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                               O IBGC é uma organização exclusivamente dedicada à promoção da governança corporativa
                               no Brasil e o principal fomentador das práticas e discussões sobre o tema no País, tendo
                               alcançado reconhecimento nacional e internacional.
                                                                                                                                   1
                               Fundado em 27 de novembro de 1995, o IBGC – sociedade civil de âmbito nacional, sem fins
                               lucrativos – tem o propósito de ser referência em governança corporativa, contribuindo
Estudos de Casos               para o desempenho sustentável das organizações e influenciando os agentes da nossa
                               sociedade no sentido de maior transparência, justiça e responsabilidade.




                                                                                                                          Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos | Vale | Natura Cosméticos
Visão Evolutiva do Modelo
de Gestão de Riscos
                                                                                                                                                                                                                          Estudos de Casos   O IBGC lança sua mais recente
                                                                     Patrocínio                                                                                                                                                              série: Estudos de Casos. A série
                       Vale                                                                                                                                                                                                                  compartilha experiências de em-

 1        Natura Cosméticos                                                                                                                                                                                                                  presas em um amplo leque de
                                                                                                                                                                                                                                             temas. Os três primeiros volumes


                                                                                                                                                                                                     Visão Evolutiva do Modelo
                                                                                                                                                                                                                                             tratam de gerenciamento de ris-
                                                                                                                                                                                                                                             cos e são resultado do trabalho
Gestão Integrada
                                                                                                                                                                                                                                             do Comitê de Gerenciamento de
de Riscos                                                               Apoio

                                                                                                                                                                                                     de Gestão de Riscos
                                                                                                                                                                                                                                             Riscos em 2008. Estes volumes
                 Banco Real                                                                                                                                                                                                                  foram produzidos em três etapas:
 2           Brasil Telecom                                                                                                                                                                                                                  definição dos temas, apresentação
                                                                                                                                                                                                                                             das empresas e debates inter-
                                                                                                                                                                                                                                             nos do Comitê para identificar as
Gestão de Riscos como
Instrumento para a                                                                                                                                                                                                          Vale             lições aprendidas.

                                                                                                                                                                                                                                             O objetivo dos Estudos de Casos
Tomada de Decisão
                                                                                                                                                                                                                                             é compartilhar informações que
                                                                                                                                                                                                               Natura Cosméticos
                 Votorantim

 3          Celulose e Papel                                                                                                                                                                                                                 contribuam para o desenvolvimen-
                                                                                                                                                                                                                                             to das melhores práticas de Gover-
                                                                                                                                                                                                                                             nança Corporativa e estimulem
                                                                                                                                                                                                                                             os administradores a adotarem
                                                          Av. das Nações Unidas, 12.551
                                                                                                                                                                                                                                             iniciativas inspiradas nos princí-
                                                          25º andar – cj. 2508 - Brooklin Novo
                                                          World Trade Center - SP                                                                                                                                                            pios de transparência, eqüidade,
                                                          04578-903 - São Paulo – SP                                                                                                                                                         prestação de contas e responsa-
                                                          Tel.: 55 11 3043.7008                                                                                                                                                              bilidade corporativa.
                                                          Fax: 55 11 3043.7005




                                                                                                                          Estudos de Casos
                                                          Email: ibgc@ibgc.org.br

                                                          IBGC PARANÁ - Tel.: 55 41 3022.5035
                                                          IBGC RIO - Tel.: 55 21 2223.9651
                                                          IBGC SUL - Tel.: 55 51 3328.2552
                                                          www.ibgc.org.br
Visão Evolutiva do Modelo
de Gestão de Riscos

Estudo de Casos
  Vale
  Natura Cosméticos




            2008
O IBGC é uma organização exclusivamente dedicada à promoção da governança
corporativa no Brasil e o principal fomentador das práticas e discussões sobre o tema
no País, tendo alcançado reconhecimento nacional e internacional.
      Fundado em 27 de novembro de 1995, o IBGC – sociedade civil de âmbito
nacional, sem fins lucrativos – tem o propósito de ser referência em governança
corporativa, contribuindo para o desempenho sustentável das organizações e
influenciando os agentes da nossa sociedade no sentido de maior transparência,
justiça e responsabilidade.
Presidente do Conselho de Administração:
     Mauro Rodrigues da Cunha
Vice-Presidentes:
     Gilberto Mifano e João Pinheiro Nogueira Batista
Conselheiros:
       Alberto Whitaker, Eliane Lustosa, Fernando Mitri, João Verner Juenemann, Paulo
D. Villares e Ronaldo Veirano
Comitê Executivo:
     André Coutinho, Eliane Lustosa e Ricardo Veirano
Secretária Geral:
     Heloisa B. Bedicks

      Para mais informações sobre o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa,
visite o site: www.ibgc.org.br. Para associar-se ao IBGC ligue para (11) 3043 7008.
    É vedada a reprodução total ou parcial deste documento sem autorização
formal do IBGC.

  I59v        Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.
  Visão evolutiva do modelo de gestão de riscos: Vale e Natura Cosméticos /
  Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo, SP : IBGC, 2008.
  (Série Estudos de Casos, 1).
      29 p.
  ISBN 978-85-99645-09-3
      1. Governança corporativa. 2. Administração de risco. I. Título.
                                                                         CDU – 658.4


  Bibliotecária responsável: Mariusa F.M. Loução - CRB-12/330



              | Estudos dE Casos
Índice

 1. Carta ao leitor ............................................................................................ 5

 2. Estudo de Casos

        Vale ............................................................................................................................. 8
                 i.     A Companhia ........................................................................................................... 8
                 ii. Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos ................................ 9
                 iii. Principais Características e Desafios do Modelo Adotado ....... 14

        Natura Cosméticos ............................................................................................ 16
                 i.     A Companhia ........................................................................................................ 16
                 ii. Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos ............................ 17
                 iii. Principais Características e Desafios do Modelo Adotado ....... 21

 3. Lições Aprendidas e Desafios ............................................................... 22




                                        Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos
| Estudos dE Casos
Carta ao Leitor

     Em 2007, o Comitê de Gerenciamento de Riscos Corporativos publicou o
Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos com o intuito de
disseminar os principais conceitos sobre o tema. O Guia teve um enfoque teórico e
seu conteúdo foi desenvolvido a partir das experiências dos membros do comitê.
     Em 2008, as atividades do Comitê de Gerenciamento de Riscos Corporativos
buscaram um foco mais prático, utilizando a experiência das empresas neste tema
para publicar três cadernos com estudos de casos que exploraram os temas: (a)
Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos; (b) Gestão Integrada de Riscos; e (c)
Gestão de Riscos como Instrumento para a Tomada de Decisão.
     Para tanto, convidamos cinco empresas para apresentar suas experiências: Vale,
Natura, Banco Real, Brasil Telecom e Votorantim Celulose e Papel (VCP). Os estudos
de caso detalham experiências práticas e sumarizam as principais conclusões do
comitê quanto às lições aprendidas. Agradecemos a participação de Celso Yao
(gerente de Gestão de Base de Ativos e Riscos da VCP), Gabriela Doti (gerente de




                             Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos         5
Gestão de Riscos Corporativos da Brasil Telecom), Gustavo Raposo (Global Risk
Management Implementation manager da Vale), Mercedes Marina Stinco (gerente
de Auditoria e Gestão de Riscos da Natura) e Samya Paiva (superintendente de
Risco Operacional e Gestão Integrada de Riscos do Banco Real) por compartilhar as
experiências de suas empresas.
     Agradecemos também a José Guimarães Monforte, presidente do IBGC de
2004 a 2008, pelo seu entusiasmo e suporte para a elaboração de estudos de
caso. Agradecemos à equipe do IBGC, Heloisa Bedicks, secretária geral, e Henrique
Nardini e Angela Rita Franco Donaggio, secretários do Comitê, pelo suporte e pela
organização. Por fim, agradecemos a Alessandro Greco por seu trabalho de edição
dos estudos de casos e aos membros do Comitê pelo empenho e pela dedicação.
     O IBGC tem trabalhado para promover a reflexão e disseminar o conhecimento
sobre temas que contribuam para o aperfeiçoamento da Governança Corporativa.
A publicação dos estudos de casos é uma contribuição adicional nesta direção.


