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Edição Montenegro Jul/14 
Médica Lúcia Naomi Takimi
MANHÃ 
CA colo uterino 
TARDE 
CA Mama
 Tema: Câncer de Colo de Útero e Mama 
 Recepção e credenciamento dos alunos 
 Apresentação dos alunos 
 Apresentação da proposta da Linha de Cuidado da Saúde da Mulher 
 Rastreio Organizado 
 Construção de Redes de Cuidado 
CA COLO UTERINO 
 Conceitos e Epidemiologia 
 Exame Ginecológico 
 Acompanhamento conforme resultado do CP 
 Tratamento do CA de colo de útero 
 Prevenção: Vacina HPV 
 Discussão de casos e questionários situacionais 
 Avaliação
 Ampliar a cobertura de exame 
citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos. 
 Tratar 100% das mulheres com diagnóstico de 
lesões precursoras de câncer.
 As linhas de cuidado são estratégias de estabelecimento do 
“percurso assistencial” com o objetivo de organizar o fluxo 
dos indivíduos, de acordo com suas necessidades.
Tem a finalidade de assegurar à mulher: 
 o acesso humanizado e integral às ações e 
aos serviços qualificados para promover a 
prevenção do câncer do colo do útero 
 acesso ao rastreamento das lesões 
precursoras 
 ao diagnóstico precoce 
 ao tratamento adequado, qualificado e em 
tempo oportuno.
 Fortalecer e ampliar o acesso às informações 
sobre o câncer do colo do útero para todas as 
mulheres, ressaltando que o câncer do colo do 
útero é prevenível pela detecção e pelo 
tratamento das lesões precursoras que 
antecedem, em muitos anos, o câncer. 
 Estruturar os serviços de saúde para rastrear 
todas as mulheres de 25 a 64 anos a cada três 
anos, além de atender todas as mulheres que 
apresentam sinais de alerta. 
 Acompanhar e tratar todas as mulheres 
positivas, segundo as Diretrizes Brasileiras para o 
Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (INCA, 
2011a).
 Garantia de citologias de alto padrão. 
 Garantir referência para cito e 
histopatologia.
 Garantia do acesso ao tratamento adequado 
da lesão precursora em tempo oportuno. 
 Definir e pactuar que a unidade de 
referência deve realizar todos os 
procedimentos: colposcopia, biópsia, 
conização e utilizar o método “ver e tratar”. 
 Implantar centros qualificadores de 
ginecologistas para atuarem na unidade de 
referência para diagnóstico e tratamento da 
lesão precursora.
 Definir e pactuar serviços terciários para 
procedimentos especializados, como 
conização, quimioterapia e radioterapia. 
 Garantir que todas as mulheres iniciem seu 
tratamento o mais breve possível. 
 Permitir que as mulheres com câncer do colo 
de útero sejam acompanhadas por uma 
equipe multidisciplinar especializada.
 Garantir que toda mulher com câncer do colo de 
útero receba cuidados em um ambiente 
hospitalar que acolha suas expectativas e 
respeite sua autonomia, dignidade e 
confidencialidade. 
 Garantir que todo hospital que trata câncer do 
colo do útero tenha Registro Hospitalar de 
Câncer em atividade. 
 Garantir que toda mulher com câncer do colo do 
útero tenha direito aos cuidados paliativos para 
o adequado controle dos sintomas e suporte 
social, espiritual e psicológico.
 A oferta de exames pelo SUS atualmente seria 
suficiente para a cobertura da população 
feminina na faixa etária prioritária, porém 
observa-se que grande parte dos exames são 
ofertados como repetições desnecessárias em 
intervalos menores do que o recomendado. 
 No Brasil, expansão de oferta não trouxe queda 
na mortalidade. 
 A questão é: qual a estratégia para reduzir o 
número das que NUNCA receberam o teste?
 1. Sistema de Informação de base 
populacional: 
 CADASTRO 
 E-SUS 
 CARTÃO SUS 
 2.Uso de evidências científicas: 
 População alvo 
 Intervalo para realização do exame de rastreio 
 Guias clínicos para o manejo dos casos suspeitos
 3. Recrutamento das mulheres em falta com 
o rastreamento: 
 VIGILÂNCIA EM SAÚDE. 
 “Lista de mulheres sem CP na idade 
preconizada”- SIS 
 4. Garantia da abordagem necessária para 
mulheres com exames alterados. 
 Referência para Diagnóstico e Tratamento 
 Vigilância em saúde 
 “Lista de mulheres com alterações no CP”- SIS 
 Seguimento de mulheres com exames alterados 
pelas equipes.
 5. Garantia de qualidade dos procedimentos. 
 Monitoramento e avaliação das atividades 
 Seguimento de mulheres com exames alterados. 
 Monitoramento da qualidade dos laboratórios.
 Equipe conhece a sua população; 
 Cadastro sistemático de todos os usuários da sua 
área adscrita; 
 A partir desse cadastro, a equipe deve conseguir 
identificar todas as mulheres da faixa etária 
prioritária; 
 Identificar as mulheres que têm risco 
aumentado para a doença;
 Avaliar a cobertura do exame 
 Avaliar os resultados dos exames e dos 
exames insatisfatórios. 
 Caso o resultado determine encaminhamento 
a outro serviço, é necessário que a equipe 
acompanhe essa mulher, verificando a 
adesão ao tratamento;
 Há boas evidências para se incluir o exame 
de prevenção e detecção precoce do câncer 
de colo uterino no exame de saúde de 
mulheres sexualmente ativas. 
 Quando o rastreamento apresenta boa 
cobertura – 80% – e é realizado dentro de 
padrões de qualidade, modifica efetivamente 
as taxas de incidência e mortalidade por esse 
câncer.
A importância epidemiológica do câncer 
no Brasil e sua magnitude social, as 
condições de acesso da população 
brasileira à atenção oncológica, os custos 
cada vez mais elevados na alta 
complexidade refletem a necessidade de 
estruturar uma rede de serviços 
regionalizada e hierarquizada que garanta 
atenção integral à população.
Os elevados índices de incidência e 
mortalidade por câncer do colo do 
útero e da mama no Brasil justificam a 
implantação de estratégias efetivas de 
controle dessas doenças que incluam 
ações de promoção à saúde, prevenção 
e detecção precoce, tratamento e de 
cuidados paliativos, quando esses se 
fizerem necessários.
Portanto, é de fundamental 
importância a organização da 
Atenção Básica, enfatizando a 
atenção integral à saúde da mulher, 
que garanta ações relacionadas ao 
controle dos cânceres do colo do 
útero e da mama como o acesso à 
rede de serviços quantitativa e 
qualitativamente, capazes de suprir 
essas necessidades.
1. Mapeamento da rede - conhecer os possíveis 
envolvidos e a rede de serviços. 
2. Articulação da rede - estabelecer contatos 
3. Planejamento integrado - visando projetar 
ações comuns, definir possibilidades de 
intervenção, pactuar funções, construir 
estratégias. 
4. Avaliação
 Integração 
 Cooperação 
 Co-responsabilidade 
É uma forma de gestão compartilhada do 
problema que possibilita a superação de 
práticas fragmentadas.
Lembrando que... 
A Atenção Básica tem, entre suas 
atribuições, o papel de coordenadora do 
cuidado e ordenadora das redes de 
atenção à saúde. 
Nesse sentido, ela acompanha os usuários 
longitudinalmente, mesmo quando ele 
demanda de um serviço especializado ou 
de uma internação.
• Conhecimento da legislação. Por exemplo: 
 Direito a prevenção - Lei 11.664 de 
abr/2008 assegura a realização de exame 
citopatológico de todas mulheres que 
tenham iniciado vida sexual, independente 
da idade e direito a mamografia a partir dos 
40 anos. Entre outras especificidades. 
 Direito a tratamento - Lei 12. 732 de 
nov/2012–fixa o prazo máximo para início do 
tratamento do câncer no SUS em 60 dias.
 O câncer de colo de útero é o câncer da área 
genital mais frequente em países em 
desenvolvimento, e em algumas nações a sua 
prevalência ultrapassa a soma de todos os 
tumores que ocorrem na mulher. 
 Já em países desenvolvidos, a frequência do 
câncer de corpo uterino é apenas superada 
pela de mama e de cólon.
Região Taxa Incidência CA colo de útero/ 
100.000 mulheres 
Mundo 15,3 
América do Norte 5,7 
América do Sul 24,1 
África 25,2 
África subsaariana 31,7 
Europa 10,5 
Europa Oeste 6,9 
Brasil 24,1 
Internacional Agency for Research on Cancer
Taxa bruta de incidência e de mortalidade de 
CA colo de útero por 100.000 mulheres, por 
regiões do Brasil. 
Região Incidência Mortalidade 
Norte 22,82 6,04 
Nordeste 18,42 5,38 
Centro-Oeste 19,85 5,49 
Sudeste 16,44 4,26 
Sul 21,47 4,76 
Brasil, Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer
 O colo (cérvix, cérvice) consiste no terço 
inferior do útero da mulher adulta, tem 
forma cilíndrica e é revestido por epitélio 
escamoso na superfície junto à vagina 
(ectocérvice) e por epitélio glandular no seu 
canal (endocérvice). 
 O câncer do colo do útero é caracterizado 
pela replicação desordenada do epitélio de 
revestimento do órgão, comprometendo o 
tecido subjacente (estroma) e podendo 
invadir estruturas e órgãos contíguos ou à 
distância.
ANTES DA PUBERDADE 
PERÍODO REPRODUTIVO 
PERÍODO GESTACIONAL 
PERÍODO PERIMENOPÁUSICO 
PERÍODO MENOPÁUSICO
 Nessa situação, o epitélio colunar fica em 
contato com um ambiente vaginal ácido, hostil a 
essas células. Assim, células subcilíndricas, de 
reserva, bipotenciais, por meio de metaplasia, 
se transformam em células mais adaptadas 
(escamosas), dando origem a um novo epitélio, 
situado entre os epitélios originais, chamado de 
terceira mucosa ou zona de transformação. 
 Nessa região pode ocorrer obstrução dos ductos 
excretores das glândulas endocervicais 
subjacentes, dando origem a estruturas císticas 
sem significado patológico, chamadas de Cistos 
de Naboth.
NOVA JEC 
ANTIGA JEC 
ZONA DE TRANSFORMAÇÃO
Precocidade de 
relações sexuais 
(< 14 anos) 
 Múltiplos parceiros
Gravidez precoce 
(< 20 anos) 
 Multiparidade
Parceiro de alto 
risco 
Doenças 
sexualmente 
transmissíveis
 Baixo nível 
socioeconômico
 Baixa imunidade
 Uso prolongado de 
anticoncepcionais 
orais 
Tabagismo
Radiação prévia  Deficiência de 
vitaminas A, C e E
 INFECÇÕES VIRAIS 
 Herpes simples tipo 2 
 Papilomavírus humano (HPV)
 Há duas principais categorias de carcinomas 
invasores do colo do útero, dependendo da 
origem do epitélio comprometido: 
 carcinoma epidermoide, tipo mais incidente 
e que acomete o epitélio escamoso 
(representa cerca de 80% dos casos), que se 
inicia no epitélio metaplásico (zona de 
transformação). 
 O carcinoma epidermoide é facilmente 
detectável nas formas pré-invasoras de NIC, o 
que favorece sua prevenção. 
 adenocarcinoma, tipo mais raro e que 
acomete o epitélio glandular (10% dos casos).
É uma doença: 
 de desenvolvimento lento; 
 raro em mulheres até 30 anos e sua 
incidência aumenta progressivamente até ter 
seu pico na faixa de 45 a 50 anos; 
 que a mortalidade aumenta 
progressivamente a partir da quarta década 
de vida; 
 que pode cursar sem sintomas em fase 
inicial;
 Evolui para quadros de: 
 sangramento vaginal intermitente ou após a 
relação sexual; 
 secreção vaginal anormal; 
 dor abdominal associada com queixas 
urinárias ou intestinais nos casos mais 
avançados.
 Exame físico geral: perda de peso, linfadenopatia 
inguinal, edema de membros inferiores, ascite, 
derrame pleural ou hepatomegalia. 
 Exame pélvico: na fase precoce pode revelar uma 
cérvice que parece normal, principalmente se a 
lesão for endocervical. Doença visível pode ter 
várias apresentações: ulcerativa, exofítica, 
granular ou necrótica. A lesão pode envolver a 
porção superior da vagina. A cérvice pode estar 
distorcida ou completamente preenchida pelo 
tumor. 
 Exame retovaginal: essencial para determinar a 
extensão do envolvimento. O grau de expansão 
cervical e invasão do paramétrio são mais 
facilmente detectados com um toque retal, assim 
como a extensão para os ligamentos uterosacrais.
Pre-Invasive CancerInvasive 
Cancer 
Normal Câncer Pré-Invasivo Câncer Invasor
 Invasão direta do estroma cervical, vagina 
e paramétrios. 
 Acometimento linfático pélvico e então 
LN paraaórticos. 
 Disseminação hematogênica, como 
pulmões, fígado e ossos.
 Citopatológico 
 Colposcopia 
 Biópsia cervical e curetagem endocervical
 Além do rastreamento a nível populacional, é necessário que 
mulheres com exame alterado recebam tratamento adequado. 
Porém, supõe-se que um percentual significativo de mulheres que 
são encaminhadas para avaliação colposcópica não chega a fazê-la, 
e o sistema de saúde também não é eficiente para controlar 
adequadamente esse evento - Rede de atenção à saúde. 
Zeferino, 2008
 O método de rastreamento do câncer do colo 
do útero no Brasil é o exame citopatológico 
(exame de Papanicolau) convencional. 
 Oferecido às mulheres na faixa etária de 25 
a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. 
 Repetição do exame Papanicolaou a cada 
três anos, após dois exames normais 
consecutivos realizados com um intervalo 
de um ano. 
 A repetição em um ano após o primeiro teste tem 
como objetivo reduzir a possibilidade de um 
resultado falso-negativo na primeira rodada do 
rastreamento.
Além da baixa incidência de câncer em 
mulheres jovens, há evidências de que o 
rastreamento em mulheres com menos de 25 
anos seja menos eficiente do que em 
mulheres mais maduras. 
