1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
MESTRADO PROFISSIONAL EM MATEMÁTICA – PROFMAT
MATEMÁTICA DISCRETA
CUIABÁ – 04/2012
1) Prove que a função N N N definida por f(m,n) = 2 .3 1 é injetiva.
m n
Solução:
Devemos mostrar que dados (m1 , n1 ) e (m2 , n2 ) , tais que: f (m1 , n1 ) f (m2 , n2 ) , então
(m1 , n1 ) (m2 , n2 )
De fato!
Sejam (m1 , n1 ) e (m2 , n2 ) pertencente a N x N, tais que f (m1 , n1 ) f (m2 , n2 ) . Então
temos que:
2m1 .3n1 1 2m2 .3n2 1 , que nos leva a 2m1 .3n1 2m2 .3n2 .
Como temos potências com expoentes naturais, então podemos aplicar a divisão de
um mesmo termo em ambos os lados. Logo:
2m1 m2 3n2 n1
Esta igualdade vem das propriedades da potenciação. Como 2 e 3 são primos entre
si, temos que esta igualdade só será satisfeita quando o expoente for igual a zero,
isto é:
m1 m2 0 n2 n1 , mas isto só acontece se (m1 , n1 ) (m2 , n2 ) . c.q.d
2) Quando dividimos a soma 1! + 2! + 3! + 4! + ... + 50! Por 15, qual é o resto?
Solução:
O resto é 3.
2. Com efeito!
Observe que a partir de 5! temos a seguinte situação: 5! = 5x4x3x2x1 = 15q, para
algum q natural.
Logo podemos de maneira análoga arrumar 6!, ..., 50! Como múltiplos de 15. Logo
temos que:
1! + 2! + 3! + 4! + ... + 50! = 1 + 2 + 6 + 24 + 15j, para algum j natural.
1! + 2! + 3! + 4! + ... + 50! = 3 + 30 + 15j = 3 + 15w, para algum w natural.
Portanto a divisão desta soma por 15 é igual a 3.
3) Os números 210, 301 e 352 escrito na base b, estão em PA. Determine b.
De maneira geral, um número natural N pode ser representado em uma base b
através do polinômio:
N a0b0 a1b1 ... anbn , com n natural e 0 ai b 1 .
Sabendo disso temos que a representação destes números na base b é dada por:
210 2b2 b , 301 3b2 1 e 352 3b2 5b 2 . Como estes números estão em PA
temos que: 301 – 210 = 352 – 301, logo: 3b 1 (2b b) 3b 5b 2 (3b 1) .
2 2 2 2
Resultando em: b²- b + 1 = 5b + 1, implicando em: b² - 6b = 0 = b(b - 6). Desta
forma b = 0 ou b = 6, logo temos que b = 6.
Transformando os números para a base decimal temos que: 210 = 78 na base dez;
301 = 109 na base 10 e 352 = 140 na base 10. Logo de fato a base é 6, pois 109 – 78
= 140 – 109 = 31. Logo r = 31 e a PA = {...,78,109,140,...}.
4) Uma quantidade de 500 reais foi investida em uma conta remunerada a
uma taxa de juros compostos anual de 10%:
Dados: i = 0,1 ao ano, Capital = R$ 500,00.
3. Pelo Teorema 2 da página 3 da unidade 9 temos que o montante daqui a n anos é
dado por: Cn 500(1.1) .
n
a) Escreva a definição recursiva da quantia P(n) na conta no início do (n)-
ésimo ano.
Chamando de Cn P(n) , temos que a definição recursiva da quantia na conta no
início do (n)-ésimo ano é: P(n) 500(1.1) .
n
b) Depois de quantos anos a quantia investida excederá 700 reais.
Fazendo a iteração na definição da letra a, geramos a seguinte seqüência:
P(n) {550,605,665.5,732.05,805.255,...} , logo observamos que depois de
quatro anos a quantia chegará a R$ 732,05 excedendo o valor de R$ 700,00.
