SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 3
Descargar para leer sin conexión
Universidade Federal de Mato Grosso

                                             Fundamentos de C´lculo
                                                             a
                         Atividades resolvidas - Grupo de estudos - PROFMAT

                                                   13/04/2013


                                          Sequˆncias Reais e seus Limites
                                              e

                                                   1
Quest˜o 1.3.1.c) Mostre que a sequˆncia xn =
     a                            e                n2   ´ limitada e mon´tona. Descreva o tipo de monoticidade de
                                                        e               o
xn .
Demonstra¸˜o:
         ca
Afirma¸˜o 1: (xn ) ´ mon´tona decrescente.
     ca           e    o
De fato! Observe que para todo natural n, vale que:

                                                                      1          1
                                    n + 1 > n ⇔ (n + 1)2 > n2 ⇔     (n+1)2   <   n2 .


Ou seja, xn+1 < xn . Conclu´
                           ımos assim que (xn ) ´ mon´tona decrescente.
                                                e    o
Vamos agora calcular o limite de (xn ).
                   1
Sabendo que limn→∞ n = 0 e usando as propriedades de limites, temos:

                                      1             1              1
                               limn→∞ n2 = limn→∞ ( n )2 = (limn→∞ n )2 = 02 = 0.

Assim conclu´
            ımos que (xn ) ´ convergente e seu limite ´ zero.
                           e                          e
Afirma¸˜o 2: (xn ) ´ limitada.
     ca           e
De fato! Mostramos acima que (xn ) ´ convergente. Desta forma, por teorema, temos que (xn ) ´ limitada.
                                   e                                                        e
Com as ferramentas apresentadas anteriormente, podemos encontrar os limitantes de (xn ). Como (xn ) ´ mon´tona
                                                                                                    e    o
decrescente e lim xn = 0, temos que:

                                       1 = x1 > x2 > x3 > ... > xn > ... > 0.

Quest˜o 1.3.3) Existe um n´mero finito ou infinito de subsequˆncias da sequˆncia ((−1)n+1 )? Justifique sua
     a                    u                                e             e
resposta.
Solu¸˜o: Existem infinitas subsequˆncias de ((−1)n+1 ), pois podemos fazer infinitas combina¸˜es entre 1 e -1.
    ca                           e                                                        co
Observe alguns exemplos:
(1, 1, 1, 1, ...)


                                                           1
(−1, −1, −1, −1, ...)
(−1, −1, 1, 1, 1, 1, 1, ...)
(1, 1, 1, 1, −1, −1, −1, −1, −1, −1, ...)
etc.


Quest˜o 1.3.4.c) Dada a sequˆncia (1, 2, 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4, 5, ...), exiba trˆs subsequˆncias mon´tonas cres-
     a                      e                                                              e         e         o
centes e trˆs mon´tonas n˜o crescente.
           e     o       a
Solu¸˜o: N˜o ´ poss´ encontrar subsequˆncias do tipo acima, pois sempre geramos um n´mero finito de elementos
    ca    a e      ıvel               e                                             u
em cada subsequˆncia criada. Por exemplo:
               e

 (1, 2, 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4, 5, ...1, 2, 3, ..., 1000, 1, 2, 3, ..., 999, 1000, 1001, 1, 2, 3, ..., 998, 999, 1000, 1001, 1002, ...)

Poder´
     ıamos construir atrav´s da sequˆncia acima, a seguinte sequˆncia decrescente:
                          e         e                           e

                                                      (1000, 999, 998, 997, 996, ...3, 2, 1),

entretanto, ela teria um n´mero finito de termos, n˜o satisfazendo assim a defini¸˜o de subsequˆncia.
                          u                       a                            ca            e


Quest˜o 1.4.1.2.a) Encontre n1 ≥ 1 inteiro, tal que:
     a

                                                           n        1
                                                           2n   <   10 ,   para todo n > n1 .

Solu¸˜o: Tome n natural. Se n < 6 temos que 2n < 10n. Entretanto para todo n ≥ 6, ent˜o 2n > 10n. Assim,
    ca                                                                               a
                                                                 n           1
      ımos que sendo n ≥ 6, ent˜o 2n > 10n ⇔
conclu´                        a                                 2n   <     10 ,   ou seja, n1 = 6.


                                                                                     1
Quest˜o 1.4.1.3.b) Ache o limite da sequˆncia xn = 1 +
     a                                  e                                           3n .

