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Minicurso I
Análise Exploratória e Modelação com R
3. Tópicos de Inferência Estatística
Amílcar Oliveira ; Teresa Oliveira
amilcar.oliveira@uab.pt teresa.oliveira@uab.pt
DCeT, Universidade Aberta & CEAUL, Universidade de Lisboa
Manaus, 12 a 15 de agosto, 2014
Tópicos
1. Distribuições de Probabilidade
2. Intervalos de Confiança
3. Testes de hipóteses
4. Métodos não Paramétricos
2
MINICURSO CIAEEAR
MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
Distribuições de Probabilidade
3
 DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS
 DISTRIBUIÇÕES DISCRETAS
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MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
Distribuição Descrição
rnorm(n,mean,sd)
runif(x,min,max)
rt(x,df)
rf(x)
rexp(x)
rchisq(x,df)
rbinom(x,n,p)
rgeom(x,p)
rpois(x,lambda)
rhyper(x,m,n,k)
Normal
Uniforme
t de Student
F
Exponencial
Qui-Quadrado
Binomial
Geométrica
Poisson
Hipergeométrica
Distribuições de Probabilidade
4
 DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Como gerar valores de uma distribuição normal de média µ e variância 𝜎2
?
Exemplo: gerar 20 valores de uma distribuição normal de média µ=10 e variância=4
X <- rnorm(20,mean=10,sd=2)
[1] 10.454307 10.109470 10.819990 7.593200 14.135418 6.808652
9.907171 12.377358 9.653927 10.555182 9.588058 12.041869 8.157866
8.119346 8.003958 10.399826 11.971313 13.579755 12.913764
7.725487
O R aceita usar uma função dentro de outra função, assim podemos também resolver da
forma
x <- rnorm(20,mean=10,sd=sqrt(4))
Como todas as funções em geral, a função rnorm() considera valores dos parâmetros
“por defeito”:
x<-rnorm(20) # apresenta 20 valores de uma distribuição normal de
média 0 e variância 1
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Distribuições de Probabilidade
5
 DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Vamos verificar a ideia anterior, gerando 10000 valores de uma Normal (0,1) e calculando
de seguida a média e a variância dos valores gerados.
> x<-rnorm(10000)
> mean(x)
[1] 0.0007968414
> sd(x)
[1] 1.003954
O resultado não dá os valores exatos, pois trata-se da geração de números pseudo-
aleatórios. No entanto a medida que se aumente o número de valores gerados a precisão
aumenta.
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Distribuições de Probabilidade
6
 DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Podemos visualizar a distribuição gerada inicialmente usando a função plot().
> x<-rnorm(20,10,2)
> plot(x)
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5 10 15 20
681012
Index
x
Distribuições de Probabilidade
7
 DISTRIBUIÇÃO NORMAL
E na forma de histograma usando a função hist().
> hist(x)
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Histogram of x
x
Frequency
6 8 10 12 14
012345
Distribuições de Probabilidade
8
 DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Usando o gráfico de estremos e quartis (boxplot) boxplot().
> boxplot(x)
máximo
3º quartil
mediana
1º quartil
mínimo
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681012
Distribuições de Probabilidade
9
 DISCRETAS
Comecemos por considerar uma função de probabilidade
𝑃 𝑋 = 𝑘 =
0.2 𝑠𝑒 𝑥 = 1
0.1 𝑠𝑒 𝑥 = 2
0.4 𝑠𝑒 𝑥 = 3
0.3 𝑠𝑒 𝑥 = 4
0 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠
Como representar graficamente no R?
> x<-0:4
> y<-c(0,0.2,0.1,0.4,0.3)
> plot(x,y, type="h")
> points(1,0.2)
> points(2,0.1)
> points(3,0.4)
> points(4,0.3)
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0 1 2 3 4
0.00.10.20.30.4
x
y
Distribuições de Probabilidade
10
 DISCRETAS
E agora a função acumulada
𝑃 𝑋 ≤ 𝑘 = 𝐹 𝑋 =
0.2 𝑠𝑒 𝑥 < 1
0.3 𝑠𝑒 𝑥 < 2
0.7 𝑠𝑒 𝑥 < 3
1 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 4
Como representar graficamente no R?
x<-0:4
y<-c(0,0.2,0.3,0.7,1)
plot(x,y, type="s")
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MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
0 1 2 3 4
0.00.20.40.60.81.0
x
y
Distribuições de Probabilidade
11
 DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL
A probabilidade de serem observados k sucessos é dada por
𝑃 𝑋 = 𝑘 =
𝑛
𝑘
𝑝 𝑘
(1 − 𝑝) 𝑛−𝑘
No R a função que permite gerar números com distribuição binomial é rbinom()
Exemplo: Gerar 50 valores de uma distribuição binomial cuja probabilidade de sucesso é
de 10%, sendo o número de experiências (observações), 150.
