O poema descreve a percepção do eu lírico da felicidade aparente das pessoas que vivem na casa em frente, em contraste com a solidão e a dor que sente. O eu lírico inveja a despreocupação das crianças que brincam e a alegria dos outros, sentindo-se diferente e incapaz de alcançar tal felicidade.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 31-32
2. Evitar entregar mais do que um tepecê
na mesma folha.
(Aliás, preferia mesmo que os tepecês
só fossem entregues na aula
nte à sua
ção.)
3. Grupos
Áreas
Pontos
I (A e B)
Leitura e Escrita
90 a 110
II (1 e 2)
Leitura e Gramática 40 a 60
III
Escrita
50
4. «A parte A integra um texto, selecionado
a partir da lista de conteúdos
declarativos do 12.º [e 11.º] ano para o
domínio da Leitura, que constitui o
suporte de itens de resposta restrita».
5. «A parte B é constituída por um item de
resposta extensa (de 80 a 130 palavras)
sobre um dos conteúdos declarativos do
12.º [e 11.º] ano do domínio de Leitura.»
10. 1.
Nas quatro primeiras estrofes do
poema, encontram-se representadas
sensações visuais e auditivas, como se
comprova através dos elementos
seguintes: «que já vi mas não vi» (v. 3) —
sensação visual; «As crianças, que
brincam às sacadas altas, / Vivem entre
vasos de flores» (vv. 5-6) — sensação
visual; «As vozes, que sobem do interior
do doméstico. / Cantam sempre» (vv. 8-9)
— sensação auditiva.
11. 2.
Na terceira estrofe do poema, o
tempo da infância é caracterizado por um
ambiente de despreocupação feliz,
sugerido pelo ato de brincar («As
crianças, que brincam às sacadas altas, /
Vivem entre vasos de flores» — vv. 5-6), e
pela não consciência da passagem do
tempo («Sem dúvida, eternamente.» — v.
7).
12. 3.
Nas seis primeiras estrofes do
poema, a relação que o sujeito poético
estabelece com «os outros» é marcada
pela diferença, dado que estes são felizes,
como se deduz dos elementos referidos
no texto: alegria aparente (v. 2 e v. 4),
brincadeira (v. 5), flores (v. 6), canto (vv. 8
a 10), festa (v. 11). O sujeito poético
considera-se à parte e diferente dos
«outros»: «São felizes, porque não são
eu.» (v. 4), «Que grande felicidade não ser
eu!» (v. 14).
13. 4.
A dor e o vazio expressos na última estrofe,
particularmente no verso «Um nada que dói...» (v.
26), decorrem das reflexões desenvolvidas nas
duas estrofes anteriores. O sujeito poético
questiona-se quanto aos «outros» e aos seus
sentimentos (v. 15), concluindo que, por um lado,
cada outro é um eu (v. 16) e que só é possível
sentir enquanto «eu» ou «nós» (vv. 21-24); por
outro lado, não se pode saber o que «os outros»
sentem (vv. 17-20), uma vez que existe uma
incomunicabilidade essencial entre os seres
humanos, de que resulta a consciência separada
de cada eu.
15. 1.
Na casa dos outros («na casa
defronte de mim e dos meus sonhos») há
uma felicidade, que não existe para si.
As pessoas «que desconheço» e que aí
moram «são felizes». O eu não tem
felicidade por não ser essas pessoas.
16. 2.
As crianças são símbolo da vida
despreocupada e feliz. Elas vivem no
meio da Natureza, «entre vasos de
flores», ajustando-se ao espaço. Ele, por
oposição, refugia-se num espaço de
solidão.
17. 3.
O sujeito poético mostra que só há
felicidade na ignorância instintiva, pois
os «outros nunca sentem». E, por isso,
afirma «Que grande felicidade não ser
eu!» Para ele, os outros «são felizes,
porque não sou eu».
18. 4.
Sendo nada devia implicar a
ausência de qualquer sensação, e, por
isso, a angústia adquire maior força por
este nada doer.