Solu¸˜o:
    ca
                                                      propriedades
                                                  1
                                    limn→∞ 1 +   3n         =              limn→∞ 1 + limn→∞ 31 = 1 + 0 = 1.
                                                                                              n




Portanto lim xn = 1.


                                      n
Quest˜o 1.4.1.4.a) Mostre que limn→∞ n+1 = 1.
     a
                                                                                                                1−ǫ
Solu¸˜o: Com efeito, dado ǫ > 0 arbitr´rio, podemos obter n0 natural tal que n0 >
    ca                                a                                                                          ǫ .   Ent˜o n > n0 Implica
                                                                                                                          a
que:

                      1−ǫ       1                      1         1                  −1            n−n−1           n
                n>     ǫ    =   ǫ   −1⇔n+1>            ǫ   ⇔    n+1   <ǫ⇔           n+1    <ǫ⇔     n+1    <ǫ⇔    n+1   − 1 < ǫ.

Conclu´
      ımos assim que:

                                                                            n
                                                                    limn→∞ n+1 = 1.


                                                                               2
n+3
Quest˜o 1.4.1.4.b) Mostre que limn→∞ n3 +4 = 0.
     a
                                                                                       ǫ           ǫ
Solu¸˜o: Com efeito, dado ǫ > 0 arbitr´rio, podemos obter m e k naturais, tais que: m2 2 > 1 e k 3 2 > 3. Desta
    ca                                a
forma temos:

              ǫ          ǫ           ǫ              ǫ     ǫ      ǫ           ǫ     ǫ       ǫ
           m2 2 > 1 ⇔ m3 2 > m e k 3 2 > 3. Como m3 2 + 4 2 > m3 2 > m e k 3 2 + 4 2 > k 3 2 > 3, obtemos:
                               ǫ    3                   m           ǫ         ǫ                               3            ǫ
                               2 (m     + 4) > m ⇔     m3 +4    <   2   (I) e 2 (k 3 + 4) > 3 ⇔             k3 +4      <   2   (II).

Tome agora n0 = max [m,k]. Logo, para todo n > n0 , obtemos:



                                 n+3               n+3          n+3            n           3                       ǫ       ǫ
                                 n3 +4    −0 =     n3 +4    =   n3 +4   =    n3 +4   +   n3 +4         <           2   +   2   = ǫ.
                                                                                                 por(I)/(II)

                            n+3
      ımos assim que limn→∞ n3 +4 = 0.
Conclu´


Quest˜o 1.4.1.8) Mostre que:
     a

                                                           1               1                     1
                                                limn→∞ ( (n+1)2 +        (n+2)2      + ... +   (2n)2 )     = 0.

Solu¸˜o: Com efeito! Inicialmente observe que para todo n e k natural, vale:
    ca

                                                                                              1             1
                                                n < n + k ⇔ (n + k)2 > n2 ⇔                 (n+k)2     <    n2 .

                                                                                                                1
Sendo assim, dado ǫ > 0 arbitr´rio, podemos obter n0 natural tal que n0 >
                              a                                                                                 ǫ.     Ent˜o, para todo n > n0 , temos
                                                                                                                          a
           1       1
que: n >   ǫ   ⇔   n    < ǫ. Mas:

           1       n        1    1         1             1             1                     1             1                 1                    1
           n   =   n2   =      + 2 + ... + 2 >         (n+1)2   +    (n+2)2      + ... +   (2n)2   =     (n+1)2        +   (n+2)2     + ... +   (2n)2   =
                            n2  n         n
                               n−parcelas
                                                       1              1                    1
                                                     (n+1)2     +   (n+2)2   + ... +     (2n)2   −0 .

         1            1                   1            1
Logo   (n+1)2   +   (n+2)2   + ... +    (2n)2   −0 <   n   < ǫ. Conclu´
                                                                      ımos assim que:

                                                           1               1                       1
                                                limn→∞ ( (n+1)2 +        (n+2)2      + ... +     (2n)2 )   =0




                                                                             3

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Aula 7 inducao matematica-primeiroprincipio
Aula 7   inducao matematica-primeiroprincipioAula 7   inducao matematica-primeiroprincipio
Aula 7 inducao matematica-primeiroprincipiowab030
 
Aula 9 inducao matematica ii
Aula 9   inducao matematica iiAula 9   inducao matematica ii
Aula 9 inducao matematica iiwab030
 
Indução Matemática - Exemplos
Indução Matemática - ExemplosIndução Matemática - Exemplos
Indução Matemática - ExemplosCarlos Campani
 
