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Manual Básico

Apoio:
Criado por Hélder Cardoso
Website: www.lusoaves.com
E-mail: geral@lusoaves.com
www.facebook.com/lusoaves
A criação deste pequeno livro tem como objetivo dar algumas dicas, dentro dos
meus conhecimentos, acerca da manutenção e reprodução de Agapornis em cativeiro.
Esta ideia surgiu depois de conversas com alguns amigos que partilham este gosto, e
outros que gostavam de iniciar a criação destas belas aves, e que, obviamente têm
muitas dúvidas. Assim, pretendo esclarecer algumas mais gerais, e estarei disponível,
através dos contactos indicados, para o esclarecimento de questões mais aprofundadas.
Todos os textos são da minha autoria, sendo que parte das fotos não o são,
contudo são devidamente indicadas as fontes.

2/17
Agapornis_________________________________________________________Pág. 4
Aquisição de Aves__________________________________________________Pág. 8
Sexagem__________________________________________________________Pág. 9
Alojamento_______________________________________________________Pág. 10
Alimentação______________________________________________________Pág. 12
Reprodução_______________________________________________________Pág. 14
Acessórios________________________________________________________Pág. 15
Apoio___________________________________________________________Pág. 17

3/17
Os Agapornis são psitacídeos de pequeno porte por vezes também chamados por
inseparáveis ou aves do amor. São seres um pouco barulhentos e ativos tanto em
cativeiro como na natureza, mas ao mesmo tempo muito dados aos afetos, tanto do
criador como de outras aves. Por este motivo não é aconselhável ter apenas um
exemplo, visto que este se torna triste e um pouco reservado, podendo chegar a morrer.
São aves que na natureza vivem em pequeno bandos, e normalmente em zonas secas e
arborizadas.
Estas têm em média 15 cm de comprimentos (varia de subespécie para
subespécie), e são normalmente muito coloridas.
Existem nove subespécies, sendo que na sua maioria (oito) são originárias do
Continente Africano.

Subespécies:
Roseicolli:

[http://pedroagapito.com.sapo.pt]

Fischeri:

4/17
[www.criaveiro.pt]

Personata:

[www.criaveiro.pt]

Nigrigeni:

[psitacideosbrasil.com.br]
[http://inseparables-cristota.blogspot.pt]
[http://www.quintadaladeira.com]
[http://universodosagapornis.blogspot.pt]

Lilianae:

5/17
[http://ibc.lynxeds.com]

Cana:

[psitacideosbrasil.com.br]

Taranta:

[http://animal-world.com]

Pullaria:

[http://www.ilkacatooa.net]

Swinderniana:

6/17
[psitacideosbrasil.com.br]

7/17
Em primeiro lugar, antes de adquirir as aves, deve certificar-se se tem boas
condições para elas em todos os aspetos, tais como gaiolas apropriadas, boa localização
para elas, disponibilidade de tempo livre suficiente, entre outros. De seguida deve
estudar-se cada subespécie por forma a adquirir as aves que melhor se adaptem ao
criador (ter em conta a subespécie da sua preferência, o valor que está disposto a gastar,
etc) e às condições de que dispõe. Outro aspeto de elevada importância é não se
deixarem levar por impulsos, quando visitam lojas da especialidade ou criadores e vêm
uma (ou várias) aves que gostam, não fazerem compras por impulso, mas sim terem
consciência se têm condições para elas, e se as aves são de qualidade. Desta forma o
melhor é fazer-se acompanhar por algum amigo que já lide com a espécie há algum
tempo, por forma a ajudar na escolha dos exemplares, e na certificação da qualidade das
mesmas. A minha opinião é de evitar comprar aves em lojas, isto porque para além de
serem vendidas a preços elevados, estas andam por vezes em viagem, têm um
alojamento e alimentação deficientes, o que torna a ave mais vulnerável. Desta forma, o
melhor é comprar a criadores, de preferência conhecidos, ainda que por vezes as aves
tenham um custo mais elevado, mas sem dúvida que compensará. Deve visitar-se as
suas instalações para verificar de que forma faz a reprodução, e poder ver os pais de
cada uma das crias que tem para venda, tal como a qualidade dos mesmos. Deve
adquirir-se apenas aves com anilha inviolável, e de preferência de um criador registado
em algum clube Ornitológico.

