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 O CORPO NA EDUCAÇÃOOct 31, '08 8:51 AMpara todos<br /> <br />Katia Silva<br />Segue aqui alguns princípios do meu trabalho do corpo na Educação como uma via de resgate da humanização e da inspiração artística livre de estereótipos.<br />Trabalhar com o corpo na educação é ser coerente com o processo de aprendizagem que naturalmente segue um fluxo desde o desenvolvimento embrionário.<br />   Nossa consciência/mente precisa ser constantemente lembrada de buscar o diálogo do externo com o interno.<br />  É no corpo que fazemos contato com a mais básica referência da nossa condição humana,  nossa vulnerabilidade, nossa fragilidade, nossa diversidade e singularidade.<br />  Nas pistas da dor e do prazer é que vamos nos reconhecendo, nos deslocando, construindo nossa trajetória  e gravando cada contato na nossa pele. <br />  Vejamos aqui alguns temas envolvidos neste movimento de dar ao corpo o devido destaque no nosso cotidiano de educadores.<br /> <br /> <br />Auto conhecimento<br /> <br />O autoconhecimento se caracteriza pela capacidade do ser humano de construir uma representação interna do universo e também de si mesmo. Podemos destacar quatro termos relacionados com o processo de aquisição de autoconhecimento: <br />o autoconceito, como percepção que o indivíduo tem de si mesmo ou como ele se vê; <br />auto-estima, que se refere aos julgamentos qualitativos e sentimentos que cada uma atribui a si; <br />autoconfiança, a crença do indivíduo nas suas habilidades em superar desafios <br />percepção da competência, que se refere à habilidade real percebida pela própria pessoa. <br /> <br />O autoconhecimento recebe contribuição de todos estes elementos, cada um a sua maneira. Quando este processo está associado ao prazer e a emoções positivas ele se torna cada vez mais atraente e desafiador, até mesmo quando fazemos contato com nossas limitações e conflitos. <br />Como educadores não podemos perder estas referências de vista e permeá-las de prazer é uma tarefa constante.<br />  Aprender a se conhecer no corpo, implica em aprender a descobrir recursos internos que nos tiram ou levam a estados diversificados, tranqüilos. <br />  Quanto mais centrados em nosso eixo (coluna vertebral) mais atentos e presentes nos tornamos. <br />  Nossa respiração rege o ritmo de nossas emoções e se aprendermos como dominá-la, tornamo-nos mais conscientes e responsáveis pelos nossos humores.<br />  O estudo do movimento através da brincadeira, do teatro, da dança, traz para o aluno esta consciência e ao mesmo tempo lhe oferece um universo de possibilidades a explorar, na sua expressão, nas relações consigo e o mundo. <br />  Na reprodução de um movimento, de um gesto, recebemos uma gama enorme de informações seja sobre uma cultura, uma personalidade, uma história. Assim como, atento ao seu processo de criação, aprende-se muito sobre si. Para o educador esta via de contato com o aluno o aproxima e o acolhe como igual; um ser humano em busca de se encontrar . Mas para isso é necessário que pesquise, estude e conheça também o seu próprio corpo.<br /> <br /> <br />Corpo e psiquismo  <br /> <br />O contato verdadeiro com a realidade depende da pele. <br />É a partir do contato com o nosso corpo que geramos uma ação coerente, correta, centrada. <br />Isto passa  pela: <br />Sensibilidade (pele) <br />Emoção (músculos, sistemas linfáticos e nervoso) <br />Equilíbrio (ossos).<br />   O distanciamento das sensações corporais gera o resfriamento dos afetos, a rigidez muscular e a mecanização dos movimentos e atitudes. Os níveis de sensação que o corpo gera e codifica, norteiam toda nossa relação com a vida<br />   Em cada corpo há uma história de afetos que junto ao sistema nervoso, ósseo e muscular organiza uma estratégia  física e energética  de lidar com o mundo e as relações. Willhem Reich  a denominou estrutura de caráter e as subdividiu em tipologias, uma forma de compreender as diferentes formas na qual um corpo pode manifestar suas defesas egóicas e sua forma de buscar proteção, prazer, força, liberdade e estruturação. <br />  O corpo humano através da pele, revela o mais refinado sensor existente na natureza. Depois do cérebro a pele é o mais importante de todo o sistema de órgãos. Na qualidade de órgão do sentido mais antigo e extenso do corpo, a pele permite que o organismo aprenda o que é ambiente. A pele e todas as suas partes diferenciadas é o meio pelo qual o mundo externo é percebido. <br />  Trabalhar com o corpo na educação é ser coerente como processo de aprendizagem que naturalmente segue um fluxo desde o desenvolvimento embrionário.