 O tratamento de lesões precursoras do 
câncer do colo em adolescentes e mulheres 
jovens está associado ao aumento da 
morbidade obstétrica e neonatal, como 
parto prematuro
 O início mais precoce representaria um 
importante aumento de diagnósticos de 
lesões de baixo grau, consideradas não 
precursoras e representativas apenas da 
manifestação citológica da infecção pelo 
HPV, que têm grande probabilidade de 
regressão e resultariam em um número 
significativo de colposcopias e 
procedimentos diagnósticos e 
terapêuticos desnecessários.
 Impacto psíquico que o diagnóstico de uma 
doença sexualmente transmissível e 
precursora do câncer terá em adolescentes e 
adultas jovens na construção da autoimagem 
e da sexualidade; 
 Lembre-se: 
 Mulheres jovens sexualmente ativas devem ser 
orientadas sobre anticoncepção, doenças 
sexualmente transmissíveis e práticas de sexo 
seguro. 
 Essas medidas podem ser implementadas sem a 
necessidade da inclusão no programa de 
rastreamento.
 Dr. George Nicholas Papanicolaou 
 Inicialmente estudava o status hormonal através 
de esfregaço vaginal. 
 Encontrou células cancerosas numa lâmina 
contendo amostra do útero de uma mulher. 
 Dr. George Papanicolaou relatou a utilidade da 
técnica para detectar células neoplásicas em 
1941. 
 A partir de 1950, a técnica tornou-se 
amplamente utilizada como rastreio.
 Além da coleta e fixação adequadas e do 
cuidadoso transporte da lâmina, o 
laboratório responsável pela leitura e 
interpretação deve ser qualificado e possuir 
sistema de comunicação de resultados 
eficiente. 
 Havendo falhas em uma dessas áreas, a 
eficácia do exame diminui e o rastreamento 
tem impacto inferior ao esperado. (PESSINI 
et al., 2013)
 O rastreamento de mulheres 
imunodeprimidas (usuária crônica de 
corticóides orais, transplantada, em 
tratamento com quimioterapia ou portadoras 
do vírus HIV) constitui uma situação especial, 
pois, em função da defesa imunológica 
reduzida e, consequentemente, da maior 
vulnerabilidade para as lesões precursoras do 
câncer do colo do útero, o exame deve ser 
realizado: 
 logo após o início da atividade sexual, com 
intervalo semestral 
 após dois exames normais consecutivos, 
periodicidade anual.
 Gestantes: seguir as recomendações de periodicidade 
e faixa etária como para as demais mulheres, sendo 
que a procura ao serviço de saúde para realização de 
pré-natal deve sempre ser considerada uma 
oportunidade para o rastreio; 
 Mulheres na pós-menopausa, sem história de 
diagnóstico ou tratamento de lesões precursoras do 
câncer do colo uterino, apresentam baixo risco para 
desenvolvimento de câncer. O rastreamento citológico 
em mulheres na menopausa pode levar a resultados 
falso-positivos causados pela atrofia secundária ao 
hipoestrogenismo, gerando ansiedade na paciente e 
procedimentos diagnósticos desnecessários.
 Tratamento da colpite atrófica 
 Creme de estrogênios conjugados 0,5g ou 
 Creme de estriol 1g 
 Aplicação vaginal, de preferência à noite, 
por um a três meses. Podem ser usados em 
dois esquemas alternativos: 
 Durante 21 dias, com intervalo de 7 dias OU 
 Duas vezes por semana, sempre nos mesmos dias 
 A nova citologia será coletada após 7 dias da 
parada do uso.
Não devem ser incluídas no rastreamento 
mulheres sem história de atividade sexual 
ou submetidas a histerectomia total por 
outras razões que não o câncer do colo do 
útero 
 É importante destacar que a priorização 
de uma faixa etária não significa a 
impossibilidade da oferta do exame para 
as mulheres mais jovens ou mais velhas.
Na prática assistencial, a anamnese 
bem realizada e a escuta atenta 
para reconhecimento dos fatores de 
risco envolvidos e do histórico 
assistencial da mulher são 
fundamentais para a indicação do 
exame de rastreamento.
 8% escapam à detecção citológica 
- limitações na técnica citológica 
- lesões com comportamento maligno agressivo 
 22% representam mulheres que desenvolvem câncer 
cervical devido a falência no seguimento do 
citopatológico: mulheres cujos cânceres poderiam ser 
prevenidos com a detecção precoce e tratamento.
 Baixa sensibilidade: 51% 
 Frequência de falsos negativos são devido 
a falha na coleta, fixação inadequada ou 
problemas de interpretação. 
 Grande grupo populacional para rastreio X 
rastreio de grupo de alto risco 
 Sem consenso sobre a testagem
 A utilização de lubrificantes, espermicidas ou 
medicamentos vaginais deve ser evitada por 48 
horas antes da coleta, pois essas substâncias 
recobrem os elementos celulares dificultando a 
avaliação microscópica, prejudicando a 
qualidade da amostra para o exame 
citopatológico. 
 A realização de exames intravaginais, como a 
ultrassonografia, também deve ser evitada nas 
48 horas anteriores à coleta, pois é utilizado gel 
para a introdução do transdutor.
 Embora usual, a recomendação de abstinência 
sexual prévia ao exame só é justificada quando são 
utilizados preservativos com lubrificante ou 
espermicidas. Na prática a presença de 
espermatozoides não compromete a avaliação 
microscópica. 
 O exame não deve ser feito no período menstrual, 
pois a presença de sangue pode prejudicar o 
diagnóstico citopatológico. Deve-se aguardar o 
quinto dia após o término da menstruação. 
 No caso de sangramento vaginal anormal, o exame 
ginecológico é mandatório e a coleta, se indicada, 
pode ser realizada. 
 Não se recomenda o uso de lubrificantes para a 
introdução do espéculo, pois essas substâncias 
podem interferir na avaliação de secreções.
 Primeiro se faz a inspeção genital, observando-se 
distribuição de pelos, trofismo vulvar, lesões de 
pele, alterações de cor, cicatrizes e tumorações. 
 Inspecionam-se os pequenos e grandes lábios, 
clitóris, uretra, hímen e região anal. 
 Avalia-se através da manobra de Valsalva possíveis 
prolapsos em parede anterior (cistocele), posterior 
(retocele), uretra (uretrocele) ou colo uterino 
(prolapso uterino ou de cupúla caso a mulher seja 
histerectomizada). Observa-se, neste momento, 
alguma perda de urina ou presença de secreções.
 Com a mão enluvada, procede-se o 
afastamento dos pequenos lábios e a 
introdução do espéculo na vagina; 
 O tamanho do espéculo deve ser ajustado 
para cada mulher. 
 É preciso ter cuidado com o uso de luvas, 
colocando-as e retirando-as no momento 
adequado, evitando a contaminação de 
objetos.
 Com a extremidade da espátula de Ayre (em 
rabo de peixe), procede-se a realização da 
coleta de material. A parte maior da 
espátula é colocada sobre o orifício cervical 
externo e girada 360º com o objetivo de 
coletar células da junção escamocolunar 
(JEC), área em que os dois epitélios 
(escamoso e glandular) se encontram e de 
maior ocorrência de alterações neoplásicas e 
pré-neoplásicas. 
 A coleta com a escova endocervical é 
necessária quando a JEC não for visível.
NOVA JEC 
ANTIGA JEC 
ZONA DE TRANSFORMAÇÃO
 Uma boa amostra cervical inclui o epitélio 
escamoso (ectocérvice) e epitélio colunar 
(endocérvice) e, principalmente, a zona de 
transformação, onde a maioria das 
neoplasias surgem.
 O material retirado é distendido, de forma que 
se obtenha um esfregaço fino e uniforme, o da 
espátula na metade superior ou esquerda e da 
escova na metade inferior ou direita de uma 
lâmina única, devidamente identificada; 
 A fixação deve ser imediata, com a solução 
fixadora; 
 A lâmina é colocada em recipiente específico 
identificado (em geral caixa de lâminas), com a 
face contendo o material distendido sem contato 
direto com superfícies, e encaminhada ao 
laboratório para análise citopatológica.
Espátula 
Escova Endocervical 
Espátula 
Escova Endocervical 
Espátula 
Escova Endocervical
 Evitar cremes ou géis 
 Correto timing do esfregaço 
 Remover o excesso de muco 
 Escolha do material para coleta 
 Distensão correta 
 Rápida fixação (<10 seg)
 INFECÇÕES: 
Trichomonas vaginalis: Metronidazol 400mg 2XD; 
OU Doxacilina100mg 2XD, por 1 sem) 
Infecções fúngicas: Antifúngicos 
Vaginose bacteriana (Metronidazol, Clindamicina) 
Herpes simplex : Aciclovir 
 Repita CP em 6-8 sem; se alteração 
persistir em 3 ocasiões, encaminhar 
para colposcopia.
O teste de Schiller e o exame de 
toque não devem ser realizados 
antes da coleta. 
O exame não oferece risco na 
gravidez, tanto para gestante 
como para o feto.
 Após a coleta das secreções e do esfregaço 
para o citopatológico, procede-se a aplicação 
de ácido acético (1 a 5%) no colo uterino, 
com nova inspeção do colo após 2 a 4 min, 
com a finalidade de detectar lesões que 
fiquem destacadas (mais brancas e brilhantes 
ou leucoacéticas).
 Em seguida, aplica-se solução de lugol no colo 
uterino para o teste de Schiller. 
 Se o colo se cora de maneira uniforme e é 
escuro, o teste é considerado normal (iodo 
positivo ou Schiller negativo). 
 Se houver áreas do epitélio escamoso que não se 
coram (iodo negativo ou Schiller positivo), o 
exame é considerado alterado. 
 Em algumas situações fisiológicas em que a 
mucosa vaginal está atrófica (menopausa, 
amamentação), a coloração não é uniforme ou 
adquire tonalidade mais clara (iodo-claro), não 
caracterizando alerta para lesão.
 Versão em português disponível. 
 Inspeção visual com lugol e ácido acético. 
 http://screening.iarc.fr/digital/cdVILIpt/cdV 
ILIpt.html 
 http://screening.iarc.fr/digital/cdVIApt/cdVI 
Apt.html
 5A- Repetir o CP 
 Exame insatisfatório, repetir o CP dentro de um 
período entre 6-12 semanas com correção, 
quando possível do problema que motivou o 
resultado insatisfatório. Considerar presença de 
infecções vaginais ou atrofia por baixa de 
estrogênio, caso presentes tratar antes de 
repetir a coleta. 
 A presença do processo inflamatório intenso 
prejudica a qualidade da amostra. O tratamento 
DST diminui o risco de insatisfatoriedade da 
lâmina. 
 Deve ser explicado à mulher que o motivo da 
repetição não é por alteração patológica 
relacionada ao câncer.
Papanicolaou 
(1941) 
OMS 
(1952) 
Richart 
(1967) 
Brasil 
(2006) 
Classe I --- --- Normal 
Classe II --- --- Alterações 
benignas 
--- --- --- Atipias de 
significado 
indeterminado 
Classe III Displasia leve 
Displasia moderada 
Displasia acentuada 
NIC I 
NIC II 
NIC III 
LSIL 
HSIL 
HSIL 
Classe IV Carcinoma in situ NIC III HSIL 
Adenocarcinoma in situ 
Classe V Carcinoma invasor Carcinoma 
invasor 
Carcinoma 
invasor
 7A- ASC-US 
 É a sigla para células escamosas atípicas de significado 
indeterminado, possivelmente não neoplásicas. É a alteração 
citológica mais descrita nos laudos de CP 
 Há uma correlação com doença de baixa gravidade para a 
maioria das mulheres, logo, conduta conservadora pouco 
invasiva é recomendável. Fatores como idade da mulher e a 
realização de rastreio citológico prévio devem ser considerados 
nessa decisão. Alem desses aspectos, deve-se considerar que a 
lesão invasora do colo do útero é claramente mais prevalente na 
quarta e quinta década de vida da mulher. 
 Para um resultado ASC-US, a recomendação na mulher com 30 
anos ou mais será a repetição do CP em um intervalo de 6 
meses, precedida, quando necessário, do tratamento de 
processos infecciosos e de melhora do trofismo genital, com 
preparo estrogênico após a menopausa. 
 Mulheres com idade inferior a 30 anos, repetir o CP no intervalo 
de 12 meses.
 7A- ASC-US 
 Se dois exames CP subsequentes com intervalo de 6 
meses (ou 12 meses, se <30anos), forem negativos, a 
paciente deverá retornar à rotina de rastreamento 
citológico trienal, porém se o resultado de alguma 
citologia de repetição for igual ou mais significativa, 
a paciente deverá ser encaminhada para 
colposcopia. 
 Na colposcopia sem alterações, o retorno ao rastreio 
está recomendado com intervalo semestral ou anual, 
dependendo da faixa etária. Se resultado normal, 
repetir o exame em seis meses. Após duas citologias 
normais coletadas com intervalo de 6 meses, retornar 
a rotina de rastreamento. 
 Na colposcopia com alterações, deve-se realizar a 
biópsia.
 8A- Lesão Baixo Grau (Lesão intra-epitelial de baixo grau/LISL) 
 A maioria das alterações citológicas de baixo grau regride 
espontaneamente, na medida em que espelha a manifestação 
morfológica da infecção aguda e transitória pelo HPV. 
 A prevalência de lesões pré-invasivas (NIC II/III) ou câncer, 
relatada na literatura, após exame CP compatível com LSIL, 
variade 11,8 a 23,3%, o que aponta para a possibilidade de 
subdiagnóstico no CP. Entretanto o comportamento benigno desse 
grau de alteração, associado ao risco de ocorrência de efeitos 
adversos psíquicos e físicos, como hemorragia, infecção e 
desfechos obstétricos significativos, tem levado a 
recomendações conservadoras. 
 A recomendação é repetir o CP em seis meses. Processos 
infecciosos ou atrofia genital identificados devem ser tratados 
antes dessa nova coleta. Se a citologia de repetição for negativa 
em dois exames consecutivos, a paciente deve retornar à rotina 
de rastreamento citológico trienal. 
 Se qualquer citologia subsequente for positiva, encaminhar à 
unidade de referência para colposcopia.
