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BARICHELLO, E.M.M.R.; CARVALHO, L.M. O Twitter como medium-ambiência
mcluhaniano: o processo de apropriação dos interagentes na mídia social
digital. In: VIZER, Eduardo (org). Lo que Mc Luhan no previó. Buenos Aires:
Ed. La Crujía, 2012. ISBN 978-987-601-177-8


    O Twitter como medium-ambiência mcluhaniano: o processo
       de apropriação dos interagentes na mídia social digital

                                           Eugenia Mariano da Rocha Barichello1
                                                    Luciana Menezes Carvalho2


RESUMO

Este texto propõe o entendimento das mídias sociais digitais a partir da ideia
mcluhaniana de medium-ambiência. Em primeiro lugar, reflete sobre o conceito
de medium, em McLuhan, levando em conta sua perspectiva de meio como
ambiência cultural e relacionando-o à noção de midiatização. Depois, analisa
algumas das principais apropriações dos interagentes em relação ao site de
micromensagens Twitter, que permitem configurá-lo como mídia social digital,
por meio de uma compreensão derivada do pensamento de McLuhan.



PALAVRAS-CHAVE:
McLuhan 1. Medium-ambiência 2. Mídia social digital 3. Twitter 4.


Introdução
       O presente trabalho, de caráter teórico exploratório, tem como foco a
ideia de ambiência3 que permeia o conceito mcluhaniano de “meio”, e sua
contribuição para o entendimento do processo de apropriação das ferramentas
de mídia social digital.
       As mídias sociais digitais (blogs, microblogs, sites de rede social e de
compartilhamento de vídeos e imagens) são aqui entendidas como medium, ou


1
   Professora titular e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação
(PPGCOM – UFSM). Santa Maria-RS, Brasil. E-mail: eugeniabarichello@gmal.com
2
   Mestre em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da
Universidade Federal de Santa Maria (PPGCOM – UFSM), jornalista com atuação em mídias
sociais digitais. Santa Maria-RS, Brasil. E-mail: lucianamenezescarvalho@gmail.com
3
  O “environment” citado pelo autor.
seja, para além da ideia de suporte técnico, como ambiência cultural (SODRÉ,
2002; PEREIRA, 2006; MARTINO, 2008).
        Na sociotécnica da era digital, ocorrem rupturas no pólo de emissão
(centralizado na mídia de massa), permitindo a um número infinitamente maior
de atores participar do processo de produção, distribuição e compartilhamento
de conteúdo e informações.
        A perspectiva do conceito de meio como ambiência relaciona-se à ideia
de midiatização (SODRÉ, 2002), potencializada hoje pelas apropriações das
mídias digitais. Para discutirmos esses processos, detemo-nos na análise de
apropriações do site de micromensagens Twitter, através das quais a atuação
dos usuários é determinante em sua caracterização como meio de
comunicação e mídia informativa.


1. Midiatização: o medium como ambiência


        Para que as mídias sociais possam ser tomadas individualmente como
medium, deve-se entender que o enunciado “o meio é a mensagem” (ou a
massagem) não filia McLuhan a uma visão determinista da tecnologia, como
apontaram muitos críticos à sua obra. Ao contrário, o autor canadense rompe
com uma tradição que se atém a estudar apenas os efeitos das mensagens,
passando a destacar a importância dos meios, tomados como elementos
fundamentais da comunicação.
        McLuhan, assim como Innis4, prioriza o estudo dos meios de
comunicação muito mais como estratégia teórico-metodológica, não querendo
dizer que os autores da hoje conhecida Escola de Toronto tenham ignorado os
demais fatores envolvidos na comunicação. Ao contrário, ao eleger os meios
como chave interpretativa de leitura, demarcaram a sua perspectiva de estudo,
filiando-se, por meio do núcleo duro de suas propostas, a uma teoria
essencialmente comunicacional.
        Se é a partir dos meios que a teoria de McLuhan permite analisarmos a
sociedade, o meio não é apenas o suporte técnico, o canal neutro, invisível
pelo qual fluem as mensagens da mídia. O meio mcluhaniano, como fica claro

4
 Harold Innis, pesquisador canadense considerado o primeiro a atentar para a importância do estudo dos
meios de comunicação em seus aspectos tecnológicos (MARTINO, 2008).
em suas obras mais tardias, é o ambiente que afeta, tensiona, sugere
significados e sentidos. Ao dizer que o meio é a mensagem, o autor nos lembra
que o meio, com suas características técnicas, simbólicas, organizacionais,
produz efeitos tão ou mais importantes que aqueles que possam ser
produzidos pelo conteúdo das mensagens que veiculam. Sob essa perspectiva,
a noção de meio carrega em si um caráter cultural que contesta qualquer
tentativa de filiar McLuhan a uma linha teórica determinista.
      Ou seja, para além do conteúdo de suas mensagens, cada novo meio,
enquanto dispositivo tecnológico e cultural, promove tensionamentos no fazer
dos meios anteriores, transformando-os, como ocorre com as possibilidades
trazidas pelas mídias sociais das plataformas digitais, criando novas linguagens
e legitimando novas formas de se comunicar. Transformações essas que
ocorrem por meio de processos sociotécnicos; ou seja, enquanto aparato
tecnológico,   as   mídias   sociais   são   ferramentas,       programadas   para
determinados fins; no entanto, cada nova tecnologia é utilizada para além da
finalidade para a qual estava inicialmente programada, sendo apropriada,
reinventada.
      A questão da apropriação criativa tem a ver com os usos personalizados
das ferramentas digitais, ou seja, envolve aquilo que o sistema tecnológico não
previa inicialmente, mas que os interagentes agregam. A apropriação, como
marca da era digital, está relacionada aos “desvios” no uso dados pelos
usuários em relação ao que estava previsto pelo programador ou fabricante de
uma ferramenta (LEMOS, 2004, p. 239). As ferramentas de mídia social digital
envolvem um forte potencial para recriação, deixando em aberto possibilidades
de apropriação social de modo muito mais amplo do que ocorre com os demais
meios, menos abertos à reconfiguração social.
      Em seu sentido original, conforme Sodré (2002), autor brasileiro com
grandes contribuições ao legado de McLuhan, mediação está ligada a uma
ideia de meio técnico, algo que se coloca entre o homem e o mundo para
possibilitar a comunicação. No entanto, qualquer forma de mediação implica na
instauração de uma ordem institucional (o ambiente, ou “base” para McLuhan).
Ela não é neutra, pois age sobre os sujeitos, transformando-os. Mesmo a
linguagem, mediação universal, institui, cerceia, cria e recria o sujeito, assim
como o fazem mediações mais complexas, que são as instituições.
Está presente na palavra mediação o significado da ação de fazer
                            ponte ou fazer comunicarem-se duas partes (o que implica diferentes
                            tipos de interação), mas isto é na verdade decorrência de um poder
                            originário de descriminar, de fazer distinções, portanto de um lugar
                            simbólico, fundador de todo o conhecimento. (SODRÉ, 2002, p. 21)


