SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 8
Descargar para leer sin conexión
Caminho para o desenvolvimento 
A Fronteira Oeste e a Campanha estão entre 
as regiões com menor grau de desenvolvimento 
do País. Com a economia baseada na produção 
primária, apresentam um baixo grau de indus-trialização. 
Por isso, sofrem, ao longo das últimas 
décadas, de um grande esvaziamento. Muitos do 
que deixavam suas cidades partiam em busca da 
formação acadêmica, já que as universidades ali 
existentes eram todas privadas. 
Por tudo isso, era um ambiente favorável 
para sediar uma das 18 novas universidades fe-derais 
criadas pelos governos Lula/Dilma dentro 
do Programa de Expansão do Ensino Universitário. 
O Brasil mudou muito nos últimos anos. São 
sete milhões de alunos nas universidades, 49 mil 
escolas em tempo integral, 422 escolas técnicas 
federais, além de mais de R$ 200 bilhões que 
serão destinados à educação nos próximos 10 
anos, com o investimento em educação chegando 
a 10% do PIB (hoje ele é de 6,4%). As pessoas 
também puderam ser mais bem qualificadas por 
meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino 
Técnico e ao Emprego (Pronatec), que já ofertou 
oito milhões de vagas, com R$ 14 bilhões de in-vestimento 
e 6,8 milhões de inscritos. 
E a nossa região, a partir da conquista da 
Unipampa, instalada em dez municípios, também 
começa a mudar. 
Afinal, como disse o presidente Lula, em 
Bagé, no dia 27 de julho de 2005, quando anun-ciou 
a criação de nossa universidade: “Atrás de 
uma universidade vai o conhecimento, vai a pos-sibilidade 
de desenvolvimento, vai a geração de 
emprego e vai a formação de gente pobre que 
nunca sonhou fazer uma universidade”. 
Nas próximas páginas contaremos a história 
da conquista e as transformações que a Unipam-pa 
está produzindo no Pampa Gaúcho.
Conquista que veio das ruas 
Até a publicação da Lei Federal nº 11.640, 
de 11 de janeiro de 2008, que criou a Unipam-pa, 
um longo caminho precisou ser percorrido. A 
ampla mobilização popular realizada entre os me-ses 
de abril e julho de 2005 em 23 municípios da 
Fronteira Oeste e Campanha, que levou mais de 
70 mil pessoas às ruas, foi decisiva. 
Tudo começou quando a direção da Univer-sidade 
da Região da Campanha (Urcamp), bus-cando 
alternativas para enfrentar uma das piores 
crises da instituição em seus 50 anos de vida, 
procurou o então prefeito de Bagé, Luiz Fernando 
Mainardi, e o deputado federal Paulo Pimenta. O 
professor Arno Cunha, que ocupava a reitoria, re-latou 
a Mainardi e Pimenta a aflitiva situação no 
dia 27 de fevereiro de 2005. 
Os dois entraram em campo e marcaram 
agenda com Tarso Genro, que era ministro da 
Educação. A Urcamp queria apoio para um plano 
de estabilização que possibilitasse encaminhar 
solução para a dívida de R$ 50 milhões e permi-tisse 
captar recursos para um programa de inves-timentos 
que levassem à modernização. 
No encontro do dia 10 de março, Tarso pro-pôs 
duas medidas. A curto prazo, com apoio dos 
técnicos do MEC, a elaboração de um plano de 
captação de verbas juntos às agências oficiais de 
financiamento. A médio prazo, a mobilização para 
incluir a universidade no Plano de Expansão do 
Ensino Universitário, que começava a ser gestado 
pelo Governo Federal. 
As propostas foram apresentadas ao Conse-lho 
da Fundação Atilla Taborda, mantenedora da 
Urcamp, no dia 24 de março e uma semana de-pois 
estava formada a Comissão de Mobilização. 
O primeiro ato público pela federalização da Ur-camp 
aconteceu no Ginásio Corujão, em Bagé, no 
16 de maio, reunindo cerca de três mil pessoas.
Mobilização tomou as cidades 
A partir do primeiro ato, o movimento tomou 
os 23 municípios da área de abrangência das Ur-camp. 
Caminhadas, carreatas, mateadas e comí-cios 
foram realizados em toda a região, levando 
milhares de pessoas às ruas para reivindicar a fe-deralização 
da Urcamp. Foi, sem dúvidas, o maior 
movimento popular já realizado na região. 
Diante das dificuldades legais e institucio-nais 
de federalização da Urcamp, a luta foi dire- 
O grande dia 
O dia 27 de julho de 2005 vai entrar para 
a História da região. Nesta data, Lula, diante de 
aproximadamente 40 mil pessoas, reunidas na 
Praça Silveira Martins, anunciou a criação da Uni-pampa, 
hoje considerada uma das maiores obras 
já realizadas por um governo em favor do desen-volvimento 
da Metade Sul do Rio Grande do Sul. 
Bagé se preparou e se enfeitou para receber 
as milhares de pessoas que vieram de 22 municí-pios 
e que estavam integradas ao movimento que 
superou barreiras ideológicos, religiosas e até clu-bísticas. 
Era uma luta de todos e para todos. Mais 
de 250 ônibus se dirigiram para Bagé levando 
pessoas que queriam ser protagonistas de uma 
cionada para a conquista de uma Universidade 
Federal para a região. 
O movimento deu certo. Mainardi, Pimenta 
e Arno, acompanhados de Tarso, mantiveram, au-diência 
com Lula no dia 14 de junho, em Brasília, 
data em que foi confirmada a ida do presidente da 
República a Bagé no dia 27 de julho para anunciar 
a criação da Universidade Federal do Pampa. 
conquista que mudaria suas vidas, as vidas de 
suas cidades e a vida da região. 
Em Bagé, Mainardi decretou ponto faculta-tivo 
na Prefeitura e garantiu passe livre no trans-porte 
municipal. O comércio e os bancos fecha-ram 
no início da tarde. 
O povo não se decepcionou. Lula anunciou, 
naquela tarde ensolarada de inverno, que Bagé e 
região teriam uma universidade com campus em 
outros nove municípios. Foi uma grande festa que 
os que lá estavam até hoje não esquecem e nem 
esquecerão.
O impacto da Unipampa sobre Jaguarão 
Um campus pioneiro 
A história do campus da Uni-pampa 
de Jaguarão se confunde com o 
pioneirismo. O campus foi o primeiro a 
abrir o Restaurante Universitário (R.U). 
Outra conquista inédita é a abertura do 
polo de Educação a Distância. O atual 
tregue em janeiro de 2016, com es-paço 
para abrigar, gratuitamente, 100 
acadêmicos. 
Hoje, a comunidade acadêmica 
é formada por 1.200 estudantes, 60 
professores, 26 terceirizados, 31 téc-nicos 
administrativos. São seis cursos 
de graduação, oito pós-graduações e 
dois mestrados, que são compartilha-dos 