 9A – ASC-H ou AGC 
 ASC-H (células escamosas atípicas de significado 
indeterminado, não podendo excluir lesão de alto grau). ASC-H 
apresenta risco de lesão de alto grau (NIC II/III) subjacente alto, 
de 12 a 68%, e , e 1,3 a 3% de câncer. 
 A recomendação é o encaminhamento para colposcopia. 
 AGC (atipias de significado indeterminado em células 
glandulares) 
 Categoria associada a um maior risco de neoplasia cervical 
quando comparada a das células escamosas atípicas de 
significado indeterminado ou das lesões intraepiteliais de baixo 
grau. 
 A conduta preconizada para as pacientes com diagnóstico 
citológico de AGC é o encaminhamento para citologia do canal 
cervical. É recomendável a avaliação endometrial (com US e/ou 
estudo anatomopatológico) em pacientes acima de 35 anos. 
Abaixo dessa idade, a investigação endometrial deverá ser 
realizada se presente sangramento uterino anormal.
 10A – Lesão Alto Grau (LIAG) 
 A denominação lesão intraepitelial de alto grau 
(LIAG) compreende as neoplasias intraepiteliais 
cervicais grau II e III (NIC II/III/carcinoma in 
situ). Cerca de 70 a 75% das pacientes com laudo 
citológico de LIAG apresentam confirmação 
histopatológica deste grau de doença e 1 a 2% 
terão diagnóstico histopatológico de carcinoma 
invasor. Como apresentam grande potencial 
morfológico de progressão para neoplasia é 
consenso que devem ser tratadas. 
 A conduta é o encaminhamento ao serviço de 
referência.
LEEP (loop electrodiathermy excision 
procedure) 
LASER 
 Criocirurgia 
 Eletrocoagulação 
Conização cervical 
 Histerectomia
Estágio Ia (carcinoma cervical 
microinvasor) 
 Cirúrgico histerectomia radical e 
linfadenectomia pélvica bilateral 
Radioterapia: radiação intracavitária e 
externa. Quimiorradiação, usando 
cisplatina semanal como sensibilizante, 
aumenta sobrevida.
Estágio II 
 Estágio IIa: cirurgia radical ou 
quimiorradioterapia. 
 Estágio IIb: NÃO CIRÚRGICO. Combinação de 
quimioradioterapia externa e intracavitária. 
Estágio III 
 Estágio IIIa e IIIb: quimiorradioterapia, 
geralmente externa, seguida por braquiterapia 
intracavitária. 
Estágio IV 
 Estágio IVa: quimiorradioterapia pélvica. 
 Estágio IVb: radioterapia pélvica para 
controle do sangramento vaginal e 
quimioterapia para metástases à distância.
 Estágio clínico 
 Tipo patológico 
 Adenocarcinoma e carcinoma adenoescamoso 
tem geralmente menos de 5 anos de 
sobrevida do que carcinoma escamoso, 
estágio por estágio
 Disponibilidade de recursos diagnósticos como 
colposcopia, testagem para HPV 
 Disponibilidade de recursos para o tratamento 
como LEEP, crioterapia, LASER 
 Idade da mulher 
 Manutenção da fertilidade 
 Grau e extensão da lesão 
 Motivação para seguimento 
 Expertise
 Vacinação contra o HPV proposta pelo MS: 
 2014 - Campanha de vacinação de meninas entre 
11 e 13 anos contra o vírus HPV. A meta é vacinar 
80% do público-alvo. 
 A primeira dose (de um total de três) foi 
aplicada nas escolas, a segunda será aplicada 
com intervalo de seis meses e a terceira, de 
reforço, cinco anos após a primeira dose. 
 2015 a vacina passa a ser oferecida para as 
adolescentes de 9 a 11 anos. 
 2016 às meninas que completam 9 anos.
 PROTEÇÃO - O Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões 
de doses para o primeiro ano de vacinação. A vacina 
utilizada é a quadrivalente, que confere proteção 
contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, dos 
quais dois (subtipos 16 e 18) são responsáveis por cerca 
de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo 
mundo.Usada como estratégia de saúde pública em 51 
países, a quadrivalente é recomendada pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem eficácia de 
98% contra o vírus HPV. 
 A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que 
a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do 
câncer do colo do útero. 
 Ela não substitui a realização do exame preventivo e 
nem o uso do preservativo nas relações sexuais.
 1) Qual a redução de casos de câncer de colo de 
útero/lesões de alto grau que a vacina promoveu nos 
estudos e nas populações já vacinadas? 
 Não houve redução de câncer nos estudos. 
 Na realidade, não ocorreu nenhum caso de câncer nem nos 
grupos de intervenção, nem nos de controle, pois sua 
incidência é baixa e o período é de até 30 anos para o 
câncer desenvolver-se a partir das lesões precursoras. Os 
estudos ainda não tiveram esta duração. Portanto, 
também não há qualquer informação sobre redução de 
mortalidade por câncer do colo uterino. 
 E os resultados de proteção encontrados para lesões 
precursoras devem ser entendidos à luz de que 63% dos 
NIC2, em mulheres entre 13 e 24 anos regridem 
espontaneamente após 3 anos. Mesmo a incidência 
acumulada de evolução de lesões NIC 3 para câncer em 30 
anos é de 31,3% .
 2) Qual a prevalência de CA colo de útero nestas populações 
estudadas? 
 Em sua publicação de 2002, o Global Cancer Statistics apresentou 
a incidência do câncer cervical como de 7,7/100.000 na America 
do Norte. Na União Européia como um todo, a incidência de 
câncer cervical foi de 10,9 casos /100.000. (Globocan 2008. 
International Agency for Research on Cancer). Pode ser útil, para 
compreender a epidemiologia do problema, dispor de algumas 
outras informações. 
 A prevalência de infecção por HPV em mulheres de Portugal entre 
18 a 65 anos, verificada na citologia oncótica, foi de 14,3%, e de 
30% se considerarem apenas aquelas entre 25-30 anos. Enquanto 
84% daquelas correspondiam a tipos oncogênicos, apenas em 22% 
das positivas se detectou algum subtipo coberto pela vacina 
(Estudo Cleopatre, 2009). 
 A proporção em que as vacinas disponíveis oferecem proteção 
cruzada entre subtipos de HPV presentes e ausentes das vacinas 
ainda está em estudo (Lancet Infect Dis. 2012 Oct;12(10):781-9).
 3)Quais os eventos adversos atribuídos a 
vacina? Qual a prevalência destes? 
 Numerosos casos reportados levaram à hipótese 
de nexo causal com a vacina (JAMA. 
2009;302(7):750-757). Os mais frequentes foram 
síncope e reações locais, com dor e eritema, 
tontura, náusea e cefaléia. 
 Dos 12.424 relatos de efeitos adversos contados 
numa referência, 772 foram severos (6%), 
incluindo 32 mortes (Summary of HPV Adverse 
Event Reports Published in JAMA, acessível em 
04/02/2014 em 
http://www.cdc.gov/vaccinesafety/Vaccines/HP 
V/jama.html).
 A partir do Vaccine Adverse Event Reporting System 
(VAERS), descreveram-se 69 casos de Síndrome de 
Guillain-Barré depois da vacinação con Gardasil 
entre 2006 e 2009 nos Estados Unidos. Em mais de 
2/3 dos casos, os sintomas iniciaram em até 6 
semanas; na maioria, nos primeiros 15 dias. A 
incidência estimada com Gardasil foi de 80,2 casos 
por 10 milhões de pacientes. 
 Para comparação, tem-se que com a vacina Menactra 
(anti-meningocócica), foi de 23 casos por 10 milhões. 
Após a vacina da gripe, foi de 9,5 casos por cada 10 
milhões. (Souayah N, Michas-Martin PA, Nasar A, 
Krivitskaya N, Yacoub HA, Khan H, Qureshi AI. 
Guillain-Barré syndrome after Gardasil vaccination: 
data from Vaccine Adverse Event Reporting System 
2006-2009. Vaccine. 2011 Jan 29;29(5):886-9).
 Além dos mais comuns, os danos incluem uveíte 
(http://www.eurekaselect.com/117322/article), 
 falência ovariana induzida pelos adjuvantes vacinais 
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23902317) e 
 síndrome da taquicardia postural, 
(http://www.migueljara.com/wp-content/ 
uploads/2014/01/6-cases-of-POTS-following-HPV-vax_ 
EJNeurol.pdf) (3). 
 Um estudo de coorte, embora com um seguimento pouco 
extenso (180 dias), limitado para descartar uma parte dos 
desfechos neurológicos e auto-imunes que testou sem 
encontrar associação, identificou (!) associação 
estatisticamente significativa da vacina com Síndrome de 
Behcet, Doença de Raynaud e diabetes tipo 1 
(Autoimmune, neurological, and venous thromboembolic 
adverse events after immunisation of adolescent girls with 
quadrivalent human papillomavirus vaccine in Denmark 
and Sweden: cohort study. BMJ 2013;347:f5906).
 No entanto, o VAERS é um sistema de informação passivo. 
Depende de ser notificado para incluir a informação em 
seus bancos de dados. Este não é um desenho de coleta de 
informação apto a definir nexos causais. Patrocinadores da 
vacina tem indicado que esta limitação para comprovar 
nexo causal advoga pelo reconhecimento de que sua 
adoção é segura. No entanto, se o VAERS, apesar do 
volume de notificações de paraefeitos, não é apropriado 
para consolidar nexo causal, deve-se lembrar que a 
ausência de evidência que demonstre dano não significa 
que haja evidência demonstrando a segurança. Acrescente-se 
que só foram incluídos, nas análises de segurança pós-licenciamento, 
casos reportados nos EEUU, e que 68% 
deles vieram do fabricante: Merck and Co (Slade BA, Leidel 
L, Vellozzi C, Woo EJ, Hua Wei, Sutherland A, et al: 
Postlicensure safety surveillance for quadrivalent human 
papillomavirus recombinant vaccine. JAMA 2009, 
302(7):750–757).
 Publicação de 2010 atualizou a análise dos dados de 
seguimento dos trials e concluiu que somente as reações 
locais à vacina ocorriam de modo significantemente maior 
do que com placebo. Pediatr Infect Dis J. 2010 
Feb;29(2):95-101. 
 Entretanto, deve-se apontar que o grupo controle do ECR 
do fabricante não era constituído de substância inerte, 
mas de um preparado visualmente indistinguível contendo 
alumínio (N Engl J Med 2007; 356:1915-1927May 10, 2007. 
Acessado em 05/02/2014 em 
http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa061741). 
Ora, a substância utilizada nos controles deveria preservar 
a condição neutra e não ter potencial de causar dano por 
mecanismos não-placebo. No entanto, como já reportado, 
sabe-se que os adjuvantes das vacinas podem ter um papel 
em seus paraefeitos
 4)Considerando a prevalência de CA colo de útero 
na população do RS, a probabilidade de evento 
adverso e NNT, é seguro realizar a vacinação em 
massa de adolescentes? 
 A estimativa do INCA para câncer cervical na região 
sul em 2014 é de 16 casos /100 mil. 
 Considera-se segura a administração de uma vacina 
quando seus riscos são aceitáveis e seus benefícios os 
superam. 
 No caso da vacina contra o HPV, não há conhecimento 
sobre qualquer benefício em termos de proteção 
contra o câncer ou redução de mortalidade. 
 Nesse sentido, os riscos existentes, mesmo que hajam 
controvérsias, tornam inadequada a vacinação 
massiva de adolescentes, qualquer que seja a 
prevalência populacional de câncer de colo uterino.
 Além disso, há que levar em conta que a vacinação 
não se propõe a substituir o rastreamento pelo 
Papanicolaou, significando que, quanto ao elemento 
custo, as reduções estimadas não podem supor a 
supressão dos custos atuais com o rastreamento, nem 
desconsiderar a necessidade de aumentá-los ainda 
mais para que atinja adequadamente sua finalidade. 
 Novamente quanto à segurança e custos, cabe ter em 
conta que demandas judiciais em outras partes do 
mundo já receberam reconhecimento oficial e 
prosseguem no rumo de indenizações devidas por 
nexo entre a vacina e danos 
(http://www.lacelosia.com/el-primer-reconocimiento- 
oficial-de-dano-causado-por-gardasil-la- 
vacuna-contra-el-papiloma-desata-una-oleada-de-demandas/).
 Uma conduta segura seria aguardar os resultados e 
análises independentes de um seguimento maior nos 
estudos (utilizando-se placebos adequados nos controles) 
onde a vacina está implantada há mais tempo e, enquanto 
isso, buscar estratégias para captar para o Papanicolaou 
os segmentos populacionais femininos que persistem à 
sua margem. 
 Destaca-se o elemento da necessidade de transparência e 
independência nas análises, pois nos estudos que são 
usados como justificativa para a implantação da vacina, os 
conflitos de interesse de pesquisadores da área são 
notórios, a exemplo de Joakim Dillner, (quadrivalent 
vaccine investigator: “J. Dillner has received consultancy 
fees, lecture fees, and research grants from Merck and Co, 
Inc, and Sanofi Pasteur MSD.” 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20139221 ).
 Além disso, cabe acrescentar que uma 
abordagem ampla de verificação de segurança e 
custo-efetividade deveria levar em conta outras 
estratégias de enfrentamento da carga de 
doença associada ao HPV e seus co-fatores que 
levam ao câncer cervical uterino. 
 Por exemplo, de 1985 a 2002 a China reduziu a 
incidência deste câncer de 17,8 para 
6,8/100.000 com a modificação dos demais 
fatores de risco, inclusive falta de acesso a 
atenção primária à saúde. 
(http://www.infectagentscancer.com/content/p 
df/1750-9378-8-21.pdf).
 5) Das coortes realizadas, as mulheres vacinadas 
foram instruídas a seguir usando condom e a ter 
comportamento sexual seguro? Houve aumento de 
outras DST pela sensação de segurança que a 
vacina gerou? 