8/17
Os Agapornis na sua maioria não apresentam dimorfismo sexual (diferenças
físicas entre o macho e a fêmea). Desta forma, ao contrário do que por vezes é dito, a
única forma de garantir o sexo dos Agapornis (que não apresentam dismorfismo) é
através de testes laboratoriais por ADN ou Endoscopia. Isto, partindo do pressuposto
que as aves em questão nunca reproduziram. Desta forma, excetuando nos casos
anteriormente ditos, ninguém pode garantir se as aves são macho ou fêmea. Este é um
dos grandes problemas de quem é iniciante nesta prática, que muitas vezes se deixam
levar por quem lhes dá garantias de serem casal.
São vários os casos de pessoas que me dizem que têm um ou dois casais de
agapornis à dois, três ou quatro anos, que fazem tudo direitinho (comida, água, ninho,
material para o mesmo), mas que nunca puseram um único ovo. Nestes casos, em
princípio o principal (ou único) problema é a sexagem das aves, que é feita por pessoas
(criadores ou funcionários de lojas) que se aproveitam do desconhecimento de causa dos
compradores, para os enganar!
Hoje em dia a maioria dos criadores faz a sexagem das suas aves por ADN, isto
porque é um processo que no final se torna barato, simples e rápido. Eu sou um destes
exemplos, (aconselho todos a fazê-lo) e sexo as minhas aves através da STAB VIDA
(http://www.stabvida.com/geneticaparatodos/sexagem/).

9/17
Em termos de alojamento, em minha opinião o ideal é criar em gaiolas
individuais, e o mínimo aceitável por casal é de 0,6 x 0,4 x 0,4 (largura, cumprimento,
altura [em metros]), sendo que quanto maior, melhor. No caso de as aves passarem todo
o ano na gaiola onde criam, a largura não deve ser muito inferior a um metro.
É aconselhável ter disponível uma voadeira, onde serão postas as aves jovens
depois de separadas dos pais, por forma a proporcionar um maior espaço para voarem,
para assim terem um melhor desenvolvimento, tal como para por os casais reprodutores
na altura de descanso.
Hoje em dia muitos criadores optam por gaiolas feita manualmente, com rede
galvanizada (19 x 19 mm), isto porque ficam a um preço acessível, e podem ser
adaptadas em termos de dimensões, comedouros, posição dos ninhos, entre outros.
No caso de optar por criar em colónia (vários casais no mesmo viveiro), deve
ter-se em consideração alguns aspetos, como por exemplo não por os ninhos muito
próximos, estarem todos à mesma altura, e ter pelo menos um ninho por ave (dois por
casal), por forma a evitar brigas entre as aves. Obviamente, neste caso devemos ter
ainda mais em atenção ao espaço disponível, e ter apenas um número de casais razoável
para este. Em minha opinião, este tipo de criação tem apenas uma vantagem que é o
facto de as aves jovens terem ao seu dispor bastante espaço para voarem, a partir do
momento em que saem dos ninhos. Não é aconselhável criar no mesmo viveiro várias
subespécies de Agapornis, por forma a evitar que estas criem entre si, o que faria com
que nascessem aves hibridas.
Os Agapornis são aves bastante resistentes e temperaturas extremas, pelo que
não há problemas em estarem no exterior, desde que tenham um abrigo para ficarem
durante as noites frias. Em minha opinião, esta localização traz algumas vantagens, tais
como a maior resistência das crias, maior exposição solar, entre outros.

10/17
Em qualquer um dos casos é de evitar que as aves tenham contacto com os seus
excrementos.

11/17
O aspeto da alimentação tem grande relevância para o desenvolvimento e
posterior reprodução dos Agapornis. O princípio básico é as aves terem sempre à
disposição água fresca e limpa, de preferência mudada diariamente, tal como uma boa
mistura de sementes (com o mínimo de pó possível, e com pouco ou nenhum girassol).
Para além disto misturo mensalmente com a água vinagre de cidra (10mL/ L), tal como
de dois em dois meses Complexo B. Forneço frutas, legumes e germinado (mistura de
pombos) com frequência (todas as semanas) tal como sementes germinadas (mistura de
pombos). O osso choco, gritt e papa de ovo (especialmente na altura de criação) também
não faltam nas gaiolas das minhas aves.
IMPORTANTE: No caso de fornecer frutas de caroço, deve retirar-se o mesmo,
isto porque alguns possuem sementes prejudiciais às aves.
Neste momento, e já desde o Verão de 2012, tenho disponível para as aves,
granulado específico para os Agapornis, alimento este que surgiu como substituto às
sementes. Este não é muito bem aceite por algumas aves, e acho que não é
indispensável. Nunca deixarei de alimentar todas as aves à base de mistura de sementes,
sendo o principal motivo (e muito importante), o facto de na altura de vender algumas
aves, estas irem ter uma alteração brusca na sua alimentação, o que seria muito
prejudicial. Seria muito provável que esta alteração acontecesse, isto porque ainda são
raros os criadores que substituíram a mistura de sementes pelo granulado.

