Este documento discute a auto-avaliação em bibliotecas escolares. A auto-avaliação permite identificar áreas fortes e fracas e encontrar caminhos para melhoria. Embora haja resistência à mudança, a auto-avaliação oferece oportunidades como avaliar o impacto da biblioteca e melhorar os serviços. Domínios como apoio curricular, leitura, projetos e gestão podem ser avaliados.
1. AUTO-AVALIAÇÃO EM BIBLIOTECAS ESCOLARES
... a identificação do caminho a partir das
evidências recolhidas.
Novembro de 2009
2.
3. OBSERVAÇÕES DA REALIDADE
1º Vivemos numa sociedade baseada em conhecimento e
informação logo a informação é crucial.
2º Temos que dotar os alunos de capacidade de aprendizagem ao
longo da vida.
3º Colaboração entre Professores Bibliotecários e Professores faz
com que os alunos adquiram níveis de leitura e literacia maiores,
aprendam a resolver problemas e adquiram conhecimentos nas
TICs.
Adaptado de Todd, Ross, School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice (2002)
4. CONTEXTO
Situação geral de mudança do sistema educativo e respectivas
repercussões nas BEs.
Organizações direccionadas para resultados (RBE, DREs, Municípios,
Escolas).
Integrar a avaliação da BE na avaliação interna e externa da Escola.
Necessidade de utilizar um documento referencial que permita
avaliar, de forma objectiva, a actividade das BEs.
Aferir o contributo da BE para as aprendizagens, literacia da
informação e para o sucesso educativo.
5. BE: UM SISTEMA
SISTEMA:
VÁRIOS
PROCESSOS
INPUTS: OUTPUTS:
SERVIÇOS
ORÇAMENTO INSTRUÇÃO/ENSINO
RECURSOS APRENDIZAGEM
EQUIPA GESTÃO DA
TECNOLOGIAS INFORMAÇÃO
AUTO-AVALIAÇÃO:
CONTÍNUA REVISÃO
E REAVALIAÇÃO
7. MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
OBJECTIVOS/
CONCEITOS ESSENCIAIS
Um instrumento pedagógico e de
melhoria contínua, que permite
avaliar o trabalho da BE e o impacto
desse trabalho na Escola e nas
aprendizagens dos alunos.
Origina planeamento e uma
estratégia clara e exequível,
concretizada em objectivos, acções e http://www.fotosearch.com/photos-
images/ (acedido em 11/11/09)
metodologias de monitorização do
processo, que permitam o seu
cumprimento e proceder aos
reajustamentos necessários.
8. MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO
OBJECTIVOS/
CONCEITOS ESSENCIAIS
Identificar áreas mais fortes e
áreas mais fracas, permitindo
trabalhar as mais fracas.
A avaliação não é um fim em si
mesma. É um processo que deve
gerar informação para apoiar a http://www.fotosearch.com/photos-
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tomada de decisão.
9. AUTO-AVALIAR A BE
PERMITE ENCONTRAR:
“o caminho que deve seguir com vista à
melhoria do seu desempenho”
10. AUTO-AVALIAR A BE
OPORTUNIDADES:
Efectuar o planeamento estratégico tendo em conta o
Projecto Educativo do Agrupamento
Recolher evidências (informações consistentes) que
validem o trabalho da BE, suportem e direccionem o
trabalho a desenvolver
Avaliar a eficácia dos serviços prestados
Identificar o grau de satisfação dos seus
utilizadores
Aferir até que ponto os objectivos estão a ser
alcançados http://www.fotosearch.com/photos-
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11. AUTO-AVALIAR A BE
OPORTUNIDADES:
Avaliar o impacto da BE nas aprendizagens dos
alunos, nas suas atitudes, valores e competências
Saber o que representa para a comunidade
educativa
Avaliar o trabalho colaborativo entre a BE e os
professores
Identificar pontos fortes e pontos fracos a
melhorar e, posteriormente, elaborar Planos de
Acção (Melhoria)
Obter informação que permita integrar a avaliação
da BE na avaliação interna e externa da Escola
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12. AUTO-AVALIAR A BE
CONSTRANGIMENTOS:
Resistência à mudança
Demasiado trabalho
Não há tempo disponível
A equipa não vai aceitar
Gostamos de mudança se não envolver alterações
Porquê mudar se as coisas estão a funcionar bem?
