SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 31
Descargar para leer sin conexión
Síndrome PFAPA
e outras
Síndromes Febris Periódicas
Annie Mafra Oliveira
Estagiária do Serviço de Alergia e
Imunologia Pediátrica do HBDF
Dezembro/2013
PFAPA
• Síndrome de Marshall (1987)
• Síndrome da febre periódica, estomatite aftosa, faringite
e adenopatia.
• Crianças de 4-5 anos de idade, cujos sintomas podem
começar nos primeiros meses de vida e durar até os 12
anos.
• Síndromes de febres recorrentes - episódios reincidentes
de inflamação generalizada aos quais nenhum agente
infeccioso ou causa imunológica podem ser associados.
PFAPA
• Não hereditária?
• Etiologia desconhecida

doença infecciosa ou
disfunção imunológica?

• Distúrbio da resposta imune, com ativação contínua de
citocinas pró-inflamatórias e resposta antiinflamatória
reduzida tanto durante como no intervalo dos episódios
febris.
• Exames complementares - leucocitose moderada,
imunoglobulina D aumentada (em 66% dos pacientes).
PFAPA
• Para o diagnóstico da síndrome, 2 características são
consideradas fundamentais:
1 - Periodicidade dos episódios, com intervalos de 3-4
semanas, com febre alta, aparecimento súbito e
persistência de 4-6 dias.
2 - Boa saúde da criança entre os episódios.
PFAPA
Critérios definidos por Marshall et al:
a) Apresentar febres recorrentes que começaram antes dos
5 anos de idade;
b) Ter pelo menos um dos seguintes sinais: estomatite
aftosa, linfoadenopatia cervical, faringite;
c) Exclusão dos diagnósticos de neutropenia cíclica e
síndrome da hiperimunoglobulinemia D (HIDS);
d) Ausência de sintomas entre os episódios;
e) Desenvolvimento normal.
PFAPA
Diagnóstico diferencial
•
•
•
•
•
•
•
•

