O documento discute a importância da transposição didática na prática do ensino de história. A transposição didática é o processo de adaptação do saber acadêmico para a sala de aula, considerando fontes externas como a sociedade. Um sistema didático fechado produz um saber desconectado de seu contexto histórico. É necessário compatibilizar o ensino com os saberes acadêmicos e sociais para uma boa circulação desses conhecimentos.
Prática de história antiga e medieval - conceitos fundamentais
1. Prática de História Antiga e Medieval
A circulação de saberes: academia,
meios sociais, escola, comunicação
de massas
Prof. Luis Fernando Cerri
Departamento de História
Universidade Estadual de Ponta Grossa
Permite-se a reprodução desde que citada a
fonte
3. SISTEMA DIDÁTICO
CHEVALLARD, Yves. La transposición didáctica. Del saber
sabio al saber enseñado. Trad. Glaucia Gilman. Buenos Aires:
Aique, 2009.
4. TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
“remete à passagem do saber sábio ao saber
ensinado, e portanto à distância eventual,
obrigatória, que os separa, dá testemunho
desse questionamento necessário, ao tempo
que se converte em sua primeira ferramenta.”
(p. 16)
5. SISTEMA DIDÁTICO E
TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
. o sistema didático é aberto
é preciso conhecer seu exterior
supõe compatibilização com o meio
Saberes acadêmicos
Saberes da sociedade em geral
6. SISTEMA DIDÁTICO E
TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
.a concepção, pelos educadores, de um sistema
didático que seria fechado ...
(tornando iguais saber a ensinar e saber
ensinado)
... faz com que o processo de transposição
didática produza um saber exilado de suas
origens (históricas)
7. NOOSFERA (ESFERA DO
PENSAMENTO)
CHEVALLARD, Yves. La transposición didáctica. Del saber
sabio al saber enseñado. Trad. Glaucia Gilman. Buenos Aires:
Aique, 2009.
11. (VOCÊ NÃO FAZTRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA!!!!!!!!)
“O voluntarismo obstrui a análise e uma certa
atitude reflexiva. Preparar uma lição sobre o
logaritmo se torna, então, fazer a transposição
didática da noção de logaritmo. Entretanto,
preparar uma lição é sem dúvida trabalhar com a
transposição didática (ou melhor, na transposição
didática); jamais é fazer a transposição didática.
Quando o docente intervém para escrever essa
variante local do texto, do saber que ele chama seu
curso ou para preparar seu curso (quer dizer, para
realizar o trecho do saber no desfiladeiro da sua
própria palavra), já faz tempo que a transposição
didática começou...” (CHEVALLARD, op. cit., p. 20)