Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Comunidades virtuais e redes sociocognitivas
1. Lucila Pesce
Comunidade de
aprendizagem:
a constituição de redes sociocognitivas e
autopoiéticas em ambiente virtual
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VALENTINI, Carla & FAGUNDES, Lea. In: VALENTINI,
Carla & SOARES, Eliana (orgs.). Aprendizagem em
ambientes virtuais: compartilhando idéias e construindo
cenários. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2005.
2. Lucila Pesce
Introdução
• Problema de pesquisa: como se constituem as trocas
interindividuais no AVA, considerando a autopoiese e
os processos sociocognitivos?
• Marco teórico:
– Epistemologia genética (Piaget)
– Biologia do conhecimento (Maturana)
3. Lucila Pesce
Introdução
PREMISSAS TEÓRICAS:
• Aprender – expressão da inteligência composta de duas
condições: organização e adaptação (Piaget).
• Viver e conhecer – seres vivos, como sistemas
autopoiéticos, situam-se como produtor e produto
(Maturana).
• Fonte de desenvolvimento no desequilíbrio na busca
constante de novas equilibrações (Piaget).
• Professor como problematizador e promotor de
situações de cooperação.
4. Lucila Pesce
Introdução
PREMISSAS TEÓRICAS:
• Cooperação (Piaget) – enfrentar os problemas com
solidariedade; trocar e construir soluções e novos
saberes junto com os outros.
• Necessidade de aceitação do outro (Maturana).
• Duff – tipos de atividades cooperativas:
– Tarefas convergentes
– Tarefas divergentes
5. Lucila Pesce
Introdução
• Tarefas convergentes – centradas na solução de
problemas; todos os sujeitos buscam alcançar um
objetivo comum; ação coletiva.
• Tarefas divergentes – centradas no debate, no
consenso, estabelecimentos de acordos, na definição
de metas conjuntas para o trabalho cooperativo.
6. Lucila Pesce
Contexto da Pesquisa
• AVA – Psicologia, Matemática e Psicologia.
• Disciplina com 70% das atividades desenvolvida a
distância.
• Corpus de análise – interações (fóruns, chats, murais).
• Problematização e interação como princípios para a
aprendizagem – estudos de caso, cenários, textos,
problemas.
7. Lucila Pesce
Contexto da Pesquisa
• AVA como espaço relacional; trocas energéticas,
materiais e informacionais.
• Mapeamento das interações – como a estratégia de
tarefas convergentes e divergentes contribui para as
trocas individuais no AVA.
• Apoio do software Chic (Classificação Hierárquica
Implicativa e Coesitiva).
8. Lucila Pesce
Análise
CATEGORIAS DE ANÁLISE:
• Autopoiéticas – análise dos enunciados, percebendo o
grupo como um sistema autopiético emergindo no AVA.
• Sociocognitivas – análise dos enunciados, percebendo
o processo evolutivo das trocas cooperativas (da
descentralização à reciprocidade).
9. Lucila Pesce
Análise
Rede Ra:
• Confrontação de perspectivas como aspecto importante
das trocas interindividuais, no caminho da autonomia e
da cooperação; diferentes verdades em distintos
domínios.
• Destaque das tarefas convergentes, debates sobre o
estudo de caso em situação interdisciplinar.
• Interlocução entre as categorias autopoiéticas e
sociocognitivas.
• Coordenação de distintos pontos de vista; nova
compreensão da realidade.
10. Lucila Pesce
Análise
Rede R1:
• Primazia dos espaços informais de interação (não
centrados no conteúdo).
• Espaços informais de interação:
– Favorecem a criação de vínculos, a expressão de interesses
pessoais, concepção de organização de cada sujeito.
– Menor complexidade sociocognitiva e autopoiética.
– Muito importantes para contribuir para a legitimidade das
trocas.
• Estabelecimento de vínculos, via atividade
comunicativa, favorece a constituição dos grupos de
interação e a construção do conhecimento.
11. Lucila Pesce
Discussão dos resultados
• O foco deve estar na influência das interações sobre os
processos cognitivos dos parceiros e não na freqüência
das interações.
• Nas trocas interindividuais:
– Rede de interações que expressam trocas mais complexas
(trocas autopoiéticas e sociocognitivas): confrontação de
distintas perspectivas.
– Rede mais ligada ao movimento de expressão de si e
constituição de vínculos: rede de identidade e vínculo.
12. Lucila Pesce
Discussão dos resultados
• Tarefas convergentes contribuem mais para as redes de
trocas cooperativas e autopoiéticas do que as tarefas
divergentes.
• Tarefas divergentes (debate informal) contribuem mais
para o estabelecimento de uma rede de identidade e
vínculo, possibilitando a emergência de novas relações
entre os aprendizes.
• No curso analisado, as interações no AVA comportam
ações de processos cognitivos e sociais que incidem
proficuamente na auto-organização do grupo.
• AVA – espaços para o viver, para além da simples troca
de informação.
13. Lucila Pesce
Proposta de atividade
1. Com base nos estudos de Duff sobre os tipos
de atividade cooperativa (tarefas
convergentes e divergentes), busquem
antecipar como o trabalho integrado a ser
desenvolvido neste semestre poderá trabalhar
com esta tipologia.
2. Reflitam sobre a importância deste texto para
o seu processo de aprendizagem sobre os
AVA.
Notas del editor
Obs: como não é possível modificar a cor da fonte neste campo, nas próximas lâminas optei por escrever em caixa alta, para destacar o meu texto.
Objetivos do chat:
1) A partir da revisão dos principais conceitos abordados no módulo, convidar os alunos a participar de uma discussão, para troca de opiniões e conseqüente aprofundamento da temática em questão.
2) Situar o próprio chat como um dos instrumentos de avaliação do módulo, coerentemente com as idéias tematizadas no módulo.
Obs: esse segundo objetivo justifica-se pelo fato da questão proposta convidar o aluno a uma metarreflexão: na reflexão sobre o seu processo de formação no módulo e sobre as contribuições deste módulo à sua formação profissional, o aluno vivencia os movimentos meterreflexivos de retrospecção e prospecção.