Análise de Algoritmos - Indução Finita
Análise de Algoritmos - Indução FinitaAnálise de Algoritmos - Indução Finita
Análise de Algoritmos - Indução FinitaDelacyr Ferreira
 
Aplicações da Congruência Linear
Aplicações da Congruência LinearAplicações da Congruência Linear
Aplicações da Congruência Lineareellzziimmaarr
 
Teoria elementar dos numeros
Teoria elementar dos numerosTeoria elementar dos numeros
Teoria elementar dos numeroslealtran
 
Aula 8 inducao matematica
Aula 8   inducao matematicaAula 8   inducao matematica
Aula 8 inducao matematicawab030
 
Mat exercicios resolvidos 009
Mat exercicios resolvidos  009Mat exercicios resolvidos  009
Mat exercicios resolvidos 009trigono_metrico
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidosBrunna Vilar
 
57701066 matematica-discreta-exercicios-resolvidos
57701066 matematica-discreta-exercicios-resolvidos57701066 matematica-discreta-exercicios-resolvidos
57701066 matematica-discreta-exercicios-resolvidosHAROLDO MIRANDA DA COSTA JR
 
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostosCálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostosMaths Tutoring
 
Equação de Recorrência - I (Otimização)
Equação de Recorrência - I (Otimização)Equação de Recorrência - I (Otimização)
Equação de Recorrência - I (Otimização)Jedson Guedes
 

La actualidad más candente (20)

Aula 7 inducao matematica-primeiroprincipio
Aula 7   inducao matematica-primeiroprincipioAula 7   inducao matematica-primeiroprincipio
Aula 7 inducao matematica-primeiroprincipio
 
Lista 3 - Bases Matemáticas - Indução
Lista 3  - Bases Matemáticas - InduçãoLista 3  - Bases Matemáticas - Indução
Lista 3 - Bases Matemáticas - Indução
 
Aula 9 inducao matematica ii
Aula 9   inducao matematica iiAula 9   inducao matematica ii
Aula 9 inducao matematica ii
 
Indução Matemática - Exemplos
Indução Matemática - ExemplosIndução Matemática - Exemplos
Indução Matemática - Exemplos
 
Análise de Algoritmos - Indução Finita
Análise de Algoritmos - Indução FinitaAnálise de Algoritmos - Indução Finita
Análise de Algoritmos - Indução Finita
 
94204719 teoria-dos-numeros
94204719 teoria-dos-numeros94204719 teoria-dos-numeros
94204719 teoria-dos-numeros
 
Aplicações da Congruência Linear
Aplicações da Congruência LinearAplicações da Congruência Linear
Aplicações da Congruência Linear
 
Ufba11mat2
Ufba11mat2Ufba11mat2
Ufba11mat2
 
Teoria elementar dos numeros
Teoria elementar dos numerosTeoria elementar dos numeros
Teoria elementar dos numeros
 
Aula 8 inducao matematica
Aula 8   inducao matematicaAula 8   inducao matematica
Aula 8 inducao matematica
 
Mat exercicios resolvidos 009
Mat exercicios resolvidos  009Mat exercicios resolvidos  009
Mat exercicios resolvidos 009
 
Teorema chinês do resto
Teorema chinês do restoTeorema chinês do resto
Teorema chinês do resto
 
Lista 1 - FUV - Resolução
Lista 1 - FUV - ResoluçãoLista 1 - FUV - Resolução
Lista 1 - FUV - Resolução
 
Indução Matemática
Indução MatemáticaIndução Matemática
Indução Matemática
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidos
 
euclides primos
euclides primoseuclides primos
euclides primos
 
57701066 matematica-discreta-exercicios-resolvidos
57701066 matematica-discreta-exercicios-resolvidos57701066 matematica-discreta-exercicios-resolvidos
57701066 matematica-discreta-exercicios-resolvidos
 
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostosCálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
Cálculo Diferencial e Integral - Sucessões - Exercicios resolvidos e propostos
 
1 = 0,999...
1 = 0,999...1 = 0,999...
1 = 0,999...
 