Doença de Crohn;
Artrite Reumatóide Juvenil;
Deficiência de imunoglobulinas totais ou de IgG;
Disfunção ou deficiência de linfócitos T;
Neutropenia cíclica;
Infecção pelo HIV;
Febre Familiar do Mediterrâneo;
Síndrome de Hiperimunoglobulinemia D, etc.
PFAPA
Tratamento:
• A administração de antibióticos não tem efeito benéfico;
• A maioria dos pacientes que recebe 1 ou 2 doses de
corticosteróides apresenta resolução significativa da febre;
• A maioria das crises é interrompida na fase inicial com
dose única de prednisona oral de 2 mg/kg;
• Cimetidina;
• Amigdalectomia.
PFAPA
Tratamento:
• A resposta acentuada à corticoterapia é única na
síndrome PFAPA e pode ser usada como um critério
diagnóstico;
• A síndrome PFAPA não está associada a sequelas a longo
prazo.
• Se forem persistentes, os sintomas poderão requerer
terapia imunossupressora de longo prazo.
Outras Síndromes Febris Periódicas
Febre Familiar do Mediterrâneo
• O primeiro paciente foi descrito em 1908, por Janeway e
Mosenthal, e a primeira série de casos foi relatada em
1945, por Siegal;
• Autossômica recessiva;
• Prevalente entre árabes, turcos, armênios e judeus
sefárdicos;
• Predominância no sexo masculino;
• Mutações no gene MEFV (M694V, M680I e V726A),
localizado no braço curto do cromossoma 16 (16p13.3);
• M694V - curso da doença mais grave e amiloidose;
• Inicio dos sintomas após 5 anos.
Febre Familiar do Mediterrâneo
• Febre alta recorrente com duração de 1–3 dias, que
desaparece espontaneamente.
• Dor abdominal (95%), rigidez dos músculos abdominais,
prisão de ventre e diarreia; simula abdome agudo.
• Comprometimento pleural, dor torácica, dispneia.
• Mialgia, artrite e/ou artralgia.
• Amiloidose renal é a complicação mais significativa.
• Ausência de faringite e aftas orais.
• Causas: estresse, ciclo menstrual, exercício e infecções
subclínicas.
Febre Familiar do Mediterrâneo
Tratamento:
• AINES.
• Colchicina:
▫ Adultos: 1 mg/dia.
▫ Crianças < 5 anos: ≤ 0,5 mg/dia
▫ Crianças de 5 -10 anos: 1 mg/dia
▫ Crianças > 10 anos: 1,5 mg/dia
▫ Dose máxima: 2 mg/dia.
• Sintomas não melhoram com dose única de corticóide.
Neutropenia Cíclica
• Doença autossômica dominante;
• Mutação no gene ELA2, 19p13.3;
• Febres regulares de 3-5 dias, ocorrendo em intervalos de
21 dias, durante ou logo após o episódio de neutropenia.
• Úlceras orais profundas e dolorosas, gengivite, doença
periodontal, adenopatia cervical, diarreia.
• Tratamento - fator estimulante de colônias de
granulócitos - pacientes com complicações infecciosas
significativas.
Síndrome da Hiperimunoglobulinemia D
(HIDS)
• Descrita pela primeira vez em 1984 em 6 pacientes com
história de febre recorrente e elevação de IgD no soro.
• Doença autossômica recessiva;
• Mutação gene MVK, no cromossoma 12q.24;
• Codifica a mevalonato quinase (MVK) expressa em
peroxissomos, convertendo o ácido mevalônico em ácido
5-fosfomevalônico (precursor essencial de esteróis colesterol, vitamina D, sais biliares e isoprenóides);
• Caucasianos Europa ocidental (60% dos casos em
Holandeses ou Franceses)
Síndrome da Hiperimunoglobulinemia D
(HIDS)
• Crises agudas podem durar de 4-6 dias e retornar após 3 a 6
semanas; intervalos variáveis - 1x/semana a 2x/ano;
• Causas – estresse, infecção, trauma e vacinação;
• Febre associada a linfadenopatia dolorosa, dor abdominal,
vômitos (56%) e diarreia aquosa ou sanguinolenta (82%).
• Faringite ou úlceras aftosas não encontram-se associados às
febres;
• Hepatoesplenomegalia, exantema maculopapular(82%),
artralgias (80%) e artrite não erosiva de grandes
articulações podem estar presentes.
Síndrome da Hiperimunoglobulinemia D
(HIDS)
• IgD elevada (>100 U/mL);
• Níveis elevados de IgA no soro e de ácido mevalônico
urinário podem ser encontrados durante a febre.
• Reagentes de fase aguda são elevados durante os
episódios febris, e leucocitose com predominância de
neutrófilos imaturos é vista;
• Tratamento – corticóide dose única (1 mg/kg)
• Drogas biológicas – Etanercept (inibidor de TNF-α) e
Anakinra (inibidor de IL-1).
TRAPS (TNF-receptor-associated periodic
syndrome)
Doença multissistêmica autoinflamatória;
Autossômica dominante;
Mutações no gene TNFr1A, cromossoma 12p;
Diminuição do receptor solúvel de TNF
aumento da
atividade de TNF;
• 80 variantes de TNFr1A, 64 identificadas;
• Mutações mais comuns - R92Q e P46L;
•
•
•
•
TRAPS (TNF-receptor-associated periodic
syndrome)
• Febre - sem periodicidade regular, 21 dias, em média;
• Episódio típico
dores musculares em uma
extremidade associada a febre de 38-41ºC;
• Exantema sobrepõe a área de mialgia;