> x <- rbinom(50, size=150, p=0.1)
> x
[1] 20 11 16 18 9 12 7 15 8 14 25 15 16 22 12 18 18 18 8 7
15 8 20 17 19
[26] 14 16 11 17 14 15 15 9 13 18 18 17 18 17 13 15 15 13 20 15
20 12 18 18 15
Este resultado poderia ser o de um estudo de epidemiologia, com
150 participantes, com uma prevalência de uma determinada doença
de 10% (correspondendo a uma probabilidade de sucesso de 0.1).
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Distribuições de Probabilidade
12
 DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL (abordagem gráfica)
Representando através do diagrama de caule e folhas com a função stem()
> stem(x)
The decimal point is at the |
6 | 00
8 | 00000
10 | 00
12 | 000000
14 | 000000000000
16 | 0000000
18 | 0000000000
20 | 0000
22 | 0
24 | 0
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Distribuições de Probabilidade
13
 DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL (abordagem gráfica)
E se quisermos duplicar a escala do gráfico… por exemplo 2 vezes…
> stem(x,scale=2)
The decimal point is at the |
7 | 00
8 | 000
9 | 00
10 |
11 | 00
12 | 000
13 | 000
14 | 000
15 | 000000000
16 | 000
17 | 0000
18 | 000000000
19 | 0
20 | 0000
21 |
22 | 0
23 |
24 |
25 | 0
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Distribuições de Probabilidade
14
 DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL (abordagem gráfica)
Agrupando gráficos …
> par(mfrow=c(2,3))
> hist(rbinom(50, size=200, p=0.02))
> hist(rbinom(50, size=200, p=0.04))
> hist(rbinom(50, size=200, p=0.06))
> hist(rbinom(50, size=200, p=0.08))
> hist(rbinom(50, size=200, p=0.1))
> hist(rbinom(50, size=200, p=0.5))
Desta forma podemos ver no conjunto, como se altera a distribuição do número de pessoas atingidas
pela doença ao aumentarmos o valor da prevalência da doença.
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Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.02)
rbinom(50, size = 200, p = 0.02)
Frequency
1 2 3 4 5 6 7 8
024681012
Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.04)
rbinom(50, size = 200, p = 0.04)
Frequency
2 4 6 8 10 14
051015
Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.06)
rbinom(50, size = 200, p = 0.06)
Frequency
6 8 10 14 18
05101520
Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.08)
rbinom(50, size = 200, p = 0.08)
Frequency
10 15 20 25
0246810
Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.1)
rbinom(50, size = 200, p = 0.1)
Frequency
10 15 20 25 30
0246810
Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.5)
rbinom(50, size = 200, p = 0.5)
Frequency
80 90 100 110
051015
Inferência Estatística na comparação de amostras (alguns exemplos)
15
O R possui funções e permite procedimentos para a realização de um vasto número de
testes estatísticos.
Vamos a partir de agora abordar alguns deles e nos quais usaremos os seguintes
conjuntos de dados:
x<-c(16.1,15.2,18.7,10.2,13.6,14.2,19.3,17.7,12.1,13.2,14.2,15.2,15.8,16.0,15.0)
y<-c(13.1,13.6,14.7,12.2,14.2,13.9,15.3,13.7,13.5,14.0,16.9,16.0,13.1,17.0,11.9)
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Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
16
Teste t (de Student)
Para uma média simples
Vamos testar se a média da população (de onde a amostra x foi retirada) é igual a 14. Para
realizarmos este teste no R basta usar o comando:
> t.test(x, mu=14, conf.level=0.99)
One Sample t-test
data: x
t = 1.7802, df = 14, p-value = 0.09675
alternative hypothesis: true mean is not equal to 14
99 percent confidence interval:
13.26059 16.93941
sample estimates:
mean of x
15.1
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Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
17
Interpretação do output
One Sample t-test
data: x
t = 1.7802, df = 14, p-value = 0.09675
alternative hypothesis: true mean is not equal to 14
99 percent confidence interval:
13.26059 16.93941
sample estimates:
mean of x
15.1
Agora basta fazer a interpretação correta do output do R.
Para saber se a hipótese nula não é rejeitada, basta verificar o valor do p-value
e compará-lo com o nível de significância estipulado, neste caso 1%.
Dado que o valor do p-value é maior que o nível de significância estabelecido,
então não rejeitamos a hipótese nula, o que significa que a população de onde
foi retirada a amostra x possui média estatísticamente igual ao valor 14.
Podemos concluir também que o I.C. para a média populacional, considerando
o mesmo nível de significância de 1% é [13.26059 , 16.93941].
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18
Teste t (de Student) – duas amostras independentes
Para a realização do teste t, teremos neste caso de admitir ainda dois
pressupostos: populações homocedásticas, e que seguem uma
distribuição normal. Vejamos o seguinte exemplo:
Suponha que queremos testar se “x” e “y” possuem médias
estatisticamente iguais a um nível de significância de 5%. Suponha
também que essas amostras são independentes.
> t.test(x,y,conf.level=0.95)
Welch Two Sample t-test
data: x and y
t = 1.2181, df = 23.806, p-value = 0.2351
alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0
95 percent confidence interval:
-0.6209537 2.4076204
sample estimates:
mean of x mean of y
15.10000 14.20667
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Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
19
Interpretação do Output
Dado que o valor do p-value é maior que o nível de significância estabelecido
(5%), então não rejeitamos a hipótese nula, o que significa que estatísticamente
ambas as populações têm a mesma média.