12/17
[Mistura de sementes, fruta, legumes, osso choco, gritt, papa de ovo e granulado respetivamente]

13/17
Contrariamente aquilo que muitas vezes é dito, em minha opinião, os Agapornis
são aves fáceis de reproduzir. Estes atingem a sua maturidade sexual cerca dos nove
meses de idade, sendo que a partir dessa altura devemos juntar o casal (caso ainda não
estivesse junto), colocar um ninho de madeira (paralelepipédico de 25x15x15cm [larg x
alt x comp]) e material para colocarem no seu interior (folha de palmeira ou pinheiro).
A partir deste momento as aves ao fim de uns dias irão iniciar apostura do material
dentro do ninho, e consequente postura dos ovos. As crias normalmente nascem 23 dias
depois de porem o segundo ovo, sendo que devem ser anilhadas quando têm cerca de 10
dias, tornam-se independentes quando completam dois meses de idade.
Os Agapornis criam durante todo o ano, sendo que o aconselhável é que façam
apenas 3 posturas, sendo que o ideal é que estejam em repouso pelo menos nos três
meses de Verão. Nesta altura as aves estão a mudar a pena, e por consequência estão
mais debilitadas, acumulando este aspeto com o facto das altas temperaturas sentidas,
seria dramático para as aves estarem ainda fechadas dentro dos ninhos a aquecer os
ovos.

[http://mundodasaves.weebly.com]

14/17
Existem vários acessórios uteis para cada criador, sendo que não são
indispensáveis mas dão bastante ajuda em certas tarefas. De seguida apresento os que
tenho, e que me ajudam no manejo diário das aves:
Mira ovos – Serve para verificar se os ovos estão “galados”, ao fim de alguns
dias depois de postos.

[canariculturatuga.com]

Máquina da limpar sementes – O principal objetivo da sua utilização é a
remoção de casca e pós indesejáveis das sementes das aves, e consequente poupança de
alguns quilos de comida por ano.

[http://ocantinho-da-passarada.blogspot.pt/]

Transportadora – Tal como o nome indica é de elevada utilidade para o
transporte de todo o tipo de aves, isto porque evita o stress das mesmas.

15/17
[http://ocantinho-da-passarada.blogspot.pt/]

Banheiras – Servem para as aves usufruírem de um bom banho durante todo o
ano (as aves saudáveis tomam banho todo o ano), mas especialmente na época de calor.

[www.petvendas.com]