        Mídia é a forma aportuguesada da palavra latina media, plural de
medium, que é meio, em seu sentido de meio de comunicação, para além da
ideia de mero canal. Portanto, o termo de mídia englobaria o conjunto dos
meios de comunicação, representando uma instituição social – com seus
conjuntos de valores, normas, regras (o ambiente, o fundo, a cultura). Mídia,
nesse sentido, não é apenas um meio técnico (televisão, rádio, computador),
pois ela envolve fluxos de comunicação, interações tecnossociais, apropriações
simbólicas, questões organizacionais e culturais.
        A mídia está mais relacionada, portanto, a um “lugar simbólico”, ela
funda uma ambiência que emerge de complexas interações entre tecnologia,
sujeitos e sociedade. Concordamos com a proposição de Sodré (2002, p. 20)
quanto ao conceito de mídia enquanto “fluxo comunicacional, acoplado a um
dispositivo técnico”. Assim, é mais que o suporte pelo qual fluem as
mensagens, sendo um meio que incorpora valores e normas que mobilizam a
atuação dos indivíduos e grupos em sociedade.
        No atual estágio de evolução tenossocial, a mídia deixa de ser um
campo específico de mediação para se tornar ambiência que perpassa todos
os campos da experiência humana. Em McLuhan, o medium já afetava a
experiência, portanto, já fundava um processo de midiatização, muito antes
dela ser um fenômeno social visível. O fenômeno de midiatização, de acordo
com Sodré (2002), configura um novo bios5, o midiático, pelo qual a mídia atua
como prótese da ação humana (“extensões do homem”?), transformando a
sociedade e fundando novas formas de interação entre os sujeitos e destes
com o mundo, transformando a forma de veicular as mensagens, de criar
vínculos e a própria cognição humana.



5
  Para Sodré (2002, p. 24-25), o bios midiático complementa a classificação atistotélica sobre a
constituição de 3 esferas da vida: o bios theoretikos, correspondente à vida contemplativa; o bios
politikos, da vida política; e o bios apolaustikos, da vida prazerosa, do corpo. Cada bios é um âmbito da
existência. Para Sodré, na atualidade o homem é permeado por um quarto bios, ligado à mídia.
A sociedade é, hoje, marcada pelas lógicas da mídia em todos os
campos de interação social. A mídia cada vez menos pode ser vista como
campo autônomo, pois faz parte do ser humano em suas relações diárias,
integrando sua percepção do mundo e suas práticas sociais como um todo,
sejam ações individuais ou de grupo, afetando as esferas institucionais, que se
apropriam das lógicas da mídia em seus processos de legitimação e em seus
fazeres.
        Se os meios eletrônicos (rádio, televisão) fundaram uma civilização
audiovisual, a internet e as tecnologias digitais ampliam o processo de
midiatização, por meio de mecanismos de correlação, sem que possamos falar
em determinismo tecnológico, como alguns críticos chegaram a considerar uma
das fragilidades do modelo centrado no “meio” proposto por McLuhan. Se o
pesquisador canadense deixou margem para essas interpretações em seus
primeiros escritos, ao final de sua produção o autor clareou alguns aspectos
obscuros de sua teoria, deixando nítida a ideia de que o “meio” a que se referia
vai além de sua estrutura material.
        Na obra Laws of Media, escrito em parceria com o filho Eric, McLuhan
dá destaque à noção de ambiente, pela qual se filia a uma perspectiva cultural
que leva em conta aspectos sociais e simbólicos dos meios tecnológicos. Nela
McLuhan reconhece, com a noção de “base”6, que toda tecnologia é
condicionada pelo contexto sócio-histórico, do mesmo modo que sua
apropriação irá depender do ambiente cultural em que for empregada:


                            A base de qualquer tecnologia ou artefato é tanto a situação que o
                            origina, quanto a totalidade do ambiente (medium) de serviços e
                            desserviços que ele coloca em ação. Esses efeitos colaterais
                            ambientais impõem-se, quer queira, quer não, como uma nova forma
                                                                          7
                            de cultura. (MCLUHAN & MCLUHAN, 1988, p. 5)



        Assim, se o processo de midiatização se inicia com os meios eletrônicos,
marcados por uma lógica massiva de comunicação, o contexto sócio-histórico
atual (sociedade mais aberta ao novo, cenário de comunicação mais


6
 Do inglês “ground”, que traduzimos como “base” para expressar mais proximamente a ideia original.
7
 Tradução livre para “The ground of any technology or artefact is both the situation that gives rise to it
and the whole environment (medium) of services and disservices that it brings into play. These
environmental side-effect impose themselves willy-nilly as a new form of culture”.
descentralizado) em correlação com as tecnologias digitais (que carregam em
si, por meio de agenciamentos sociais e políticos características interativas)
possibilita a emergência de um momento único na história da humanidade, em
que a mídia pode ultrapassar sua condição massiva, sendo agora interacional,
definida pelos usos e apropriações dos seus usuários, portanto, social.