com outros campi. O espírito do 
campus Jaguarão é de inovação, que 
Vieira acredita ser uma forma de dar 
retorno e envolver a população local 
com a universidade. “Eu acredito que a 
Unipampa é capaz de mudar a realida-de 
da cidade.” 
desafio segundo o diretor do campus, 
Maurício Aires Vieira, é a permanência 
dos estudantes na cidade, já que 60% 
dos alunos são de outros locais do país 
e pertencem as classes C e D. 
Para enfrentar a situação, foram 
implantadas pelo Governo Federal, o 
Programa de Bolsas de Permanência 
(PBP), que fornece auxílio econômico, 
para moradia, transporte e alimenta-ção, 
aos que comprovem não ter con-dições 
econômicas de supri-las. Ainda 
como forma de dar condições para a 
permanência dos universitários, está 
sendo construída no campus, a casa 
do estudante. A moradia deve ser en- 
Oportunidade de trabalho no bairro Kennedy 
As consequências da instalação da Unipampa tam-bém 
chegaram ao casal Andreia Cardoso Rodrigues e André 
Quadro Bretanha. Morador do bairro Kennedy, onde está o 
campus da Universidade, desde que nasceu, o pedreiro man-tinha 
na casa da sua mãe, com quem morava antes de ca-sar, 
uma pequena locadora de vídeo games. Com o tempo e 
o casamento, também veio a mudança, que ocorreu para o 
mesmo bairro. E a locadora foi junto. 
Além dos vídeo games, Bretanha também oferecia 
serviço de impressão, que começou a ser cada vez mais pro-curado 
pelos estudantes da Universidade. “Eu lembro que 
uma menina veio aqui e pediu impressão e me disse que a 
minha impressora não iria dar conta de tanta impressão. Mas 
eu pensei comigo mesmo, claro que vai”. Com o passar do 
tempo, o empresário deu razão a acadêmica, e já tem, pelo 
menos, três máquinas de xérox e impressoras. 
Com o aumento da clientela, a casa teve que ser am-pliada 
para abrigar a lanchonete, papelaria e lan house. Pelo 
sucesso do negócio, o comerciante deixou de lado a profissão 
de pedreiro para se dedicar exclusivamente ao comércio. O 
casal conta que a sua vida financeira melhorou e que atual-mente 
a renda deles dobrou. Os proprietários ainda empre-gam 
a irmã de Bretanha, que atende no local. 
Os reflexos da instalação de uma 
universidade federal, como a Unipam-pa, 
são sentidos em toda a cidade. Pois 
ela não só oportuniza ensino público, 
gratuito e de qualidade, como também 
traz desenvolvimento econômico, social 
e cultural para regiões de fronteira pou-co 
desenvolvidas até então. É o que ex-plica 
o prefeito de Jaguarão, José Cláu-dio 
Ferreira Martins. 
O gestor conta que desde a che-gada 
da instituição de ensino, o municí-pio 
mudou para melhor. “É um vetor de 
desenvolvimento. Valorizou os imóveis e 
repotencializou Jaguarão”, enumera. 
mentar e consumir. Alavancando todos 
os setores da economia local. 
Ainda como reflexo sentido após 
a instalação da instituição de ensino, o 
gestor comenta que recursos antes não 
disponíveis para a cidade, como para 
pavimentação de 230 quadras, chegam 
ao município com mais facilidade. “Não 
há como comparar Jaguarão antes e de-pois 
da Unipampa. Foi a maior conquis-ta 
do último século. Hoje, temos uma 
perspectiva diferente para a cidade, um 
nível de debate mais elevado, apropria-ção 
cultural e patrimonial e um desen-volvimento 
muito vasto”. 
O aquecimento da economia se 
deu, principalmente, pela chegada de 
centenas de estudantes, funcionários e 
professores vindos de todos os lugares 
do Brasil, que precisam morar, se ali-
Novos moradores 
O sonho possível 
A possibilidade cursar uma universidade 
pública era tido como um sonho impossível por 
Iago Peres Maciel, 20 anos. Filho de emprega-da 
doméstica e neto de pedreiro, o jovem não 
tinha condições financeiras de sair de Jaguarão 
para estudar. Porém, o que parecia impossível 
se tornou realidade. A realizadora? A Unipampa. 
O acadêmico ressalta que optou pelo 
curso de História graças ao incentivo de pro-fessores 
da sua escola e do método de ensino 
diferenciado, que o fizeram se apaixonar pela 
matéria. Cursando o primeiro semestre, ele já 
sabe exatamente o que quer do futuro. “Eu que-ro 
ser professor, mostrar para os alunos uma 
nova forma de aprender e fazer eles gostarem 
de História”. 
A rotina corrida de aulas e tarefas aca-dêmicas 
é conciliada com o trabalho. O salário 
ajuda a família, que é só orgulho do filho uni-versitário. 
A valorização imobiliária figura entre os benefícios 
que a universidade federal traz para um município. Muitos 
espaços que se mantiveram desocupados, vagas em hotéis, 
casas e apartamentos fechados por anos, voltam a ser ha-bitados, 
o que impulsiona a economia local e traz renda aos 
moradores e empresários. 
É o caso do dono da Pousada Azul, Adam Ledesma, 
uruguaio naturalizado brasileiro, que vê nos hospedes per-manentes, 
oriundos, na sua grande maioria, da universi-dade, 
uma vantagem para o seu negócio. Ledesma relata 
que a ocupação total se concentra no feriado de Carnaval, 
porém a pousada tem despesas durante o ano inteiro. Para 
cobrir esses gastos é importante, que o local mantenha-se 
ocupado. Portanto, para garantir a entrada do dinheiro, que 
ajuda no pagamento desses gastos fixos e deixar os univer-sitários 
confortáveis, o empresário afirma que é flexível e faz 
preço, facilitando a estadia deles na cidade. 
Além dos moradores permanentes, o negócio tam-bém 
ganha mais volume de clientes, já que por abrigar uma 
universidade, recebe diversas autoridades e visitantes, que 
ocupam as vagas em hotéis e pensões. A hospedaria aberta 
em 2012 começou com oito quartos, hoje já são 23. A am-pliação 
se deu pelo aumento no movimento que chegou a 
80% nos últimos anos, segundo o empresário.
Universidade em construção 
Desde o dia 15 de setembro de 2006, quan-do 
o então ministro da Educação, Fernando Ha-dad, 
hoje prefeito de São Paulo, proferiu a aula 
inaugural da Unipampa, no município de Bagé, 
a universidade vem num constante processo de 
construção. Muitas obras já foram feitas. Muitos 
equipamentos adquiridos. 
Mas ainda há um caminho a percorrer, que 
vem sendo palmilhado de acordo com a grandeza 
do projeto. Não é uma universidade qualquer. É, 
na verdade, uma universidade que se constrói na 