• Edema periorbital doloroso e conjuntivite;
• Dor abdominal grave, sintomas articulares, serosite;
• Amiloidose renal;
• Biópsias de músculos - fasceíte monocítica;
• Biópsias de pele - infiltrado intersticial de monócitos e
linfócitos, sem vasculite.
TRAPS (TNF-receptor-associated periodic
syndrome)
• Os níveis do receptor solúvel de TNF são baixos, tanto
durante como entre os episódios;
• Aumento de reagentes de fase aguda, neutrofilia e
anemia hipocrômica;
• Sintomas não melhoram com dose única de corticóde;
• Ideal: corticóide 7-10 dias;
• Drogas imunosupressoras – ineficazes;
• Etanercept - eficaz na redução dos sintomas,
anormalidades laboratoriais e na melhora da síndrome
nefrótica secundária à amiloidose renal.
Criopirinopatias
• Doenças caracterizadas por inflamação recorrente,
episódios de febre, artralgias, erupções cutâneas, além de
complicações como amiloidose renal, perda de visão,
surdez e danos articulares;
• Criopirinas - complexo de proteínas responsável pela
ativação das caspases 1 e a secreção de IL-1β;
• Três síndromes - mutação no gene CIAS1:
▫ Síndrome autoinflamatória familiar ao frio (FCAS);
▫ Síndrome de Muckle-Wells (MWS), 1962;
▫ Doença Inflamatória Multissistêmica de Início Neonatal
(NOMID) ou Síndrome neurológica , cutânea e articular
crônica infantil (CINCA),1981.
Síndrome autoinflamatória familiar ao
frio
• Rara - 20 famílias afetadas relatados desde quando foi
descrita, em 1940;
• Qualquer idade - picos de febre de curta duração (inferior
a 24 horas) associados à urticária, calafrios e
artralgia/artrite desencadeados pelo frio.
• Início - 30 minutos a 6 horas após a exposição ao frio;
• Duração - 12 horas.
• Amiloidose - nefropatia.
• Tratamento - clima quente, corticosteróides, colchicina,
medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides e anakinra
(antagonista de IL-1).
Síndrome de Muckle-Wells
• Início - infância;
• Episódios recorrentes de febre baixa (38ºC), com
resolução espontânea entre 12 e 36 horas, associados à
urticária, artrite, mialgias, dor abdominal, úlceras
aftosas, e/ou conjuntivite.
• Estes episódios não estão associados à exposição ao frio.
• Complicações - perda auditiva neurossensorial e
amiloidose.
CINCA / NOMID
• Rara (100 casos), fenótipo mais grave;
• Período neonatal ou primeira infância;
• Febre e exantema urticariforme persistente (ao
nascimento em 75% dos casos);
• “Facies“ típica - proeminência frontal, nariz em sela e
hipoplasia facial;
CINCA / NOMID
• Deformidades dos joelhos, tornozelos, pulsos e cotovelos
(50%);
• Meningite asséptica crônica, perda progressiva da
audição, dores de cabeça crônicas, retardo mental,
epilepsia.
• Uveíte anterior, papilite e atrofia do nervo óptico.
• Não há remissão espontânea;
• Resposta aos corticosteróides e outros medicamentos
anti-inflamatórios é minima;
CINCA / NOMID
• Boa resposta à injeções diárias de Anakinra (1 mg/kg /dia,
SC) em pacientes com e sem mutações em ​CIAS1
identificáveis;
• Rilonacept e Canakinumabe – inibidores de IL-1 de longa
ação, aprovados pelo FDA recentemente;
• Os inibidores de caspase-1 estão sendo estudados como
agentes terapêuticos potenciais para a CIAS1.
Síndrome de Blau
• Doença autoinflamatória autossômica dominante, familial
ou esporádica (1985);
• Mutação no domínio NACHT de CARD15 (NOD2),
cromossomo 16 q12.1-13;
• Início nos primeiros anos de vida;
• Lesões granulomatosas não caseosoas que afetam as
articulações (poliartrite simétrica), pele e olhos;
• 50% - uveíte
catarata e glaucoma secundário;
• Tratamento - esteróides orais e imunossupressores
(metotrexato ou ciclosporina A).
• Anti-TNF (infliximabe) e anti-IL1.
Síndrome PAPA
• Síndrome de artrite piogênica asséptica, pioderma
gangrenoso e acne.
• Mutações no gene CD2BP1 ou PSTPIP1,15q22-24.
• Início na primeira infância;
• Artrite destrutiva - articulações não-axiais;
• Acne cística e lesões cutâneas ulcerativas.
• Culturas de pele e articulações estéreis com um infiltrado
neutrofílico;
• Boa resposta aos glicocorticóides orais e produtos
biológicos, em pacientes esteróide-resistentes.
Síndrome de Majeed
• Osteomiletite Recorrente Crônica Multifocal;
• Mutações no gene LPIN2, cromossomo 18 p11.31;
• Febre, lesões ósseas, dores, anemia congênita e
manifestações dermatológicas (psoríase, pustulose, acne,
palmoplantar).
• Diagnóstico baseado nos seguintes critérios:
▫ 1. ≥ 2 lesões ósseas típicas (osteólise com esclerose
circundante em radiografias convencionais);
▫ 2. duração ≥ 6 meses;
▫ 3. histológico típico na biópsia óssea;
▫ 4. idade <18 anos no momento do diagnóstico.
Síndrome de Majeed
Tratamento