Podemos concluir também que o I.C. para a diferença entre médias
populacionais, considerando o mesmo nível de significância de 5% é
[-0.6209537 , 2.4076204]
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20
Teste t (de Student) – duas amostras dependentes
Para a realização do teste t, teremos neste caso de admitir dois
pressupostos: amostras homocedásticas, seguem uma distribuição normal.
Considerando o mesmo exemplo:
Suponhamos que queremos testar se “x” e “y” possuem médias
estatisticamente iguais a um nível de significância de 5%.
> t.test(x,y,conf.level=0.95, paired=T)
Paired t-test
data: x and y
t = 1.4431, df = 14, p-value = 0.171
alternative hypothesis: true difference in means is not equal
to 0
95 percent confidence interval:
-0.4343352 2.2210019
sample estimates:
mean of the differences
0.8933333 MINICURSO CIAEEAR
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Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
21
Interpretação do Output
Dado que o valor do p-value é maior que o nível de significância estabelecido
(5%), então não rejeitamos a hipótese nula, o que significa que estatísticamente
ambas as populações têm a mesma média.
Podemos concluir também que o I.C. para a diferença entre médias
populacionais, considerando o mesmo nível de significância de 5% é
[-0.4343352 , 2.2210019]
Através deste resultado, podemos também chegar à mesma conclusão, ou seja
estando o valor da diferença entre médias a testar(neste caso é zero) contido
no intervalo leva-nos a concluir pela não rejeição da hipótese nula.
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22
Teste F
> x<-
c(16.1,15.2,18.7,10.2,13.6,14.2,19.3,17.7,12.1,13.2,14.2,15.2,15.
8,16.0,15.0)
> y<-
c(13.1,13.6,14.7,12.2,14.2,13.9,15.3,13.7,13.5,14.0,16.9,16.0,13.
1,17.0,11.9)
> var.test(x,y)
F test to compare two variances
data: x and y
F = 2.4468, num df = 14, denom df = 14, p-value = 0.1055
alternative hypothesis: true ratio of variances is not equal to 1
95 percent confidence interval:
0.8214631 7.2880075
sample estimates:
ratio of variances
2.4468
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Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
Métodos não paramétricos
23
As técnicas estatísticas não paramétricas procuram providenciar
procedimentos estatísticos inferenciais menos exigentes do que no caso
paramétrico, ou seja com pressupostos relaxados relativamente às
distribuições subjacentes às populações.
São técnicas de um modo geral bastante simples e portanto acessíveis para
um elevado número de pessoas, não necessariamente estatísticos,
encontrando-se muitas aplicações em áreas como as Ciências Sociais, os
Recursos Humanos e a Psicologia.
Sabe-se que, quanto maior for a informação disponível acerca da distribuição
subjacente aos dados, melhores serão os procedimentos inferenciais
respectivos. Verifica-se que um procedimento não paramétrico geralmente
conduz a uma maior variância (no caso da estimação pontual) e a uma menor
potência (nos testes de hipóteses) quando comparado com um paramétrico.
No entanto muitas são as situações em que é desejável dispensar
pressupostos, sendo nesta altura bastante importante o recurso aos métodos
não paramétricos.
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Métodos não paramétricos
24
De um modo geral os testes não paramétricos são de simples recursos
computacionais, apresentando ainda a vantagem de se poderem aplicar a
situações de variáveis com tipologias pobres em termos de quantificação
ou de ordenação, sendo muitos deles aplicáveis a dados de caracter
qualitativo, ou que apenas se apresentam de acordo com uma escala
ordinal.
Serão abordados os seguintes tipos de testes:
• Teste para a independência (Qui-quadrado)
• Testes para a comparação de médias (O teste U de Mann-Whitney:
comparação de duas amostras independentes ; Kruskal-Wallis
comparação de k amostras independentes)
• Testes de ajustamento (Qui-quadrado, Kolmogorov-Smirnov, Shapiro-
Wilk
• Teste de aleatoriedade (Qui-quadrado)
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25
Exemplo(teste para a independência):
Num gabinete de planeamento familiar, foi efectuado um estudo, para averiguar
se existe associação entre o estado civil do casal (casados, solteiros) e a
existência de filhos no agregado familiar (com filhos, sem filhos).
Para tal, durante um certo período de tempo, foram registadas observações, que
se apresentam na tabela
Com base nestes valores verifique se de facto existe associação.