diversidade do Pampa, com interação para além 
dos dez municípios em que está instalada, pois 
desenvolve ações em todo o seu entorno. 
Somente entre os anos de 2009, época em 
que a Unipampa se desvinculou das Universida-des 
Federais de Santa Maria e Pelotas, e o pri-meiro 
semestre de 2014, já foram investidos R$ 
238.799.142,36, dos quais R$ 129.563.838,78 
em obras e R$ 109.235.303,58 em equipamentos. 
A folha de pagamento saiu de R$ 1.400.898,95 
em agosto de 2008 para R$ 12.807.291,82 no 
mês de agosto deste ano. Cresceu mais do que 
dez vezes, o que bem dimensiona a expansão da 
Unipampa. 
Os reflexos são sentidos de forma direta 
em todas as cidades em que estão instalados os 
campus da nova universidade. E não são apenas 
de ordem econômica. Lideranças empresariais e 
políticas atestam que houve grandes transforma-ções 
sociais e culturais nos municípios. 
Estrutura básica está montada 
A estrutura física básica da Uni-pampa 
já está montada. Prédios e la-boratórios, 
com equipamentos de pri-meira 
linha, funcionam a pleno. Neste 
momento, estão sendo montados os 
restaurantes universitários e já come-çaram 
a ser construídas as casas de 
estudantes. 
Quatro restaurantes já estão fun-cionando 
e, até o final do ano, come-çam 
a operar mais dois restaurantes, 
um em Bagé e outro em Dom Pedrito. 
Para o campus de Uruguaiana, que 
funciona em prédio adquirido da PUC, 
está em fase de contratação de empre-sa 
que servirá as refeições a preços 
subsidiados. 
As obras das casas dos estudan-tes 
já estão acontecendo. Cada cam-pus 
terá uma casa. Em Santana do 
Livramento, cidade onde a instituição 
não possui terreno, foi locado um imó-vel, 
que já está em funcionamento.
Cursos estão em fase de consolidação 
Recebendo 3.120 alunos por ano, a Uni-pampa 
saiu de 30 cursos de graduação que fun-cionavam 
em 2006 para os atuais 63. Estes se 
encontram em fase de consolidação. Os que fo-ram 
avaliados até agora obtiveram notas entre 4 
e 5. Uma excelente avaliação que tem como nota 
máxima o 5. 
Hoje são cerca de 12 mil alunos, sendo 11 
mil em cursos de graduação e mil na pós-gradu-ação. 
Mas, ainda há espaço físico para abrigar 
novos estudantes. Para isso, é necessário obter 
sucesso nas pactuações negociadas junto ao Mi-nistério 
da Educação para aumentar a oferta de 
cursos noturnos. 
No horizonte da criação de novos, a univer-sidade 
trabalha com a perspectiva de montar cur-sos 
de Medicina e Direito. 
Cerca de 2.500 alunos formados 
A Unipampa, que conta, hoje, com 716 pro-fessores 
e 696 servidores, já formou 2.481 alunos 
desde 2010. Somente em 2013 foram graduados 
727 estudantes. Com 63 cursos de graduação, a 
universidade tem hoje com cerca de 9,9 mil estu-dantes, 
devendo abrigar, quando estiver efetiva-mente 
implantada, 12 mil estudantes. 
A instituição mantem 781 alunos bolsistas, 
sendo 208 na área de ensino, 251 na extensão 
e 322 em pesquisa. O acervo das bibliotecas é 
de aproximadamente 190 mil exemplares, entre 
livros, periódicos e outras mídias. 
Em todas as unidades, funcionam 81 grupos 
de pesquisas que desenvolvem 803 projetos, 16 
cursos de especialização e a produção científica 
já alcançou a soma de 2.681 trabalhos.
A Unipampa é de todos e para todos 
Se tem uma coisa de que nós não nos arrepende-mos 
é do nosso envolvimento no processo que resultou na 
conquista de uma Universidade Federal para nossa região. 
Este era um sonho de nossa geração que se transformou 
em bandeira de lutas desde à época em que, jovens estu-dantes, 
liderávamos o movimento estudantil em Santa Ma-ria 
e Bagé. E uma possibilidade concreta para impulsionar o 
crescimento da Campanha e da Fronteira Oeste. 
Quando aceitamos o desafio proposto pelo ministro 
Tarso e passamos a coordenar a ampla mobilização que to-mou 
conta da região estávamos convencidos de que esta 
era uma das mais importantes contribuições que podería-mos 
oferecer para o nosso desenvolvimento. Foi com esta 
certeza que nos jogamos de cabeça e corpo nesta emprei-tada, 
cientes do papel de homens públicos comprometidos 
com as transformações necessárias para que o Brasil e o 
Rio Grande avancem cada vez mais. 
Percorremos milhares de quilômetros viajando por 
23 cidades. Participamos de dezenas de reuniões nos mu-nicípios, 
em Porto Alegre e Brasília. Estivemos com o pre-sidente 
Lula, com o então ministro Tarso Genro e seus as-sessores 
no Ministério da Educação. Mas, não cansamos. 
Pelo contrário, cada atividade nos dava a certeza de que o 
caminho era esse e que estávamos no rumo certo. 
No dia 27 de julho de 2005, em Bagé, quando ou-vimos 
o presidente Lula anunciar a criação da Unipampa, 
vibramos junto com as 40 mil pessoas que tomavam a Pra-ça 
Silveira Martins e várias quadras da Avenida Sete de Se-tembro. 
Hoje, ao percorrer estes municípios e presenciar os 
avanços já produzidos em menos de uma década, conversar 
com pessoas que mudaram suas vidas, receber agradeci-mentos 
de pais e familiares que conseguiram ver os sonhos 
de filhos e parentes realizados, nos damos conta da grande-za 
do que foi a conquista da Unipampa. 
Não devemos e nem podemos esquecer o apoio 
estimulador do atual governador Tarso Genro. Foi ele que, 
na condição de ministro de Educação orientou os nossos 
passos, fazendo com que o nosso norte estivesse em con-sonância 
com a política do Governo Federal. Tarso é parte 
importante desta conquista. 
Devemos, por outro lado e por um dever de justiça, 
reconhecer que não fosse a sensibilidade do presidente 
Lula não teríamos esta conquista. Um operário, portador de 
diploma de curso técnico, que vislumbrou nos investimen-tos 
em educação uma alternativa para o desenvolvimento 
do País e, acima de tudo, de inclusão social, é o grande res-ponsável 
por tudo isso. 
Política, aliás, que tem continuidade com a presiden-ta 
Dilma, que ampliou os repasses para a educação e que 
também sabe da importância da emancipação dos pobres 
e menos favorecidos, caminho que fica mais curto com a 
formação e qualificação profissional. A Unipampa, portanto, 
é uma vitória de todos nós. A Unipampa é de todos e para 
todos. 
Luiz Fernando Mainardi 
Deputado Estadual 
Paulo Pimenta 
Deputado Federal