Co-Coordenadoras:
Lucia Hauptman
Letícia Costa




6           | Estudos dE Casos
Membros do Comitê

Antônio Cocurullo                                               Letícia Costa**
Carla Lopes                                                     Lucia Hauptman**
Carlos Sá                                                       Luciana Bacci
Demétrio Souza                                                  Marcelo Abdo Centeio
Eduarda Cunha de La Rocque*                                     Maurício Reggio
Fábio Coimbra                                                   Mercedes Stinco
Francisco Carlos Fernandes                                      Nelson Ribeiro
Gabriela Doti                                                   Nilmar Foletto
Genivaldo Correia Alves                                         Roberto Lamb
Heloisa Belotti Bedicks                                         Samya Paiva
Ives Pereira Müller                                             Valério da Silva Ramos
Leila Kobashikawa                                               William Borges Lima




*    Coordenadora do Comitê de Gerenciamento de Riscos Corporativos (2005-2007)
**   Coordenadora do Comitê de Gerenciamento de Riscos Corporativos (2008-2009)




                                           Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos
Vale

i. A COMPANHIA
      A Vale é, atualmente, (2008) a segunda maior empresa global da indústria de
mineração e metais em valor de mercado. É a maior produtora de minério de ferro e
a segunda maior produtora de níquel no mundo. É também importante produtora
de concentrado de cobre, bauxita, alumina, alumínio, potássio, caulim, manganês
e ferroligas. A empresa tem também investimentos em geração de energia para
autoconsumo e em logística, com ferrovias, portos e terminais marítimos próprios.
     O objetivo estratégico da Vale é ser a maior empresa de mineração do mundo,
superando padrões consagrados de excelência em pesquisa, desenvolvimento,
implantação de projetos e na operação de seus negócios. A Vale também
tem como objetivo diversificar sua carteira de produtos e aumentar o grau de
internacionalização de suas operações.
      A empresa conta atualmente com mais de 60 mil colaboradores próprios em mais
de 30 países – espalhados pelos cinco continentes – em que faz prospecção e vende
seus produtos. A globalização da Vale, iniciada em 2002, se acelerou com a compra
da mineradora canadense Inco em 2006. Em 2002, a Vale ocupava a 446º posição no
ranking das maiores empresas do mundo, com base em seu valor de mercado. Em
março de 2007, havia saltado para a 74º posição. O investimento foi financiado pelo
fluxo de caixa da empresa e pelo mercado financeiro. Em 2007, a companhia teve uma
receita bruta de R$ 66,385 bilhões e EBITDA1 de R$ 33.619 bilhões.


1. Em português: “LAJIDA (Lucro Antes de Juros, Imposto de renda, Depreciação e Amortização)”




8                | Estudos dE Casos
ii. VISÃO EVOLUTIVA DO MODELO DE GESTÃO DE RISCOS
      Até outubro de 2004, a Vale tinha uma série de iniciativas de gestão de riscos
isoladas e fragmentadas em unidades de negócio da empresa. Naquele mês, a
empresa iniciou um esforço para coordenar e centralizar sua gestão de riscos, em
busca de um modelo de gestão de riscos holístico2, que envolvesse a organização
como um todo. O patrocínio desta iniciativa, desde o início, foi do diretor Executivo
de Finanças da empresa. A motivação principal foi a necessidade de preservar o fluxo
de caixa da companhia, em face da volatilidade intrínseca do segmento em que a Vale
atua, bem como do próprio mercado de capitais. Neste mesmo ano, a Gerência Geral
de Gerenciamento de Riscos (GR) foi criada, reportando-se ao diretor Financeiro, com
a missão de dar suporte às unidades de negócio, aportar metodologia, comunicar e
coordenar os esforços bem como consolidar, monitorar e reportar os resultados.
     Inicialmente, a Gerência Geral de GR, inspirada em algumas das propostas do
COSO – principalmente no que tange à segmentação e classificação –, decidiu adotar
uma classificação e um agrupamento na qual os riscos são analisados e tratados
segundo dois grupos distintos: riscos financeiros (crédito e mercado) e riscos não-
financeiros (operacional e estratégico).
      Em 2005, a Gerência Geral de GR focou em duas iniciativas principais. A equipe
detalhou a filosofia e a política de gestão de riscos a serem utilizadas pela empresa,
estabelecendo, dentre outras, as diretrizes básicas que deveriam nortear as atividades
relacionadas ao gerenciamento de riscos. Ao longo de 2005, a área de GR contou
com o auxílio de uma consultoria externa para assessorá-la na definição de escopo e
implementação do projeto.
      Ainda em 2005, a Gerência Geral de GR realizou uma pesquisa interna com as
principais lideranças da Vale – de gerentes a diretores – oriundas das mais diversas
áreas de negócios da empresa. Essa pesquisa teve como objetivo averiguar as
atividades em andamento, a metodologia e o grau de familiaridade dos executivos
da empresa em relação ao tema. O resultado desta pesquisa interna permitiu que
a Gerência Geral de GR ajustasse o escopo, definisse prioridades em termos de
metodologias, uniformizasse processos, plano de comunicação (interna e externa),
capacitação e desenvolvimento de sistemas de monitoramento.

2. Identifica os riscos relevantes para a organização e faz sua priorização




                                             Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos   9
Também em 2005, a Gerência Geral de GR começou a desenvolver
 alianças estratégicas com as principais áreas da empresa, tais como orçamento
 e planejamento estratégico. Estas alianças possibilitaram o mapeamento e a
 conciliação das informações, evitando retrabalhos.
      No mesmo ano foi criado um modelo de governança para gestão de riscos com
 fóruns de decisão, regras de delegação e composição bem definidos (Figura 1).

                  Figura 1 – Modelo de Governança – Gestão de Riscos
                                     diretoria Executiva (dE)
     • Delibera
     • Decide sobre recomendações feitas pelo Comitê de GR
     • Composição: diretores executivos (Ferrosos e Participações em Siderurgia, Níquel
       e Comercialização de Minerais Básicos, Recursos Humanos e Serviços Corporativos,
       Não Ferrosos e Energia, Logística, Gestão e Sustentabilidade, Finanças, Relações com
       Investidores e Desenvolvimento de Novos Negócios)




                    Comitê Executivo de Gerenciamento de Riscos

     • Prioriza recomendações da área de Gerenciamento de Riscos e submete a DE
     • Estabelece diretrizes de GR
     • Composição: dois membros fixos (incluindo o diretor de Finanças, que acumula o cargo de
       Presidente do Comitê) e três rotativos




                         Área de Gerenciamento de Riscos (GR)

     • Coordena as atividades de gestão de riscos no Grupo
     • Avalia informações e recomendações propostas pelas Unidades de Negócio
     • Elabora propostas e recomendações inerentes ao processo de gestão de riscos (mitigação,
       transferência de riscos etc.)
     • Desenvolve e divulga metodologia
     • Consolida resultados
     • Composição: seis pessoas em 2005 e 35 em 2008




10              | Estudos dE Casos
O funcionamento do Comitê Executivo de Gerenciamento de Riscos segue a
freqüência, dinâmica e regras de rotatividade descritas abaixo:
           • As reuniões são realizadas a cada três meses;
           • O presidente do Comitê convida gestores que tenham matéria em pauta
             na reunião para participar do encontro;
           • As decisões no Comitê são tomadas por maioria, mas sempre se busca
             o consenso;
           • As decisões do Comitê não têm caráter deliberativo, papel este cumprido
             pela Diretoria Executiva da Vale
           • Os membros do Comitê têm mandato de três anos.
      Ainda em 2005, a Gerência Geral de GR dedicou-se ao aprimoramento da
metodologia para gestão de risco de mercado – que já era feita pela Vale de forma
fragmentada, pela mesa de operações –, inspirada na proposta vigente da Basiléia3.
A metodologia foi contextualizada e adequada à nova visão de gestão de riscos, da
empresa, que aspira a uma abordagem holística, envolvendo suas diversas áreas de
negócios. Esta adequação levou à utilização de ferramentas analíticas, como fluxo de
caixa. Após a contextualização e adequação da metodologia, a Gerência Geral de GR
liderou a implementação de um projeto piloto na unidade de negócios produtora
de cobre. Essa experiência foi crítica para assegurar o roll out5 para as outras áreas da
empresa, abrangendo os outros grupos de risco.
     Naquele momento, a Gerência Geral de GR tinha seis pessoas com capacitação
nas áreas de finanças (análise de investimentos, gestão de riscos e análise de
derivativos) e estatística. Entre seus membros, dois trabalhavam há mais de oito anos
na área financeira da Vale.
      Em 2006, após o projeto-piloto, a Gerência Geral de GR iniciou esforços para
o roll out4 da iniciativa para as outras áreas de negócio. Nesta ocasião, a Vale
substituiu a classificação de riscos do COSO5 – riscos financeiros e não financeiros
– e criou um agrupamento próprio:
           • Mercado – impacto das variáveis determinadas pelo mercado financeiro
             sobre o fluxo de caixa da empresa;

3. Organização que congrega autoridades de supervisão bancária, visando fortalecer a solidez dos sistemas financeiros
4. Em português: “disseminação”
5. The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Comission - entidade sem fins lucrativos dedicada,
   num primeiro momento à melhoria dos relatórios financeiros através da ética, efetividade dos controles internos e
   governança corporativa. No COSO II amplia-se a abordagem para tratar do GRCorp




                                         Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos                                  11
• Crédito – incertezas na capacidade de um cliente de sustentar
               suas obrigações;
             • Operacional – perdas resultantes de falhas de sistemas, pessoas, processos
               e eventos externos.
     Dentro de cada um dos três grupos de riscos (Mercado, Crédito e Operacional)
 também era analisado o risco estratégico.
          A área de GR realizou mais três ações ainda em 2006:
             • Criou uma Coordenação dentro da área de GR, responsável por métodos
               quantitativos e pelo desenvolvimento de sistemas que dão suporte aos
               três grupos de riscos (Mercado, Crédito e Operacional).
             • Absorveu a área de controle de crédito comercial da empresa, que passou
               a ter a função de gestão de riscos de crédito;
             • Deu início ao roll out no âmbito dos riscos operacionais;
         Em 2006, a área de GR da Vale passou a ter 18 pessoas em tempo integral. Os
     membros da equipe com mais tempo na área de GR ajudaram no treinamento e na
     formação dos novos integrantes da equipe.
          O ano de 2007 foi marcado pelo redesenho dos principais processos da
     empresa e pela definição de interfaces das áreas. Após esse redesenho foi
     proposta uma plataforma tecnológica única para o gerenciamento de riscos na
     empresa. A plataforma, embora única, trabalha com vários sistemas diferentes
     que trocam informações. As áreas funcionais são responsáveis pela gestão de
     riscos per se.
          O processo de internacionalização da Vale, que se acelerou em 2006 com
     a aquisição da mineradora canadense Inco, demandou também a adequação
     da estrutura organizacional da Gerência Geral de GR aos novos desafios globais
     enfrentados pela empresa. No final de 2007, a Gerência Geral de GR se internacionalizou,
     aumentando seu escopo geográfico e passando a ser não uma Gerência Geral,
     mas uma Diretoria, denominada “Gestão de Risco Global”, com sede na Suíça. Em
     2007, a área de gerenciamento de riscos manteve o número de pessoas na equipe.