 No próprio protocolo do ECR (FUTURE II) que 
fundamentou o lançamento da Gardasil, foram 
incluídas consultas de seguimento periódico com 
citologia cervical e colposcopia, conforme o 
algoritmo eleito para seu uso. As mulheres foram 
selecionadas entre as não-gestantes que não tinham 
resultados de Papanicolaou alterados e no máximo 4 
parceiros sexuais até ali. Foram orientadas a usarem 
“contracepção efetiva” por 7 meses, mas não há 
descrição de outras orientações na publicação 
(http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa0617 
41).
 Existem estudos buscando responder sobre a hipótese de que a 
vacinação contra o HPV poderia induzir aumento em 
comportamentos sexuais de risco. 
 Um estudo recentemente publicado com 339 adolescentes 
vacinadas não encontrou associação entre crenças sobre riscos de 
se contraírem outras DSTs (além do HPV) logo após a vacinação e 
a realização de práticas sexuais de risco após 2 e 6 meses. (Risk 
Perceptions and Subsequent Sexual Behaviors After HPV 
Vaccination in Adolescents. Allison Mayhew, Tanya L. Kowalczyk 
Mullins, Lili Ding, Susan L. Rosenthal, Gregory D. Zimet, Charlene 
Morrow, and Jessica A. Kahn Pediatrics peds.2013-2822; published 
ahead of print February 2, 2014, doi:10.1542/peds.2013-2822) 
(http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2014/01/2 
8/peds.2013-2822.abstract). 
 No entanto, este e outros estudos tem um “n” pequeno ou um 
delineamento aquém do que já seria possível com a quantidade 
de pessoas já vacinadas. Grandes estudos controlados 
comparando desfechos comportamentais adequados entre 
pessoas vacinadas e não-vacinadas ainda não são conhecidos.
 Complementação: 
 A respeito da imunidade produzida, somente foi testada a 
imunidade humoral. Não é conhecida a resposta imune celular no 
colo uterino, mas tem-se pesquisado caminhos de explicação 
imunofisiológica para a proteção que foi detectada contra as 
infecções (http://www.infectagentscancer.com/content/5/1/19). 
 Deve-se, ainda, lembrar que o efeito ecológico de “ninho vazio” 
para outras cepas oncogênicas não foi estudado. São 15 essas 
cepas, e a vacina age contra 2. 
 Faz parte das tarefas de atenção primária a prevenção 
quaternária. Trata-se de proteger as pessoas de procedimentos 
excessivos e/ou desnecessários com potencial de dano. Pode-se 
conhecer mais sobre prevenção quaternária no capítulo do médico 
de família espanhol Juan Gérvas no tratado Brasileiro de Medicina 
de Família, disponível neste link: 
https://www.dropbox.com/s/sbzr88lqtmefeni/Preven%C3%A7%C3 
%A3o%20Quartern%C3%A1ria%20Gervas%20Tratado%20SBMFC.pdf
 NNT para prevenir uma infecção pelo subtipo 
16= 74. 
 Para o subtipo 18=160. 
 NNT para, em geral, prevenir NIC1=46. 
 Para NIC2=196. 
 Para NIC3=250. 
 Para Ca in situ=545. 
 Para câncer=indeterminado.
 A oferta de exames pelo SUS atualmente seria 
suficiente para a cobertura da população 
feminina na faixa etária prioritária, porém 
observa-se que grande parte dos exames são 
ofertados como repetições desnecessárias em 
intervalos menores do que o recomendado. 
 No Brasil, expansão de oferta não trouxe queda 
na mortalidade. 
 A questão é: qual a estratégia para reduzir o 
número das que NUNCA receberam o teste?
 TABAI: Temos 01 equipe de ESF com ESB e 
estamos implantando mais 01 equipe de ESF. 
Temos 01 UBS central e mais um posto de 
saúde no interior do município e estamos em 
processo de licitação para a construção de 01 
nova UBS com recursos do governo federal. 
Não possuímos um centro de especialidades 
todos os multiprofissionais atendem na UBS 
central. 
 Com as duas equipes trabalhando teremos 100% 
de cobertura de ESF no município.
 NSR: No município de Nova Santa Rita são 
duas ESF e três UBS. 
 Em torno 8000 pessoas. 
 MTN: 3 ESF em vista de mais 2 a serem 
implantadas e 2 UBS. 
 Bairro Germano Henke, Bairro esperança e Bairro 
Industrial. 
 SJS: O município de São José do Sul possui 1 
ESF, não possui UBS e também não possui 
centro de especialidades. 
 100%
 TABAI: As enfermeiras são responsáveis pela 
coleta de CP e exames clínicos de mamas e 
elas mesmas solicitam as mamografias. 
Eventualmente os médicos clínicos e o 
ginecologista também solicitam as 
mamografias. 
 NSR: A coleta de CP e o exame de mamas são 
realizados por ginecologistas e enfermeiras. 
A MMG é solicitada apenas por médicos, 
ginecologistas ou não.
 MTN: Enfermeiros e médicos. A MMG é solicitada 
pelo médico. Atualmente o município está se 
reorganizando em relação as coletas, aumentou 
as cotas de CP, estamos organizando a consulta 
de enfermagem para que na consulta a 
enfermeira faça a coleta do CP, o exame clínico 
das mamas e solicite a MMG. 
 SJS: No momento o único profissional que coleta 
o cp e o exame clínico das mamas é o 
enfermeiro, mas até ano passado também 
coletava o ginecologista que estamos tentando 
nova contratação. Quem solicita a MMG é o 
enfermeiro e médico clínico geral.
MUNICÍPIO LABORATÓRIO TEMPO 
LIBERAÇÃO LAUDO 
TABAI Laboratório CMD, 
Lajeado 
>40 DIAS 
NOVA SANTA RITA Instituto de 
Ginecologia do RS 
45-60 DIAS 
MONTENEGRO Histomed, 
Montenegro 
40 DIAS 
(OCORRENDO 
ATRASOS >90 DIAS) 
BARÃO Histomed 
Montenegro 
60-100 DIAS 
SÃO JOSÉ DO SUL Laboratório CGC, 
POA 
30-45 DIAS 
PARECI NOVO Laboratório CGC, 
POA 
30-45 DIAS 
SALVADOR DO SUL Sanatório 
Parthenon 
30 DIAS
MUNICÍPIO REFERÊNCIA PARA 
CP ALTERADOS 
TEMPO ATÉ 
CONTACTAR 
PACIENTE 
NOTIFICAÇÃO AO 
COLETADOR 
TABAÍ Enfermeira que ao 
identificar 
alterações 
imediatamente 
entra em contato 
com a paciente e a 
encaminha para 
consulta com 
ginecologista na 
UBS. 
O tempo de contato 
varia, pois é 
necessário o 
retorno do 
resultado do exame 
ao município pelo 
laboratório. 
Sim, além da 
enfermeira da AB a 
enfermeira do ESF 
também realiza as 
coletas de CP e 
quando necessário 
realiza busca ativa 
das usuárias com 
auxílios das ACSs. 
NOVA SANTA RITA Quando é 
encontrado 
alteração no exame 
citopatológico o 
laboratório entra 
em contato com o 
serviço de 
epidemiologia do 
município, que 
recebe este 
resultado. 
O tempo 
transcorrido é em 
torno de 30 dias. 
O serviço de 
epidemiologia entra 
em contato com a 
UBS que realizou a 
coleta do exame 
para localizar a 
paciente e solicitar 
que compareça na 
UBS o quanto antes.
MUNICÍPIO REFERÊNCIA PARA CP 
ALTERADOS 
TEMPO ATÉ 
CONTACTAR 
PACIENTE 
NOTIFICAÇÃO AO 
COLETADOR 
MONTENEGRO Enfermeiro da UBS 
entra em contato pelo 
telefone com a 
paciente e já agenda 
consulta com o 
ginecologista. Em área 
coberta por ACS o 
mesmo entra em 
contato com o paciente 
solicitando a mesmo 
comparecer na UBS. 
Em área coberta por ACS o 
mesmo entra em contato 
com o paciente solicitando 
a mesmo comparecer na 
UBS. 
BARÃO O tempo de 
análise é 
menor 40 
dias. 
O paciente é comunicado 
e encaminhado para 
equipe da Estratégia de 
Saúde da Família médico e 
enfermeiro, referenciada 
para o ponto de atenção
MUNICÍPIO REFERÊNCIA PARA CP 
ALTERADOS 
TEMPO ATÉ 
CONTACTAR 
PACIENTE 
NOTIFICAÇÃO AO 
COLETADOR 
SÃO JOSÉ DO SUL Acredito que o 
laboratório entre em 
contato com o 
coordenador da 
atenção básica do 
município. 
A comunicação faz 
parte, e todos 
trabalham no mesmo 
espaço físico. 
PARECI NOVO A enfermagem que 
recebe os resultados 
sendo passado aos 
médicos ginecologistas 
e posteriomente 
comunicado a 
paciente para que 
retorne para nova 
consulta. 
No momento não é 
realizado coleta pelos 
profissionais do ESF. 
SALVADOR DO 
SUL 
A ginecologista. Logo após o 
retorno do 
resultado. 
Não quem coleta é a 
enfermeira da UBS
 TABAI: O município de Tabaí realiza a análise de CP no 
Laboratório CMD de Lajeado. Os resultados demoram mais de 40 
dias para retornarem ao município. As enfermeiras são 
responsável por receber os resultados e orientar as pacientes. 
 NSR: O laboratório é o Instituto de Ginecologia do RS. O 
resultado chega na unidade de saúde em torno de 45 a 60 dias. 
Quem coordena o recebimento é o Serviço de Epidemiologia 
do município. 
 MTN: Histomed – a cota de exames atualmente para Montenegro 
é de 280. Leva em torno de 3 meses para retornar. Estamos 
conversando com os responsáveis para que este tempo não 
ultrapasse 40 dias, os Laudos estão indo para a Unidade que faz 
a coleta, mas foi combinado com as enfermeiras da unidades 
que todo o resultado que esta demorando mais de 40 dias que 
enviem o nome da paciente para a coordenação de AB do 
município para que esta entre em contato coma Histomed para 
saber o motivo da demora. 
 SJS: Laboratório CGC, o tempo de liberação é de 30 a 45 dias. 
Quem coordena o recebimento é o enfermeiro responsável.
 TABAI: Quando há alguma alteração no exame a 
paciente é encaminhada ao médico 
ginecologista da UBS que faz o 
acompanhamento e tratamento da usuária e 
quando não é possível realizar o tratamento ou 
procedimento na UBS, a paciente é referenciada 
aos Hospitais de Porto Alegre, via Sistema 
AGHOS, ou á oncologia do Hospital Bruno Born. 
 NSR: A referência para o cuidado é a equipe de 
saúde da UBS que presta atendimento para este 
paciente. 
 MTN: Os casos são encaminhados ao 
ginecologista e as ESF acompanham o 
processo.
 BARAO: a Equipe da Estratégia juntamente 
com a Secretaria de saúde do Município. 
 SJS: Encaminhamos via sistema AGHOS para 
o Hospital Femina quando o encaminhamento 
é para uma avaliação do ginecologista, 
quando necessitar de tratamento direto com 
oncologista a marcação é direta no Hospital 
Centenário. 
 PARECI: A referência são os médicos 
ginecologistas do município juntamente 
com a equipe de ESF. 
 SS: NR
MUNICÍPIO REFERÊNCIA PRIORIZAÇÃO 
TABAÍ A paciente é referenciada aos Hospitais de 
Porto Alegre, via Sistema AGHOS, para 
realizar os procedimentos de conização, 
histerectomia entre outros, o tempo de 
espera para agendamento da avaliação, 
apesar de não termos grande número de 
casos, é bem longo, em média mais de 60 
dias. 
No caso de necessitarem de avaliação em 
oncologia a nossa referência é o Hospital 
Bruno Born de Lajeado e o tempo de espera 
para agendamento da 1ª consulta é de em 
média 15 dias. 
NOVA SANTA 
RITA 
Geralmente esses casos são encaminhados 
para o Hospital Santa Rita, do Complexo da 
Santa Casa de Porto Alegre. 
Sim, a 
regulação 
prioriza estes 
casos.
MUNICÍPIO REFERÊNCIA PRIORIZAÇÃO 
MONTENE 
GRO 
Se o exame der alterado, logo a 
paciente é encaminhada ao 
ginecologista do município e 
este encaminha para o 
tratamento necessário com doc 
de referencia e contra 
referencia, esta paciente então 
é inserida no sistema de 
regulação AGHOS. 
Os casos de Câncer são 
agendados com no máximo 10 
dias, sendo a referencia o 
município de São Leopoldo. 
As pessoas 
responsáveis pela 
marcação ficam 
diariamente na 
tentativa que 
geralmente demoram 
muito. 
BARÃO Porto Alegre Há prioridades nos 
casos mais graves.
MUNICÍPIO REFERÊNCIA PRIORIZAÇÃO 
SÃO JOSÉ 
DO SUL 
Procedimentos ginecológicos sistema 
AGHOS no Hospital Femina. 
Quimioterapia e radioterapia seria no 
Hospital Centenário. 
Sim a regulação prioriza 
estes casos. 
PARECI 
NOVO 
Os serviços de referência são Hospitais 
de Porto Alegre onde o agendamento é 
realizado pela regulação através do 
AGHOS. 
Geralmente a regulação tem 
priorizado estes casos. 
SALVADOR 
DO SUL 
São encaminhadas pelo AGHOS, 
geralmente em POA. 
Alguns casos de radio até o presente 
momento em São Leopoldo, vai mudar 
a referência.
 “Os demais casos de ginecologia, como as 
doenças ginecológicas do colo de útero, 
entram no AGHOS e conforme a informação 
obtida, as consultas demoram a ser marcadas. 
Na ocasião pude acompanhar o processo de 
uma paciente que entrou no sistema para uma 
consulta de doença ginecológica do colo do 
útero, embora o sistema mostrava disponível, 
liberado para agendamento, não foi possível 
agendar a consulta pois não havia vaga para 
este mês e nem para o próximo mês.”
 TABAÍ: 
 123 exames coletados (1º semestre 2014) =0,33 
366 mulheres 
 (DATASUS 2012: 0,69)
 NSR: A população feminina na faixa etária de 25 
a 59 anos do município no ano de 2010, segundo 
dados do Censo Demográfico de 2010 (IBGE, 
2014) era de 5.414. 
 Houve uma cobertura de 12,4% da população 
feminina nessa faixa etária. 