Más contenido relacionado

Destacado

Piano export 2013
Piano export 2013Piano export 2013
Piano export 2013Federico
 
Hatice Dalkir Mehtab şEn Suleyman Cetin Hasan Sami Selvi - JUNIT TEST
Hatice Dalkir Mehtab şEn   Suleyman Cetin   Hasan Sami Selvi - JUNIT TESTHatice Dalkir Mehtab şEn   Suleyman Cetin   Hasan Sami Selvi - JUNIT TEST
Hatice Dalkir Mehtab şEn Suleyman Cetin Hasan Sami Selvi - JUNIT TESTFatih Çengel
 
Applicazioni mobili e strumenti web per l’organizzazione di eventi
Applicazioni mobili e strumenti web per l’organizzazione di eventiApplicazioni mobili e strumenti web per l’organizzazione di eventi
Applicazioni mobili e strumenti web per l’organizzazione di eventiStefania Conti-Vecchi
 
Iniciação ao futsal final
Iniciação ao futsal  finalIniciação ao futsal  final
Iniciação ao futsal finalWeliton Fernando
 
Presenças e imagens dos jovens nas escolas
Presenças e imagens dos jovens nas escolasPresenças e imagens dos jovens nas escolas
Presenças e imagens dos jovens nas escolasAristóteles Berino
 
Web sociale comunicazione pubblica mantova 2012
Web sociale comunicazione pubblica mantova 2012Web sociale comunicazione pubblica mantova 2012
Web sociale comunicazione pubblica mantova 2012Virginia Gentilini
 
Apresentacao socio-empreendedor-versao2.0 gloose
Apresentacao socio-empreendedor-versao2.0 glooseApresentacao socio-empreendedor-versao2.0 gloose
Apresentacao socio-empreendedor-versao2.0 glooseGecildo Oliveira Medeiros
 
Acuerdo450
Acuerdo450Acuerdo450
Acuerdo450mexhu66
 
Diplomado
DiplomadoDiplomado
DiplomadoJkdisla
 
Отчет по коммуникационной политике банков в Интернете, 2012H1
Отчет по коммуникационной политике банков в Интернете, 2012H1Отчет по коммуникационной политике банков в Интернете, 2012H1
Отчет по коммуникационной политике банков в Интернете, 2012H1Natalia Deltsova
 

Destacado (20)

364638 apresentação
364638 apresentação364638 apresentação
364638 apresentação
 
Piano export 2013
Piano export 2013Piano export 2013
Piano export 2013
 
Hatice Dalkir Mehtab şEn Suleyman Cetin Hasan Sami Selvi - JUNIT TEST
Hatice Dalkir Mehtab şEn   Suleyman Cetin   Hasan Sami Selvi - JUNIT TESTHatice Dalkir Mehtab şEn   Suleyman Cetin   Hasan Sami Selvi - JUNIT TEST
Hatice Dalkir Mehtab şEn Suleyman Cetin Hasan Sami Selvi - JUNIT TEST
 
Applicazioni mobili e strumenti web per l’organizzazione di eventi
Applicazioni mobili e strumenti web per l’organizzazione di eventiApplicazioni mobili e strumenti web per l’organizzazione di eventi
Applicazioni mobili e strumenti web per l’organizzazione di eventi
 
Iniciação ao futsal final
Iniciação ao futsal  finalIniciação ao futsal  final
Iniciação ao futsal final
 
Presenças e imagens dos jovens nas escolas
Presenças e imagens dos jovens nas escolasPresenças e imagens dos jovens nas escolas
Presenças e imagens dos jovens nas escolas
 
Vender
VenderVender
Vender
 
Web sociale comunicazione pubblica mantova 2012
Web sociale comunicazione pubblica mantova 2012Web sociale comunicazione pubblica mantova 2012
Web sociale comunicazione pubblica mantova 2012
 
Presentacion de graficas
Presentacion de graficasPresentacion de graficas
Presentacion de graficas
 
Silabo informática final
Silabo informática finalSilabo informática final
Silabo informática final
 
1898
18981898
1898
 
05 medidoresdedeslocamento
05 medidoresdedeslocamento05 medidoresdedeslocamento
05 medidoresdedeslocamento
 
Apresentacao socio-empreendedor-versao2.0 gloose
Apresentacao socio-empreendedor-versao2.0 glooseApresentacao socio-empreendedor-versao2.0 gloose
Apresentacao socio-empreendedor-versao2.0 gloose
 
Schimba Lumea
Schimba LumeaSchimba Lumea
Schimba Lumea
 
Acuerdo450
Acuerdo450Acuerdo450
Acuerdo450
 
Diplomado
DiplomadoDiplomado
Diplomado
 
правовая культура 2012-конкурс
правовая культура 2012-конкурсправовая культура 2012-конкурс
правовая культура 2012-конкурс
 
21555 79326-1-pb
21555 79326-1-pb21555 79326-1-pb
21555 79326-1-pb
 
3ds max-ders-notlari
3ds max-ders-notlari3ds max-ders-notlari
3ds max-ders-notlari
 
Отчет по коммуникационной политике банков в Интернете, 2012H1
Отчет по коммуникационной политике банков в Интернете, 2012H1Отчет по коммуникационной политике банков в Интернете, 2012H1
Отчет по коммуникационной политике банков в Интернете, 2012H1
 

Similar a Impacto da Unipampa em Jaguarão

Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_Mainardi
Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_MainardiRevista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_Mainardi
Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_MainardiLuiz Fernando Mainardi
 
Revista Unipampa _Transforma Livramento_Revolução no Pampa_Pìmenta_Mainardi
Revista Unipampa _Transforma Livramento_Revolução no Pampa_Pìmenta_MainardiRevista Unipampa _Transforma Livramento_Revolução no Pampa_Pìmenta_Mainardi
Revista Unipampa _Transforma Livramento_Revolução no Pampa_Pìmenta_MainardiLuiz Fernando Mainardi
 