Com filhos Sem filhos
Casados 35 25
Solteiros 20 45
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26
R: Seja X a variável aleatória representativa do estado civil e Y a variável
aleatória representativa da situação (ter ou não ter filhos). As hipóteses a
testar serão H0 : Há independência entre X e Y
H1 : Não há independência entre X e Y
Apresenta-se de seguida o procedimento a seguir no R para resolução deste
exercício:
> count<-matrix(c(35,20,25,45),nrow=2)
> count
[,1] [,2]
[1,] 35 25
[2,] 20 45
> chisq.test(count,correct=F)
Pearson's Chi-squared test
data: count
X-squared = 9.6206, df = 1, p-value = 0.001924
Conclusão: Uma vez que o valor obtido p-value = 0.001924 < 0.05
então rejeita-se H0 , ao nível de significância de 5%. Concluindo-se que não
há independência entre o estado civil e o ter ou não ter filhos
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27
Exemplo 2 (teste para a comparação de médias):
Na tabela encontram-se os valores das resistências à compressão (MPa) de
provetes cúbicos de betão, obtidos por dois processos distintos de
produção. Com base nesses dois processos retiram-se de forma aleatória,
duas amostras, uma com 12 provetes e outra com 8 provetes. Pretende-se
saber se existe ou não, diferenças significativas entre os dois processos de
produção. Para tal use o teste U de Mann-Whitney, considerando um nível
de significância de 1%.
Amostra A 24.3 23.5 26.4 25.5 27.4 25.8 23.4 25.9 28.5 25.5 29.4 27.2
Amostra B 24.1 25.5 24.8 23.3 24.5 26.7 25.7 27.9
R: Uma das possibilidades para resolver é utilizar o teste de Wilcoxon Rank
Sum Test implementado no R e que é equivalente ao teste U de Mann-
Whitney.
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28
Assim teremos
> amostraA <-
c(24.3,23.5,26.4,25.5,27.4,25.8,23.4,25.9,28.5,25.5,29.4,27.2)
> amostraB <- c(24.1,25.5,24.8,23.3,24.5,26.7,25.7,27.9)
 wilcox.test(amostraA,amostraB)
Wilcoxon rank sum test with continuity correction
data: amostraA and amostraB
W = 61, p-value = 0.3341
alternative hypothesis: true location shift is not equal to 0
Como p-value=0.3341>0.01, não rejeitamos a hipótese nula, ou seja ao
nível de significância considerado (1%), concluímos que não existem
diferenças entre os diferentes sistemas de produção.
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29
Exemplo 3 (teste de ajustamento):
Escolheram-se 80 pessoas de forma aleatória e registou-se o peso de cada
uma (em quilogramas).
Pretendemos saber se esse conjunto de dados segue a distribuição de qui-
quadrado, considerando-se um nível de significância de 5%.
> pesos
[1] 46.88 47.17 64.46 67.84 85.76 65.41 60.10 75.84 61.21
61.65 63.87 53.95
[13] 63.66 69.06 76.41 75.56 69.04 35.18 66.42 58.78 73.02
51.69 90.88 53.01
[25] 64.31 61.91 79.42 57.78 62.73 60.63 63.29 46.53 84.64
61.76 85.08 59.66
[37] 54.89 94.18 59.89 68.56 75.66 72.06 62.00 43.43 73.38
73.31 66.37 73.72
[49] 66.15 67.79 47.17 64.46 67.84 51.23 34.33 65.43 76.34
87.23 98.23 76.34
[61] 86.34 65.44 45.44 67.99 67.44 65.87 86.29 76.88 55.44
34.67 46.78 34.99
[73] 76.44 56.78 65.87 57.29 73.27 32.44 67.45 68.45
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30
Agora basta entrar com o comando corretamente:
ks.test(pesos, #amostra a ser testada
“pchisq”, #”p” seguido do nome da distribuição
79) #são os graus de liberdade da amostra
One-sample Kolmogorov-Smirnov test
data: pesos
D = 0.6402, p-value < 2.2e-16
alternative hypothesis: two.sided
Como o p-value é menor ou igual a 0,05 (5%) podemos assumir que os
dados não tem distribuição qui-quadrado ao nível de significância de 5%.
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31
Exemplo 4 (teste para verificação da normalidade):
> shapiro.test(pesos)
Shapiro-Wilk normality test
data: pesos
W = 0.9777, p-value = 0.1756
Aplicando o teste de Shapiro-Wilk ao exemplo anterior obtemos:
Concluimos (ao nível de significância de 5%) pela não rejeição da hipótese
de normalidade das observações.
MINICURSO CIAEEAR
MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
32
> qqnorm(pesos) #obtendo o normal probability plot só para
comparação
>qqline(pesos) # colocando uma linha auxiliar
-2 -1 0 1 2
30405060708090100
Normal Q-Q Plot
Theoretical Quantiles
SampleQuantiles
MINICURSO CIAEEAR
MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
33
Exemplo 5 (teste de aleatoriedade):
Suponha que você pretende averiguar se uma amostra de tamanho (n= 200)
com números de 0 a 10 é realmente aleatória.
Para gerar a amostra basta fazer:
amostra<-round(runif(200)*10)
Para obter as freqüências basta usar a função table:
>freq<-table(amostra)
>freq
>amostra
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 18 24 32 17 18 20 18 18 16 9
Uma forma prática de se obter essas frequências é usar o comando
as.numeric().
