4. O Antigo Regime
Expressão criada a
partir de 1789 pelos
revolucionários
franceses para
caracterizar a
sociedade criticada
pelos iluministas e
contra a qual a
Revolução foi feita.
5. Características
• Absolutismo;
• Forte presença da Igreja;
• Rígida estratificação social;
• Desigualdade e concentração de privilégios;
• Ausência de separação entre as esferas
pública e privada;
6. Sociedade Estamental
Rei
Alta nobreza: príncipes,
Alto clero: cardeais, duques, condes, marqueses,
bispos, etc. etc.
Clero médio: abades e abadessas,
membros dos conselhos, padres de Média nobreza: cavalheiros
paróquias ricas, etc. e nobres de toga.
Baixa nobreza:
Baixo clero: padres,
fidalgos.
frades e freiras.
Ricos: comerciantes, banqueiros,
donos de terras, de títulos de
propriedade, etc.
Níveis modestos:
artesãos, profissionais
liberais, agricultores Pobres: Camponeses,
com terras, etc. jornaleiros,
trabalhadores
urbanos, etc.
7. O jumento santo e a cidade que se
acabou antes de começar
Quem põe ordem no mundo?
Hoje em dia não predomina a visão religiosa, e
sim o entendimento de que os homens são os
responsáveis pela sociedade, por sua ordem e
desordem.
Quais foram os desafios trazidos por essa
mudança de perspectiva para o homem?
BOMENY, Helena; FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos Modernos, Tempos de Sociologia.
8. Séculos XVII e XVIII
Tem início o processo que
resultou no predomínio da
razão sobre a religião.
Ocorre uma
transformação de
valores,
comportamentos e
instituições que
conduzem a um
processo de ‘laicização’
do mundo ocidental.
9. Iluminismo
Também conhecido como Ilustração,
foi definido por Kant como um
processo de “esclarecimento”, a
partir do qual o ser humano sairia de
sua “menoridade” graças ao uso da
razão e ao exercício da liberdade de
pensamento. Sapere aude!
10. Conceito de Iluminismo
Conjunto de idéias,
desenvolvido na Europa
no século XVIII, que
defendia o racionalismo
como valor essencial da
sociedade.
11. Conceito de Iluminismo
Para os filósofos
iluministas a razão
é considerada o
instrumento
fundamental para o
ser humano lidar
com a natureza e a
sociedade.
12. Conceito de Iluminismo
Embora os philosophes não
seguissem uma única e
coerente corrente de
pensamento nem tivessem
um manifesto ou programa
de idéias, todos defendiam
o uso do pensamento
racional e criticavam a
autoridade religiosa e o
autoritarismo de qualquer
tipo, além de se oporem ao
fanatismo.
13. Racionalismo
O Iluminismo pôs abaixo as explicações que o
Cristianismo oferecia sobre a natureza e a
humanidade, estimulando a experiência
científica em todas as áreas.
As transformações verificadas na produção do
conhecimento ao longo do século XVIII
abriram as portas para as invenções que
marcaram o século XIX, considerado o “Século
da Ciência”.
14. Conceito de Racionalismo
Posição filosófica segundo a qual a razão tem
um papel preponderante na aquisição de
conhecimento.
Num sentido mais geral, o racionalismo é a
ideia de que só racionalmente podemos
chegar às verdades acerca do mundo. Tanto a
experiência como a razão são métodos
racionais de aquisição de conhecimento, por
oposição aos processos místicos, como a fé
ou a revelação divina.
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15. Philosophes iluministas
Montesquieu Voltaire Rousseau
Os filósofos iluministas, embora não tenham
sido eles próprios revolucionários, criticaram
frontalmente a sociedade do Antigo Regime e,
sobretudo, as idéias que a justificavam.
Lavoisier Diderot D’Alembert Kant
17. Montesquieu
Charles Louis de Secondat, Barão de
Montesquieu, defendeu a divisão do poder do
Estado em três com a criação dos poderes
executivo, legislativo e judiciário, pois, embora
fosse monarquista, era contrário ao
absolutismo. Defendia ainda que a lei deveria
valer para todas as pessoas, sem exceção.