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...Fernando Martins
 
Prata Segue em Frente - Junho
Prata Segue em Frente - JunhoPrata Segue em Frente - Junho
Prata Segue em Frente - Junhositeduprata
 
Plano de Governo - Thiago Santos
Plano de Governo - Thiago SantosPlano de Governo - Thiago Santos
Plano de Governo - Thiago SantosJornal do Commercio
 
Caderno de resolu€ ¦ções2
Caderno de resolu€ ¦ções2Caderno de resolu€ ¦ções2
Caderno de resolu€ ¦ções2Vicente
 
A CARTA DO CABO
A CARTA DO CABOA CARTA DO CABO
A CARTA DO CABOJairo Lima
 
Balanço das Ações 2009 2010
Balanço das Ações 2009 2010Balanço das Ações 2009 2010
Balanço das Ações 2009 2010Jamildo Melo
 
Emilio Botín inaugura o III Encontro Internacional de Reitores Universia dian...
Emilio Botín inaugura o III Encontro Internacional de Reitores Universia dian...Emilio Botín inaugura o III Encontro Internacional de Reitores Universia dian...
Emilio Botín inaugura o III Encontro Internacional de Reitores Universia dian...BANCO SANTANDER
 

Similar a Impacto da Unipampa em Jaguarão (20)

Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_Mainardi
Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_MainardiRevista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_Mainardi
Revista Unipampa_Transforma Caçapava_Revolução_Pimenta_Mainardi
 
Revista Unipampa _Transforma Livramento_Revolução no Pampa_Pìmenta_Mainardi
Revista Unipampa _Transforma Livramento_Revolução no Pampa_Pìmenta_MainardiRevista Unipampa _Transforma Livramento_Revolução no Pampa_Pìmenta_Mainardi
Revista Unipampa _Transforma Livramento_Revolução no Pampa_Pìmenta_Mainardi
 
Informativo 29
Informativo 29Informativo 29
Informativo 29
 
Conspiração Informa | 10° edição
Conspiração Informa | 10° ediçãoConspiração Informa | 10° edição
Conspiração Informa | 10° edição
 
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...
Projeto de criação da unidade descentralizada de educação superior da ufsm em...
 
Radar jovem (2)
Radar jovem (2)Radar jovem (2)
Radar jovem (2)
 
Prata Segue em Frente - Junho
Prata Segue em Frente - JunhoPrata Segue em Frente - Junho
Prata Segue em Frente - Junho
 
Plano de Governo - Thiago Santos
Plano de Governo - Thiago SantosPlano de Governo - Thiago Santos
Plano de Governo - Thiago Santos
 
Informativo 51
Informativo 51Informativo 51
Informativo 51
 
Infomativo 34
Infomativo 34Infomativo 34
Infomativo 34
 
Litoral sul 23 06-13
Litoral sul 23 06-13Litoral sul 23 06-13
Litoral sul 23 06-13
 
Litoral sul 23 06-13
Litoral sul 23 06-13Litoral sul 23 06-13
Litoral sul 23 06-13
 
Caderno de resolu€ ¦ções2
Caderno de resolu€ ¦ções2Caderno de resolu€ ¦ções2
Caderno de resolu€ ¦ções2
 
Informativo pmu ed.53
Informativo pmu  ed.53Informativo pmu  ed.53
Informativo pmu ed.53
 
A CARTA DO CABO
A CARTA DO CABOA CARTA DO CABO
A CARTA DO CABO
 
Conspiração informa | 2° edição
Conspiração informa | 2° ediçãoConspiração informa | 2° edição
Conspiração informa | 2° edição
 
Informativo
InformativoInformativo
Informativo
 
Balanço das Ações 2009 2010
Balanço das Ações 2009 2010Balanço das Ações 2009 2010
Balanço das Ações 2009 2010
 
Emilio Botín inaugura o III Encontro Internacional de Reitores Universia dian...
Emilio Botín inaugura o III Encontro Internacional de Reitores Universia dian...Emilio Botín inaugura o III Encontro Internacional de Reitores Universia dian...
Emilio Botín inaugura o III Encontro Internacional de Reitores Universia dian...
 
DECL. II CONFERENCIA EDUC. DO CAMPO
DECL. II CONFERENCIA EDUC. DO CAMPODECL. II CONFERENCIA EDUC. DO CAMPO
DECL. II CONFERENCIA EDUC. DO CAMPO
 

Más de Luiz Fernando Mainardi

Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundo
Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundoMemórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundo
Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundoLuiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas Sociais
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas SociaisMemórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas Sociais
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas SociaisLuiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...Luiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_Bagé
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_BagéMemórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_Bagé
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_BagéLuiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em Bagé
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em BagéMemórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em Bagé
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em BagéLuiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em Bagé
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em BagéMemórias de um Tempo_PSF_ Saúde em Bagé
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em BagéLuiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do Gaúcho
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do GaúchoMemórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do Gaúcho
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do GaúchoLuiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismo
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismoMemórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismo
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismoLuiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do municípioMemórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do municípioLuiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...Luiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...Luiz Fernando Mainardi
 
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...Luiz Fernando Mainardi
 
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - Bagé
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - BagéCompra do Colégio São Pedro (Ispea - Bagé
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - BagéLuiz Fernando Mainardi
 
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuroReluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuroLuiz Fernando Mainardi
 

Más de Luiz Fernando Mainardi (20)

Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundo
Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundoMemórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundo
Memórias de um Tempo_ Festa do Churrasco_Maior churrascada do mundo
 
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas Sociais
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas SociaisMemórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas Sociais
Memórias de um Tempo_Esporte e Lazer_Bagé_Programas Sociais
 
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...
Memórias de um Tempo_ Política de Assistência Social em Bagé_Governo Municipa...
 
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_Bagé
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_BagéMemórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_Bagé
Memórias de um Tempo_Saneamento Básico_Tratamento do Esgoto_Bagé
 
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em Bagé
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em BagéMemórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em Bagé
Memórias de um Tempo_Meio Ambiente_Saneamento Básico em Bagé
 
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em Bagé
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em BagéMemórias de um Tempo_PSF_ Saúde em Bagé
Memórias de um Tempo_PSF_ Saúde em Bagé
 
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do Gaúcho
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do GaúchoMemórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do Gaúcho
Memórias de um_tempo_Festa Intercional do Churrasco_ Parque do Gaúcho
 
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismo
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismoMemórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismo
Memórias de um Tempo_Parque do Gaúcho de Bagé_ tradicionalismo
 
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do municípioMemórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
Memórias de um Tempo_Palmas _ Bagé_ Obras no interior do município
 
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
Memórias de um Tempo_Restauro do Patrimônio Histórico de Bagé_ Casa de Cultur...
 
