O documento discute as práticas de consumo e produção participativos de jovens na internet. Aborda temas como a busca por identidade, construção de reputação online e formas de obter credibilidade através da ciber-representação e produção de conteúdo nas redes sociais.
A Musica Na Cibercultura Curso De Entretenimento Digital
Consumo participativo e construção de identidades juvenis na internet
1. as práticas de produção e consumo participativosas práticas de produção e consumo participativosas práticas de produção e consumo participativosas práticas de produção e consumo participativos
através da ciberatravés da ciberatravés da ciberatravés da ciber----representação juvenilrepresentação juvenilrepresentação juvenilrepresentação juvenil
2. GEORGIA NATALGEORGIA NATALGEORGIA NATALGEORGIA NATAL LUCINA VIANALUCINA VIANALUCINA VIANALUCINA VIANA
pesquisa empesquisa em
Mestrandas em Comunicação e Linguagens da UTP – PR
Linha de pesquisa de Comunicação e Tecnologia
andamento sobre
consumo da música
na cibercultura,
realizada com o apoio
do CNPq
pesquisa em
andamento sobre
Consumo e construção
de identidades
adolescentes na
internet.
ggnatal@homail.com lucka@onda.com.br
3. ROTA NO REFERENCIAL
Inteligência coletiva (LÉVY)Inteligência coletiva (LÉVY)Inteligência coletiva (LÉVY)Inteligência coletiva (LÉVY)
Consumo Participativo (ANDERSON) eConsumo Participativo (ANDERSON) eConsumo Participativo (ANDERSON) eConsumo Participativo (ANDERSON) e
ppppráticas colaborativas nas plataformasráticas colaborativas nas plataformasráticas colaborativas nas plataformasráticas colaborativas nas plataformas
de redes sociais (JENKINS)de redes sociais (JENKINS)de redes sociais (JENKINS)de redes sociais (JENKINS)
Busca por identidadeBusca por identidadeBusca por identidadeBusca por identidade
• Identidade e alteridade (LANDOWSKY)
• Gerenciamento de Impressão (GOFFMAN)
• Identidade online (TURKLE)
Características do ser
hipermediado (BOLTER & GRUSIN)
• Resultado das relações entre
ciber-representações
4. ROTA NO REFERENCIAL
Apresentar
• aquisição de reputação como
principal força motora para a
colaboração - McCONNELL & HUBA,
(2008), Tapscott & Williams (2007)
• formas de se adquirir credibilidade
online
discutir
online
• as possibilidades de influência acerca
da utilização dessa qualidade
sistema
econômico
• cada um de nós é a mensagem
(McCONNELL & HUBA, 2008),
• Onde cada pessoa é um sistema
econômico (Lévy, 2003)
6. O SER HIPER-MEDIADO
Ele está “constantemente construindo
• É o ser derivado das relações
amplificadas no ciberespaço,
que emprega seu tempo livre
produzindo ou remixando
conteúdo.
• Ele é definido pela “tensão entre
pontos de vista competitivos”
(BOLTER & GRUSIN, 2000, p. 257)
Ele está “constantemente construindo
e quebrando conexões, declarando
alianças e interesses e depois
renunciando a eles” (BOLTER &
GRUSIN, 2000, p. 232), apresentando-
se assim em constante transformação.
7. O SER HIPER-MEDIADO
É composto tanto do eu que está
fazendo a rede de conexões,
quanto dos vários eus
presentes no online,
sejam todos elessejam todos eles
correspondentes a
um referencial no
mundo off-line
ou não.
8. BUSCA PELA IDENTIDADE JUVENIL
CORPO ROUPAS EXPRESSÕES MOVIMENTO IDENTIDADE
Adolescência: experimentações a respeito
destas habilidades sociais e onde estas
• um processo e não como algo
estático, não como algo que pode
ser atingido
• Identidade juvenil como algo “fluido
e aberto à negociação mas sujeito
a muitos constrangimentos”
(WEBER & MITCHELL, 2008, p. 43).
destas habilidades sociais e onde estas
mais se desenvolvem (BOYD, 2007).