2. Mídia social digital


      Nos meios de comunicação de massa, geralmente as interações
ocorrem a partir das mensagens da mídia, no cotidiano das pessoas, não entre
os emissores e os receptores das mensagens, na arena midiática. Este cenário
se transforma com a internet e as possibilidades de comunicação todos-todos,
não linear, em rede.
      Uma das principais rupturas trazidas pelas tecnologias digitais é a
possibilidade de união de dois modelos de comunicação. Possibilidades de
conversação mediada já existiam antes das atuais tecnologias, com o telefone
e o telégrafo, por exemplo. No entanto, essas ferramentas possibilitam a
reciprocidade ponto a ponto de modo privado, entre poucas pessoas (um-um).
Já a comunicação de massa trouxe a comunicação pública, possibilitando a
criação de comunidades, ao informar várias pessoas ao mesmo tempo, mas a
partir de estruturas centralizadas de difusão (um-todos). Somente com as
tecnologias digitais será possível combinar as vantagens dos dois sistemas
anteriores. Segundo Levy (1998, p. 44), o “ciberespaço” “(...) permite, ao
mesmo tempo, a reciprocidade na comunicação e a partilha de um contexto.
Trata-se de comunicação conforme um dispositivo ‘todos para todos’”.
      A participação dos interagentes nos processos de produção e/ou
distribuição de conteúdos faz parte das principais mudanças trazidas pela
internet e as tecnologias digitais. A conexão das pessoas em rede na
plataforma digital dá sentido a esse caráter social da mídia digital. Para
Massimo di Felice (2008), as mídias digitais, que hoje podem ser consideradas
cada vez mais “sociais”, estão permeadas pela colaboração dos participantes,
transformando a própria ideia de sociedade. Segundo o pesquisador italiano, a
participação aberta a todos funda uma nova forma de habitar na atualidade,
mais democrática e inclusiva.
A denominação mídia social ganhou força a partir de algumas
apropriações das possibilidades da web 2.0 – termo cunhado por Tim O’Reilly
(2005) para explicar um conjunto de transformações da web, com destaque ao
papel do usuário, que ganhou status de interagente. A web nasceu com a
promessa de democratização da informação, mas quando passa a dar maior
poder ao usuário, liberando o pólo de emissão, configura o que se
convencionou chamar web 2.0. Ela é caracterizada como plataforma, em que o
conteúdo é gerado pelos interagentes e não apenas por editores e
programadores, como ocorria na fase anterior, com sites mais estáticos e
pouca possibilidade de interação.
      A possibilidade de conversação, com os sujeitos podendo ocupar
posições equilibradas, é um dos principais diferenciais das mídias sociais em
relação aos meios de comunicação de massa, em que a comunicação se
estabelece através de um modelo unidirecional e onde a possibilidade de
interação entre os sujeitos é limitada ou inexistente. As principais ferramentas
que possibilitam hoje a troca de informação e o compartilhamento de conteúdo
aos interagentes no cenário da web 2.0 têm sido denominadas mídias sociais.
São sites e aplicativos em que qualquer pessoa com acesso à web pode
produzir e distribuir conteúdo, permitindo ainda a sustentação de redes sociais.
      Entendemos que a ideia de que toda mídia deveria, por essência, ser
social, cria a necessidade de uma maior delimitação ao termo, daí estarmos
propondo a denominação “mídia social digital” para caracterizar esta nova
ambiência de fluxos informacionais e comunicacionais que ocorrem a partir de
ferramentas disponíveis nas redes digitais. Tratam-se de sistemas que
possibilitam usos e apropriações que envolvem participação ativa do
interagente   através   de   comentários,   recomendações,     disseminação    e
compartilhamento de conteúdo próprio ou de terceiros. Esses meios carregam
em si uma potencialidade para o uso social, embora possa ser dado um uso
mainstream, massivo e centralizado.
      São exemplos desse novo tipo de mídia os sites que atuam como
suportes de mídia social, tornando possíveis os usos criativos, a conversação
entre os interagentes, a emergência de redes sociais ou comunidades. São
exemplos de sites de mídia social digital o Orkut8 (site de rede social), o
Facebook9 (site de rede social), o Youtube10 (site de compartilhamento de
vídeos), o Flickr11 (compartilhamento de fotos), o Twitter12 (microblog ou
serviço de micromensagens), cada um atuando de modo distinto e
possibilitando usos combinados, conforme as apropriações dos atores.
        Para compreendermos a mídia social digital, é necessário fazer algumas
distinções em relação à mídia analógica e à mídia de massa. A oposição entre
mídia digital e analógica deve ser tomada com cuidado. Não quer dizer que
sistemas digitais não possam reproduzir o modelo de comunicação linear dos
meios de massa. Muitos sites e perfis em mídias sociais utilizam a plataforma
digital apenas para transmitir informação, sem possibilitar o diálogo. A
diferença é que qualquer interagente pode se apropriar das informações da
maneira que preferir, e fazer isso na mesma plataforma onde essas
mensagens foram divulgadas.
        Por isso, preferimos contrapor mídia de massa à mídia social digital, pois
a diferença está nem tanto na tecnologia (se digital ou analógica), mas na
lógica da apropriação dada pelo usuário – transmissiva, como mídia de massa;
e em rede, como mídia social digital. Ou seja, o meio digital carrega consigo
uma predisposição maior para atuar como mídia social, embora possa ser
usado como mais um “canal” de transmissão de informações, sem que haja
interação, a depender de como seja apropriado.
        Lemos (2009, p. 9) faz uma oposição entre mídia de massa e mídias
digitais (ou pós-massivas), afirmando que “as mídias de massa são mídias de
informação. As novas mídias de função pós-massiva são mídias de
comunicação, de diálogo, de conversação”. Endentemos, no entanto, que tanto
a mídia de massa comporta a comunicação (embora limite as possibilidades de
interação entre emissores e receptores), quanto a mídia social digital envolve
apropriações mais informativas, além de conversação.
        Ainda que sejam eventualmente apropriadas de modo massivo, as
ferramentas de mídia social, diferentemente do que ocorre com os meios de

8
  http://www.orkut.com
9
  http://www.facebook.com
10
   http://youtube.com
11
   http://www.flickr.com/
12
   http://twitter.com
comunicação de massa tradicionais, como a televisão e o rádio, circulam em
uma outra lógica, não linear, em rede e interativa, em que os usuários não
precisam de autorização da esfera produtiva para se manifestar. Fica superada
a separação entre as esferas de produção e de recepção das mensagens. O
site de micromensagens Twitter é uma das principais manifestações dessa
nova ambiência midiática, em que a apropriação dos interagentes determina
sua função social.


2.1 Principais apropriações do Twitter


       Embora exista desde 2006, o microblog Twitter teve um rápido
crescimento e uma rápida popularização a partir de meados de 2008
(HONEYCUTT & HERRING, 2009). O Twitter também pode ser denominado
“serviço de micromensagem”, devido à sua limitação a postagens de 140
caracteres (RECUERO e ZAGO, 2009). Neste trabalho o estamos tomando
como mídia social digital por entendermos que ele funciona como uma
ambiência que reúne características e funcionalidades que, de certo modo,
condicionam    uma    apropriação    voltada   à   participação,   à   mediação
descentralizada e à conversação.
       Inicialmente, o que mobilizava os usuários era a pergunta “O que você
está fazendo?”. No entanto, com o crescimento dos usos mais voltados à troca
de informação de relevância jornalística e social, a frase foi substituída por “O
que está acontecendo?”. Assim que foi lançado, o serviço era utilizado
principalmente para postagens pessoais voltadas para conversas do dia a dia;
com o tempo é que foi crescendo a apropriação voltada para usos informativos
e colaborativos da ferramenta (HONEYCUTT & HERRING, 2009). Atualmente,
o serviço é considerado um novo meio de compartilhamento de informações,
sendo mais utilizado como mídia noticiosa do que como rede social (KWAK et
al, 2010).
       Diferente do que ocorre em muitas mídias sociais digitais mais focadas
no suporte de redes sociais, com forte influência da preocupação com os laços
interacionais entre os atores, no Twitter predomina a função informativa,
incluindo o compartilhamento de notícias e links (KWAK et al, 2010; RECUERO
e ZAGO, 2010). A função informacional, no entanto, não deixa de se relacionar
com as apropriações conversacionais, pois uma apropriação informativa pode
levar à conversação, e vice-versa. A informação e a conversação podem ser
entendidas como funções macro que perpassam diferentes usos da
ferramenta, uma espécie de hibridação que é característica das mídias sociais
digitais.
       As principais funcionalidades da ferramenta são as mentions, pelas
quais os usuários podem conversar entre si ou mencionar outros perfis
presentes na ferramenta; os replies, que permitem a conversa direta entre os
interagentes; e os retweets ou RTs, usados para replicar ou compartilhar uma
informação dada por outra pessoa. Algumas dessas funcionalidades foram
sendo incorporadas ao site oficial da ferramenta depois de terem sido criadas e
apropriadas pelos próprios interagentes.
       Uma importante apropriação do Twitter é o uso, por parte dos
interagentes, do sinal de sustenido “#” à frente de expressões e palavras-
chaves como forma de etiquetar os assuntos e agrupar as postagens, que
depois podem ser recuperadas através da pesquisa ou acompanhadas em
tempo real. Sua API aberta também facilita sua apropriação para diversos fins,
por meio de mixagens de suas funções originais com as de outros sistemas.
       Em 2010, uma mudança na página do Twitter na web incorporou
algumas funcionalidades que já existiam em aplicativos para utilização do
serviço, ou que já eram adotadas informalmente pelos internautas. É o caso
das replies, que hoje contam com um botão específico no site do Twitter na
web. Sendo uma mídia social, a ferramenta pode ser apropriada para fins
diversos, dependendo do interesse e das habilidades dos usuários. As
categorias   conversação,   participação,   compartilhamento   e   difusão   de
informações, abordadas a seguir, referem-se às principais apropriações dadas
pelos usuários, de acordo com pesquisa realizada por Carvalho (2010).