12               | Estudos dE Casos
Figura 2 – Estrutura de Gerenciamento de Riscos

                                     Diretoria Executiva (DE)




                                      Diretoria Executiva de
                                                                            Comitê Executivo
                                       Finanças e Relações
                                                                               de Risco
                                        com Investidores



                                             Diretor de
                                            Risco Global




   Gerência Geral         Gerência Geral                   Gerência Geral            Gerência Geral
  América do Norte     América Central e do Sul            Ásia e Oceania            Europa e África




                           Gerência Geral                  Gerência Geral
                            de Seguros                     de Implantação


     Em 2008, entrou em operação a nova estrutura organizacional de Gerenciamento
de Riscos da Vale (Figura 2). Ela segue uma lógica geográfica em que cada uma das
quatro equipes regionais – América do Norte, América do Sul e Central, Europa e África,
e Ásia e Oceania – atua nos três grupos de riscos – Crédito, Mercado e Operacional –
definidos anteriormente. Cada unidade geográfica consolida, transmite e apresenta
suas análises e recomendações para a área de Gestão de Risco Global. Mesmo com o
ajuste no âmbito organizacional, a estrutura da governança continuou a mesma, com
o Comitê Executivo de Gerenciamento de Risco e a Diretoria Executiva exercendo as
mesmas funções já explicitadas anteriormente.
     Com a nova estrutura organizacional tornou-se necessário rever o protocolo
de comunicação utilizado até então. Dentre as razões que justificaram tal mudança
estão a diferença de fuso horário, a independência dos escritórios locais, a
consolidação de informações no escritório central, na Suíça, e o processo de tomada
de decisão, análises e recomendações.




                                Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos                          13
iii. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
      E DESAFIOS DO MODELO ADOTADO
      Dentre várias características importantes do modelo adotado pela Vale,
 acreditamos ser oportuno destacar:
       • Modelo de gestão de riscos com aspiração holística, envolvendo as diversas
         áreas de negócio da Vale;
       • Gestão de riscos voltada a preservar e aumentar o valor da Vale,
         principalmente sob o prisma do mercado de capitais;
       • Claro patrocínio do diretor Executivo de Finanças desde o início para a
         implementação do modelo de gestão de riscos;
       • Implementação em etapas que permitiu a evolução da atuação da Gerência
         Geral de GR conforme o modelo de gestão de riscos amadureceu;
       • Modelo de Governança definido na partida, com fóruns de decisão, regras
         de delegação e composição bem definidos;
       • Agrupamento de riscos próprio, inspirado nas propostas da Basiléia e
         adotado pelas instituições financeiras, no qual o processo de gestão se
         mostra independente, de acordo com o tipo de risco a ser analisado
         (Mercado, Crédito e Operacional);
       • Uso de projeto piloto para riscos financeiros que precedeu o roll out do
         modelo para risco de Crédito e Operacional;
       • Definição clara do escopo de atuação entre as áreas funcionais da empresa
         e a Gerência Geral de GR. As áreas funcionais são responsáveis pela gestão
         de riscos per se. A Gerência Geral de GR é responsável por dar suporte
         às unidades de negócio, aportar metodologia, comunicar, coordenar os
         esforços; e consolidar, monitorar e reportar os resultados.




14         | Estudos dE Casos
Dentre os desafios encontrados pela Vale na implantação do modelo de
gerenciamento de riscos, acreditamos ser oportuno destacar:
      • No que diz respeito à vertente operacional, conscientizar os gestores das
        áreas funcionais de que eles são os responsáveis por gerenciar os riscos,
        isto é, de que o risco é gerido, em grande parte, “na ponta”;
      • Incorporar nas atividades diárias dos gestores a gestão de riscos;
      • Promover e disseminar a cultura de riscos pela organização;
      • Atuar globalmente assegurando a troca de informações entre os escritórios
        locais e o central, na Suíça, tendo em vista o modelo global proposto para
        o departamento;
      • Treinar pessoas para trabalhar com gestão de riscos.




                           Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos         15
Natura Cosméticos

 i. A COMPANHIA
     A Natura é, atualmente, (2008) a empresa líder no Brasil no mercado de
 produtos cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal. Sua atuação também inclui
 Argentina, Chile, Peru, México, França, Colômbia e Venezuela. A empresa distribui
 seus produtos no sistema de venda direta, por intermédio das “Consultoras
 Natura”, nas categorias: maquiagem, rosto, corpo, banho, desodorante, perfumaria,
 cabelos, proteção solar, infantil e higiene oral.
      A razão de ser da Natura é criar e comercializar produtos e serviços que promovam
 o bem-estar/estar bem. Seu objetivo estratégico é ser uma marca de expressão
 mundial, identificada com a comunidade das pessoas que se comprometem com
 a construção de um mundo melhor através da melhor relação consigo mesma,
 com o outro, com a natureza da qual fazem parte, com o todo. Em 2007, a receita
 bruta da empresa foi de R$ 4,3 bilhões e o EBITDA de R$ 702 milhões. A Natura conta
 atualmente com 5,9 mil funcionários e 719 mil consultoras.




16           | Estudos dE Casos
ii. VISÃO EVOLUTIVA DO MODELO DE GESTÃO DE RISCOS
      Em 2005, o Conselho de Administração da Natura requisitou ao Comitê de
Auditoria, que havia sido criado em 1999, a implantação de um modelo de gestão
de riscos. O Comitê teve seu escopo expandido e passou a se chamar Comitê de
Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças. O Conselho pediu ao Comitê que
fizesse um diagnóstico das iniciativas de gestão de riscos e dos benefícios de sua
padronização e consolidação. A gestão de riscos já era feita pela empresa de forma
descentralizada e com metodologias múltiplas.
     Para atender à esta demanda, a área de Auditoria Interna da Natura, que reporta
ao Comitê, teve seu escopo de atuação aumentado. Naquele momento não havia
ainda uma área de Gestão de Riscos (GR) específica na Natura. No mesmo ano, foi
criado um modelo de governança para gestão de riscos com fóruns de decisão,
regras de delegação e composição bem definidos. (Figura 3)

            Figura 3 – Modelo de Governança – Gestão de Riscos
                           Conselho de administração
 • Delibera
 • Decide sobre as recomendações feitas pelo Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e
   de Finanças
 • Composição: três sócios-fundadores e quatro conselheiros




          Comitê de auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças
 • Não delibera
 • Prioriza as recomendações da área de GR e transmite para o Conselho de Administração
 • Composição: três membros (conselheiro, membro da administração e consultor externo)




                       Área de Gerenciamento de Riscos
 • Reporta ao Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças
 • Padroniza e consolida os resultados das diversas áreas e transmite para o Comitê de
   Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças
 • Composição: duas pessoas em 2008




                              Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos                17
O funcionamento do Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças
 segue a freqüência, a dinâmica e as regras de rotatividade descritas abaixo:
        • As reuniões com o Conselho de Administração são bimestrais;
        • As reuniões com a área de Auditoria são mensais;
        • O Comitê convida gestores que tenham matéria em pauta na reunião a
          participar do encontro;
        • As decisões no Comitê são tomadas por maioria, mas sempre se busca o
          consenso. As decisões são então submetidas ao Conselho;
        • Os membros do Comitê têm mandato de um ano, renovável pelo
          mesmo período. Não há limite para o número de vezes que o mandato
          pode ser renovado.
     Ainda em 2005 a Natura contratou uma consultoria externa para auxiliá-la no
 desenvolvimento do modelo de gestão de riscos. Foi criado então um projeto piloto
 com base na metodologia do COSO.
       Este piloto partiu da seleção de um processo específico. Os riscos desse
 processo foram identificados, priorizados e quantificados. O Comitê levou os
 resultados para avaliação do Conselho de Administração, o qual decidiu que
 faz parte de sua alçada gerir os riscos estratégicos – definidos como aqueles que
 afetassem significativamente o EBITDA da empresa (maior que R$ 50 milhões)
 ou, quando não mensuráveis, os que provocam dano significativo à imagem da
 empresa (repercussão nacional ou internacional) e que têm baixa probabilidade de
 ocorrer, conforme o quadro ao lado (Figura 4). O Conselho também decidiu que o
 gerenciamento dos riscos fora desse quadrante é da alçada dos gestores da empresa.




