para CD”.
PÚBLICO ALVO
• As audiências gostam de ter cópias, em papel, dos conteúdos que estão a ver e, de preferência, com
espaço para tomarem notas.
• Para imprimir estas cópias use os modelos de folhetos do PowerPoint (6 por página ou 3 por página;
neste último se quiser deixar espaço para notas).
• Distribua os folhetos antes do início da sessão, (em congressos, seminários, etc.) juntamente com uma
caneta. Se o fizer durante a essão, a audiência distrai-se. Em formação, dependendo dos seus
objectivos, poderá ocorrer em momentos distintos.
• Se achar conveniente, imprima também nessas folhas elementos identificativos - o logotipo da sua
empresa ou da entidade para que está a trabalhar, a data, o local, o seu nome, etc.
• Acrescente, ao modelo global de diapositivos, num canto ou em fundo, o logotipo da sua instituição ou
empresa que, assim, irá aparecer em todos os diapositivos e provavelmente ficará na memória de
todos os participantes. Pode utilizar a opção “Marca d’água” da barra de ferramentas de imagem.
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7. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
• A qualidade (visual, do conteúdo e da impressão) de toda a documentação que é entregue aos
participantes é fundamental para um bom feedback e credibilidade.
•Uma sala obscurecida durante muito tempo pode inibir a participação do grupo.
• Se não souber uma resposta, seja honesto, diga que não sabe mas vai informar-se e, não tente fugir a
respostas de questões que foram colocadas .
• Se quer que a sua audiência assimile as suas ideias tem de fazer as suas apresentações “digeríveis”.
• Fale para a audiência e não para o ecrã. Olhar para o ecrã pode ser interpretado como insegurança.
ANTES DE APRESENTAR
•Visite o espaço onde vai actuar e perceba-lhe as características.
• Um apresentador profissional deve testar a sua apresentação in situ, conferir o som, a dinâmica de
som, o hardware de projecção e todo o sistema onde vai correr a dita apresentação.
• Deve pedir a sala vazia só para si durante alguns minutos por forma a conhecer os pontos do palco
onde não deve elevar a vista para a plateia por forma a ser encandeado com eventuais projectores.
• Se actuar sobre um estrado deve saber as marcações que escolheu por forma a saber quais as tábuas
que rangem ou não.
• Não pode (nem deve) em momento algum pensar "Ah, depois eu lá vejo isso". Já sabemos que não vê
coisa nenhuma...
• Cuidado com a combinação explosiva de um chão de mármore e umas solas de borracha...
• Verifique onde se sentarão os que a/o vão julgar.
• Não incorra no erro comum de fixar o olhar em apenas numa pessoa e lembre-se de olhar com
naturalidade para várias pessoas.
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8. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
• Evite uma outra situação comum a muitos/as apresentadores/as que deambulam pelo espaço, e que é
a de esgotarem o tempo de um dado diapositivo e de repente "saltarem" para a máquina para fazer
avançar a apresentação.
• Peça, caso não tenha, um comando remoto, que lhe permitirá passar slides naturalmente. Se o usar,
não aponte o comando como se estivesse em casa a ver TV (porque um comando decente não
precisa de ser apontado). Compre pilhas para o mesmo, caso seja emprestado. Compre duas, uma
que usará e outra que terá guardada para a eventualidade de andar com o comando ligado dentro da
mala de encontro a outras coisas e ter esgotado a pilha.
• Não leia os diapositivos.
• Não vire as costas à plateia e muito menos aos que estão a julgar o seu trabalho.
• Não se desloque “às arrecuas”, em estrados ou palcos isso pode ter consequências dramáticas. Se o
espaço for apertado e escuro (e tiver hipótese de o fazer); faça marcas no chão do palco (umas
pequenas fitas coladas) para, quando recua, perceber que chegou ao limite da marcação.
• Se puder faça uma autoscopia. Monte uma câmara de vídeo num tripé durante os ensaios e filme-se. É
a melhor forma de encontrar as falhas de uma apresentação e controlar a duração da mesma.
• Não peça opinião sobre a apresentação a familiares. Tendem a ser TODAS fantásticas as opiniões e
não ajudam muito... Escolha pessoas de espírito crítico e prepare-se para sofrer...
• No dia da apresentação NÃO USE sapatos novos ou roupa apertada. Pode parecer uma estupidez
mas é mais um elemento de desconforto, e quem já tem uma carga de ansiedade grande em cima,
dispensa bem mais uma dose de incomodidade.
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9. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
EQUIPAMENTO E SUA OPERAÇÃO
• Use a seta do rato como ponteiro. Alguns modelos de projectores de data/vídeo têm comandos à
distância que podem substituir o rato e, por vezes, têm ponteiros laser.
• Visite antecipadamente o local onde irá actuar. Pense na colocação/disposição dos diferentes
elementos que terá de usar, tanto os que existem em sala como os que irá levar.
• Ao adquirir/escolher um projector de vídeo deve ser o mais luminoso possível (+ de 1200 ansilumens)
para não ter de se obscurecer a sala. Para a reprodução de vídeo quanto maior a relação de contraste
melhor a qualidade da imagem.
• Trabalhe, de preferência, com o seu equipamento ou com outro que conheça bem e, no qual confie,
para evitar dissabores.
• Em formação, quando não dominamos o equipamento audiovisual com que temos de trabalhar, este
pode transforma-se num “complicador”, em vez de facilitador do processo ensino-aprendizagem.
• Se vai usar equipamento alugado ou emprestado verifique, previamente, se as performances são
adequadas ao seu trabalho (espaço em disco, ram, tipos de letra instalados, software, cabos, bateria
do portátil, etc).
• No caso de a apresentação ser feita com um portátil/laptop ligado a um projector de data/vídeo deve
testar, com antecedência, as ligações e configurações dos aparelhos.
• Só vale a pena ligar o PC portátil/laptop a um televisor/monitor se este for de grandes dimensões, caso
contrário, a visibilidade/legibilidade pode ficar prejudicada.
• Se fizer apresentações com banda sonora para uma audiência razoável (15 a 20 formandos/
participantes) é conveniente usar um conjunto de colunas de som amplificadas ligado à saída de som
do laptop. Se o grupo for mais numeroso deve recorrer a um sistema de amplificação sonora, ligado à
saída de som do PC portátil, bem como um microfone, para que todos oiçam adequadamente a sua
mensagem.
• Após fazer as ligações de cablagem entre o PC portátillaptop e o projector de data/vídeo deve ligar
(power on) primeiro o projector e só depois o computador. Procedendo deste modo, em princípio, o
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10. Algumas dicas para quem trabalha com software de apresentações
BOA APRESENTAÇÃO !
Nunca esqueça a famosa “Lei de Murphy“
Se algo puder correr mal, correrá mal.
(If anything can go wrong, it will)
Agradecimentos: António Nobre e Pedro Aniceto
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