<br />  Nossa consciência/mente precisa ser constantemente lembrada de buscar o diálogo do externo com o interno.<br /> <br /> <br />Corpo e movimento <br />   <br />Segundo Laban, bailarino húngaro criador de uma metodologia do movimento que desmistificou a dança na década de 40  a reconhecendo  como latente em todos nós,  “A analise do movimento abre um campo para a compreensão do universo interno do ser humano suas formas de pensar, agir e sentir através do uso visível dos fatores do movimento (força/peso, tempo, espaço e fluência) , esforços, incompletos e completos.” <br />  No seu estudo Laban identificou oito dinâmicas de movimento ou ações básicas (flutuar,brilhar, sacudir, chicotear, torcer, empurrar, bater, deslizar ) que combinadas com os quatro fatores do movimento (espaço,tempo, fluência, e peso)  geram a infinidade de possibilidades de movimento do corpo humano. Porém cada indivíduo tem afinidade com uma ou duas destas dinâmicas, influenciado pela sua personalidade, defesas e crenças. Se este indivíduo  não tem oportunidade de expandir este repertório sua tendência é  limitar seu vocabulário e continuar a servir as defesas de seu ego para manter-se “protegido” e fixado. <br />   Existem muitos estudos sobre o movimento, cada um se aprofunda em determinados temas ou áreas, porém  proporcionar a diversidade de mobilidade com equilíbrio e saúde é um objetivo comum a todos, que reconhecem o fluxo da vida na manifestação do movimento.<br />  <br /> <br />O corpo na Dança <br />   <br />Assim como a linguagem, a dança como forma de comunicação ,sempre acompanhou o desenvolvimento do ser humano, na exploração do seu ambiente, e na busca do auto-conhecimento<br />  A dança é um meio natural que o corpo encontra para expressar a beleza da alma e seu ensino  deve propiciar este encontro, assim como o jogo, reproduz o movimento da vida tornando-se uma forma natural de resgatarmos nossas pistas de equilíbrio e desenvolvimento. Quando trabalhamos esta expansão no corpo estamos atuando diretamente num sistema nervoso sempre pronto para buscar novas sinapses. Além da nossa estrutura corporal, ela nos permite conectarmos com nossas emoções, sentimentos, e estimula nosso desenvolvimento cognitivo, emocional e social. <br />Sua composição com a música a potencializa ainda mais.  Cada ritmo e estilo traz uma gama de estímulos que gera  uma resposta corporal e emocional diferente. Este estímulo poderoso penetra pela pele, atua no ser de forma integral, desperta o corpo e repercute no desenvolvimento global.<br />  A dança é um estudo vivo e pulsante que envolve conceitos desde a matemática, geografia, história, português, ciências e o que mais se puder associar. Logicamente também inclue a arte em todas as suas manifestações. Por isso, ela não pode ficar fora de um bom programa educacional, mas deve ser aplicada com responsabilidade respeitando às peculiaridades de cada etapa de desenvolvimento e as diferenças de cada um. Na escola, ela nunca poderá ser excludente e deve estar sempre a serviço da descoberta da arte e do auto conhecimento, sem se prender a estilos ou modismos.<br />  <br /> <br />Dança e Inclusão <br />   <br />Para os desabilitados física ou mentalmente, a dança também expande seus limites e os ilumina para assumir o seu lugar no palco da vida.  <br />   As propostas de dança contemporânea que partem do cotidiano e das habilidades individuais, reconhece em cada pessoa um personagem a ser explorado. Elas contribuem na quebra das barreiras e oferecem várias técnicas e exercícios que podem ser adaptados a aulas onde todos participam e se beneficiam. <br />   O facilitador deve treinar o seu olhar a captar habilidades, estilos de movimentos e procurar incluir padrões corporais que não podem ser alterados como elementos da criação,  reconhecendo naturalmente sua importante singularidade e complementariedade.     