Equação de Recorrência - I (Otimização)
Equação de Recorrência - I (Otimização)Equação de Recorrência - I (Otimização)
Equação de Recorrência - I (Otimização)
 

Similar a Atividades - Cálculo - Sequências

Similar a Atividades - Cálculo - Sequências (20)

Sucessoes e series com res
Sucessoes e series com resSucessoes e series com res
Sucessoes e series com res
 
Sequencias e series unicamp
Sequencias e series   unicampSequencias e series   unicamp
Sequencias e series unicamp
 
Calculo1 aula10
Calculo1 aula10Calculo1 aula10
Calculo1 aula10
 
Calculo1 aula10
Calculo1 aula10Calculo1 aula10
Calculo1 aula10
 
Sequencias e series
Sequencias e seriesSequencias e series
Sequencias e series
 
Introdução à cadeias de markov
Introdução à cadeias de markovIntrodução à cadeias de markov
Introdução à cadeias de markov
 
Atividade 4 aula 4 introduã‡ãƒo a analise
Atividade 4 aula 4 introduã‡ãƒo a analiseAtividade 4 aula 4 introduã‡ãƒo a analise
Atividade 4 aula 4 introduã‡ãƒo a analise
 
Aula N02
Aula N02Aula N02
Aula N02
 
Intro teoria dos números cap2
Intro teoria dos  números cap2Intro teoria dos  números cap2
Intro teoria dos números cap2
 
O teorema de cramér lundberg via martingais
O teorema de cramér lundberg via martingaisO teorema de cramér lundberg via martingais
O teorema de cramér lundberg via martingais
 
FUNÇÕES GERADORAS
FUNÇÕES GERADORASFUNÇÕES GERADORAS
FUNÇÕES GERADORAS
 
Relações de recorrência
Relações de recorrênciaRelações de recorrência
Relações de recorrência
 
Exerciciospea
ExerciciospeaExerciciospea
Exerciciospea
 
Sequencia
SequenciaSequencia
Sequencia
 
Funcao exponencial
Funcao exponencialFuncao exponencial
Funcao exponencial
 
Apostila de matemática; fatorial triangulo de pascal-binomio de newton
Apostila de matemática; fatorial triangulo de pascal-binomio de newtonApostila de matemática; fatorial triangulo de pascal-binomio de newton
Apostila de matemática; fatorial triangulo de pascal-binomio de newton
 
Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
Calculo1 aula04
Calculo1 aula04Calculo1 aula04
Calculo1 aula04
 
Polinomios 17122016
Polinomios 17122016Polinomios 17122016
Polinomios 17122016
 
Polinomios
PolinomiosPolinomios
Polinomios
 

Más de luiz10filho

Qual é a área de uma elipse?
Qual é a área de uma elipse?Qual é a área de uma elipse?
Qual é a área de uma elipse?luiz10filho
 
Ementa - Português/Matemática - Exame de acesso IFMT
Ementa - Português/Matemática - Exame de acesso IFMTEmenta - Português/Matemática - Exame de acesso IFMT
Ementa - Português/Matemática - Exame de acesso IFMTluiz10filho
 
Lista - Funções Afins e Lineares
Lista - Funções Afins e LinearesLista - Funções Afins e Lineares
Lista - Funções Afins e Linearesluiz10filho
 
Lista - Geometria
Lista - GeometriaLista - Geometria
Lista - Geometrialuiz10filho
 
Lista - Trigonometria
Lista - TrigonometriaLista - Trigonometria
Lista - Trigonometrialuiz10filho
 
Atividades - Geogebra
Atividades - GeogebraAtividades - Geogebra
Atividades - Geogebraluiz10filho
 
Formação em rede - Complexo Temático
Formação em rede - Complexo TemáticoFormação em rede - Complexo Temático
Formação em rede - Complexo Temáticoluiz10filho
 
Resultado das Olimpíadas Brasileira de Matemática - Obmep 2012 - AMS
Resultado das Olimpíadas Brasileira de Matemática - Obmep 2012 - AMSResultado das Olimpíadas Brasileira de Matemática - Obmep 2012 - AMS
Resultado das Olimpíadas Brasileira de Matemática - Obmep 2012 - AMSluiz10filho
 
Sexto ano - Arlete Maria da Silva
Sexto ano - Arlete Maria da SilvaSexto ano - Arlete Maria da Silva
Sexto ano - Arlete Maria da Silvaluiz10filho
 
Trabalho final pronto 30-11-10
Trabalho final pronto   30-11-10Trabalho final pronto   30-11-10
Trabalho final pronto 30-11-10luiz10filho
 

Más de luiz10filho (10)

Qual é a área de uma elipse?
Qual é a área de uma elipse?Qual é a área de uma elipse?
Qual é a área de uma elipse?
 