18          | Estudos dE Casos
Figura 4 – Matriz de Responsabilidade




                                        8
                                                                  Gestores
                                       O                          das áreas
                                F   OC          Conselho de
                                               Adminstração




                                     IMPACTO
   Riscos estratégicos:
   baixa probabilidade                          Gestores          Gestores
   e alto impacto                               das áreas         das áreas


                                           0                                     1
                                                PROBABILIDADE


     Essa alocação de alçadas entre Conselho de Administração e gestores reflete
a cultura da Natura de que a consciência deve estar presente, disseminada, e é
responsabilidade de cada um e de todos.
     Em 2005, a área tinha uma pessoa com capacitação na área de auditoria.
      No ano seguinte, 2006, uma assessoria externa especializada em gestão de
riscos foi contratada para auxiliar a área de Auditoria Interna na criação da filosofia
e da política e no aprimoramento e contextualização da metodologia COSO para as
particularidades da Natura. O trabalho se desenvolveu ao longo de todo o ano de
2006 e o Comitê participou ativamente desse processo, dando as diretrizes para a área
de Auditoria Interna na criação da filosofia, da política e da metodologia de gestão
de riscos. No final do ano, em dezembro, o Comitê submeteu a filosofia, a política e a
metodologia de gestão de riscos feitas pela área de Auditoria ao Conselho e sugeriu
a criação de uma Gerência Geral de GR que respondesse diretamente ao Comitê.
Apesar da mudança na estrutura (Figura 5), o modelo de governança continuou a ser
o mesmo já explicitado anteriormente.




                              Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos           19
Figura 5 – Estrutura de Gerenciamento de Riscos


                              Conselho de Administração



                                 Comitê de Auditoria,
                                 de GR e de Finanças



           Gestão de Riscos                                   Auditoria




      No início de 2007 o Conselho aprovou as recomendações do Comitê e a
 área de GR iniciou as atividades com o mapeamento dos riscos estratégicos da
 empresa, com a utilização da metodologia. Ao longo do ano a Natura mapeou boa
 parte dos seus riscos estratégicos (baixa probabilidade e alto impacto). A empresa
 definiu também o escopo de atuação entre as áreas funcionais da empresa e a
 área de GR. As áreas funcionais são responsáveis pela gestão de riscos per se. A área
 de GR é responsável por dar suporte às unidades de negócio, aportar metodologia,
 comunicar, coordenar os esforços; e consolidar, monitorar e reportar os resultados.
      O trabalho foi feito em conjunto com os gestores seniores das áreas. No
 processo de identificação dos riscos estratégicos a área de GR interagiu com as
 diversas unidades de negócios/departamentos, assegurando o mapeamento
 compreensivo dos riscos estratégicos.
      Em 2008, o trabalho de mapeamento dos riscos estratégicos continua. Um
 sistema de informação para gerenciamento de riscos ainda não foi implementado,
 pois a empresa acredita não ter atingido ainda o grau de maturidade necessário
 para utilizá-lo.




20           | Estudos dE Casos
iii. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
     E DESAFIOS DO MODELO ADOTADO
     Dentre várias características importantes do modelo adotado pela Natura,
acreditamos ser oportuno destacar:
        • Gestão de riscos voltada a preservar o valor de mercado de capitais e a
          imagem da Natura, com o objetivo de assegurar que a empresa esteja
          preparada para enfrentar situações de crise, evitando impactos irreversíveis;
        • Claro patrocínio do Conselho de Administração, desde o início da
          implementação do modelo de gestão de riscos. O Conselho delegou a
          coordenação da gestão de riscos ao Comitê de Auditoria e de Gestão de
          Riscos e de Finanças;
        • Modelo de Governança definido na partida, com fóruns de decisão, regras
          de delegação e composição bem definidos;
        • Segregação dos riscos em dois grupos: estratégico e outros. O
          estratégico é definido como aquele que impacta significativamente
          a imagem e o EBITDA da empresa (acima de R$ 50 milhões) e tem
          pequena probabilidade de ocorrer;
        • O Conselho de Administração é responsável pelas decisões
          relativas à mitigação dos riscos estratégicos. Os outros riscos são de
          responsabilidade dos gestores;
        • Definição clara do escopo de atuação entre as áreas funcionais da
          empresa e a área de GR. As áreas funcionais são responsáveis pela gestão
          de riscos per se. A área de GR é responsável por dar suporte às unidades
          de negócio, aportar metodologia, comunicar, coordenar os esforços; e
          consolidar, monitorar e reportar os resultados;
        • Uso de projeto-piloto que precedeu o roll out do modelo.
     Dentre os desafios encontrados pela Natura na evolução de seu modelo de
gestão de riscos, acreditamos ser oportuno destacar:
       • Conscientizar os gestores das áreas de que eles são os responsáveis por
          gerenciar os riscos, com apoio da área de GR;
       • Comunicar continuamente a necessidade e o papel de cada gestor em
          processos de gestão de riscos.




                              Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos           21
lições aprendidas
 e desafios
          Com base nas apresentações feitas pela Vale e pela Natura, o Comitê
     identificou as seguintes lições aprendidas nos itens: Abordagem, Organização e
     Processo, e Desafios.
         Em termos de Abordagem, as principais lições são:
            • O ponto de partida para implementação da gestão de riscos varia e depende
              da cultura e dos valores da empresa. Na Vale, o início se deu por iniciativa
              da área financeira da empresa, que já tinha mais familiaridade com o tema.
              No caso da Natura, o ponto de partida foi o Conselho de Administração
              que apontou um de seus comitês para coordenar as atividades;
            • O processo de implementação foi progressivo, utilizando-se de projeto-
              piloto. Este evoluiu à medida que as áreas de gestão de riscos da Vale e
              da Natura definiram filosofia, interface, papel e responsabilidade;
            • A condução de um diagnóstico interno para mapear as atividades
              em andamento, metodologias e seu grau de implementação facilita a
              implantação da gestão de riscos;
            • Gestão de Riscos per se feita “nas pontas” pelos donos dos processos, que
              são os mais habilitados a realizar esta atividade;




22              | Estudos dE Casos
• A criação de uma área de GR mostou-se fundamental na implementação
            de uma gestão holística de riscos na Vale e na Natura.
          • O processo de efetivação da gestão de riscos pelos gestores depende de
            uma “mudança de cultura” feita com base nos seguintes elementos:
                    a. Política de comunicação que esclareça, convide, envolva e acione
                       os gestores;
                    b. Criação de alianças e alavancagem de práticas já existentes;
                    c. Conscientização dos benefícios da gestão de riscos, como a criação
                       de valor, a redução de custos e as melhorias em processos;
       Em termos de Organização e Processo, as principais lições são:
          • Criação de fóruns de decisão e deliberação bem definidos;
          • Escolha das ferramentas tecnológicas após a definição do processo de
            Gestão de Riscos.
     Os Desafios enfrentados pela Natura e pela Vale na evolução da gestão de riscos
apresentam alguns pontos em comum. Dentre eles destacamos:
          • Comunicação – criar nos gestores a consciência de que são eles os
            responsáveis pela gestão de risco da sua área;
          • Mudança de Comportamento – absorção e customização6 dos conceitos;
          • Implementação – integrar a gestão de riscos à gestão rotineira
            dos processos.




6. Em português: “adaptação caso a caso”




                                           Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos   23
KPMG Risk advisory services


          Os serviços de Enterprise Risk Management
     (ERM) da KPMG Risk Advisory Services podem ajudar
     sua organização a criar um programa sustentável para
     o gerenciamento de riscos corporativos, auxiliando no
     desenvolvimento de um roteiro prático, transferindo
     conhecimento e fornecendo treinamento para sua
     organização, condições indispensáveis para uma
     bem-sucedida implementação de ERM.
          Nossa metodologia baseada em Estruturação,
     Posicionamento, Governança e Estabelecimento da
     cultura de gestão de riscos tem sido aplicada em
     diversas empresas nos mais diversos mercados e
     atende as necessidades de ser abrangente e prática,
     atuando no nível conceitual, mas sem estabelecer um
     processo burocrático. Visite nosso site para maiores
     informações: www.kpmg.com.br




24   | Estudos dE Casos
Planner


     A PLANNER dispõe de política que representa
a formalização dos princípios, filosofia, conceitos,
papéis e responsabilidades relacionados as atividades
da gestão de riscos operacionais, estabelecendo o
“mandato interno”, que direciona todas as referidas
atividades em nível corporativo, de forma a garantir
que os riscos operacionais sejam assumidos,
gerenciados e mensurados em concordância com os
objetivos de crescimento sustentado.
      A Diretoria da PLANNER reconhece a gestão
de riscos operacionais como parte integrante da
governança corporativa, destacando a atuação da área
de Compliance e Risco, a qual, em conjunto com as
demais áreas, objetiva a adequação, o fortalecimento
e o funcionamento do Sistema de Controles Internos,
procurando mitigar os riscos de acordo com a
complexidade de seus negócios, bem como disseminar
a cultura de controles para assegurar o cumprimento
de leis e regulamentos existentes.
     Assim sendo, a PLANNER, ciente da relevância e da
atualidade do tema “Gestão de Riscos”, orgulha-se de
apoiar um trabalho com a qualidade e a profundidade
presentes neste Estudo de Casos.




               Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos   25
PricewaterhouseCoopers


          Obter o equilíbrio entre a exposição aos
     riscos, as oportunidades e os custos é essencial
     para garantir a sustentabilidade dos negócios. A
     PricewaterhouseCoopers, maior “network” de firmas
     de serviços profissionais do mundo, assessora seus
     clientes na identificação, na análise e na gestão dos
     riscos e os auxilia na obtenção desse equilíbrio.
           Apoiamos o planejamento e a implementação
     de projetos de governança corporativa e
     “compliance”, assegurando o cumprimento das
     leis e regulamentações em seus negócios. Nossos
     projetos de gestão de riscos focam a transferência de
     conhecimento e possibilitam aos nossos clientes uma
     avaliação objetiva dos riscos presentes na estratégia
     de negócios e nas suas operações.




26   | Estudos dE Casos
sabesp


     A Sabesp é uma empresa de economia mista,
capital aberto, com ações negociadas no Novo
Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo e também
de Nova Iorque, cujo principal acionista é o governo do
Estado de São Paulo.
      Considerada a Melhor Empresa de Saneamento
Ambiental das Américas e uma das mais significativas
do mercado, além de ser responsável pelo
abastecimento de água, coleta e tratamento de
esgoto, oferece à sociedade um conjunto completo de
soluções ambientais que impulsionam o atendimento
às diretrizes estratégicas de universalização e
qualidade, crescimento com sustentabilidade, pró-
atividade e integração e inovação.
     O gerenciamento de riscos vem sendo adotado
pela empresa com a finalidade de identificar as
oportunidades de negócio e preventivamente avaliar os
riscos. Sua mensuração é obtida pela combinação das
conseqüências de um evento e de sua probabilidade.
Por meio de um processo participativo, o corpo
gerencial discute e também define alternativas de
prevenção, uma prática essencial para a boa governança
corporativa e que proporciona melhoria contínua na
tomada de decisão e no desempenho empresarial.




               Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos   27
28   | Estudos dE Casos
Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos   29
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IBGC lança série Estudos de Casos sobre gestão de riscos