2.1.1 Conversação


       Tendo sido programado para funcionar como um serviço de troca de
mensagens sobre o cotidiano dos usuários, o Twitter ainda encontra em grande
parte de seus membros um uso voltado para a conversação interpessoal. No
entanto, há um crescimento dos usos informativos que fazem da ferramenta
uma mídia noticiosa que se sobrepõe às suas possibilidades como suporte de
rede social, principalmente porque as interações no Twitter não necessitam de
reciprocidade, ao contrário do que ocorre na maioria dos sites de rede social 13
(KWAK et al, 2010).
        Inicialmente, a conversação no Twitter era definida pela presença do
sinal de @ à frente do nome de usuário nas postagens. No entanto, com o
tempo ficou claro que nem todo tweet contendo um sinal de @ tem como
propósito dialogar ou pode ser caracterizado como conversa. Pode-se
simplesmente estar compartilhando uma informação (RT) com amigos ou
seguidores ao citar outro usuário com o sinal de @ diante de seu nome.
        Atualmente, podemos definir a conversação, nesta mídia, como a forma
como as informações circulam, sendo comentadas, replicadas, compartilhadas.
Trata-se de uma circulação conversacional das informações.


2.1.2 Participação


        Embora a participação na mídia social digital possa referir-se a
comentários, recomendações e compartilhamento de conteúdo, está sendo
tomada nessa categoria com relação à disseminação participativa de
informações por parte dos usuários. No Twitter, a participação dos interagentes
é fundamental na configuração do serviço como mídia voltada para os fluxos de
informação de interesse principalmente jornalístico (BOYD, 2010).
        A participação torna-se importante em momentos envolvendo catástrofes
e conflitos nos quais é necessária agilidade na comunicação. Em situações
desse tipo, o serviço é utilizado como meio para o trabalho colaborativo,
envolvendo jornalistas e interagentes não especializados que informam do
palco dos acontecimentos.




13
   Rede social é uma rede de pessoas, podendo se manifestar também no ciberespaço, através das
ferramentas e sites de mídia social. Alguns sites possuem essa especificidade voltada para a criação ou
manutenção de redes sociais – são os denominados sites de rede social, caracterizados pela possibilidade
de construção de um perfil público, de exibição das redes de cada ator e de interação entre os atores
(BOYD & ELLISON, 2007; RECUERO, 2009).
2.1.3 Compartilhamento


      O compartilhamento, que também pode ser entendido como replicação
ou repasse de informações, integra a cultura colaborativa das mídias sociais
digitais. No Twitter, sempre que um interagente recebe ou tem acesso a uma
postagem que julga interessante de ser compartilhada com sua rede de
contatos, pode utilizar o Retweet, ou RT. O compartilhamento de conteúdo
informativo no Twitter é um dos usos que está ligado à utilização informativa da
ferramenta (MISCHAUD, 2007; JAVA et al, 2007; RECUERO e ZAGO, 2010).
Aquele que retuita faz questão de dar a informação sem deixar de mencionar
sua fonte. Em alguns casos, esse RT agrega comentário do usuário. Outra
forma de compartilhar informação no Twitter é inserir um “via @fulanodetal” na
mensagem.


2.1.4 Difusão de informações


      A apropriação do Twitter como mídia informativa tem superado os usos
voltados à conversação entre os interagentes (KWAK et al, 2010),
possibilitando que as organizações apropriem-se do serviço como suporte
midiático, divulgando links, manchetes, chamadas para o site corporativo,
dentre outros usos jornalísticos e publicitários. Também são enviados através
dos posts do Twitter links para espaços multimídia em que o interagente pode
participar de mapas e gráficos interativos.
      A difusão refere-se a um uso massivo da ferramenta, sem destaque para
a interação. Enquadram-se nesta categoria postagens contendo informações
postadas pelo interagente, que assume caráter de fonte informativa.
3. Considerações pontuais sobre a mídia social digital e a matriz de
pensamento mcluhaniana


       Estudar a centralidade da mídia na sociedade atual é, a priori, ainda que
o pesquisador não saiba ou não deseje, filiar-se à perspectiva da Escola de
Toronto.
       McLuhan, como principal expoente do programa teórico canadense, fez,
sobretudo, dar visibilidade aos meios de comunicação, que estavam
encobertos pelo predomínio dos estudos dos efeitos das mensagens.
       Debruçar-se sobre a ideia de mídia enquanto ambiência, como bem
traduz a noção de midiatização, pressupõe a atualidade do aforismo
macluhaniano “o meio é a mensagem”. Implica, a quem pesquisar, a tarefa de
ir além do determinismo tecnológico que a teoria pode sugerir, respeitando o
legado da perspectiva cultural que Mcluhan deixou ao estudo da mídia.
       É nesta perspectiva que observamos as apropriações dadas pelos
interagentes ao Twitter, em que a potencialidade para a conversação e a troca
de informações – como indicam suas principais funcionalidades, em correlação
com as apropriações, definem seus principais usos.
       As apropriações do Twitter têm mostrado, desde seu lançamento, em
2006, a importância dos indivíduos e da coletividade na definição dos usos das
tecnologias, sendo capazes de redefinir sua função primordial e seu papel
social. De simples mensageiro que serviria apenas para troca de informações
triviais sobre o dia a dia das pessoas, o Twitter tornou-se uma importante mídia
social digital, atuando como meio de comunicação e mídia de informação em
todo o mundo, sendo utilizado para mobilização política e social por parte dos
interagentes, incluindo usos jornalísticos, políticos e sociais.
       O Twitter, como mídia social digital, pode ser tomado como medium-
ambiência, revelando que, ainda que carregue funções e características
previstas pelos seus criadores e programadores, seu uso sempre é configurado
em uma correlação de suas funções previamente definidas com o contexto
sócio-cultural, ambiental, de sua utilização.      É necessário enfatizar que a
discussão apresentada é um breve recorte de uma pesquisa maior que procura
explorar as possibilidades da noção de midiatização (ambiência da mídia)
como contexto para o estudo das mídias sociais digitais.
4. Referências


BARICHELLO. E.M.M.R. (2001) Comunicação e Comunidade do Saber.
Santa Maria: Pallotti, 2001.

BARICHELLO. E.M.M.R. (2004) Visibilidade midiática, legitimação e
responsabilidade social. Santa Maria: FACOS/UFSM, 2004

BARICHELLO. E.M.M.R. (2008) Apontamentos em torno da visibilidade e da
lógica de legitimação das instituições na sociedade midiática. In: DUARTE, E.
B. & CASTRO, M. L. D. de. Em torno das mídias: práticas e ambiências.
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O Twitter como medium-mcluhaniano

