O documento descreve cenas cotidianas na Rodoviária de Brasília que são geralmente ignoradas. A autora fotografou detalhes escondidos e momentos espontâneos para mostrar o que é invisível para os passageiros apressados. Duas citações destacam a rotina agitada da rodoviária e como as pessoas se movimentam sem perceber os prédios ao redor. O documento apresenta fotografias destes momentos capturados pela autora para tornar visíveis aspectos escondidos do cotidiano da rod
2. Enxergando o invisível
Como vejo o invisível
R
odoviária de Brasília, coração da cidade. Chão de
concreto repleto de pessoas, que tem suas rotinas liga-
das a esse lugar, vendedores ambulantes, motoristas,
passageiros à espera de ônibus que os levem para seus destinos.
O cotidiano da Rodoviária é apressado, transeuntes correm para
seus ônibus ou para as ruas de Brasília, passam despercebidos
por cenas usuais, porém extraordinárias, carregadas de signifi-
cados e detalhes. Procurei fotografar o que, para os “cidadãos
rodoviários”, se tornou invisível por ser tão corriqueiro. Cenas
espontâneas, únicas e secretas, escondidas sob o chão fervente
de concreto e repleto de passageiros, fazem parte do que é o
coração de Brasília.
Por Luisa Bravo
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3. "rodoviária, que tem mais luzes que
assentos, mais placas que ônibus,
mais olhos que desejos, mais desejos
que bocas, mais bocas que comida
às oito na rodoviária já é meio dia "
para quem acordou às cinco
Os viventes se movem
por João Bosco Bezerra Bonfim
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27. Fotografia: Luisa Bravo
Assistente de fotografia: Ana Luisa Quintas
Rodoviária de Brasília
" As pessoas andam desatentas
aos prédios da solidão
"
Cidade Brasília
por Jorge Amâncio
Brasília, 07 de Julho de 2011
Faculdade de Comunicação
Universidade de Brasília
Fotojornalismo
Publicação online
http://issuu.com/luisabravo/docs/enxergandooinvisivel
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