  • 1. 1 O IBGC é uma organização exclusivamente dedicada à promoção da governança corporativa no Brasil e o principal fomentador das práticas e discussões sobre o tema no País, tendo alcançado reconhecimento nacional e internacional. 1 Fundado em 27 de novembro de 1995, o IBGC – sociedade civil de âmbito nacional, sem fins lucrativos – tem o propósito de ser referência em governança corporativa, contribuindo Estudos de Casos para o desempenho sustentável das organizações e influenciando os agentes da nossa sociedade no sentido de maior transparência, justiça e responsabilidade. Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos | Vale | Natura Cosméticos Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos Estudos de Casos O IBGC lança sua mais recente Patrocínio série: Estudos de Casos. A série Vale compartilha experiências de em- 1 Natura Cosméticos presas em um amplo leque de temas. Os três primeiros volumes Visão Evolutiva do Modelo tratam de gerenciamento de ris- cos e são resultado do trabalho Gestão Integrada do Comitê de Gerenciamento de de Riscos Apoio de Gestão de Riscos Riscos em 2008. Estes volumes Banco Real foram produzidos em três etapas: 2 Brasil Telecom definição dos temas, apresentação das empresas e debates inter- nos do Comitê para identificar as Gestão de Riscos como Instrumento para a Vale lições aprendidas. O objetivo dos Estudos de Casos Tomada de Decisão é compartilhar informações que Natura Cosméticos Votorantim 3 Celulose e Papel contribuam para o desenvolvimen- to das melhores práticas de Gover- nança Corporativa e estimulem os administradores a adotarem Av. das Nações Unidas, 12.551 iniciativas inspiradas nos princí- 25º andar – cj. 2508 - Brooklin Novo World Trade Center - SP pios de transparência, eqüidade, 04578-903 - São Paulo – SP prestação de contas e responsa- Tel.: 55 11 3043.7008 bilidade corporativa. Fax: 55 11 3043.7005 Estudos de Casos Email: ibgc@ibgc.org.br IBGC PARANÁ - Tel.: 55 41 3022.5035 IBGC RIO - Tel.: 55 21 2223.9651 IBGC SUL - Tel.: 55 51 3328.2552 www.ibgc.org.br
  • 2. Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos Estudo de Casos Vale Natura Cosméticos 2008
  • 3. O IBGC é uma organização exclusivamente dedicada à promoção da governança corporativa no Brasil e o principal fomentador das práticas e discussões sobre o tema no País, tendo alcançado reconhecimento nacional e internacional. Fundado em 27 de novembro de 1995, o IBGC – sociedade civil de âmbito nacional, sem fins lucrativos – tem o propósito de ser referência em governança corporativa, contribuindo para o desempenho sustentável das organizações e influenciando os agentes da nossa sociedade no sentido de maior transparência, justiça e responsabilidade. Presidente do Conselho de Administração: Mauro Rodrigues da Cunha Vice-Presidentes: Gilberto Mifano e João Pinheiro Nogueira Batista Conselheiros: Alberto Whitaker, Eliane Lustosa, Fernando Mitri, João Verner Juenemann, Paulo D. Villares e Ronaldo Veirano Comitê Executivo: André Coutinho, Eliane Lustosa e Ricardo Veirano Secretária Geral: Heloisa B. Bedicks Para mais informações sobre o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, visite o site: www.ibgc.org.br. Para associar-se ao IBGC ligue para (11) 3043 7008. É vedada a reprodução total ou parcial deste documento sem autorização formal do IBGC. I59v Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Visão evolutiva do modelo de gestão de riscos: Vale e Natura Cosméticos / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. São Paulo, SP : IBGC, 2008. (Série Estudos de Casos, 1). 29 p. ISBN 978-85-99645-09-3 1. Governança corporativa. 2. Administração de risco. I. Título. CDU – 658.4 Bibliotecária responsável: Mariusa F.M. Loução - CRB-12/330 | Estudos dE Casos
  • 4. Índice 1. Carta ao leitor ............................................................................................ 5 2. Estudo de Casos Vale ............................................................................................................................. 8 i. A Companhia ........................................................................................................... 8 ii. Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos ................................ 9 iii. Principais Características e Desafios do Modelo Adotado ....... 14 Natura Cosméticos ............................................................................................ 16 i. A Companhia ........................................................................................................ 16 ii. Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos ............................ 17 iii. Principais Características e Desafios do Modelo Adotado ....... 21 3. Lições Aprendidas e Desafios ............................................................... 22 Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos
  • 5. | Estudos dE Casos
  • 6. Carta ao Leitor Em 2007, o Comitê de Gerenciamento de Riscos Corporativos publicou o Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos com o intuito de disseminar os principais conceitos sobre o tema. O Guia teve um enfoque teórico e seu conteúdo foi desenvolvido a partir das experiências dos membros do comitê. Em 2008, as atividades do Comitê de Gerenciamento de Riscos Corporativos buscaram um foco mais prático, utilizando a experiência das empresas neste tema para publicar três cadernos com estudos de casos que exploraram os temas: (a) Visão Evolutiva do Modelo de Gestão de Riscos; (b) Gestão Integrada de Riscos; e (c) Gestão de Riscos como Instrumento para a Tomada de Decisão. Para tanto, convidamos cinco empresas para apresentar suas experiências: Vale, Natura, Banco Real, Brasil Telecom e Votorantim Celulose e Papel (VCP). Os estudos de caso detalham experiências práticas e sumarizam as principais conclusões do comitê quanto às lições aprendidas. Agradecemos a participação de Celso Yao (gerente de Gestão de Base de Ativos e Riscos da VCP), Gabriela Doti (gerente de Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 5
  • 7. Gestão de Riscos Corporativos da Brasil Telecom), Gustavo Raposo (Global Risk Management Implementation manager da Vale), Mercedes Marina Stinco (gerente de Auditoria e Gestão de Riscos da Natura) e Samya Paiva (superintendente de Risco Operacional e Gestão Integrada de Riscos do Banco Real) por compartilhar as experiências de suas empresas. Agradecemos também a José Guimarães Monforte, presidente do IBGC de 2004 a 2008, pelo seu entusiasmo e suporte para a elaboração de estudos de caso. Agradecemos à equipe do IBGC, Heloisa Bedicks, secretária geral, e Henrique Nardini e Angela Rita Franco Donaggio, secretários do Comitê, pelo suporte e pela organização. Por fim, agradecemos a Alessandro Greco por seu trabalho de edição dos estudos de casos e aos membros do Comitê pelo empenho e pela dedicação. O IBGC tem trabalhado para promover a reflexão e disseminar o conhecimento sobre temas que contribuam para o aperfeiçoamento da Governança Corporativa. A publicação dos estudos de casos é uma contribuição adicional nesta direção. Co-Coordenadoras: Lucia Hauptman Letícia Costa 6 | Estudos dE Casos
  • 8. Membros do Comitê Antônio Cocurullo Letícia Costa** Carla Lopes Lucia Hauptman** Carlos Sá Luciana Bacci Demétrio Souza Marcelo Abdo Centeio Eduarda Cunha de La Rocque* Maurício Reggio Fábio Coimbra Mercedes Stinco Francisco Carlos Fernandes Nelson Ribeiro Gabriela Doti Nilmar Foletto Genivaldo Correia Alves Roberto Lamb Heloisa Belotti Bedicks Samya Paiva Ives Pereira Müller Valério da Silva Ramos Leila Kobashikawa William Borges Lima * Coordenadora do Comitê de Gerenciamento de Riscos Corporativos (2005-2007) ** Coordenadora do Comitê de Gerenciamento de Riscos Corporativos (2008-2009) Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos
  • 9. Vale i. A COMPANHIA A Vale é, atualmente, (2008) a segunda maior empresa global da indústria de mineração e metais em valor de mercado. É a maior produtora de minério de ferro e a segunda maior produtora de níquel no mundo. É também importante produtora de concentrado de cobre, bauxita, alumina, alumínio, potássio, caulim, manganês e ferroligas. A empresa tem também investimentos em geração de energia para autoconsumo e em logística, com ferrovias, portos e terminais marítimos próprios. O objetivo estratégico da Vale é ser a maior empresa de mineração do mundo, superando padrões consagrados de excelência em pesquisa, desenvolvimento, implantação de projetos e na operação de seus negócios. A Vale também tem como objetivo diversificar sua carteira de produtos e aumentar o grau de internacionalização de suas operações. A empresa conta atualmente com mais de 60 mil colaboradores próprios em mais de 30 países – espalhados pelos cinco continentes – em que faz prospecção e vende seus produtos. A globalização da Vale, iniciada em 2002, se acelerou com a compra da mineradora canadense Inco em 2006. Em 2002, a Vale ocupava a 446º posição no ranking das maiores empresas do mundo, com base em seu valor de mercado. Em março de 2007, havia saltado para a 74º posição. O investimento foi financiado pelo fluxo de caixa da empresa e pelo mercado financeiro. Em 2007, a companhia teve uma receita bruta de R$ 66,385 bilhões e EBITDA1 de R$ 33.619 bilhões. 1. Em português: “LAJIDA (Lucro Antes de Juros, Imposto de renda, Depreciação e Amortização)” 8 | Estudos dE Casos
  • 10. ii. VISÃO EVOLUTIVA DO MODELO DE GESTÃO DE RISCOS Até outubro de 2004, a Vale tinha uma série de iniciativas de gestão de riscos isoladas e fragmentadas em unidades de negócio da empresa. Naquele mês, a empresa iniciou um esforço para coordenar e centralizar sua gestão de riscos, em busca de um modelo de gestão de riscos holístico2, que envolvesse a organização como um todo. O patrocínio desta iniciativa, desde o início, foi do diretor Executivo de Finanças da empresa. A motivação principal foi a necessidade de preservar o fluxo de caixa da companhia, em face da volatilidade intrínseca do segmento em que a Vale atua, bem como do próprio mercado de capitais. Neste mesmo ano, a Gerência Geral de Gerenciamento de Riscos (GR) foi criada, reportando-se ao diretor Financeiro, com a missão de dar suporte às unidades de negócio, aportar metodologia, comunicar e coordenar os esforços bem como consolidar, monitorar e reportar os resultados. Inicialmente, a Gerência Geral de GR, inspirada em algumas das propostas do COSO – principalmente no que tange à segmentação e classificação –, decidiu adotar uma classificação e um agrupamento na qual os riscos são analisados e tratados segundo dois grupos distintos: riscos financeiros (crédito e mercado) e riscos não- financeiros (operacional e estratégico). Em 2005, a Gerência Geral de GR focou em duas iniciativas principais. A equipe detalhou a filosofia e a política de gestão de riscos a serem utilizadas pela empresa, estabelecendo, dentre outras, as diretrizes básicas que deveriam nortear as atividades relacionadas ao gerenciamento de riscos. Ao longo de 2005, a área de GR contou com o auxílio de uma consultoria externa para assessorá-la na definição de escopo e implementação do projeto. Ainda em 2005, a Gerência Geral de GR realizou uma pesquisa interna com as principais lideranças da Vale – de gerentes a diretores – oriundas das mais diversas áreas de negócios da empresa. Essa pesquisa teve como objetivo averiguar as atividades em andamento, a metodologia e o grau de familiaridade dos executivos da empresa em relação ao tema. O resultado desta pesquisa interna permitiu que a Gerência Geral de GR ajustasse o escopo, definisse prioridades em termos de metodologias, uniformizasse processos, plano de comunicação (interna e externa), capacitação e desenvolvimento de sistemas de monitoramento. 2. Identifica os riscos relevantes para a organização e faz sua priorização Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 9