Algumas destas técnicas são contato- improvisação, dançaterapia, Método Laban, Eutonia, Dança Teatro, Dança Contemporânea, dentre outras que apesar de tradicionais se  abrem para adaptar-se, como a dança de salão em cadeira de rodas, que tornou-se inclusive  uma categoria.<br /> Como fonte de pesquisa e intervenção social, a dança fornece muito material sobre as diferenças culturais e   comportamentais ao longo da história e na atualidade.  Atua como elemento de integração de classes e gerações (escolas de samba, grupos folclóricos e étnicos). Atualmente presenciamos diversos movimentos da arte educação onde a dança e a música muitas vezes são as principais forças de estímulo ao estudo , devolvendo a auto estima a toda comunidade.                               <br /> <br /> <br />Corpo e Valores Humanos<br /> <br />   <br />   A transformação dos paradigmas educacionais necessita de elementos concretos como referência. Compartilhar sensações é um processo de aprendizagem básico no qual a educação sempre  negligenciou . Não percebemos como é o nosso olhar , nosso tom de voz ao nos relacionarmos, muito menos a qualidade do nosso contato físico. Saem de nossas escolas médicos insensíveis, empresários maquiavélicos, políticos corruptos, meninas grávidas , jovens confusos com a sexualidade... <br />Para construirmos um processo real de inclusão da diversidade humana é necessário recuperar a generosidade e reconhecer nela um desafio a desenvolvermos cada vez mais.<br />  A inversão dos valores vivenciada nos dias de hoje, que prioriza a formação intelectual e a aquisição material  em detrimento da sensibilidade e do cuidado, nos impede de enxergar nossos limites e de expandir nosso intelecto à consciência do todo.  <br />  Estamos educando o caráter ou especializando o individualismo?<br />
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O corpo na educação

  • 1. HYPERLINK quot; http://kattiasilva.multiply.com/journal/item/15/15quot; O CORPO NA EDUCAÇÃOOct 31, '08 8:51 AMpara todos<br /> <br />Katia Silva<br />Segue aqui alguns princípios do meu trabalho do corpo na Educação como uma via de resgate da humanização e da inspiração artística livre de estereótipos.<br />Trabalhar com o corpo na educação é ser coerente com o processo de aprendizagem que naturalmente segue um fluxo desde o desenvolvimento embrionário.<br />   Nossa consciência/mente precisa ser constantemente lembrada de buscar o diálogo do externo com o interno.<br />  É no corpo que fazemos contato com a mais básica referência da nossa condição humana,  nossa vulnerabilidade, nossa fragilidade, nossa diversidade e singularidade.<br />  Nas pistas da dor e do prazer é que vamos nos reconhecendo, nos deslocando, construindo nossa trajetória  e gravando cada contato na nossa pele. <br />  Vejamos aqui alguns temas envolvidos neste movimento de dar ao corpo o devido destaque no nosso cotidiano de educadores.<br /> <br /> <br />Auto conhecimento<br /> <br />O autoconhecimento se caracteriza pela capacidade do ser humano de construir uma representação interna do universo e também de si mesmo. Podemos destacar quatro termos relacionados com o processo de aquisição de autoconhecimento: <br />o autoconceito, como percepção que o indivíduo tem de si mesmo ou como ele se vê; <br />auto-estima, que se refere aos julgamentos qualitativos e sentimentos que cada uma atribui a si; <br />autoconfiança, a crença do indivíduo nas suas habilidades em superar desafios <br />percepção da competência, que se refere à habilidade real percebida pela própria pessoa. <br /> <br />O autoconhecimento recebe contribuição de todos estes elementos, cada um a sua maneira. Quando este processo está associado ao prazer e a emoções positivas ele se torna cada vez mais atraente e desafiador, até mesmo quando fazemos contato com nossas limitações e conflitos. <br />Como educadores não podemos perder estas referências de vista e permeá-las de prazer é uma tarefa constante.