16/17
17/17

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  • 1. Manual Básico Apoio: Criado por Hélder Cardoso Website: www.lusoaves.com E-mail: geral@lusoaves.com www.facebook.com/lusoaves
  • 2. A criação deste pequeno livro tem como objetivo dar algumas dicas, dentro dos meus conhecimentos, acerca da manutenção e reprodução de Agapornis em cativeiro. Esta ideia surgiu depois de conversas com alguns amigos que partilham este gosto, e outros que gostavam de iniciar a criação destas belas aves, e que, obviamente têm muitas dúvidas. Assim, pretendo esclarecer algumas mais gerais, e estarei disponível, através dos contactos indicados, para o esclarecimento de questões mais aprofundadas. Todos os textos são da minha autoria, sendo que parte das fotos não o são, contudo são devidamente indicadas as fontes. 2/17
  • 3. Agapornis_________________________________________________________Pág. 4 Aquisição de Aves__________________________________________________Pág. 8 Sexagem__________________________________________________________Pág. 9 Alojamento_______________________________________________________Pág. 10 Alimentação______________________________________________________Pág. 12 Reprodução_______________________________________________________Pág. 14 Acessórios________________________________________________________Pág. 15 Apoio___________________________________________________________Pág. 17 3/17
  • 4. Os Agapornis são psitacídeos de pequeno porte por vezes também chamados por inseparáveis ou aves do amor. São seres um pouco barulhentos e ativos tanto em cativeiro como na natureza, mas ao mesmo tempo muito dados aos afetos, tanto do criador como de outras aves. Por este motivo não é aconselhável ter apenas um exemplo, visto que este se torna triste e um pouco reservado, podendo chegar a morrer. São aves que na natureza vivem em pequeno bandos, e normalmente em zonas secas e arborizadas. Estas têm em média 15 cm de comprimentos (varia de subespécie para subespécie), e são normalmente muito coloridas. Existem nove subespécies, sendo que na sua maioria (oito) são originárias do Continente Africano. Subespécies: Roseicolli: [http://pedroagapito.com.sapo.pt] Fischeri: 4/17
  • 8. Em primeiro lugar, antes de adquirir as aves, deve certificar-se se tem boas condições para elas em todos os aspetos, tais como gaiolas apropriadas, boa localização para elas, disponibilidade de tempo livre suficiente, entre outros. De seguida deve estudar-se cada subespécie por forma a adquirir as aves que melhor se adaptem ao criador (ter em conta a subespécie da sua preferência, o valor que está disposto a gastar, etc) e às condições de que dispõe. Outro aspeto de elevada importância é não se deixarem levar por impulsos, quando visitam lojas da especialidade ou criadores e vêm uma (ou várias) aves que gostam, não fazerem compras por impulso, mas sim terem consciência se têm condições para elas, e se as aves são de qualidade. Desta forma o melhor é fazer-se acompanhar por algum amigo que já lide com a espécie há algum tempo, por forma a ajudar na escolha dos exemplares, e na certificação da qualidade das mesmas. A minha opinião é de evitar comprar aves em lojas, isto porque para além de serem vendidas a preços elevados, estas andam por vezes em viagem, têm um alojamento e alimentação deficientes, o que torna a ave mais vulnerável. Desta forma, o melhor é comprar a criadores, de preferência conhecidos, ainda que por vezes as aves tenham um custo mais elevado, mas sem dúvida que compensará. Deve visitar-se as suas instalações para verificar de que forma faz a reprodução, e poder ver os pais de cada uma das crias que tem para venda, tal como a qualidade dos mesmos. Deve adquirir-se apenas aves com anilha inviolável, e de preferência de um criador registado em algum clube Ornitológico. 8/17
  • 9. Os Agapornis na sua maioria não apresentam dimorfismo sexual (diferenças físicas entre o macho e a fêmea). Desta forma, ao contrário do que por vezes é dito, a única forma de garantir o sexo dos Agapornis (que não apresentam dismorfismo) é através de testes laboratoriais por ADN ou Endoscopia. Isto, partindo do pressuposto que as aves em questão nunca reproduziram. Desta forma, excetuando nos casos anteriormente ditos, ninguém pode garantir se as aves são macho ou fêmea. Este é um dos grandes problemas de quem é iniciante nesta prática, que muitas vezes se deixam levar por quem lhes dá garantias de serem casal. São vários os casos de pessoas que me dizem que têm um ou dois casais de agapornis à dois, três ou quatro anos, que fazem tudo direitinho (comida, água, ninho, material para o mesmo), mas que nunca puseram um único ovo. Nestes casos, em princípio o principal (ou único) problema é a sexagem das aves, que é feita por pessoas (criadores ou funcionários de lojas) que se aproveitam do desconhecimento de causa dos compradores, para os enganar! Hoje em dia a maioria dos criadores faz a sexagem das suas aves por ADN, isto porque é um processo que no final se torna barato, simples e rápido. Eu sou um destes exemplos, (aconselho todos a fazê-lo) e sexo as minhas aves através da STAB VIDA (http://www.stabvida.com/geneticaparatodos/sexagem/). 9/17
