O autor pede ao cronista para substituir o final da crónica (linhas 110-140) por uma conclusão de no máximo 100 palavras, sem narrar agressões a um empregado, mas tirando uma lição do episódio de forma opinativa e incisiva, como é típico das crónicas.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Crônica reflete sobre equívoco em entrevista
1.
2. O que te peço é que troques esse
final (ll. 110-140) por uma conclusão em
que o cronista se limite a comentar o
episódio que relatara até aí, embora
tentando tirar dele uma lição. Não haverá
portanto narração de agressões ao
empregado, mas, como seria normal
numa crónica mais convencional, uma
breve reflexão de índole opinativa (em
estilo incisivo, talvez, por ser o mais
típico do fecho das crónicas). Não
pretendo mais de cem palavras.
5. O título «Entrevistas» fazia prever que
nos fôssemos deparar com um texto
expositivo sobre aquele género
jornalístico (sobre a «entrevista») ou,
menos provavelmente, com um conjunto
de trechos de entrevista (um género dos
media que é do tipo conversacional).
Porém, ao lermos o texto, percebemos
que se trata afinal de uma crónica.
Aborda-se um facto do quotidiano, como
é habitual neste género jornalístico, num
estilo tão subjetivo que se aproxima do
de qualquer texto literário.
6. Entretanto, para transmitir a sua
atitude relativamente às entrevistas —
que é de desinteresse e embaraço —, o
cronista acaba mesmo por inserir
perguntas que se percebe lhe terão sido
postas em situação de entrevista. Não nos
apresenta respostas a essas perguntas,
que vão sendo aliás desvalorizadas pela
presença de uma linha narrativa e
memorialística que se lhes sobrepõe.
7.
8.
9.
10. Escuta a crónica de Fernando Alves
(do programa «Sinais», da TSF) e diz se
as afirmações na p. 81 são
V(erdadeiras) ou F(alsas).
11.
12. • A. (F) A BBC pediu desculpas pelo
equívoco que pode ter sido a desgraça
de Guy Goma.
[até pode ter sido a sua sorte]
13. • B. (F) Guy Goma é um cidadão congolês
recém-licenciado em Sociologia, mas
desempregado.
[licenciado em Economia]
14. • C. (F) Goma encontrava-se na receção
das BBC à espera de uma entrevista de
trabalho, quando foi confundido com o
diretor de um portal de Internet sobre
Fisiatria.
[sobre tecnologia]
15. • D. (F) Guy Goma foi levado a uma
emissão sobre Psicologia no canal «24
horas».
[sobre informática]
16. • E. (V) Guy Goma ficou surpreendido
com a pergunta da apresentadora da
BBC.
17. • F. (V) A entrevista para a BBC valeu a
Guy Goma um emprego.
18. • G. (F) O cronista chama a Guy Goma «o
entrevistado que mordeu a maçã».
[o homem que mordeu a maçã]
19. • H. (V) Segundo o cronista, o equívoco
em causa é uma exceção nos dias que
vão correndo.
20. • I. (V) O caso de Guy Goma é uma
parábola feliz.
25. jornalista-transeunte = o que se limita a
recolher opiniões
morder a maçã = ousar, arriscar, pensar
pela própria cabeça
26. O cronista pretende que os jornalistas
não sejam tão passivos (como quando
se contentam com a recolha de opiniões
comuns) e procurem fazer verdadeira
informação.
27.
28. TPC — Resolve/estuda as perguntas
sobre ‘Acentuação’ no Caderno de
Atividades (pp. 7-11; soluções na p. 88).
Em Gaveta de Nuvens ficam reproduzidas
estas páginas.