19. Os Três Poderes
• Legislativo
– Elabora leis que representem os interesses da
sociedade;
• Judiciário
– Interpreta e julga de acordo com as leis
elaboradas pelo poder legislativo e promulgadas
pelo executivo;
• Executivo
– Governa e administra os interesses públicos de
acordo com as leis vigentes.
21. Voltaire
François-Marie Arouet, Voltaire, ficou
conhecido por defender as liberdades civis e
religiosas. Era a favor de uma ‘monarquia
ilustrada’, pois considerava que o Estado não
deveria existir para servir ao rei, mas para
atender às necessidades dos súditos e
defender a ‘felicidade pública’, embora
defendesse apenas a igualdade civil e não a
igualdade social.
22. Monarquia Ilustrada
Assim ficaram conhecidas as casas reais que
praticavam o Despotismo Esclarecido. É a
expressão utilizada para caracterizar reis e
ministros que assimilavam parte das ideias
iluministas para modernizar o Estado,
buscando libertá-lo da influência da religião e
fortalecê-lo economicamente, para reformá-lo
socialmente. Tudo pelo
povo, sem o
povo!
24. Rousseau
Jean-Jacques Rousseau foi o filósofo que mais
influenciou as ações radicais da Revolução
Francesa, antecipando as ideias socialistas que
floresceram no século XIX. Ao contrário de Thomas
Hobbes, afirmava que o homem era naturalmente
bom, embora fosse corrompido pela sociedade, e
defendia a república como a mais perfeita forma
de governo, pois somente nela existiria um Estado
representativo da soberania do povo.
25. O Contrato Social
Do Contrato Social
“... O homem é o
Rousseau
lobo do homem...”
(1762)
Leviathan
Thomas Hobbes
“...o homem é bom
(1651)
por natureza, a
sociedade é quem
o corrompe...”
26. Até Quando?
Gabriel, o Pensador
Com qual(is) dos três filósofos analisados
anteriormente podemos identificar esta música de
Gabriel, o Pensador?
Por que as ideias radicais, embora tenham influenciado
em diversos momentos da Revolução Francesa, logo
foram postas de lado, dando lugar à ideologia liberal?
No mundo contemporâneo, predomina o radicalismo
ou a moderação?
27. L’Enciclopédie
Publicada entre 1751 e
1772, a Enciclopédia
tornou-se o símbolo do
Iluminismo. Organizada
por Denis Diderot e Jean Le
Rond D’Alembert, foi
inspirada na obra inglesa
de Ephraim Chambers,
Cyclopedia: dicionário
universal das ciências e das
artes, publicada em 1728.
28. L’Enciclopédie
Composta por 17 volumes, foi organizada com
base na árvore do conhecimento humano
elaborada por Francis Bacon em 1620, e
tornou-se uma espécie de manifesto do
pensamento iluminista que, em nome da
razão, valorizava o estudo das ciências, das
artes, da geografia, da história, etc., libertando
o conhecimento dos preceitos religiosos.
29. L’Enciclopédie
Com posição nitidamente laica, a obra se
opunha às explicações oferecidas pela religião
para a natureza e a sociedade, afirmando que
o conhecimento era um legado humano e não
um legado divino, além de classificar a religião
como somente mais um entre outros tantos
ramos da filosofia. Apesar de incluída no Index
em 1759, continuou a ser publicada até sua
conclusão, em 1772.
30. Despotismo Esclarecido
Os chamados déspotas esclarecidos
assimilavam parte das ideias iluministas para
modernizar o Estado, buscando libertá-lo da
influência da religião e fortalecê-lo
economicamente, para reformá-lo
socialmente, embora para muitos
historiadores a expressão em si apresente
contradições em seus termos, uma vez que
um déspota não poderia, por definição, ser
esclarecido.
31. Despotismo Esclarecido
Os principais Estados onde ocorreu esta
forma de despotismo foram Espanha,
Portugal, Prússia e Rússia, e funcionou
como um meio de reforçar o
absolutismo.