 A razão entre o número de exames 
citopatológico realizados em relação a esta 
população foi de 0,11. 
 Menos da metade da razão mínima esperada (0,3 
exame/mulheres/ano) para os municípios 
estabelecidos no Pacto de Atenção a Saúde de 
2006. 
 (2012: 0,37)
 BARAO: 314 CP coletados. 600 mulheres na 
faixa etária =0,52 (2012: 0,59) 
 SJS: 136/191 = 0,71 (2012: 0,89) 
 SS: Exames realizados - 359 
 Pop. 1/3 – 544 
 indicador = 0.66 
 (2012: 0,82)
 MONTENEGRO: NR (2012: 0,23) 
 PARECI NOVO: NR (2012: 0,95)
Estipular funções, responsabilidades e metas em 
conjunto ajudam a atingir objetivos e evitar falhas.
 DATASUS > informações em saude > tabnet 
> indicadores de saude > 
 < indicadores do rol de 
diretrizes, objetivos ,metas e indicadores: 
2013-2015, 
 indicadores municipais > 
clicar no mapa o RS, 
 aí aparece uma tela azul, 
então selecionar na janelas o necessario 
aos 
 indicadores 18 e 19.
SIA/SUS 
Ano Total 
exames 
exames 
25 a 64 
anos 
% 
exames 
25 a 64 
anos 
mulheres 
25 a 64 
anos 
indicador 
- Razão 
de CP e a 
pop. alvo 
2009 4994 4034 80,78 34447 0,35 
2010 4968 3999 80,50 36117 0,33 
2011 6370 5240 82,26 36291 0,43 
2012 5625 4546 80,82 36458 0,37 
2013* 5314 4338 81,63 36458 0,36 
NIS, 2014
0.35 
0.33 
0.43 
0.37 
0.36 
0.60 
0.50 
0.40 
0.30 
0.20 
0.10 
0.00 
2009 2010 2011 2012 2013 
Brasil 
RS 
Sapucaia 
NIS, 2014
0.70 
0.60 
0.50 
0.40 
0.30 
0.20 
0.10 
0.00 
NIS, 2014
 Discussão de casos 
 Avaliação do Curso
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 
Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer, 2011 
 Manejo Conforme Resultado do Rastreamento para Câncer do Colo Útero 
em Serviço de Atenção Primária à Saúde, Grupo Hospitalar Conceição, 
SSC, Monitoramento e Avaliação, Atenção à Saúde da Mulher, 2011.

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CA Colo Útero e Mama

  • 1. Edição Montenegro Jul/14 Médica Lúcia Naomi Takimi
  • 2. MANHÃ CA colo uterino TARDE CA Mama
  • 3.  Tema: Câncer de Colo de Útero e Mama  Recepção e credenciamento dos alunos  Apresentação dos alunos  Apresentação da proposta da Linha de Cuidado da Saúde da Mulher  Rastreio Organizado  Construção de Redes de Cuidado CA COLO UTERINO  Conceitos e Epidemiologia  Exame Ginecológico  Acompanhamento conforme resultado do CP  Tratamento do CA de colo de útero  Prevenção: Vacina HPV  Discussão de casos e questionários situacionais  Avaliação
  • 4.  Ampliar a cobertura de exame citopatológico em mulheres de 25 a 64 anos.  Tratar 100% das mulheres com diagnóstico de lesões precursoras de câncer.
  • 5.  As linhas de cuidado são estratégias de estabelecimento do “percurso assistencial” com o objetivo de organizar o fluxo dos indivíduos, de acordo com suas necessidades.
  • 6. Tem a finalidade de assegurar à mulher:  o acesso humanizado e integral às ações e aos serviços qualificados para promover a prevenção do câncer do colo do útero  acesso ao rastreamento das lesões precursoras  ao diagnóstico precoce  ao tratamento adequado, qualificado e em tempo oportuno.
  • 7.
  • 8.  Fortalecer e ampliar o acesso às informações sobre o câncer do colo do útero para todas as mulheres, ressaltando que o câncer do colo do útero é prevenível pela detecção e pelo tratamento das lesões precursoras que antecedem, em muitos anos, o câncer.  Estruturar os serviços de saúde para rastrear todas as mulheres de 25 a 64 anos a cada três anos, além de atender todas as mulheres que apresentam sinais de alerta.  Acompanhar e tratar todas as mulheres positivas, segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (INCA, 2011a).
  • 9.  Garantia de citologias de alto padrão.  Garantir referência para cito e histopatologia.
  • 10.  Garantia do acesso ao tratamento adequado da lesão precursora em tempo oportuno.  Definir e pactuar que a unidade de referência deve realizar todos os procedimentos: colposcopia, biópsia, conização e utilizar o método “ver e tratar”.  Implantar centros qualificadores de ginecologistas para atuarem na unidade de referência para diagnóstico e tratamento da lesão precursora.
  • 11.  Definir e pactuar serviços terciários para procedimentos especializados, como conização, quimioterapia e radioterapia.  Garantir que todas as mulheres iniciem seu tratamento o mais breve possível.  Permitir que as mulheres com câncer do colo de útero sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar especializada.
  • 12.  Garantir que toda mulher com câncer do colo de útero receba cuidados em um ambiente hospitalar que acolha suas expectativas e respeite sua autonomia, dignidade e confidencialidade.  Garantir que todo hospital que trata câncer do colo do útero tenha Registro Hospitalar de Câncer em atividade.  Garantir que toda mulher com câncer do colo do útero tenha direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social, espiritual e psicológico.
  • 13.
  • 14.  A oferta de exames pelo SUS atualmente seria suficiente para a cobertura da população feminina na faixa etária prioritária, porém observa-se que grande parte dos exames são ofertados como repetições desnecessárias em intervalos menores do que o recomendado.  No Brasil, expansão de oferta não trouxe queda na mortalidade.  A questão é: qual a estratégia para reduzir o número das que NUNCA receberam o teste?
  • 15.  1. Sistema de Informação de base populacional:  CADASTRO  E-SUS  CARTÃO SUS  2.Uso de evidências científicas:  População alvo  Intervalo para realização do exame de rastreio  Guias clínicos para o manejo dos casos suspeitos
  • 16.  3. Recrutamento das mulheres em falta com o rastreamento:  VIGILÂNCIA EM SAÚDE.  “Lista de mulheres sem CP na idade preconizada”- SIS  4. Garantia da abordagem necessária para mulheres com exames alterados.  Referência para Diagnóstico e Tratamento  Vigilância em saúde  “Lista de mulheres com alterações no CP”- SIS  Seguimento de mulheres com exames alterados pelas equipes.
  • 17.  5. Garantia de qualidade dos procedimentos.  Monitoramento e avaliação das atividades  Seguimento de mulheres com exames alterados.  Monitoramento da qualidade dos laboratórios.
  • 18.  Equipe conhece a sua população;  Cadastro sistemático de todos os usuários da sua área adscrita;  A partir desse cadastro, a equipe deve conseguir identificar todas as mulheres da faixa etária prioritária;  Identificar as mulheres que têm risco aumentado para a doença;
  • 19.  Avaliar a cobertura do exame  Avaliar os resultados dos exames e dos exames insatisfatórios.  Caso o resultado determine encaminhamento a outro serviço, é necessário que a equipe acompanhe essa mulher, verificando a adesão ao tratamento;
  • 20.  Há boas evidências para se incluir o exame de prevenção e detecção precoce do câncer de colo uterino no exame de saúde de mulheres sexualmente ativas.  Quando o rastreamento apresenta boa cobertura – 80% – e é realizado dentro de padrões de qualidade, modifica efetivamente as taxas de incidência e mortalidade por esse câncer.
  • 21.
  • 22. A importância epidemiológica do câncer no Brasil e sua magnitude social, as condições de acesso da população brasileira à atenção oncológica, os custos cada vez mais elevados na alta complexidade refletem a necessidade de estruturar uma rede de serviços regionalizada e hierarquizada que garanta atenção integral à população.
  • 23. Os elevados índices de incidência e mortalidade por câncer do colo do útero e da mama no Brasil justificam a implantação de estratégias efetivas de controle dessas doenças que incluam ações de promoção à saúde, prevenção e detecção precoce, tratamento e de cuidados paliativos, quando esses se fizerem necessários.
  • 24. Portanto, é de fundamental importância a organização da Atenção Básica, enfatizando a atenção integral à saúde da mulher, que garanta ações relacionadas ao controle dos cânceres do colo do útero e da mama como o acesso à rede de serviços quantitativa e qualitativamente, capazes de suprir essas necessidades.
  • 25. 1. Mapeamento da rede - conhecer os possíveis envolvidos e a rede de serviços. 2. Articulação da rede - estabelecer contatos 3. Planejamento integrado - visando projetar ações comuns, definir possibilidades de intervenção, pactuar funções, construir estratégias. 4. Avaliação
  • 26.  Integração  Cooperação  Co-responsabilidade É uma forma de gestão compartilhada do problema que possibilita a superação de práticas fragmentadas.
  • 27. Lembrando que... A Atenção Básica tem, entre suas atribuições, o papel de coordenadora do cuidado e ordenadora das redes de atenção à saúde. Nesse sentido, ela acompanha os usuários longitudinalmente, mesmo quando ele demanda de um serviço especializado ou de uma internação.
  • 28. • Conhecimento da legislação. Por exemplo:  Direito a prevenção - Lei 11.664 de abr/2008 assegura a realização de exame citopatológico de todas mulheres que tenham iniciado vida sexual, independente da idade e direito a mamografia a partir dos 40 anos. Entre outras especificidades.  Direito a tratamento - Lei 12. 732 de nov/2012–fixa o prazo máximo para início do tratamento do câncer no SUS em 60 dias.
  • 29.
  • 30.  O câncer de colo de útero é o câncer da área genital mais frequente em países em desenvolvimento, e em algumas nações a sua prevalência ultrapassa a soma de todos os tumores que ocorrem na mulher.  Já em países desenvolvidos, a frequência do câncer de corpo uterino é apenas superada pela de mama e de cólon.
  • 31. Região Taxa Incidência CA colo de útero/ 100.000 mulheres Mundo 15,3 América do Norte 5,7 América do Sul 24,1 África 25,2 África subsaariana 31,7 Europa 10,5 Europa Oeste 6,9 Brasil 24,1 Internacional Agency for Research on Cancer
  • 32.
  • 33. Taxa bruta de incidência e de mortalidade de CA colo de útero por 100.000 mulheres, por regiões do Brasil. Região Incidência Mortalidade Norte 22,82 6,04 Nordeste 18,42 5,38 Centro-Oeste 19,85 5,49 Sudeste 16,44 4,26 Sul 21,47 4,76 Brasil, Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.  O colo (cérvix, cérvice) consiste no terço inferior do útero da mulher adulta, tem forma cilíndrica e é revestido por epitélio escamoso na superfície junto à vagina (ectocérvice) e por epitélio glandular no seu canal (endocérvice).  O câncer do colo do útero é caracterizado pela replicação desordenada do epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo invadir estruturas e órgãos contíguos ou à distância.
  • 38.
  • 39. ANTES DA PUBERDADE PERÍODO REPRODUTIVO PERÍODO GESTACIONAL PERÍODO PERIMENOPÁUSICO PERÍODO MENOPÁUSICO
  • 40.  Nessa situação, o epitélio colunar fica em contato com um ambiente vaginal ácido, hostil a essas células. Assim, células subcilíndricas, de reserva, bipotenciais, por meio de metaplasia, se transformam em células mais adaptadas (escamosas), dando origem a um novo epitélio, situado entre os epitélios originais, chamado de terceira mucosa ou zona de transformação.  Nessa região pode ocorrer obstrução dos ductos excretores das glândulas endocervicais subjacentes, dando origem a estruturas císticas sem significado patológico, chamadas de Cistos de Naboth.
  • 41. NOVA JEC ANTIGA JEC ZONA DE TRANSFORMAÇÃO
  • 42.
  • 43. Precocidade de relações sexuais (< 14 anos)  Múltiplos parceiros
  • 44. Gravidez precoce (< 20 anos)  Multiparidade
  • 45. Parceiro de alto risco Doenças sexualmente transmissíveis
  • 46.  Baixo nível socioeconômico
  • 48.  Uso prolongado de anticoncepcionais orais Tabagismo
  • 49. Radiação prévia  Deficiência de vitaminas A, C e E
  • 50.  INFECÇÕES VIRAIS  Herpes simples tipo 2  Papilomavírus humano (HPV)
  • 51.
  • 52.  Há duas principais categorias de carcinomas invasores do colo do útero, dependendo da origem do epitélio comprometido:  carcinoma epidermoide, tipo mais incidente e que acomete o epitélio escamoso (representa cerca de 80% dos casos), que se inicia no epitélio metaplásico (zona de transformação).  O carcinoma epidermoide é facilmente detectável nas formas pré-invasoras de NIC, o que favorece sua prevenção.  adenocarcinoma, tipo mais raro e que acomete o epitélio glandular (10% dos casos).
  • 53. É uma doença:  de desenvolvimento lento;  raro em mulheres até 30 anos e sua incidência aumenta progressivamente até ter seu pico na faixa de 45 a 50 anos;  que a mortalidade aumenta progressivamente a partir da quarta década de vida;  que pode cursar sem sintomas em fase inicial;
  • 54.  Evolui para quadros de:  sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual;  secreção vaginal anormal;  dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.
  • 55.  Exame físico geral: perda de peso, linfadenopatia inguinal, edema de membros inferiores, ascite, derrame pleural ou hepatomegalia.  Exame pélvico: na fase precoce pode revelar uma cérvice que parece normal, principalmente se a lesão for endocervical. Doença visível pode ter várias apresentações: ulcerativa, exofítica, granular ou necrótica. A lesão pode envolver a porção superior da vagina. A cérvice pode estar distorcida ou completamente preenchida pelo tumor.  Exame retovaginal: essencial para determinar a extensão do envolvimento. O grau de expansão cervical e invasão do paramétrio são mais facilmente detectados com um toque retal, assim como a extensão para os ligamentos uterosacrais.
  • 56.