▫ AINEs e esteróides orais - controle dos sintomas;
▫ Esplenectomia e transfusões de sangue - eficazes no
controle de manifestações hematológicas.
Resumindo
Obrigada!

Más contenido relacionado

La actualidad más candente (20)

Amigdalite Bacteriana
Amigdalite  BacterianaAmigdalite  Bacteriana
Amigdalite Bacteriana
 
infecções de pele e anexos
infecções de pele e anexos infecções de pele e anexos
infecções de pele e anexos
 
Semiologia 07 reumatologia - semiologia reumatológica pdf
Semiologia 07   reumatologia - semiologia reumatológica pdfSemiologia 07   reumatologia - semiologia reumatológica pdf
Semiologia 07 reumatologia - semiologia reumatológica pdf
 
Dengue diagnóstico e tratamento
Dengue   diagnóstico e tratamentoDengue   diagnóstico e tratamento
Dengue diagnóstico e tratamento
 
Imunologia - Casos Clínicos
Imunologia - Casos ClínicosImunologia - Casos Clínicos
Imunologia - Casos Clínicos
 
3 Hemocromatose Hereditária
3  Hemocromatose Hereditária3  Hemocromatose Hereditária
3 Hemocromatose Hereditária
 
Laboratório
LaboratórioLaboratório
Laboratório
 
Aula streptococcus
Aula streptococcusAula streptococcus
Aula streptococcus
 
2 Anemias - Visão Geral
2  Anemias - Visão Geral2  Anemias - Visão Geral
2 Anemias - Visão Geral
 
Espondiloartrite
Espondiloartrite Espondiloartrite
Espondiloartrite
 
lupus eritematoso
lupus eritematosolupus eritematoso
lupus eritematoso
 
Síndromes medulares
Síndromes medularesSíndromes medulares
Síndromes medulares
 
Herpes Zoster
Herpes ZosterHerpes Zoster
Herpes Zoster
 
Sífilis e manejo clínico da profilaxia da transmissão vertical
Sífilis e manejo clínico da profilaxia da transmissão verticalSífilis e manejo clínico da profilaxia da transmissão vertical
Sífilis e manejo clínico da profilaxia da transmissão vertical
 
Questões Meningite Meningocócica
Questões Meningite Meningocócica Questões Meningite Meningocócica
Questões Meningite Meningocócica
 
Histoplasmose
HistoplasmoseHistoplasmose
Histoplasmose
 
Hepatite C Caso Clinico
Hepatite C Caso ClinicoHepatite C Caso Clinico
Hepatite C Caso Clinico
 
Hepatite B
Hepatite BHepatite B
Hepatite B
 
DST-SÍFILIS
DST-SÍFILISDST-SÍFILIS
DST-SÍFILIS
 
Hepatites Virais - Curso Básico
Hepatites Virais - Curso BásicoHepatites Virais - Curso Básico
Hepatites Virais - Curso Básico
 

Destacado

PFAPA syndrome and its related diseases
PFAPA syndrome and its related diseasesPFAPA syndrome and its related diseases
PFAPA syndrome and its related diseasesAriyanto Harsono
 
Imunodeficiência Comum Variável
Imunodeficiência Comum VariávelImunodeficiência Comum Variável
Imunodeficiência Comum VariávelAnnie Oliveira
 
Familial Mediterranean Fever: from pathogenesis to treatment
Familial Mediterranean Fever: from pathogenesis to treatmentFamilial Mediterranean Fever: from pathogenesis to treatment
Familial Mediterranean Fever: from pathogenesis to treatmentJosé Luis Moreno Garvayo
 
La escarlatina
La escarlatinaLa escarlatina
La escarlatinakaratyzoe
 
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. RobsonFluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. RobsonProfessor Robson
 
doencas-cromossomicas
doencas-cromossomicasdoencas-cromossomicas
doencas-cromossomicasPatty Nery
 
Faringite estreptocócica
Faringite estreptocócicaFaringite estreptocócica
Faringite estreptocócicaMônica Firmida
 
2011 02 doenças exantemáticas na infância
2011 02 doenças exantemáticas na infância2011 02 doenças exantemáticas na infância
2011 02 doenças exantemáticas na infânciaLeonardo Savassi
 
Exantemas pediatricos
Exantemas pediatricosExantemas pediatricos
Exantemas pediatricosDaniel Angel
 
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. RobsonFluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. RobsonProfessor Robson
 
Doenças exantematicas na infancia
Doenças exantematicas na infanciaDoenças exantematicas na infancia
Doenças exantematicas na infanciaLeonardo Savassi
 

Destacado (20)

Síndrome PFAPA
Síndrome PFAPASíndrome PFAPA
Síndrome PFAPA
 
PFAPA syndrome and its related diseases
PFAPA syndrome and its related diseasesPFAPA syndrome and its related diseases
PFAPA syndrome and its related diseases
 
Imunodeficiência Comum Variável
Imunodeficiência Comum VariávelImunodeficiência Comum Variável
Imunodeficiência Comum Variável
 