  • 10. Em termos de alojamento, em minha opinião o ideal é criar em gaiolas individuais, e o mínimo aceitável por casal é de 0,6 x 0,4 x 0,4 (largura, cumprimento, altura [em metros]), sendo que quanto maior, melhor. No caso de as aves passarem todo o ano na gaiola onde criam, a largura não deve ser muito inferior a um metro. É aconselhável ter disponível uma voadeira, onde serão postas as aves jovens depois de separadas dos pais, por forma a proporcionar um maior espaço para voarem, para assim terem um melhor desenvolvimento, tal como para por os casais reprodutores na altura de descanso. Hoje em dia muitos criadores optam por gaiolas feita manualmente, com rede galvanizada (19 x 19 mm), isto porque ficam a um preço acessível, e podem ser adaptadas em termos de dimensões, comedouros, posição dos ninhos, entre outros. No caso de optar por criar em colónia (vários casais no mesmo viveiro), deve ter-se em consideração alguns aspetos, como por exemplo não por os ninhos muito próximos, estarem todos à mesma altura, e ter pelo menos um ninho por ave (dois por casal), por forma a evitar brigas entre as aves. Obviamente, neste caso devemos ter ainda mais em atenção ao espaço disponível, e ter apenas um número de casais razoável para este. Em minha opinião, este tipo de criação tem apenas uma vantagem que é o facto de as aves jovens terem ao seu dispor bastante espaço para voarem, a partir do momento em que saem dos ninhos. Não é aconselhável criar no mesmo viveiro várias subespécies de Agapornis, por forma a evitar que estas criem entre si, o que faria com que nascessem aves hibridas. Os Agapornis são aves bastante resistentes e temperaturas extremas, pelo que não há problemas em estarem no exterior, desde que tenham um abrigo para ficarem durante as noites frias. Em minha opinião, esta localização traz algumas vantagens, tais como a maior resistência das crias, maior exposição solar, entre outros. 10/17
  • 11. Em qualquer um dos casos é de evitar que as aves tenham contacto com os seus excrementos. 11/17
  • 12. O aspeto da alimentação tem grande relevância para o desenvolvimento e posterior reprodução dos Agapornis. O princípio básico é as aves terem sempre à disposição água fresca e limpa, de preferência mudada diariamente, tal como uma boa mistura de sementes (com o mínimo de pó possível, e com pouco ou nenhum girassol). Para além disto misturo mensalmente com a água vinagre de cidra (10mL/ L), tal como de dois em dois meses Complexo B. Forneço frutas, legumes e germinado (mistura de pombos) com frequência (todas as semanas) tal como sementes germinadas (mistura de pombos). O osso choco, gritt e papa de ovo (especialmente na altura de criação) também não faltam nas gaiolas das minhas aves. IMPORTANTE: No caso de fornecer frutas de caroço, deve retirar-se o mesmo, isto porque alguns possuem sementes prejudiciais às aves. Neste momento, e já desde o Verão de 2012, tenho disponível para as aves, granulado específico para os Agapornis, alimento este que surgiu como substituto às sementes. Este não é muito bem aceite por algumas aves, e acho que não é indispensável. Nunca deixarei de alimentar todas as aves à base de mistura de sementes, sendo o principal motivo (e muito importante), o facto de na altura de vender algumas aves, estas irem ter uma alteração brusca na sua alimentação, o que seria muito prejudicial. Seria muito provável que esta alteração acontecesse, isto porque ainda são raros os criadores que substituíram a mistura de sementes pelo granulado. 12/17
  • 13. [Mistura de sementes, fruta, legumes, osso choco, gritt, papa de ovo e granulado respetivamente] 13/17
  • 14. Contrariamente aquilo que muitas vezes é dito, em minha opinião, os Agapornis são aves fáceis de reproduzir. Estes atingem a sua maturidade sexual cerca dos nove meses de idade, sendo que a partir dessa altura devemos juntar o casal (caso ainda não estivesse junto), colocar um ninho de madeira (paralelepipédico de 25x15x15cm [larg x alt x comp]) e material para colocarem no seu interior (folha de palmeira ou pinheiro). A partir deste momento as aves ao fim de uns dias irão iniciar apostura do material dentro do ninho, e consequente postura dos ovos. As crias normalmente nascem 23 dias depois de porem o segundo ovo, sendo que devem ser anilhadas quando têm cerca de 10 dias, tornam-se independentes quando completam dois meses de idade. Os Agapornis criam durante todo o ano, sendo que o aconselhável é que façam apenas 3 posturas, sendo que o ideal é que estejam em repouso pelo menos nos três meses de Verão. Nesta altura as aves estão a mudar a pena, e por consequência estão mais debilitadas, acumulando este aspeto com o facto das altas temperaturas sentidas, seria dramático para as aves estarem ainda fechadas dentro dos ninhos a aquecer os ovos. [http://mundodasaves.weebly.com] 14/17
  • 15. Existem vários acessórios uteis para cada criador, sendo que não são indispensáveis mas dão bastante ajuda em certas tarefas. De seguida apresento os que tenho, e que me ajudam no manejo diário das aves: Mira ovos – Serve para verificar se os ovos estão “galados”, ao fim de alguns dias depois de postos. [canariculturatuga.com] Máquina da limpar sementes – O principal objetivo da sua utilização é a remoção de casca e pós indesejáveis das sementes das aves, e consequente poupança de alguns quilos de comida por ano. [http://ocantinho-da-passarada.blogspot.pt/] Transportadora – Tal como o nome indica é de elevada utilidade para o transporte de todo o tipo de aves, isto porque evita o stress das mesmas. 15/17
  • 16. [http://ocantinho-da-passarada.blogspot.pt/] Banheiras – Servem para as aves usufruírem de um bom banho durante todo o ano (as aves saudáveis tomam banho todo o ano), mas especialmente na época de calor. [www.petvendas.com] 16/17
  • 17. 17/17