Na Inglaterra, onde o absolutismo havia
sido extinguido em 1688, não havia
espaço para nenhuma forma de
despotismo.
Na França o absolutismo reinava e as
ideias iluministas, embora dominassem o
cenário, só foram postas em prática com
a Revolução Francesa.
32. Marques de Pombal
Foi o principal ministro de D. José I, em
Portugal, e governou o país com mão de ferro
por 22 anos, até 1777. Pombal foi o principal
responsável pela reconstrução de Lisboa após o
terremoto de 1755 e conduziu a política
econômica de forma a fortalecer as finanças
reais e incentivar o comércio e as manufaturas,
restringindo ainda privilégios da nobreza. Com
intenção de secularizar a sociedade portuguesa,
Pombal confiscou todos os bens da Companhia
de Jesus e reformou o ensino, priorizando as
ciências naturais, a filosofia e a matemática.
33. Marques de Pombal
• Incentivou o comércio e a manufatura no
reino;
• Reforçou os vínculos com as colônias;
• Expulsou os jesuítas e esvaziou o poder da
Inquisição;
• Valorizou os comerciantes, incluindo os
cristãos-novos;
• Desafiou a nobreza tradicional;
• Renovou o sistema educacional.
34. Carlos III da Espanha
Pertencente à dinastia de Bourbon, foi o
responsável pela criação de um sistema de
instrução pública, pela abolição do sistema de
porto único no comércio colonial, pela criação de
companhias de comércio, pela extinção dos
impostos que prejudicavam o mercado interno e
pela restrição de privilégios da nobreza. Assim
como em Portugal, esvaziou o poder da Igreja,
expulsando jesuítas e abolindo as diferenças entre
cristãos-velhos e cristãos-novos. Todavia, manteve
os tribunais da Inquisição, com o objetivo de barrar
as ideias ‘revolucionárias’.
35. Frederico, o Grande
Soberano da Prússia e filósofo iluminista,
Frederico II publicou diversos textos em que
defendia que o dever do rei era servir ao
Estado e o da religião era manter a fé da
população como fonte de solidariedade e
obediência. Organizou o exército e a
burocracia, além de incentivar a manufatura,
o comércio, a agricultura, o ensino público e
as ciências naturais, apesar de preservar ao
máximo a nobreza.
36. Catarina, a Grande
Imperatriz Russa, nascida na Prússia e amiga
de filósofos franceses, organizou um forte
exército, incentivou universidades, estimulou
as ciências naturais, apoiou a agricultura e
adotou uma política de tolerância religiosa.
Por outro lado, seu reinado foi marcado pela
repressão violenta de diversas revoltas, pelo
apoio à nobreza e pela opressão do
campesinato, submetido à corveia obrigatória.
37. Luzes na América
• América Portuguesa
– As ideias iluministas quase não se fizeram
presentes na colônia portuguesa. Nem sequer
havia imprensa, as bibliotecas eram raras e a
importação de livros era controlada por
funcionários da Inquisição. Todavia, algumas
academias literárias surgiram, embora quase
sempre de vida curta.
38. Luzes na América
• América Espanhola
– A produção literária e artística sempre foi
intensa, pois havia imprensa, escolas de
pintura e universidades. Todavia, as ideias
iluministas pouco influenciaram toda esta
atividade cultural. A educação universitária
continuava calcada no ensino de São Tomás
de Aquino e de Aristóteles e tinha como
principal objetivo formar clérigos e
burocratas para a administração colonial.
39. Luzes na América
• América Inglesa
– A influência do iluminismo foi favorecida pela
presença da imprensa, de bibliotecas e de livrarias
em várias cidades, assim como universidades.
Entretanto, as ideias iluministas inglesas
prevaleceram nestas colônias, embora a cultura
francesa também fosse marcante. Nesta parte do
continente surgiu a primeira revolução contra o
sistema colonial mercantilista das Américas e a
primeira revolução baseada nos ideais iluministas
no mundo.