  • 57. Pre-Invasive CancerInvasive Cancer Normal Câncer Pré-Invasivo Câncer Invasor
  • 58.  Invasão direta do estroma cervical, vagina e paramétrios.  Acometimento linfático pélvico e então LN paraaórticos.  Disseminação hematogênica, como pulmões, fígado e ossos.
  • 59.
  • 60.  Citopatológico  Colposcopia  Biópsia cervical e curetagem endocervical
  • 61.  Além do rastreamento a nível populacional, é necessário que mulheres com exame alterado recebam tratamento adequado. Porém, supõe-se que um percentual significativo de mulheres que são encaminhadas para avaliação colposcópica não chega a fazê-la, e o sistema de saúde também não é eficiente para controlar adequadamente esse evento - Rede de atenção à saúde. Zeferino, 2008
  • 62.  O método de rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil é o exame citopatológico (exame de Papanicolau) convencional.  Oferecido às mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual.  Repetição do exame Papanicolaou a cada três anos, após dois exames normais consecutivos realizados com um intervalo de um ano.  A repetição em um ano após o primeiro teste tem como objetivo reduzir a possibilidade de um resultado falso-negativo na primeira rodada do rastreamento.
  • 63. Além da baixa incidência de câncer em mulheres jovens, há evidências de que o rastreamento em mulheres com menos de 25 anos seja menos eficiente do que em mulheres mais maduras.  O tratamento de lesões precursoras do câncer do colo em adolescentes e mulheres jovens está associado ao aumento da morbidade obstétrica e neonatal, como parto prematuro
  • 64.  O início mais precoce representaria um importante aumento de diagnósticos de lesões de baixo grau, consideradas não precursoras e representativas apenas da manifestação citológica da infecção pelo HPV, que têm grande probabilidade de regressão e resultariam em um número significativo de colposcopias e procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários.
  • 65.  Impacto psíquico que o diagnóstico de uma doença sexualmente transmissível e precursora do câncer terá em adolescentes e adultas jovens na construção da autoimagem e da sexualidade;  Lembre-se:  Mulheres jovens sexualmente ativas devem ser orientadas sobre anticoncepção, doenças sexualmente transmissíveis e práticas de sexo seguro.  Essas medidas podem ser implementadas sem a necessidade da inclusão no programa de rastreamento.
  • 66.  Dr. George Nicholas Papanicolaou  Inicialmente estudava o status hormonal através de esfregaço vaginal.  Encontrou células cancerosas numa lâmina contendo amostra do útero de uma mulher.  Dr. George Papanicolaou relatou a utilidade da técnica para detectar células neoplásicas em 1941.  A partir de 1950, a técnica tornou-se amplamente utilizada como rastreio.
  • 67.  Além da coleta e fixação adequadas e do cuidadoso transporte da lâmina, o laboratório responsável pela leitura e interpretação deve ser qualificado e possuir sistema de comunicação de resultados eficiente.  Havendo falhas em uma dessas áreas, a eficácia do exame diminui e o rastreamento tem impacto inferior ao esperado. (PESSINI et al., 2013)
  • 68.  O rastreamento de mulheres imunodeprimidas (usuária crônica de corticóides orais, transplantada, em tratamento com quimioterapia ou portadoras do vírus HIV) constitui uma situação especial, pois, em função da defesa imunológica reduzida e, consequentemente, da maior vulnerabilidade para as lesões precursoras do câncer do colo do útero, o exame deve ser realizado:  logo após o início da atividade sexual, com intervalo semestral  após dois exames normais consecutivos, periodicidade anual.
  • 69.  Gestantes: seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, sendo que a procura ao serviço de saúde para realização de pré-natal deve sempre ser considerada uma oportunidade para o rastreio;  Mulheres na pós-menopausa, sem história de diagnóstico ou tratamento de lesões precursoras do câncer do colo uterino, apresentam baixo risco para desenvolvimento de câncer. O rastreamento citológico em mulheres na menopausa pode levar a resultados falso-positivos causados pela atrofia secundária ao hipoestrogenismo, gerando ansiedade na paciente e procedimentos diagnósticos desnecessários.
  • 70.  Tratamento da colpite atrófica  Creme de estrogênios conjugados 0,5g ou  Creme de estriol 1g  Aplicação vaginal, de preferência à noite, por um a três meses. Podem ser usados em dois esquemas alternativos:  Durante 21 dias, com intervalo de 7 dias OU  Duas vezes por semana, sempre nos mesmos dias  A nova citologia será coletada após 7 dias da parada do uso.
  • 71. Não devem ser incluídas no rastreamento mulheres sem história de atividade sexual ou submetidas a histerectomia total por outras razões que não o câncer do colo do útero  É importante destacar que a priorização de uma faixa etária não significa a impossibilidade da oferta do exame para as mulheres mais jovens ou mais velhas.
  • 72. Na prática assistencial, a anamnese bem realizada e a escuta atenta para reconhecimento dos fatores de risco envolvidos e do histórico assistencial da mulher são fundamentais para a indicação do exame de rastreamento.
  • 73.  8% escapam à detecção citológica - limitações na técnica citológica - lesões com comportamento maligno agressivo  22% representam mulheres que desenvolvem câncer cervical devido a falência no seguimento do citopatológico: mulheres cujos cânceres poderiam ser prevenidos com a detecção precoce e tratamento.
  • 74.  Baixa sensibilidade: 51%  Frequência de falsos negativos são devido a falha na coleta, fixação inadequada ou problemas de interpretação.  Grande grupo populacional para rastreio X rastreio de grupo de alto risco  Sem consenso sobre a testagem
  • 75.
  • 76.  A utilização de lubrificantes, espermicidas ou medicamentos vaginais deve ser evitada por 48 horas antes da coleta, pois essas substâncias recobrem os elementos celulares dificultando a avaliação microscópica, prejudicando a qualidade da amostra para o exame citopatológico.  A realização de exames intravaginais, como a ultrassonografia, também deve ser evitada nas 48 horas anteriores à coleta, pois é utilizado gel para a introdução do transdutor.
  • 77.  Embora usual, a recomendação de abstinência sexual prévia ao exame só é justificada quando são utilizados preservativos com lubrificante ou espermicidas. Na prática a presença de espermatozoides não compromete a avaliação microscópica.  O exame não deve ser feito no período menstrual, pois a presença de sangue pode prejudicar o diagnóstico citopatológico. Deve-se aguardar o quinto dia após o término da menstruação.  No caso de sangramento vaginal anormal, o exame ginecológico é mandatório e a coleta, se indicada, pode ser realizada.  Não se recomenda o uso de lubrificantes para a introdução do espéculo, pois essas substâncias podem interferir na avaliação de secreções.
  • 78.  Primeiro se faz a inspeção genital, observando-se distribuição de pelos, trofismo vulvar, lesões de pele, alterações de cor, cicatrizes e tumorações.  Inspecionam-se os pequenos e grandes lábios, clitóris, uretra, hímen e região anal.  Avalia-se através da manobra de Valsalva possíveis prolapsos em parede anterior (cistocele), posterior (retocele), uretra (uretrocele) ou colo uterino (prolapso uterino ou de cupúla caso a mulher seja histerectomizada). Observa-se, neste momento, alguma perda de urina ou presença de secreções.
  • 79.  Com a mão enluvada, procede-se o afastamento dos pequenos lábios e a introdução do espéculo na vagina;  O tamanho do espéculo deve ser ajustado para cada mulher.  É preciso ter cuidado com o uso de luvas, colocando-as e retirando-as no momento adequado, evitando a contaminação de objetos.
  • 80.
  • 81.  Com a extremidade da espátula de Ayre (em rabo de peixe), procede-se a realização da coleta de material. A parte maior da espátula é colocada sobre o orifício cervical externo e girada 360º com o objetivo de coletar células da junção escamocolunar (JEC), área em que os dois epitélios (escamoso e glandular) se encontram e de maior ocorrência de alterações neoplásicas e pré-neoplásicas.  A coleta com a escova endocervical é necessária quando a JEC não for visível.
  • 82. NOVA JEC ANTIGA JEC ZONA DE TRANSFORMAÇÃO
  • 83.  Uma boa amostra cervical inclui o epitélio escamoso (ectocérvice) e epitélio colunar (endocérvice) e, principalmente, a zona de transformação, onde a maioria das neoplasias surgem.
  • 84.
  • 85.  O material retirado é distendido, de forma que se obtenha um esfregaço fino e uniforme, o da espátula na metade superior ou esquerda e da escova na metade inferior ou direita de uma lâmina única, devidamente identificada;  A fixação deve ser imediata, com a solução fixadora;  A lâmina é colocada em recipiente específico identificado (em geral caixa de lâminas), com a face contendo o material distendido sem contato direto com superfícies, e encaminhada ao laboratório para análise citopatológica.
  • 86.
  • 87. Espátula Escova Endocervical Espátula Escova Endocervical Espátula Escova Endocervical
  • 88.  Evitar cremes ou géis  Correto timing do esfregaço  Remover o excesso de muco  Escolha do material para coleta  Distensão correta  Rápida fixação (<10 seg)
  • 89.  INFECÇÕES: Trichomonas vaginalis: Metronidazol 400mg 2XD; OU Doxacilina100mg 2XD, por 1 sem) Infecções fúngicas: Antifúngicos Vaginose bacteriana (Metronidazol, Clindamicina) Herpes simplex : Aciclovir  Repita CP em 6-8 sem; se alteração persistir em 3 ocasiões, encaminhar para colposcopia.
  • 90. O teste de Schiller e o exame de toque não devem ser realizados antes da coleta. O exame não oferece risco na gravidez, tanto para gestante como para o feto.
  • 91.  Após a coleta das secreções e do esfregaço para o citopatológico, procede-se a aplicação de ácido acético (1 a 5%) no colo uterino, com nova inspeção do colo após 2 a 4 min, com a finalidade de detectar lesões que fiquem destacadas (mais brancas e brilhantes ou leucoacéticas).
  • 92.  Em seguida, aplica-se solução de lugol no colo uterino para o teste de Schiller.  Se o colo se cora de maneira uniforme e é escuro, o teste é considerado normal (iodo positivo ou Schiller negativo).  Se houver áreas do epitélio escamoso que não se coram (iodo negativo ou Schiller positivo), o exame é considerado alterado.  Em algumas situações fisiológicas em que a mucosa vaginal está atrófica (menopausa, amamentação), a coloração não é uniforme ou adquire tonalidade mais clara (iodo-claro), não caracterizando alerta para lesão.
  • 93.  Versão em português disponível.  Inspeção visual com lugol e ácido acético.  http://screening.iarc.fr/digital/cdVILIpt/cdV ILIpt.html  http://screening.iarc.fr/digital/cdVIApt/cdVI Apt.html
  • 94.
  • 95.
  • 96.
  • 97.
  • 98.
  • 99.
  • 100.
  • 101.
  • 102.
  • 103.
  • 104.
  • 105.
  • 106.  5A- Repetir o CP  Exame insatisfatório, repetir o CP dentro de um período entre 6-12 semanas com correção, quando possível do problema que motivou o resultado insatisfatório. Considerar presença de infecções vaginais ou atrofia por baixa de estrogênio, caso presentes tratar antes de repetir a coleta.  A presença do processo inflamatório intenso prejudica a qualidade da amostra. O tratamento DST diminui o risco de insatisfatoriedade da lâmina.  Deve ser explicado à mulher que o motivo da repetição não é por alteração patológica relacionada ao câncer.
  • 107.
  • 108. Papanicolaou (1941) OMS (1952) Richart (1967) Brasil (2006) Classe I --- --- Normal Classe II --- --- Alterações benignas --- --- --- Atipias de significado indeterminado Classe III Displasia leve Displasia moderada Displasia acentuada NIC I NIC II NIC III LSIL HSIL HSIL Classe IV Carcinoma in situ NIC III HSIL Adenocarcinoma in situ Classe V Carcinoma invasor Carcinoma invasor Carcinoma invasor
  • 109.  7A- ASC-US  É a sigla para células escamosas atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas. É a alteração citológica mais descrita nos laudos de CP  Há uma correlação com doença de baixa gravidade para a maioria das mulheres, logo, conduta conservadora pouco invasiva é recomendável. Fatores como idade da mulher e a realização de rastreio citológico prévio devem ser considerados nessa decisão. Alem desses aspectos, deve-se considerar que a lesão invasora do colo do útero é claramente mais prevalente na quarta e quinta década de vida da mulher.  Para um resultado ASC-US, a recomendação na mulher com 30 anos ou mais será a repetição do CP em um intervalo de 6 meses, precedida, quando necessário, do tratamento de processos infecciosos e de melhora do trofismo genital, com preparo estrogênico após a menopausa.  Mulheres com idade inferior a 30 anos, repetir o CP no intervalo de 12 meses.
  • 110.  7A- ASC-US  Se dois exames CP subsequentes com intervalo de 6 meses (ou 12 meses, se <30anos), forem negativos, a paciente deverá retornar à rotina de rastreamento citológico trienal, porém se o resultado de alguma citologia de repetição for igual ou mais significativa, a paciente deverá ser encaminhada para colposcopia.  Na colposcopia sem alterações, o retorno ao rastreio está recomendado com intervalo semestral ou anual, dependendo da faixa etária. Se resultado normal, repetir o exame em seis meses. Após duas citologias normais coletadas com intervalo de 6 meses, retornar a rotina de rastreamento.  Na colposcopia com alterações, deve-se realizar a biópsia.
  • 111.
  • 112.  8A- Lesão Baixo Grau (Lesão intra-epitelial de baixo grau/LISL)  A maioria das alterações citológicas de baixo grau regride espontaneamente, na medida em que espelha a manifestação morfológica da infecção aguda e transitória pelo HPV.  A prevalência de lesões pré-invasivas (NIC II/III) ou câncer, relatada na literatura, após exame CP compatível com LSIL, variade 11,8 a 23,3%, o que aponta para a possibilidade de subdiagnóstico no CP. Entretanto o comportamento benigno desse grau de alteração, associado ao risco de ocorrência de efeitos adversos psíquicos e físicos, como hemorragia, infecção e desfechos obstétricos significativos, tem levado a recomendações conservadoras.  A recomendação é repetir o CP em seis meses. Processos infecciosos ou atrofia genital identificados devem ser tratados antes dessa nova coleta. Se a citologia de repetição for negativa em dois exames consecutivos, a paciente deve retornar à rotina de rastreamento citológico trienal.  Se qualquer citologia subsequente for positiva, encaminhar à unidade de referência para colposcopia.
