O documento pede que os alunos tragam o caderno de Português na última aula do período, com todas as folhas e trabalhos, e não escondidos em plásticos.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Caderno de português
1.
2. Na última aula do período quero que
todos tragam o caderno (ou dossiê) de
Português (com todas as folhas (e
trabalhos).
Por favor, não quero tudo escondido
em plásticos.
3.
4. No começo do v. 1, «Camões» é
a) sujeito.
b) vocativo.
c) modificador apositivo.
d) complemento direto.
6. Sabendo que «fado» (v. 2) significa
‘destino’, podemos dizer que, nos vv.
1-2, o sujeito do soneto considera que
a) a sua vida foi mais difícil do que a de
Camões.
b) a sua vida foi diferente da de Camões.
c) o seu destino foi muito diferente do de
Camões.
d) a sua vida e a de Camões foram
bastante parecidas.
7. O antecedente de «os» (v. 2) é
a) «acho».
b) «Camões»
c) «teu fado» e «meu».
d) «quando».
9. Nos vv. 3-4, o sujeito poético alude ao
facto de
a) ter perdido a possibilidade de viver à
beira do Tejo.
b) ter viajado por mar.
c) ter sido obrigado a fixar residência
em Setúbal.
d) ter-se encontrado com o gigante
Adamastor.
12. No v. 4, «co» corresponde a
a) ‘cu’.
b) contração de uma preposição com
«o».
c) início de fezes, interrompidas por
prisão de ventre.
d) contração de «como» com «o».
13. A ordem mais normal das palavras no v. 6
[ Da penúria cruel no horror me vejo ]
seria:
a) Vejo-me no horror da cruel penúria.
b) No horror da penúria cruel, vejo-me.
c) Na penúria cruel, vejo-me no horror.
d) Vejo-me na cruel penúria do horror.
Vejo-me no horror da penúria cruel.
14. Nos vv. 7-8, o poeta lamenta-se de
a) ter gostos excêntricos que não pôde
concretizar.
b) ter tido desilusões amorosas.
c) se ter dado incondicionalmente a
amante que não lhe retribuiu o mesmo
afeto.
d) ter amado quem o trairia.
15. Como tu, também estou carpindo
chorando
lamentando
gostos vãos, que em vão desejo
quero
pretendo
16. A palavra «desejo» (v. 7) é
a) preposição.
b) nome.
c) verbo.
d) adjetivo.
17. Como tu, também estou carpindo
chorando
lamentando
gostos vãos, que em vão (eu) desejo
quero
pretendo
18. O complemento direto de «carpindo
estou» (v. 8) é
a) «gostos vãos, que em vão desejo».
b) «saudoso amante».
c) «tu».
d) «como tu».
19. Na terceira estrofe, o sujeito poético
a) pede a morte.
b) deseja a paz.
c) já morreu.
d) regozija-se com a sorte que teve
durante a vida.
20. «Ludíbrio, como tu, da Sorte dura» (v. 9)
significa que, como Camões, o poeta
a) teve azar no jogo.
b) teve vida tormentosa.
c) foi ridicularizado por muitos.
d) foi enganado pelos seus
contemporâneos.
21. Na última estrofe do soneto, o poeta
lamenta
a) não ter a mesma paixão de Camões
pela natureza.
b) ter imitado a poesia camoniana.
c) só imitar Camões nas desvantagens.
d) não ter curtido e transado tanto
como Camões.
22. No v. 12, «Mas» exprime
a) oposição.
b) possibilidade.
c) conjunção.
d) disjunção.
23. A vírgula final do v. 13 explica-se por
a) se fechar uma oração causal.
b) começar depois uma oração final.
c) se seguir o advérbio «não».
d) se fechar uma oração adverbial.
24. Se te imito nos transes da ventura,
oração subordinada adverbial condicional
Não te imito nos dons da natureza.
oração subordinante
25. O sentimento que percorre o soneto é de
a) orgulho por um dado percurso de
vida.
b) inveja suscitada pelo confronto com
Camões.
c) angústia por uma vida marcada pela
desilusão.
d) pacificação ao pressentir-se a morte
próxima.
26.
27. • Evitem falar para o lado durante o
questionário.
• Quanto terminarem, chamem-me para
me dar a folha.
• Quando eu disser que já foi tempo
suficiente, por favor, parem mesmo e
deem-me a folha mesmo sem eu te
insistir.
28.
29. cetineta = tecido parecido com cetim
fulgurante = brilhante
proveta = vaso de vidro (= copo [=vinho]?)
narciso = o que se admira a si próprio
lombarda = variedade de couve
repolho = couve (cabeça da couve)
suculento = que tem suco; carnudo;
agradável ao paladar
toicinho = toucinho
desventura = infelicidade
escaparate = armário envidraçado, vitrina
30. Poeta, é certo, mas de cetineta[,]
fulgurante de mais para alguns olhos,
bom artesão na arte da proveta,
narciso de lombardas e repolhos.