>chisq.test(as.numeric(freq))
Chi-squared test for given probabilities
data: as.numeric(freq)
X-squared = 21.21, df = 10, p-value = 0.01968
MINICURSO CIAEEAR
MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014

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Análise exploratória e modelação com r parte 3

  • 1. Minicurso I Análise Exploratória e Modelação com R 3. Tópicos de Inferência Estatística Amílcar Oliveira ; Teresa Oliveira amilcar.oliveira@uab.pt teresa.oliveira@uab.pt DCeT, Universidade Aberta & CEAUL, Universidade de Lisboa Manaus, 12 a 15 de agosto, 2014
  • 2. Tópicos 1. Distribuições de Probabilidade 2. Intervalos de Confiança 3. Testes de hipóteses 4. Métodos não Paramétricos 2 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 3. Distribuições de Probabilidade 3  DISTRIBUIÇÕES CONTÍNUAS  DISTRIBUIÇÕES DISCRETAS MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 Distribuição Descrição rnorm(n,mean,sd) runif(x,min,max) rt(x,df) rf(x) rexp(x) rchisq(x,df) rbinom(x,n,p) rgeom(x,p) rpois(x,lambda) rhyper(x,m,n,k) Normal Uniforme t de Student F Exponencial Qui-Quadrado Binomial Geométrica Poisson Hipergeométrica
  • 4. Distribuições de Probabilidade 4  DISTRIBUIÇÃO NORMAL Como gerar valores de uma distribuição normal de média µ e variância 𝜎2 ? Exemplo: gerar 20 valores de uma distribuição normal de média µ=10 e variância=4 X <- rnorm(20,mean=10,sd=2) [1] 10.454307 10.109470 10.819990 7.593200 14.135418 6.808652 9.907171 12.377358 9.653927 10.555182 9.588058 12.041869 8.157866 8.119346 8.003958 10.399826 11.971313 13.579755 12.913764 7.725487 O R aceita usar uma função dentro de outra função, assim podemos também resolver da forma x <- rnorm(20,mean=10,sd=sqrt(4)) Como todas as funções em geral, a função rnorm() considera valores dos parâmetros “por defeito”: x<-rnorm(20) # apresenta 20 valores de uma distribuição normal de média 0 e variância 1 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 5. Distribuições de Probabilidade 5  DISTRIBUIÇÃO NORMAL Vamos verificar a ideia anterior, gerando 10000 valores de uma Normal (0,1) e calculando de seguida a média e a variância dos valores gerados. > x<-rnorm(10000) > mean(x) [1] 0.0007968414 > sd(x) [1] 1.003954 O resultado não dá os valores exatos, pois trata-se da geração de números pseudo- aleatórios. No entanto a medida que se aumente o número de valores gerados a precisão aumenta. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 6. Distribuições de Probabilidade 6  DISTRIBUIÇÃO NORMAL Podemos visualizar a distribuição gerada inicialmente usando a função plot(). > x<-rnorm(20,10,2) > plot(x) MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 5 10 15 20 681012 Index x
  • 7. Distribuições de Probabilidade 7  DISTRIBUIÇÃO NORMAL E na forma de histograma usando a função hist(). > hist(x) MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 Histogram of x x Frequency 6 8 10 12 14 012345
  • 8. Distribuições de Probabilidade 8  DISTRIBUIÇÃO NORMAL Usando o gráfico de estremos e quartis (boxplot) boxplot(). > boxplot(x) máximo 3º quartil mediana 1º quartil mínimo MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 681012
  • 9. Distribuições de Probabilidade 9  DISCRETAS Comecemos por considerar uma função de probabilidade 𝑃 𝑋 = 𝑘 = 0.2 𝑠𝑒 𝑥 = 1 0.1 𝑠𝑒 𝑥 = 2 0.4 𝑠𝑒 𝑥 = 3 0.3 𝑠𝑒 𝑥 = 4 0 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 Como representar graficamente no R? > x<-0:4 > y<-c(0,0.2,0.1,0.4,0.3) > plot(x,y, type="h") > points(1,0.2) > points(2,0.1) > points(3,0.4) > points(4,0.3) MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 0 1 2 3 4 0.00.10.20.30.4 x y
  • 10. Distribuições de Probabilidade 10  DISCRETAS E agora a função acumulada 𝑃 𝑋 ≤ 𝑘 = 𝐹 𝑋 = 0.2 𝑠𝑒 𝑥 < 1 0.3 𝑠𝑒 𝑥 < 2 0.7 𝑠𝑒 𝑥 < 3 1 𝑠𝑒 𝑥 ≥ 4 Como representar graficamente no R? x<-0:4 y<-c(0,0.2,0.3,0.7,1) plot(x,y, type="s") MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 0 1 2 3 4 0.00.20.40.60.81.0 x y
  • 11. Distribuições de Probabilidade 11  DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL A probabilidade de serem observados k sucessos é dada por 𝑃 𝑋 = 𝑘 = 𝑛 𝑘 𝑝 𝑘 (1 − 𝑝) 𝑛−𝑘 No R a função que permite gerar números com distribuição binomial é rbinom() Exemplo: Gerar 50 valores de uma distribuição binomial cuja probabilidade de sucesso é de 10%, sendo o número de experiências (observações), 150. > x <- rbinom(50, size=150, p=0.1) > x [1] 20 11 16 18 9 12 7 15 8 14 25 15 16 22 12 18 18 18 8 7 15 8 20 17 19 [26] 14 16 11 17 14 15 15 9 13 18 18 17 18 17 13 15 15 13 20 15 20 12 18 18 15 Este resultado poderia ser o de um estudo de epidemiologia, com 150 participantes, com uma prevalência de uma determinada doença de 10% (correspondendo a uma probabilidade de sucesso de 0.1). MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 