  • 113.
  • 114.  9A – ASC-H ou AGC  ASC-H (células escamosas atípicas de significado indeterminado, não podendo excluir lesão de alto grau). ASC-H apresenta risco de lesão de alto grau (NIC II/III) subjacente alto, de 12 a 68%, e , e 1,3 a 3% de câncer.  A recomendação é o encaminhamento para colposcopia.  AGC (atipias de significado indeterminado em células glandulares)  Categoria associada a um maior risco de neoplasia cervical quando comparada a das células escamosas atípicas de significado indeterminado ou das lesões intraepiteliais de baixo grau.  A conduta preconizada para as pacientes com diagnóstico citológico de AGC é o encaminhamento para citologia do canal cervical. É recomendável a avaliação endometrial (com US e/ou estudo anatomopatológico) em pacientes acima de 35 anos. Abaixo dessa idade, a investigação endometrial deverá ser realizada se presente sangramento uterino anormal.
  • 115.
  • 116.  10A – Lesão Alto Grau (LIAG)  A denominação lesão intraepitelial de alto grau (LIAG) compreende as neoplasias intraepiteliais cervicais grau II e III (NIC II/III/carcinoma in situ). Cerca de 70 a 75% das pacientes com laudo citológico de LIAG apresentam confirmação histopatológica deste grau de doença e 1 a 2% terão diagnóstico histopatológico de carcinoma invasor. Como apresentam grande potencial morfológico de progressão para neoplasia é consenso que devem ser tratadas.  A conduta é o encaminhamento ao serviço de referência.
  • 117.
  • 118. LEEP (loop electrodiathermy excision procedure) LASER  Criocirurgia  Eletrocoagulação Conização cervical  Histerectomia
  • 119. Estágio Ia (carcinoma cervical microinvasor)  Cirúrgico histerectomia radical e linfadenectomia pélvica bilateral Radioterapia: radiação intracavitária e externa. Quimiorradiação, usando cisplatina semanal como sensibilizante, aumenta sobrevida.
  • 120. Estágio II  Estágio IIa: cirurgia radical ou quimiorradioterapia.  Estágio IIb: NÃO CIRÚRGICO. Combinação de quimioradioterapia externa e intracavitária. Estágio III  Estágio IIIa e IIIb: quimiorradioterapia, geralmente externa, seguida por braquiterapia intracavitária. Estágio IV  Estágio IVa: quimiorradioterapia pélvica.  Estágio IVb: radioterapia pélvica para controle do sangramento vaginal e quimioterapia para metástases à distância.
  • 121.  Estágio clínico  Tipo patológico  Adenocarcinoma e carcinoma adenoescamoso tem geralmente menos de 5 anos de sobrevida do que carcinoma escamoso, estágio por estágio
  • 122.  Disponibilidade de recursos diagnósticos como colposcopia, testagem para HPV  Disponibilidade de recursos para o tratamento como LEEP, crioterapia, LASER  Idade da mulher  Manutenção da fertilidade  Grau e extensão da lesão  Motivação para seguimento  Expertise
  • 123.
  • 124.  Vacinação contra o HPV proposta pelo MS:  2014 - Campanha de vacinação de meninas entre 11 e 13 anos contra o vírus HPV. A meta é vacinar 80% do público-alvo.  A primeira dose (de um total de três) foi aplicada nas escolas, a segunda será aplicada com intervalo de seis meses e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira dose.  2015 a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos.  2016 às meninas que completam 9 anos.
  • 125.  PROTEÇÃO - O Ministério da Saúde adquiriu 15 milhões de doses para o primeiro ano de vacinação. A vacina utilizada é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) do HPV, dos quais dois (subtipos 16 e 18) são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo.Usada como estratégia de saúde pública em 51 países, a quadrivalente é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem eficácia de 98% contra o vírus HPV.  A vacinação é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero.  Ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais.
  • 126.  1) Qual a redução de casos de câncer de colo de útero/lesões de alto grau que a vacina promoveu nos estudos e nas populações já vacinadas?  Não houve redução de câncer nos estudos.  Na realidade, não ocorreu nenhum caso de câncer nem nos grupos de intervenção, nem nos de controle, pois sua incidência é baixa e o período é de até 30 anos para o câncer desenvolver-se a partir das lesões precursoras. Os estudos ainda não tiveram esta duração. Portanto, também não há qualquer informação sobre redução de mortalidade por câncer do colo uterino.  E os resultados de proteção encontrados para lesões precursoras devem ser entendidos à luz de que 63% dos NIC2, em mulheres entre 13 e 24 anos regridem espontaneamente após 3 anos. Mesmo a incidência acumulada de evolução de lesões NIC 3 para câncer em 30 anos é de 31,3% .
  • 127.  2) Qual a prevalência de CA colo de útero nestas populações estudadas?  Em sua publicação de 2002, o Global Cancer Statistics apresentou a incidência do câncer cervical como de 7,7/100.000 na America do Norte. Na União Européia como um todo, a incidência de câncer cervical foi de 10,9 casos /100.000. (Globocan 2008. International Agency for Research on Cancer). Pode ser útil, para compreender a epidemiologia do problema, dispor de algumas outras informações.  A prevalência de infecção por HPV em mulheres de Portugal entre 18 a 65 anos, verificada na citologia oncótica, foi de 14,3%, e de 30% se considerarem apenas aquelas entre 25-30 anos. Enquanto 84% daquelas correspondiam a tipos oncogênicos, apenas em 22% das positivas se detectou algum subtipo coberto pela vacina (Estudo Cleopatre, 2009).  A proporção em que as vacinas disponíveis oferecem proteção cruzada entre subtipos de HPV presentes e ausentes das vacinas ainda está em estudo (Lancet Infect Dis. 2012 Oct;12(10):781-9).
  • 128.  3)Quais os eventos adversos atribuídos a vacina? Qual a prevalência destes?  Numerosos casos reportados levaram à hipótese de nexo causal com a vacina (JAMA. 2009;302(7):750-757). Os mais frequentes foram síncope e reações locais, com dor e eritema, tontura, náusea e cefaléia.  Dos 12.424 relatos de efeitos adversos contados numa referência, 772 foram severos (6%), incluindo 32 mortes (Summary of HPV Adverse Event Reports Published in JAMA, acessível em 04/02/2014 em http://www.cdc.gov/vaccinesafety/Vaccines/HP V/jama.html).
  • 129.  A partir do Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS), descreveram-se 69 casos de Síndrome de Guillain-Barré depois da vacinação con Gardasil entre 2006 e 2009 nos Estados Unidos. Em mais de 2/3 dos casos, os sintomas iniciaram em até 6 semanas; na maioria, nos primeiros 15 dias. A incidência estimada com Gardasil foi de 80,2 casos por 10 milhões de pacientes.  Para comparação, tem-se que com a vacina Menactra (anti-meningocócica), foi de 23 casos por 10 milhões. Após a vacina da gripe, foi de 9,5 casos por cada 10 milhões. (Souayah N, Michas-Martin PA, Nasar A, Krivitskaya N, Yacoub HA, Khan H, Qureshi AI. Guillain-Barré syndrome after Gardasil vaccination: data from Vaccine Adverse Event Reporting System 2006-2009. Vaccine. 2011 Jan 29;29(5):886-9).
  • 130.  Além dos mais comuns, os danos incluem uveíte (http://www.eurekaselect.com/117322/article),  falência ovariana induzida pelos adjuvantes vacinais (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23902317) e  síndrome da taquicardia postural, (http://www.migueljara.com/wp-content/ uploads/2014/01/6-cases-of-POTS-following-HPV-vax_ EJNeurol.pdf) (3).  Um estudo de coorte, embora com um seguimento pouco extenso (180 dias), limitado para descartar uma parte dos desfechos neurológicos e auto-imunes que testou sem encontrar associação, identificou (!) associação estatisticamente significativa da vacina com Síndrome de Behcet, Doença de Raynaud e diabetes tipo 1 (Autoimmune, neurological, and venous thromboembolic adverse events after immunisation of adolescent girls with quadrivalent human papillomavirus vaccine in Denmark and Sweden: cohort study. BMJ 2013;347:f5906).
  • 131.  No entanto, o VAERS é um sistema de informação passivo. Depende de ser notificado para incluir a informação em seus bancos de dados. Este não é um desenho de coleta de informação apto a definir nexos causais. Patrocinadores da vacina tem indicado que esta limitação para comprovar nexo causal advoga pelo reconhecimento de que sua adoção é segura. No entanto, se o VAERS, apesar do volume de notificações de paraefeitos, não é apropriado para consolidar nexo causal, deve-se lembrar que a ausência de evidência que demonstre dano não significa que haja evidência demonstrando a segurança. Acrescente-se que só foram incluídos, nas análises de segurança pós-licenciamento, casos reportados nos EEUU, e que 68% deles vieram do fabricante: Merck and Co (Slade BA, Leidel L, Vellozzi C, Woo EJ, Hua Wei, Sutherland A, et al: Postlicensure safety surveillance for quadrivalent human papillomavirus recombinant vaccine. JAMA 2009, 302(7):750–757).
  • 132.  Publicação de 2010 atualizou a análise dos dados de seguimento dos trials e concluiu que somente as reações locais à vacina ocorriam de modo significantemente maior do que com placebo. Pediatr Infect Dis J. 2010 Feb;29(2):95-101.  Entretanto, deve-se apontar que o grupo controle do ECR do fabricante não era constituído de substância inerte, mas de um preparado visualmente indistinguível contendo alumínio (N Engl J Med 2007; 356:1915-1927May 10, 2007. Acessado em 05/02/2014 em http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa061741). Ora, a substância utilizada nos controles deveria preservar a condição neutra e não ter potencial de causar dano por mecanismos não-placebo. No entanto, como já reportado, sabe-se que os adjuvantes das vacinas podem ter um papel em seus paraefeitos
  • 133.  4)Considerando a prevalência de CA colo de útero na população do RS, a probabilidade de evento adverso e NNT, é seguro realizar a vacinação em massa de adolescentes?  A estimativa do INCA para câncer cervical na região sul em 2014 é de 16 casos /100 mil.  Considera-se segura a administração de uma vacina quando seus riscos são aceitáveis e seus benefícios os superam.  No caso da vacina contra o HPV, não há conhecimento sobre qualquer benefício em termos de proteção contra o câncer ou redução de mortalidade.  Nesse sentido, os riscos existentes, mesmo que hajam controvérsias, tornam inadequada a vacinação massiva de adolescentes, qualquer que seja a prevalência populacional de câncer de colo uterino.
  • 134.  Além disso, há que levar em conta que a vacinação não se propõe a substituir o rastreamento pelo Papanicolaou, significando que, quanto ao elemento custo, as reduções estimadas não podem supor a supressão dos custos atuais com o rastreamento, nem desconsiderar a necessidade de aumentá-los ainda mais para que atinja adequadamente sua finalidade.  Novamente quanto à segurança e custos, cabe ter em conta que demandas judiciais em outras partes do mundo já receberam reconhecimento oficial e prosseguem no rumo de indenizações devidas por nexo entre a vacina e danos (http://www.lacelosia.com/el-primer-reconocimiento- oficial-de-dano-causado-por-gardasil-la- vacuna-contra-el-papiloma-desata-una-oleada-de-demandas/).
  • 135.  Uma conduta segura seria aguardar os resultados e análises independentes de um seguimento maior nos estudos (utilizando-se placebos adequados nos controles) onde a vacina está implantada há mais tempo e, enquanto isso, buscar estratégias para captar para o Papanicolaou os segmentos populacionais femininos que persistem à sua margem.  Destaca-se o elemento da necessidade de transparência e independência nas análises, pois nos estudos que são usados como justificativa para a implantação da vacina, os conflitos de interesse de pesquisadores da área são notórios, a exemplo de Joakim Dillner, (quadrivalent vaccine investigator: “J. Dillner has received consultancy fees, lecture fees, and research grants from Merck and Co, Inc, and Sanofi Pasteur MSD.” http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20139221 ).
  • 136.  Além disso, cabe acrescentar que uma abordagem ampla de verificação de segurança e custo-efetividade deveria levar em conta outras estratégias de enfrentamento da carga de doença associada ao HPV e seus co-fatores que levam ao câncer cervical uterino.  Por exemplo, de 1985 a 2002 a China reduziu a incidência deste câncer de 17,8 para 6,8/100.000 com a modificação dos demais fatores de risco, inclusive falta de acesso a atenção primária à saúde. (http://www.infectagentscancer.com/content/p df/1750-9378-8-21.pdf).
  • 137.  5) Das coortes realizadas, as mulheres vacinadas foram instruídas a seguir usando condom e a ter comportamento sexual seguro? Houve aumento de outras DST pela sensação de segurança que a vacina gerou?  No próprio protocolo do ECR (FUTURE II) que fundamentou o lançamento da Gardasil, foram incluídas consultas de seguimento periódico com citologia cervical e colposcopia, conforme o algoritmo eleito para seu uso. As mulheres foram selecionadas entre as não-gestantes que não tinham resultados de Papanicolaou alterados e no máximo 4 parceiros sexuais até ali. Foram orientadas a usarem “contracepção efetiva” por 7 meses, mas não há descrição de outras orientações na publicação (http://www.nejm.org/doi/pdf/10.1056/NEJMoa0617 41).
  • 138.  Existem estudos buscando responder sobre a hipótese de que a vacinação contra o HPV poderia induzir aumento em comportamentos sexuais de risco.  Um estudo recentemente publicado com 339 adolescentes vacinadas não encontrou associação entre crenças sobre riscos de se contraírem outras DSTs (além do HPV) logo após a vacinação e a realização de práticas sexuais de risco após 2 e 6 meses. (Risk Perceptions and Subsequent Sexual Behaviors After HPV Vaccination in Adolescents. Allison Mayhew, Tanya L. Kowalczyk Mullins, Lili Ding, Susan L. Rosenthal, Gregory D. Zimet, Charlene Morrow, and Jessica A. Kahn Pediatrics peds.2013-2822; published ahead of print February 2, 2014, doi:10.1542/peds.2013-2822) (http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2014/01/2 8/peds.2013-2822.abstract).  No entanto, este e outros estudos tem um “n” pequeno ou um delineamento aquém do que já seria possível com a quantidade de pessoas já vacinadas. Grandes estudos controlados comparando desfechos comportamentais adequados entre pessoas vacinadas e não-vacinadas ainda não são conhecidos.