Vamos voltar à realidade
Adaptado de Todd, Ross, (2002)
13. AUTO-AVALIAR A BE
CONSTRANGIMENTOS:
oVamos dormir sobre o assunto
Resistência à mudança
o Burro velho não aprende línguas
o Vou-me reformar no próximo ano
o Não vai resultar nesta biblioteca
o Estamos demasiado ocupados
oPensem na confusão que isso vai gerar!
o Outra vez não!
o Sempre fizemos as coisas desta maneira
Adaptado de Todd, Ross (2002)
14. AUTO-AVALIAR A BE
CONSTRANGIMENTOS:
UM GRANDE DESAFIO…
Resistência e falta de envolvimento/
colaboração da equipa e dos professores.
Falta de motivação para a avaliação.
Correcto dimensionamento da sua aplicação.
Mais esforço em:
-seleccionar evidências;
- tratar evidências;
- reflexão;
-elaboração de Planos de Actuação;
- implementação dos novos Planos Actuação.
15. DOMÍNIOS A AVALIAR
“O valor não é algo intrínseco às
coisas, mas tem sobretudo a ver com
a experiência e benefícios que se
retira delas...”
16. DOMÍNIOS A AVALIAR
Gestão da BE
Leitura e Literacias
Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de
Abertura à Comunidade Educativa
Apoio ao Desenvolvimento Curricular
17. DOMÍNIOS E SUBDOMÍNIOS
Domínios/Subdomínios
A. Apoio ao B. Leitura e C. Projectos, D. Gestão da BE
Desenvolvimento Literacia Parcerias e
Curricular Actividades Livres e
de Abertura à
Comunidade
A1. Articulação curricular C1. Apoio a Actividades D1. Articulação da BE
da BE com as Estruturas Livres, Extra-Curriculares e com a Escola/
Pedagógicas e os de Enriquecimento Agrupamento. Acesso e
Docentes Curricular serviços prestados pela
BE
A2. Desenvolvimento da C2. Projectos e Parcerias D2. Condições humanas
Literacia da Informação e materiais para a
prestação dos serviços.
D3. Gestão da Colecção
18. ETAPAS DO PROCESSO
1. Escolha do domínio a avaliar
Iniciativa
Coordenador/Equipa
Realidade
Escolar
Discutir com a Apresentar ao
Direcção Conselho Pedagógico
19. ETAPAS DO PROCESSO
2. Estabelecer prioridades
Como não é possível aferir tudo, deve-se efectuar
...a selecção dos indicadores a avaliar
...considerar as perspectivas dos professores e
...as necessidades dos alunos
3. Aplicação de instrumentos de medida
Questionários, entrevistas, inquéritos, análise de
documentos, grelhas de observação a alunos, professores e
pais/Encarregados de Educação, …
20. ETAPAS DO PROCESSO
4. Gestão de evidências
RECOLHA DE INFORMAÇÃO
Identificar evidências significativas
Verificar se as fontes são fiáveis
Articular elementos quantitativos e qualitativos
Ao longo do dia-a-dia
De forma sistemática
Em quantidade e qualidade
21. ETAPAS DO PROCESSO
4. Gestão de evidências
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Transformar
Informação em
Analisar Verificar
conhecimento
Interpretar Clarificar
Extrair sentidos Redefinir
Definir Planos Identificar pontos
de Actuação fracos e pontos fortes
Situar a avaliação utilizada
num nível de desempenho
22. ETAPAS DO PROCESSO
5. Comunicação de Resultados
COMUNICAÇÃO:
Conselho Pedagógico Relatório de Avaliação
Síntese a integrar no Relatório de Avaliação da Escola
Orientará o Coordenador na Avaliação Externa pela IGE-
Inspecção Geral da Educação
RBE Envio do Relatório de Auto-Avaliação
Equipa da BE, Professores, Alunos, EEs …
http://www.fotosearch.com/photos- Comunidade Escolar
images/ (acedido em 11/11/09)
23. BE: AVALIAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO INTERPRETAÇÃO
DA
DE UM INFORMAÇÃO
PROBLEMA RECOLHIDA
RECOLHA
DE NOVAS
EVIDÊNCIAS
PROPOSTA/REALIZAÇÃO
DAS MUDANÇAS
NECESSÁRIAS
24. NÍVEIS DE PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA
INTERACÇÃO COOORDENADOR/EQUIPA:
DIRECTORA – deve ser líder participante no
processo, congregando vontades e acções, de
acordo com o poder que detêm.