9. IDENTIDADE ATRAVÉS DA CIBER-
REPRESENTAÇÃO
• “gerenciamento de impressão” (GOFFMAN, 1985):
habilidade de lidar com as diferentes formas de
expressão de si e fazer com que nossa imagem faça
sentido para o outro.
Sem a presença corporal, a identidade precisa ser escrita
• A experimentação do poder e da expressão da
criatividade possibilita o trabalho de construção juvenil
de identidade,
“clicando, postando e mandando mensagens de texto
através de uma paisagem em transformação, a juventude
está misturando gêneros, incorporando idéias antigas,
atividades e imagens em novas bricolagens, mudando a
cara, se não o conteúdo da interação social, e alterando o
modo como eles próprios se vêem” (WEBER & MITCHELL, 2008)
10. CONSUMO E BUSCA POR
IDENTIDADE
• Multiplicidade
de escolhas do
mundo pós-
moderno
possibilidades
• Rompimento de
fronteiras
desterritorialização
• Mescla e
despreocupação
com princípios
Mescla de
costumes
• Da solidez dos
grupos
• Igualdade entre
os membros
dissolução
• Consumo participativo: cidadãos criando conteúdo de
uma maneira a envolver reflexão e classificação de
valores que afetarão de forma responsável o social.
• As pessoas são a essência do consumo participativo
• Participar está relacionado ao senso de cidadania, onde
quem contribui está relacionado a um papel de atuação
maior, que toma posição e parte no todo
• O indivíduo se destaca, ganha credibilidade e apoio em
sua comunidade se suas ações forem de interesse
comum na mesma proporção em que individuais
11. DIMENSÃO PÚBLICA DO CONSUMO
“Hoje, o consumo assume muito mais uma dimensão
pública – não mais uma questão de escolhas e
preferências pessoais, o consumo se tornou tema de
discussões públicas e deliberações coletivas; o
compartilhamento de interesses comumente leva a
conhecimento compartilhado, visões compartilhadas
e ações compartilhadas” (JENKINS, 2006, p. 222)e ações compartilhadas” (JENKINS, 2006, p. 222)
12. TRANSFORMAÇÃO DOS
MERCADOS
• Rompimento da
unificação de
gostos e
costumes
• Quebra do
esquema de
consumo de
massa
• Novas formas
de organização,
armazenagem
distribuição e
consumo
Permitindo
• Diminuição das
diferenças entre
produtores e
consumidores
• Democratização
do consumo
• Processos de
apropriação e
remixagem
cultural
• Estilhaçamento
do mercado em
nichos
• Mercado de
Resultado
massa
Uso das Tecnologias
digitais
Provocando
• Mercado de
bens de
consumo de
duas mãos
13. A REPUTAÇÃO COMO MOTIVAÇÃO
PARA PARTICIPAÇÃO
A juventude produz bens culturais na busca por identidade, e NÃO com impulso financeiro
EXPRESSÃO DIVERSÃO EXPERIMENTO REPUTAÇÃO
REPUTAÇÃO TRABALHO ESTABILIDADE
PÚBLICO OU
AUDIÊNCIA
OFERTAS
LUCRATIVAS
• O que importa é a reputação, que mesmo quando inconscientemente
desejada, é o que motiva a participação.
• “microeconomia da mão-de-obra”.
• “o objetivo é experimentar uma nova maneira de ganhar visibilidade (...)uma
atividade de lazer com dimensão social” (TAPSCOTT & WILLIAMS, 2007, p. 51)
14. FORMAS DE OBTER REPUTAÇÃO E
CREDIBILIDADE
• A reputação online e fruto de trabalho e de tempo
dedicado ao grupo, bem como a qualidade e a
confiabilidade desse trabalho (JENKINS, 2006, p. 34)
• Podem também remeter à credibilidade: igualdade,
intimidade, paixão, velocidade nas comunicações, e
a facilidade de acesso aos mecanismos dea facilidade de acesso aos mecanismos de
participação (Bowman e Willis, 2003).
16. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Embora os questionamentos a respeito da participação sejam muitos, tal
qual seus desafios, manter as questões nesse âmbito descaracteriza o
ponto central, que é a direção em que caminhamos como sociedade, e
não os percalços do caminho.
• A construção de um senso mútuo de responsabilidade para com toda a
produção online como processo coletivo é um desafio em curso, do qual
nem todos participam, mas sob o qual estamos todos à mercê. O
resultado do processo serve a todos, mesmo que este seja desenvolvido
por poucos. Dentre estes, a maior parcela é constituída pela juventude
• A funcionalidade do processo só é conseguida porque faz parte da
característica dessa geração, levar a sério o seu papel participativo,característica dessa geração, levar a sério o seu papel participativo,
talvez porque participar seja sempre uma escolha e não uma obrigação.
• Escolhendo participar, o jovem cria reputação e credibilidade,
transferindo sua notoriedade à sua produção, quando chamar a atenção
é, dentre os comportamentos juvenis, aquele que mais se persegue.
• Dentro da economia da reputação e através
da ciber-representação como manifestação
da busca pela identidade, os jovens encontram
um ambiente fértil para direcionar o foco sobre
eles mesmos sem, contudo causar desconforto
por parte de quem recebe o conteúdo produzido
como fruto dessa auto-afirmação.
17. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ADORNO, T., & HORKHEIMER, M. A Industria Cultural: O Iluminismo como Mistificação de Massa. In: L. C. (Org.),
Teoria da Cultura de Massa (pp. 169-216). São Paulo, Paz e Terra: 2000
• ANDERSON, C.A Cauda Longa. Rio de Janeiro: Elsevier: 2006
• BOLTER, J. D., & GRUSIN, R. Remediation: Understanding New Media. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press,
2000.
• BOWMAN, S., & WILLIS, C. We Media. How audiences are shaping the future of news and information. Reston, Va.:
The Media Center at The American Press Institute: 2003.
• BOYD, D. Why Youth (Heart) Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life. In: D.
BUCKINGHAM, MacArthur Foundation Series on Digital Learning –
Youth, Identity, and Digital. Cambridge, MA: MIT Press: 2007.
• BUCKINGHAM, D. Introducing Identity. In: D. BUCKINGHAM,
MacArthur Foundation Series on Digital Learning – Youth, Identity,
and Digital (pp. 1–24). Cambridge, MA: The MIT Press: 2008.
• FEATHERSTONE, M. Cultura de Consumo e pós modernismo.
São Paulo: Studio Nobel: 1995.
• HINE, C. Virtual Methods and the Sociology of
Cyber-Social-Scientific Knowledge. In: C. HINE (org), Virtual Methods.
Issues in Social Research on the Internet. Oxford: Berg: 2005.
18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• JENKINS, H. Convergence Culture, when old and new media collide. New York: New York University Press: 2006.
• JENKINS, H. Confronting the Challenges of Participatory Culture. Digital Media and Learning: 2006b.
• LANDOWSKI, E. Presenças do Outro, ensaios de sócio semiótica. São Paulo: Perspectivas: 2002.
• LESSIG, L. Free culture. How big media uses technology and the law to lock down culture and control creativity.
Penguim Press: 2004.
• LÉVY, P. A Inteligência Coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola: 2003.
• McCONNELL, B., & HUBA, J. Citizen Marketers. São Paulo: MBooks: 2008.
• McGREGOR, S. Participatory Consumerism. Consummer• McGREGOR, S. Participatory Consumerism. Consummer
Interests Annual , 47: 2001.
• TAPSCOTT, D. Growing Up Digital: The Rise of the Net Generation.
Nova York: McGraw-Hill: 1997.
• TAPSCOTT, D., & WILLIAMS, A. Wikinomics: como a colaboração
em massa pode mudar o seu negócio. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira: 2007.
• TURKLE, S. Life on the Screen: Identity in the age of the Internet.
New York: Simon and Shuster: 1995.
• TURKLE, S. Whither Psychoanalysis in Computer Culture? Acesso em
maio de 2008, disponível em Kurzweil AI: Disponível em:
http://www.kurzweilai.net/articles/art0529.html?printable=1 : 2004