<br />  Aprender a se conhecer no corpo, implica em aprender a descobrir recursos internos que nos tiram ou levam a estados diversificados, tranqüilos. <br />  Quanto mais centrados em nosso eixo (coluna vertebral) mais atentos e presentes nos tornamos. <br />  Nossa respiração rege o ritmo de nossas emoções e se aprendermos como dominá-la, tornamo-nos mais conscientes e responsáveis pelos nossos humores.<br />  O estudo do movimento através da brincadeira, do teatro, da dança, traz para o aluno esta consciência e ao mesmo tempo lhe oferece um universo de possibilidades a explorar, na sua expressão, nas relações consigo e o mundo. <br />  Na reprodução de um movimento, de um gesto, recebemos uma gama enorme de informações seja sobre uma cultura, uma personalidade, uma história. Assim como, atento ao seu processo de criação, aprende-se muito sobre si. Para o educador esta via de contato com o aluno o aproxima e o acolhe como igual; um ser humano em busca de se encontrar . Mas para isso é necessário que pesquise, estude e conheça também o seu próprio corpo.<br /> <br /> <br />Corpo e psiquismo  <br /> <br />O contato verdadeiro com a realidade depende da pele. <br />É a partir do contato com o nosso corpo que geramos uma ação coerente, correta, centrada. <br />Isto passa  pela: <br />Sensibilidade (pele) <br />Emoção (músculos, sistemas linfáticos e nervoso) <br />Equilíbrio (ossos).<br />   O distanciamento das sensações corporais gera o resfriamento dos afetos, a rigidez muscular e a mecanização dos movimentos e atitudes. Os níveis de sensação que o corpo gera e codifica, norteiam toda nossa relação com a vida<br />   Em cada corpo há uma história de afetos que junto ao sistema nervoso, ósseo e muscular organiza uma estratégia  física e energética  de lidar com o mundo e as relações. Willhem Reich  a denominou estrutura de caráter e as subdividiu em tipologias, uma forma de compreender as diferentes formas na qual um corpo pode manifestar suas defesas egóicas e sua forma de buscar proteção, prazer, força, liberdade e estruturação. <br />  O corpo humano através da pele, revela o mais refinado sensor existente na natureza. Depois do cérebro a pele é o mais importante de todo o sistema de órgãos. Na qualidade de órgão do sentido mais antigo e extenso do corpo, a pele permite que o organismo aprenda o que é ambiente. A pele e todas as suas partes diferenciadas é o meio pelo qual o mundo externo é percebido. <br />  Trabalhar com o corpo na educação é ser coerente como processo de aprendizagem que naturalmente segue um fluxo desde o desenvolvimento embrionário.<br />  Nossa consciência/mente precisa ser constantemente lembrada de buscar o diálogo do externo com o interno.<br /> <br /> <br />Corpo e movimento <br />   <br />Segundo Laban, bailarino húngaro criador de uma metodologia do movimento que desmistificou a dança na década de 40  a reconhecendo  como latente em todos nós,  “A analise do movimento abre um campo para a compreensão do universo interno do ser humano suas formas de pensar, agir e sentir através do uso visível dos fatores do movimento (força/peso, tempo, espaço e fluência) , esforços, incompletos e completos.” <br />  No seu estudo Laban identificou oito dinâmicas de movimento ou ações básicas (flutuar,brilhar, sacudir, chicotear, torcer, empurrar, bater, deslizar ) que combinadas com os quatro fatores do movimento (espaço,tempo, fluência, e peso)  geram a infinidade de possibilidades de movimento do corpo humano. Porém cada indivíduo tem afinidade com uma ou duas destas dinâmicas, influenciado pela sua personalidade, defesas e crenças. Se este indivíduo  não tem oportunidade de expandir este repertório sua tendência é  limitar seu vocabulário e continuar a servir as defesas de seu ego para manter-se “protegido” e fixado. <br />   Existem muitos estudos sobre o movimento, cada um se aprofunda em determinados temas ou áreas, porém  proporcionar a diversidade de mobilidade com equilíbrio e saúde é um objetivo comum a todos, que reconhecem o fluxo da vida na manifestação do movimento.