CONSELHO PEDAGÓGICO – o seu envolvimento
deve ser activo e responsável responsabilizando
todos pelo processo.
ALUNOS, PAIS E PROFESSORES – devem tomar
conhecimento do processo de Auto-avaliação da BE,
para contribuírem/participarem a partir das
diversas estruturas (Departamentos, Associação de
Pais, Associação de Estudantes, etc.) e/ou
http://www.fotosearch.com/photos-
actividades em que se integram. images/ (acedido em 11/11/09)
25. NÍVEIS DE PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA
INTERACÇÃO/COLABORAÇÃO BE PROFESSORES
o Permite a utilização e a integração dos recursos nas
estratégias de ensino-aprendizagem
o Contribui para a dinamização de actividades no
âmbito da promoção da leitura e da literacia da
informação
o Permite elaborar planos de intervenção (ou acções)
feitos de acordo com as necessidades individuais dos
alunos
o Permite a partilha de experiências profissionais, que
podem englobar estratégias e apreciações relativas à
avaliação, tanto no plano das práticas pedagógicas, http://www.fotosearch.com/photos-
images/ (acedido em 11/11/09)
como nos processos de aprendizagem dos alunos.
26. IMPACTOS: ALTERAÇÃO DA BE
“Construir significados é aprender” (Hein, 1991)
“…melhorar o desempenho dos alunos e
demonstrar o poder tangível da Biblioteca
Escolar na contribuição dos objectivos de
aprendizagem da Escola.” (Todd, Ross, 2002)
Adaptado de Todd, Ross, School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice (2002)
27. IMPACTOS: ALTERAÇÃO DA BE
…de espaço organizado com
recursos destinados ao
acesso da informação e ao
lazer a espaços de
informação, de trabalho e
de construção do
conhecimento humano.
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28. IMPACTOS
REDEFINIÇÃO DE PRÁTICAS E DE PROCESSOS
PEDAGÓGICOS
(Planos de desenvolvimento orientados para as
literacias e para o apoio ao currículo com impacto na
aprendizagem dos alunos)
ALUNO PROACTIVO DO SEU PRÓPRIO
CONHECIMENTO
( BE centro de conhecimento e promotor da
aprendizagem ao longo da vida)
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VALOR DA BE/CRE RENOVADO
29. Adaptado de Todd, Ross, School librarian as teachers: learning outcomes and evidence-based practice (2002)
IMPACTOS BE/CRE RENOVADA
o Tem um conhecimento claro dos objectivos de aprendizagem dos
alunos.
o Define os objectivos de investigação e usa a investigação para
modelar/definir as iniciativas instrutucionais.
o Traduz a visão centrada nas aprendizagens em acções.
o Constrói parcerias fundamentadas numa filosofia partilhada de
aprendizagens, baseia-se em inquéritos para desenvolver
compreensão e conhecimento.
o É flexível e adaptativa, com aprendizagem continua, mudança e
inovação, pensa diferente das formas tradicionais de fazer e ser.
o Combina criativamente capacidades de produzir valor real e de
documentar as evidências da prática em termos das
aprendizagens reais dos alunos.
o Estabelece evidências locais, identifica e celebra os resultados e
os impactos.
30. BIBLIOGRAFIA
Bibliotecas escolares: Modelo de Auto-Avaliação (2009), RBE
Todd, Ross, School Libraries and Evidence-Based Practice: Dynamic Strategies
and Outcomes (2003)
Johnson, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media
Program”, Principal. Jan/Feb 2005
Eisenberg, Mike B., Miller, Danielle H. (2002) “This man wants to change your
job” School Library Journal. January 2002
Todd, Ross (2002) “School librarian as teachers: learning outcomes and
evidence-based practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
Texto da sessão