Sindrome marshall
Sindrome marshallSindrome marshall
Sindrome marshall
 
Síndrome de Chédiak-Higashi
Síndrome de Chédiak-HigashiSíndrome de Chédiak-Higashi
Síndrome de Chédiak-Higashi
 
Familial Mediterranean Fever: from pathogenesis to treatment
Familial Mediterranean Fever: from pathogenesis to treatmentFamilial Mediterranean Fever: from pathogenesis to treatment
Familial Mediterranean Fever: from pathogenesis to treatment
 
La escarlatina
La escarlatinaLa escarlatina
La escarlatina
 
Enfermedades exantemáticas
Enfermedades exantemáticasEnfermedades exantemáticas
Enfermedades exantemáticas
 
Ictus y foramen oval permeable
Ictus y foramen oval permeableIctus y foramen oval permeable
Ictus y foramen oval permeable
 
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. RobsonFluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
 
doencas-cromossomicas
doencas-cromossomicasdoencas-cromossomicas
doencas-cromossomicas
 
Faringite estreptocócica
Faringite estreptocócicaFaringite estreptocócica
Faringite estreptocócica
 
Enfermedades exantemáticas virales
Enfermedades exantemáticas viralesEnfermedades exantemáticas virales
Enfermedades exantemáticas virales
 
2011 02 doenças exantemáticas na infância
2011 02 doenças exantemáticas na infância2011 02 doenças exantemáticas na infância
2011 02 doenças exantemáticas na infância
 
Exantemas virales
Exantemas viralesExantemas virales
Exantemas virales
 
Exantemas pediatricos
Exantemas pediatricosExantemas pediatricos
Exantemas pediatricos
 
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. RobsonFluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
Fluxograma para diagnóstico das doenças exantemáticas na infância - Prof. Robson
 
Neutropenia ciclica
Neutropenia ciclicaNeutropenia ciclica
Neutropenia ciclica
 
Escarlatina
EscarlatinaEscarlatina
Escarlatina
 
Doenças exantematicas na infancia
Doenças exantematicas na infanciaDoenças exantematicas na infancia
Doenças exantematicas na infancia
 

Similar a Síndrome pfapa e outras síndromes febris periódicas

Febre de Origem Desconhecida
Febre de Origem DesconhecidaFebre de Origem Desconhecida
Febre de Origem DesconhecidaMarcelino Cabral
 
O doente com EM na urgencia de neurologia
O doente com EM na urgencia de neurologiaO doente com EM na urgencia de neurologia
O doente com EM na urgencia de neurologiaJoão Cerqueira
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya Claupaiva
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya Claupaiva
 
Manifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHManifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHsebastiaomoises
 
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.pptSeminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.pptAineSophie
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Yvone Formiga
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia  2013Tétano com espasmo e apneia  2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Yvone Formiga
 
Lupus Eritematoso Sistêmico e Síndrome Anti-fosfolípides
Lupus Eritematoso Sistêmico e Síndrome Anti-fosfolípidesLupus Eritematoso Sistêmico e Síndrome Anti-fosfolípides
Lupus Eritematoso Sistêmico e Síndrome Anti-fosfolípidespauloalambert
 
Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteiras
Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteirasMeningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteiras
Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteirasdaniloomar046
 
Cefaleias final ppx.pptx
Cefaleias final ppx.pptxCefaleias final ppx.pptx
Cefaleias final ppx.pptxMeysonSilva
 

Similar a Síndrome pfapa e outras síndromes febris periódicas (20)

Crise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plusCrise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plus
 
2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.
 
Febre de Origem Desconhecida
Febre de Origem DesconhecidaFebre de Origem Desconhecida
Febre de Origem Desconhecida
 
O doente com EM na urgencia de neurologia
O doente com EM na urgencia de neurologiaO doente com EM na urgencia de neurologia
O doente com EM na urgencia de neurologia
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya
 
Manifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIHManifestacoes neurologicas do VIH
Manifestacoes neurologicas do VIH
 
Uno cc febril
Uno   cc febrilUno   cc febril
Uno cc febril
 
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.pptSeminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013
 
Caxumba
CaxumbaCaxumba
Caxumba
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia  2013Tétano com espasmo e apneia  2013
Tétano com espasmo e apneia 2013
 
Lupus Eritematoso Sistêmico e Síndrome Anti-fosfolípides
Lupus Eritematoso Sistêmico e Síndrome Anti-fosfolípidesLupus Eritematoso Sistêmico e Síndrome Anti-fosfolípides
Lupus Eritematoso Sistêmico e Síndrome Anti-fosfolípides
 
Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteiras
Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteirasMeningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteiras
Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteiras
 
1692034819777.pdf
1692034819777.pdf1692034819777.pdf
1692034819777.pdf
 
Aula Hanseníase
Aula Hanseníase Aula Hanseníase
Aula Hanseníase
 
Malária
MaláriaMalária
Malária
 
Lacm Bia e Maurício
Lacm Bia e MaurícioLacm Bia e Maurício
Lacm Bia e Maurício
 
Cefaleias final ppx.pptx
Cefaleias final ppx.pptxCefaleias final ppx.pptx
Cefaleias final ppx.pptx
 
Febre chikungunya
Febre chikungunya Febre chikungunya
Febre chikungunya
 

Síndrome pfapa e outras síndromes febris periódicas

  • 1. Síndrome PFAPA e outras Síndromes Febris Periódicas Annie Mafra Oliveira Estagiária do Serviço de Alergia e Imunologia Pediátrica do HBDF Dezembro/2013
  • 2. PFAPA • Síndrome de Marshall (1987) • Síndrome da febre periódica, estomatite aftosa, faringite e adenopatia. • Crianças de 4-5 anos de idade, cujos sintomas podem começar nos primeiros meses de vida e durar até os 12 anos. • Síndromes de febres recorrentes - episódios reincidentes de inflamação generalizada aos quais nenhum agente infeccioso ou causa imunológica podem ser associados.
  • 3. PFAPA • Não hereditária? • Etiologia desconhecida doença infecciosa ou disfunção imunológica? • Distúrbio da resposta imune, com ativação contínua de citocinas pró-inflamatórias e resposta antiinflamatória reduzida tanto durante como no intervalo dos episódios febris. • Exames complementares - leucocitose moderada, imunoglobulina D aumentada (em 66% dos pacientes).
  • 4. PFAPA • Para o diagnóstico da síndrome, 2 características são consideradas fundamentais: 1 - Periodicidade dos episódios, com intervalos de 3-4 semanas, com febre alta, aparecimento súbito e persistência de 4-6 dias. 2 - Boa saúde da criança entre os episódios.
  • 5. PFAPA Critérios definidos por Marshall et al: a) Apresentar febres recorrentes que começaram antes dos 5 anos de idade; b) Ter pelo menos um dos seguintes sinais: estomatite aftosa, linfoadenopatia cervical, faringite; c) Exclusão dos diagnósticos de neutropenia cíclica e síndrome da hiperimunoglobulinemia D (HIDS); d) Ausência de sintomas entre os episódios; e) Desenvolvimento normal.
  • 6. PFAPA Diagnóstico diferencial • • • • • • • • Doença de Crohn; Artrite Reumatóide Juvenil; Deficiência de imunoglobulinas totais ou de IgG; Disfunção ou deficiência de linfócitos T; Neutropenia cíclica; Infecção pelo HIV; Febre Familiar do Mediterrâneo; Síndrome de Hiperimunoglobulinemia D, etc.
  • 7. PFAPA Tratamento: • A administração de antibióticos não tem efeito benéfico; • A maioria dos pacientes que recebe 1 ou 2 doses de corticosteróides apresenta resolução significativa da febre; • A maioria das crises é interrompida na fase inicial com dose única de prednisona oral de 2 mg/kg; • Cimetidina; • Amigdalectomia.
  • 8. PFAPA Tratamento: • A resposta acentuada à corticoterapia é única na síndrome PFAPA e pode ser usada como um critério diagnóstico; • A síndrome PFAPA não está associada a sequelas a longo prazo. • Se forem persistentes, os sintomas poderão requerer terapia imunossupressora de longo prazo.
  • 10. Febre Familiar do Mediterrâneo • O primeiro paciente foi descrito em 1908, por Janeway e Mosenthal, e a primeira série de casos foi relatada em 1945, por Siegal; • Autossômica recessiva; • Prevalente entre árabes, turcos, armênios e judeus sefárdicos; • Predominância no sexo masculino; • Mutações no gene MEFV (M694V, M680I e V726A), localizado no braço curto do cromossoma 16 (16p13.3); • M694V - curso da doença mais grave e amiloidose; • Inicio dos sintomas após 5 anos.