  • 1. BARICHELLO, E.M.M.R.; CARVALHO, L.M. O Twitter como medium-ambiência mcluhaniano: o processo de apropriação dos interagentes na mídia social digital. In: VIZER, Eduardo (org). Lo que Mc Luhan no previó. Buenos Aires: Ed. La Crujía, 2012. ISBN 978-987-601-177-8 O Twitter como medium-ambiência mcluhaniano: o processo de apropriação dos interagentes na mídia social digital Eugenia Mariano da Rocha Barichello1 Luciana Menezes Carvalho2 RESUMO Este texto propõe o entendimento das mídias sociais digitais a partir da ideia mcluhaniana de medium-ambiência. Em primeiro lugar, reflete sobre o conceito de medium, em McLuhan, levando em conta sua perspectiva de meio como ambiência cultural e relacionando-o à noção de midiatização. Depois, analisa algumas das principais apropriações dos interagentes em relação ao site de micromensagens Twitter, que permitem configurá-lo como mídia social digital, por meio de uma compreensão derivada do pensamento de McLuhan. PALAVRAS-CHAVE: McLuhan 1. Medium-ambiência 2. Mídia social digital 3. Twitter 4. Introdução O presente trabalho, de caráter teórico exploratório, tem como foco a ideia de ambiência3 que permeia o conceito mcluhaniano de “meio”, e sua contribuição para o entendimento do processo de apropriação das ferramentas de mídia social digital. As mídias sociais digitais (blogs, microblogs, sites de rede social e de compartilhamento de vídeos e imagens) são aqui entendidas como medium, ou 1 Professora titular e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM – UFSM). Santa Maria-RS, Brasil. E-mail: eugeniabarichello@gmal.com 2 Mestre em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (PPGCOM – UFSM), jornalista com atuação em mídias sociais digitais. Santa Maria-RS, Brasil. E-mail: lucianamenezescarvalho@gmail.com 3 O “environment” citado pelo autor.
  • 2. seja, para além da ideia de suporte técnico, como ambiência cultural (SODRÉ, 2002; PEREIRA, 2006; MARTINO, 2008). Na sociotécnica da era digital, ocorrem rupturas no pólo de emissão (centralizado na mídia de massa), permitindo a um número infinitamente maior de atores participar do processo de produção, distribuição e compartilhamento de conteúdo e informações. A perspectiva do conceito de meio como ambiência relaciona-se à ideia de midiatização (SODRÉ, 2002), potencializada hoje pelas apropriações das mídias digitais. Para discutirmos esses processos, detemo-nos na análise de apropriações do site de micromensagens Twitter, através das quais a atuação dos usuários é determinante em sua caracterização como meio de comunicação e mídia informativa. 1. Midiatização: o medium como ambiência Para que as mídias sociais possam ser tomadas individualmente como medium, deve-se entender que o enunciado “o meio é a mensagem” (ou a massagem) não filia McLuhan a uma visão determinista da tecnologia, como apontaram muitos críticos à sua obra. Ao contrário, o autor canadense rompe com uma tradição que se atém a estudar apenas os efeitos das mensagens, passando a destacar a importância dos meios, tomados como elementos fundamentais da comunicação. McLuhan, assim como Innis4, prioriza o estudo dos meios de comunicação muito mais como estratégia teórico-metodológica, não querendo dizer que os autores da hoje conhecida Escola de Toronto tenham ignorado os demais fatores envolvidos na comunicação. Ao contrário, ao eleger os meios como chave interpretativa de leitura, demarcaram a sua perspectiva de estudo, filiando-se, por meio do núcleo duro de suas propostas, a uma teoria essencialmente comunicacional. Se é a partir dos meios que a teoria de McLuhan permite analisarmos a sociedade, o meio não é apenas o suporte técnico, o canal neutro, invisível pelo qual fluem as mensagens da mídia. O meio mcluhaniano, como fica claro 4 Harold Innis, pesquisador canadense considerado o primeiro a atentar para a importância do estudo dos meios de comunicação em seus aspectos tecnológicos (MARTINO, 2008).
  • 3. em suas obras mais tardias, é o ambiente que afeta, tensiona, sugere significados e sentidos. Ao dizer que o meio é a mensagem, o autor nos lembra que o meio, com suas características técnicas, simbólicas, organizacionais, produz efeitos tão ou mais importantes que aqueles que possam ser produzidos pelo conteúdo das mensagens que veiculam. Sob essa perspectiva, a noção de meio carrega em si um caráter cultural que contesta qualquer tentativa de filiar McLuhan a uma linha teórica determinista. Ou seja, para além do conteúdo de suas mensagens, cada novo meio, enquanto dispositivo tecnológico e cultural, promove tensionamentos no fazer dos meios anteriores, transformando-os, como ocorre com as possibilidades trazidas pelas mídias sociais das plataformas digitais, criando novas linguagens e legitimando novas formas de se comunicar. Transformações essas que ocorrem por meio de processos sociotécnicos; ou seja, enquanto aparato tecnológico, as mídias sociais são ferramentas, programadas para determinados fins; no entanto, cada nova tecnologia é utilizada para além da finalidade para a qual estava inicialmente programada, sendo apropriada, reinventada. A questão da apropriação criativa tem a ver com os usos personalizados das ferramentas digitais, ou seja, envolve aquilo que o sistema tecnológico não previa inicialmente, mas que os interagentes agregam. A apropriação, como marca da era digital, está relacionada aos “desvios” no uso dados pelos usuários em relação ao que estava previsto pelo programador ou fabricante de uma ferramenta (LEMOS, 2004, p. 239). As ferramentas de mídia social digital envolvem um forte potencial para recriação, deixando em aberto possibilidades de apropriação social de modo muito mais amplo do que ocorre com os demais meios, menos abertos à reconfiguração social. Em seu sentido original, conforme Sodré (2002), autor brasileiro com grandes contribuições ao legado de McLuhan, mediação está ligada a uma ideia de meio técnico, algo que se coloca entre o homem e o mundo para possibilitar a comunicação. No entanto, qualquer forma de mediação implica na instauração de uma ordem institucional (o ambiente, ou “base” para McLuhan). Ela não é neutra, pois age sobre os sujeitos, transformando-os. Mesmo a linguagem, mediação universal, institui, cerceia, cria e recria o sujeito, assim como o fazem mediações mais complexas, que são as instituições.
  • 4. Está presente na palavra mediação o significado da ação de fazer ponte ou fazer comunicarem-se duas partes (o que implica diferentes tipos de interação), mas isto é na verdade decorrência de um poder originário de descriminar, de fazer distinções, portanto de um lugar simbólico, fundador de todo o conhecimento. (SODRÉ, 2002, p. 21) Mídia é a forma aportuguesada da palavra latina media, plural de medium, que é meio, em seu sentido de meio de comunicação, para além da ideia de mero canal. Portanto, o termo de mídia englobaria o conjunto dos meios de comunicação, representando uma instituição social – com seus conjuntos de valores, normas, regras (o ambiente, o fundo, a cultura). Mídia, nesse sentido, não é apenas um meio técnico (televisão, rádio, computador), pois ela envolve fluxos de comunicação, interações tecnossociais, apropriações simbólicas, questões organizacionais e culturais. A mídia está mais relacionada, portanto, a um “lugar simbólico”, ela funda uma ambiência que emerge de complexas interações entre tecnologia, sujeitos e sociedade. Concordamos com a proposição de Sodré (2002, p. 20) quanto ao conceito de mídia enquanto “fluxo comunicacional, acoplado a um dispositivo técnico”. Assim, é mais que o suporte pelo qual fluem as mensagens, sendo um meio que incorpora valores e normas que mobilizam a atuação dos indivíduos e grupos em sociedade. No atual estágio de evolução tenossocial, a mídia deixa de ser um campo específico de mediação para se tornar ambiência que perpassa todos os campos da experiência humana. Em McLuhan, o medium já afetava a experiência, portanto, já fundava um processo de midiatização, muito antes dela ser um fenômeno social visível. O fenômeno de midiatização, de acordo com Sodré (2002), configura um novo bios5, o midiático, pelo qual a mídia atua como prótese da ação humana (“extensões do homem”?), transformando a sociedade e fundando novas formas de interação entre os sujeitos e destes com o mundo, transformando a forma de veicular as mensagens, de criar vínculos e a própria cognição humana. 5 Para Sodré (2002, p. 24-25), o bios midiático complementa a classificação atistotélica sobre a constituição de 3 esferas da vida: o bios theoretikos, correspondente à vida contemplativa; o bios politikos, da vida política; e o bios apolaustikos, da vida prazerosa, do corpo. Cada bios é um âmbito da existência. Para Sodré, na atualidade o homem é permeado por um quarto bios, ligado à mídia.