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
Memórias de um Tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé_Prefeitur...
 
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
Memórias de um tempo_ Revitalização do Patrimônio Histórico de Bagé _ Coreto ...
 
O novo transporte coletivo de Bagé
O novo transporte coletivo de BagéO novo transporte coletivo de Bagé
O novo transporte coletivo de Bagé
 
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - Bagé
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - BagéCompra do Colégio São Pedro (Ispea - Bagé
Compra do Colégio São Pedro (Ispea - Bagé
 
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuroReluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
Reluz em Bagé - Uma briga de Foice no escuro
 
Recuperação da Santa Tecla
Recuperação da Santa TeclaRecuperação da Santa Tecla
Recuperação da Santa Tecla
 
Fome Zero na Educação
Fome Zero na EducaçãoFome Zero na Educação
Fome Zero na Educação
 
Banco Mundial financia Bagé
Banco Mundial financia BagéBanco Mundial financia Bagé
Banco Mundial financia Bagé
 
Do Lixão ao Aterro Sanitário
Do Lixão ao Aterro SanitárioDo Lixão ao Aterro Sanitário
Do Lixão ao Aterro Sanitário
 
Memórias de um tempo texto
Memórias de um tempo textoMemórias de um tempo texto
Memórias de um tempo texto
 

Impacto da Unipampa em Jaguarão

  • 1. Caminho para o desenvolvimento A Fronteira Oeste e a Campanha estão entre as regiões com menor grau de desenvolvimento do País. Com a economia baseada na produção primária, apresentam um baixo grau de indus-trialização. Por isso, sofrem, ao longo das últimas décadas, de um grande esvaziamento. Muitos do que deixavam suas cidades partiam em busca da formação acadêmica, já que as universidades ali existentes eram todas privadas. Por tudo isso, era um ambiente favorável para sediar uma das 18 novas universidades fe-derais criadas pelos governos Lula/Dilma dentro do Programa de Expansão do Ensino Universitário. O Brasil mudou muito nos últimos anos. São sete milhões de alunos nas universidades, 49 mil escolas em tempo integral, 422 escolas técnicas federais, além de mais de R$ 200 bilhões que serão destinados à educação nos próximos 10 anos, com o investimento em educação chegando a 10% do PIB (hoje ele é de 6,4%). As pessoas também puderam ser mais bem qualificadas por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), que já ofertou oito milhões de vagas, com R$ 14 bilhões de in-vestimento e 6,8 milhões de inscritos. E a nossa região, a partir da conquista da Unipampa, instalada em dez municípios, também começa a mudar. Afinal, como disse o presidente Lula, em Bagé, no dia 27 de julho de 2005, quando anun-ciou a criação de nossa universidade: “Atrás de uma universidade vai o conhecimento, vai a pos-sibilidade de desenvolvimento, vai a geração de emprego e vai a formação de gente pobre que nunca sonhou fazer uma universidade”. Nas próximas páginas contaremos a história da conquista e as transformações que a Unipam-pa está produzindo no Pampa Gaúcho.
  • 2. Conquista que veio das ruas Até a publicação da Lei Federal nº 11.640, de 11 de janeiro de 2008, que criou a Unipam-pa, um longo caminho precisou ser percorrido. A ampla mobilização popular realizada entre os me-ses de abril e julho de 2005 em 23 municípios da Fronteira Oeste e Campanha, que levou mais de 70 mil pessoas às ruas, foi decisiva. Tudo começou quando a direção da Univer-sidade da Região da Campanha (Urcamp), bus-cando alternativas para enfrentar uma das piores crises da instituição em seus 50 anos de vida, procurou o então prefeito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, e o deputado federal Paulo Pimenta. O professor Arno Cunha, que ocupava a reitoria, re-latou a Mainardi e Pimenta a aflitiva situação no dia 27 de fevereiro de 2005. Os dois entraram em campo e marcaram agenda com Tarso Genro, que era ministro da Educação. A Urcamp queria apoio para um plano de estabilização que possibilitasse encaminhar solução para a dívida de R$ 50 milhões e permi-tisse captar recursos para um programa de inves-timentos que levassem à modernização. No encontro do dia 10 de março, Tarso pro-pôs duas medidas. A curto prazo, com apoio dos técnicos do MEC, a elaboração de um plano de captação de verbas juntos às agências oficiais de financiamento. A médio prazo, a mobilização para incluir a universidade no Plano de Expansão do Ensino Universitário, que começava a ser gestado pelo Governo Federal. As propostas foram apresentadas ao Conse-lho da Fundação Atilla Taborda, mantenedora da Urcamp, no dia 24 de março e uma semana de-pois estava formada a Comissão de Mobilização. O primeiro ato público pela federalização da Ur-camp aconteceu no Ginásio Corujão, em Bagé, no 16 de maio, reunindo cerca de três mil pessoas.
  • 3. Mobilização tomou as cidades A partir do primeiro ato, o movimento tomou os 23 municípios da área de abrangência das Ur-camp. Caminhadas, carreatas, mateadas e comí-cios foram realizados em toda a região, levando milhares de pessoas às ruas para reivindicar a fe-deralização da Urcamp. Foi, sem dúvidas, o maior movimento popular já realizado na região. Diante das dificuldades legais e institucio-nais de federalização da Urcamp, a luta foi dire- O grande dia O dia 27 de julho de 2005 vai entrar para a História da região. Nesta data, Lula, diante de aproximadamente 40 mil pessoas, reunidas na Praça Silveira Martins, anunciou a criação da Uni-pampa, hoje considerada uma das maiores obras já realizadas por um governo em favor do desen-volvimento da Metade Sul do Rio Grande do Sul. Bagé se preparou e se enfeitou para receber as milhares de pessoas que vieram de 22 municí-pios e que estavam integradas ao movimento que superou barreiras ideológicos, religiosas e até clu-bísticas. Era uma luta de todos e para todos. Mais de 250 ônibus se dirigiram para Bagé levando pessoas que queriam ser protagonistas de uma cionada para a conquista de uma Universidade Federal para a região. O movimento deu certo. Mainardi, Pimenta e Arno, acompanhados de Tarso, mantiveram, au-diência com Lula no dia 14 de junho, em Brasília, data em que foi confirmada a ida do presidente da República a Bagé no dia 27 de julho para anunciar a criação da Universidade Federal do Pampa. conquista que mudaria suas vidas, as vidas de suas cidades e a vida da região. Em Bagé, Mainardi decretou ponto faculta-tivo na Prefeitura e garantiu passe livre no trans-porte municipal. O comércio e os bancos fecha-ram no início da tarde. O povo não se decepcionou. Lula anunciou, naquela tarde ensolarada de inverno, que Bagé e região teriam uma universidade com campus em outros nove municípios. Foi uma grande festa que os que lá estavam até hoje não esquecem e nem esquecerão.