  • 11. Também em 2005, a Gerência Geral de GR começou a desenvolver alianças estratégicas com as principais áreas da empresa, tais como orçamento e planejamento estratégico. Estas alianças possibilitaram o mapeamento e a conciliação das informações, evitando retrabalhos. No mesmo ano foi criado um modelo de governança para gestão de riscos com fóruns de decisão, regras de delegação e composição bem definidos (Figura 1). Figura 1 – Modelo de Governança – Gestão de Riscos diretoria Executiva (dE) • Delibera • Decide sobre recomendações feitas pelo Comitê de GR • Composição: diretores executivos (Ferrosos e Participações em Siderurgia, Níquel e Comercialização de Minerais Básicos, Recursos Humanos e Serviços Corporativos, Não Ferrosos e Energia, Logística, Gestão e Sustentabilidade, Finanças, Relações com Investidores e Desenvolvimento de Novos Negócios) Comitê Executivo de Gerenciamento de Riscos • Prioriza recomendações da área de Gerenciamento de Riscos e submete a DE • Estabelece diretrizes de GR • Composição: dois membros fixos (incluindo o diretor de Finanças, que acumula o cargo de Presidente do Comitê) e três rotativos Área de Gerenciamento de Riscos (GR) • Coordena as atividades de gestão de riscos no Grupo • Avalia informações e recomendações propostas pelas Unidades de Negócio • Elabora propostas e recomendações inerentes ao processo de gestão de riscos (mitigação, transferência de riscos etc.) • Desenvolve e divulga metodologia • Consolida resultados • Composição: seis pessoas em 2005 e 35 em 2008 10 | Estudos dE Casos
  • 12. O funcionamento do Comitê Executivo de Gerenciamento de Riscos segue a freqüência, dinâmica e regras de rotatividade descritas abaixo: • As reuniões são realizadas a cada três meses; • O presidente do Comitê convida gestores que tenham matéria em pauta na reunião para participar do encontro; • As decisões no Comitê são tomadas por maioria, mas sempre se busca o consenso; • As decisões do Comitê não têm caráter deliberativo, papel este cumprido pela Diretoria Executiva da Vale • Os membros do Comitê têm mandato de três anos. Ainda em 2005, a Gerência Geral de GR dedicou-se ao aprimoramento da metodologia para gestão de risco de mercado – que já era feita pela Vale de forma fragmentada, pela mesa de operações –, inspirada na proposta vigente da Basiléia3. A metodologia foi contextualizada e adequada à nova visão de gestão de riscos, da empresa, que aspira a uma abordagem holística, envolvendo suas diversas áreas de negócios. Esta adequação levou à utilização de ferramentas analíticas, como fluxo de caixa. Após a contextualização e adequação da metodologia, a Gerência Geral de GR liderou a implementação de um projeto piloto na unidade de negócios produtora de cobre. Essa experiência foi crítica para assegurar o roll out5 para as outras áreas da empresa, abrangendo os outros grupos de risco. Naquele momento, a Gerência Geral de GR tinha seis pessoas com capacitação nas áreas de finanças (análise de investimentos, gestão de riscos e análise de derivativos) e estatística. Entre seus membros, dois trabalhavam há mais de oito anos na área financeira da Vale. Em 2006, após o projeto-piloto, a Gerência Geral de GR iniciou esforços para o roll out4 da iniciativa para as outras áreas de negócio. Nesta ocasião, a Vale substituiu a classificação de riscos do COSO5 – riscos financeiros e não financeiros – e criou um agrupamento próprio: • Mercado – impacto das variáveis determinadas pelo mercado financeiro sobre o fluxo de caixa da empresa; 3. Organização que congrega autoridades de supervisão bancária, visando fortalecer a solidez dos sistemas financeiros 4. Em português: “disseminação” 5. The Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Comission - entidade sem fins lucrativos dedicada, num primeiro momento à melhoria dos relatórios financeiros através da ética, efetividade dos controles internos e governança corporativa. No COSO II amplia-se a abordagem para tratar do GRCorp Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 11
  • 13. • Crédito – incertezas na capacidade de um cliente de sustentar suas obrigações; • Operacional – perdas resultantes de falhas de sistemas, pessoas, processos e eventos externos. Dentro de cada um dos três grupos de riscos (Mercado, Crédito e Operacional) também era analisado o risco estratégico. A área de GR realizou mais três ações ainda em 2006: • Criou uma Coordenação dentro da área de GR, responsável por métodos quantitativos e pelo desenvolvimento de sistemas que dão suporte aos três grupos de riscos (Mercado, Crédito e Operacional). • Absorveu a área de controle de crédito comercial da empresa, que passou a ter a função de gestão de riscos de crédito; • Deu início ao roll out no âmbito dos riscos operacionais; Em 2006, a área de GR da Vale passou a ter 18 pessoas em tempo integral. Os membros da equipe com mais tempo na área de GR ajudaram no treinamento e na formação dos novos integrantes da equipe. O ano de 2007 foi marcado pelo redesenho dos principais processos da empresa e pela definição de interfaces das áreas. Após esse redesenho foi proposta uma plataforma tecnológica única para o gerenciamento de riscos na empresa. A plataforma, embora única, trabalha com vários sistemas diferentes que trocam informações. As áreas funcionais são responsáveis pela gestão de riscos per se. O processo de internacionalização da Vale, que se acelerou em 2006 com a aquisição da mineradora canadense Inco, demandou também a adequação da estrutura organizacional da Gerência Geral de GR aos novos desafios globais enfrentados pela empresa. No final de 2007, a Gerência Geral de GR se internacionalizou, aumentando seu escopo geográfico e passando a ser não uma Gerência Geral, mas uma Diretoria, denominada “Gestão de Risco Global”, com sede na Suíça. Em 2007, a área de gerenciamento de riscos manteve o número de pessoas na equipe. 12 | Estudos dE Casos
  • 14. Figura 2 – Estrutura de Gerenciamento de Riscos Diretoria Executiva (DE) Diretoria Executiva de Comitê Executivo Finanças e Relações de Risco com Investidores Diretor de Risco Global Gerência Geral Gerência Geral Gerência Geral Gerência Geral América do Norte América Central e do Sul Ásia e Oceania Europa e África Gerência Geral Gerência Geral de Seguros de Implantação Em 2008, entrou em operação a nova estrutura organizacional de Gerenciamento de Riscos da Vale (Figura 2). Ela segue uma lógica geográfica em que cada uma das quatro equipes regionais – América do Norte, América do Sul e Central, Europa e África, e Ásia e Oceania – atua nos três grupos de riscos – Crédito, Mercado e Operacional – definidos anteriormente. Cada unidade geográfica consolida, transmite e apresenta suas análises e recomendações para a área de Gestão de Risco Global. Mesmo com o ajuste no âmbito organizacional, a estrutura da governança continuou a mesma, com o Comitê Executivo de Gerenciamento de Risco e a Diretoria Executiva exercendo as mesmas funções já explicitadas anteriormente. Com a nova estrutura organizacional tornou-se necessário rever o protocolo de comunicação utilizado até então. Dentre as razões que justificaram tal mudança estão a diferença de fuso horário, a independência dos escritórios locais, a consolidação de informações no escritório central, na Suíça, e o processo de tomada de decisão, análises e recomendações. Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 13
  • 15. iii. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS DO MODELO ADOTADO Dentre várias características importantes do modelo adotado pela Vale, acreditamos ser oportuno destacar: • Modelo de gestão de riscos com aspiração holística, envolvendo as diversas áreas de negócio da Vale; • Gestão de riscos voltada a preservar e aumentar o valor da Vale, principalmente sob o prisma do mercado de capitais; • Claro patrocínio do diretor Executivo de Finanças desde o início para a implementação do modelo de gestão de riscos; • Implementação em etapas que permitiu a evolução da atuação da Gerência Geral de GR conforme o modelo de gestão de riscos amadureceu; • Modelo de Governança definido na partida, com fóruns de decisão, regras de delegação e composição bem definidos; • Agrupamento de riscos próprio, inspirado nas propostas da Basiléia e adotado pelas instituições financeiras, no qual o processo de gestão se mostra independente, de acordo com o tipo de risco a ser analisado (Mercado, Crédito e Operacional); • Uso de projeto piloto para riscos financeiros que precedeu o roll out do modelo para risco de Crédito e Operacional; • Definição clara do escopo de atuação entre as áreas funcionais da empresa e a Gerência Geral de GR. As áreas funcionais são responsáveis pela gestão de riscos per se. A Gerência Geral de GR é responsável por dar suporte às unidades de negócio, aportar metodologia, comunicar, coordenar os esforços; e consolidar, monitorar e reportar os resultados. 14 | Estudos dE Casos
  • 16. Dentre os desafios encontrados pela Vale na implantação do modelo de gerenciamento de riscos, acreditamos ser oportuno destacar: • No que diz respeito à vertente operacional, conscientizar os gestores das áreas funcionais de que eles são os responsáveis por gerenciar os riscos, isto é, de que o risco é gerido, em grande parte, “na ponta”; • Incorporar nas atividades diárias dos gestores a gestão de riscos; • Promover e disseminar a cultura de riscos pela organização; • Atuar globalmente assegurando a troca de informações entre os escritórios locais e o central, na Suíça, tendo em vista o modelo global proposto para o departamento; • Treinar pessoas para trabalhar com gestão de riscos. Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 15
  • 17. Natura Cosméticos i. A COMPANHIA A Natura é, atualmente, (2008) a empresa líder no Brasil no mercado de produtos cosméticos, fragrâncias e higiene pessoal. Sua atuação também inclui Argentina, Chile, Peru, México, França, Colômbia e Venezuela. A empresa distribui seus produtos no sistema de venda direta, por intermédio das “Consultoras Natura”, nas categorias: maquiagem, rosto, corpo, banho, desodorante, perfumaria, cabelos, proteção solar, infantil e higiene oral. A razão de ser da Natura é criar e comercializar produtos e serviços que promovam o bem-estar/estar bem. Seu objetivo estratégico é ser uma marca de expressão mundial, identificada com a comunidade das pessoas que se comprometem com a construção de um mundo melhor através da melhor relação consigo mesma, com o outro, com a natureza da qual fazem parte, com o todo. Em 2007, a receita bruta da empresa foi de R$ 4,3 bilhões e o EBITDA de R$ 702 milhões. A Natura conta atualmente com 5,9 mil funcionários e 719 mil consultoras. 16 | Estudos dE Casos
  • 18. ii. VISÃO EVOLUTIVA DO MODELO DE GESTÃO DE RISCOS Em 2005, o Conselho de Administração da Natura requisitou ao Comitê de Auditoria, que havia sido criado em 1999, a implantação de um modelo de gestão de riscos. O Comitê teve seu escopo expandido e passou a se chamar Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças. O Conselho pediu ao Comitê que fizesse um diagnóstico das iniciativas de gestão de riscos e dos benefícios de sua padronização e consolidação. A gestão de riscos já era feita pela empresa de forma descentralizada e com metodologias múltiplas. Para atender à esta demanda, a área de Auditoria Interna da Natura, que reporta ao Comitê, teve seu escopo de atuação aumentado. Naquele momento não havia ainda uma área de Gestão de Riscos (GR) específica na Natura. No mesmo ano, foi criado um modelo de governança para gestão de riscos com fóruns de decisão, regras de delegação e composição bem definidos. (Figura 3) Figura 3 – Modelo de Governança – Gestão de Riscos Conselho de administração • Delibera • Decide sobre as recomendações feitas pelo Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças • Composição: três sócios-fundadores e quatro conselheiros Comitê de auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças • Não delibera • Prioriza as recomendações da área de GR e transmite para o Conselho de Administração • Composição: três membros (conselheiro, membro da administração e consultor externo) Área de Gerenciamento de Riscos • Reporta ao Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças • Padroniza e consolida os resultados das diversas áreas e transmite para o Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças • Composição: duas pessoas em 2008 Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 17