12. Distribuições de Probabilidade 12  DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL (abordagem gráfica) Representando através do diagrama de caule e folhas com a função stem() > stem(x) The decimal point is at the | 6 | 00 8 | 00000 10 | 00 12 | 000000 14 | 000000000000 16 | 0000000 18 | 0000000000 20 | 0000 22 | 0 24 | 0 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 13. Distribuições de Probabilidade 13  DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL (abordagem gráfica) E se quisermos duplicar a escala do gráfico… por exemplo 2 vezes… > stem(x,scale=2) The decimal point is at the | 7 | 00 8 | 000 9 | 00 10 | 11 | 00 12 | 000 13 | 000 14 | 000 15 | 000000000 16 | 000 17 | 0000 18 | 000000000 19 | 0 20 | 0000 21 | 22 | 0 23 | 24 | 25 | 0 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 14. Distribuições de Probabilidade 14  DISTRIBUIÇÃO BINOMIAL (abordagem gráfica) Agrupando gráficos … > par(mfrow=c(2,3)) > hist(rbinom(50, size=200, p=0.02)) > hist(rbinom(50, size=200, p=0.04)) > hist(rbinom(50, size=200, p=0.06)) > hist(rbinom(50, size=200, p=0.08)) > hist(rbinom(50, size=200, p=0.1)) > hist(rbinom(50, size=200, p=0.5)) Desta forma podemos ver no conjunto, como se altera a distribuição do número de pessoas atingidas pela doença ao aumentarmos o valor da prevalência da doença. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.02) rbinom(50, size = 200, p = 0.02) Frequency 1 2 3 4 5 6 7 8 024681012 Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.04) rbinom(50, size = 200, p = 0.04) Frequency 2 4 6 8 10 14 051015 Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.06) rbinom(50, size = 200, p = 0.06) Frequency 6 8 10 14 18 05101520 Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.08) rbinom(50, size = 200, p = 0.08) Frequency 10 15 20 25 0246810 Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.1) rbinom(50, size = 200, p = 0.1) Frequency 10 15 20 25 30 0246810 Histogram of rbinom(50, size = 200, p = 0.5) rbinom(50, size = 200, p = 0.5) Frequency 80 90 100 110 051015
  • 15. Inferência Estatística na comparação de amostras (alguns exemplos) 15 O R possui funções e permite procedimentos para a realização de um vasto número de testes estatísticos. Vamos a partir de agora abordar alguns deles e nos quais usaremos os seguintes conjuntos de dados: x<-c(16.1,15.2,18.7,10.2,13.6,14.2,19.3,17.7,12.1,13.2,14.2,15.2,15.8,16.0,15.0) y<-c(13.1,13.6,14.7,12.2,14.2,13.9,15.3,13.7,13.5,14.0,16.9,16.0,13.1,17.0,11.9) MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
  • 16. 16 Teste t (de Student) Para uma média simples Vamos testar se a média da população (de onde a amostra x foi retirada) é igual a 14. Para realizarmos este teste no R basta usar o comando: > t.test(x, mu=14, conf.level=0.99) One Sample t-test data: x t = 1.7802, df = 14, p-value = 0.09675 alternative hypothesis: true mean is not equal to 14 99 percent confidence interval: 13.26059 16.93941 sample estimates: mean of x 15.1 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
  • 17. 17 Interpretação do output One Sample t-test data: x t = 1.7802, df = 14, p-value = 0.09675 alternative hypothesis: true mean is not equal to 14 99 percent confidence interval: 13.26059 16.93941 sample estimates: mean of x 15.1 Agora basta fazer a interpretação correta do output do R. Para saber se a hipótese nula não é rejeitada, basta verificar o valor do p-value e compará-lo com o nível de significância estipulado, neste caso 1%. Dado que o valor do p-value é maior que o nível de significância estabelecido, então não rejeitamos a hipótese nula, o que significa que a população de onde foi retirada a amostra x possui média estatísticamente igual ao valor 14. Podemos concluir também que o I.C. para a média populacional, considerando o mesmo nível de significância de 1% é [13.26059 , 16.93941]. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 18. 18 Teste t (de Student) – duas amostras independentes Para a realização do teste t, teremos neste caso de admitir ainda dois pressupostos: populações homocedásticas, e que seguem uma distribuição normal. Vejamos o seguinte exemplo: Suponha que queremos testar se “x” e “y” possuem médias estatisticamente iguais a um nível de significância de 5%. Suponha também que essas amostras são independentes. > t.test(x,y,conf.level=0.95) Welch Two Sample t-test data: x and y t = 1.2181, df = 23.806, p-value = 0.2351 alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0 95 percent confidence interval: -0.6209537 2.4076204 sample estimates: mean of x mean of y 15.10000 14.20667 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
