3. • Desassossego
• Desabafos
• Espirros metafísicos
• Epifania
• O doente físico e psicológico
• Uma grande dramatização, resultado
de uma pequena constipação
• Revolta psicológica
• Um mundo entupido
• Desencanto
• Desabafos de um poeta menor
4. • Decadência
• Pessimismo
• Irritação
• Atchim metafísico
• Frustração com vida
• Um mal da cabeça
• O abstrato de mim
• O paradigma das constipações
• A chata da conspiração
• Actifed
• Um poeta zangado
• A verdade de um universo efervescente
• Uma infeção existencial
5. • Uma doença incomum
• Uma perda dramática
• Sinusite poética
• O fundo do poço
• Mas afinal quem sou eu?
• Constipação intrínseca e extrínseca
• Não há remédio
• Desânimo
• Constipação de poesia
• Obstáculo na vida de um poeta menor
• De cabeça para baixo
• A incapacidade física e mental
6. • Constelações de lenços
• Atchim
• Que grande chatice!
• Depressão
• Que tristeza!
• Desabafo de um constipado pela vida
• Frustração
• Tudo contra
• Rompeu-se
• Sensações em demasia
• Constipação astronómica
• Universo em baixo
• Metamorfose
12. «Um Campos diferente» (p. 124)
Fase de juventude («Opiário»);
Fase mais «histérica», mais virada para o
exterior: odes sensacionistas, futuristas;
Fase de maturidade, metafísica e de
desencanto
13.
14.
15.
16.
17. No manual falta o espaço
interestrófico entre o v. 5 e o v. 6. (Ou
seja: os primeiros cinco versos são
uma primeira estrofe, uma quintilha.)
18.
19.
20. Percebe-se pela quintilha inicial que
o cansaço que domina o sujeito poético
não tem uma origem definida nem um
motivo concreto (assim se reconhece
no segundo e terceiros versos,
bipartidos: «Não disto nem daquilo, /
Nem sequer de tudo ou de nada»).
21. No final da estrofe, explicita-se mesmo oNo final da estrofe, explicita-se mesmo o
carácter, quase caprichoso, destecarácter, quase caprichoso, deste
cansaço permanente e, decerto,cansaço permanente e, decerto,
essencialmente psíquico: «essencialmente psíquico: «CansaçoCansaço
assim mesmo, ele mesmo, cansaçoassim mesmo, ele mesmo, cansaço» (vv.» (vv.
4-5).4-5).
22. Na segunda estrofe, o poeta começa
uma diferenciação relativamente aos
outros, que prosseguirá até ao fim do
poema. Nos três versos que iniciam a
oitava, apresentam-se as sensações, as
paixões, os amores que mobilizam os
outros, resumido em «Essas coisas
todas / Essas e o que falta nelas
eternamente» (vv. 9-10), súmula
claramente depreciativa.
23. Nos três versos que fecham a estrofe, a
epífora («cansaço/cansaço/cansaço»)
assinala a reação do poeta ao que
costuma embevecer os que não são
como ele.
24. Na terceira estrofe, três versos
anafóricos servem para representar a
atitude com que o poeta se vai
contrastar (amar o infinito, / desejar o
impossível, / não querer nada).
25. Em nenhum destes tipos de idealismo
o poeta se reconhece, por razões que
enuncia em paradoxos: «Porque eu
amo infinitamente o finito, / Porque eu
desejo impossivelmente o possível, /
Porque quero tudo, ou um pouco mais,
se puder ser, / Ou até se não puder
ser...».
26. A última estrofe analisa as
consequências, como logo anuncia a
pergunta que a abre («E o resultado?»).
Como já acontecera antes, começa-se
pelos «outros» (que ficam com «a vida
vivida ou sonhada», «o sonho sonhado
ou vivido», «a média entre tudo e nada»
— notem-se o quiasmo, o paralelismo, a
antítese, todos tão pessoanos).
27. Os cinco últimos versos são muito
expressivos. O verso que introduz esta
parte sobre o poeta fecha a anáfora
que vinha dos três versos anteriores
(com a preposição «para») e inicia a
enumeração dos adjectivos
caracterizadores do cansaço do poeta
(«grande», «profundo», «infecundo»),
não sem pelo meio se inserir uma
expressão interjetiva («ah com que
felicidade»).
28. Depois, partindo do superlativo
neologístico «supremíssimo»
(«supremo» já é um superlativo relativo
de superioridade, corresponde a ‘o mais
alto’), o poeta utiliza isoladamente o
sufixo «íssimo», indicador do grau,
amplificando-o através da repetição, que
sugere a sua ligação ao substantivo
«cansaço». É um processo —
modernista — de desconstrução e
reconstrução das palavras.
29.
30. 1.1. O sujeito poético caracteriza o seu
cansaço como
a. indefinido e leve.
b. definido e intenso.
c. definido e leve.
d. indefinido e intenso.
31. 1.2. O eu lírico considera os motivos do
cansaço
a. preocupantes e profundos.
b. múltiplos e intensos.
c. múltiplos mas transitórios.
d. preocupantes mas passageiros.
32. 1.3. As anáforas usadas entre os versos
14 e 25 procuram
a. acentuar os traços distintivos entre o
sujeito poético e os outros.
b. intensificar o carácter idealista do eu
lírico.
c. descrever negativamente os «três
tipos de idealistas».
d. apresentar os resultados do cansaço
do sujeito poético.
33. 1.4. O carácter peculiar do eu lírico é
destacado nos versos 18 a 21 através
a. de antíteses, da hipérbole e de
metáforas
b. de paradoxos, da hipérbole e de
advérbios de modo expressivos.
c. de paradoxos, de eufemismos e de
adjetivos expressivos.
d. de antíteses, da hipérbole e de adjetivos
expressivos.
34. 1.5. A utilização isolada e repetida do
sufixo «íssimo», usado como adjetivo
qualificativo confere ao cansaço
a. uma dimensão abstrata.
b. um valor fictício.
c. uma importância momentânea.
d. um carácter inexplicável.
35. 1.6. O tema do poema é
a. a importância dos sonhos.
b. a apologia da vida social.
c. o tédio existencial.
d. a recusa do idealismo.
36.
37. Lê o ponto 1 de Escrita na p. 122
(definição de «ode» e, especialmente,
«ode» à Campos), para, depois,
resolveres o ponto 2 (redação de ode a
uma realidade qualquer, à maneira
futurista).
Há vantagens em teres o livro aberto
nas páginas da «Ode triunfal» (119-122).
39. TPC — Em papel que me possas
entregar, escreve uma resposta limpa, não
copiada da de manuais ou de colegas, à
pergunta 1.1 da p. 126 («Estabelece
pontos de contacto entre as estrofes de
Régio e o poema «O que há em mim é
sobretudo cansaço»).