<br />  <br /> <br />O corpo na Dança <br />   <br />Assim como a linguagem, a dança como forma de comunicação ,sempre acompanhou o desenvolvimento do ser humano, na exploração do seu ambiente, e na busca do auto-conhecimento<br />  A dança é um meio natural que o corpo encontra para expressar a beleza da alma e seu ensino  deve propiciar este encontro, assim como o jogo, reproduz o movimento da vida tornando-se uma forma natural de resgatarmos nossas pistas de equilíbrio e desenvolvimento. Quando trabalhamos esta expansão no corpo estamos atuando diretamente num sistema nervoso sempre pronto para buscar novas sinapses. Além da nossa estrutura corporal, ela nos permite conectarmos com nossas emoções, sentimentos, e estimula nosso desenvolvimento cognitivo, emocional e social. <br />Sua composição com a música a potencializa ainda mais.  Cada ritmo e estilo traz uma gama de estímulos que gera  uma resposta corporal e emocional diferente. Este estímulo poderoso penetra pela pele, atua no ser de forma integral, desperta o corpo e repercute no desenvolvimento global.<br />  A dança é um estudo vivo e pulsante que envolve conceitos desde a matemática, geografia, história, português, ciências e o que mais se puder associar. Logicamente também inclue a arte em todas as suas manifestações. Por isso, ela não pode ficar fora de um bom programa educacional, mas deve ser aplicada com responsabilidade respeitando às peculiaridades de cada etapa de desenvolvimento e as diferenças de cada um. Na escola, ela nunca poderá ser excludente e deve estar sempre a serviço da descoberta da arte e do auto conhecimento, sem se prender a estilos ou modismos.<br />  <br /> <br />Dança e Inclusão <br />   <br />Para os desabilitados física ou mentalmente, a dança também expande seus limites e os ilumina para assumir o seu lugar no palco da vida.  <br />   As propostas de dança contemporânea que partem do cotidiano e das habilidades individuais, reconhece em cada pessoa um personagem a ser explorado. Elas contribuem na quebra das barreiras e oferecem várias técnicas e exercícios que podem ser adaptados a aulas onde todos participam e se beneficiam. <br />   O facilitador deve treinar o seu olhar a captar habilidades, estilos de movimentos e procurar incluir padrões corporais que não podem ser alterados como elementos da criação,  reconhecendo naturalmente sua importante singularidade e complementariedade.     Algumas destas técnicas são contato- improvisação, dançaterapia, Método Laban, Eutonia, Dança Teatro, Dança Contemporânea, dentre outras que apesar de tradicionais se  abrem para adaptar-se, como a dança de salão em cadeira de rodas, que tornou-se inclusive  uma categoria.<br /> Como fonte de pesquisa e intervenção social, a dança fornece muito material sobre as diferenças culturais e   comportamentais ao longo da história e na atualidade.  Atua como elemento de integração de classes e gerações (escolas de samba, grupos folclóricos e étnicos). Atualmente presenciamos diversos movimentos da arte educação onde a dança e a música muitas vezes são as principais forças de estímulo ao estudo , devolvendo a auto estima a toda comunidade.                               <br /> <br /> <br />Corpo e Valores Humanos<br /> <br />   <br />   A transformação dos paradigmas educacionais necessita de elementos concretos como referência. Compartilhar sensações é um processo de aprendizagem básico no qual a educação sempre  negligenciou . Não percebemos como é o nosso olhar , nosso tom de voz ao nos relacionarmos, muito menos a qualidade do nosso contato físico. Saem de nossas escolas médicos insensíveis, empresários maquiavélicos, políticos corruptos, meninas grávidas , jovens confusos com a sexualidade... <br />Para construirmos um processo real de inclusão da diversidade humana é necessário recuperar a generosidade e reconhecer nela um desafio a desenvolvermos cada vez mais.<br />  A inversão dos valores vivenciada nos dias de hoje, que prioriza a formação intelectual e a aquisição material  em detrimento da sensibilidade e do cuidado, nos impede de enxergar nossos limites e de expandir nosso intelecto à consciência do todo.  <br />  Estamos educando o caráter ou especializando o individualismo?<br />