  • 4. O impacto da Unipampa sobre Jaguarão Um campus pioneiro A história do campus da Uni-pampa de Jaguarão se confunde com o pioneirismo. O campus foi o primeiro a abrir o Restaurante Universitário (R.U). Outra conquista inédita é a abertura do polo de Educação a Distância. O atual tregue em janeiro de 2016, com es-paço para abrigar, gratuitamente, 100 acadêmicos. Hoje, a comunidade acadêmica é formada por 1.200 estudantes, 60 professores, 26 terceirizados, 31 téc-nicos administrativos. São seis cursos de graduação, oito pós-graduações e dois mestrados, que são compartilha-dos com outros campi. O espírito do campus Jaguarão é de inovação, que Vieira acredita ser uma forma de dar retorno e envolver a população local com a universidade. “Eu acredito que a Unipampa é capaz de mudar a realida-de da cidade.” desafio segundo o diretor do campus, Maurício Aires Vieira, é a permanência dos estudantes na cidade, já que 60% dos alunos são de outros locais do país e pertencem as classes C e D. Para enfrentar a situação, foram implantadas pelo Governo Federal, o Programa de Bolsas de Permanência (PBP), que fornece auxílio econômico, para moradia, transporte e alimenta-ção, aos que comprovem não ter con-dições econômicas de supri-las. Ainda como forma de dar condições para a permanência dos universitários, está sendo construída no campus, a casa do estudante. A moradia deve ser en- Oportunidade de trabalho no bairro Kennedy As consequências da instalação da Unipampa tam-bém chegaram ao casal Andreia Cardoso Rodrigues e André Quadro Bretanha. Morador do bairro Kennedy, onde está o campus da Universidade, desde que nasceu, o pedreiro man-tinha na casa da sua mãe, com quem morava antes de ca-sar, uma pequena locadora de vídeo games. Com o tempo e o casamento, também veio a mudança, que ocorreu para o mesmo bairro. E a locadora foi junto. Além dos vídeo games, Bretanha também oferecia serviço de impressão, que começou a ser cada vez mais pro-curado pelos estudantes da Universidade. “Eu lembro que uma menina veio aqui e pediu impressão e me disse que a minha impressora não iria dar conta de tanta impressão. Mas eu pensei comigo mesmo, claro que vai”. Com o passar do tempo, o empresário deu razão a acadêmica, e já tem, pelo menos, três máquinas de xérox e impressoras. Com o aumento da clientela, a casa teve que ser am-pliada para abrigar a lanchonete, papelaria e lan house. Pelo sucesso do negócio, o comerciante deixou de lado a profissão de pedreiro para se dedicar exclusivamente ao comércio. O casal conta que a sua vida financeira melhorou e que atual-mente a renda deles dobrou. Os proprietários ainda empre-gam a irmã de Bretanha, que atende no local. Os reflexos da instalação de uma universidade federal, como a Unipam-pa, são sentidos em toda a cidade. Pois ela não só oportuniza ensino público, gratuito e de qualidade, como também traz desenvolvimento econômico, social e cultural para regiões de fronteira pou-co desenvolvidas até então. É o que ex-plica o prefeito de Jaguarão, José Cláu-dio Ferreira Martins. O gestor conta que desde a che-gada da instituição de ensino, o municí-pio mudou para melhor. “É um vetor de desenvolvimento. Valorizou os imóveis e repotencializou Jaguarão”, enumera. mentar e consumir. Alavancando todos os setores da economia local. Ainda como reflexo sentido após a instalação da instituição de ensino, o gestor comenta que recursos antes não disponíveis para a cidade, como para pavimentação de 230 quadras, chegam ao município com mais facilidade. “Não há como comparar Jaguarão antes e de-pois da Unipampa. Foi a maior conquis-ta do último século. Hoje, temos uma perspectiva diferente para a cidade, um nível de debate mais elevado, apropria-ção cultural e patrimonial e um desen-volvimento muito vasto”. O aquecimento da economia se deu, principalmente, pela chegada de centenas de estudantes, funcionários e professores vindos de todos os lugares do Brasil, que precisam morar, se ali-
  • 5. Novos moradores O sonho possível A possibilidade cursar uma universidade pública era tido como um sonho impossível por Iago Peres Maciel, 20 anos. Filho de emprega-da doméstica e neto de pedreiro, o jovem não tinha condições financeiras de sair de Jaguarão para estudar. Porém, o que parecia impossível se tornou realidade. A realizadora? A Unipampa. O acadêmico ressalta que optou pelo curso de História graças ao incentivo de pro-fessores da sua escola e do método de ensino diferenciado, que o fizeram se apaixonar pela matéria. Cursando o primeiro semestre, ele já sabe exatamente o que quer do futuro. “Eu que-ro ser professor, mostrar para os alunos uma nova forma de aprender e fazer eles gostarem de História”. A rotina corrida de aulas e tarefas aca-dêmicas é conciliada com o trabalho. O salário ajuda a família, que é só orgulho do filho uni-versitário. A valorização imobiliária figura entre os benefícios que a universidade federal traz para um município. Muitos espaços que se mantiveram desocupados, vagas em hotéis, casas e apartamentos fechados por anos, voltam a ser ha-bitados, o que impulsiona a economia local e traz renda aos moradores e empresários. É o caso do dono da Pousada Azul, Adam Ledesma, uruguaio naturalizado brasileiro, que vê nos hospedes per-manentes, oriundos, na sua grande maioria, da universi-dade, uma vantagem para o seu negócio. Ledesma relata que a ocupação total se concentra no feriado de Carnaval, porém a pousada tem despesas durante o ano inteiro. Para cobrir esses gastos é importante, que o local mantenha-se ocupado. Portanto, para garantir a entrada do dinheiro, que ajuda no pagamento desses gastos fixos e deixar os univer-sitários confortáveis, o empresário afirma que é flexível e faz preço, facilitando a estadia deles na cidade. Além dos moradores permanentes, o negócio tam-bém ganha mais volume de clientes, já que por abrigar uma universidade, recebe diversas autoridades e visitantes, que ocupam as vagas em hotéis e pensões. A hospedaria aberta em 2012 começou com oito quartos, hoje já são 23. A am-pliação se deu pelo aumento no movimento que chegou a 80% nos últimos anos, segundo o empresário.