  • 139.  Complementação:  A respeito da imunidade produzida, somente foi testada a imunidade humoral. Não é conhecida a resposta imune celular no colo uterino, mas tem-se pesquisado caminhos de explicação imunofisiológica para a proteção que foi detectada contra as infecções (http://www.infectagentscancer.com/content/5/1/19).  Deve-se, ainda, lembrar que o efeito ecológico de “ninho vazio” para outras cepas oncogênicas não foi estudado. São 15 essas cepas, e a vacina age contra 2.  Faz parte das tarefas de atenção primária a prevenção quaternária. Trata-se de proteger as pessoas de procedimentos excessivos e/ou desnecessários com potencial de dano. Pode-se conhecer mais sobre prevenção quaternária no capítulo do médico de família espanhol Juan Gérvas no tratado Brasileiro de Medicina de Família, disponível neste link: https://www.dropbox.com/s/sbzr88lqtmefeni/Preven%C3%A7%C3 %A3o%20Quartern%C3%A1ria%20Gervas%20Tratado%20SBMFC.pdf
  • 140.  NNT para prevenir uma infecção pelo subtipo 16= 74.  Para o subtipo 18=160.  NNT para, em geral, prevenir NIC1=46.  Para NIC2=196.  Para NIC3=250.  Para Ca in situ=545.  Para câncer=indeterminado.
  • 141.
  • 142.  A oferta de exames pelo SUS atualmente seria suficiente para a cobertura da população feminina na faixa etária prioritária, porém observa-se que grande parte dos exames são ofertados como repetições desnecessárias em intervalos menores do que o recomendado.  No Brasil, expansão de oferta não trouxe queda na mortalidade.  A questão é: qual a estratégia para reduzir o número das que NUNCA receberam o teste?
  • 143.
  • 144.  TABAI: Temos 01 equipe de ESF com ESB e estamos implantando mais 01 equipe de ESF. Temos 01 UBS central e mais um posto de saúde no interior do município e estamos em processo de licitação para a construção de 01 nova UBS com recursos do governo federal. Não possuímos um centro de especialidades todos os multiprofissionais atendem na UBS central.  Com as duas equipes trabalhando teremos 100% de cobertura de ESF no município.
  • 145.  NSR: No município de Nova Santa Rita são duas ESF e três UBS.  Em torno 8000 pessoas.  MTN: 3 ESF em vista de mais 2 a serem implantadas e 2 UBS.  Bairro Germano Henke, Bairro esperança e Bairro Industrial.  SJS: O município de São José do Sul possui 1 ESF, não possui UBS e também não possui centro de especialidades.  100%
  • 146.  TABAI: As enfermeiras são responsáveis pela coleta de CP e exames clínicos de mamas e elas mesmas solicitam as mamografias. Eventualmente os médicos clínicos e o ginecologista também solicitam as mamografias.  NSR: A coleta de CP e o exame de mamas são realizados por ginecologistas e enfermeiras. A MMG é solicitada apenas por médicos, ginecologistas ou não.
  • 147.  MTN: Enfermeiros e médicos. A MMG é solicitada pelo médico. Atualmente o município está se reorganizando em relação as coletas, aumentou as cotas de CP, estamos organizando a consulta de enfermagem para que na consulta a enfermeira faça a coleta do CP, o exame clínico das mamas e solicite a MMG.  SJS: No momento o único profissional que coleta o cp e o exame clínico das mamas é o enfermeiro, mas até ano passado também coletava o ginecologista que estamos tentando nova contratação. Quem solicita a MMG é o enfermeiro e médico clínico geral.
  • 148. MUNICÍPIO LABORATÓRIO TEMPO LIBERAÇÃO LAUDO TABAI Laboratório CMD, Lajeado >40 DIAS NOVA SANTA RITA Instituto de Ginecologia do RS 45-60 DIAS MONTENEGRO Histomed, Montenegro 40 DIAS (OCORRENDO ATRASOS >90 DIAS) BARÃO Histomed Montenegro 60-100 DIAS SÃO JOSÉ DO SUL Laboratório CGC, POA 30-45 DIAS PARECI NOVO Laboratório CGC, POA 30-45 DIAS SALVADOR DO SUL Sanatório Parthenon 30 DIAS
  • 149. MUNICÍPIO REFERÊNCIA PARA CP ALTERADOS TEMPO ATÉ CONTACTAR PACIENTE NOTIFICAÇÃO AO COLETADOR TABAÍ Enfermeira que ao identificar alterações imediatamente entra em contato com a paciente e a encaminha para consulta com ginecologista na UBS. O tempo de contato varia, pois é necessário o retorno do resultado do exame ao município pelo laboratório. Sim, além da enfermeira da AB a enfermeira do ESF também realiza as coletas de CP e quando necessário realiza busca ativa das usuárias com auxílios das ACSs. NOVA SANTA RITA Quando é encontrado alteração no exame citopatológico o laboratório entra em contato com o serviço de epidemiologia do município, que recebe este resultado. O tempo transcorrido é em torno de 30 dias. O serviço de epidemiologia entra em contato com a UBS que realizou a coleta do exame para localizar a paciente e solicitar que compareça na UBS o quanto antes.
  • 150. MUNICÍPIO REFERÊNCIA PARA CP ALTERADOS TEMPO ATÉ CONTACTAR PACIENTE NOTIFICAÇÃO AO COLETADOR MONTENEGRO Enfermeiro da UBS entra em contato pelo telefone com a paciente e já agenda consulta com o ginecologista. Em área coberta por ACS o mesmo entra em contato com o paciente solicitando a mesmo comparecer na UBS. Em área coberta por ACS o mesmo entra em contato com o paciente solicitando a mesmo comparecer na UBS. BARÃO O tempo de análise é menor 40 dias. O paciente é comunicado e encaminhado para equipe da Estratégia de Saúde da Família médico e enfermeiro, referenciada para o ponto de atenção
  • 151. MUNICÍPIO REFERÊNCIA PARA CP ALTERADOS TEMPO ATÉ CONTACTAR PACIENTE NOTIFICAÇÃO AO COLETADOR SÃO JOSÉ DO SUL Acredito que o laboratório entre em contato com o coordenador da atenção básica do município. A comunicação faz parte, e todos trabalham no mesmo espaço físico. PARECI NOVO A enfermagem que recebe os resultados sendo passado aos médicos ginecologistas e posteriomente comunicado a paciente para que retorne para nova consulta. No momento não é realizado coleta pelos profissionais do ESF. SALVADOR DO SUL A ginecologista. Logo após o retorno do resultado. Não quem coleta é a enfermeira da UBS
  • 152.  TABAI: O município de Tabaí realiza a análise de CP no Laboratório CMD de Lajeado. Os resultados demoram mais de 40 dias para retornarem ao município. As enfermeiras são responsável por receber os resultados e orientar as pacientes.  NSR: O laboratório é o Instituto de Ginecologia do RS. O resultado chega na unidade de saúde em torno de 45 a 60 dias. Quem coordena o recebimento é o Serviço de Epidemiologia do município.  MTN: Histomed – a cota de exames atualmente para Montenegro é de 280. Leva em torno de 3 meses para retornar. Estamos conversando com os responsáveis para que este tempo não ultrapasse 40 dias, os Laudos estão indo para a Unidade que faz a coleta, mas foi combinado com as enfermeiras da unidades que todo o resultado que esta demorando mais de 40 dias que enviem o nome da paciente para a coordenação de AB do município para que esta entre em contato coma Histomed para saber o motivo da demora.  SJS: Laboratório CGC, o tempo de liberação é de 30 a 45 dias. Quem coordena o recebimento é o enfermeiro responsável.
  • 153.  TABAI: Quando há alguma alteração no exame a paciente é encaminhada ao médico ginecologista da UBS que faz o acompanhamento e tratamento da usuária e quando não é possível realizar o tratamento ou procedimento na UBS, a paciente é referenciada aos Hospitais de Porto Alegre, via Sistema AGHOS, ou á oncologia do Hospital Bruno Born.  NSR: A referência para o cuidado é a equipe de saúde da UBS que presta atendimento para este paciente.  MTN: Os casos são encaminhados ao ginecologista e as ESF acompanham o processo.
  • 154.  BARAO: a Equipe da Estratégia juntamente com a Secretaria de saúde do Município.  SJS: Encaminhamos via sistema AGHOS para o Hospital Femina quando o encaminhamento é para uma avaliação do ginecologista, quando necessitar de tratamento direto com oncologista a marcação é direta no Hospital Centenário.  PARECI: A referência são os médicos ginecologistas do município juntamente com a equipe de ESF.  SS: NR
  • 155. MUNICÍPIO REFERÊNCIA PRIORIZAÇÃO TABAÍ A paciente é referenciada aos Hospitais de Porto Alegre, via Sistema AGHOS, para realizar os procedimentos de conização, histerectomia entre outros, o tempo de espera para agendamento da avaliação, apesar de não termos grande número de casos, é bem longo, em média mais de 60 dias. No caso de necessitarem de avaliação em oncologia a nossa referência é o Hospital Bruno Born de Lajeado e o tempo de espera para agendamento da 1ª consulta é de em média 15 dias. NOVA SANTA RITA Geralmente esses casos são encaminhados para o Hospital Santa Rita, do Complexo da Santa Casa de Porto Alegre. Sim, a regulação prioriza estes casos.
  • 156. MUNICÍPIO REFERÊNCIA PRIORIZAÇÃO MONTENE GRO Se o exame der alterado, logo a paciente é encaminhada ao ginecologista do município e este encaminha para o tratamento necessário com doc de referencia e contra referencia, esta paciente então é inserida no sistema de regulação AGHOS. Os casos de Câncer são agendados com no máximo 10 dias, sendo a referencia o município de São Leopoldo. As pessoas responsáveis pela marcação ficam diariamente na tentativa que geralmente demoram muito. BARÃO Porto Alegre Há prioridades nos casos mais graves.
  • 157. MUNICÍPIO REFERÊNCIA PRIORIZAÇÃO SÃO JOSÉ DO SUL Procedimentos ginecológicos sistema AGHOS no Hospital Femina. Quimioterapia e radioterapia seria no Hospital Centenário. Sim a regulação prioriza estes casos. PARECI NOVO Os serviços de referência são Hospitais de Porto Alegre onde o agendamento é realizado pela regulação através do AGHOS. Geralmente a regulação tem priorizado estes casos. SALVADOR DO SUL São encaminhadas pelo AGHOS, geralmente em POA. Alguns casos de radio até o presente momento em São Leopoldo, vai mudar a referência.
  • 158.  “Os demais casos de ginecologia, como as doenças ginecológicas do colo de útero, entram no AGHOS e conforme a informação obtida, as consultas demoram a ser marcadas. Na ocasião pude acompanhar o processo de uma paciente que entrou no sistema para uma consulta de doença ginecológica do colo do útero, embora o sistema mostrava disponível, liberado para agendamento, não foi possível agendar a consulta pois não havia vaga para este mês e nem para o próximo mês.”
  • 159.  TABAÍ:  123 exames coletados (1º semestre 2014) =0,33 366 mulheres  (DATASUS 2012: 0,69)
  • 160.  NSR: A população feminina na faixa etária de 25 a 59 anos do município no ano de 2010, segundo dados do Censo Demográfico de 2010 (IBGE, 2014) era de 5.414.  Houve uma cobertura de 12,4% da população feminina nessa faixa etária.  A razão entre o número de exames citopatológico realizados em relação a esta população foi de 0,11.  Menos da metade da razão mínima esperada (0,3 exame/mulheres/ano) para os municípios estabelecidos no Pacto de Atenção a Saúde de 2006.  (2012: 0,37)
  • 161.  BARAO: 314 CP coletados. 600 mulheres na faixa etária =0,52 (2012: 0,59)  SJS: 136/191 = 0,71 (2012: 0,89)  SS: Exames realizados - 359  Pop. 1/3 – 544  indicador = 0.66  (2012: 0,82)
  • 162.  MONTENEGRO: NR (2012: 0,23)  PARECI NOVO: NR (2012: 0,95)
  • 163. Estipular funções, responsabilidades e metas em conjunto ajudam a atingir objetivos e evitar falhas.
  • 164.  DATASUS > informações em saude > tabnet > indicadores de saude >  < indicadores do rol de diretrizes, objetivos ,metas e indicadores: 2013-2015,  indicadores municipais > clicar no mapa o RS,  aí aparece uma tela azul, então selecionar na janelas o necessario aos  indicadores 18 e 19.
  • 165.
  • 166.
  • 167.
  • 168.
  • 169.
  • 170.
  • 171. SIA/SUS Ano Total exames exames 25 a 64 anos % exames 25 a 64 anos mulheres 25 a 64 anos indicador - Razão de CP e a pop. alvo 2009 4994 4034 80,78 34447 0,35 2010 4968 3999 80,50 36117 0,33 2011 6370 5240 82,26 36291 0,43 2012 5625 4546 80,82 36458 0,37 2013* 5314 4338 81,63 36458 0,36 NIS, 2014
  • 172. 0.35 0.33 0.43 0.37 0.36 0.60 0.50 0.40 0.30 0.20 0.10 0.00 2009 2010 2011 2012 2013 Brasil RS Sapucaia NIS, 2014
  • 173. 0.70 0.60 0.50 0.40 0.30 0.20 0.10 0.00 NIS, 2014
  • 174.  Discussão de casos  Avaliação do Curso
  • 175.  REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, Ministério da Saúde, Instituto Nacional do Câncer, 2011  Manejo Conforme Resultado do Rastreamento para Câncer do Colo Útero em Serviço de Atenção Primária à Saúde, Grupo Hospitalar Conceição, SSC, Monitoramento e Avaliação, Atenção à Saúde da Mulher, 2011.