  • 5. A sociedade é, hoje, marcada pelas lógicas da mídia em todos os campos de interação social. A mídia cada vez menos pode ser vista como campo autônomo, pois faz parte do ser humano em suas relações diárias, integrando sua percepção do mundo e suas práticas sociais como um todo, sejam ações individuais ou de grupo, afetando as esferas institucionais, que se apropriam das lógicas da mídia em seus processos de legitimação e em seus fazeres. Se os meios eletrônicos (rádio, televisão) fundaram uma civilização audiovisual, a internet e as tecnologias digitais ampliam o processo de midiatização, por meio de mecanismos de correlação, sem que possamos falar em determinismo tecnológico, como alguns críticos chegaram a considerar uma das fragilidades do modelo centrado no “meio” proposto por McLuhan. Se o pesquisador canadense deixou margem para essas interpretações em seus primeiros escritos, ao final de sua produção o autor clareou alguns aspectos obscuros de sua teoria, deixando nítida a ideia de que o “meio” a que se referia vai além de sua estrutura material. Na obra Laws of Media, escrito em parceria com o filho Eric, McLuhan dá destaque à noção de ambiente, pela qual se filia a uma perspectiva cultural que leva em conta aspectos sociais e simbólicos dos meios tecnológicos. Nela McLuhan reconhece, com a noção de “base”6, que toda tecnologia é condicionada pelo contexto sócio-histórico, do mesmo modo que sua apropriação irá depender do ambiente cultural em que for empregada: A base de qualquer tecnologia ou artefato é tanto a situação que o origina, quanto a totalidade do ambiente (medium) de serviços e desserviços que ele coloca em ação. Esses efeitos colaterais ambientais impõem-se, quer queira, quer não, como uma nova forma 7 de cultura. (MCLUHAN & MCLUHAN, 1988, p. 5) Assim, se o processo de midiatização se inicia com os meios eletrônicos, marcados por uma lógica massiva de comunicação, o contexto sócio-histórico atual (sociedade mais aberta ao novo, cenário de comunicação mais 6 Do inglês “ground”, que traduzimos como “base” para expressar mais proximamente a ideia original. 7 Tradução livre para “The ground of any technology or artefact is both the situation that gives rise to it and the whole environment (medium) of services and disservices that it brings into play. These environmental side-effect impose themselves willy-nilly as a new form of culture”.
  • 6. descentralizado) em correlação com as tecnologias digitais (que carregam em si, por meio de agenciamentos sociais e políticos características interativas) possibilita a emergência de um momento único na história da humanidade, em que a mídia pode ultrapassar sua condição massiva, sendo agora interacional, definida pelos usos e apropriações dos seus usuários, portanto, social. 2. Mídia social digital Nos meios de comunicação de massa, geralmente as interações ocorrem a partir das mensagens da mídia, no cotidiano das pessoas, não entre os emissores e os receptores das mensagens, na arena midiática. Este cenário se transforma com a internet e as possibilidades de comunicação todos-todos, não linear, em rede. Uma das principais rupturas trazidas pelas tecnologias digitais é a possibilidade de união de dois modelos de comunicação. Possibilidades de conversação mediada já existiam antes das atuais tecnologias, com o telefone e o telégrafo, por exemplo. No entanto, essas ferramentas possibilitam a reciprocidade ponto a ponto de modo privado, entre poucas pessoas (um-um). Já a comunicação de massa trouxe a comunicação pública, possibilitando a criação de comunidades, ao informar várias pessoas ao mesmo tempo, mas a partir de estruturas centralizadas de difusão (um-todos). Somente com as tecnologias digitais será possível combinar as vantagens dos dois sistemas anteriores. Segundo Levy (1998, p. 44), o “ciberespaço” “(...) permite, ao mesmo tempo, a reciprocidade na comunicação e a partilha de um contexto. Trata-se de comunicação conforme um dispositivo ‘todos para todos’”. A participação dos interagentes nos processos de produção e/ou distribuição de conteúdos faz parte das principais mudanças trazidas pela internet e as tecnologias digitais. A conexão das pessoas em rede na plataforma digital dá sentido a esse caráter social da mídia digital. Para Massimo di Felice (2008), as mídias digitais, que hoje podem ser consideradas cada vez mais “sociais”, estão permeadas pela colaboração dos participantes, transformando a própria ideia de sociedade. Segundo o pesquisador italiano, a participação aberta a todos funda uma nova forma de habitar na atualidade, mais democrática e inclusiva.
  • 7. A denominação mídia social ganhou força a partir de algumas apropriações das possibilidades da web 2.0 – termo cunhado por Tim O’Reilly (2005) para explicar um conjunto de transformações da web, com destaque ao papel do usuário, que ganhou status de interagente. A web nasceu com a promessa de democratização da informação, mas quando passa a dar maior poder ao usuário, liberando o pólo de emissão, configura o que se convencionou chamar web 2.0. Ela é caracterizada como plataforma, em que o conteúdo é gerado pelos interagentes e não apenas por editores e programadores, como ocorria na fase anterior, com sites mais estáticos e pouca possibilidade de interação. A possibilidade de conversação, com os sujeitos podendo ocupar posições equilibradas, é um dos principais diferenciais das mídias sociais em relação aos meios de comunicação de massa, em que a comunicação se estabelece através de um modelo unidirecional e onde a possibilidade de interação entre os sujeitos é limitada ou inexistente. As principais ferramentas que possibilitam hoje a troca de informação e o compartilhamento de conteúdo aos interagentes no cenário da web 2.0 têm sido denominadas mídias sociais. São sites e aplicativos em que qualquer pessoa com acesso à web pode produzir e distribuir conteúdo, permitindo ainda a sustentação de redes sociais. Entendemos que a ideia de que toda mídia deveria, por essência, ser social, cria a necessidade de uma maior delimitação ao termo, daí estarmos propondo a denominação “mídia social digital” para caracterizar esta nova ambiência de fluxos informacionais e comunicacionais que ocorrem a partir de ferramentas disponíveis nas redes digitais. Tratam-se de sistemas que possibilitam usos e apropriações que envolvem participação ativa do interagente através de comentários, recomendações, disseminação e compartilhamento de conteúdo próprio ou de terceiros. Esses meios carregam em si uma potencialidade para o uso social, embora possa ser dado um uso mainstream, massivo e centralizado. São exemplos desse novo tipo de mídia os sites que atuam como suportes de mídia social, tornando possíveis os usos criativos, a conversação entre os interagentes, a emergência de redes sociais ou comunidades. São