  • 6. Universidade em construção Desde o dia 15 de setembro de 2006, quan-do o então ministro da Educação, Fernando Ha-dad, hoje prefeito de São Paulo, proferiu a aula inaugural da Unipampa, no município de Bagé, a universidade vem num constante processo de construção. Muitas obras já foram feitas. Muitos equipamentos adquiridos. Mas ainda há um caminho a percorrer, que vem sendo palmilhado de acordo com a grandeza do projeto. Não é uma universidade qualquer. É, na verdade, uma universidade que se constrói na diversidade do Pampa, com interação para além dos dez municípios em que está instalada, pois desenvolve ações em todo o seu entorno. Somente entre os anos de 2009, época em que a Unipampa se desvinculou das Universida-des Federais de Santa Maria e Pelotas, e o pri-meiro semestre de 2014, já foram investidos R$ 238.799.142,36, dos quais R$ 129.563.838,78 em obras e R$ 109.235.303,58 em equipamentos. A folha de pagamento saiu de R$ 1.400.898,95 em agosto de 2008 para R$ 12.807.291,82 no mês de agosto deste ano. Cresceu mais do que dez vezes, o que bem dimensiona a expansão da Unipampa. Os reflexos são sentidos de forma direta em todas as cidades em que estão instalados os campus da nova universidade. E não são apenas de ordem econômica. Lideranças empresariais e políticas atestam que houve grandes transforma-ções sociais e culturais nos municípios. Estrutura básica está montada A estrutura física básica da Uni-pampa já está montada. Prédios e la-boratórios, com equipamentos de pri-meira linha, funcionam a pleno. Neste momento, estão sendo montados os restaurantes universitários e já come-çaram a ser construídas as casas de estudantes. Quatro restaurantes já estão fun-cionando e, até o final do ano, come-çam a operar mais dois restaurantes, um em Bagé e outro em Dom Pedrito. Para o campus de Uruguaiana, que funciona em prédio adquirido da PUC, está em fase de contratação de empre-sa que servirá as refeições a preços subsidiados. As obras das casas dos estudan-tes já estão acontecendo. Cada cam-pus terá uma casa. Em Santana do Livramento, cidade onde a instituição não possui terreno, foi locado um imó-vel, que já está em funcionamento.
  • 7. Cursos estão em fase de consolidação Recebendo 3.120 alunos por ano, a Uni-pampa saiu de 30 cursos de graduação que fun-cionavam em 2006 para os atuais 63. Estes se encontram em fase de consolidação. Os que fo-ram avaliados até agora obtiveram notas entre 4 e 5. Uma excelente avaliação que tem como nota máxima o 5. Hoje são cerca de 12 mil alunos, sendo 11 mil em cursos de graduação e mil na pós-gradu-ação. Mas, ainda há espaço físico para abrigar novos estudantes. Para isso, é necessário obter sucesso nas pactuações negociadas junto ao Mi-nistério da Educação para aumentar a oferta de cursos noturnos. No horizonte da criação de novos, a univer-sidade trabalha com a perspectiva de montar cur-sos de Medicina e Direito. Cerca de 2.500 alunos formados A Unipampa, que conta, hoje, com 716 pro-fessores e 696 servidores, já formou 2.481 alunos desde 2010. Somente em 2013 foram graduados 727 estudantes. Com 63 cursos de graduação, a universidade tem hoje com cerca de 9,9 mil estu-dantes, devendo abrigar, quando estiver efetiva-mente implantada, 12 mil estudantes. A instituição mantem 781 alunos bolsistas, sendo 208 na área de ensino, 251 na extensão e 322 em pesquisa. O acervo das bibliotecas é de aproximadamente 190 mil exemplares, entre livros, periódicos e outras mídias. Em todas as unidades, funcionam 81 grupos de pesquisas que desenvolvem 803 projetos, 16 cursos de especialização e a produção científica já alcançou a soma de 2.681 trabalhos.
  • 8. A Unipampa é de todos e para todos Se tem uma coisa de que nós não nos arrepende-mos é do nosso envolvimento no processo que resultou na conquista de uma Universidade Federal para nossa região. Este era um sonho de nossa geração que se transformou em bandeira de lutas desde à época em que, jovens estu-dantes, liderávamos o movimento estudantil em Santa Ma-ria e Bagé. E uma possibilidade concreta para impulsionar o crescimento da Campanha e da Fronteira Oeste. Quando aceitamos o desafio proposto pelo ministro Tarso e passamos a coordenar a ampla mobilização que to-mou conta da região estávamos convencidos de que esta era uma das mais importantes contribuições que podería-mos oferecer para o nosso desenvolvimento. Foi com esta certeza que nos jogamos de cabeça e corpo nesta emprei-tada, cientes do papel de homens públicos comprometidos com as transformações necessárias para que o Brasil e o Rio Grande avancem cada vez mais. Percorremos milhares de quilômetros viajando por 23 cidades. Participamos de dezenas de reuniões nos mu-nicípios, em Porto Alegre e Brasília. Estivemos com o pre-sidente Lula, com o então ministro Tarso Genro e seus as-sessores no Ministério da Educação. Mas, não cansamos. Pelo contrário, cada atividade nos dava a certeza de que o caminho era esse e que estávamos no rumo certo. No dia 27 de julho de 2005, em Bagé, quando ou-vimos o presidente Lula anunciar a criação da Unipampa, vibramos junto com as 40 mil pessoas que tomavam a Pra-ça Silveira Martins e várias quadras da Avenida Sete de Se-tembro. Hoje, ao percorrer estes municípios e presenciar os avanços já produzidos em menos de uma década, conversar com pessoas que mudaram suas vidas, receber agradeci-mentos de pais e familiares que conseguiram ver os sonhos de filhos e parentes realizados, nos damos conta da grande-za do que foi a conquista da Unipampa. Não devemos e nem podemos esquecer o apoio estimulador do atual governador Tarso Genro. Foi ele que, na condição de ministro de Educação orientou os nossos passos, fazendo com que o nosso norte estivesse em con-sonância com a política do Governo Federal. Tarso é parte importante desta conquista. Devemos, por outro lado e por um dever de justiça, reconhecer que não fosse a sensibilidade do presidente Lula não teríamos esta conquista. Um operário, portador de diploma de curso técnico, que vislumbrou nos investimen-tos em educação uma alternativa para o desenvolvimento do País e, acima de tudo, de inclusão social, é o grande res-ponsável por tudo isso. Política, aliás, que tem continuidade com a presiden-ta Dilma, que ampliou os repasses para a educação e que também sabe da importância da emancipação dos pobres e menos favorecidos, caminho que fica mais curto com a formação e qualificação profissional. A Unipampa, portanto, é uma vitória de todos nós. A Unipampa é de todos e para todos. Luiz Fernando Mainardi Deputado Estadual Paulo Pimenta Deputado Federal