31. Cozido à portuguesa, mais as carnes
suculentas da auto-importância,
com toicinho e talento, ambas partes
do meu caldo entornado na infância.
32. Nos olhos, uma folha de hortelã,
que é verde como a esperança que amanhã
amanheça de vez a desventura.
33. Poeta de combate, disparate,
palavrão de machão no escaparate,
porém morrendo aos poucos de ternura.
34.
35. O enunciador [o poeta] diz-se
talentoso («com […] e talento»),
empenhado ou lutador («poeta de
combate»), apaixonado ou meigo
(«morrendo aos poucos de ternura»),
vaidoso ou egocêntrico («narciso»; «as
carnes […] da auto-importância»).
36.
37.
38. O filme é claramente de memórias
de infância. Nas primeiras cenas foi dado
o motivo da recordação do crescimento
do protagonista numa vila siciliana (a
notícia da morte do adulto protetor de
então, Alfredo). A história entra como
pano de fundo (há diversas alusões ao
fim da segunda guerra mundial).
39. Os vários estados do edifício (o
primeiro cinema, a destruição pelo fogo, o
novo edifício, a ruína quando o protagonista
regressar) servem também de marcos que
apoiam a nossa perceção da passagem do
tempo.
A ação da parte amorosa acaba também
por aproveitar o cinema (salvo erro, um
primeiro beijo do protagonista vai aí
decorrer).
O edifício vai causar a cegueira de
Alfredo, tornando-se depois ocupação semi-profissional
do protagonista.
40. A analepse é um recurso essencial.
Apanhamos a história já no momento em
que o protagonista sabe da morte de
Alfredo, pelo que se tem de fazer depois
um recuo no tempo, constituindo esse
flash back a maior parte do filme. (Há um
ou dois brevíssimos regressos à
atualidade, só para lembrar que o tempo
da narração não é aquele, até a história
contada em analepse chegar ao presente
em que começara e termos depois o
resto do enredo, quase um mero
epílogo.)
41. Não há propriamente prolepses, a não
ser talvez algumas falas de Alfredo, que, a
certa altura, aludirá, velada mas
certeiramente, ao futuro de Totó.
42. A analepse é um recurso essencial.
Apanhamos a história já no momento em que o
protagonista sabe da morte de Alfredo, pelo
que se tem de fazer depois um recuo no tempo,
constituindo esse flash back a maior parte do
filme. (Há um ou dois brevíssimos regressos à
atualidade, só para lembrar que o tempo da
narração não é aquele, até a história contada
em analepse chegar ao presente em que
começara e termos depois o resto do enredo,
quase um mero epílogo.)
Não há propriamente prolepses, a não ser
talvez algumas falas de Alfredo, que, a certa
altura, aludirá, velada mas certeiramente, ao
futuro de Totó.
43. Uma elipse notável consiste no salto dos
anos entre o Totó criança e o Salvatore
adolescente (o truque é descobrirmos um novo
ator sob a mão de Alfredo, o que aliás resolve
também um problema que se põe aos filmes que
percorrem gerações: acompanhar o crescimento
físico das personagens). Há outros momentos
recorrentes de aceleração do relato, que
corresponderão a resumos, que aproveitam as
imagens passadas na sala de cinema (pela
justaposição de trechos de filmes que vão
acompanhando a história do cinema, do preto e
branco a Brigitte Bardot, percebemos que nos
estão a ser dados vários anos em poucos
minutos).
44. Ao contrário, uma história demorada
contada por Alfredo a Totó (que só
veremos na próxima aula) parece fazer
aumentar/demorar o discurso
relativamente ao tempo «real».
45.
46. cetineta = tecido parecido com cetim
fulgurante = brilhante
proveta = vaso de vidro (= copo [=vinho]?)
narciso = o que se admira a si próprio
lombarda = variedade de couve
repolho = couve (cabeça da couve)
suculento = que tem suco; carnudo;
agradável ao paladar
toicinho = toucinho
desventura = infelicidade
escaparate = armário envidraçado, vitrina
47. Poeta, é certo, mas de cetineta[,]
fulgurante de mais para alguns olhos,
bom artesão na arte da proveta,
narciso de lombardas e repolhos.
48. Cozido à portuguesa, mais as carnes
suculentas da auto-importância,
com toicinho e talento, ambas partes
do meu caldo entornado na infância.
49. Nos olhos, uma folha de hortelã,
que é verde como a esperança que amanhã
amanheça de vez a desventura.
50. Poeta de combate, disparate,
palavrão de machão no escaparate,
porém morrendo aos poucos de ternura.
51. O enunciador [o poeta] diz-se
talentoso («com […] e talento»),
empenhado ou lutador («poeta de
combate»), apaixonado ou meigo
(«morrendo aos poucos de ternura»),
vaidoso ou egocêntrico («narciso»; «as
carnes […] da auto-importância»).
52.
53. TPC — Queria que, na última aula do
período, todos trouxessem o caderno, ou
dossiê, de Português (com todas as
folhas e trabalhos).
Por favor, não gostaria de ver tudo
escondido em plásticos.