  • 19. 19 Interpretação do Output Dado que o valor do p-value é maior que o nível de significância estabelecido (5%), então não rejeitamos a hipótese nula, o que significa que estatísticamente ambas as populações têm a mesma média. Podemos concluir também que o I.C. para a diferença entre médias populacionais, considerando o mesmo nível de significância de 5% é [-0.6209537 , 2.4076204] MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 20. 20 Teste t (de Student) – duas amostras dependentes Para a realização do teste t, teremos neste caso de admitir dois pressupostos: amostras homocedásticas, seguem uma distribuição normal. Considerando o mesmo exemplo: Suponhamos que queremos testar se “x” e “y” possuem médias estatisticamente iguais a um nível de significância de 5%. > t.test(x,y,conf.level=0.95, paired=T) Paired t-test data: x and y t = 1.4431, df = 14, p-value = 0.171 alternative hypothesis: true difference in means is not equal to 0 95 percent confidence interval: -0.4343352 2.2210019 sample estimates: mean of the differences 0.8933333 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
  • 21. 21 Interpretação do Output Dado que o valor do p-value é maior que o nível de significância estabelecido (5%), então não rejeitamos a hipótese nula, o que significa que estatísticamente ambas as populações têm a mesma média. Podemos concluir também que o I.C. para a diferença entre médias populacionais, considerando o mesmo nível de significância de 5% é [-0.4343352 , 2.2210019] Através deste resultado, podemos também chegar à mesma conclusão, ou seja estando o valor da diferença entre médias a testar(neste caso é zero) contido no intervalo leva-nos a concluir pela não rejeição da hipótese nula. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 22. 22 Teste F > x<- c(16.1,15.2,18.7,10.2,13.6,14.2,19.3,17.7,12.1,13.2,14.2,15.2,15. 8,16.0,15.0) > y<- c(13.1,13.6,14.7,12.2,14.2,13.9,15.3,13.7,13.5,14.0,16.9,16.0,13. 1,17.0,11.9) > var.test(x,y) F test to compare two variances data: x and y F = 2.4468, num df = 14, denom df = 14, p-value = 0.1055 alternative hypothesis: true ratio of variances is not equal to 1 95 percent confidence interval: 0.8214631 7.2880075 sample estimates: ratio of variances 2.4468 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014 Intervalos de Confiança / Testes de hipóteses
  • 23. Métodos não paramétricos 23 As técnicas estatísticas não paramétricas procuram providenciar procedimentos estatísticos inferenciais menos exigentes do que no caso paramétrico, ou seja com pressupostos relaxados relativamente às distribuições subjacentes às populações. São técnicas de um modo geral bastante simples e portanto acessíveis para um elevado número de pessoas, não necessariamente estatísticos, encontrando-se muitas aplicações em áreas como as Ciências Sociais, os Recursos Humanos e a Psicologia. Sabe-se que, quanto maior for a informação disponível acerca da distribuição subjacente aos dados, melhores serão os procedimentos inferenciais respectivos. Verifica-se que um procedimento não paramétrico geralmente conduz a uma maior variância (no caso da estimação pontual) e a uma menor potência (nos testes de hipóteses) quando comparado com um paramétrico. No entanto muitas são as situações em que é desejável dispensar pressupostos, sendo nesta altura bastante importante o recurso aos métodos não paramétricos. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 24. Métodos não paramétricos 24 De um modo geral os testes não paramétricos são de simples recursos computacionais, apresentando ainda a vantagem de se poderem aplicar a situações de variáveis com tipologias pobres em termos de quantificação ou de ordenação, sendo muitos deles aplicáveis a dados de caracter qualitativo, ou que apenas se apresentam de acordo com uma escala ordinal. Serão abordados os seguintes tipos de testes: • Teste para a independência (Qui-quadrado) • Testes para a comparação de médias (O teste U de Mann-Whitney: comparação de duas amostras independentes ; Kruskal-Wallis comparação de k amostras independentes) • Testes de ajustamento (Qui-quadrado, Kolmogorov-Smirnov, Shapiro- Wilk • Teste de aleatoriedade (Qui-quadrado) MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 25. 25 Exemplo(teste para a independência): Num gabinete de planeamento familiar, foi efectuado um estudo, para averiguar se existe associação entre o estado civil do casal (casados, solteiros) e a existência de filhos no agregado familiar (com filhos, sem filhos). Para tal, durante um certo período de tempo, foram registadas observações, que se apresentam na tabela Com base nestes valores verifique se de facto existe associação. Com filhos Sem filhos Casados 35 25 Solteiros 20 45 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 26. 