Ementa - Português/Matemática - Exame de acesso IFMT
Ementa - Português/Matemática - Exame de acesso IFMTEmenta - Português/Matemática - Exame de acesso IFMT
Ementa - Português/Matemática - Exame de acesso IFMT
 
Lista - Funções Afins e Lineares
Lista - Funções Afins e LinearesLista - Funções Afins e Lineares
Lista - Funções Afins e Lineares
 
Lista - Geometria
Lista - GeometriaLista - Geometria
Lista - Geometria
 
Lista - Trigonometria
Lista - TrigonometriaLista - Trigonometria
Lista - Trigonometria
 
Atividades - Geogebra
Atividades - GeogebraAtividades - Geogebra
Atividades - Geogebra
 
Formação em rede - Complexo Temático
Formação em rede - Complexo TemáticoFormação em rede - Complexo Temático
Formação em rede - Complexo Temático
 
Resultado das Olimpíadas Brasileira de Matemática - Obmep 2012 - AMS
Resultado das Olimpíadas Brasileira de Matemática - Obmep 2012 - AMSResultado das Olimpíadas Brasileira de Matemática - Obmep 2012 - AMS
Resultado das Olimpíadas Brasileira de Matemática - Obmep 2012 - AMS
 
Sexto ano - Arlete Maria da Silva
Sexto ano - Arlete Maria da SilvaSexto ano - Arlete Maria da Silva
Sexto ano - Arlete Maria da Silva
 
Trabalho final pronto 30-11-10
Trabalho final pronto   30-11-10Trabalho final pronto   30-11-10
Trabalho final pronto 30-11-10
 