  • 11. Febre Familiar do Mediterrâneo • Febre alta recorrente com duração de 1–3 dias, que desaparece espontaneamente. • Dor abdominal (95%), rigidez dos músculos abdominais, prisão de ventre e diarreia; simula abdome agudo. • Comprometimento pleural, dor torácica, dispneia. • Mialgia, artrite e/ou artralgia. • Amiloidose renal é a complicação mais significativa. • Ausência de faringite e aftas orais. • Causas: estresse, ciclo menstrual, exercício e infecções subclínicas.
  • 12. Febre Familiar do Mediterrâneo Tratamento: • AINES. • Colchicina: ▫ Adultos: 1 mg/dia. ▫ Crianças < 5 anos: ≤ 0,5 mg/dia ▫ Crianças de 5 -10 anos: 1 mg/dia ▫ Crianças > 10 anos: 1,5 mg/dia ▫ Dose máxima: 2 mg/dia. • Sintomas não melhoram com dose única de corticóide.
  • 13. Neutropenia Cíclica • Doença autossômica dominante; • Mutação no gene ELA2, 19p13.3; • Febres regulares de 3-5 dias, ocorrendo em intervalos de 21 dias, durante ou logo após o episódio de neutropenia. • Úlceras orais profundas e dolorosas, gengivite, doença periodontal, adenopatia cervical, diarreia. • Tratamento - fator estimulante de colônias de granulócitos - pacientes com complicações infecciosas significativas.
  • 14. Síndrome da Hiperimunoglobulinemia D (HIDS) • Descrita pela primeira vez em 1984 em 6 pacientes com história de febre recorrente e elevação de IgD no soro. • Doença autossômica recessiva; • Mutação gene MVK, no cromossoma 12q.24; • Codifica a mevalonato quinase (MVK) expressa em peroxissomos, convertendo o ácido mevalônico em ácido 5-fosfomevalônico (precursor essencial de esteróis colesterol, vitamina D, sais biliares e isoprenóides); • Caucasianos Europa ocidental (60% dos casos em Holandeses ou Franceses)
  • 15. Síndrome da Hiperimunoglobulinemia D (HIDS) • Crises agudas podem durar de 4-6 dias e retornar após 3 a 6 semanas; intervalos variáveis - 1x/semana a 2x/ano; • Causas – estresse, infecção, trauma e vacinação; • Febre associada a linfadenopatia dolorosa, dor abdominal, vômitos (56%) e diarreia aquosa ou sanguinolenta (82%). • Faringite ou úlceras aftosas não encontram-se associados às febres; • Hepatoesplenomegalia, exantema maculopapular(82%), artralgias (80%) e artrite não erosiva de grandes articulações podem estar presentes.
  • 16. Síndrome da Hiperimunoglobulinemia D (HIDS) • IgD elevada (>100 U/mL); • Níveis elevados de IgA no soro e de ácido mevalônico urinário podem ser encontrados durante a febre. • Reagentes de fase aguda são elevados durante os episódios febris, e leucocitose com predominância de neutrófilos imaturos é vista; • Tratamento – corticóide dose única (1 mg/kg) • Drogas biológicas – Etanercept (inibidor de TNF-α) e Anakinra (inibidor de IL-1).
  • 17. TRAPS (TNF-receptor-associated periodic syndrome) Doença multissistêmica autoinflamatória; Autossômica dominante; Mutações no gene TNFr1A, cromossoma 12p; Diminuição do receptor solúvel de TNF aumento da atividade de TNF; • 80 variantes de TNFr1A, 64 identificadas; • Mutações mais comuns - R92Q e P46L; • • • •
  • 18. TRAPS (TNF-receptor-associated periodic syndrome) • Febre - sem periodicidade regular, 21 dias, em média; • Episódio típico dores musculares em uma extremidade associada a febre de 38-41ºC; • Exantema sobrepõe a área de mialgia; • Edema periorbital doloroso e conjuntivite; • Dor abdominal grave, sintomas articulares, serosite; • Amiloidose renal; • Biópsias de músculos - fasceíte monocítica; • Biópsias de pele - infiltrado intersticial de monócitos e linfócitos, sem vasculite.
  • 19. TRAPS (TNF-receptor-associated periodic syndrome) • Os níveis do receptor solúvel de TNF são baixos, tanto durante como entre os episódios; • Aumento de reagentes de fase aguda, neutrofilia e anemia hipocrômica; • Sintomas não melhoram com dose única de corticóde; • Ideal: corticóide 7-10 dias; • Drogas imunosupressoras – ineficazes; • Etanercept - eficaz na redução dos sintomas, anormalidades laboratoriais e na melhora da síndrome nefrótica secundária à amiloidose renal.