  • 8. exemplos de sites de mídia social digital o Orkut8 (site de rede social), o Facebook9 (site de rede social), o Youtube10 (site de compartilhamento de vídeos), o Flickr11 (compartilhamento de fotos), o Twitter12 (microblog ou serviço de micromensagens), cada um atuando de modo distinto e possibilitando usos combinados, conforme as apropriações dos atores. Para compreendermos a mídia social digital, é necessário fazer algumas distinções em relação à mídia analógica e à mídia de massa. A oposição entre mídia digital e analógica deve ser tomada com cuidado. Não quer dizer que sistemas digitais não possam reproduzir o modelo de comunicação linear dos meios de massa. Muitos sites e perfis em mídias sociais utilizam a plataforma digital apenas para transmitir informação, sem possibilitar o diálogo. A diferença é que qualquer interagente pode se apropriar das informações da maneira que preferir, e fazer isso na mesma plataforma onde essas mensagens foram divulgadas. Por isso, preferimos contrapor mídia de massa à mídia social digital, pois a diferença está nem tanto na tecnologia (se digital ou analógica), mas na lógica da apropriação dada pelo usuário – transmissiva, como mídia de massa; e em rede, como mídia social digital. Ou seja, o meio digital carrega consigo uma predisposição maior para atuar como mídia social, embora possa ser usado como mais um “canal” de transmissão de informações, sem que haja interação, a depender de como seja apropriado. Lemos (2009, p. 9) faz uma oposição entre mídia de massa e mídias digitais (ou pós-massivas), afirmando que “as mídias de massa são mídias de informação. As novas mídias de função pós-massiva são mídias de comunicação, de diálogo, de conversação”. Endentemos, no entanto, que tanto a mídia de massa comporta a comunicação (embora limite as possibilidades de interação entre emissores e receptores), quanto a mídia social digital envolve apropriações mais informativas, além de conversação. Ainda que sejam eventualmente apropriadas de modo massivo, as ferramentas de mídia social, diferentemente do que ocorre com os meios de 8 http://www.orkut.com 9 http://www.facebook.com 10 http://youtube.com 11 http://www.flickr.com/ 12 http://twitter.com
  • 9. comunicação de massa tradicionais, como a televisão e o rádio, circulam em uma outra lógica, não linear, em rede e interativa, em que os usuários não precisam de autorização da esfera produtiva para se manifestar. Fica superada a separação entre as esferas de produção e de recepção das mensagens. O site de micromensagens Twitter é uma das principais manifestações dessa nova ambiência midiática, em que a apropriação dos interagentes determina sua função social. 2.1 Principais apropriações do Twitter Embora exista desde 2006, o microblog Twitter teve um rápido crescimento e uma rápida popularização a partir de meados de 2008 (HONEYCUTT & HERRING, 2009). O Twitter também pode ser denominado “serviço de micromensagem”, devido à sua limitação a postagens de 140 caracteres (RECUERO e ZAGO, 2009). Neste trabalho o estamos tomando como mídia social digital por entendermos que ele funciona como uma ambiência que reúne características e funcionalidades que, de certo modo, condicionam uma apropriação voltada à participação, à mediação descentralizada e à conversação. Inicialmente, o que mobilizava os usuários era a pergunta “O que você está fazendo?”. No entanto, com o crescimento dos usos mais voltados à troca de informação de relevância jornalística e social, a frase foi substituída por “O que está acontecendo?”. Assim que foi lançado, o serviço era utilizado principalmente para postagens pessoais voltadas para conversas do dia a dia; com o tempo é que foi crescendo a apropriação voltada para usos informativos e colaborativos da ferramenta (HONEYCUTT & HERRING, 2009). Atualmente, o serviço é considerado um novo meio de compartilhamento de informações, sendo mais utilizado como mídia noticiosa do que como rede social (KWAK et al, 2010). Diferente do que ocorre em muitas mídias sociais digitais mais focadas no suporte de redes sociais, com forte influência da preocupação com os laços interacionais entre os atores, no Twitter predomina a função informativa, incluindo o compartilhamento de notícias e links (KWAK et al, 2010; RECUERO e ZAGO, 2010). A função informacional, no entanto, não deixa de se relacionar
  • 10. com as apropriações conversacionais, pois uma apropriação informativa pode levar à conversação, e vice-versa. A informação e a conversação podem ser entendidas como funções macro que perpassam diferentes usos da ferramenta, uma espécie de hibridação que é característica das mídias sociais digitais. As principais funcionalidades da ferramenta são as mentions, pelas quais os usuários podem conversar entre si ou mencionar outros perfis presentes na ferramenta; os replies, que permitem a conversa direta entre os interagentes; e os retweets ou RTs, usados para replicar ou compartilhar uma informação dada por outra pessoa. Algumas dessas funcionalidades foram sendo incorporadas ao site oficial da ferramenta depois de terem sido criadas e apropriadas pelos próprios interagentes. Uma importante apropriação do Twitter é o uso, por parte dos interagentes, do sinal de sustenido “#” à frente de expressões e palavras- chaves como forma de etiquetar os assuntos e agrupar as postagens, que depois podem ser recuperadas através da pesquisa ou acompanhadas em tempo real. Sua API aberta também facilita sua apropriação para diversos fins, por meio de mixagens de suas funções originais com as de outros sistemas. Em 2010, uma mudança na página do Twitter na web incorporou algumas funcionalidades que já existiam em aplicativos para utilização do serviço, ou que já eram adotadas informalmente pelos internautas. É o caso das replies, que hoje contam com um botão específico no site do Twitter na web. Sendo uma mídia social, a ferramenta pode ser apropriada para fins diversos, dependendo do interesse e das habilidades dos usuários. As categorias conversação, participação, compartilhamento e difusão de informações, abordadas a seguir, referem-se às principais apropriações dadas pelos usuários, de acordo com pesquisa realizada por Carvalho (2010). 2.1.1 Conversação Tendo sido programado para funcionar como um serviço de troca de mensagens sobre o cotidiano dos usuários, o Twitter ainda encontra em grande parte de seus membros um uso voltado para a conversação interpessoal. No entanto, há um crescimento dos usos informativos que fazem da ferramenta
  • 11. uma mídia noticiosa que se sobrepõe às suas possibilidades como suporte de rede social, principalmente porque as interações no Twitter não necessitam de reciprocidade, ao contrário do que ocorre na maioria dos sites de rede social 13 (KWAK et al, 2010). Inicialmente, a conversação no Twitter era definida pela presença do sinal de @ à frente do nome de usuário nas postagens. No entanto, com o tempo ficou claro que nem todo tweet contendo um sinal de @ tem como propósito dialogar ou pode ser caracterizado como conversa. Pode-se simplesmente estar compartilhando uma informação (RT) com amigos ou seguidores ao citar outro usuário com o sinal de @ diante de seu nome. Atualmente, podemos definir a conversação, nesta mídia, como a forma como as informações circulam, sendo comentadas, replicadas, compartilhadas. Trata-se de uma circulação conversacional das informações. 2.1.2 Participação Embora a participação na mídia social digital possa referir-se a comentários, recomendações e compartilhamento de conteúdo, está sendo tomada nessa categoria com relação à disseminação participativa de informações por parte dos usuários. No Twitter, a participação dos interagentes é fundamental na configuração do serviço como mídia voltada para os fluxos de informação de interesse principalmente jornalístico (BOYD, 2010). A participação torna-se importante em momentos envolvendo catástrofes e conflitos nos quais é necessária agilidade na comunicação. Em situações desse tipo, o serviço é utilizado como meio para o trabalho colaborativo, envolvendo jornalistas e interagentes não especializados que informam do palco dos acontecimentos. 13 Rede social é uma rede de pessoas, podendo se manifestar também no ciberespaço, através das ferramentas e sites de mídia social. Alguns sites possuem essa especificidade voltada para a criação ou manutenção de redes sociais – são os denominados sites de rede social, caracterizados pela possibilidade de construção de um perfil público, de exibição das redes de cada ator e de interação entre os atores (BOYD & ELLISON, 2007; RECUERO, 2009).