Atividades - Cálculo - Sequências

  • 1. Universidade Federal de Mato Grosso Fundamentos de C´lculo a Atividades resolvidas - Grupo de estudos - PROFMAT 13/04/2013 Sequˆncias Reais e seus Limites e 1 Quest˜o 1.3.1.c) Mostre que a sequˆncia xn = a e n2 ´ limitada e mon´tona. Descreva o tipo de monoticidade de e o xn . Demonstra¸˜o: ca Afirma¸˜o 1: (xn ) ´ mon´tona decrescente. ca e o De fato! Observe que para todo natural n, vale que: 1 1 n + 1 > n ⇔ (n + 1)2 > n2 ⇔ (n+1)2 < n2 . Ou seja, xn+1 < xn . Conclu´ ımos assim que (xn ) ´ mon´tona decrescente. e o Vamos agora calcular o limite de (xn ). 1 Sabendo que limn→∞ n = 0 e usando as propriedades de limites, temos: 1 1 1 limn→∞ n2 = limn→∞ ( n )2 = (limn→∞ n )2 = 02 = 0. Assim conclu´ ımos que (xn ) ´ convergente e seu limite ´ zero. e e Afirma¸˜o 2: (xn ) ´ limitada. ca e De fato! Mostramos acima que (xn ) ´ convergente. Desta forma, por teorema, temos que (xn ) ´ limitada. e e Com as ferramentas apresentadas anteriormente, podemos encontrar os limitantes de (xn ). Como (xn ) ´ mon´tona e o decrescente e lim xn = 0, temos que: 1 = x1 > x2 > x3 > ... > xn > ... > 0. Quest˜o 1.3.3) Existe um n´mero finito ou infinito de subsequˆncias da sequˆncia ((−1)n+1 )? Justifique sua a u e e resposta. Solu¸˜o: Existem infinitas subsequˆncias de ((−1)n+1 ), pois podemos fazer infinitas combina¸˜es entre 1 e -1. ca e co Observe alguns exemplos: (1, 1, 1, 1, ...) 1
  • 2. (−1, −1, −1, −1, ...) (−1, −1, 1, 1, 1, 1, 1, ...) (1, 1, 1, 1, −1, −1, −1, −1, −1, −1, ...) etc. Quest˜o 1.3.4.c) Dada a sequˆncia (1, 2, 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4, 5, ...), exiba trˆs subsequˆncias mon´tonas cres- a e e e o centes e trˆs mon´tonas n˜o crescente. e o a Solu¸˜o: N˜o ´ poss´ encontrar subsequˆncias do tipo acima, pois sempre geramos um n´mero finito de elementos ca a e ıvel e u em cada subsequˆncia criada. Por exemplo: e (1, 2, 1, 2, 3, 1, 2, 3, 4, 1, 2, 3, 4, 5, ...1, 2, 3, ..., 1000, 1, 2, 3, ..., 999, 1000, 1001, 1, 2, 3, ..., 998, 999, 1000, 1001, 1002, ...) Poder´ ıamos construir atrav´s da sequˆncia acima, a seguinte sequˆncia decrescente: e e e (1000, 999, 998, 997, 996, ...3, 2, 1), entretanto, ela teria um n´mero finito de termos, n˜o satisfazendo assim a defini¸˜o de subsequˆncia. u a ca e Quest˜o 1.4.1.2.a) Encontre n1 ≥ 1 inteiro, tal que: a n 1 2n < 10 , para todo n > n1 . Solu¸˜o: Tome n natural. Se n < 6 temos que 2n < 10n. Entretanto para todo n ≥ 6, ent˜o 2n > 10n. Assim, ca a n 1 ımos que sendo n ≥ 6, ent˜o 2n > 10n ⇔ conclu´ a 2n < 10 , ou seja, n1 = 6. 1 Quest˜o 1.4.1.3.b) Ache o limite da sequˆncia xn = 1 + a e 3n . Solu¸˜o: ca propriedades 1 limn→∞ 1 + 3n = limn→∞ 1 + limn→∞ 31 = 1 + 0 = 1. n Portanto lim xn = 1. n Quest˜o 1.4.1.4.a) Mostre que limn→∞ n+1 = 1. a 1−ǫ Solu¸˜o: Com efeito, dado ǫ > 0 arbitr´rio, podemos obter n0 natural tal que n0 > ca a ǫ . Ent˜o n > n0 Implica a que: 1−ǫ 1 1 1 −1 n−n−1 n n> ǫ = ǫ −1⇔n+1> ǫ ⇔ n+1 <ǫ⇔ n+1 <ǫ⇔ n+1 <ǫ⇔ n+1 − 1 < ǫ. Conclu´ ımos assim que: n limn→∞ n+1 = 1. 2
  • 3. n+3 Quest˜o 1.4.1.4.b) Mostre que limn→∞ n3 +4 = 0. a ǫ ǫ Solu¸˜o: Com efeito, dado ǫ > 0 arbitr´rio, podemos obter m e k naturais, tais que: m2 2 > 1 e k 3 2 > 3. Desta ca a forma temos: ǫ ǫ ǫ ǫ ǫ ǫ ǫ ǫ ǫ m2 2 > 1 ⇔ m3 2 > m e k 3 2 > 3. Como m3 2 + 4 2 > m3 2 > m e k 3 2 + 4 2 > k 3 2 > 3, obtemos: ǫ 3 m ǫ ǫ 3 ǫ 2 (m + 4) > m ⇔ m3 +4 < 2 (I) e 2 (k 3 + 4) > 3 ⇔ k3 +4 < 2 (II). Tome agora n0 = max [m,k]. Logo, para todo n > n0 , obtemos: n+3 n+3 n+3 n 3 ǫ ǫ n3 +4 −0 = n3 +4 = n3 +4 = n3 +4 + n3 +4 < 2 + 2 = ǫ. por(I)/(II) n+3 ımos assim que limn→∞ n3 +4 = 0. Conclu´ Quest˜o 1.4.1.8) Mostre que: a 1 1 1 limn→∞ ( (n+1)2 + (n+2)2 + ... + (2n)2 ) = 0. Solu¸˜o: Com efeito! Inicialmente observe que para todo n e k natural, vale: ca 1 1 n < n + k ⇔ (n + k)2 > n2 ⇔ (n+k)2 < n2 . 1 Sendo assim, dado ǫ > 0 arbitr´rio, podemos obter n0 natural tal que n0 > a ǫ. Ent˜o, para todo n > n0 , temos a 1 1 que: n > ǫ ⇔ n < ǫ. Mas: 1 n 1 1 1 1 1 1 1 1 1 n = n2 = + 2 + ... + 2 > (n+1)2 + (n+2)2 + ... + (2n)2 = (n+1)2 + (n+2)2 + ... + (2n)2 = n2 n n n−parcelas 1 1 1 (n+1)2 + (n+2)2 + ... + (2n)2 −0 . 1 1 1 1 Logo (n+1)2 + (n+2)2 + ... + (2n)2 −0 < n < ǫ. Conclu´ ımos assim que: 1 1 1 limn→∞ ( (n+1)2 + (n+2)2 + ... + (2n)2 ) =0 3