  • 20. Criopirinopatias • Doenças caracterizadas por inflamação recorrente, episódios de febre, artralgias, erupções cutâneas, além de complicações como amiloidose renal, perda de visão, surdez e danos articulares; • Criopirinas - complexo de proteínas responsável pela ativação das caspases 1 e a secreção de IL-1β; • Três síndromes - mutação no gene CIAS1: ▫ Síndrome autoinflamatória familiar ao frio (FCAS); ▫ Síndrome de Muckle-Wells (MWS), 1962; ▫ Doença Inflamatória Multissistêmica de Início Neonatal (NOMID) ou Síndrome neurológica , cutânea e articular crônica infantil (CINCA),1981.
  • 21. Síndrome autoinflamatória familiar ao frio • Rara - 20 famílias afetadas relatados desde quando foi descrita, em 1940; • Qualquer idade - picos de febre de curta duração (inferior a 24 horas) associados à urticária, calafrios e artralgia/artrite desencadeados pelo frio. • Início - 30 minutos a 6 horas após a exposição ao frio; • Duração - 12 horas. • Amiloidose - nefropatia. • Tratamento - clima quente, corticosteróides, colchicina, medicamentos anti-inflamatórios não-esteróides e anakinra (antagonista de IL-1).
  • 22. Síndrome de Muckle-Wells • Início - infância; • Episódios recorrentes de febre baixa (38ºC), com resolução espontânea entre 12 e 36 horas, associados à urticária, artrite, mialgias, dor abdominal, úlceras aftosas, e/ou conjuntivite. • Estes episódios não estão associados à exposição ao frio. • Complicações - perda auditiva neurossensorial e amiloidose.
  • 23. CINCA / NOMID • Rara (100 casos), fenótipo mais grave; • Período neonatal ou primeira infância; • Febre e exantema urticariforme persistente (ao nascimento em 75% dos casos); • “Facies“ típica - proeminência frontal, nariz em sela e hipoplasia facial;
  • 24. CINCA / NOMID • Deformidades dos joelhos, tornozelos, pulsos e cotovelos (50%); • Meningite asséptica crônica, perda progressiva da audição, dores de cabeça crônicas, retardo mental, epilepsia. • Uveíte anterior, papilite e atrofia do nervo óptico. • Não há remissão espontânea; • Resposta aos corticosteróides e outros medicamentos anti-inflamatórios é minima;
  • 25. CINCA / NOMID • Boa resposta à injeções diárias de Anakinra (1 mg/kg /dia, SC) em pacientes com e sem mutações em ​CIAS1 identificáveis; • Rilonacept e Canakinumabe – inibidores de IL-1 de longa ação, aprovados pelo FDA recentemente; • Os inibidores de caspase-1 estão sendo estudados como agentes terapêuticos potenciais para a CIAS1.
  • 26. Síndrome de Blau • Doença autoinflamatória autossômica dominante, familial ou esporádica (1985); • Mutação no domínio NACHT de CARD15 (NOD2), cromossomo 16 q12.1-13; • Início nos primeiros anos de vida; • Lesões granulomatosas não caseosoas que afetam as articulações (poliartrite simétrica), pele e olhos; • 50% - uveíte catarata e glaucoma secundário; • Tratamento - esteróides orais e imunossupressores (metotrexato ou ciclosporina A). • Anti-TNF (infliximabe) e anti-IL1.
  • 27. Síndrome PAPA • Síndrome de artrite piogênica asséptica, pioderma gangrenoso e acne. • Mutações no gene CD2BP1 ou PSTPIP1,15q22-24. • Início na primeira infância; • Artrite destrutiva - articulações não-axiais; • Acne cística e lesões cutâneas ulcerativas. • Culturas de pele e articulações estéreis com um infiltrado neutrofílico; • Boa resposta aos glicocorticóides orais e produtos biológicos, em pacientes esteróide-resistentes.
  • 28. Síndrome de Majeed • Osteomiletite Recorrente Crônica Multifocal; • Mutações no gene LPIN2, cromossomo 18 p11.31; • Febre, lesões ósseas, dores, anemia congênita e manifestações dermatológicas (psoríase, pustulose, acne, palmoplantar). • Diagnóstico baseado nos seguintes critérios: ▫ 1. ≥ 2 lesões ósseas típicas (osteólise com esclerose circundante em radiografias convencionais); ▫ 2. duração ≥ 6 meses; ▫ 3. histológico típico na biópsia óssea; ▫ 4. idade <18 anos no momento do diagnóstico.
  • 29. Síndrome de Majeed Tratamento ▫ AINEs e esteróides orais - controle dos sintomas; ▫ Esplenectomia e transfusões de sangue - eficazes no controle de manifestações hematológicas.