26 R: Seja X a variável aleatória representativa do estado civil e Y a variável aleatória representativa da situação (ter ou não ter filhos). As hipóteses a testar serão H0 : Há independência entre X e Y H1 : Não há independência entre X e Y Apresenta-se de seguida o procedimento a seguir no R para resolução deste exercício: > count<-matrix(c(35,20,25,45),nrow=2) > count [,1] [,2] [1,] 35 25 [2,] 20 45 > chisq.test(count,correct=F) Pearson's Chi-squared test data: count X-squared = 9.6206, df = 1, p-value = 0.001924 Conclusão: Uma vez que o valor obtido p-value = 0.001924 < 0.05 então rejeita-se H0 , ao nível de significância de 5%. Concluindo-se que não há independência entre o estado civil e o ter ou não ter filhos MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 27. 27 Exemplo 2 (teste para a comparação de médias): Na tabela encontram-se os valores das resistências à compressão (MPa) de provetes cúbicos de betão, obtidos por dois processos distintos de produção. Com base nesses dois processos retiram-se de forma aleatória, duas amostras, uma com 12 provetes e outra com 8 provetes. Pretende-se saber se existe ou não, diferenças significativas entre os dois processos de produção. Para tal use o teste U de Mann-Whitney, considerando um nível de significância de 1%. Amostra A 24.3 23.5 26.4 25.5 27.4 25.8 23.4 25.9 28.5 25.5 29.4 27.2 Amostra B 24.1 25.5 24.8 23.3 24.5 26.7 25.7 27.9 R: Uma das possibilidades para resolver é utilizar o teste de Wilcoxon Rank Sum Test implementado no R e que é equivalente ao teste U de Mann- Whitney. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 28. 28 Assim teremos > amostraA <- c(24.3,23.5,26.4,25.5,27.4,25.8,23.4,25.9,28.5,25.5,29.4,27.2) > amostraB <- c(24.1,25.5,24.8,23.3,24.5,26.7,25.7,27.9)  wilcox.test(amostraA,amostraB) Wilcoxon rank sum test with continuity correction data: amostraA and amostraB W = 61, p-value = 0.3341 alternative hypothesis: true location shift is not equal to 0 Como p-value=0.3341>0.01, não rejeitamos a hipótese nula, ou seja ao nível de significância considerado (1%), concluímos que não existem diferenças entre os diferentes sistemas de produção. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 29. 29 Exemplo 3 (teste de ajustamento): Escolheram-se 80 pessoas de forma aleatória e registou-se o peso de cada uma (em quilogramas). Pretendemos saber se esse conjunto de dados segue a distribuição de qui- quadrado, considerando-se um nível de significância de 5%. > pesos [1] 46.88 47.17 64.46 67.84 85.76 65.41 60.10 75.84 61.21 61.65 63.87 53.95 [13] 63.66 69.06 76.41 75.56 69.04 35.18 66.42 58.78 73.02 51.69 90.88 53.01 [25] 64.31 61.91 79.42 57.78 62.73 60.63 63.29 46.53 84.64 61.76 85.08 59.66 [37] 54.89 94.18 59.89 68.56 75.66 72.06 62.00 43.43 73.38 73.31 66.37 73.72 [49] 66.15 67.79 47.17 64.46 67.84 51.23 34.33 65.43 76.34 87.23 98.23 76.34 [61] 86.34 65.44 45.44 67.99 67.44 65.87 86.29 76.88 55.44 34.67 46.78 34.99 [73] 76.44 56.78 65.87 57.29 73.27 32.44 67.45 68.45 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 30. 30 Agora basta entrar com o comando corretamente: ks.test(pesos, #amostra a ser testada “pchisq”, #”p” seguido do nome da distribuição 79) #são os graus de liberdade da amostra One-sample Kolmogorov-Smirnov test data: pesos D = 0.6402, p-value < 2.2e-16 alternative hypothesis: two.sided Como o p-value é menor ou igual a 0,05 (5%) podemos assumir que os dados não tem distribuição qui-quadrado ao nível de significância de 5%. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 31. 31 Exemplo 4 (teste para verificação da normalidade): > shapiro.test(pesos) Shapiro-Wilk normality test data: pesos W = 0.9777, p-value = 0.1756 Aplicando o teste de Shapiro-Wilk ao exemplo anterior obtemos: Concluimos (ao nível de significância de 5%) pela não rejeição da hipótese de normalidade das observações. MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 32. 32 > qqnorm(pesos) #obtendo o normal probability plot só para comparação >qqline(pesos) # colocando uma linha auxiliar -2 -1 0 1 2 30405060708090100 Normal Q-Q Plot Theoretical Quantiles SampleQuantiles MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014
  • 33. 33 Exemplo 5 (teste de aleatoriedade): Suponha que você pretende averiguar se uma amostra de tamanho (n= 200) com números de 0 a 10 é realmente aleatória. Para gerar a amostra basta fazer: amostra<-round(runif(200)*10) Para obter as freqüências basta usar a função table: >freq<-table(amostra) >freq >amostra 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10 18 24 32 17 18 20 18 18 16 9 Uma forma prática de se obter essas frequências é usar o comando as.numeric(). >chisq.test(as.numeric(freq)) Chi-squared test for given probabilities data: as.numeric(freq) X-squared = 21.21, df = 10, p-value = 0.01968 MINICURSO CIAEEAR MANAUS (AM), 12-15 AGOSTO 2014