  • 12. 2.1.3 Compartilhamento O compartilhamento, que também pode ser entendido como replicação ou repasse de informações, integra a cultura colaborativa das mídias sociais digitais. No Twitter, sempre que um interagente recebe ou tem acesso a uma postagem que julga interessante de ser compartilhada com sua rede de contatos, pode utilizar o Retweet, ou RT. O compartilhamento de conteúdo informativo no Twitter é um dos usos que está ligado à utilização informativa da ferramenta (MISCHAUD, 2007; JAVA et al, 2007; RECUERO e ZAGO, 2010). Aquele que retuita faz questão de dar a informação sem deixar de mencionar sua fonte. Em alguns casos, esse RT agrega comentário do usuário. Outra forma de compartilhar informação no Twitter é inserir um “via @fulanodetal” na mensagem. 2.1.4 Difusão de informações A apropriação do Twitter como mídia informativa tem superado os usos voltados à conversação entre os interagentes (KWAK et al, 2010), possibilitando que as organizações apropriem-se do serviço como suporte midiático, divulgando links, manchetes, chamadas para o site corporativo, dentre outros usos jornalísticos e publicitários. Também são enviados através dos posts do Twitter links para espaços multimídia em que o interagente pode participar de mapas e gráficos interativos. A difusão refere-se a um uso massivo da ferramenta, sem destaque para a interação. Enquadram-se nesta categoria postagens contendo informações postadas pelo interagente, que assume caráter de fonte informativa.
  • 13. 3. Considerações pontuais sobre a mídia social digital e a matriz de pensamento mcluhaniana Estudar a centralidade da mídia na sociedade atual é, a priori, ainda que o pesquisador não saiba ou não deseje, filiar-se à perspectiva da Escola de Toronto. McLuhan, como principal expoente do programa teórico canadense, fez, sobretudo, dar visibilidade aos meios de comunicação, que estavam encobertos pelo predomínio dos estudos dos efeitos das mensagens. Debruçar-se sobre a ideia de mídia enquanto ambiência, como bem traduz a noção de midiatização, pressupõe a atualidade do aforismo macluhaniano “o meio é a mensagem”. Implica, a quem pesquisar, a tarefa de ir além do determinismo tecnológico que a teoria pode sugerir, respeitando o legado da perspectiva cultural que Mcluhan deixou ao estudo da mídia. É nesta perspectiva que observamos as apropriações dadas pelos interagentes ao Twitter, em que a potencialidade para a conversação e a troca de informações – como indicam suas principais funcionalidades, em correlação com as apropriações, definem seus principais usos. As apropriações do Twitter têm mostrado, desde seu lançamento, em 2006, a importância dos indivíduos e da coletividade na definição dos usos das tecnologias, sendo capazes de redefinir sua função primordial e seu papel social. De simples mensageiro que serviria apenas para troca de informações triviais sobre o dia a dia das pessoas, o Twitter tornou-se uma importante mídia social digital, atuando como meio de comunicação e mídia de informação em todo o mundo, sendo utilizado para mobilização política e social por parte dos interagentes, incluindo usos jornalísticos, políticos e sociais. O Twitter, como mídia social digital, pode ser tomado como medium- ambiência, revelando que, ainda que carregue funções e características previstas pelos seus criadores e programadores, seu uso sempre é configurado em uma correlação de suas funções previamente definidas com o contexto sócio-cultural, ambiental, de sua utilização. É necessário enfatizar que a discussão apresentada é um breve recorte de uma pesquisa maior que procura explorar as possibilidades da noção de midiatização (ambiência da mídia) como contexto para o estudo das mídias sociais digitais.
  • 14. 4. Referências BARICHELLO. E.M.M.R. (2001) Comunicação e Comunidade do Saber. Santa Maria: Pallotti, 2001. BARICHELLO. E.M.M.R. (2004) Visibilidade midiática, legitimação e responsabilidade social. Santa Maria: FACOS/UFSM, 2004 BARICHELLO. E.M.M.R. (2008) Apontamentos em torno da visibilidade e da lógica de legitimação das instituições na sociedade midiática. In: DUARTE, E. B. & CASTRO, M. L. D. de. Em torno das mídias: práticas e ambiências. Porto Alegre: Sulina, 2008 (p. 236-249). BOLTER, J. D. GRUSIN, R. (1999) Remediation: understending new media. Massachussetts: MIT Press, 1999. BOYD, D. M.; ELLISON, N. B. (2007) Social network sites: Definition, history, and scholarship. Journal of Computer-Mediated Communication, 13(1), article 11, 2007. BRAGA, J. L. (2006) Mediatização como processo interacional de referência. Santa Maria-RS. Animus. V. 5. n.2, p. 9-35, julho-dezembro, 2006. CARVALHO, L. (2010) Legitimação Institucional do Jornalismo Informativo nas Mídias Sociais Digitais: estratégias emergentes no conteúdo de Zero Hora no Twitter. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de Santa Maria, RS. Programa de Pós-Graduação em Comunicação Midiática. Santa Maria, 2010. JAVA, A., SONG, X., FININ, T., & TSENG, B. (2007) Why We Twitter: Understanding Microblogging Usage and Communities. 9th WEBKDD and 1st SNA-KDD Workshop ’07. San Jose, California, USA, 2007. LEMOS, A. (2004) Cibercultura, Tecnologia e Vida Social na Cultura Contemporânea. Porto Alegre: Sulina, 2004. LEMOS, A. (2009) Nova esfera Conversacional (prefácio). In: MARQUES, A., COSTA, C. T., COSTA, C., et al. Esfera pública, redes e jornalismo. Rio de Janeiro, Ed. E-Papers, 2009, pp. 9 – 30. KWAK, H. et al. (2010) What is Twitter, a social network or a news media? WWW’10 Proceedings of the 19th internacional conference on World Wide Web. Raleigh, USA, 2010.. LÉVY, P. (1999) Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999 LYOTARD, J. F. (2000) A condição pós-moderna. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
  • 15. MARTINO, L. C. (2001) De qual comunicação estamos falando? In: HOHLFELDT, A. (et al) Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis: Vozes, 2001. (p. 11-25) MCLUHAN, H.M. (1964) Understanding Media: The Extensions of Man. New York: The New American Library, 1964. MCLUHAN, H.M & MCLUHAN, E. (1988) Laws Of Media: The New Science. Toronto: University of Toronto Press, 1988. MISCHAUD, E. (2007) Twitter: Expressions of the Whole Self. 2007. Dissertação de Mestrado. London School of Economics, Department of Media and Communications, Londres, 2007. O’REILLY, T. (2000) What Is Web 2.0. Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software. USA, 2005. PEREIRA, V. A. (2006) Marshall McLuhan, o conceito de determinismo tecnológico e os estudos dos meios de comunicação contemporâneos. Razón y Palabra, v. 52, p. 52, 2006. RECUERO, R. (2009) Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009. RECUERO, R. & ZAGO, G. (2009) Em Busca das “Redes que Importam”: redes sociais e capital social no Twitter. XVIII Encontro da Compós, MG, junho de 2009. RECUERO, R. & ZAGO, G. (2010). “RT, por favor”: considerações sobre a difusão de informações no Twitter. Revista Fronteiras: estudos midiáticos, vol. 12, n. 2, maio-agosto 2010. SANTAELLA, L. (2005) Matrizes da linguagem e pensamento: sonora visual verbal: aplicações na hipermídia. São Paulo: Iluminuras, FAPESP, 2005. SODRÉ, M. (2002) Antropológica do espelho: por uma teoria da comunicação linear e em rede. Petrópolis: Vozes, 2002. VISER, E.A. (2006) La Trama (In)visible de la Vida Social. Buenos Ayres: La Crujía, 2006.