40. HQ’s da História
A turma será dividida em equipes, e cada uma
deverá:
• Construir uma História em Quadrinhos sobre um hipotético
encontro entre os três filósofos iluministas analisados em
aula:
• Montesquieu, Voltaire e Rousseau;
• O fictício encontro poderá ser ambientado em qualquer local
e em qualquer época desejada
• uma Boate, um Bar, uma Igreja, um Programa de TV, um café, um
debate eleitoral, etc.;
41. HQ’s da História
• O assunto abordado deverá ser pensado e escolhido pela
equipe:
• posse de um determinado presidente, proclamações de
independência, proclamações de regimes republicanos, revoluções,
etc.;
• Cada personagem deverá abordar o assunto de acordo com
suas características pessoais e históricas;
• A história idealizada deverá ter alguma ação e poderá ter
personagens secundários que movimentem-na;
• Os personagens centrais não deverão dirigir-se diretamente
ao leitor, explicando suas teorias, mas as mesmas deverão
ficar claras através dos diálogos realizados.
42. HQ’s da História
• As imagens utilizadas na confecção da HQ poderão ser
desenhadas ou construídas através de montagens.
• Todos os recursos disponíveis, digitais ou manuais, deverão
ser utilizados na confecção da mesma.
• Cada equipe deverá entregar duas cópias impressas e uma
cópia digitalizada.
• O tamanho do HQ deverá ser de 21 cm (alt.) e 15 cm (larg.),
ou seja, meia folha de papel A4.
43. HQ’s da História
• A HQ deverá ter, em sua totalidade, 8 páginas distribuídas da
seguinte forma.
• 1ª Página: Capa.
• 2ª Página: Autores e Agradecimentos.
• 3ª Página: Início da História.
• 4 ª e 5ª Páginas: Desenvolvimento da História.
• 6ª Página: Conclusão da História.
• 7ª Página: Bibliografia e Glossário.
• 8ª Página: Contra-capa - catálogo das HQ’s da turma.
44. HQ’s da História
• Cronograma e Metodologia:
• 11/03 – 15/03: A equipe deverá pesquisar a vida e a obra
dos filósofos analisados, e o contexto histórico em que
acontecerá o hipotético encontro.
• 18/03 (segunda-feira) – 21/03 (quinta-feira): A equipe
deverá entregar a sinopse da HQ devidamente digitada,
identificada e formatada. Uma cópia deverá ser enviada
por e-mail neste mesmo prazo.
• 01/04 (segunda-feira) – 04/04 (quinta-feira): A equipe
deverá enviar a capa da HQ, por e-mail e já finalizada, para
a confecção das contra-capas de todas as equipes pelo
professor.
• 08/04 (segunda-feira) – 11/04 (quinta-feira): Entrega das
versões finais impressas e digitalizadas.
45. HQ’s da História
• Toda e qualquer orientação poderá ser dada
pelo professor as quintas-feiras, de 16:30 às
17:50, ou durante toda a semana através do e-
mail luizvalentimjr@gmail.com.
• Nenhum atraso será tolerado no cumprimento
dos prazos.
• Cada atraso resultará em 1,0 ponto a menos
na nota final do trabalho.
46. HQ’s da História
• A distribuição dos pontos do bimestre será
feita da seguinte forma:
• Sinopse: 4,0 pontos;
• HQ: 6,0 pontos;
• A avaliação será feita levando-se em
consideração:
• Sinopse: Coerência textual, correção histórica e
apresentação final.
• HQ: Texto, elementos gráficos, coerência em relação à
sinopse e apresentação final.
47.
48. Bibliografia
• VAINFAS, Ronaldo; FARIA, Sheila • BOMENY, Helena; FREIRE-
de Castro; FERREIRA, Jorge; MEDEIROS, Bianca. Tempos
SANTOS, Georgina. História: o Modernos, Tempos de Sociologia.
longo século XIX. Vol. 2. São São Paulo: Editora do Brasil, 2010.
Paulo: Saraiva, 2010.