5) Escreva a função recursiva de cada uma das seqüências:
a) a, b, a + b, a + 2b, 2a + 3b, .........
Observe que:
x1 a
x2 b
x3 a b x2 x1
x4 a 2b x3 x2
x5 2a 3b x4 x3
Logo concluímos que a função recursiva é:
xn2 xn1 xn , com x1 a e x2 b .
b) p, q, p – q, p + q, p – 2q, p + 2q, p – 3q, ...........
Observe que a partir do terceiro termo temos expressões parecidas, alterando
apenas o sinal. Desta forma podemos dividir em duas subseqüências: para n
par e para n ímpar. Do terceiro termo em diante observamos a seguinte
relação entre os termos e o q da expressão: (Termo * coeficiente de q): 3 * 1,
5 * 2, 7 * 3,..., n * ((n – 1): 2) e 4 * 1, 6 * 2, 8 * 3, ...., n * (n – 2): 2). Logo
temos a seguinte situação:
4. x1 p x2 q
3 1 4 2
x3 p q p q x4 p q p q
2 2
5 1 6 2
x5 p 2q p q x6 p 2q p q
2 2
5 1 8 2
x7 p 3q p q x8 p 3q p q
2 2
n 1 n 2
xn ímpar p q xn par p q
2 2
Logo concluímos que a função recursiva é dada por:
n 1
n ímpar : xn p 2 q
xn
n par : x p n 2 q
, com x1 p e x2 q .
n
2
6) Calcular:
n
k
k 1
4
a)
Solução:
A idéia para solucionar este exercício é dada na Unidade 5 – página 9 – Somas
polinomiais.
Devemos partir de:
(k 1)5 k 5 5k 4 10k3 10k2 5k 1
Aplicando o somatório em ambos os lados e juntamente as propriedades, temos que:
n n n n n n
[(k 1)5 k 5 ] 5 k 4 10 k3 10 k2 5 k 1
k 1 k 1 k 1 k 1 k 1 k 1
Da teoria e dos exercícios temos que:
n
n(n 1)(2n 1) n
n(n 1) n n
k
k 1
2
6
k
k 1 2 ,
1 n
k 1
k
k 1
3
, . Não temos a expressão , todavia
usando a mesma idéia inicial, isto é: (k 1) k , chegamos à seguinte expressão:
4 4
2
n
n4 2n3 n2 n(n 1)
k
k 1
3
4
2
Logo temos que:
n n n n n n
[(k 1)
k 1
5
k 5 ] 5 k 4 10 k 3 10 k 2 5 k 1
k 1 k 1 k 1 k 1 k 1
5. n(n 1) 2
n
n(n 1)(2n 1) n(n 1)
(n 1) 1 5 k 10 10 5 n
2
5 4
6 2
k 1
Desenvolvendo e simplificando esta igualdade chegamos em:
n
n 4
k
k 1
4
30
(6n 15n3 10n2 1)
n
1
k
k 2
2
1
b)
Solução:
n
1 n
1
k
k 2
2
1 k 2 (k 1).(k 1) . Vamos tentar encontrar A e B tais que:
Observe que:
n
1 n
A B
(k 1).(k 1) k 1 k 1
k 2 k 2
Resolvendo um sistema de equações encontramos A = -1/2 e B = 1/2. Logo temos que:
n
1 n
1 n A B n 1/2 1/2 n 1 1
k
k 2
2 k 1 k 1 k 1 k 1 2(k 1) 2(k 1)
1 k 2 (k 1).(k 1) k 2 k 2 k 2
Desenvolvendo este somatório temos que:
n
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
2(k 1) 2(k 1) 6 2 8 4 10 6 ... 2(n 1) 2(n 3) 2n 2(n 2) 2(n 1) 2(n 1)
k 2
Desta forma observamos que sobrarão os dois primeiros termos positivos e os dois últimos
termos negativos, isto é:
n
1 1 1 1 1 3 2(n 1) 2n 3n2 n 2
k2 1 2 4 2n 2(n 1) 4 4n(n 1) 4n(n 1)
k 2