  • 19. O funcionamento do Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças segue a freqüência, a dinâmica e as regras de rotatividade descritas abaixo: • As reuniões com o Conselho de Administração são bimestrais; • As reuniões com a área de Auditoria são mensais; • O Comitê convida gestores que tenham matéria em pauta na reunião a participar do encontro; • As decisões no Comitê são tomadas por maioria, mas sempre se busca o consenso. As decisões são então submetidas ao Conselho; • Os membros do Comitê têm mandato de um ano, renovável pelo mesmo período. Não há limite para o número de vezes que o mandato pode ser renovado. Ainda em 2005 a Natura contratou uma consultoria externa para auxiliá-la no desenvolvimento do modelo de gestão de riscos. Foi criado então um projeto piloto com base na metodologia do COSO. Este piloto partiu da seleção de um processo específico. Os riscos desse processo foram identificados, priorizados e quantificados. O Comitê levou os resultados para avaliação do Conselho de Administração, o qual decidiu que faz parte de sua alçada gerir os riscos estratégicos – definidos como aqueles que afetassem significativamente o EBITDA da empresa (maior que R$ 50 milhões) ou, quando não mensuráveis, os que provocam dano significativo à imagem da empresa (repercussão nacional ou internacional) e que têm baixa probabilidade de ocorrer, conforme o quadro ao lado (Figura 4). O Conselho também decidiu que o gerenciamento dos riscos fora desse quadrante é da alçada dos gestores da empresa. 18 | Estudos dE Casos
  • 20. Figura 4 – Matriz de Responsabilidade 8 Gestores O das áreas F OC Conselho de Adminstração IMPACTO Riscos estratégicos: baixa probabilidade Gestores Gestores e alto impacto das áreas das áreas 0 1 PROBABILIDADE Essa alocação de alçadas entre Conselho de Administração e gestores reflete a cultura da Natura de que a consciência deve estar presente, disseminada, e é responsabilidade de cada um e de todos. Em 2005, a área tinha uma pessoa com capacitação na área de auditoria. No ano seguinte, 2006, uma assessoria externa especializada em gestão de riscos foi contratada para auxiliar a área de Auditoria Interna na criação da filosofia e da política e no aprimoramento e contextualização da metodologia COSO para as particularidades da Natura. O trabalho se desenvolveu ao longo de todo o ano de 2006 e o Comitê participou ativamente desse processo, dando as diretrizes para a área de Auditoria Interna na criação da filosofia, da política e da metodologia de gestão de riscos. No final do ano, em dezembro, o Comitê submeteu a filosofia, a política e a metodologia de gestão de riscos feitas pela área de Auditoria ao Conselho e sugeriu a criação de uma Gerência Geral de GR que respondesse diretamente ao Comitê. Apesar da mudança na estrutura (Figura 5), o modelo de governança continuou a ser o mesmo já explicitado anteriormente. Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 19
  • 21. Figura 5 – Estrutura de Gerenciamento de Riscos Conselho de Administração Comitê de Auditoria, de GR e de Finanças Gestão de Riscos Auditoria No início de 2007 o Conselho aprovou as recomendações do Comitê e a área de GR iniciou as atividades com o mapeamento dos riscos estratégicos da empresa, com a utilização da metodologia. Ao longo do ano a Natura mapeou boa parte dos seus riscos estratégicos (baixa probabilidade e alto impacto). A empresa definiu também o escopo de atuação entre as áreas funcionais da empresa e a área de GR. As áreas funcionais são responsáveis pela gestão de riscos per se. A área de GR é responsável por dar suporte às unidades de negócio, aportar metodologia, comunicar, coordenar os esforços; e consolidar, monitorar e reportar os resultados. O trabalho foi feito em conjunto com os gestores seniores das áreas. No processo de identificação dos riscos estratégicos a área de GR interagiu com as diversas unidades de negócios/departamentos, assegurando o mapeamento compreensivo dos riscos estratégicos. Em 2008, o trabalho de mapeamento dos riscos estratégicos continua. Um sistema de informação para gerenciamento de riscos ainda não foi implementado, pois a empresa acredita não ter atingido ainda o grau de maturidade necessário para utilizá-lo. 20 | Estudos dE Casos
  • 22. iii. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS DO MODELO ADOTADO Dentre várias características importantes do modelo adotado pela Natura, acreditamos ser oportuno destacar: • Gestão de riscos voltada a preservar o valor de mercado de capitais e a imagem da Natura, com o objetivo de assegurar que a empresa esteja preparada para enfrentar situações de crise, evitando impactos irreversíveis; • Claro patrocínio do Conselho de Administração, desde o início da implementação do modelo de gestão de riscos. O Conselho delegou a coordenação da gestão de riscos ao Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos e de Finanças; • Modelo de Governança definido na partida, com fóruns de decisão, regras de delegação e composição bem definidos; • Segregação dos riscos em dois grupos: estratégico e outros. O estratégico é definido como aquele que impacta significativamente a imagem e o EBITDA da empresa (acima de R$ 50 milhões) e tem pequena probabilidade de ocorrer; • O Conselho de Administração é responsável pelas decisões relativas à mitigação dos riscos estratégicos. Os outros riscos são de responsabilidade dos gestores; • Definição clara do escopo de atuação entre as áreas funcionais da empresa e a área de GR. As áreas funcionais são responsáveis pela gestão de riscos per se. A área de GR é responsável por dar suporte às unidades de negócio, aportar metodologia, comunicar, coordenar os esforços; e consolidar, monitorar e reportar os resultados; • Uso de projeto-piloto que precedeu o roll out do modelo. Dentre os desafios encontrados pela Natura na evolução de seu modelo de gestão de riscos, acreditamos ser oportuno destacar: • Conscientizar os gestores das áreas de que eles são os responsáveis por gerenciar os riscos, com apoio da área de GR; • Comunicar continuamente a necessidade e o papel de cada gestor em processos de gestão de riscos. Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 21
  • 23. lições aprendidas e desafios Com base nas apresentações feitas pela Vale e pela Natura, o Comitê identificou as seguintes lições aprendidas nos itens: Abordagem, Organização e Processo, e Desafios. Em termos de Abordagem, as principais lições são: • O ponto de partida para implementação da gestão de riscos varia e depende da cultura e dos valores da empresa. Na Vale, o início se deu por iniciativa da área financeira da empresa, que já tinha mais familiaridade com o tema. No caso da Natura, o ponto de partida foi o Conselho de Administração que apontou um de seus comitês para coordenar as atividades; • O processo de implementação foi progressivo, utilizando-se de projeto- piloto. Este evoluiu à medida que as áreas de gestão de riscos da Vale e da Natura definiram filosofia, interface, papel e responsabilidade; • A condução de um diagnóstico interno para mapear as atividades em andamento, metodologias e seu grau de implementação facilita a implantação da gestão de riscos; • Gestão de Riscos per se feita “nas pontas” pelos donos dos processos, que são os mais habilitados a realizar esta atividade; 22 | Estudos dE Casos
  • 24. • A criação de uma área de GR mostou-se fundamental na implementação de uma gestão holística de riscos na Vale e na Natura. • O processo de efetivação da gestão de riscos pelos gestores depende de uma “mudança de cultura” feita com base nos seguintes elementos: a. Política de comunicação que esclareça, convide, envolva e acione os gestores; b. Criação de alianças e alavancagem de práticas já existentes; c. Conscientização dos benefícios da gestão de riscos, como a criação de valor, a redução de custos e as melhorias em processos; Em termos de Organização e Processo, as principais lições são: • Criação de fóruns de decisão e deliberação bem definidos; • Escolha das ferramentas tecnológicas após a definição do processo de Gestão de Riscos. Os Desafios enfrentados pela Natura e pela Vale na evolução da gestão de riscos apresentam alguns pontos em comum. Dentre eles destacamos: • Comunicação – criar nos gestores a consciência de que são eles os responsáveis pela gestão de risco da sua área; • Mudança de Comportamento – absorção e customização6 dos conceitos; • Implementação – integrar a gestão de riscos à gestão rotineira dos processos. 6. Em português: “adaptação caso a caso” Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 23
  • 25. KPMG Risk advisory services Os serviços de Enterprise Risk Management (ERM) da KPMG Risk Advisory Services podem ajudar sua organização a criar um programa sustentável para o gerenciamento de riscos corporativos, auxiliando no desenvolvimento de um roteiro prático, transferindo conhecimento e fornecendo treinamento para sua organização, condições indispensáveis para uma bem-sucedida implementação de ERM. Nossa metodologia baseada em Estruturação, Posicionamento, Governança e Estabelecimento da cultura de gestão de riscos tem sido aplicada em diversas empresas nos mais diversos mercados e atende as necessidades de ser abrangente e prática, atuando no nível conceitual, mas sem estabelecer um processo burocrático. Visite nosso site para maiores informações: www.kpmg.com.br 24 | Estudos dE Casos
  • 26. Planner A PLANNER dispõe de política que representa a formalização dos princípios, filosofia, conceitos, papéis e responsabilidades relacionados as atividades da gestão de riscos operacionais, estabelecendo o “mandato interno”, que direciona todas as referidas atividades em nível corporativo, de forma a garantir que os riscos operacionais sejam assumidos, gerenciados e mensurados em concordância com os objetivos de crescimento sustentado. A Diretoria da PLANNER reconhece a gestão de riscos operacionais como parte integrante da governança corporativa, destacando a atuação da área de Compliance e Risco, a qual, em conjunto com as demais áreas, objetiva a adequação, o fortalecimento e o funcionamento do Sistema de Controles Internos, procurando mitigar os riscos de acordo com a complexidade de seus negócios, bem como disseminar a cultura de controles para assegurar o cumprimento de leis e regulamentos existentes. Assim sendo, a PLANNER, ciente da relevância e da atualidade do tema “Gestão de Riscos”, orgulha-se de apoiar um trabalho com a qualidade e a profundidade presentes neste Estudo de Casos. Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 25
  • 27. PricewaterhouseCoopers Obter o equilíbrio entre a exposição aos riscos, as oportunidades e os custos é essencial para garantir a sustentabilidade dos negócios. A PricewaterhouseCoopers, maior “network” de firmas de serviços profissionais do mundo, assessora seus clientes na identificação, na análise e na gestão dos riscos e os auxilia na obtenção desse equilíbrio. Apoiamos o planejamento e a implementação de projetos de governança corporativa e “compliance”, assegurando o cumprimento das leis e regulamentações em seus negócios. Nossos projetos de gestão de riscos focam a transferência de conhecimento e possibilitam aos nossos clientes uma avaliação objetiva dos riscos presentes na estratégia de negócios e nas suas operações. 26 | Estudos dE Casos
  • 28. sabesp A Sabesp é uma empresa de economia mista, capital aberto, com ações negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo e também de Nova Iorque, cujo principal acionista é o governo do Estado de São Paulo. Considerada a Melhor Empresa de Saneamento Ambiental das Américas e uma das mais significativas do mercado, além de ser responsável pelo abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, oferece à sociedade um conjunto completo de soluções ambientais que impulsionam o atendimento às diretrizes estratégicas de universalização e qualidade, crescimento com sustentabilidade, pró- atividade e integração e inovação. O gerenciamento de riscos vem sendo adotado pela empresa com a finalidade de identificar as oportunidades de negócio e preventivamente avaliar os riscos. Sua mensuração é obtida pela combinação das conseqüências de um evento e de sua probabilidade. Por meio de um processo participativo, o corpo gerencial discute e também define alternativas de prevenção, uma prática essencial para a boa governança corporativa e que proporciona melhoria contínua na tomada de decisão e no desempenho empresarial. Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 27
  • 29. 28 | Estudos dE Casos
  • 30. Visão EVolutiVa do ModElo dE GEstão dE RisCos 29