O documento descreve uma crônica autobiográfica onde o narrador reflete sobre sua infância e escolha de carreira artística. Ele se distancia da imagem típica de um escritor português, comparando-se a características que não possui.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 29-30
Apresentação para décimo ano de 2014 5, aula 39-40
1.
2.
3.
4. «Retrato do artista quando jovem» (pp.
141-142)
1./1.1 O «artista» mencionado no
título e o narrador são a mesma
entidade («resolvi», «meu», «cheguei»,
«experimentei», «fiquei», «me», entre
muitas outras, são marcas desse
narrador homodiegético).
5. 1.2 Trata-se de crónica de cariz
autobiográfico, ao longo da qual o
narrador se retrata enquanto criança e
adolescente.
6. 2. Reflectir sobre a sua infância e
sobre a opção por uma carreira
artística.
8. Acabei romancista. Estranho, porque não
sou gordo nem inteiramente feio, não
tenho uma prega na testa, não combati na
Grécia, não uso óculos nem barba, não
janto nos restaurantes de génios do
Bairro Alto, não cheiro mal da boca, não
bebo álcool e estou-me por completo nas
tintas para os êxitos ou fracassos dos
outros que não me alegram nem me
entristecem peva exceto no que diz
respeito aos dois ou três amigos que
admiro. Felizmente que é assim para
9. 3.1 Comparação por exclusão.
3.2 Permite ao narrador apresentar-se e,
ao mesmo tempo, descrever o escritor
português tipo, de cuja imagem
pretende afastar-se.
23. Aumentativo / Diminutivo são formas
de variação em grau, possíveis em
• nomes (suminho)
• adjetivos (fresquinho)
• advérbio (poucochinho, depressinha)
24.
25. Adjetivos e Advérbios costumam ter o
grau expresso (sintatica e morfologi-camente)
pelo «grau propriamente dito»:
inteligentíssimo (Adj.)
o mais palerma de todos (Adj.)
tão alegremente como (Adv.)
26. Nem todos os adjetivos são graduáveis:
só os adjetivos qualificativos (os
relacionais, não) — cfr. p. 300.
29. Há umas aulas, fui distinguindo
enunciação e enunciado. Enunciado é o
produto de uma enunciação; a
enunciação é o ato de produção desse
enunciado (desse texto).
30. Vimos que deíticos são marcas do
processo de enunciação, porque
remetem para a situação em que o
enunciado é produzido. São palavras
que só podem ser compreendidas em
função do contexto da enunciação.
31. Exemplos que dei foram os de «este»,
«aquele» ou «ali», cujos referentes se
reportam ao espaço em que o enunciado
estiver a ser produzido. Também os
pronomes pessoais e possessivos
podem ter função deítica, porque os seus
32. exatos referentes dependem do «eu» e
do «tu» que intervenham na situação de
enunciação. Palavras como «agora»,
«amanhã», para serem «percebidas»,
precisam de ser relacionadas com o
momento da enunciação.
33. Os deíticos podem ser arrumados em
pessoais, espaciais e temporais, e são os
instrumentos da referência deítica ou
deixis. (Vê a p. 320, onde se mencionam
ainda os deíticos textuais.)
34. Entre as classes de palavras que mais
concorrem para a referência deítica
encontramos a dos pronomes, a dos
determinantes, a dos advérbios. Os
verbos e a sua flexão também podem
funcionar como deíticos.
35. D Encontrei ali um ornitorrinco meu
amigo.
O campo estava minado, mas foi aí que
o patrão quis fazer o piquenique.
36. D Esses livros costumavam estar
naquela banheira, aí ao lado. Ontem,
porém, não os vi.
D Na semana passada, falei com uma
grafonola voadora.
37. D Neste momento, já não acredito em
milagres.
Um dia antes, a Ermelinda já se tinha
aperaltado para o baile da José Gomes
Ferreira.
D Vocês fazem tudo o que lhes apetece
e eu, estúpido, nem protesto!
38. Antes, era capaz de até nem se
importar, mas, agora, D. Afonso Henriques
não iria deixar passar aqueles disparates:
estava decidido a enfrentar tudo e todos.
D Amanhã, vou comer as saborosas
framboesas.
D Vou já entregar esta folha.
39.
40. Para entrega dos microfilmes, prefiro
o envio por mail, até dia 24.
(Notem: se não agradecer, não recebi
nada.)
Além do poema trazido hoje, aceito
alguma outra tentativa que queiram trazer
para efeitos do Concurso Correntes
d’Escritas.